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Te ee eC et Uiee itd DCU OCU Mr U eke Ce tact) Pero Ce ees tte cd PUTO UC a RC ete aa Ua) Osmar Moreira de Souza Junior PRATICAS CORPORAIS EDUCACAO FISICA Componente curricular: 3 ee a Eile EDUCAGAO FISICA eae OUR e Lt) ~ MODERNA Suraya Cristina Datido Doutora em Picolagia Exolre Desevolvimente Humane ala Unveridede de Sao Paulo, Profesoraecjunta da Universidade Estado Paulista io de Mesqut Filho Illa Karla dos Santos Diniz DDoutora em Desenvolvimento Humano eTecnolagise, na érea de “Teenologias nat Dindicas Corporais pela Universidade Estadual Paulista lio de Mesquita Filho. Professora do instituto Federal de Educacéo, Géncia e Tecnologia de S20 Paulo, em Capivar. ‘Aline Femanda Ferreira ‘Mestre em Desenvolvimento Humane e Teenologias, na rea de Tecnologias nas Dindmicas Corporas pela Universidade Estadual Paulista Jlio de MesquitaFiho,Professore de Educacao Fisica na rede municipal de Rio Claro ‘Amarilis Oliveira Carvalho ‘Mestraem Desenwohimento Humana e Tecnolagas, na drea de Teenologias nas Dinimicas Corpora pela Universidade Estadual Paulista Jilo de Mesquita Filho. Professora de EducacBo Fisica do Ensno Fundamental ‘ Ensino Médio na rede municipal de Séo Paulo. ‘André Luis Ruggiero Barroso Doutor em Desenvolvimento Humana e Tecnologia, na drea de Teenologias nas Dindmicas Corporaés pela Universidade Estadual Paulista Jilo de Mesquita Filho. Professor univesitario em intitugao particular e professor ‘de Educagio Fisica na rede municipal de Paulin, André Minuzzo de Barros Doutor em Desenvolvimento Humana & Teenolagias, na area de Tecnologias nas Dinamicas Corporais pela Universidade Estadual Paulista Jilio cde Mesquita Filho, Profesor de Educacdo Fisica no Instituto Federal de Educacéo, Ciénca e Tecnologia ‘de Sé0 Paulo, em Suzano. Fernanda Moreto Impolcetto DDoutora em Desenvolvimento Humano e Teenologia, na dtea de Tecnologias nas Dindmicas Corporais, pela Universidade Estadual Paulista lio de Mesuita Filho, Profesora sistent doutora Departamento de Educacao Fisica da Universidade Estadual Paulista lo de MesquitaFlho de Rio Claro, Laercio Claro Pereira Franco Doutor em Desenvolvimento Humano e Tecnologias, na drea de Tecnologias nas Dindmicas Corporais pela Universidade Estadual Paulista Jlio de Mesquita Filho, Professor universitario em instituigéo particular e professor de Educagao Fisica na rede municipal de Campinas. ‘Osmar Moreira de Souza Jiinior Doutor em Educacaa Fisica, na érea de Educacao Fisica e Sociedade pela Universidade Estadual {de Campinas. Professor do Departamento de Educacdo Fisica e Motricidade Humana da Universidade Federal de $0 Carlos, PRATICAS CORPORAIS EDUCACAO FISICA a Ensino Fundamental * Anos Iniciais Componente curricular: EDUCACAO FISICA. MANUAL DO PROFESSOR 1 edicdo So Paulo, 2017 @hroverna Coordenagioedtora Marisa Matin Sanches Ego de tent: Sorgo Fal Gags, Mates Mans Santo Assetnclaedtoril soos Pais Gerdnca de design product gra: Snctn Gotha de Canao Homma Coordenagiode produgio: Fen Pala, Pain Costa Suporte administrativoeditoriak Wats de Loar Redhigs (oer CCoordenagio de designe proetos vl: rts Cerusia Lets Projete gris: APIS Design Luis ssl {Capa za Sours Foi Ftc lgseSurtestrk ranges amend gins; doe Sutestck ‘mening darcondo:rjveckaShuttetock aden; Chroma Shuterstock: mono cm bla na mio marina cm bls no tstuja/Shuestocle mens bandos Coordenagto de arte:Cssina oe Overs Edi de art: MPS Estal Editorag eetrniea: MP Eon Coordenagdode revistat S, Caesco Revista: Maia Cortez, Casha Oh, Norey Diss, Renzo Bars, Fits de Cis Porc, Togs Das, via Bruno Coordenagiode pesquisa iconografca cone Bieza Sebaron Peequesiconogréia: ive Aine de Vero «Luciana ire CCoordenagto de urea: Putens M. Rodigues “Tratamente de imagens: Devoe Faitozs Mace, Femanda Bet, Joel Aptecid, Lue Cars Cost, Mina, Buzaaro Préimpreso:Aotarate Pevec, Devise Fetoz Medi, Everton Loe Olver, Niro Kamora, itera Suse Coordenagte de prodisio Industral: Viendell Mertevo Improssioeacabamento: (Cémara Bresicira do Livro, $2 Brasi) Frias coyparis « aduoeto fea = a8 ‘os = manual do profesor / Surg China Dard etal. — Led. — Sao Paulo Modera 2017 (utc anor: Kara ds Sates Dini ‘Ane Fenando Ferrera, Amerie Olvera Cara, ‘Arete Luis Fupyer Baroso, Act Minuzzo de Baro Frnarda MeratoImpcato, Laerio Clo Feta Froreo, Osmr Maret ce Souza ii Conrgononte eureka Eitan sca, Biblograt. 1. Feicaco sen ~Estideeensno Ensina fundamenta 2. Metessres Formac I. Dati, Surya Chiting Dini a Kal os Santos. 1 Fen, Aino Foran, 1, Casta, Amaniis Owora. aoc, cs Ls Raper ‘VL Bars, Aner nus de. Impobet, Fmirda Moet, VI ance, Laer Clare Pee 1X, Sou ine, Osmar Mercia do 740892 00.3728 Indlees para ctdlogoslstemético: |. EeueneS sea : Ensino fundamental 37286 eset pcb. tt 18hdoCeduo Ferd Lei 98'Uce 18d too 68, Totes eto mar fun Puedes, 79-ln Fai ine. Its oot INTRODUGAO, 7 xT DANGAS, 17 TeMA1 Dancas indigenas 7 ee Anise © Compreensao ~ As dancas Incigonas..18 ExperimentacS @ FUE nnd Dane do bate-pau Denga Matind Avaliagao e Registro, i 23 TeMA 2. As dangas populares do Brasil: a catira.. Para comegar. 24 Analise e Compreensao ~ Catia: por dentro da batida de viola... Experimentacao.e Fruigao. 25 Mobilizacao iniclal: Aprendizagem dos passos; Variacdo; Crago de coreografla Consirugao de valores ~ Deficiéneia isica; Deficiéncia aucitiva; Deficiéncia visual... 28 Avaliagao e Registro. 29 GINASTICAS, 30 TeMA1 Os elementos basicos da gindstica: acrobacias rodante e ponte... 30 Pata COMECAT ane 30 Anélise ¢ Compreensio ~ 0 rodante @ a ponte...31 ExperimentagSo € FUIGSO nnn BZ Passagem pela ponte; Rodante no bambolé Avaliagd0 © Registro... coi TeMA2 Agindstica ritmica... on 3 Para COMECAT ae ecient BS! Anélise © Compreensao ~ A gindstica rftmica.....35 Experimentacao e Fruigao... 37 Estétua; A Tita; Movimentos da fta; As macas; Gindsticaritrica: conjunto Construgdo de valores - Mesmos movimentos, sensacies diferentes. Avaliagao e Registro. 42 ESPORTES, 43 TEMA.1 Diferenga entre jogo € esporte.... Para comecar.... pea Andlise e Compreensao ~ Jogo e esporte como ccontetidas da Educagao Fisica escolar: Transformagao do jogo em esporte.... Experimentacdo e Fruigdo. Basquetebol: do ogo 20 esporte; Surgimento e jogos eesportes Construcéo de valores ~ Basquetebol para cadeirantes, - AvallaG80 @ REQIStO cnn enn TEMA 2 Esportes de inVESBO sone PRC COMME nen Analise e Compreensao ~ Elementos dos ESPOTLES BO IV ESEO enn enn Experimentagdo € FHUIGEO nn Minijogos de futebol; Minjogos de handebol Construcdo de valores ~ Jogos de futebol para meninas e meninos. Avaliagdo e Registro BRINCADEIRAS E JOGOS, 55 Tema Brincadeiras e jogos da cultura Popular brasileira. ennnen PATE COMES enn Andlise e Compreensao ~ A queimade; 0 pique-bandeira scans Experimentacao e Fruigdo, Queimade; Queimade abelha-rainha; Queimada meteoro; Queimads russ3; Pique-bandeira;Pique-bandetr fut; Peteca; Pula-sela; Escravos de J6 Construgio de valores - Queimada com limitagdes Avallag80 @ ReQIStPO. eee 43 43 44 46 48 48 49 49 49 50 53 54 55 55 56 57 62 62 SUMARIO Tema 2 Jogos cooperativos 63 Para COMEGAT enn rates Analise e Compreensao - 0s jogos COOPEFALIOS nen poncraaral Al Experimentagio e Fruigéo. aoe 6S ‘Travessia dori; Agrupendo; Peraquedss Construcéo de valores - Passando o bambolé.... 68 ‘AVaLIaCEO © REGISUIO sence 6B LUTAS, 69 TeMA 1 O que séo lutas? 69 Para comecar. 69 Anélise e Compreensao ~ O canceito de luta; As saudacies nas lutas. n Experimentagao & FrUIGE0 a. icine D2: Desenhando uma Lut; Estatus de lutas; Variaco da estétua de lutas; A saudecs Teatro de lutas; Lute com a bolha de saba Luta de dedos; mite o mestre Construgao de valores - As mulheres nas (ulas..77 Avaliagao e Registro. 7 Tema 2 Esquive e imobilizagao se 9B Para comegar. 78 {Andlise e Compreensao ~ 0 dojo; Prontos para UE o nen PD Experimentagao @ FrUIGa0 an. susas® Pega o rabo; VariagBo da jogo pega o rabo; Estoura baldes de fest (bexigas; Piso Pega-prendedores; Varlagéo da jogo peoe-prendedores; Cepture do coelho Construgao de valores ~ Sem limites. 82 ‘Ayaliagao e Registro. 82 xy °°... DANGAS, 83 TeMA1 As quadrithas juninas 83 Para comecar. 3 Anélise e Compreensio ~ A festa junina; Aquedria, 84 ©iperimentacao e Fruiggo 85 Quodriha; Recriar a quedtitha Construcdo de valores ~ Quadriha das cadeiras 89 VBLGEO @ REGIS one nn BD Tema 2 Festival de dangas populares........90 Para comegat on penne 0 Andlise e Compreensio - Festival de dancas populares; Carimbd; PAU de 135 onunnee 90 Experimentagao e Frultéo..... xen) Carimbs; Pau de fitas; Festival, Construcéo de valores - incluséo de alunos com deficiéncia nas coreografias. 95 AvAliagB0 @ ROSE enn 96 GINASTICAS, 97 TEMA 1 Agindstica arti aparelhos. 7 Para comecar 7 Andlise e Compreensao - Os aparelhos da gindstica artistica. 7 Experimentacao e Fruigéo. 100 Cade maceco no seu gatho (barre fixe e berras paralelas); Meu mastre mandau (trave de equi Uric} Troca de lugares (solo); Pula-sela (salto sobre a mesa) Construgao de valores ~ De cabeca para BabR0 0 SC enn LOB yAliag80 © REGIE OB TEMA 2 Aginéstica acrobatica 105 Para COMEGEE nnn LOS Analise e Compreensao - As acrobacias........ 105 Experimentacao e Fruigo 106 Equilbrosindividuais Desaio dos apcios: Conetrugao das figura; Grupos Construgdo de valores - Figuras acrobaticas diferentes. se ames oo Avaliagdo e Registro. 110 ESPORTES, 111 TeMA 1 Esporte no tem género! qn Para comecer. aa Analise e Compreensao - Esportes especificos do sexo feminino e do sexo masculino..........111 Experimentacdo e FruigS0.... antl Movimentos da gindstica ritmica com a bole 20 arco} Jogos de lutas Construgao de valores - Lutas e ginéstica rtmica com os olhos vendedos..... Avallag0 © REQIStPO ne TEMA 2 Esportes de campo e taco, Para comecar.. sar e Anélise e Compreensao ~ 0 beisebol eossoftbol Experimentac$0 @ FPUIGEO ence Jogo de taco (bets); Jogo de base qustro CConstrugao de valores ~ Criar jogos de campo e taco... mites st Avaliacao e Registro. BRINCADEIRAS E JOGOS, 122 TeMA 1 Brincadeiras e jogos populares da cultura popular do mundo Para comegar.... Anélise e Compreenséo ~ As pinturas, as brincadeiras e 0s jogos papulares CONN sacs asa cs Experimentac§o @ FPUIGEO nen As pinturas e es jogns; Cabra-cega Construgio de valores - Daruma-san 92 KOTO nen - AvaliagB0 © REQIStO nnn z Tema 2 Os espacos de brincadeiras e jogos. Para comecar_.. co . AAndlise © Campreensaa - Os espacos atuais Oe ee csccaa suits i 114 115, 116 116 117 118 120 qa. 122 122 123 124 126 126 127 127 127 Experimentagdo © FruiggO en Os espagos ¢ os jogos: Gincana Avalagdo @ Registro, 129 LUTAS, 130 ‘Tema 1 A base (quarda) do lutador: equilibrio e desequilibrio 130 Para comeyar... os auu!30) Andlise e Compreensdo - A base do lutador — equilibrar © dESCQUILDE ED eee mene DBL Experimentaga0 @ FrLigaO vanennnnennnnnnne DBL Luts do sac: Lita do equibrio; Luter ajoethado; Luter agachad; Empurre-empurra; EEmpurrar com as costas; Pure-puR2; Papa trio; Dano de arena; Fortaleza; Noringue Construgéo de valores - interagindo com as diferencas; Simular uma deficiéncla...138 Avaliagao e Registro. 138 ‘Tema 2 Lutas e desenhos animados........139 Para comegat — oon 139 Andlise e Compreensao - A violencia nas desenhos animados e a formaggo da eran... Sees 139 Experimentag0 @ FLigaO een ne DAO A personagem: uta nos desenhos animacos; Criagdo de histrias Construgéo de valores - Mulan, 11 AVALIGEO @ REGIST enn ennnnnnree DAR xr —S=*s—“‘i‘“SSSSSO DANGAS, 143 TEMA 1 No passo do hip-hop. CS és Andlise @ Compreensdo - Dancas do mundo: 4 cultura dohip-hop: A danca ce Estil0S de 083 CO PUB anemone Experimentacao.e Fruigao. Passo bésico; VariecGes; Locking, Popping Breaking; Betalha de danca de rua Construgao de valores ~ Freestyle adaptado, Avallag0 © REQIStTO non 143 143 144 147 151 152 TeMA 2 Maculelé. 153 Para comecar 153 Andlise e Compreensao - Maculelé, 153 Experimentagd0 e FCB ene Macuele Construcao de valores - Maculelé adaptado..... 156 Avaliagao e Registro, 156 GINASTICAS, 157 TEMA. Gindstica geral 157 PF COMEEEE 187 SUMARIO ‘Andlise © Compreensdo - A gindstica goral... 157 Exparimentagaoe Fruiggo..... 158 Gymnaestrada na escola Construgdo de valores ~ Coneagrafia PATE 10008 enone poe 9 Avaliagdo @ Registro s 159 TeMA2 A classificacgo da gindstica......160 Para comecar: paces oo 160 Andlise e Compreensio - A classificacso da gindstica; Gindstica para a sade: Ginéstica para competicao; Gindstica para demonsiracdo. 160 Exporimentagéo.e Fruiggo.... oo 162 Gindstica de condicionamento fsico; GinSstica alternativa~ioga; indstica acrobstica egindsticalocalzada Construcéo de valores ~ Robé com comands. 164 ANAIRGEO @ REGISETO ene nena 168, ESPORTES, 165 ‘TeMA1 Esportes de rede/quadra dividida € parede de rebote/muro. 165 Pata COMECET enna ne Analise e Compreensao - Para conhecer 0 voleibo 167 Experimentacao e Fruigéo 167 Voleibal com bola grande de pléstico Construgao de valores - Voeibol paralimpico. 169 ‘Avalacao e Registro 169 TeMA 2 Classificacéo dos esportes 170 Para comegar. 170 ‘Andlise e Compreensao ~ Modelo de classficagao dos esportes.... ul Exporimentagéo.e Fruiggo poncsl FD. ClassifcacSo dos esportes Avaliagdo @ Registro a 7s BRINCADEIRAS E JOGOS, 176 ‘emA1 Jogos africanos e indigenas.......176 Para comecar, 176 ‘Analise © Compreenséo - A influéncia dos africanos no Brasil Os jogos inaigenas; Brincadeitas e jogos africanos e indigenas.....177 Experimentagio e Fruig0..... mole My God (Mou Deus), Terra-mar; Bon hid, Ketinho mits: Kolidina ConstrugSo de valores - Heiné kuputis0.....181 Avaliagdo @ Registro... 182 TeMa 2 Jogos digitais 183 Para comecar. 183 Andliso e Compreensao - Os jogos digials; Beneficios limites e maleficias dos Jogos datas. 184 Experimentacéo e Fruigdo...... ses 88 (Quacribot; Campo minado ‘AvaliagBo e Registro 187 LUTAS, 188 Tewa1 Variagdes dos elementos das lutas. 188 Para COMECRE enn oon 188 ‘Analise e Compreensio ~ Transforma¢so 05 0905 OE ILBS nner aol Experimentacdo e FruigS0...... cee 89 Disputa pela bola; Luta do saci variada; Disputa bo benco} Cabo de guerra; Fuga do circulo; Sobra um; Acaca e 0 cacador; Conquista do pais Construgao de valores ~ Luta 2 DeFICIENCIA VISUBL eons nnn nest Avallagao e Registro 193 ‘Tema 2 Aorigem das lutas 194 Para COMECRE ee neenn nn oon 194 ‘Andlise e Compreensio - Um othar histérico sobre a5 lutas; AS lutas NaS CAVEFTES eunannee 1 94 Experimentacdo e FruigS0..... oon 96 Dramatizagdo da origem da lta; (Os homens des cavernas; Batelha romana Construgo de valores - A discriminagso 135 Uta & 3190 INLI9O nan ene 99 Ayallag0 @ REQIStO nnn nee 199 BIBLIOGRAFIA, 200 FLL LLL LLL LLL INTRODUCAO Historicamente, a Educa¢ao Fisica passou por mudancas e questionamentos quanto ao seu papel na escola, colocando em suspeicao sua condigao de area de co- nhecimento, Nesse escopo, o conjunto de propostas e abordagens tedricas que do- minaram a cena da Educagao Fisica ao longo dos anos 1980, conhecidas como Movi- mento Renovador', proporcionou alguns encaminhamentos importantes para a area. Uma das metas desse movimento foi atribuir maior significado a disciplina, transpon- do visdes reducionistas que, muitas vezes, colocavam-na na condicao de atividade ou de espaco de nao aprendizagem. Foi nesse cenario que o conceito de cultura corporal de movimento ganhou for- cae passou a ser amplamente disseminado, denotando o conjunto de praticas cor- porais que foram produzidas e transformadas com o desenvolvimento da humanida~ de. Entre essas praticas, é possivel destacar 0s jogos e as brincadeiras, os esportes, as dancas, as lutas, as gindsticas e as praticas corporais de aventura, A Educacao Fisica passou entao a instrumentalizar os alunos para usufruir desses saberes de maneira contextualizada e auténoma (BRASIL, 1997) Nesse processo, além do aprendizado por meio das vivéncias, os alunos preci- sam refletir sobre como essas praticas se relacionam socialmente, quais s40 seus impactos e transformagdes histdricas, as interferéncias da midia, os valores envol- vidos, as questdes politicas e culturais, entre outras. A nossa expectativa é de que a aprendizagem das praticas corporais seja realizada considerando uma visio integral de corpo e de mundo. Utilizamos a Base Nacional Comum Curricular - BNC (BRASIL, 2017, 3 verstio)? como documento orientador desta colecao, tendo como referéncia os abjetivos de aprendizagem preconizados para 0 componente curricular Educagao Fisica. E a pri- meira vez na histéria que temos um documento que propée uma organizacao curri- cular nacional para a Educacao Fisica, 0 que, do nosso ponto de vista, representa um avango para a area a medida que favorece uma melhor compreensao do que deve- mos ensinar em cada momento do percurso formativo, viabilizando a formulacao de expectativas de aprendizagem ao longo dos diferentes ciclos da Educacao Basica. A Educagio Fisica esta inserida na area de Linguagens, pois as priticas corpo- rais presentes na cultura corporal de movimento se apresentam como textos cul- turais, permitindo producao, reproducao e interpretagao. Os gestos constituem a 1 O movimento renovador na tducagio Tice configure om um conunto de debics posse discusses sob o papel dese component curculr na escola. cbetvo fi quesionar presupostos bastante desenvlids nas instuicbes scolar que ssxavambascam ent elacionadosao enfoque dado ao esperte¢&apio fica As aus eam reducinisaseexlodentes, se con- ‘envvandopineipalmente am apectos oligo Tkices O movimento reovadortve pot abjetivaapronmara Educa Fico as teviaserticas da Etueago, bem como dequestdes poltcas esociasestabelece nda novos abjetios@pincbios pedagegicos area ioe que foram dlineados apart doolhar de erent tendércias pda ce roposos name pind (BRASIL 1397), 2 BRAS Poramtos CuricvlaresNacianai (PCN) cacao Fic Basa. 1987. Dispeniel em cps iporal mec govbr/sebfarquites! pall pt Aces em. 13 nou 2017 3 BRASL MinetdviodaEdicact. ose Nacional Camu Curio Terta rsh, Basic MEC 207. LA linguagem corporal que possuimos e transformamos nos seios culturais, eles sao respon- saveis por expressar desejos, emocdes e pela emissao € traducao de mensagens diversas, Nessa perspectiva, durante 0 processo pedagdgico, 0s movimentos humanos nao sao abordados de forma isolada ou desconectada, mas considerados com base nas contex- tualizacoes vinculadas 8s questOes socioculturais que permeiam o dia a dia dos alunos. Além disso, consideramios também os cédigos e signos que sio estabelecidos com a co- munidade, a fim de atuar na ampliacao do vocabulario corporal dos alunos por meio das dangas, praticas corporais de aventura, jogos e brincadeiras, lutas, esportes e ginésticas. Nesta colegao, procuramos ainda contemplar as competéncias gerais da BNCC, bem como as competéncias especificas da area de Linguagens e do componente curricular Educacao Fisica. Temos o intuito de propiciar uma formacio critica, criativa e participa~ tiva dos alunos, possibilitando a eles que utilizem as praticas corporais, reflitam, questio- nem e debatam sobre elas durante as aulas de Educacao Fisica e que possam transferir tais procedimentos para além dos limites da escola. Também temos o propdsita de ofe~ recer a eles um conhecimento diversificado, discutindo preconceitos e posicionamen- tos discriminatdrios. Para tanto, apresentamos uma colecao em dois volumes, o primeiro dirigido para 1° 2 anos e, o segundo, para 0 3%, 4° e 5° anos do Ensino Fundamental, A elaboracao desta obra ocorreu de forma colaborativa a fim de auxilia-lo na tematizacao dos contetidos da cultura corporal de movimento de maneira integral e dialégica, Contudo, vale ponderar que nao pretendemos determinar ou limitar sua atuagao, uma vez que, como mediador do processo de ensino-aprendizagem, vocé deve gerenciar a formacao dos alunos e utili- Zar os materiais disponiveis para fazer as adequacdes necessérias ao seu contexto escolar, ‘Ao optarmos por uma perspectiva cultural, nos alinhamos de alguma forma com al- guns expoentes autores da area de Educacao Fisica escolar, tais como Suraya C. Darido, Mauro Betti, Jocimar Daolio, Valter Bracht, Elenor Kunz, entre outros. Investidos dessa perspectiva que assume os objetos de ensino da Educacao Fisica como conhecimentos ou produgdes corporais para além de gestos e técnicas motoras, decidimos empregar a BNCC como fundamento tedrico para a organizacao desta cole¢ao, pontuando que te- Mos quatro praticas corporais no primeiro volume (1° e 2° anos): dangas, ginasticas, es- portes e brincadeiras e jogos, e, no segundo volume (3°, 4° e 5° anos), além dessas, acres- centamos as lutas. As praticas corporais de aventura nao foram propostas para os anos iniciais do Ensino Fundamental pela BNC e, portanto, nao foram incluidas nesta colecao. Adotamos os mesmos critérios da BNCC para selecao e organizacao das praticas cor- porais (identificadas como Unidades Temiticas) e das suas manifestagdes (elencadas como Objetos de Conhecimento). Para dangas, lutas e brincadeiras e jogos, aplicarios os principios relacionados a acorréncia social dessas praticas, ou seja, partimos do contex- to particular (praticas da comunidade) e o ampliamos para o universal (escalas nacional @ mundial)é, As ginasticas foram tratadas segundo sua diversidade e caracteristicas (nos 4 Contormea orinito da BNCC para osancsinia,dancase bincadkiras e jogesabordaramo content corn, regjona nacional ¢ mundial ley de maiz aicanaeegenaasluasficaram concertiadasnaeanitato comune eral a CL LLL LLL LLL anos iniciais do Ensino Fundamental a énfase recaiu sobre a ginastica geral). Os esportes foram delineados de acordo com um modelo de classificacao (Iagica interna das moda- lidades). Procuramos também, ao longo das unidades teméticas, atender aos objetivos de aprendizagem propostos para cada objeto de conhecimento, delineado ano a ano, su- gerindo estratégias metodolégicas, atividades praticas, textos de apoio (presentes na se- Gao “Andlise e Compreensao’),leituras complementares (sugeridas no boxe “Para saber mais’), sugestdes de avaliagdes e reflexdes que voce possa implementar segundo a reali- dade de seus alunos. Exploramios também as dimens6es do conhecimento, que tratam dos significados que atravessam as praticas corporais ¢ ampliam as possibilidades de aprendizagem por meio de uma formacao contextualizada. Segundo a BNCC, as dimensGes abordadas nas aulas de Educacao Fisica sao: experimentacao, fruigio, anélise, compreensao, construcao de valores, uso apropriacao, reflexdo sobre a aco e protagonismo comunitario. A experimentagao refere-se as vivencias com as praticas corporais, isto ¢, aos conhe- cimentos alcancados por meio das experiéncias ativas. a a fruigao diz respeito ao desfru- tar dos saberes atrelados a essas experiéncias, Dessa maneira, optamos por abordar essas, duas dimensées de maneira unificada. 4 i 4 As dimensoes de andlise e compreensao estao associadas aos saberes conceituais, de forma que a primeira esta diretamente ligada ao processo de entendimento das carac- teristicas intrinsecas (ldgica interna) das praticas corporais e a segunda, a interpretacao dessas priticas e seus desdobramentos no contexto sociocultural (|égica externa). Apro- fundamos essas dimensées principalmente por meio de textos informativos que temati- zamas praticas corpora. A construcao de valores refere-se as discusses que viabilizam a aprendizagem de valores considerando a formagaio de um cidadao critico a partir das praticas corporais. Para esse fim, desenvolvemos uma secao para contemplar essa dimensao, pois o trata- mento de valores e atitudes parece ser uma dificuldade recorrente enfrentada pelos pro- fessores de Educagao Fisica. As dimensdes de uso e apropriacao, reflexdo sobre a acéo e o protagonismo comu- nitério sao tematizadas de forma transversal ao longo da colecao, sem que haja segdes espectficas para elas. A dimensao uso e apropriagao esta associada a experiéncia pratica, no entanto, ela exalta a autonomia que os alunos precisam ter para usufruir das praticas corporais para além do espaco de aula. Jé a reflexao sobre a ago vincula-se ao processo reflexivo intencional oriundo da observacao das vivéncias corporais, enquanto o protago- nismo comunitario tangencia a atuagao dos alunos na comunidade por meio da disse- minagao e apropriagao das praticas corporais. As dimensdes do conhecimento delineadas pela BNCC foram priorizadas nas atividades propostas, a fim de atribuir significados con- cretos e possibilidades didaticas as orientaces curriculares preconizadas no documento. As unidades tematicas, os objetos de conhecimento e as habilidades elencadas na BNCC (3? verso) esto assim distribuidos e relacionados as propostas de praticas dida tico-pedaggicas no volume de 32 a 52 anos: TE ee LLL LLL LLL Dangas (GFSSEF09) perimentar_recrar e| Dancasdo asl | temo 1~Dangasindigenas Tra dares populares do Base do| ede mate ndigena| sincar de darcasndigenas como 0 ‘mundo e danas de mati africana e bate-pau eo Mati. Explorar gests, indigenavalorando erespetand os iin spar clforentes sonidos esignficados des- sas dangas em suas cultura decrigem. (EF35EF10) Comparer e identificar 0s elementos constitutivos comuns e di- ferentos (ritmo, espago, gestos) em clangas populares do Brasile do mundo cedancas de matrzafricanaeindigera, (GF35EF11) Formulae ular esta: Temo2~As dancas populares doBro- tgs pa a wecuao de elements sika catra constittvos das dancas populares do xperimentar itmes da ca- Brasil e do mundo, € das dangas de tie Vienci varagao dasa daca matizafricana eincigena. e amplar as experiencias corpora, (EF3SEF12) Identificar situacdes de Senea faces & Ne oh inusticae preconceito geradas e/ou clencia fica presentes no contexto das dangas e demais praticas corporals € discutir alternativas para superd-ls, Ginasticas (EF35EF07) Experimentar e fruir de | Ginastica geral Tema 1- Os elementos bdsicos da gi- forma coletiva, combinacbes de di- ‘ndstica: acrobacias rodante e ponte Ferentes elementos da ginastica geral piri ‘bs ebbnventns basicod (equilbrios, saltos, girs, rotagtes, da ginastca: acrobacias, acrobacias com e sem’ materials, proponda coreagrafias com diferen- tes temas do cotidiano, (EF35EF08) Plancjar e utilizar estate ‘gas para resolver desafios na execu Vivenciarcircuito de acrobacias, Tema2~Aginésticorimica Go de elementos bisicos de apre- ‘Manipular aparehos uitzados na gh Sentacbes coletvas de gindstica eral nasticartmica: a conda a bola o arco, reconhecendo as potencialidades e os afita @ as magas, Atuar de forma ind limites do corpo e adotando proceti- vidual e cota, Realzar movmentos ments de seguranga, com initacdes diversas. Espoctes (€EF398F05) Experimentar ¢ fnuirdi-| Esportesdeimvasio | Tema 1 ~ Diferenga entre jogo ves0s {pos de esportes de campo esporte @ taco, rede/parede e invasto, iden- Entender 0 que caracteriza uma tificando seus elementos comuns ¢ pratica corporal como jogo ou es- criando estratégiasindividuaise cole- porte, bem como a transformagao tvas basicas para sua execucdo, pre de um jago em espore. Vivencia do zando pelo trabalho coletivo e pelo basquetebol edo basquetebal para protagonssme. caderantes (€F35eF06)Dferenciarosconcetes de Jogo e esporte,identiicando as carac- Tema 2 fsportes de invasdo teristicas que 0s constituem na con- temporaneidadee suas manifestacoes (profissonal ecomunitaia/lazer), Refletr sobre esportes que envolvern ‘nvasio. Epenmentar minjagos de futebol e handehol, Realizar jogos de utobol para meninas e menincs CLL continuago do 3° ano srincadciras (EFSSEF01) Cipermentarefuicbrin- | arincacerasejogos | Tema 1 Brincadeira® ejagos da cul- jogos fads jogys popiares do Selo | populares do asl | ture popular brasiera do mun, inckindo aqiees de ma- Vivenciarbrincadiras e jogos po- ae ae fr ream e aoe pulares do Brasil, reconhecendo-os valorzando a importanca dese pa ome patriménio cultural. Viercar trimonihistrco cultural unde briealehas, como que (EFSDEF02) Planer e utizar esrate- mada varacbes, pique-bandeira € ‘G8 para possltar a particpacao variacdo, peteca,pulaselae escravos Seguta de todos os alunos em brinca- dejo. Eqenmentarquermads com I deiras e jogos populares do Brasil e de mitagbesfisicas. mata afiana e ndgena (EF358F02) Descrever, por meio de miltiplas linguagens (corporal, oral, tscrit audios) as baneadsias © Jogos poplars do asl eco mater Tema 2~Jogos cooperates affcana e indigena. expleando suas if : : ; vencarjogos cooperates eenten i caracteriticas © a mportincia desse der suas caractersteas. Concer as i palrménio hitéico cultural na pre- diferengas entre os jogos competi i Seracio das sents cultures Vos e 0s cooperatos Experimentar i (EF3SEF04) Recriar individual cole 4090s cooperatvos como a trvessa i vamerte,¢experimentay, na ecole € ore, agrupando, bales de festa a0 ; fora dela, brincadeiras © jogos popu- ar paraquedas. ! lares do Sas © do mundo, ncn : Snuoles de mat afeana o neigena, i @ demais praticas corporis temtiza. i das na estolaadequando'a5 30s e+ } pacos pices dspontess 2 | Lutes (EF3SEF13) Bxperimentar e fruir di-| Lutas do contexto | Tema 1- 0 quedo lutas? : ‘erentes litas presentes na contesto | comunitrio econhecer as itas como praca da 4 cormunitério e regional. eregional cultura corporal de movimento. Dife- i (CF356F24 Planooroutzar esate renciar lus e brigas Valoraaea prt t djs isis da tas co conta co- cade as por mtheres. t ‘munitario e regional experimentadas, t fespetandoo oega come oponen- Tema 2~ Esquiva e mobiizacdo EE .BS NOTING Ot SegUNE yA Experimentar _movimentos de es- (cF356F35)iontfcaras carat auias © nabiiacdes por moo de cas dasluts docontesto comuntio Jogos, como pega 0 rabo e varag3o, @ regional reconhecendo as deren. tsloura bexigas isa ps, pega pron” as entre tas ebrigase entre lias © dedorese varacao ecaptura do coe- as demais praticas corporais. Iho. Valorizar a participagao das pes- soas com deficenca sca ras as. TE ee LLL LLL LLL Cor Dangas (eF35eF09) Experimenta, recriar e | Dancasdo Brasil | Tema 1-As quacrihas juninas ‘tui dancas popuiates do Brasil e do fyperimentar a quadriha junina e mundo e danas de matriz africana e sa recracao, Vivenciar a danga com indigena valorzando e respetando os limtagze de movimentos nos mem- iforenes sortdos e signticados des bros nferiores, sas dancasem suasculras deoriger. (€F35EF10) Compara e identiicar os clomantos consttuivs comuns edi Ferentes (imo, espaco, gestos) em cdancaspopularesdo Basle do mundo edancasde mati africana indigena, (EFSSEFI1) Formula e utilizar esta Tema 2- Festiva de dancas populares ‘gis para a enecucdo de elementos Experimentar dancas populares bra- constitutwos das danas populares do sileiras, como 0 carimbd e 0 pati de Brasil e do mundo, e cas dangas de fitas Vivenciar danca com deficién- mmatriz africana e indigena, {EFS5EF12) Identificar situagdes de injustiga e preconceito geradas e/ou presentes no contexto das dancas & cdemais priticas corporais © discutr alterativas para superé-la, cia sca visual e auditiva, Ginastcas (EF35tF07) Experimentar © fur, de | Gindsticageral Tema 1 - A gindstica artsica forma coletva, combinagaes de ci seus aparethos fecentes elementos da gindtica goral Realizar movimentos que simulam 0 (ecu, sats, git, rotagaes, uso de barra ira, bars paalel ta acrobacas com @ Sem mateias), ve de equi, solo esalo sobre a propondo coreografas com diferen- mesa. Vvenciar apeio wertido com tes emas do cotiano, os olhosFechados. (EF35EF08) Planejar utilizar estraté (as para resolver desafios na execu Tema2—A gindstico acrobatica ao de elementos basicos de apre- Semagoes coletvas de gstica geal pester erie are te. Vuencine sigue com mimoro do Os limites do corpo alan pro apoies predeterminads. Forar f- sieusiccmenee . Acesso em: 4 nov. 2017. E Danga do penacho (bate-pau). Terena, Disponivel em: . Acesso em: 4 nov. 2017. Vocé pode usar a mtisica que consta nesses videos na apresentagao dos alunos. Procedimentos Prepare os canudos de jornal para serem levados para a sua aula e distribua-os para cada aluno, possibilitando-Ihes explorar esse material, pois eles vao ter curiosidade de experimenta-lo. Em um segundo momento, explique algumas disposigdes e alguns gestos tipicos vi- venciados nessa danca, Organize os alunos em duas filas (disposicao inicial da danga), uma paralela a outra, de modo que os ombros de quem estiver em uma fila fiquem ao lado dos ombros de quem estiver na outra, Entre as duas filas deve haver espaco suficiente para que os alunos pos- sam movimentar os canudos de jornal (os paus) Os canudos precisam ser direcionados para fora (tocando 0 chao) e para dentro (to~ cando 0 canudo de jornal do colega), como pode ser observado na figura a seguit. Movimentag0 dos canudas de Jornal (paus) para fora e para dentro, Estimule os alunos a movimentar seus pés acompanhando os canudos, isto é, quando eles forem direcionados para fora, deve-se dar um passo nessa direcao, e vice-versa. Ex- plore bastante essa movimentacao com eles. Quando voce observar que eles esto confortavets, peca-lhes que também caminhem enquanto executam esses movimentos. Outra possibilidade de movimentacao é a coreografia de guerra. Sugira aos alu- nos que se virem um de frente para 0 outro e usem os canudos de jornal para imitar uma luta, Solicite uma sequéncia simples e pega a eles que a repitam ao longo da musica. Por exemplo: os alunos, uma vez de frente um para o outro (ainda na dis- posicao de filas), batem duas vezes um canudo no outro e, em sequida, batem o seu canudo no chao. Para finalizar essa vivencia da danca do bate-pau, peca a eles que caminhem em filas pelo espago de danga, no ritmo da musica, explorando express6es corporais de combate a0 erguerem seus canudos. Danca Matipu Objetivos: Experimentar e fruir outra possibilidade de danga indigena. Valorizar essa ma- nifestagao como um saber relevante da cultura, sem discriminacao. Explorar gestos, ritmo e espacos de outra danca indigena Material: canudos de jornal Dicas ssas manifestagoes, a exemplo da dana do bate-pau, também nao possuem coreo- arafias fixas e apresentam grande variacao de movimentos quando realizadas. O objetivo nao é copiar uma coreografia, mas entender como essas dancas sao realizadas e permitir uma pequena vivencia delas pelos alunos. A sugestdo da coreografia dessa danga é fundamentada na descrigio encontrada no tra- balho de Karin Maria Verds (2000)", em que ela descreve como essa danca é desenvolvida. Proce entos Proponha a realizagao de uma vivéncia com a danga xinguana (Matipt) Use as informacdes que constam no final do texto da secao “Andlise e Compreensio” para introduzir essa danca, a qual é realizada em roda e sem que seus participantes deem as MAOs uNs aos outros. Explique que os indigenas se movimentam para um dos lados (girando lentamente para direita, por exemplo). O corpo fica voltado paraa terra, como se ela 0 puxasse para dentro do solo (0 que denotaa relacao com a natureza). A partir desses movimentos basicos, eles realizar outros, bem diferentes. A seguir, su- gerimos quatro deles, que podem ser repetidos ao longo da coreografia. T Ope 1. Bater um dos pés com forga no chao. 2. Balancar os bracos ao lango do corpo (para a frente e para trés), ao mesmo tempo que executa a batida de um dos pés no chao. 3. Em circulo, caminhar para dentro dele, marcando forte a pisada com um dos pés. Retornar ao lugar, abrindo o circulo novamente, executando o mesmo passo de costas. 4, Executar 0 mesmo passo, com a pisada forte com um dos pés, para a lateral, de manei- ra que 0 circulo se movimente no sentido horério e depois no sentido anti-horario. Produza com os alunos langas de papel (canudos feitos de jornal enrolado) para que eles possam seguré-las durante a danca, simbolizando as ferramentas indigenas. Repita essa pequena sequéncia varias vezes, pois a danga Matipt tem a forte caracte- ristica da repetigao Cabe a vocé estabelecer um fundo musical paraa danca, o que pode ser feito por meio de batidas de maos. Explore diferentes ritmos e peca aos alunos que os acompanhem, Discussdo Ao final dessas experimentacOes, discuta com os alunos a importancia de se conhecer e valorizar a cultura indigena, bem como respeitar seus rituais. Ressalte os elementos rela~ cionados ao valor que a danga assume entre os povos indigenas ao remeter as suas prin cipais atividades, como a caca, a pesca, as festas, as celebracdes, as guerras, entre outras. Trata-se, portanto, de uma pratica indissociavel das atividades sociais desses povos, car- regando signos histéricos, que sao transmitidos ao longo das gerages. Esses saberes sto fundamentais para que os alunos adquiram um olhar critico sobre essas manifestagdes, sabendo abordé-las sem discriminagao. Destaque ainda a importancia da simbologia do circulo e da forte relagio com os ele- mentos da natureza, como no caso da danga Matipt. Reforce quanto essa danga reflete a vida indigena e sua subsisténcia, de modo que ela faz parte também de um ritual de agra~ decimento e de fortalecimento desses lacos com a natureza, Por fim, oferega oportunidade para os alunos expressarem que sentiram durante as atividades, Ere aur * Maller, R. P. Dangas indigenas: arte e cultura, histéria e perfor- mance. Indiana, n. 21, 2004, p. 127-137. Disponivel em: . Acesso em: 3 nov.2017. * Jesus, N.T. Kohixoti-Kipaé, a danca da ema: meméria, resisténcia & Cotidiano Terena 2007. 132 f Dissertagio (Mestrado). Universidade Nacional de Brasilia. * Verés, K M.A danca Matipii: corpos, movimentos € comportamen- tos no ritual xinguano. 2000, 133 f. Dissertacdo (Mestrado em Antro- pologia Social), Universidade Federal de Santa Catarina, 5% Avaliacao e Registro 1. Faca cépias das imagens sugeridas a sequir e entreque-as aos alunos. Peca-lhes que identifiquem uma das dancas que foram praticadas por eles. 7 ; ; 3 ‘hip-hop, em Sao Paulo (SP), 2016. Frevo, ern Recife (PE), 2016 2. Pergunte aos alunos como eles se sentiram durante as dancas indigenas: “Foi facil ou dificil vivencié-las?”, “O que chamou mais sua atenc&o2”. Depois, sugira a eles que escrevam um pequeno relato sobre essa experiéncia, Se possivel, peca ajuda ao professor de Lingua Portuguesa, desenvolvendo com ele umaagao interdisciplinar com base nas dangasindigenas. 3. Escreva na lousa os itens propostos para a questéo. Vocé pode compor um quadradinho para cada letra, deixando algumas escritas como pistas (veja 0 exemplo abaixo). Leia para eles cada item, que deve ser respondido colocando uma letra em cada quadradinho. Vollaliuii¢}al(s}{ rnp] s |felfel[nlialis a) Manifestagdes que possuem significados histrico-sociais importantes, que sio realizadas com finalidades comemorativas, de guerra ou de gratidao. (dancasindigenas) b) Danca tipica do povo indigena Terena, da aldeia Limao Verde, também conhecida como danca da ema, (bate-pau) c) Danga indigena que possul forte ligacao com a natureza. (Matipti) d) Tema principal da danga da ema, representado pelos pedagos de pau e expressoes corporais de luta desenvolvidas ao longo da manifestagao. (guerra) As dancas populares do Brasil: a catira 5@ Objetivos * Reconhecer as dangas populares como um patriménio cultural relevante. © Explorar e fruir os gestos, ritmos e os espagos da catira ica: A proposta deste tema é levar os alunos a experimentar e conhecer dancas populares brasileiras. Embora a danga sugerida seja a catira, vocé tem autonomia para selecionar mani- festagSes que estejam mais relacionadas com o contexto de sua escola ou comunidade, ay Para comegar Retina os alunos em uma grande roda. Pergunte-Ihes se eles jé conhecem a catira. Caso ninguém a conhega ou seja pouco conhecida, apresente a eles essa danca popular tipica do Sudeste e do Centro-este brasileiro. Para esse aprofundamento, sugerimos a exibicao do video, que mostra uma apre- sentacao do grupo “Os favoritos da Catira’. Disponivel em: . Acesso em: 4 nov, 2017. ‘Amplie seus conhecimentos sobre essa manifestagao em “Analise e Compreensao”. Depois, informe os alunos sobre a histéria e as caracteristicas principais da catira, con- textualizando-a. 55 Analise e Compreensao Catira: por dentro da batida da viola ‘As dancas populares ou folcloricas se caracterizam pelas mudancas que assumem em suas caracteristicas rituais, uma vez que se apropriam de tradicdes em regides especi- ficas e agregam diferentes valores e intencionalidades. Elas surgem em conjunto com o desenvolvimento da propria humanidade, visto que as convenges sociais e politicas do seio primitivo foram constituidas, transformadas e repassadas por meio da comunicacao e expressividade presentes nessas manifestacdes (NANNI, 1995)”. Ao longo do tempo, as dancas populares sofrem mudancas e vao se tornando tradi- des em determinadas regides, proceso que pode acontecer por meio de diversos ca~ minhos. As dangas populares recebem influéncias diretas da intensa miscigenagao que “WINANNLD,Dango-ducagdt r-escl & Univatiade Rods ano: Spri, 1298 ‘ocorreu no Brasil no inicio de sua colonizaco, fator determinante na profusao de ritmos e dancas tao diversos em todo 0 territério nacional (NANNI, 1995)". O trato desse con- teido na escola pode possibilitar o reconhecimento e a valorizagao da cultura do nosso pais, além de reforcar a importancia do conhecimento produzido e transformado pela cultura popular. Para tanto, sugerimos a abordagem desse tema por meio da catira, sem desqualificar a sua autonomia e a da comunidade de selecionar manifestaces que este- jam mais de acordo com o contexto da escola. A catira é uma danca rural caracteristica principalmente do Sudeste brasileiro (CAS~ CUDO, 2012), Existem muitas controvérsias sobre sua origem, mas ¢ possivel que tenha recebido influéncias indigenas, africanas e europeias em solo brasileiro. A catira, ou catereté, se caracteriza pelo “bate-pé" e “bate-mao" realizado pelos cati- reiros ao som da viola caipira. Além disso, podem ser desenvolvidos saltos e volteios du- rante a coreografia. Essa danca foi difundida pelos tropeiros nos momentos de descanso das longas jornadas no transporte de gado. Eles dangavam batendo os pés e criando rit- mos sob a lua, Nessas andangas, a catira acabou sendo bastante dissemninada principal- mente pelo interior de Sao Paulo, Goias e Minas Gerais. Devido ao contexto de seu surgimento, a catira era executada principalmente por ho- mens, pois eram eles que desempenhavam a atividade rural. Todavia, com o passar do tempo, a catira adentrou os lares das familias camponesas, recebendo homens, mulheres e criancas. 4 i 4 Para execugdo dos passos, inicialmente as pessoas fica organizadas em duas fila, uma de frente para a outra, realizando fortes batidas com as maos e pés ao som da viola caipira (CASTILHO; CASTILHO, 2005)*. ATEN (20 \ “y Experimentagao e Fruigéo sectRany icial 1. Mobilizaca Objetivos: Explorar e analisar as principais caracteristicas da catia, Material: dispositivo eletronico para reproducao da cantiga (reprodutor de CD ou DVI computador) Procedimentos Disponha os alunos em roda e pega-lhes que analisem o video sugerido na secao “Para comecar’. Incentive o debate por meio de perguntas: “Como ¢ a vestimenta de quem danga a catira?”, “Quais partes do corpo sao mais utilizadas na coreografia?”, “E produzido algum som especifico que vocés nao percebem em outras dancas?”, “Como & amiisica dancada?”. Espera-se que os alunos identifiquem o som produzido pelas batidas de botas em um tablado de madeira, caracteristica marcante da catira, Os dangarinos utilizam principalmente esse movimento, em conjunto com as palmas, para executar uma co- reografia de catira, HOpck BCASCUDO, LC Diconério de elelorebrsieio 12. Sto Pale: Global, 2012 {RCASTILHO, 0, Casta, WR alias de Pracicaba na era da global curur, cata erada de Vea Praccaba CN. Eto, 2008, Caso nao seja possivel a exibicao do video, sugerimos a vocé que leve uma imagem para a aula, como a sugerida a seguir & E : § Danca da catia. So Lie do Paatinga (0), 2074 Identifique com os alunos a vestimenta basica da catira: chapéu de vaqueiro, botas de cano longo, calga comprida, camisa de manga longa. Em algumas regides, costuma-se usar camisa xadrez e gravata feita com lenco. ‘As partes do corpo mais usadas para executar as batidas que marcam a musica so os és e as maos, os quais produzem o som caracteristico ouvido durante a apresentacao. A miisica predominante dessa danca é 0 sertanejo de raiz ("tradicional” ou “sertanejo antigo”), acompanhado pela viola caipira. 2. Aprendizagem dos passos Objetivos: Experimentar e fruir passos de catira. Respeitar o colega durante a aula. Reco~ nhecer e valorizar a catira como uma danca popular brasileira. Material: dispositivo eletrdnico para reproducao da cantiga (reprodutor de CD ou DVD; computador) Procedimentos Proponha aos alunos que realizem sequéncias de “bate-pé” e de “bate-mao”, Conside- re a sequinte sugestao. Eles devem bater o pé esquerdo no chao trés vezes e, em seguida, 0 pé direito, tam- bém trés vezes. Na sequéncia, bater palmas (trés vezes) e, depois, bater 0 pé esquerdo no chao (também trés vezes). Para finalizar, peca aos alunos que deem um giro no lugar. Cie com eles o ritmo dessa batida ou escolha uma musica caipira para guiar o rit- mo da atividade, Sugerimos a apresentacao do video “Tiao Carreiro e Pardinho, pa~ gode com catira’, disponivel em: Acesso em: 5 nov, 2017. utra possibilidade de sequéncia: os alunos batem palmas quatro vezes e, em seguida, © pé esquerdo no chao, também quatro vezes, e logo depois o direito (quatro vezes). Na sequencia, eles batem palmas (quatro vezes), 0 pé esquerdo no chao (quatro vezes) € 0 direito (quatro vezes), Para finalizar, pega-Ihes que deem um salto no lugar. Repita essa sequéncia com os alunos para que eles se apropriem dos movimentos, De- pois, coloque uma miisica de catira para que eles aperfeicaem a coreografia. O ritmo das batidas pode ser determinado por vocé; contudo, 0 ideal é acompanhar as batidas da par- te instrumental, o que amplia o efeito sonoro. Respeite as dificuldades dos alunos e pecaa eles que se respeitem, afinal,é dificil coor- denar os movimentos com pouco tempo de ensaio. Variagao Estimule os alunos a realizar a mesma sequéncia explorando outras partes dos pés, Por exemplo: bater a ponta dos pés no chao ou o calcanhar. Discussao Ao final das vivéncias, pergunte aos alunos quais foram as principais dificuldades en- contradas na realizagao da dana da catira. Acompanhar o ritmo da catira, por exemplo, pode ser algo complexo, pois as musicas so aceleradas. Todavia, com treino e paciéncia, os passos ficam bem definidos e coorde- nados com as misicas, Procure saber também como eles se sentiram durante a realizacao das dancas. Reforce com os alunos a relevancia de se conhecer e vivenciar esse contetido da cul- tura popular, que, para a comunidade rural dos tropeiros, é uma forma de lazer € diversao. Destaque também o potencial das dancas populares e seus significados distintos para cada grupo social enquanto manifestacdes cultura, ca Objetivos: Recriar a catira a partir do que foi desenvolvido em aula, Valorizar 0 reconhe- cimento dessa pratica corporal. Ampliar as experiéncias corporais e ritmicas com a catira. iagdo de coreografia Material: dispositivo eletronico para reproducao da cantiga (reprodutor de CD ou DVD; computador) Procedimentos Organize a sala em grupos. Depois, peca aos alunos que criem uma coreografia para a catira que tenha pelo menos quatro palmas, quatro batidas dos pés no chao e um salto no lugar. Determine um tempo para essa criac&o e ajude-os no que for pos- sivel. Se considerar oportuno, coloque uma musica de viola caipira para estimular a criatividade dos alunos. Dica: Para acentuar 0 som das batidas no chao, construa pequenos suportes para os pés com eldsticos tampinhas de garrafa, Amasse as tampinhas de modo que elas fiquem ex- pandidas. Depois, fixe-as com cola em um elastico, Coloque esses materiais na ponta dos pés dos alunos, conforme indicado na figura a seguir. Quando eles os baterem no chi, 0 som da batida ficara mais acentuado. Outra sugestao é executar os passos em cima de um tablado de madeira. Suporte feito com tampinha de garrafae elistico colocado ra ponta de um calcado. “3 Construcao de valores ey a Objetivos: Vivenciar a danca da catira por meio da introducao de uma limitacdo fisica. Sensibilizar 0s alunos para o respeito as pessoas com alguma deficiéncia fisica Procedimentos Se vocé tiver em sua classe algum aluno com deficiéncia fisica relacionada com a pa~ ralisia nos membros inferiores, ofereca a ele dois pedacos pequenos de madeira, cada um deles com, no minimo, 10 centimetros de espessura, Durante a execucao das atividades, pega-Ihe que bata uma madeira na outra, no ritmo da dana, Esse procedimento inclul esse aluno na atividade, possibilitando-Ihe desenvolver as coreografias em conjunto com os demais, Quando 0 momento for de bater palmas, esse aluno deixa de lado os pedacos de ma- deira e bate palmas, como os outros, Como a mudanca entre os movimentos com as madeiras e as palmas pode de- mandar um pequeno tempo, solicite a esse aluno que fique sentado no chao, pois procedendo dessa forma ele nao perde o ritmo e pode acompanhar mais facilmente os movimentos. Objetivo: Sensibilizar os alunos para a questo da deficiéncia auditiva Procedimentos Se voce tiver alunos com deficiéncia auditiva, peca-lhes que reproduzam os mo- vimentos dos colegas, mesmo sem escutar os sons. Assim, eles podem compreender quais so as caracteristicas principais dessa manifestacao. Se considerar oportuno, ofe- rega pedagos de madeira a esses alunos, pois eles podem sentir as vibragoes produzidas por esse material Deficiéncia visual a Ay Objetivo: Sensibilizar os alunos para a questao da deficiéncia visual Procedimentos Os alunos com deficiéncia visual também podem participar da aula. Solicite a eles que acompanhem a atividade reproduzindo os sons das batidas das mos e dos pés. Contudo, demonstre com o grupo a diferenga entre os sons produzidos por palmas batidas dos pés, para que eles consigam diferenciar bem cada um deles e participar ati- vamente das tarefas. Ere saber mais * Borges, C. M. O povo brasileiro e a catira. EFDeportes.com, Revista Di- gital, n. 139, dez. 2009, Disponivel em: , Acesso em: 3 nov. 2017. Oartigo conta um pouco da historia € das caractersticas da catira. Avaliacao e Registro Solicite aos alunos que facam um desenho sobre a experiéncia deles com a catira. Se possivel, convide o professor de Arte e proponha uma acao interdisciplinar. Dessa forma, é possivel ampliar as possibilidades artisticas da atividade. Peca aos alunos que escrevam as principais caracteristicas da catira em relacao aos sequintes elementos: vestimentas, musica, historia e coreografia (passos executados). Reflita com os alunos sobre a importancia de conhecer as dangas populares nas aulas de Educacao Fisica, Em um segundo momento, pega-Ihes que escrevam uma pequena frase que resuma essa reflexao, Solicite aos alunos que pesquisem um video de catira na internet (com a supervisao de um adulto) e respondam as sequintes perguntas: a) De qual local é 0 video? b) Do que mais gostaram nele? Pega aos alunos que escolham um passo da danga exibida no video e tentem reproduzi-lo em classe, Habilidades presentes nesta unidade tematica * (EF35EFO7) Experimentar e fruir, de forma coletiva, combinacées de diferentes elementos da gindstico geral (equilibrios, saltos, giros, rotacdes, acrobacias, com sem materiois), propondo coreografias com diferentes temas do cotidiano. ‘* (GF35EF08) Planejor e utilizar estratégios para resolver desfios na execucdo de elementos basicos de apresentacées coletivas de gindstica geral, reconhecendo as potencialidades e os limites do corpo e adotando procedimentos de seguranca. Os elementos basicos da ginastica: acrobacias rodante e ponte 5@ Objetivos * Experimentar efruir os elementos basicos da gindstica: acrobacias ~ 0 rodante ea ponte. “@ Para comecar Em uma roda de conversa, relembre com os alunos as acrobacias basicas da ginéstica: 0s rolamentos (para a frente e para tras), a roda, a parada de cabeca e a parada de maos. Essas acrobacias foram apresentadas no livro do 12 e 2 anos. Realize uma revisdo dessas praticas, incentivando os alunos a explicar e a realizar esses movimentos acrobaticos. Observe se eles executam as acrobacias corretamente € aunilie os que nao se lem- bram delas ou tém dificuldade em realizé-las. A retomada ¢ importante porque esses mo- vimentos serao necessarios para as acrobacias que aprenderao no 3°ano. ‘A seguir, propomos uma atividade em que os alunos poderao colocar em prittica a re- visio que fizeram por meio de uma brincadeira. ATENGIg Pa Circuito das acrobacias eat Objetivo: Praticar as acrobacias basicas da ginastica: os rolamentos para a frente e para ras, roda, a parada de cabeca e a parada de maos. Material: colchonetes, tatames de EVA ou colchées de ginastica Espalhe varios colchonetes pelo espaco destinado a realizacao da atividade. Em sequida, esti- mule os alunos praticar as acrobacias:rolamentos, rodas, parada de cabega e parada de maos. Terminada essa etapa, escolha dois alunos para serem pegadores (ou solicite volunta~ rios que desempenhem essa funcao). Os pegadores devem escolher uma das acrobacias praticadas e falar bem alto sua es- colha para o grupo. Por exemplo: Roda! Para nao serem pegos, os alunos devem fugir dos pegadores ou realizar uma roda nos colchonetes. Os que no conseguirem fazer a acrobacia combinada poderao ser pegos, tornando-se, assim, pegadores ¢ liberando quem os pegou para fugir por meio de corrida ou de acrobacias. Realize a brincadeira até que os alunos tenham feito todas as acrobacias basicas. Ao final dessa atividade, retina os alunos em roda e converse com eles sobre duas no- vas acrobacias: 0 rodante e a ponte Pergunte se alguém conhece essas acrobacias (ou uma delas). Caso algum aluno as conheca, peca-lhe que mostre esses movimentos aos colegas. Caso ninguém tenha co- nhecimento delas, apresente-as aos alunos, Depois, mostre a eles a relaco entre essas novas acrobacias € as anteriores, ressaltando a importancia de combina-las entre si, pois é dessa forma que se constrdi a gindstica artistica. 4% Analise e Compreensao (O rodante e a ponte fazem parte das acrobacias da gindstica, $40 movimentos basicos para a aprendizagem de outros mais complexos e com alto grau de dificuldade. Com o decorrer do tempo e as transformacoes das praticas corporais, a ginéstica tor- nou-se mais institucionalizada a partir da implantacao dos métodos ginésticos europeus, por meio dos quais foram selecionadas e padronizadas algumas acrobacias. Cabe ressaltar que no circo também sao feitas acrobacias, mas, nesse caso, nao sao estabelecidos pa- drdes para sua pratica, ou seja, nao ha uma sistematizagao e padronizacao de movimen- tos como na ginastica. Segundo Brochado (2005), o rodante é um exercicio de ligagao, é 0 impulso que pos- sibilita melhor desempenho para os saltos para tras. Basicamente, é uma roda com um quarto de giro, unindo as pernas ao passar pelo apoio invertido, aterrissando sobre ambos 05 pés, de frente para o ponto de partida. 0 objetivo do movimento é desenvolver principalmente o equilfbrio dinamico, ou seja, 0 do corpo em movimento, e ter consciéncia da passagem pela posigao invertida com uniao de pernas. © rodante ¢ um movimento que requer bastante impulso. Para faciltar a aprendiza- gem, 0 praticante deve saber executar a roda. TH RROCHADO FA; BROCHADO, M.A. Fundamentar de gina atic de trampalins ia de nics Gusnabora Koogan 205, Rodan. asracarsa A ponte ¢ uma extensao dos membros superiores, feita com © apoio das mos no chao. Ela é utilizada como um exercicio de ligacao entre as acrobacias, como um aprendizado para o flic~ -fiac’* e, posteriormente, para a introdugao dos mortais"*, 5 Experimentacao e Fruicéo (ox\ 10 Ponte, 1, Passagem pela ponte Katy Objetivo: Aprender a realizar uma ponte. Material: colchonetes Procedimentos Retina os alunos e solicite que realizem uma ponte, passando-Ihes a seguinte orienta- Gao: deiter-se na posigao decubito dorsal (de barriga para cima, com as pernas e os bra~ 0s esticados), depois flexionem os dois joelhos, apoiem os pés no colchonete e as maos a0 lado das orelhas. Em sequida, realizem o movimento do quadril para cima, estendendo os bracos eas pernas. Depois que todos realizarem 0 movimento, organize duplas e oriente uma passagem por debaixo da ponte. Um dos alunos da dupla realiza a ponte e o outro passa por debaixo dela, rastejando, Depois, solicite a eles que invertam as posigdes. Em seguida, peca-lhes que formem trios. Nessa situagao, dois alunos realizam a ponte e um deles passa por debaixo delas. Aumente progressivamente o nimero de alunos que formam pontes. Lembre-os sempre de que, por questdes de seguranca, somente um de cada vez passa por debaixo delas. Rodante no bambolé Objetivo: Aprender a realizar um rodante Material: bambolés “5 Reverso pare rita Forma pda cor fase cde oo, Parts da pesca em plana ae roc pars opiando as mos no . Acesso em: 18 nov. 2017. ssa pagina apresenta descrigdes sobre os aparelhos da gindstica artistica com imagens, videos e definicdes. 3 Avaliagao e Registro Materiais: camera fotografica digital ou celular com cémera, imagens de acrobacias ou fotos produzidas pelos alunos, folhas de papel sulfite, lapis de cor e/ou canetas do tipo hi- drocor e cola plastica atéxica Procedimentos Oriente os alunos a produzir fotos de seus colegas durante a realizacéo de determi nadas acrobacias e a também ser fotografados por eles. A impressao dessas fotos pode ser feita na escola, em casa ou em locais que prestam esse servigo. Outra possbilidade & pedir a eles que pesquisem imagens de acrobacias em casa (na internet ou em revistas) € as levem para a aula Atarefa consiste em identificar as acrobacias mostradas em cada fotografia. Cada foto deve ser colada em uma folha de sulfite e, abaixo da foto, deve ser escrito o nome da acrobacia: rolamento para a frente, rolamento para trés, roda, parada de cabega, parada de maos, ponte e rodante. Cada album precisa ter, no minimo, sete paginas (uma para cada tipo de acrobacia) e, de preferéncia, uma capa. Ao final dessa avaliacao, todos devem compartilhar seus albuns com a classe e leva-los para casa fim de mostra-los também aos familiares. A ginastica ritmica “@ Objetivos * Experimentar e fruir de forma individual e coletiva a ginastica ritmica. * Identificar e experimentar a manipulacao dos aparelhos utilizados na ginastica rit- mica: corda, a bola, o arco, a fita e as macas, 4@ Para comecar Disponha os alunos em um grande circulo e apresente os seguintes aparelhos: a bola, 0 arco, a corda, a fita e as macas. Pergunte-Ihes se os conhecem e em que situa- des sao usados. ‘Como alguns deles so comuns na escola € no universo infantil, possivelmente eles vao reconhecé-los. Caso alguém nao conheca um ou outro, incentive-o a segura-lo ea ter um primeiro contato com o aparelho. Se a escola nao tiver esses objetos, leve para a aula fotografias deles em tamanho grande, as quais podem ser obtidas na internet. Em seguida, proponha algumas perguntas para motivar o debate com os alunos: “Quem ja brincou com algum desses aparelhos? Quando? Em que situacao?”, “Quais so as possibilidades de movimentos com a bola, 0 arco e a corda?” Em outro momento, explique que esses aparelhos sao utilizados em uma catego- ria de ginastica de competicao chamada ginastica ritmica. € provavel que algum alu- no tenha visto a pratica dessa modalidade em eventos transmitidos pela televisao ou na internet. A finalidade dessa conversa inicial é proporcionar aos alunos uma compreensao dos elementos que caracterizam a gindstica ritmica, especialmente a manipulacao de peque- nos aparelhos, bem como possibilitar a realizaco de um diagnéstico do conhecimento prévio deles sobre esse contetido. 5% Analise e Compreensdo A ginastica ritmica A ginastica ritmica ¢ uma das modalidades esportivas regidas pela Federagao Inter- nacional de Ginastica (FIG). Nessa categoria, ha cinco aparelhos oficiais: a bola, a corda, © arco, a fita e as macas. No entanto, a FIG define somente quatro deles para cada ciclo olimpico (a cada quatro anos). Nos Jogos Olimpicos de 2016, no Rio de Janeiro, por exem- plo, nao houve a competicao com a corda. Alguns movimentos sao basicos para todos os aparelhos, porém outros dependem das suas caractersticas estruturais. Com a bola, por exemplo, sao realizados muitos movimen- tos de quicar e rolar; com a corda, saltos e pequenos saltos. Observe, no quadro a sequir, a estrutura desses aparelhos e os movimentos basicos que podem ser feitos com eles. Bola de borracha de cor opaca ou brlhante que pesa entre 300 e 400 g Balancear, quicar,circundar, equilibrar, lancar, roar, prensar; movimentos de rotaco, em oito e com batidas. e O Atco. Arco cujo raio aproximado é de 40 cm, Ele é feito de plastico resistente Balancear, quia, circundar, equilirat, lancar, roar, prensar; movimentos de rotaco, em oita e com batidas; passar por dentro do arco e saltar sobre el. A.corda deve medir quase 0 dobro do tamanho do praticante. Sua espessura é de 12 mm. Ela é feita de algodao e tem tum né em cada extremidade. Balancear, quicar,circundar, lancar, dobrar, prensar: movimentos de rotacao, em oito e com batidas, envolver no corpo, espirais, formar figuras, serpentinas, saltos, pequenos saltos e solturas Corda. ———— — Magas. Cada par de macas ¢ feito de madeira ou plastico resistente. As macas ppossuem cabeca, pescoco e corpo. Balanceat, quica,citcundar, ancar, prensar; movimentos de rotacao, emoito e com batidas; equilibrar e realizar movimento assimeétrico. x Fita, Arita & composta por um estilete (parte mais rigida) de 35 cm de comprimentoe pela fitasintética ou de seda, que mede 7 cm de largura ‘ede 5ma6 mde comprimento. Balancear,circundar,lancar, dobrat, movimento em oito, envolver no corpo, esprais formar figuras, serpentinas e solturas. As provas sao realizadas de duas formas: a) Individual - a ginasta apresenta uma coreografia diferente para cada aparelho em um tempo minimo de 1 min 15 s e maximo de 1 min 30s. b) Conjunto ~ cinco ginastas apresentam duas coreografias, cada qual com durago mi- nima de 3 min e maxima de 3 min 30 s, Os aparelhos podem ser iguais para todas as apresentacdes ou podem ser usados dois aparelhos diferentes. Por exemplo: trés bolas e duas fitas ou trés arcas e duas macas. Embora existam grupos masculinos em diversos paises, inclusive com competicdes re- gionais, como no Japao, na Australia, no Canada, na Coreia do Sul, nos Estados Unidos, na Malisia, no México e na Russia, os campeonatos mundiais e os Jogos Olimpicos séo pra- ticados apenas por mulheres. Os campeonatos de ginastica ritmica masculina, apesar de reconhecidos pela FIG, ainda nao sao oficiais Os aparelhos masculinos sdo quatro: arco (menor que o feminino e feito de material sintético), macas (um par feito de madeira ou pléstico resistente e mais pesado que o fe- minino), corda (igual ao feminino) e bastao (um bastao de madeira) As provas também sao realizadas individualmente € em conjunto, com os mesmos tempos das provas femininas. Nas competigoes oficiais, uma banca de arbitragem estabelece a pontuacao das atle- tas a partir dos sequintes requisitos: dificuldade da série, execucio e contetido artistico. A nota de dificuldade depende dos elementos que compdem a série (quanto mais comple~ x05, maior o valor da nota). A nota de execugéo depende da forma como a ginasta realiza 05 movimentos e manipula os aparelhos, com base na técnica e na beleza artistica, na musica e na sincronia das ginastas (na competicao de conjunto). Discussao Retina os alunos em circulo ¢ converse com eles sobre as caracteristicas de cada apa- relho: “Do que ¢ feita a bola?’, "Quais movimentos um ginasta pode fazer com ela2”, “Do que é feita a corda?”, “Quais movimentos podem ser realizados com ela?”, “Do que € feito 0 arco?”, “Quais movimentos podem ser executados com ele?”, “Do que é composta a fita?”, "Quais movimentos um atleta pode fazer com ela?”, “Do que sdo feitas as macas?”, “ Quais movimentos podem ser realizados com elas?” E importante que os alunos percebam as diferengas entre a estrutura dos aparelhos, as possibilidades de movimentos e que eles fazem parte da ginastica ritmica. ATE (ax “i Experimentagao e Fruigéo SEU No decorrer das atividades, procure promover correlacdes com as caracteristicas da ginastica ritmica, uma modalidade que se utiliza da manipulagao de pequenos apare- ihos combinada com os elementos corporais basicos da ginastica, como quicar a bola e realizar um aviao, andar de costas e girar a fita a frente do corpo, correr e fazer co- brinhas com a fita, dar saltos para a frente, para tras e lateralmente com a corda, entre tantas outras possibilidades. 1, Estétua Objetivos: Identificar as caracteristicas dos sequintes aparelhos: corda, arco, bola, fita e magas. Realizar movimentos basicos com eles. Materiais: aparelhos de gindstica ritmica (os que estiverem disponiveis na escola) e dis positivo eletrénico para reproducao de musicas (reprodutor de CD ou DVD; computador) Procedimentos Selecione mtisicas com ritmos diferentes para utilizar durante as atividades. Organize a sala em trés grupos e dé a cada um deles um dos aparelhos. Depois, solicite aos alunos que andem livremente pelo espaco destinado a atividade, conforme o ritmo da miisica, manipulando os aparelhos. Quando a musica pausar, todos devem sentar no chao e virar uma estatua. Na sequéncia, um dos grupos é escolhido para ficar em pé durante a pausa da musica, e realizar um movimento com 0 aparelho. ‘Ao retomar a mtisica, todos ficam em pé novamente e voltam a andar livremente. Repita a atividade algumas vezes e troque os aparelhos entre os grupos. Depois que todos tiverem realizado a vivencia da estatua, direcione os movimentos, Independentemente do aparelho manipulado, quando a musica parar todos devem fazer os seguintes movimentos: balancear segurando o aparelho com as duas maos e, de- pois, com a mao direita e, em sequida, com a esquerda; circundar segurando-o com as duas maos e, na sequéncia, com a mao direita e, depois, com a esquerda; lancar e pegar 0 aparelho com as duas maos e, em seguida, com uma das maos. ‘Ao término desses movimentos, peca aos alunos que troquem os aparelhos entre os grupos e repitam os comandos. Lembre-se de que a musica é muito importante para estabelecer o ritmo dos mo- vimentos. Discusso Retina-se com os alunos para conversar sobre a atividade realizada em grupo. Fa~ zer perguntas é uma otima estratégia para incentivar o debate: “Quais movimentos vocés realizaram com os aparelhos?", “De qual movimento vocés mais gostaram? Por qué?”, “Quais sao as principais diferengas entre os aparelhos?”, “Em qual deles é possi- vel passar por dentro?”, “Em sua opiniao, qual aparelho é mais facil de lanar e pegar? Por qué?” Lembre-se sempre de enriquecer a discussao final apds as vivencias e estimular a con~ versa. Incentive a expresso dos alunos em relacdo as atividades realizadas. Sempre que possivel, use os comentarios e os exemplos citados por eles. 2. Afita Objetivos: Conhecer e experimentar 0s movimentos da fita. Construir uma fita. Materiais: palito de madeira usado em churrasco ou de algodao-doce, fita de papel cre- pom ou de cetim e fita adesiva Use a fita adesiva para prender uma das extremidades do palito de churrasco rna ponta da fita de cetim, Quando pronta, oriente os alunos a manusear a fita com cuidado por ela ser fragil. Ressalte, contudo, que essa fragili- dade nao impede a realizago de alguns movimentos caracteristicos. \ Fitade cetim | Prtito de churrasco Assim que cada aluno estiver com a fita, sugira alguns movimentos: balancar a fita, giré-la acima da cabeca e, depois, na frente do corpo. Langar a fita para o alto e pe- gé-la antes que ela caia no chao. Saltitar balancando afta. Fitaadaptada de gindsticaremica, Em outro momento da aula, oriente os alunos a realizar novos movimentos, que de- vem ser feitos de maneira espontanea e voluntaria. Dé um tempo adequado para esse momento criativo e de descontracao. Em seguida, estimule-os a falar sobre esse material: A fita é leve? € bonita?", “O que vocés acharam de realizar movimentos com ela? Facil? Divertido?”. A fita ¢ um aparelho muito Iddico devido a leveza dos movimentos proporcionados por ela e as suas cores. Movimentos da fita Objetivo: Realizar os movimentos caracteristicos da fita. Material: fita construida para a atividade anterior Procedimentos Forme um grande circulo com os alunos, Certifique-se de que cada um deles esteja com sua fita. Nessa conversa, oriente-os a realizar alguns dos seguintes movimentos: balangar a fita de um lado para 0 outro, da direita para a esquerda e vice-versa. Gira-la na frente do corpo, do lado esquerdo e, depois, do lado direito. Girar a fita acima da cabega, em volta do corpo e no chao. Gird-la alternando do lado direito para o esquerdo do corpo e vice-versa. Realizar um “oito” na frente do corpo e, depois, uma “cobrinha’, iniciando esse movimento acima da cabeca e finalizando-o no chao. Fazer novamente uma “cobrinha’, dessa ver ini- ciando-a do lado direito do corpo e finalizando-a em seu lado esquerdo e vice-versa. Ressalte que a fita é um aparelho que nao pode ficar parado em nenhum momento; ela deve permanecer em movimento durante toda a apresentagao. Discussao ‘Compare os movimentos da fita com os realizados com a bola, a corda e 0 arco: “Qual & a diferenca entre os movimentos feitos com a fita e com a bola?” (A fita é mais leve, a bola quica e rola), “E entre a fita e 0 arco?” (O arco € mais pesado e pode-se passa por dentro dele.),"E entre a fita e a corda?” (Com a corda, realizam-se os saltos e pequenos sal- tos seguidos; coma fia, fica mais dificil realizar esses movimentos, pois ela é muito leve.) 40 4. Asmacas Objetivos: Conhecer ¢ experimentar os movimentos das macas. Construir as macas. Materiais: dois palitos de madeira de churrasco, dois potes de iogurte iguais (tipo garrafinna), fita-crepe e areia Modo de fazer + Palito dechurasco Adicione um pouco de areia em cada pote. Depois, in- troduza os palitos de churrasco na boca deles e fixe-os com fita-crepe de modo que fiquem bem firmes. = Procedimentos Apresente as macas aos alunos e peca que as peguem para sentir sua forma, textura e peso. Outra possibilidade + Prtedeiogute levar para a aula fotografias desses aparelhos. Depois dese momento inicial, proponha a construgao de magas adaptadas para a ginastica ritmica e oriente a tur- Macaadaptada de ginastica mica. ma nesse processo. Quando elas estiverem prontas, solicite aos alunos que se espalher pelo espaco des- tinado a atividade de modo que nao se encoster nos colegas ao abrirem os bracos. Eles devem segurar as macas pelas pontas (palito de churrasco), uma em cada mao. Em seguida, oriente-os a balancear os bracos estendidos para a frente e para tras; a realizar pequenas batidas com as macas perto dos pés, atris do corpo e acima da cabeca: a equilibra-las na mao, no pé, na cabeca e no braco; a langar uma delas para o alto e recu- peré-la antes de cair no chao; a langar as duas ao mesmo tempo et. Estimule os alunos a realizar um movimento chamado molinete, em que eles giram as magas usando os punhos, Ao final desta atividade, organize-os em duplas e oriente-os a lancar uma maca para o colega 20 mesmo tempo que tenta pegar a que Ihe foi enviada por ele, astica ritmica: conjunto Objetivos: Experimentar e fruir de forma coletiva a gindstica ritmica. Planejar e experi- mentar uma coreografia em grupo utilizando os aparelhos da ginastica ritmica. Materiais: cordas, bolas, arcos, fitas, macas e dispositivo eletrdnico para reproducao de misicas (reprodutor de CD ou DVD; computador) Procedimentos Converse com os alunos sobre a gindsticaritmica, que faz parte do programa olimpico. Re- lembre-os de que a competicao pode ser individual ou em conjunto. Aproveite essa conversa para fazer um levantamento do conhecimento prévio deles sobre as competigdes: "Vocés ja viram alguma competicao desse esporte na televisio, na internet ou em um clube?”, “O que vocésacham que os ginastas devern fazer para vencer?”, “Serd que eles precisam realizar todos 05 movimentos em um tempo determinado?’, “Eles ganham mais pontos se os movimentos forem mais dificeis de realizar? “Em quais situagdes vocés acham que eles perdem pontos?”. Com base nas respostas dos alunos, fomente a discussao com relatos de expe- riéncias ou proponha uma pesquisa prévia sobre a modalidade, a qual pode ser feita na internet. Em outro momento, diga aos alunos que eles vao participar de uma apresentacao de gindstica ritmica em conjunto, Organize-os em grupos, de preferéncia quintetos. Solicite a cada grupo que pesquise uma miisica que deve ser tocada por no minimo 30 segundos eno maximo por um minuto. Os grupos devem escolher aparelhos do mesmo tipo para sua apresentacao, ou seja, cada participante precisa ficar com um deles. Cabe a cada grupo elaborar a coreografia que sera executada na competicao. Estabeleca um periodo para a criacao e o treinamen- to das coreografias. Determine o dia da apresentagao dos grupos. Se considerar oportuno, organize um festival na escola para as apresentagoes dos gru- pos de varias turmas, Esse evento pode ser aberto para a comunidade, além de contar com a presenga dos pais ou responsaveis 55 Construgao de val ane “5 Construgao de valores Sect Mesmos movimentos, sensacées diferentes Objetivo: Realizar uma sequéncia de movimentos com limitac6es diversas. Material: aparelhos de ginastica ritmica Procedimentos Elabore com os alunos uma sequéncia de movimentos com os aparelhos da ginastica ritmica e miisica. Por exemplo: girar as magas ao lado do corpo, depois bater duas vezes com elas no chao, realizar trés passos para a frente com os bragos estendidos segurando as magas, um salto e um avido. Organize os alunos em cinco grupos. Solicite a eles que realizem algumas vezes uma sequéncia de movimentos com os aparelhos, a qual pode ser sugerida por vocé ou cria~ da por eles. Em seguida, determine uma nova situagao para cada grupo: a) olhos vendados; b) ore- Ihas tampadas; c) sentados em cadeiras ou no chao; d) sem limitaco; e) para observacio. Nao finalize a atividade até que cada grupo tenha vivenciado todas essas situacoes. Discussao Procure saber com os alunos, em um primeiro momento, se os grupos conseguiram realizar a sequéncia, Aproveite as respostas para introduzir novas questdes: "Quais foram as dificuldades encontradas em cada situacao?”, “Foi preciso modificar algum movimento para finalizar a sequéncia?”. Cada limitagao imposta aos grupos exigiu dos alunos o aprimoramento de algum sen tido ou a adaptagao da sequéncia. Por exemplo: os que foram vendados precisaram estar mais atentos a musica e ao ritmo; os que tiveram as orelhas tampadas deviam se concen- trar na vibragao da musica e no estimulo visual; aqueles que atuaram com limitacées fisi- cas tiveram de realizar adaptacdes na sequéncia.

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