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REGIÃO CENTRO
SUGESTÕES DE ACTIVIDADES
Maria
Novembro 2000
NOTA INTRODUTÓRIA
A Equipa responsável
IMITAÇÃO
25 – JOGO DA ESTÁTUA
Imitação, motricidade
Motricidade global
Meta: Melhorar a motricidade global
Objectivo: Imitar pessoas ou bonecos em diferentes posições
Materiais: Figuras de pessoas em várias posições
Procedimento:
Mostre a imagem de uma pessoa de pé e assuma essa posição, ajudando a Maria
a assumir essa posição. Se possível, uma terceira pessoa ajudará a Maria a
posicionar os seus braços e pernas de forma a que ela possa estar sempre a olhar
para o modelo. Comece com diferentes posições para que ela não tenha receio de
perder o equilíbrio. Assim que as suas capacidades aumentem, faça com que ela
imite posições mais complicadas (ver figura).
29 – TRAJECTÓRIA VISUAL
Percepção, visual
Motricidade fina, agarrar
Meta: Aumentar a atenção visual
Objectivo: Observar a mão de uma pessoa de forma a verificar a colocação de um objecto.
Materiais: 3 taças pequenas ou tabuleiros, pequenas recompensas alimentares
Procedimento:
Sente-se, na mesa, de frente para Maria com os 3 tabuleiros entre vós. Distancie os
tabuleiros 20 cm entre elas. Segure uma pequena recompensa alimentar tal como
um pedaço de chocolate ou um pedaço de bolo e coloque-o no seu campo de
visão. Assim que ela olhar para a recompensa, coloque-a num dos tabuleiros. Se
ela não tirar o pedaço de bolo imediatamente, encoraje-a a fazê-lo e aponte para o
tabuleiro em questão. Se ela não mostrar interesse, guie-lhe a mão até ao pedaço
de bolo. Repita a actividade quantas vezes for necessária até ela começar a prestar
atenção ao movimento da sua mão e começar a tirar o doce sem ajuda.
33 – ASSOCIAÇÃO AUDITIVA
Percepção, audição
Social, interacção individual
Meta: Aumentar a percepção auditiva
Objectivo: Associar dois sons diferentes , discriminar dois sons e antecipar a acção
associada com cada um dos sons
Materiais: Nenhum
Procedimento:
Escolha dois sons engraçados e combine-os com duas actividades engraçadas. Por
exemplo: pode optar por fazer-lhe cócegas e dizer “ti-ti-ti” ou bater palmas e dizem
“buuuum”. Lembre-se sempre de associar o mesmo som com a mesma actividade.
A Maria eventualmente associará os sons às actividades distintas. Após ter repetido
esta rotina muitas vezes, faça uma actividade sem a outra, isto é, faça-lhe cócegas
sem o som, para ver se ela se antecipa. Por exemplo: hesite uns segundos antes
de lhe fazer cócegas e diga “ti-ti-ti”. Verifique se ela se antecipa. Diga “buum” e
verifique se ela antecipa o gesto de bater as mãos.
34 – RECUPERAR OBJECTOS
Percepção, visual
Realização cognitiva, emparelhar
Realização cognitiva, linguagem receptiva (opção)
Meta: Aumentar a atenção visual e a capacidade em discriminar objectos.
Objectivo: Pesquisar um espaço procurando um objecto desejado e recuperar esse objecto
sem se distrair com estímulos estranhos.
Materiais: Caixa média, 3 pares de objectos comuns ( por exemplo: sapatos, chávenas,
maçãs).
Procedimento:
Espalhe 3 objectos familiares em sítios visíveis da sala. Sente-se com a Maria num
local onde se possam ver os 3 objectos. Mostre-lhe um item idêntico a um dos
objectos espalhados. Por exemplo: segure um sapato e diga “Vai buscar o sapato.”.
Se ela tiver dificuldade em localizar o objecto, chame-lhe a atenção para o mesmo
apontando para a área onde ela se encontra. Se ela ainda mostrar dificuldades,
aponte directamente para o sapato. Como último recurso, dirija-lhe a mão, mostre-
lhe o sapato e diga “Vai buscar o sapato.” e encaminhe-a na direcção do sapato.
Coloque os dois sapatos no ponto de partida e, em seguida, na caixa.
Recompense-a assim que o par de objectos estiver na caixa, mesmo que a tenha
ajudado na tarefa. Repita a actividade até que todos os itens se encontrem dentro
da caixa. Se ela tem desenvolvida capacidades adequadas de linguagem receptiva,
use apenas comandos verbais “Vai buscar o sapato.”, em vez de emparelhar os
itens.
35 – JOGO DA CONCHA
Percepção, audição
Social, interacção individual
Meta: Aumentar a percepção visual e memória
Objectivo: Associar dois sons diferentes, discriminar dois sons e antecipar a acção
associada com cada um dos sons
Materiais: Nenhum
Procedimento:
Sente-se à mesa e coloque a Maria à sua frente. Para a primeira parte da
actividade use 3 copos diferentes. Coloque-os ao contrário em cima da mesa e à
frente da criança. Chame-lhe a atenção “Olha Maria.“ e mostre-lhe uma pequena
recompensa alimentar (algo que ela goste), assegurando-se que esta se encontra
dentro do seu campo de visão. Quando tiver a certeza que ela está a prestar
atenção à sua mão, esconda a recompensa debaixo de um dos copos. Não os
mova nem os troque de posição. Diga-lhe “Tira o bolo.” (bombom, rebuçado, etc.) e
aponte para os copos para que ela entenda que deve procurar a recompensa. Se
ela parecer confusa, guie a sua mão para levantar o copo apropriado. Aja como se
estivesse contente por achar a recompensa, elogie-a e dê-lhe a recompensa.
Quando ela conseguir encontrar a recompensa debaixo de 3 copos diferentes,
repita o procedimento usando 3 copos iguais. Quando conseguir encontrar a
recompensa usando 3 copos iguais, repita o procedimento, usando apenas 2
copos, mas troque a sua posição após ter colocado a recompensa debaixo de um
delas. Lembre-se sempre de assegurar que a Maria está a prestar atenção ao
movimento da sua mão-
37 – DISCRIMINAR DESENHOS
Percepção, visual
Realização cognitiva, emparelhar
Meta: Aumentar competências visuais e de emparelhar
Objectivo: Emparelhar pares idênticos de desenhos simples
Materiais: Papel, marcadores ou lápis
Procedimento:
Use marcadores grossos para fazer desenhos simples mas cheios (ver figura).
Coloque apenas um desenho por folha mas faça em duplicado. Coloque um
conjunto de desenhos em frente da Maria de forma a que ela os veja a todos ao
mesmo tempo. Guarde, no seu colo, os desenhos que combinam com os que estão
expostos. Dê-lhe um dos desenhos que tem no colo e diga-lhe “Procura o desenho
igual.”. Segure-lhe a mão e dirija-a aos desenhos que estão expostos. Se o
desenho não for igual, diga-lhe “Não é igual.” e compare-o com os cartões
seguintes. Quando encontrar o desenho igual, diga-lhe “Este é igual.” e coloque os
dois cartões lado a lado, assegurando-se que a Maria está a ver enquanto compara
os desenhos. Repita o procedimento até todos os desenhos estarem
emparelhados. No início não use mais que 3 desenhos por conjunto, mas,
gradualmente, aumente o número e complexidade dos desenhos à medida que as
suas capacidades aumentam.
39 – CAIXA DE ENCAIXES
Percepção, visual
Realização cognitiva, emparelhar.
Coordenação óculo-manual, controle
Motricidade fina, manipulação
Meta: Melhorar a procura visual, emparelhar, coordenação óculo-manual
Objectivo: Inserir 3 objectos numa caixa de encaixes simples
Materiais: Caixa de sapatos, 3 itens de vários tamanhos e formas ( por exemplo: uma
conta, 2 blocos diferentes)
Procedimento:
Corte o formato de 3 objectos simples na tampa da caixa de sapatos. Assegure-se
que os objectos podem ser introduzidos nesses espaços sem dificuldade.
Demonstre à Maria como colocar o objecto no sítio correcto e insira o objecto na
caixa. Dê-lhe um segundo objecto. Se ela parecer confusa, guie a sua mão no
sentido de ela conseguir colocar o objecto correctamente: dirija a sua mão para o
orifício. Se não couber diga “Não.” e mova a mão para o orifício seguinte. Quando
encontrar o sítio correcto diga “Sim.” e ajude-a a inserir o objecto. Repita o
procedimento até a Maria conseguir colocar todos os objectos sem assistência.
Quando esta caixa se tornar fácil para ela, construa uma mais difícil com diferentes
objectos.
41 – ESCOLHER FORMAS
Percepção, visual
Realização cognitiva, emparelhar
Meta: Aumentar a atenção visual e competências de emparelhar
Objectivo: Escolher 3 formas diferentes
Materiais: Papel grosso colorido
Procedimento:
Corte vários triângulos, quadrados e círculos, assegurando-se que cada forma é do
mesmo tamanho e cor. Coloque um exemplar de cada um em frente à Maria. Dê-
lhe as outras formas, uma de cada vez, e peça-lhe para as colocar no conjunto
apropriado. Se ela parecer confuso, guie a sua mão para emparelhar as formas de
maneira correcta, dizendo “É esta.” ou “Não é esta.”. Além disso, vá nomeando as
formas à medida que as tenta colocar no sítio correcto. A Maria poderá não
entender os nomes, de início, mas habituar-se-á a ouvir diferenças nos sons
desses nomes.
43 – PUZZLES – 1
Percepção, visual
Coordenação óculo-manual, controle
Meta: Aumentar a percepção visual e a percepção da forma
Objectivo: Observar a mão da professora, tirar uma peça do puzzle da sua mão e
emparelhá-la com o local apropriado do puzzle
Materiais: Um puzzle simples de 3 ou 4 peças
Procedimento:
Retire todas as peças do puzzle e coloque o encaixe em frente da Maria. Guarde as
peças no seu colo onde ela não as possa ver. Coloque uma das peças no seu
campo de visão e diga “Olha.”. Assegure-se de que ela está a olhar para a peça,
coloque-a na mão frente da Maria e ajude-a rodar até que ela a consiga colocar no
encaixe. Repita o procedimento com as outras peças, retirando a assistência
manual de forma gradual, à medida que ela começa a conseguir desempenhar
essa actividade sozinha. Recompense-a de cada vez que ela conseguir colocar
correctamente as peças. Se ela tem dificuldade em colocar a peça no encaixe, dê-
lhe toda a assistência possível antes dela se mostrar frustrada. O objectivo da
tarefa é simplesmente encaixar as peças nos locais certos. Assegure-se que lhe
mostra a peça de diferentes locais de cada vez que ela tiver que visualizar a sua
mão.
44 – PUZZLES – 2
Percepção, visual
Coordenação óculo-manual, controle
Meta: Aumentar a percepção visual
Objectivo: Observar a mão da professora e colocar as peças no local apropriado do puzzle
Materiais: Um puzzle simples de 3 ou 4 peças
Procedimento:
Retire as peças do puzzle e espalhe-as de forma que fiquem ao seu lado. Diga “
Olha Maria.” e aponte para uma das peças. Quando ela olhar, diga-lhe para a
colocar. Se necessário, guie-lhe as mãos para que segure a peça, para que a
compare com os vários encaixes e para que a coloque no local apropriado. Se ela
tentar colocar outra que não a indicada por si, pare-a e dirija a atenção para a peça
correcta. Repita o procedimento até todas as peças estarem no puzzle. Uma vez
que isto é uma tarefa perceptiva primária, não se preocupe demasiado se ela não
conseguir colocar totalmente a peça no encaixe, mas recompense-a cada vez que
ela descubra o encaixe correcto.
45 – DISCRIMINAR CORES
Percepção, visual
Realização cognitiva, emparelhar
Motricidade fina, agarrar
Meta: Aumentar a atenção visual, a discriminação da cor e a generalização da cor
Objectivo: Escolher um grupo de 8 objectos diferentes pela cor
Materiais: 8 objectos diferentes , 4 de uma tonalidade e 4 de outra (escolha cores
parecidas, o mais semelhante possível), 2 tabuleiros
Procedimento:
Coloque os dois tabuleiros em frente da Maria. Coloque um objecto num tabuleiro e
nomeie a cor; coloque outro objecto, de cor diferente, noutro tabuleiro e nomeie a
cor. Guarde os objectos no seu colo para que a Maria não se distraia. Dê-lhe os
objectos, um de cada vez, nomeando sempre a cor. Faça com que ela coloque
cada item no tabuleiro de acordo com a cor. Se ela colocar o objecto no tabuleiro
correcto, diga “Sim, é azul.” e recompense-a imediatamente. Continue o
procedimento até todos os objectos estarem colocados nos sítios correctos.
Quando ela demonstrar à vontade nesta tarefa, adicione uma terceira cor. Lembre-
se sempre de nomear a cor sempre que lhe dá uma peça para que se habitue a
percepcionar a diferença dos sons.
46 – COMBINAR CORES
Percepção, visual
Realização cognitiva, emparelhar
Meta: Melhorar a discriminação da cor, a atenção visual e as competências de
emparelhar
Objectivo: Combinar blocos coloridos com papel colorido semelhante
Materiais: Blocos coloridos, papel a combinar
Procedimento:
Coloque 2 quadrados diferentes e coloridos numa folha de papel branco. Guarde os
blocos coloridos no seu colo. Dê à Maria um dos blocos diga-lhe para ela procurar o
da mesma cor. Se necessário, guie-lhe a mão. Então, ajude-a a colocar o segundo
bloco no segundo quadrado de papel da mesma cor. Elogie-a imediatamente.
Repita o procedimento com os mesmos materiais mas não lhe guie a mão. Se ela
tentar colocar um bloco em cima de um quadrado de cor diferente diga “Não.” e
guie a mão para o quadrado apropriado. Repita o procedimento até que ela consiga
colocar os blocos nos quadrados correctos, sem assistência. à medida que a tarefa
começa a ficar fácil para ela, introduza blocos e quadrados de papel de outra cor
diferente.
47 – PERCEPÇÃO DE SONS
Percepção, audição
Imitação, motricidade
Motricidade fina, manipulação
Meta: Melhorar a percepção auditiva
Objectivo: Perceber um número de sons diferentes e imitar esse sons
Materiais: Nenhum
Procedimento:
Sente-se à mesa e coloque a Maria na sua frente. Chame-lhe a atenção dizendo o
seu nome e bata imediatamente com os nós dos dedos na mesa. Faça uma
pequena pausa entre cada batida de forma que os sons sejam distintos. Encoraje-a
a fazer o mesmo e guie a sua mão para bater na mesa duas vezes. Elogie-a e
recompense-a imediatamente. Repita o procedimento, mas desta vez bata duas
vezes. Ajude-a novamente a bater três vezes e recompense-a. Finalmente bata
apenas uma vez e ajude-a mais uma vez. À quarta vez, bata novamente duas
vezes mas não a ajude. Se ela tentar bater mais ou menos vezes diga “Não.” e bata
duas vezes. Ajude-a a bater duas vezes. Repita o procedimento até a Maria
conseguir copiar, de forma consistente, o número de vezes que a professora bateu.
Quando ela se habituar à tarefa, bata no topo da mesa para que ela possa apenas
ouvir as diferentes batidas que deveria realizar. Se ela parecer confusa, aponte
para a sua orelha (da professora) e, de seguida, toque a da Maria e bata
novamente.
48 – JOGO DE DOMINÓ
Percepção, visual
Social, interacção individual
Meta: Jogar dominós com outra pessoa
Objectivo: Emparelhar conjuntos e esperar a sua vez
Materiais: Conjuntos de dominós e conjuntos de cartas pintadas com os padrões dos
dominós.
Procedimento:
Coloque as cartas numa linha, na mesa (ver figura A). Dê à Maria, uma carta de
cada vez para colocar na pilha correcta (colocar as cartas com duas pintas juntas,
com quatro pintas, etc..). Não lhe peça para contar as pintas pois o objectivo é fazer
com que ela reconheça visualmente cada conjunto. Quando ela conseguir realizar
essa tarefa sem dificuldade, mostre-lhe que cada carta é como uma das metades
duma peça de dominó. Pratique esse emparelhar com uma carta e com uma
metade duma peça de dominó (ver figura B). Quando a Maria conseguir realizar
esta actividade com diferentes peças, é altura de iniciar um jogo do mesmo género,
em que joga ela e a professora, um de cada vez. Coloque 6 dominós num tabuleiro.
Os jogadores tiram um dominó do tabuleiro e verificam se combinam com as cartas
que estão dispostas na mesa. Se tal não acontece, os jogadores podem tirar um
dominó extra da pilha. Não se joga por competição ou para contar pontos. Este jogo
serve apenas para combinar conjuntos e para aprender a jogar por turnos.
49 – COPIAR A SEQUÊNCIA DE UM DESENHO
Percepção, visual
Motricidade fina, manipulação
Desempenho verbal, vocabulário
Meta: Reconhecer uma sequência e copiá-la
Objectivo: Copiar uma sequência de cortes de papel, trabalhar da esquerda para a direita
Materiais: Papel colorido cortados em várias formas (rodas pretas de 3 cm, rectângulos e
quadrados, dois de cada tamanho), papel branco com duas linhas desenhadas
(ver figura)
Procedimento:
Mostrar a folha de trabalho à Maria apontando para o semáforo desenhado à
esquerda. Dizer-lhe “Olha, vou fazer uma fila com carros parados no semáforo.” (ou
outra expressão mais simples). Junte as rodas e os quadrados e as rodas para
formar uma linha com 3 carros. Peça à Maria para repetir “Primeiro o carro
vermelho e grande, depois o carro azul e por fim o verde comprido”. Agora, peça-
lhe para, na linha de baixo, fazer uma linha de carros iguais à que fez. Após ela ter
juntados as peças correctamente, peça-lhe para as passar para o papel. No dia
seguinte, use um tema diferente mas ainda com uma sequência de 3 objectos
(exemplo: caixas grandes, médias e pequenas debaixo de uma arvore de Natal,
etc.). Assegure-se que a Maria trabalha sempre da esquerda para a direita. Quando
verificar que ela entende a sequência, faça com que ela copie sequências de
formas e cores que não são representativas de objectos concretos.
50 – LEITURA GLOBAL
Percepção, visual
Desempenho verbal, vocabulário
Meta: Ler globalmente 5-10 palavras
Objectivo: Emparelhar a palavra escrita com o objecto e dizer a palavra.
Materiais: Cartões, fita cola, palavras escritas
Procedimento:
Coloque as palavras nos cartões e faça 5 cópias de cada palavra. Primeiro, ensine
a Maria a emparelhar as palavras para ter a certeza de que ela sabe que são as
mesmas (ver figura). Agora cole, com fita cola, a palavra ao objecto em questão
(cole a palavra “mesa” no objecto “mesa”, etc. ). Sente a Maria na cadeira, segure o
cartão e pergunte “O que diz neste cartão?”. Se ela não souber, diga-lhe e peça-lhe
para colocar o cartão no objecto real. Quando ela o fizer, tranquilize-a dizendo “
Sim, isso diz...” (nome do objecto). De seguida, peça-lhe para repetir a palavra.
Continue com este jogo diariamente, dando-lhe ajuda assim que ela hesitar.
Quando vir que ela se lembra das palavras, teste-a, removendo os cartões
previamente colados ao objecto e veja se ela ainda consegue ler os cartões e
apontar ou colocar o rótulo no objecto. Se a Maria conseguir lembrar-se das
palavras por uma semana, sem ajuda do objecto real, então tente ensinar-lhe mais
algumas. Ensine-lhe palavras que lhe sejam úteis mais tarde quando lhe quiser dar
instruções tais como “Apaga a luz.” ou “Coloca aqui a roupa suja.”.
MOTRICIDADE GLOBAL
53 – PROCURAR UM OBJECTO
Motricidade global, braços
Motricidade fina, agarrar
Meta: Melhorar a capacidade da criança de atender às suas necessidades sem ajuda
Objectivo: Procurar objectos e colocá-los ao nível dos olhos
Materiais: Animal de peluche ou outro brinquedo
Procedimento:
Pendure por um fio um animal de peluche, por exemplo: numa porta e assegure-se
que o objecto fica à altura dos olhos da Maria, de forma a que ela possa chegar-lhe
facilmente. Diga-lhe “Mexe no boneco.” e recompense-a cada vez que ela se
esticar para o tocar. Quando ela tiver aprendido a esticar-se para apanhar o
brinquedo, coloque um brinquedo pequeno na ponta da mesa. Assegure-se que a
Maria vê o brinquedo e diga “Vai buscar o brinquedo.”. Quando ela retirar o objecto,
elogie-a e deixe-a brincar por alguns minutos. Repita o procedimento várias vezes
mas lembre-se que após esta actividade os objectos que estejam em cima ou nas
pontas das mesas não estarão a salvo. Assegure-se que objectos que se possam
partir ou sejam perigosos não sejam colocados nesses locais.
54 – APANHAR
Motricidade global, braços
Socialização, interacção individual
Realização cognitiva, linguagem receptiva (opção)
Meta: Desenvolver competências motoras dos braços e interacção social apropriada
Objectivo: Jogar à apanhada com outra pessoa
Materiais: Bola tamanho médio
Procedimento:
Faça com que a Maria fique de frente para si, distanciada cerca de 30 cm. Faça
com que ela vire as palmas das mãos para cima e dê-lhe a bola. Então, coloque as
suas mãos da mesma maneira, e diga “Dá-me a bola.”, ou faça um gesto que
signifique dar a bola. Se ela não responder, repita as palavras ou gestos e tire-lhe a
bola. Elogie-a imediatamente, mesmo que tenha tido de lha tirar das mãos. Repita o
procedimento até que a Maria aprenda a lidar com a bola. Distancie-se mais 30 cm
dela e atire a bola devagar para que ela a apanhe. Não se preocupe se, de início,
ela não a conseguir apanhar. Simplesmente volte à posição inicial, mas agora é a
criança que segura a bola. Diga-lhe “Dá a bola.” ou faça um gesto apropriado para
esse efeito. Se ela ficar confusa com a distância adicional, mime a acção de atirar a
bola. Continue a atirar a bola mesmo que ela não a consiga apanhar, até que
aprenda a fazê-lo. Elogie-a por atirar a bola de forma apropriada mas, se a apanhar
seja mais generosa com o elogio no sentido de a deixar saber que conseguiu
realizar algo de excepcional.
55 – PASSAR POR CIMA E FICAR EM CIMA DE OBSTÁCULOS
Motricidade global, braços.
imitação, motricidade
Meta: Aumentar a coordenação e a confiança nas capacidades relacionadas com a
motricidade global
Objectivo: Passar por cima ou ficar em cima de diversos obstáculos
Materiais: Caixas de sapatos, banco, livro grande, pacotes do leite
Procedimento:
Disponha uma série de caixas de sapatos e pacotes de leite no chão. Mostre à
Maria como passar por cima de cada obstáculo usando movimentos exagerados.
Em seguida, ajude-a a passar por cima mesmo que a tenha de levantar
ligeiramente, dizendo ao mesmo tempo “Por cima.”, todas as vezes que passar por
cima de um obstáculo. Quando ela conseguir passar por cima dos pacotes de leite
e das caixas de sapatos, ajude-a a ficar em cima dum banco baixo ou dum livro
largo. Demonstre como fica em cima do livro (1º um pé e depois o outro), dizendo
“Em cima.”. Ajude-a a imitar as suas acções. Repita a actividade tantas vezes
quantas forem necessárias até conseguir realizar a actividade sem assistência. Não
espere que ela responda correctamente apenas aos comandos verbais “Em cima.”
e “Por cima.”. Aponte sempre para o topo do objecto quando quiser que ela fique
em cima de algo.
56 – CORRIDA DE OBSTÁCULOS
Motricidade global, corpo
percepção, visual
Meta: Melhorar a coordenação e o equilíbrio e desenvolver a capacidade de seguir um
percurso visual
Objectivo: Seguir um percurso envolvendo movimentos “debaixo de, em cima de ou à volta
de” séries de obstáculos simples
Materiais: Mobília, corda
Procedimento:
Coloque uma corda colorida, se possível, numa dependência da casa de forma a
contornar vários móveis, debaixo das cadeiras, em cima das mesas, etc. Chame a
atenção da Maria e coloque uma recompensa no final da corda. Então guie-a pelo
percurso que a corda exige. No final da corda, ela recebe a recompensa. Depois de
ter realizado, com a Maria o percurso algumas vezes, verifique se ela o consegue
realizar sozinha. Mantenha-se perto dela e, se parecer confusa, dirija a atenção
para a corda. Lembre-se de criar obstáculos simples, de início.
57 – APANHAR BRINQUEDOS DO CHÃO
Motricidade global, corpo
Imitação, motricidade
Motricidade fina, agarrar
Meta: Melhorar o equilíbrio
Objectivo: Apanhar um objecto do chão sem perder o equilíbrio
Materiais: Animal de peluche, bloco, bola, caixa pequena
Procedimento:
Colocar um animal de peluche no meio do chão afastado da mobília e de perigos
potenciais. Ande com a Maria até ao brinquedo e mostre-lhe que se dobra para o
apanhar. Então coloque o brinquedo novamente no chão e indique-lhe para o fazer
também. Segure-a, se for necessário, enquanto ela o faz. Recompense-a,
deixando-a brincar com o animal alguns minutos. Repita o procedimento tantas
vezes quanto as necessárias, até que a Maria seja capaz de se baixar para
apanhar o objecto sem perder o equilíbrio.Quando a Maria estiver segura do seu
equilíbrio, espalhe um número de brinquedos um pouco mais pequenos na sala.
Comece com 2 ou 3 blocos ou bolas e coloque-os no chão, num sítio visível
enquanto ela estiver a ver. Leve consigo uma caixa e caminhe com a Maria até ao
sítio onde estão esses brinquedos. Faça com que ela apanhe os objectos e os
coloque na caixa. Reforce-a quando todos os objectos estiverem na caixa.
58 – BLOCOS GRANDES
Motricidade global, corpo
Meta: Melhorar a capacidade da criança de caminhar enquanto transporta objectos
Objectivo: Apanhar, carregar e empilhar 4 blocos largos
Materiais: 4 caixas de sapatos, papel colorido
Procedimento:
Transforme as caixas de papel em blocos, enchendo-as com papel de jornal.
Coloque as respectivas tampas e forre-as com papel colorido. Espalhe os blocos no
chão, assegurando-se que estão visíveis. Dirija a atenção da Maria para um dos
blocos e diga: “Vai buscar o bloco.”. Faça com que ela apanhe a caixa e a traga de
volta. Ajude-a apenas se ela precisar. Repita o procedimento até a Maria conseguir
recolher todos os blocos. Mostre-lhe como elas se empilham os dois primeiros
blocos e faça com que ela empilhe os seguintes. Ajude-a se necessário. Quando
estiverem todos empilhados, deixe-a dar um pontapé e recomeçar.
59 – SUBIR DEGRAUS
Motricidade global, corpo
Meta: Melhorar o equilíbrio, coordenação e a capacidade da criança em mover-se de
forma independente
Objectivo: Subir degraus sem alternar os pés
Materiais: Degraus, fio, lápis
Procedimento:
Quando a Maria conseguir pisar em objectos de forma consistente (actividade 55),
comece a trabalhar com os degraus. Faça com que ela fique de pé em frente delas.
Fique ao seu lado e segure-lhe na mão. Diga “Para cima.” ou “Upa.” ou outra
expressão semelhante e coloque o seu pé esquerdo em cima do degrau. Repita
“Para cima.” e dê-lhe um pequeno empurrão até que ela levante o seu pé esquerdo.
Ajude-a se necessário. Elogie-a e repita o procedimento. Quando ela conseguir
subir 3 degraus segurando a sua mão mas sem que tenha de lhe mover os pés,
repita a actividade, mas deixe-a segurar apenas um dos seus dedos. À medida que
as suas capacidades e confiança aumentam faça com que ela suba os degraus,
mas em vez de a deixar segurar um dos seus dedos, faça com que ela segure a
ponta de lápis enquanto o adulto segura a outra ponta. Depois, substitua o lápis por
um fio. Finalmente, apenas suba ao seu lado para fazer com ela se sinta segura.
61 – ROLAR A BOLA – II
Motricidade global, braço
Percepção, visual
Meta: Desenvolvimento do braço e aprender a rolar uma bola
Objectivo: Rolar uma bola contra a parede, apanhá-la consistentemente sem ajuda
Materiais: Bola grande
Procedimento:
Sente-se no chão à distância de um metro da parede. Faça com a Maria se sente
ao seu lado. Pode ser que, de início, tenha de usar as suas pernas para impedir
que ela se vá embora. Coloque a bola no seu campo de visão e role-a, devagar,
contra a parede. Apanhe-a quando ela voltar para si. Então coloque a bola nas
mãos da Maria e ajude-a a rolar a bola contra a parede. Ajude-a também a apanhar
a bola quando esta voltar. Reduza gradualmente a sua ajuda até que ela consiga
rolar a bola sem ajuda, ver para onde vai a apanhá-la.
66 – PERMANECER NUM SÓ PÉ
Motricidade global, corpo
Imitação, motricidade
Meta: Melhorar o equilíbrio
Objectivo: Ficar num só pé 5 segundos sem ajuda e sem perder o equilíbrio
Materiais: 2 cadeiras, metro articulado
Procedimento:
Coloque as duas cadeiras juntas numa área livre de outros objectos. Coloque a
Maria à sua frente e cada um de vós segura-se a uma cadeira. Assegure-se que ela
está a olhar para si e, lentamente, levante um pé do chão. Faça-lhe sinal para que
a imite. Se ela não a imitar, levante-lhe o pé e certifique-se que ela está a segurar-
se à cadeira. Se possível peça a uma terceira pessoa que lhe levante o pé
enquanto você está a modelar. Repita o procedimento até que ela consiga ficar
num só pé, durante 5 segundos, enquanto está seguro à cadeira. Retire a cadeira e
segure-lhe a mão enquanto a Maria mantém a posição. Quando ela se sentir
seguro a agarrar a sua mão, faça com que ela segure a extremidade de um metro
articulado, pondo a sua mão perto da dela. Lentamente afaste a sua mão para a
outra ponta do metro articulado, sem o largar Finalmente, quando ela conseguir
ficar num só pé durante 5 segundos enquanto você segura na ponta do metro
articulado, retire-o e faça com que a Maria se mantenha num pé sem suporte.
70 – JOGO DE BOLICHE
Motricidade global, braços.
Socialização, interacção individual
Imitação, motor
Meta: Aumentar a força dos braços e melhorar a precisão dos braços para atingir um
alvo
Objectivo: Rolar uma bola larga com precisão a uma distância de 3 metros
Materiais: Bola grande, pacotes do leite vazios
Procedimento:
Coloque 6 pacotes do leite num padrão 3-2-1. Desenhe um linha a
aproximadamente 2 metros dos pacotes. Mostre à Maria como se posicionar atrás
da linha e rolar a bola para derrubar os pacotes de leite. Coloque novamente os
pacotes na sua posição original e ajude a Maria a rolar a bola. Elogie-a por derrubar
qualquer pacote. Anote quantos pacotes é que ela derruba de cada vez que lança a
bola. À medida que o jogo se torna fácil para ela, aumente gradualmente a
distância entre a linha e os pacotes. Além disso, assim que ela começar a habituar-
se ao jogo, pode começar a trabalhar a noção de jogar por turnos. Faça marcas
simples num cartão para que ela veja quantos pacotes derrubou e quantos é que o
adulto derrubou. Encoraje-a a divertir-se com o jogo sem que este se torne
competitivo.
71 – ATIRAR UM PROJÉCTIL
Motricidade grossa, braços
Coordenação óculo-manual, controle
Meta: Desenvolver movimentos de atirar e aprender a dirigir um projéctil a um alvo
Objectivo: Atirar um projéctil para dentro de uma caixa colocada a 1 metro de distância 5
vezes seguida
Materiais: 2 projecteis, caixa
Procedimento:
Sente-se ao lado da Maria numa área aberta e demonstre-lhe como atirar o
projéctil. Assegure-se que ela está a olhar quando o demonstrar. Segure o projéctil
numa mão, lentamente puxe o braço atrás e, ao puxá-lo para a frente, descreva um
movimento em forma de arco. Lembre-se de manter os movimentos lentos. Dê à
Maria outro projéctil e guie a sua mão para a ajudar a lançá-lo. Repita a actividade
muitas vezes, retirando gradualmente o controle da mão da criança para o punho e,
depois, para o seu braço, para o cotovelo e, finalmente para o antebraço até retirar
por completo a ajuda. Quando ela conseguir atirar o projéctil sem ajuda, comece a
desenvolver o acto de atirar a um alvo específico. Coloque a caixa no chão à frente
da Maria. Faça com que ela fique em frente à caixa e ajude-a a deixar cair o
projéctil dentro desta. Diga “Caixa.” sempre que deixar cair o projéctil. Além disso,
também deve tocar na caixa para a lembrar do sítio-alvo. Quando ela conseguir
deixar cair de forma consistente o projéctil dentro da caixa, estando posicionada
perto desta, remova gradualmente a caixa até que esta esteja fique a cerca de um
metro de distância. Mantenha um quadro com registos relativamente ao número de
vezes que a Maria consegue atirar com sucesso o projéctil dentro da caixa. Esse
registo deve incluir todas as distâncias a que distanciar a caixa. Esse registo das
distâncias vai ajudá-la a saber quando deve aumentar essa distância.
72 – SUBIR ESCADAS, ALTERNANDO OS PÉS
Motricidade global, corpo
Meta: Aumentar o equilíbrio e a capacidade de se mover de forma independente
Objectivo: Subir uma escada alternando os pés
Materiais: Escada
Procedimento:
Quando a Maria se sentir confortável a subir escadas sem alternar os pés
(actividade 59), comece a ensiná-la a colocar um pé em cada degrau. Se possível,
coloque uma terceira pessoa atrás dela para a segurar e fazê-la sentir-se confiante,
enquanto você demonstra como é que ela deve fazer. Faça com que a Maria fique
de frente para as escadas. Aponte para o seu pé direito e, de seguida, aponte para
o 1º degrau. Se ela parecer confusa coloque o seu pé direito em cima do degrau e
mantenha o esquerdo no chão. Elogie-a imediatamente mesmo que o tenha
ajudado. Aponte para o seu pé esquerdo e depois para o primeiro degrau. Se ela
tentar colocar o seu pé esquerdo ao lado do direito, aponte novamente para o 1º
degrau e mova-o para o segundo. Elogie-a imediatamente. Repita o procedimento
dando-lhe apenas a ajuda necessária, até ela conseguir subir degraus, alternando
os pés.
75 – SALTAR
Motricidade global, pernas
Imitação, motricidade
Meta: Aumentar o equilíbrio e a coordenação
Objectivo: Saltar com os pés juntos, ao longo de 5 metros
Materiais: Nenhum
Procedimento:
Chame a atenção da Maria e faça com que ela salte com dois pés. Então, fique ao
seu lado e faça com que ela salte consigo. Se ela não o fizer, levante-a
ligeiramente enquanto salta. Repita a actividade até que ela salte sem assistência.
Quando a Maria conseguir saltar de forma independente, desenhe linhas com 5
metros entre elas. Coloque-se de frente para a linha de partida e salte até à linha
seguinte. Faça com que ela salte as 5 metros sozinha. Quando ela conseguir saltar
facilmente com os dois pés, repita o mesmo procedimento mas com outras formas
de saltar:
a) saltar em dois pés com os braços de lado e levantados.
b) saltar só com um pé.
c) saltar com os pés alternados.
d) saltar com os dois pés mas com os braços no ar.
76 – EXERCÍCIOS DE EQUILÍBRIO
Motricidade global, corpo
Imitação, motricidade
Meta: Aumentar o equilíbrio, a agilidade e a condição física geral
Objectivo: Manter um bom equilíbrio enquanto desempenha uma série de acções
envolvendo simultaneamente movimentos de braços e pernas
Materiais: Nenhum
Procedimento:
Ponha-se de joelhos e mãos no chão e coloque a Maria ao seu lado. É importante
que as duas estejam na mesma direcção para que não confundam a esquerda com
a direita. Desempenhe as seguintes acções e faça com que ela a imite (se possível,
coloque uma terceira pessoa para a ajudar a assumir as posições enquanto você
as mantêm).
a) levante cada braço
b) levante cada perna
c) levante a perna e o braço direito; repita com a perna e o braço esquerdo
d) levante o braço esquerdo e a perna direita; repita com o braço direito e a
perna esquerda
77 – ROLAR
Motricidade global, corpo
Imitação, motricidade
Meta: Melhorar as capacidades físicas em geral
Objectivo: Rolar, de lado, uma distância de dois metros e, em seguida, rolar no sentido
inverso
Materiais: Nenhum
Procedimento:
Coloque-se numa área aberta e numa superfície macia como um tapete ou relva.
Assegure-se que a Maria a está a observar e deite-se com os braços colocados ao
lado do corpo. Mostre-lhe como se rola para a frente e para trás nessa posição.
Ajude-a a assumir uma posição semelhante e faça com que ela role numa direcção.
Não permita que ela role de forma anárquica, mas sim como se pretende. Quando
ela conseguir rolar sozinha, pare-a e mostre-lhe como rolar na direcção oposta.
Marque linhas de partida e chegada com 3 metros de distância. Faça com que ela
role de uma linha para a outra.
81 – CAMBALHOTAS
Motricidade global, braço
Imitação, motricidade
Meta: Aumentar a coordenação, o equilíbrio e a consciência corporal
Objectivo: Fazer 5 cambalhotas
Materiais: Nenhum
Procedimento:
Escolha uma área aberta, num tapete ou na relva. Assegure-se de que a Maria está
a observá-la. Actue com entusiasmo, dizendo “Ééééia.” (ou qualquer outro som)
enquanto dá uma cambalhota para demonstrar que pode ser divertido. Se possível
faça com que uma terceira pessoa a ajude a executar os movimentos, enquanto
você continua a demonstrar o modelo de actividade proposta. Coloque-se de
cócoras com as duas mãos no chão e ajude a Maria a assumir a mesma posição.
Coloque o queixo a Maria no peito. Ajude-a a inclinar-se para a frente, lentamente e
empurre-lhe as pernas para que complete a cambalhota. Reforce-a imediatamente.
Repita o procedimento, reduzindo de forma gradual a sua ajuda até que ela consiga
completar a volta sozinha.
82 – PASSOS DE ELEFANTE
Motricidade global, corpo
Imitação, motricidade
Meta: Aumentar o equilíbrio e o movimento
Objectivo: Andar 10 passos como um elefante com o corpo dobrado pela cintura e os
braços a balançarem em frente
Materiais: Nenhum
Procedimento:
Demonstre, à Maria, como é a forma de andar do elefante; dobre-se pela cintura e
deixe-se cair os braços, balouçando-os. Assegure-se que a Maria está a prestar
atenção ao que faz. Diga “ Olha, Maria sou um elefante.”. Então, ajude-a a assumir
a mesma posição mas mantenha-se ao seu lado, demonstrando continuamente o
que ela tem de fazer. Se possível, tenha uma terceira pessoa para a ajudar a
assumir a posição enquanto você executa o movimento proposto. De início, não
espere que ela assuma a posição por muito tempo mas, à medida que a Maria
executa com mais confiança a actividade delimite uma distância de 3 metros para
que ela ande como um elefante.
83 – CORRIDA DE BATATAS
Motricidade global, corpo
Coordenação óculo-manual, controle
Meta: Aumentar o equilíbrio e o controle da mão
Objectivo: Carregar uma batata pequena numa colher por uma distância de 15 metros sem
que esta caia
Materiais: Colher larga, batata pequena
Procedimento:
Assegure-se que a Maria está a prestar atenção enquanto você equilibra uma
batata numa colher durante alguns segundos. De seguida, comece a andar devagar
equilibrando a batata. Após ter demonstrado o que pretende, coloque a colher na
mão da Maria e verifique se ela a consegue segurar durante alguns segundos.
Quando ela começar a sentir-se mais confiante em equilibrar a batata, reduza a
ajuda prestada e encoraje-a a dar alguns passos. Quando ela começar a
demonstrar um maior à vontade em dominar a tarefa, faça com que ela percorra
cerca de 15 metros com a batata dentro da colher. Quando ela conseguir terminar o
percurso, faça uma corrida com ela e outra pessoa. No entanto, não permita que as
corridas se tornem competitivas.
84 – TRAVE
Motricidade global, corpo
Meta: Aumentar o equilíbrio
Objectivo: Andar numa trave
Materiais: Uma trave de 2 metros de comprimento e 20 cm de largura, 2 tijolos, 2 blocos de
cimento
Procedimento:
Encontre um espaço aberto onde não existam desníveis no terreno ou possíveis
perigos. Comece por colocar a tábua no chão e fazer com que a Maria caminhe em
cima dela por algumas vezes para ela se sentir mais confiante. Assim que ela se
sentir confiante, coloque 2 tijolos no chão e a tábua em cima para construir uma
trave. De início, é provável que tenha de segurar-lhe a mão e andar ao seu lado
enquanto ela caminha em cima da trave. Gradualmente, reduza a ajuda, fazendo
com que a Maria apenas segure a ponta do seu dedo e, mais tarde, a ponta de um
lápis enquanto você segura a outra, posteriormente, substitua o lápis por um fio.
Finalmente tente fazer com que ela ande sem ajuda. Quando ela o conseguir fazer
com confiança, aumente o grau de dificuldade da tarefa, substituindo os tijolos por
blocos de cimento de forma a que fique distanciado do chão cerca de 1/2 metro.
Repita a actividade várias vezes, ajudando-a sempre que ela precisar.
87 – CARRINHO DE MÃO
Motricidade global, braços
Meta: Desenvolver a força dos braços e a coordenação
Objectivo: Andar para a frente apoiada nas duas mãos enquanto alguém lhe segura as
pernas
Materiais: Nenhum
Procedimento:
Diga a Maria que vão brincar de carrinho de mão e faça com que ela se ajoelhe e
coloque as mãos no chão. Coloque-se por detrás dela e levante-lhe as pernas de
forma a que o seu peso fique colocado nas mãos. Inicialmente, não a segure nesta
posição por mais que uns segundos. Assim que lhe colocar as pernas no chão,
elogie-a imediatamente. À medida que os seus braços se fortalecem e a sua
confiança aumenta, aumente o tempo da actividade. Comece, também a levantar
os pés um pouco mais, mas tenha cuidado para não colocar demasiada pressão
nos braços antes da criança estar pronta para isso. Quando ela se sentir
confortável nesta posição fixa, faça com que ela comece a andar para a frente.
Coloque, no chão duas linhas, distanciadas entre si de 5 metros, que representam
a linha de chegada e de partida e faça com que ela percorra essa distância.
Assegure-se que ela sabe exactamente que distância tem de percorrer.
89 – CABO DE GUERRA
Motricidade global, corpo
motricidade fina, agarrar
Meta: Aumentar a força das mãos e o desenvolvimento muscular geral
Objectivo: Puxar uma corda que está segura por outra pessoa que exerce uma pressão
ligeira
Materiais: Corda com 1 metro de comprimento
Procedimento:
Desenhe uma linha no chão com fita adesiva. Coloque a corda no chão de forma a
que esta passa pelo centro da corda, mas colocada em cima. Segure uma ponta e
a Maria segura a outra. Faça com que ela a puxe enquanto você também a puxa
com suavidade. Elogie-a imediatamente. Gradualmente, comece a puxar a corda
cada vez com mais força. para que ela também aumente a força com que o faz.
Lembre-se de não tornar a actividade frustrante para ela.
91 – SALTAR À CORDA
Motricidade global, corpo
Meta: Aumentar a coordenação
Objectivo: Saltar 5 vezes sobre uma corda que se balança
Materiais: Corda de 1,20 metros aproximadamente
Procedimento:
Ate a ponta de uma corda a um objecto fixo. Coloque-se, com a Maria ao meio da
corda e peça a outra pessoa para segurar a outra ponta. Quando a corda se
aproximar, diga “Salta.” e levante a Maria do chão enquanto você também salta. De
início, tente apenas um salto de cada vez para aumentar a sua confiança.
Gradualmente, reduza a sua ajuda à medida que ela vai saltando sobre a corda,
mesmo que não seja capaz de saltar devidamente. Quando a Maria começar a
saltar sozinha, afaste-se da corda mas continue a ajudá-la, dizendo “Salta.”, no
tempo apropriado. Registe quantas vezes ela consegue saltar sobre a corda,
sucessivamente.
92 – MACACA
Motricidade global, corpo
Realização cognitiva, linguagem receptiva (opção)
Meta: Aumentar a coordenação muscular, o equilíbrio e as competências de contagem
Objectivo: Jogar correctamente à macaca
Materiais: Fita adesiva forte, pedra
Procedimento:
Desenhe os quadrados no chão ou delimite-os com fita adesiva forte, tal com está
apresentado na figura .Assegure-se que os quadrados são grandes e as linhas
visíveis. De início, será mais fácil para a Maria se não existirem números nos
quadrados para não a confundirem. Mostre-lhe como se salta com um pé nos
quadrados únicos e com dois pés nos quadrados duplos. Assim que ela conseguir
percorrer o caminho de ida e volta, ensine-lhe como se joga à macaca, usando uma
marca ou uma pedra. Quando ela conseguir reconhecer os números e aprender a
contar, numere os quadrados. De seguida, faça com que ela siga os números,
sequencialmente, ou salte para os que indicar.
93 – TRAVE AVANÇADA
Motricidade global, corpo
Motricidade fina, agarrar
Meta: Melhorar o equilíbrio
Objectivo: Andar numa trave com 1,5 metros de comprimento e 20 cm de largura enquanto
carrega uma variedade de objectos
Materiais: Trave (ver actividade 84), duas caixas, 5 objectos pequenos (bola, boneco de
peluche, boneca, copo, esponja, etc.)
Procedimento:
Quando a Maria conseguir andar pela trave sem problemas, ensine-a a carregar
pequenos objectos enquanto realiza o percurso da trave. Coloque uma caixa com 5
objectos num extremo da trave e uma caixa vazia na outra. Faça com que a Maria
retire um objecto da caixa cheia, percorra a trave e o deposite na caixa vazia.
Repita o procedimento até que os objectos tenham sido transferidos para a caixa
vazia.
MOTRICIDADE FINA
95 – CAIXA ESCURA
Motricidade fina, agarrar
Percepção, táctil
Meta: Melhorar as aptidões de agarrar objectos sem os ver
Objectivo: Tirar 3 objectos de uma caixa fechada
Materiais: Caixa de cartão, 3 objectos médios comuns (por exemplo: cubo, copo de papel,
colher)
Procedimento:
Faça um buraco numa caixa de cartão suficientemente grande para que, nela,
caiba a mão da Maria. Coloque 3 objectos pequenos, de dimensões adequadas
para que consigam passar pelo corte efectuado e feche a caixa. Assegure-se que a
Maria está a olhar para si, coloque a mão no buraco da caixa e puxe um dos
objectos. Finja-se surpresa ao retirar o item. De seguida, guie a mão de Maria
através do buraco e ajude-a a localizar um dos objectos e a retirá-lo. Repita o
procedimento e recompense-a cada vez que retirar um objecto. Após ter repetido a
actividade várias vezes, guie a sua mão para o buraco mas deixe que a Maria
chegue ao objecto sozinha. À medida que ela for aprendendo a tarefa, o número de
objectos pode aumentar ou diminuir e a caixa pode ser maior, de forma a que o
espaço a explorar seja maior.
96 – AGARRAR OBJECTOS
Motricidade fina, agarrar
Percepção, visual
Meta: Melhorar a pinça e o controle motor fino
Objectivo: Apanhar 10 objectos de tamanhos variados e colocá-los numa taça
Materiais: Taça pequena, 10 objectos pequenos (por exemplo: uva, amendoim, botão,
cubo, conta, caneta, chave, bola e moeda)
Procedimento:
Faça com que a Maria se sente à mesa e diga-lhe que é tempo de trabalhar.
Espalhe os objectos na mesa, assegurando-se que estão todos ao seu alcance.
Apanhe os objectos, fazendo pinça com os dois dedos e o polegar. Diga “Põe!” e
coloque o objecto na taça. Segure a mão da criança e guie-lhe os dedos para a
posição pretendida (pinça maior), faça com que ela segure o objecto, dirija-lhe a
mão para a taça e diga “Põe!”. Use a sua outra mão para a ajudar a libertar o
objecto na taça. Elogie-a e recompense-a imediatamente. Repita a actividade as
vezes necessárias até você achar que ela consegue iniciar os movimentos
necessários. Note quais os objectos que ela tem mais dificuldade em segurar e
esteja preparada para a ajudar com esses brinquedos. Lembre-se que ela deve
dizer “Põe!”, cada vez que colocar o objecto na taça.
97 – DESENVOLVER A “PINÇA”
Motricidade fina, agarrar
Meta: Desenvolver uma boa pinça e melhorar o controle motor fino
Objectivo: Separar pequenos pedaços de plasticina e colocá-los numa lata
Materiais: Plasticina, lata
Procedimento:
Sente-se, com a Maria à mesa, e coloque-se à sua frente. Tire a plasticina da lata
mas deixe-a ao seu alcance. Agarre na sua mão e ajude-a formar uma salsicha.
Assegure-se que a criança está a observar e, com um movimento exagerado,
demonstre como tirar um pequeno pedaço de plasticina, fazendo pinça com o
polegar e o indicador. Segure esse pequeno pedaço de plasticina em frente do seu
rosto, diga “Põe!” e coloque-o dentro da lata. Em seguida, ajude-a a executar o
mesmo procedimento. Repita a actividade muitas vezes, reduzindo o controle da
mão à medida que sentir ela que está a usar correctamente os dedos. Faça com
que ela saiba exactamente quantas vezes espera que desempenhe a actividade,
colocando um número determinado de recompensas em sítio visível. Cada vez que
põe um pedaço de plasticina na lata, recebe uma recompensa.
99 – APANHAR MOEDAS
Motricidade fina, agarrar
Coordenação óculo-manual, controle
Percepção, visual
Meta: Aumentar o controle da motricidade fina e as capacidades de agarrar
Objectivo: Apanhar 10 moedas e colocá-las numas lata
Materiais: Moedas, lata de café com tampa de plástico com ranhura
Procedimento:
Corte a tampa da lata de forma a que caiba uma moeda. Comece a actividade,
deixando duas moedas em cima da mesa em frente à criança. Diga “Olha, Maria” e,
devagar, apanhe uma das moedas fazendo uma pinça exagerada com o indicador
e o polegar. Acene com a moeda à frente do seu rosto no sentido de chamar a sua
atenção e coloque-a na ranhura. Segure na mão da Maria e guie os seus dedos
afim de repetir o mesmo procedimento com a segunda moeda. Recompense-a
imediatamente e deixe-a sair da mesa por alguns momentos. Repita o
procedimento, adicionando gradualmente mais algumas moedas à medida que a
Maria se torna mais apta a desempenhar a tarefa. Deixe sempre em cima da mesa
todas as moedas que pretende que ela coloque na lata para que ela saiba
exactamente quando a tarefa termina. Lembre-lhe de colocar as moedas na lata
apontando para a moeda, dizendo “Põe aqui.” e apontando para a ranhura da lata.
as cores faça com que ela saiba o que vai dobrar, dizendo “Azul.” e faça as dobras
seguintes (figuras C, D e E). Se ela não souber as cores, aponte para as fitas que
ela deve dobrar, dizendo “Dobrar.”. Se ela hesitar, guie-lhe as mãos até que o
brinquedo esteja completo.
114 – CORTAR
Motricidade fina, coordenação das duas mãos
Motricidade fina, manipulação
Meta: Aumentar o controle da motricidade fina e aprender a usar tesouras
Objectivo: Cortar ao acaso tiras de papel
Materiais: Tesouras, papel
Procedimento:
Antes de iniciar a actividade, faça 3 cortes numa folha de papel com 5 cm de
distância entre elas para que a Maria seja capaz de completar os cortes. Coloque o
material (folha de papel e tesoura) em frente dela. Chame-lhe a atenção e segure
nas tesouras. Segure-as de forma apropriada e coloque-as no seu campo de visão.
Faça um corte. Segure nas mãos da Maria e posicione as tesouras
apropriadamente. Use as suas mãos para reforçar o acto de agarrar a tesoura por
parte da criança e para controlar os seus movimentos. Manipule as suas mãos de
forma a que abra e feche a tesoura várias vezes. Diga “Cortar.” de cada vez que as
tesouras fecham. Ajude-a a prolongar os cortes. À medida que achar que as suas
mãos evidenciam mais destreza, reduza a ajuda prestada. Não se preocupe se os
cortes não saírem direitos. Encoraje a Maria a terminar apenas os cortes já
efectuados pois, dessa forma, a tarefa terá um fim delimitado e ela não se sentirá
frustrada.
115 – PARAFUSOS E PORCAS
Motricidade fina, coordenação das duas mãos
Coordenação óculo-manual, controle
Percepção, visual
Realização cognitiva, emparelhar
Meta: Aprender a discriminar tamanhos e melhorar as capacidades motoras finas.
Objectivo: Emparelhar 3 parafusos e 3 porcas de 3 tamanhos diferentes sem ajuda
Materiais: 3 parafusos e porcas de tamanho igual, 3 parafusos e porcas de tamanhos
diferentes, 2 tabuleiros.
Procedimento:
Quando a Maria conseguir completar dois tabuleiros diferentes (actividades 143 e
144), comece a ensiná-la a emparelhar as peças soltas (sem encaixe de madeira
como suporte), usando as duas mãos de forma cooperativa. Comece com as peças
de tamanho igual. Misture-as em frente da Maria. Coloque, em seguida, dois
tabuleiros na mesa com um parafuso num deles e uma porca no outro. Demonstre,
em seguida como enroscá-los. Guie as suas mãos para que a Maria enrosque o
segundo par. Repita o procedimento até que ela consiga completar os 3 pares de
peças sem ajuda. Quando ela não demonstrar dificuldade em associar as 3 peças
semelhantes, repita o procedimento com as 3 peças de tamanhos diferentes até ela
não demonstrar dificuldade na execução desta nova tarefa.
118 – TACHAS – I
Motricidade fina, manipulação
Imitação, motor
Motricidade fina, agarrar
Meta: Aumentar o controle da motricidade fina e da força dos dedos
Objectivo: Empurrar 12 tachas num quadro de cortiça
Materiais: Tachas, quadro de cortiça
Procedimento:
Sente-se à mesa, com a Maria e coloque o quadro à sua frente. Coloque as tachas
ao lado. Assegure-se que ela está a olhar para si quando apanhar a primeira tacha.
Usando um movimento deliberado de pinça, apanhe a tacha e segure-a em frente
dos olhos da Maria para que ela veja o que está a fazer. Diga “Olha, Maria.” e
empurre a tacha de forma a que fique presa na cortiça. Segure nos dedos da Maria
e repita o procedimento. Aponte para a segunda tacha e diga “Põe no quadro.” e
aponte para o quadro. Se ela não fizer nenhum movimento, guie-lhe a mão. Repita
o procedimento até ela conseguir colocar as 12 tachas no quadro. De início,
escolha apenas 3 ou 4 tachas da mesa; mas, à medida que aprende a tarefa,
aumente o número.
123 – ANÉIS
Coordenação óculo-manual, controle
Motricidade fina, manipulação
Meta: Melhorar a coordenação óculo-manual e o controle da motricidade fina
Objectivo: Enfiar 4 anéis numa estaca sem ajuda
Materiais: Anéis, estaca
Procedimento:
Coloque a estaca à frente da Maria e mostre-lhe os anéis. Diga “Olha, Maria”, e
mostre-lhe como atirar o anel na estaca. Tire o anel e repita o procedimento. Dê o
segundo anel à Maria e diga-lhe “Põe.”. Guie a sua mão pela actividade pretendida.
Repita o procedimento até que todos os anéis estejam introduzidos na estaca.
Elogie-a sempre que colocar um anel e recompense-a quando todos os 4 anéis
estiverem introduzidos. Assegure-se que ela vê que todos os anéis que lhe serão
dados para que tenha a noção do término da tarefa.
138. PINÇAS
Coordenação óculo-manual, controle
Motricidade fina, manipulação
Percepção visual
Meta: Aumentar a coordenação óculo-manual, o controle da motricidade fina e a
capacidade de movimentar objectos
Objectivo: Pegar em 6 objectos pequenos com pinças e colocá-los em copos ou cartões
dos ovos.
Material: Pinças pequenas e flexíveis, cartão de ovos, pequenos objectos (blocos, contas
etc.)
Procedimento:
Coloque 2 ou 3 objectos pequenos em cima da mesa em frente da Maria e diga
“Olha, Maria.” e mostre-lhe como se usa a pinça. Certifique-se de que ela está a
olhar para si e use a pinça para pegar num dos objectos e colocá-los num buraco
do cartão de ovos. Liberte o objecto no cartão abrindo a pinça. Tente que a Maria a
imite no uso da pinça. Ajude-a a pegar-lhe de forma adequada. Com a outra mão
aponte para o objecto que ela deve pegar e diga “Põe este.”. Ajude-a a controlar a
pinça e a pegar no objecto. Depois encaminhe-a para o cartão e ajude-a a libertar o
objecto. Inicialmente terá que apontar para um buraco vazio para que ela saiba
onde deixar o objecto. Treine com vários objectos para que ela adquira o controle
da pinça. Diminua o controle das mãos à medida que sentir que ela vá percebendo
e controlando melhor a tarefa.
156 – LABIRINTOS
Coordenação óculo-manual, desenho
Motricidade fina, manipulação
Realização cognitiva, linguagem receptiva
Meta: Melhorar o controlo do lápis e desenvolver competências de desenho
Objectivo: Completar labirintos simples desenhando uma linha entre duas linhas paralelas
afastadas entre si , 1 cm
Materiais: Papel , lápis, folhas plastificadas (para serem reutilizadas)
Procedimento:
Prepare um número de labirintos simples, desenhando duas linhas paralelas
afastadas entre si 3 cm. Faça apenas um labirinto por página e, se possível,
plastifique-as. Comece por trabalhar labirintos simples com cerca de 10 cm de
comprimento (ver figura). Mostre, à Maria, como começar do lado esquerdo e
desenhar uma linha intermédia direccionada para o lado direito. Dê-lhe o lápis e
guie-lhe a mão de modo a que não desenhe fora das linhas. Reduza a ajuda à
medida que ela for conseguindo desenhar uma linha entre as do labirinto. Assim
que as suas aptidões aumentarem, faça labirintos mais divertidos, colocando
figuras no início e no final destes.
190. PROPOSIÇÕES
Realização cognitiva, linguagem receptiva
Coordenação óculo-manual, desenho
Meta: Aumentar a compreensão de conceitos de posição representadas em duas
dimensões
Objectivo: Desenhar numa área especificada por ordem verbal, envolvendo o uso de
proposições
Material: Lápis e papel
Procedimento:
Ao iniciar a actividade prepare várias folhas de papel com desenhos simples. Numa
das filhas pode desenhar uma árvore, uma menina e uma casa. Noutra pode ser
um quadrado, um circulo e um triângulo. Sente-se ao lado da Maria e dê-lhe as
folhas. Dê-lhe ordens simples envolvendo “dentro”, “debaixo”, à volta”, “ao lado”.
Por exemplo: Dê-lhe a folha com a casa, a menina e a árvore e diga: “Faz um
circulo à volta da menina.”. Pode também pedir-lhe que faça uma linha debaixo da
casa ou fazer um triângulo ao lado da árvore. Certifique-se de que ela sabe os
nomes de todos os objectos que estão na folha e de que ela sabe desenhar tudo
aquilo que lhe pede. À medida que as competências progridem, vá gradualmente
aumentando o grau de dificuldade. Por exemplo pode dar-lhe dois lápis e pedir-lhe
que faça um quadrado azul dentro do circulo.
DESEMPENHO VERBAL
Esta secção contém actividades que foram utilizadas com sucesso de modo a aumentar
a linguagem expressiva da criança com autismo. Seleccionámos um grupo de actividades para
cada nível de desenvolvimento da linguagem de modo a ilustrar uma variedade de estruturas
de ensino tendo em conta os respectivos objectivos na aprendizagem da linguagem. Porque
qualquer programa de linguagem deve ser individualizado para a criança com défices e
capacidades especiais e atendendo aos seus interesses de comunicação, as actividades
propostas nesta área não representam em exclusivo o seu programa, nem sugerem o seu
currículo.
Estas actividades devem ser utilizadas pelos pais e professores em sessões
estruturadas de ensino, à medida que a criança adquire novas capacidades. Nós sugerimos
formas pela quais essas capacidades possam ser generalizadas ao longo do dia.
Os objectivos das actividades incluem o seguinte: começar a vocalizar, uso de uma
palavra simples, pequenas frases, respostas sociais, descrição de acções e acontecimentos,
fazer perguntas e conversação social.
Cada objectivo da linguagem deve ter em conta o significado para a criança, de modo a
ser útil e adequado ao seu nível de desenvolvimento. Por exemplo: a primeira palavra simples
que deve ser escolhida deve corresponder ao que ela quer. Para uma criança pode ser “carro”,
para outra pode ser “bolo” e para outra “bebé”. O vocabulário é escolhido porque tem
significado e porque é útil para a criança e está de acordo com o seu nível de desenvolvimento.
Cada técnica deve ir ao encontro do interesse da criança, de forma a tornar as
actividades o mais interessantes possível. Por exemplo: algumas crianças gostam de cantar,
outras de movimentos corporais, outras de figuras e outras de construir puzzles. A atenção da
criança e a sua cooperação na actividade é produtivo quando as actividades contêm materiais
ou acções que ela considera intrinsecamente interessantes. Nós ilustramos todas estas
variações de modo a providenciar o leitor com uma vasta selecção de actividades de ensino
estruturado a escolher.
Estas actividades são relatadas nas secções de Imitação e na de Realização Cognitiva.
A linguagem, normalmente, desenvolve-se através da imitação; a criança ouve uma palavra e
copia-a. A sua linguagem começa a ser uma real comunicação somente quando ela as ouve e
entende o seu significado. A criança pode dizer muitas palavras, mas não ser capaz de as usar
espontaneamente, ainda que as perceba a nível da linguagem receptiva, o que será uma parte
do programa individual de linguagem.
Para as crianças que não falam os sinais manuais são combinados com o discurso no
início das actividades de linguagem. Contudo, as actividades que ensinam códigos não verbais
não faz parte deste conjunto de propostas de actividades, devendo assim ter um espaço para
isso.
191 – COMEÇAR A VOCALIZAR
Desempenho verbal, vocalização
Imitação, vocal
Meta: Encorajar o desenvolvimento de vocalização com significado
Objectivo: Fazer um som perceptível de rebentamento, quando rebenta bolas de sabão
Materiais: Frasco de bolas de sabão
Procedimento:
Sente-se à mesa com a Maria à sua frente. Ponha o frasco de bolas de sabão entre
os dois. Sopre algumas bolas ou deixe a Maria soprar. Rebente algumas bolas com
o seu dedo e diga ao mesmo tempo “PO”, bem audível, de cada vez que rebenta
uma bola. Repare se a Maria presta atenção às bolas e ao som. Depois dela estar
bem disposto com as bolas, sopre mais algumas e tome o dedo dela, guiando-a
para rebentar mais bolas. Continue a fazer o mesmo som. Imite os sons que Maria
faz e regresse ao som “Po”. Se ela não tentar imitar o som, cative a sua atenção
para a sua boca, enquanto lhe mostra como se faz o som e então ajude-o a colocar
a boca de maneira a produzir o som. Sopre mais bolas e repita a actividade até que
ela comece a fazer o som sozinha. Reforce sempre que ela o comece a fazer
espontaneamente.
199 – VERBOS
Desempenho verbal, linguagem receptiva
Realização cognitiva, linguagem receptiva
Meta: Desenvolver o conhecimento e o uso de verbos e aumentar as competências de
linguagem expressiva
Objectivo: Usar os verbos simples correcta e independentemente
Materiais: Figuras de pessoas a fazer actividades comuns
Procedimento:
Sente a Maria na mesa na sua frente. Mostre-lhe a figura de um homem a fazer
uma acção simples e clara, que ela seja capaz de reconhecer, por exemplo um
homem a correr e diga: “Olha, o homem está a correr”. Enfatize claramente o verbo,
para que ela perceba o foco da lição. Repita a frase “O homem está a correr.”
várias vezes, enfatizando sempre o verbo. Depois peça à Maria que lhe diga o que
é que o homem está a fazer e recompense-a por qualquer tentativa de verbalizar o
verbo correr. Os verbos mais indicados para começar são: sentar, comer, dormir,
saltar… Aproveite todas as oportunidades do dia para que ela possa usar os verbos
aprendidos. De inicio trabalhe apenas com 2 ou 3 verbos e gradualmente vá
aumentando até 5. Lembre-se de reforçar todos os verbos que ela foi aprendendo
nas sessões anteriores.
201 – CANTAR
Desempenho verbal, vocalização
Percepção, audição
Imitação vocal
Meta: Incrementar as capacidades de vocalização e desenvolver a capacidade de
compreensão do tom vocal
Objectivo: Mudar de tom e de inflexões quando canta com outra pessoa
Material: Nenhum
Procedimento
Sente-se no cão com a Maria e comece a cantar uma canção simples para ela
ouvir. Use gestos e mude o seu tom frequentemente durante a canção para que ela
diferencie o cantar do falar normal. Use as suas mãos e expressão facial para lhe
mostrar como é divertido cantar. Quando vir que ela está a prestar atenção à sua
canção, tente envolvê-la na canção. Por exemplo: tente que ela bata palmas ao
ritmo. Quando ela começar a participar a nível motor, hesite ocasionalmente
durante a canção e toque-lhe na boca para indicar que ela deve cantar também.
Certifique-se de que ela olha para a sua boca e cante mais lentamente para que ela
perceba. Deve reforçar todas as tentativas que ela faça para vocalizar a canção.
Gradualmente comece a exigir-lhe respostas mais especificas e uma participação
mais actividade. Mais tarde encoraje-a a imitar as suas modificações no tom de voz.
Procedimento:
Sente-se à mesa com a Maria e mostre-lhe os reforços. Esconda uma delas
debaixo de um copo e peça-lhe para o tirar. Repita esta actividades alguns minutos
para a familiarizar. Coloque uma vez o reforço em cima do copo e peça-lhe que o
retire. Quando ela estiver familiarizada em procurar o rebuçado dentro e em cima
do copo, continue a actividade, mas usando as expressões. Por exemplo: “Olha
Maria, debaixo.” e coloque o reforço debaixo do copo. Depois de repetir várias
vezes, coloque o reforço debaixo e pergunte “Onde está?” e responda lentamente
“Debaixo.”. Motive-a a começar a responder. Reforce-a por qualquer tentativa.
213 – RESPONDER A QUESTÕES COM “OU”
Desempenho verbal , expressão
Desempenho verbal, linguagem receptiva
Meta: Aumentar a linguagem expressiva e desenvolver a capacidade de fazer escolhas
de forma independente
Objectivo: Fazer escolhas de forma independente quando lhe dão 2 alternativas concretas
e, expressar essa escolha verbalmente.
Materiais: Objectos da sala que lhe são familiares e que lhe agradam
Procedimento:
Dado que a Maria apresenta dificuldades em se expressar quando se lhe é
oferecido algo a escolher, aproveite todas as oportunidades do dia para usar a
palavra “ou”. Por exemplo, antes da “hora do conto”, seleccione 2 livros e coloque
os em frente dela. Aponte para cada um dos livros, separadamente, e pergunte:
“Queres este ou aquele?”. Quando ela se dirigir para um deles repita a questão e
diga “Maria, diz, este.”. Encoraje-a a verbalizar o que quer sempre que lhe oferece
a escolha. Este programa pode ser implementado com comer, brinquedos ou
qualquer outra coisa que lhe interesse especialmente. Quando a Maria já estiver
habituada a questões com “ou” e conseguir responder-lhes verbalmente, comece a
introduzir questões para respostas mais especificas envolvendo nomes de objectos,
categorias ou cores. Por exemplo, agarre num cubo vermelho e pergunte-lhe
“Maria, este cubo é vermelho ou azul?”. Se ela hesitar, mostre-lhe outro cubo
vermelho e nomeie a cor, depois mostre-lhe outro azul e nomeie-o também. Por fim
repita a questão com os cubos originais.
214.CONVERSA ESTRUTURADA
Desempenho verbal e cognitivo, conversação
Interacção individual e social
Meta: Desenvolver competências de conversação
Objectivo: Responder adequadamente a conversas simples e a questões simples e
incrementar as competências sociais básicas
Material: Figuras de revistas, botões, copo
Procedimento:
Nesta altura, o vocabulário da Maria já melhorou consideravelmente, mas precisa
de aprender a usar as suas palavras numa conversa adequada. Para esse efeito
ela vai precisar de praticar muito em situações estruturadas. Sente-se na mesa em
frente da Maria. Planeie um tópico para a conversa na qual deverá fazer 3 questões
simples Maria. Por exemplo:
“Maria, o que é que podemos comprar no supermercado?”
“ Como é que vamos para o supermercado?”
“O que é que fazemos com o comer que compramos no supermercado?”
Depois de ela lhe dar uma resposta satisfatória, coloque um botão no copo, o que
lhe permitirá ver quantas questões respondeu adequadamente. Se ela não
conseguir responder adequadamente, use figuras auxiliares e dê-lhe pistas. Por
exemplo se ela não responder “carro” para a 2ª questão, mostre-lhe a figura de um
carro e repita a questão. Use sempre temas que lhe despertem interesse. À medida
que ela for aderindo melhor à conversa, comece a extinguir o sistema token e
elogie a sua resposta imediatamente.
216 – PLURAIS
Desempenho verbal , expressão
Realização cognitiva, linguagem receptiva
Meta: Desenvolver o uso adequado do plural
Objectivo: Usar os plurais adequadamente quando identifica grupos de objectos familiares
Material: Objectos de uso comum que ela reconheça (ex. bolos, bolas, cubos)
Procedimento:
Sente a Maria na mesa e coloque os objectos na sua frente. Nomeie os objectos à
medida que pega neles. Por exemplo, pegue num bolo e diga: “Olha Maria, um
bolo.”, quando ela lhe quiser pegar pergunte “O que é isto?”, quando ela responder
“Bolo.”, coloque vários bolos em cima da mesa e diga: “Olha Maria, bolos.”. Enfatize
bem o plural. Repita a palavra “bolos” várias vezes. Depois aponte para o bolo e
diga “Bolo.” aponte para o conjunto de vários bolos e diga “Bolos.”. Não se esqueça
de enfatizar bem a diferença entre as duas palavras. A seguir aponte para o bolo e
pergunte “O que é, Maria?”. Quando ela responder “Bolo.”, repita a questão para o
conjunto de bolos. Se ela não captar o plural, repita o som “S” mais alto após a
palavra “bolo” e peça-lhe que repita.
220- CONTAGEM
Desempenho verbal, vocabulário
Realização cognitiva, associação
Imitação verbal
Meta: Aumentar o vocabulário e o conceito de número
Objectivo: Contar sem ajuda
Material: Blocos de madeira
Procedimento:
Certifique se a Maria é capaz de imitar os sons dos números. Trabalhe com 5
blocos. Conte os blocos em voz alta e lentamente, movendo os blocos para um
grupo separado após dizer o número. Faça isto várias vezes e hesite antes de dizer
o último número para ver a reacção dela. Depois peça-lhe 3 blocos., quando ela lhe
der o número certo de blocos, conte-os em voz alta, não dizendo o último número
de cada grupo. Repita o procedimento várias vezes, mas de inicio peça-lhe que
identifique apenas o primeiro número. Gradualmente, peça-lhe que identifique os 2
últimos e vá aumentando a quantidade de números exigidos à medida que ela
melhora.
Esta secção contém actividades que podem dinamizar a independência da criança com
autismo em relação ao ambiente. As áreas mais importantes mais importantes a desenvolver
nesta secção são a alimentação ,a utilização da casa de banho, a higiene e o vestuário. muito
do stress sentido pelos Pais e professores anda à volta dos objectivos a longo termo que têm
em conta estas sub-áreas, tão importantes para a independência da criança, que normalmente
tornam-se extremamente dependentes. Estas actividades devem ser incorporadas diariamente
numa rotina em casa e na escola. O número de actividades descritas nesta secção é simbólico
pelo facto de ser uma área que abarca um grande número de actividades, por isso terão de ser
alargadas para outras actividades de acordo com as necessidades de cada um, (ver
bibliografia. Muitas destas actividades foram desenvolvidas através da experiência com
crianças com atraso de desenvolvimento severo, elas podem ser adaptadas a crianças com
autismo uma vez que as suas dificuldades de aprendizagem sejam tomadas em conta.
As características específicas das crianças com autismo são:
1 – Uma forte preferência por certo tipo de comida, o que significa que se deve
aproveitar para ensinar os aspectos de autonomia na alimentação quando está a
ingerir os seus alimentos preferidos
2 – Aptidões pobres da linguagem impedem a professora de usar linguagem para
conduzir a criança. Os gestos claros e as demonstrações devem ser usadas para que
a criança entenda o que se pretende
3 – Uma forte necessidade de igualdade ou gosto por rotinas. Logo que uma rotina foi
ensinada, a criança pode ter dificuldades em generalizar para outras situações ou
contextos diferentes
4 – Utilização inadequada dos sentidos (Hipersensibilidade ou hiposensibilidade aos
estímulo). As respostas da criança a vários sabores ou cheiros, ao estar molhada, com
frio ou zangada ou com medo podem ser extraordinariamente fortes ou inexistentes
5 – Capacidade de atenção pobre (grande distractibilidade), que necessita de estrutura
e sinais visuais ou auditivos para a manterem atento.
238 – ABOTOAR – I
Autonomia, vestir
Motricidade fina, coordenação das duas mãos
Meta: Vestir-se sozinha e aumentar a coordenação motora.
Objectivo: Enfiar um botão grande na casa (num quadro de treino de abotoar)
Material: Cartão um botão e tecido
Procedimento:
Construa um quadro de abotoar colando um cartão a meio do tecido, pregando o
botão num extremo e fazendo uma casa no outro (ver figura). Coloque-se por
detrás da Maria com o quadro em cima da mesa diante dela. Pegue-lhe nas mãos
e guie-o para o botão. Direccione a sua atenção para o botão e para a casa. Ajude-
a para que agarre o botão e o coloque na casa. Ajude-a a puxá-lo com o polegar e
o dedo indicador. Diga “Puxa.”. Reforce-a por qualquer esforço que faça. Repita o
procedimento tantas vezes quantas as necessárias para que aprenda e refira
sempre “Puxa”. De inicio ela vai precisar de muita ajuda para compreender como
puxar o botão, guie-lhe as mãos até que compreenda. Quando sentir que ela já é
capaz de o fazer sem ajuda, use um bocado de tecido com mais do que um botão.
239 – ABOTOAR – II
Autonomia, vestir
Motricidade fina, coordenação das duas mão
Motricidade fina, agarrar
Meta: Vestir-se sozinha e incrementar a coordenação motora.
Objectivo: Apertar e desapertar botões de uma camisa ou camisola
Material: Camisa ou camisola de botões grandes
Procedimento:
Tente trabalhar com uma camisa de botões grandes, que se apertem e desapertem
facilmente. Quando a Maria já apertar os botões do quadro de abotoar (actividade
238), mostre-lhe como abotoar numa camisola. Quando ela estiver a usar a
camisola, guie-lhe as mãos para os botões. Tente que ela segure uma parte da
camisola enquanto empurra o botão para a casa. diga “Puxa.” para que ela puxe o
botão com o dedo indicador e o polegar. Reforce-a imediatamente e repita o
procedimento com os outros botões. Depois de repetir várias vezes, tente
gradualmente retirar a ajuda. Será mais fácil de aprender se começar por apertar e
desapertar a partir de baixo.
Procedimento:
Comece por ajudar a Maria a escolher aquilo que ela quer vestir no dia seguinte,
antes dela ir para a cama. Deixe todas as peças de roupa necessárias num
determinado local para que seja fácil de encontrar. Mostre-lhe o relógio
despertador. Ensine-lhe como desligar o despertador. Nas primeiras manhãs ajude-
a a levantar-se da cama e a desligar o despertador, antes de continuar com o resto
do programa. Quando tiver a certeza de que ela já é capaz de desligá-lo sozinha,
mostre-lhe o relógio e diga-lhe que terá que estar completamente vestido quando o
ponteiro chegar ao sinal desenhado para receber uma surpresa(mostre-lhe onde
assinalou). Mantenha-se no quarto mas apenas ajude se sentir que ela está
confusa ou frustrada. Elogie sempre o esforço que ela faz e reforce-a com qualquer
coisa que ela goste especialmente sempre que ela terminar de se vestir a tempo.
246 – CÓCEGAS
Socialização, interacção individual
Meta: Incrementar a interacção social e o divertimento, com contacto físico
Objectivo: Reagir adequada e amigavelmente ao contacto físico
Material: Boneco
Procedimento:
Sente-se com a Maria na cama ou numa manta. Pegue no boneco e diga: “Olha,
Maria.” Tente chamar-lhe a atenção para o animal, se necessário passando com
ele no seu campo de visão. Use o boneco para tocar na Maria, muito
carinhosamente, fazendo-lhe cócegas. Certifique-se de que não está a ser
demasiado intrusiva. Quando lhe tocar sorria e sussurre algumas palavras
agradáveis. De início faça-o por pequenos períodos. Há medida que a tolerância da
Maria aumentar, aumente a quantidade de cócegas. Páre de lhe fazer cócegas
para ver se ela faz algum tipo de movimento que indique que quer continuar.
Continue a actividade enquanto ela mostrar prazer nela.
252 – ESCONDIDAS
Socialização, interacção individual
Socialização, independência
Motricidade fina, corpo
Desempenho cognitivo, linguagem receptiva
Meta: Ter consciência de que está escondida dos outros, incrementar o desejo de
procura e de interacção com os outros
Objectivo: Esconder-se de uma pessoa e depois procurar por outra que está escondida
Material: Nenhum
Procedimento:
Comece a actividade ensinando a Maria a esconder-se. Terá que ter outra pessoa
na sala, o pai ou um colega. Pegue na mão da Maria e diga “Esconde-te do pai.”
Leve-a para trás da porta, de uma cadeira ou para debaixo da mesa. Ensine-lhe
apenas 3 locais diferentes onde se possa esconder. Durante a actividade, repita a
ordem: “Esconde-te.”. Depois ajude-a a esconder-se num dos locais anteriormente
ensinadas. Peça à outra pessoa para perguntar, “Onde está a Maria?”. Depois
ajude a Maria a aparecer e a levantar o braço para dizer onde está . A outra pessoa
deve correr para ela e dar-lhe um grande abraço. Depois dela aprender como se
esconder e mostrar quando é chamada, faça com que a outra pessoa se esconda
num dos 3 locais anteriores e ajude a Maria a procurá-la quando perguntar “Onde
está a …?”. À medida que ela for entendendo a actividade , encoraje-a a esconder-
se onde quiser e sem ajuda.
Antecedentes: O João tem uma boa coordenação e é um menino com 4 anos de idade
muito activo. Funciona normalmente com um desenvolvimento médio de 2-3
anos, mas na expressão oral emite cerca de 5 palavras. O João tem
conhecimento de outras e é capaz de predizer as suas respostas no seu
comportamento. O seu estado de espírito é flutuante. Durante um ano tem
batido frequentemente com a cabeça enquanto fica perturbado pela sua
má disposição ou porque é interrompido na actividade que ele escolheu.
Este comportamento é stressante para os sues pais, mas não causa danos
físicos nele próprio. Nenhuma punição nem nenhum afecto especial pareceu
mudar esta situação de modo a ele abandonar esse comportamento.
Análise: Sempre que ele batia com a cabeça tinha atenção dos outros. Ele não parecia
entender essa atenção como zangado e punitivo ou relacionada e afectuosa.
Ele não parecia distinguir, quando essa atenção era punitiva ou afectuosa.
Ele parecia entender que quando se batia, conseguia o que desejava.
Objectivo: Diminuir este comportamento de bater com a cabeça, não lhe dando atenção
ou mudando as suas ordens.
Intervenção: Ao longo das actividades na mesa (ex. Puzzles, pintar com lápis...) coloque a
mesa e a cadeira de modo a estarem afastadas da parede, de modo a ele
não poder chegar com a cabeça à parede. Quando o João começar a bater
com a cabeça na mesa, resguarde o material que ele está a utilizar e volte-lhe
o corpo de costas para a mesa, contando até 10 e seguidamente ponha-o na
posição inicial e dê-lhe os materiais para ele começar de novo a actividade.
Dê-lhe uma pequena ajuda para ele recomeçar. Dê-lhe um elogio logo que
ele comece. Repita esta estratégia sempre que ele começar de novo, mas
não o deixe abandonar a sua tarefa sem ele colocar a última peça. Continue
isto durante cerca de 2 semanas, tomando nota num quadro cada vez que ele
tem este comportamento. É importante dispor de muita atenção e reforçar
sempre que ele não se auto-agride, elogiando-o.
C3 – AGRESSÃO
Problema: Cuspir nas pessoas
Antecedentes: O João tem 13 anos com uma idade mental de 3 anos. Cospe muitas
vezes para a face do seu irmão mais novo, por vezes para outras crianças e
ocasionalmente para os adultos, mas nunca para os pais. Por mais que se
tenha antecipado este comportamento e se lhe tenha chamado dizendo-lhe
“Não.”, mandando-o para o seu quarto ou deixando o seu irmão atenção, não
tem havido sucesso bater-lhe. O João não é capaz de perceber explicações
verbais e os limites das suas consequências. O cuspir, não é geralmente
provocado
Análise: Não sabemos porque é que o João actua assim com o irmão e os outros, mas
o que sabemos é que ele não faz isso aos adultos da sua família o que
demonstra que ele tem a capacidade de controlar este comportamento
sempre que é necessário. A punição que escolhemos não está directamente
ligada ao acto de cuspir, pois o João não é capaz de associar o cuspir com o
responder
Intervenção: Peça ao irmão que chame o João para uma actividade que seja fácil para ele
participar: como colorir um círculo, ou colocar peças dum puzzle. Faça estas
actividades em que as 3 pessoas tenham de tomar a vez. Sente o João junto
do irmão, para que ele tenha a possibilidade de cuspir. Cada vez que ele
cuspir ao irmão ponha-lhe piri-piri na língua. Depois faça-o voltar à actividade
que estavam a desenvolver. Anote na sua tabela (ver figura) cada vez que
este comportamento ocorre e continue pelo menos uma semana. Quando “o
cuspir” estiver controlado durante estas actividades, faça o mesmo
procedimento sempre que o João cuspir nas pessoas. (Normalmente usa-se
vinagre, mas como o João gosta de vinagre, sugerimos piri-piri. Deve
assegurar-se que não usa nada de que o João gosta.)
2ª 3ª 4ª 5ª 6ª
FEIRA FEIRA FEIRA FEIRA FEIRA SÁBADO DOMINGO
C4 – AGRESSÃO
Problema: Bater na cara do adulto
Contexto: O João tem 4 anos de idade e uma idade funcional de 18 meses. Não possui
qualquer sistema de comunicação verbal ou gestual. Começou a bater no
rosto das pessoas. O comportamento ocorre quando se lhe exige atenção,
quando desempenha actividades da rotina diária e durante as sessões de
ensino.
Objectivo: Ensinar o João a usar um gesto para indicar que está cansado de trabalhar
ou está confuso e que não quer ser interrompido.
Intervenção: Sempre que a criança tentar bater-lhe durante uma sessão de ensino,
restrinja a sua mão, calmamente, diga-lhe “não bate” e ensine-lhe o gesto
alternativo para dizer “acabou” (coloca-se os dedos debaixo do queixo).
Reforce o sinal com elogio e deixe-o brincar uns momentos com o que ele
quiser na mesa. Em seguida, retome a sessão de trabalho com uma
actividade que ele consiga realizar. Ajude-o com frequência e elogie-o.
Ensine-o a fazer o sinal “acabou” quando ele estiver pronto para esbofeteá-la.
Concorde sempre em deixar que ele páre de trabalhar uns instantes após ter
feito o sinal para ele ver que o entendeu. Quando ele aprender este sinal
durante as sessões de trabalho, então pode usar a mesma técnica durante as
rotinas diárias.
C5 – DISRUPÇÃO
Problema: Atirar objectos
C6 – DISRUPÇÃO
Problema: Gritar, chorar, recusas verbais quando se exige que obedeça a
exigências simples.
Intervenção: Durante as 2 semanas próximas, mantenha uma grelha (ver figura 10.4) na
qual se regista o comportamento da Cindy de chorar ou gritar para verificar se
as seguintes técnicas podem ser eficazes: 1) Ignorar; 2) Fornecer ajuda
frequente através de indução ou manipulação; 3) coloque uma recompensa
alimentar em sítio visível para lhe ser dada imediatamente a seguir ao término
da tarefa. Duas vezes ao dia sente-se com a criança e dê-lhe uma tarefa
simples e não verbal (emparelhar, colorir, etc.). Coloque a recompensa
alimentar perto dela e diga-lhe que a pode obter assim que terminar a tarefa.
Ignore os protestos e comece a actividade, colocando você a 1ª peça. Em
seguida ajude-a, fisicamente, a colocar a peça seguinte. Não use indutores
verbais mas sorria à medida que ela vai fazendo o que se pretende. Não dê
atenção aos sons ou palavras mas ajude-a com frequência, movendo as suas
mãos se ela parar de trabalhar. Assim que a tarefa tiver terminado, faça-lhe
uma festa, sorria e dê-lhe a recompensa alimentar. Em seguida regista na
grelha a resposta que a criança demonstrou para com esta abordagem.
C7 – DISRUPÇÃO
Problema: Saltar da mesa à hora das refeições
C8 – REPETIÇÃO
Problema: Colocar na boca objectos não comestíveis.
Análise: A criança tem a capacidade de inibir o acto de levar à boca objectos quando
induzida. Mas sem essa indução, alheia-se do que está a fazer. Este
comportamento é potencialmente perigoso devido ao facto de existirem bagas
venenosas e quimicos no jardim. É necessário que a Jenny tenha um meio
alternativo de ser lembrada da regra “na boca não”, quando a mãe não está
presente. As suas competências de leitura podem ser usadas como um
indutor visual.
Objectivo: Ensinar a criança a inibir o acto de levar objectos à boca sem a indução da
mãe.
Intervenção: Vamos começar por ensinar a criança a ler um cartão com a regra e usá-la
para inibir os seus impulsos. Assim que ela aprender que é necessário que
leia a regra em vez de esperar que o adulto a leia, então podemos usar esta
técnica num número de diferentes situações.
1º passo: Durante as sessões de trabalho, coloque um copo e uma colher perto dela.
Em frente ao copo coloque um cartão dizendo “usar a colher para tirar gelo”.
Assim que ela esquecer e agarrar o gelo com os dedos, não diga nada mas
remova rapidamente o copo e atire o gelo fora. Aponte para o cartão e peça-
lhe para ler. Explique: “esqueceste a regra,vamos tentar mais tarde”. Tente
novamente após uns 5-10 minutos.
2º passo: Durante as sessões de trabalho, coloque algum do material que ela gosta de
colocar na boca, perto dela. Coloque um cartão perto disso com a inscrição
“na boca, não”. Explique que se ela se lembrar da regra durante 10 minutos,
pode ser recompensada com pastilha elástica. Mais uma vez não a lembre
verbalmente, mas esteja pronta para remover a pastilha elástica se ela se
esquecer.
3º passo: Debaixo do ecrã da TV, coloque um cartão dizendo “na boca não”. Não lhe
forneça induções verbais. Vigie-a e, sempre que se esquecer e colocar algo
na boca, aproxime-se da TV, silenciosamente, e apague-a durante alguns
minutos. Aponte para o cartão e abane a cabeça. Não lhe ralhe nem a tente
confortar se ela parecer zangada ou aborrecida
C-9 REPETIÇÃO
Problema: Perguntas perseverantes “Que horas são?” independentemente
da resposta ou da situação.
Contexto: Tommy é um rapaz com excesso de peso e letárgico com 10 anos de idade
cujo funcionamento se situa no atraso moderado. Tem um forte interesse e
uma memória excelente para os aniversários das pessoas, números de
telefone, números de matrícula e horas. As questões acerca do tempo são as
mais frequentes e mais perseverantes. Pergunta as horas mesmo quando
está em frente a um relógio que possa ver facilmente. Esforços anteriores
para diminuir este comportamento incluiram responder à questão, ignorar,
irem embora e dizer-lhe para estar quieto.
Intervenção: Delimite a sua área de trabalho de forma a que a criança possa ver onde vai
trabalhar e onde vai brincar (ver figura 10.6). Comece com uma actividade
simples, uma que saiba que o Dave consegue fazer (por exomplo, um puzzle
simples de 4 peças). Coloque o puzzle na mesa e remova uma peça para que
a criança a coloque no local adequado. Chame-o para a mesa, diga-lhe para
se sentar e diga-lhe para completar o puzzle. Elogie-o e dê-lhe uma uva. Em
seguida, dirija-o para a àrea de brincar. Após cerca de 30 segundos, chame-o
para repetir a tarefa. Da segunda vez, remova 2 peças do puzzle. Novamente,
recompense-o com uma uva e um elogio e diga-lhe para ir brincar. Quando a
criança ficar habituada a esta rotina (cerca de 60 ensaios), aumente a tarefa
removendo duas peça. Siga o mesmo procedimento. Desta forma podemos
aumentar a quantidade de trabalho que ele faz antes de se levantar. Não
alongue para uma tarefa maior (3 ou 4 peças) até que o David consiga
terminar a tarefa mais curta sem necessitar de indução da sua parte.
C11 – DÉFICE
Problema: Falta de iniciativa em mudar actividades durante períodos de
trabalho na escola.
Objectivo: Guardar trabalho terminado e tirar trabalho novo sem directivas individuais ou
atenção da professora.
Intervenção: Coloque em uso um sistema token para o Brian no qual ele receba
inicialmente um prémio por cada ocasião em que, voluntáriamente, guarde o
trabalho terminado e tire trabalho novo sem que seja necessário dirigi-lo
pessoalmente através de um acenar de cabeça, de apontar ou verbalizar.
Inicialmente, pode induzir o Brian dando uma direcriz ao grupo todo sem olhar
para a criança “Lembrem-se têm de guardar o trabalho, sozinhos”. Coloque
uma caixa de prémios na sua secretária e, de cada vez que inicie uma acção
sem indução, dê-lhe atenção positiva, colocando um prémio na caixa e
elogiando-o. De início pode dar-lhe 10 minutos de tempo livre por cada 3
prémios na caixa. Assim que ele iniciar as tarefas por si com maior frequência
pode aumentar o número de prémios que ele necessita de juntar para ganhar
tempo livre.