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ito exclusivo dos gedgrafos, apesar ds diferengas de abor sagem em relagdo aos demais estudiosos, [No presente estudo consideramar a cidade como espa. > urbano. Sua andlise geogréfica & feitade diferentes mo 2s, de acordo com as diversas correntes do pensamento soaréfico, Assim, por exemplo, o espago urbano pode ser talisado como um conjunto de pontos, linhas e dreas. Po- 2 ser abordado a partir da percepedo que seus habitantes 4 alguns de seus segmentos tm dele ede suas partes, Ou- ‘9 modo possivel de anliseconsidera-o como forma espa lem suas conexdes com estrutura socal, procestos e fun Jes urbanos. Por outro lado ainda, o expaca urbano, co- © qualquer outro objeto social, pode ser abordado segun > um paradigma de consenso ou de confit Iniiamos este trabalho procurando definir 0 espaco bvano. Tata-se de construir 0 nosso abjeto de estudo ein car como seré a sua abordagem. Em segundo luger consi ‘Taremos os agentes sociais que produzem 0 espago da c- \We. A maior parte deste trabalho focaliza os processos © formas espaciais As consideragées finais privilegiaraa sumas proposigdes de pesquisa sobre 0 espavo das cida- + brasileira, esperando que suscitem numerosos estudos ve contribuam para uma mellor compreensio do urbato or conseguinte, da sociedade brasileira 2 O queéo espaco urbano? © espago de uma grande cidade capitalista constitu, se, ent um primieize momento dé sua aprecnsto, no sonjua- ge cn sas apne. Tat “Yefinem areas, como o centro da cidade,ffocal de congentra- (lo de atvidades comerciais, de servigase de gesido)dreas Industrials, éreasresdencinis distimtas em termos de Torta, Econteido social, de lazer e, entre outras, aquelas de | ya pata futura expansao. Este complexo conjunto de tos a tera 6 em realidad, a erguizpto expo! da iad on, simplemente, oespagowrbano, que aparee asim co to paso Fagmtado has 0 espao urban € ukaneamente fragmentado © anialado: cada una de suas pares mante eaches ‘lai com as demas, sinda que de intensidade muito varivel ‘Feas relagoes maniestam-se empiicameate-avavs de th 308 de veculose de pesoasassocados as operacdes de Ci ‘Fie descarga de mercadorias, aos deslocamentos quotiia- ‘os entre a reas resiencis cos diverss locas de trabalho, 20s deslocamentes menos frequents para compas no centT9 4a cidade ou nas lojas do beero, as visas aos parentes ¢.\ amigos, ¢ 28 des ao cinema, cult relgos, praia ¢pargues ~ a ore ‘A articulagso manifesta-se também de modo menos vst Yel, No capitalism, manifese-se através das relagdes espa slalsenvolvendo a cireularo de decisdes¢ investisnenioe do capital, mais-valia, saliios,juros, endas, envolvendo sinc ta pritica do poder e da ideologia. Estas relagdes epaciais ‘io de natureza socal, tendo como matri a propria socedas de de classes e seus provessos.As relagdesespacais ntesrany, ainda que dierentemente, as Aeris partes da cade in do-as em um conjuntoaiticulado cujo nile de arvculagdo ‘em so, tradicionalmente, o centr da cidade Este umes unde momento deapreensto doque€ espe urbano: frag. ‘mentado ¢ artculado, AO Se constatar que aespapa urbano ¢ simultaneamen- ‘e-eegmentado e artculadp, e que esa visto articalads ¢ expresso espacial de procesos soi, introduzse um ten iro moméito de aprsnsio do espaso urbane: um rele toa csp ar cade sean anentedvddo am das tauesaak weer > sspago urbane ¢ yep reflex tanto Sereno amb ae ee ae scl Sf edly Primeiremente tor st reflesa sociale fragmentado, o exparo urban, espe Felmente o da cidade capitals, Tprotundamenis dsigualy ‘esgualdade consiti-se em caraceriice propria do espe 8 urban cepitalista, Em segundo lugar, por ser rellow lake porque a soc intmits, oemparo urbe oé amb lspondo de ums mutabilidade mplexs, com ritmas natureza diferenciados, 0 espaco da cidade €TaniNERT UM condicionante da so. site Ene 60 quarto momento desiaapreraio, Onan Simmanta sed aravs do papel que as abras fnida pe _Sperérias, as barricadase os movimentos soca u ‘Soaro da cidade f assim, ¢ também, o sendrio © 0 big ‘ampo de tutas. E assim a pr suas dimens6es, aquela mais aparente, materaizada nas for Se Jorhomenn, a5 formas sspciis,desempenham na reproducio ‘Biscondigors de mradusioedasseagies de producto. Assn, 4 existéci de estabeleimentos industri juntos aie dos on twos, €tealizando entre si vendas de matériasytimas indus ‘wialmente fabricads, consis, peas vantagens de etarmn unt, em fato que viabiliza& continuidade da produto, to é areprodusdo das condigbes de producao. ‘As dreasresidencinssegregadas representa pagel pon derivel no prooesso de rerodugdo das relagbes de produsso, no bojo do qual se reproduzem as diversas classes soci ¢ suns frags: 9 balros so 0s locals de reprodusto dos dl ‘808 grupos Sci Eragmctas,artcula, zetexoccondcinante sci ness clases soca. iambbém o lugar onde: US. € 5 Feproduzem. Isto envelve o quotdiano ¢ © Tutteo ‘réximo, bem como as crensas, valores ¢ mitoscrlados no bolo da sociedade de clasts c,em parte, projetados nas for ‘mas espaciais: monuments, lugares sagrados, uma rua expe ial ete. © espago urbano asume assim uma dimensdo siabo ‘ica que, entretano, ¢ varidvel segundo os diferentes srupos Sociais, etérios ete, Mas © quotidiano e o futuro préxmo ‘cham-se enguadrados num coniexto de fragmentagio der: sual do espaco, levando aos confites socal, como as gevis 105.0, sis, afial de conts,o di conta {04 cidade, a cdadania lena e igual e950 £0 esPaC0 Urbano” Fagan artiulado, reflend © condicionante socal, pnjuato de simbolos € ociedade em uma de tas espaciais. Eexe 0 nosso objeto deen Q-spagourbano, como se indiou,& cont ido por di {erentesus0s da terra. Cada um deles pode ser visto como unt forma espacial. Esta, contudo, nfo tem exsténia aut. ‘oma, existindo porque nela se realm uma ou mais fun. 60s, ist, atividades como a produto e verda de mercado: Flas prestaso de servigas diversos ou uma fungdo simbsl a, que se acham vincuadas aos processos da sociedade. Fs {es s20, por sua vee, o movimento da propria sociedade, da ‘strutura socal, demandando fundes urbanas que se mate- rializam nas formas espacais!. Formas esta que sto socil- mente produzidas por agentes sociais concretos, Comerare ‘mos analisando 0 papel destes agentes e, a seguir, considera- remos os processose as formas espaciais, que constiturdo a Parte central deste estudo, "Sisto, Mltoa| Exar emtodoS Palo, Nobel 1985, 3 { Quem produz 0 espaco urbano? ayer i —— / O-eipaso virband vapitalista — fragmentado, articula™ do, eflexo, condicionante social, cheio de simbolos e eam po de lutas — ¢ um produto soc spuladas através do tempo, ¢ eng a atuando sobre um espago abstrato [A ago. ‘écomplena, derivando da di seiQidos agentes sociis inclu ue levam a um cofistante processo de reorganizacso pacial que se faz via incorporasdo de novas areas ao esp ‘wrano, densificapao do uso do solo, deteiorasao de {estas dreas, renovagdo urbana, relocasdo diferenciada da infroestrutura e mudanga, coeritva ou nfo, do conteido focial eeconémico de determinadas areas da cidade. £ pre- 280 considerarentretanto que, a cada transformagdo do es- aso urbano, este se mantém sinultaneamente fragmenta- {oe articulado, reflexo e condicionante social, ainda que 1s formas espactais e suas fung6es tenham mudado. & desi- ages acu- | sualdade sécio-cpacal iambém nfo dessparece: 0 equi brio socal eda organizagio expacal nfo pats de um dis curso tecnoerdtic, imprepna de idclosa. (Quem so ets agentes Sells que fazem e refaem a cidade? Que esuatégas ¢ aghes concetas detempenham “ho process oe ane eras) 4 Ge? Exes agentes S20 os aeputes: os proprietatios dos meios de produsio, sobretudo os des industrials, os propreérios fondo) |, 2s promoters inbilaon «2 o Exado; ¢ 6} 0 grupos sci exclidos. ‘Antes de consderarmos a ago de cada um dstes ages tes, convém tecer alguns comentrios gras sobre eles em conjuno. cmon Em primero lugar, a ago destes agentes se faz dentro | de um mare ution au epuls sailagho Glee Ese nar 60 nad € neUtro, refleindo o interes domiiante de um sgt consid TOT AT, UATE Trica angus, que permite que hajatranspressdes de aco dl com os intresies do agete dominate. ‘Em seguado lugar, couvém apontar que, ands que possn hover iferencigber es exenaias dost prime Tos agenss, bem como eonilit entre ees, Rd SPATS leomlnadorescomuns eos unem un dels 6a propria. ‘0 de uma renda da terra. Por out lado, a agdo deses Agents serve AO Propésio dominant da socedade capita: lta, que €0 da reprodugdo ds reapdes Ge produ, lm. plieando & continuidade co processo de acum etn. {atva de mininrar os eonflitos e clase, este asecto ex tendo paricularmente ao Esa Par nin agspaco wrt. no consttuise, como apontd Leldbize U6) em inst rmento onde so viabilzedos foncretamente,os propdstos acima indica, em grande pare através da posse edo eo ttle do uso da tera urbana Em sesciro lugar, &necesirio ressalter que a tipolo sia apresentada ¢ muito mais de natureraanalitica do que éfetvamente absolute, No estigio tual do capitalism, 0s sands caps Industral, fnaneccoe imcbiliro podem fst ineprads inde e irtamente, neste caso em sah, des conporagées que, além de outa aividades, comprar, ‘speclam,financiam, administra e produzem espapo ‘no. Coma conseqlénca desta inteeregao muitos dos con fits entre agueles agentes supramencionados desapareem. Em. quarto lugar, ¢ importante noter que as scale Gone esta varabiidade decorre tanto de causos-encrons Bosagentes, como de casas internas, vineuladas as con: “radiges ineientes 20 tipo de capital de cada agente Face a0 movimento Fore de arumTOagho capalsta dos com fos de classe. Assim, como exemplo, o autnento da com. posslo orginia de capital de uma empresa, afetando @ taxa de luro, pode gerar novas estratgies que inluam mans locaton fen, portant, 0 wo dete + Os proprietérios dos meios de produgao | __ Os grandes proprietrios industriais e das grandes em- | presas comercils io, em razko da dimensio de suas ativi- 4 dades, grandes consurnidores de espago. Necessitam de ter- # renos amplos e baratos que satisfagam requistos locacio 2 nals pertnentes as atividades de suas empresas — junto 0 porto, as vas féreas ou em locals de ampla acesibilica. «de populagdo etc, A terra urbana tem. assim, em princ. pio, um duplo papel: 6 de suport fisico © 0 de expressar siferencialmente requisites locacionais especticos as ativi- Mas as relagdes entre proprietarios dos meios de-pro- | disdoe sere urbana so mals comers, A expec {unditvia, geradora do aumento do peg da tra, em de plo eft sobre as sus atvidedes, Deum ldo ones isto d expand na media eng eiapesapbe tee Ee pasion © battice- De Spice sumer do prevo Tels relamce do aumento prve da ter, ag te iin da ferea de bales gprs aan pre Sao do trabuhadres visa alos mis elvan, Glss incr sobre ana de ero das grandes enpreial inde 1A perl fundiria nto € assim de interes de ropriiiNer 46s els de producto. Interessa,no.entaa e proisay und a Tics eras sh EA Re oleae aumene de a See, Da “cando-Tier sriplar a cenda da qx, Bsa praca pora com eee rerio alien fnalton! “~~Os conflitos que emergem tendem a ser, em principio; resolves em favor dos propitror doe meios de Z| So, sus, fo capital, comandam a vida economia pole. Asolo deses conto fax as de pr toe uno 20 Estado pare reaizardevapopringdes de fa ntl de inferstratara acess sa separa cigo de fase coms constagto dec} sss brates pte fog de abalo. ‘Mas tomues nsesrio saber quem so 0 pope tos indus em cade, Sto ees esendnts de i rane, orineiamentevnldos a comerio dex ffovimportago, susie estan ma propredade fd tt ees and ie conkers 0960 doy grupos em conto es aliangs queso fetas. | ‘Piimprtante também conser, como lesb Mi fone gue os sonftos ete ropes india ‘Gare, Horacio sues» eratesa en roduc el epacio po paial Gopal, 8 197 Hiletion, Ease There denen for a mans sal of belopn. Heaton Moe Cape Ci, Loca, fo ey. See se Ty fundiirios nto mai “alo, Iso se deve'a Tajo desenvolvimento das contradigdes entre capital etraba lho torna perigoss a aboligdo de qualquer forma de propre dade, entre elas a da terr, pois ito podetia levar a que se sdemandasse a abolicdo de propriedade capitaliste; (©) através da ideologia da casa propria, que inci a terra, podem-s minimizar as contradipdes eatre capital trabalho; | ©a propria burguesia adquiru teras, de modo que a pro- |priedade fundidvia passou a ter signifiativo papel no pro- Joesto da acumulaga [(@)a propriedade da terra € pré-requsito fundamental para 2 construct civil que, por sua ver, desempenta papel extre- atente importante no capitalismo, amortecendo areas da tividade industrial; le) a propriedade fundiévia e seu controle pele classe domi- ante tem ainda a funcdo de permitir 0 controle do espa através da segregagao residencial, curtprindo, portanto, signiffetivo papel na organizagio do espago. [Nas grandes cidades onde a atividade febril¢ express: Ya, a agi espacial dos proprietérios industrials leva & cris co de amplas éreasfabris em setoresdistintos das areas te sidenciais nobres onde mora a elite, porém préximas is fteas proletitas. Deste mado a apao deles modela acid de, produzindo seu proprio espaco e interferindo decsiva mente na localizacho de outros usos da terra. ~ , quando uma indstria, localizada em razBo de fato- 'es do passado, se vé envolvida fisieamente por usos resi eneiais de starus, verifica-se que a relocalizagao industrial constitui érimo negéecio. Desloca-se para dreas mals am. las e baratss, com infra-estrutura produsida, em muitos «3805, pelo Estado. Ganka assim uma nova localizaclo on. de pode se expandir. Adicionalmente extai elevada rend fundiria o realizar 0 loteamento do antigo tereno fabri, mnsttuem algo absoluto como no pas~ altamente valorizado pelo novo uso. A zona Sul da cid de do Rio de Janeiro oferece alguns exemplos notavels des- 1 pritica Os proprietarios fundiarios 08 proprietrios de cerrasatuam no sentido de obterem 1 miot renda funditria de sues propiiedades, inieresan- do-se em que esas tenham o uso que sea 6 als remuners dor possvel, especialmente uso comercial ou residencial de status. Estio particularmente interessados na converslo a terra al em tera urbana, ou sj i nee pansio do espaco da cidade na medida em que a tera urba- Das sarang ea aa i neni qe so ~Tundamienialmente interessados-ng valor de toca da terra ‘endo no seu valor dé uso, stdrios Tundirios podem entlo exercer pres. ses junto ao Estado, especialmente na insténcia municipal, visando jaterferir no processo de defingio das leis de uso do solo © nortan, prs € a utara, especialmente a via a cidades bras ra ffnecer sos exepls deta pra A erferia urbane, sobret esl gad ace costuse no ao deo os propritdras de eras. Tso se deve to fato de star ela dietamentesubmetida ao proceso de ansTormapio do &- ‘ago salem urbano, As posbidades dessa transform. {0 slo, encanto, dependents de um confonto eat a Tendas a screm obtidas com a produsdo agricola e com a| venda de eras para fins urbanos. Mais cedo ou mais tar ‘e,gagas ao eiferecial da renda, ows agricole da pee sia €substitdo por um utbano, passando, em muitos ca son por um capa de eeriiago da rr, Hi ento um oteso de lotus’ Tuiiena ‘passed da era aso para za uhusa 00 sn pt ered de de drys om gue ea transfor ager Yeeros tomas eee ase. Ese ie tea atuam mals ou menos ce moto combina. 1 denands de ura habagbs capa spare) | ma de vas amas secs nde ema Ta pep do_merado deca «Habla | Depende vamibém das possiblidades de remaeacd ideolog irand-Lasserve HE, portant, condigtes que iaterferem na demanda de terrasehabitages, as quas vio traduzt-e em taxes ds tintss de erescimento demogrifico e espacial das cidades de um dado pats ou reso. Os diferencsis de diego. em que as transformasdes se veifcam dependem, por sua ver, da estutura agraria ‘que pode vablizar ou do as operagées de valorizacdo fun Alivia, das condigdesecol6gcasdiferenciadas, da existéncia de tos de cela € ds tips de wo a Gu e desi ‘Assim, estruturas egraiasdferenciadas em setores dis tintos da perferia podem influenciar diferencialmence a passagem do rural 20 urbano, Neste sentido, & convenien ‘eapontr que uma suture ari besada a promceda espera pidamente a ans Bisaso casei, A cxisténcia de deas lagadigas em GH dado stor da petiferia, pot outto lado, onstnuse, via de regra, em um entrave para a valorizagio fundidria 0s cixs de comunicegdes, outros, tem ocorénia espa. | lal de modo seep, seta deigsalmente a periria rt Taarbana. Finalmente, ha so ipicos de peieri, come eras indsas que si a localizadas,subrsindo ters para uma ylorzato através de so reidecia Os diferencias das formas que a ccupasio urbana na perfec agumesfo, em rlag a0 so resdencl, oss ‘utes: rbanizapao Ge stor © urbaniagao popultr” As ésuaégias dos propietri fundariosvararto since Sih propia ese ha aes on dona ae Os properios de tras bem lcalizadss, veorzadas por amenidades fis, como 0 mat ingen, sl, verde fc, age pressonando o Estado vsando&istlagioda in | fraesrutura urbana ou attend crecivos bance par | cles préprios insalarem ainrcesturas as invesinentos ‘alors a terra que ateriomens for eterliznda por | tam rezoavelente longo peviodo de tempo. Campanas pt | bltarasenatndo as qoalidades da area sto eaizacs, | fo mero fem gieo pega da fra sobeconsantement. Estas freed perfera de smenicaces edo destinnds | a pépulagto de sens, Como se ata de uma 1 sua, & psc eos egneaiig heciicen eT também promotor imobiarios; liam, vende « cone tfoem cats de ano. Crnm-aesnim airs selec ca se iors de amenidades; como apaaita‘perfea tm sent jn peor ets bars fiscamentepeifeicos to si | mals perebidos como estan locaizndoenaperiferi urbe. | ‘a, pls final de coms os Biro de stu nao so 0a iment pctercor! ° NO Brasil os exemlos de experiferias urbana enbre cidas sto mumeroes. Na cia itordness localize jun {0 a0 mar, come no Rio de Janeiro, em Salvador, Rese © orale Baos como Capac Ipnens, Barada | “noir, qu én ona ‘Tijuea, Barra, Itpod, Boa Viagem e Aideora jé foram, num passado mais ou menos distant, peviferias urbanas: agora So bairros de stcus,frutos de valorizagbes fundiérias Be sos propre dos teens mil lcalzados, em pet fenton trailed coh opm ue cari. En epee ue ean spp silos Bsotpcttec, mie apes deen do care et em) ‘enidaes, nfo aaindo, portant, ups soi dies iG rt, no ra aoe proprio: fue senkoo To Tees dea cmo oder ava et) Eat delacamentos populares com o mnino et Fra-estrutura, Tendo em vista o baixo poder aquisitive da po: “Bais gus peal oe Gednca, nota sees ces re ree nt ve tamformarc cm prowottes nl ‘bea euarto planet: es tabbaor sri cont ds pelo tema de auroconsnso ou pelo Est, ie 8 “Tile arse ondronos conus babiaconals aren polars ma pia ubans c chez, ovules, vat nert, cnt, exquado or te hres hous perdido pear tanspoer colon, ‘Stn dos arpoaos co quatdan deta pees urbane, fut uma Glo eqcinenedtenita doe 09 ios fundigrios. This loteamentos sao ilegais face & legislagao. “tangent vor Em pouceempo sto galas epor pres Ha pea eicigen ca Pte nw oe nt Sas por chs saa pa nn fa Fg re ao Os promotores imobilidrios Por promotores imobilirios, entende-se um conjunto de agentes que fealaag,paril ou totalmente, as Segue cave da promasaimp- iia; 0 incorporadar realiza a gestio do capital-dinht- to nm fase de sun transformasto em mercadoria, em im- el a localiza, 0 tabianho das unideese a ‘uaktee bo prétio a ser conta sto deiids na insaporstes assim como ab detiesde.quen val consruto, t pope Garces ts ngnsament,o sea, «parti da formasdo de recur ses mover provelents de pessoas filets ¢ ec, ‘etfs, de aordo como incrporador investments tisando compra do terreno ed consrugo do move escola, elzao po esnomisas ¢ aa, visndo verifier iablidae nica dobre dent dee "anes definidosonteioment pel incorporation eae ipso se Sonsuile ou produto fs do imbue, ques vee a pla stuaplo oe frm epecaliadas Was mas dvesae tapas do proceso produtvor a frgade tabla cnt tia gulag tr femas constatora ¢ 9 comesiiat2o ou transormasio do cantaLmercade. Tia em capital-< ra.acrescido de lucros; os corre: ores, os planejadores de vendas e os profissionais de propa- fanda soos eponsvcic pore pert, sus opergtes vo oiiardifengs gos de agen tes canetts, intuindo o propre construor 26 tere a aent cline qu da peste produto ror ose peauenosiméves, as fas exclustvamente incorpo sores, aquls qu s-especitizam a constgse 0 ou uma capa do prose produtv, como a coneeage de cimento, ours qe incororam ¢ constreem, utr ta ‘spans a coretagen «ania que concen om ‘ute mlos todas at opeagds:lgumas deste nas com tolam tabem outrassdads Tor do ser fndione inci, or auto ldo, do poot de visa da gtaese do promo tor inobtoveticamrse enorme fens en ee Hi desde o propietiio fndlrio qu se ransformou co | | i construtor ¢ incorporador, ao comerciante préspero que di- versifica suas atividades criando uma incorporadors, pas- sando pela empresa industrial, que em momentes de cise ‘ou ampliagdo de seus negécioscria uma subsididria ligada 4 promosdo imobiliéra, Grandes bancos eo Estado atuam também como promotoresimobilérios Enire os agentes em questio, particularmente os incor poradores, hé um diferencal em fungéo de dois aspectos, conceitualizados por R. S. de Almeida como “escale de operagdes”, ou o nimero de construgdes simultineas que 0 incorporador €capaz de gerr,e “escala espacial de atva ‘fo, Ou a drea onde se localizam as obras e os etoques de tetrenos, Estas duas escalas estdo relacionadas de operapdes, malor a escala esparial de atuacae nalmente, maior © poder politica do incorporadir. ais sf as estratégias dos promtores imobiirios? Na sociedade capitalsta ndo hi interese das diferen tes Tragdes do capital envolvidas na produgdo de iméveis em preduzir habtapdes populares. Isto se deve, basicamen: te, 808 baixosniveis dos salrios das camadas populares, fa- ‘ce a0 custo da habitapio produsida capitalisticamente, De vye-se também, em parte, conforme argumenta Henri Coing, 4 convergtncia de interesses do proprietirio fundidtio, do promotor imobilirio e da industria de material de coasiru 8 no sentido de apenas produzit habitagdes com inove ‘8es, com valor de uso superior as antgas, obtendo-se, por ‘amo, um prego de venda cada ver maior, o que amplia a exclusto das camadae populares, Em que condigdes, pergunta H. Coing, € possvel ha ver a produgio de habitagdes para os grupos de baixa ren a? Quando esta produgdo € rentdvel? @) ¢ rentivel se sio superocupadas por visas familias ou or varias pessoas slteras que alugam um imével ou um shmodo; (b) € rentivel se a qualidade da construgdo for péssina, om 0 seu custo reduzido 20 minimo, conforme Engel des. ‘reve para a Inglaterra em relagdo a0 século XIX; ¢ (© rentvel quando verifia-se enorme escassez de habita- 8es, elevando 0s pregs a nives insuportaveis. Mas esta nio € a situa usual nas cidades do Tercel- ro Mundo;.o capital no tem interesse em produzithabita- ses para as camadas popnlares. Numa ociedade onde par te ponderével da populacio no tem acesso & ca ‘ou mesmo nfo tem condigdes de pagar aluguel,aextratégia 46s promotoresimoblidrios € bascamente a segunt: 0 cirigirse, em primeiro ugar, & produsso de residences pata satisazer a demanda solvive; © :2() obter ajuda do Estado no sentido de tor ‘produso de resdéncia para satisfazer a denianda1s0-30T fave, Em relasto & primera categoria, verficase a produ $40 de iméveis de Juxo visando atendcr aqueles que dispem _derecursos af incuindo-se a produgto de residencies secun- lvias, em dreas de lazer, para este seginento da populapio. ‘ produsdo de iméveis caros e finos pode chegar mesmo a saturar, havendo, por outro lado, deficit de residénias populares. Phra o segmento da populagio que constitu 0 ‘ereado dos promotores imobliris, os financiamentos nf slo ditleets, © mesmo ocorrendo para as incorporado. as de ives. ‘A eisténcia de uma demands tolvévelsaturaca e de uma nfo-solvivelinscsfeita explica 0 interes do capital J Smobilidrioem obter ajuda do Estado, de modo a permit omar vidvel «construgdo de residéncias para as camadas Populares: eréitos para os promotoresimobilirio, faci- dades para desapropriasio de terra, e créditos para s fu fos moradores. A cristo de drgios, como foi o caso do Banco Nacional da Habitegdo (BNE) ¢ das Cooperatives de Habitagio (COHABS), ea crag de mecanismosjurid » | cose financeiros, como o Fundo de Garantia por Tempo {e Servo (GTS), visam viailizar a acumulagto capitlis- tava produsdo dehabitagbes, cujo aceso éagora ampliado. Esta estratégia é vidvel em raz8o da importéncia da produgdo de habitardes na sociedade capitalista, Cumpre la um papel fundamental, que € 0 de amortecer as crises ‘elicas da economia através do iavestimento de capital da criaglo de numerosos empregos: dat ter 0 apoio do Esta-) do capitalsta, que por sua vez estéfortemente repleto atra- ‘es de seus componentes, de interessesimobilios ‘A estratégia dominante, de produzir habitapdes para 1 populagdo que constitu: a demanda solvavel, em um sg- nifictivo rebatimento espacial. De fato, a agdo dos promo- {ores imobilidrios se faz correlacionada a: reso elevada da terrae alto starus do bairo; sceriblidade,efleitnca eseguranca dos meios de trans- jamenidades naturals ou socialmente produzidas; © }esgotamento das terenos para construcdo ¢ as condi- {9efsioas dos iméveisanteriormente produzidos, confor hne indica RS. de Almeida. Estas caractersticas em conjun- to endem a valorizardifeencilmente cetas areas da cida- ‘de, que se tornam alvo da acto macica dos promotoresimo- bilvios:sio_as dreas nobres,criadas e recriadas segundo os interesses a Fes, que se valem de maciga pro- paganda, Assi, de um lado, verifica-se a manutencio de Trios de sau, ave continaem a ser ataivos a0 expt imoblrioe, de outro, a eiaplo de novas dress nobres tm razio do espotanento de reas esponivels em outos {ores valorados do espago urbano: oF novor bars no. tres sto efeivamentecriados ou renullam da Cansforma- flo da imagem de baivor antigos que ispondo de alguns nation, toraanva de stots elerado A stuaso epaciel ds promotor nobilitas s fz ie ibd dsiguaycrandoe eforando a sepepasd ro J dencial que caracteriza a cidade capitalista. E, na medida | ged gos pb ial- o . italista..E, na medida | je desigul enquanto provedor de servigs plbicos, especial Fe ROMO NETOTES do SPAKE prodizsm conjuntos | jpente aqueles que servem & populagto, que o Estado se Settsionss pores seprezaso Ectifads. | faga ovo deers einnges de sens da pop i. Jago urbana. ma ‘Em realidade, segundo A. SamsonS, o Estado disp See 4e um conjunto de intrumentos que pode empregar em re "ago o espapo urbano. So os SOpUITES,eilre outzos: 0 Estado atua também na organizag espacial da xj | aeis #2Spavo wane: nde: Sua atuaeto tem sido complex ¢ vaidvel tanto no | (0) dito de desapropragto ¢ precedtncia na compra de. tempo coma no espaco, refletindo a dindmica da socieda - de da qual € parte constuint. Vamos considera apenas 6 papel do Estado capitals, prviesiando a cidade it no-americanae, partiularmente, a besa. ‘Uma primeira observagdo referee a0 (ato de o Esta de stu dtetamente como grande industil,consemidor |) repuiamentact do uso do sol; {controle e limitagio dos precos de teras; {@ limitaedo da superficie da terra de que cada um pode se apropriar; |. (@ imposes fundidros eimobiisis que podem varia - ds espero e de lcalizagoes especitins,propriearo fundia. | $uNd® # dimensdo do imével, uso da terra clocalizagdo; Eos Pacer Inclabico, erm. detew dete nbs um fF ©) comeke Se cine Envy, lovane pme wlizaplo agente de repulag2o do uso do solo o lvo dos chamados mals completa do espaso urbano; |e eta ate c eae | ss pas eae Darla de petrleo, o Estado esté organizando diretamente © Pfe0 da terra c orientando espacialmente a ocupacio espago utbano, ao mesmo tempo que interfere, dada ana {0 €8P890; . tureza da atveade industrial, no uso da terra dss dreas pro} (t) lnvestimento pubblico na produgo do espago, através simas, As texas pblcas sto uma reserva faniaria que o || de Obras de drenagem, desmontes, arrose implantagdo Extado dispde para usos diversos no futuro, inclusive para 4) 48 infro-etrutura; oe negociapdes com outros agentes sociais. Através de drgaos {| () organizago de mecanismos de crédito & habitasio; ¢ como a COHAB, por outro lado, o Estado toma-se promo. |G) Pesauises, operardes-este sobre materials e procedimen- ‘or imebildio. |}, tosde eonsrusto, bem como o contole de produsio do No ett, & sais da implantacto deserves Fr || meno deste nari talc, como sistema vidio, clgamento, dgua, esgoto, lu | Esta complexa e variada gama de posibilidades de tinacte, pargues, cota de ixo ete, interessante tanto] agdo do Estado captalisia ado se efeiva a0 acaso. Nem as empresss como a populasdo em geal, que a atuagio | se processa de moto socialmente neuro, como se 0 Esta. do Estado se faz de modo mais corenteeesperado. A cla: | do fos uma instituigéo que governasse de acordo com orasto dé Jes normas,vinculadas 20.us0 do solo, entre jf uma racioalidade fundamentada nos prinipios de equi at asnomas do 22neamento co sign de oben cons: fost erondmica¢eprels parade ena a oy tiuem outro etbuto do Esado fo guest teigeee pe ss om se urbano,E¢deorene de seu desempeo cspaclien Jig Damsetaumn, i, 0 conflitos de interesses dos diferentes membros da sociedade E preciso considerar que @ agto do Estado processa- eaten cet oe ao ees eee = ee oun ia noteataeaseeet= Smeets Sopa eerie tatificaptio. Assim, os diferenciais de imposto tecritorial e"] redial sfo um forte fator discriminate, afetando’o pr 0 da terra e dos imévels e, como conseqiéncia, inci do 1a segregagio social: os grupos de renda mais elevada Fesidem em imévels mais caros locaizados em bairros on 4e 0 prego da terra é mais elevado. Através da alocasso= pécialmente diferenciada dos equipamentos de consumo co, letivo, o Estado também interfere na segregasao residen; cial, Harvey comenta que este tipo de atuagto tende a aif pliar a renda real daqueles que jé possuem elevada rend monetira D, Vetter e outros fornecem a este respeito um exce tente exemplo de investimentos piblicos espacialmente desi js esuas conseatiéncas. Trata-se da alocagdo concentra: Ga de recutsos em gua cesgoto na Zona Sul caioca duran- tea década de 1970. Esta €a drea melhor servida do espa- (da cldede do Rio de Janeito: ali reside um econémica ¢ poliicamente poderoso grupo social que teve seus iméveis Inais valorizados — acessireis, portanto, a grupos socais cada vex mais selecionados, — ‘A segregapio residencal pode resultar também de uma ajo direta explicita do Estado através do planejamento, quando da criaglo, a partir do zero, de micies urbanos. sta tem sido uma tradipo latiao-americana, mas nfo ciusiva, que fem suas origens jd no século XVI. A este res to, a8 palavrat de Hansen’ sobre a origem e evolusio ‘dz cidade de Mérida na peninsula do Yueatan, no México, Ho dignas de nota: A cidace fol planelada om toro de uma prapa central (08 quatro quarelices que dalimitevam foram reservados pata a catesal os edfclos dos governs provincial mun: pel es veiséneie de chete doe conquistadors. Ava outros {spans fram coddos lotes dato do doa ou t8s quar. {eites, om cada dirogdo. Esta rea ospanhola do residdncia ‘conatluo entra. A uma sténcia melon, na cra do ex {ears debando expaco para a sxpansto deste sento, ‘am receradas dress nes quals os Indios poalam estaboe corse, Estas areas contra os barrios. A modida quo & Gis foram se mudando pare mas sem. A modiaa que estos Aumertaar om numer, a area que ocupavam ae orn fo malor, Mas 0 crescimento prossoguiu vagarosamente fom harmonlacom a eetruture sociale eutua atabelaide EBrasflia, uma cidate planejada,inaugurada em 1960? ‘A oposigdo entre o Plano Pilotoe as denominadas cidades Fig acaio on Sn, La Amie, 196 2h AT Bolg de ume ate ano americana a: Peso. Don aos declogls nana So Paso, Mans Fett, 970.87 a_i satéites € notivl, conforme indicam os varios artigos con tidos nas coletinessorganizades por Pavan. Els eo exon Blo acabado do planejamento do Estado captalisa coen hae see IMME Ge ae rerodusto das dramas Coe tame de sens fie ages Re Sones foals. Nese sentido 0 platelamento reproduzh, 9° cat? ao desomtants Acces oe corks Rta S22 guts forma, 0 velho modelo colonial deserito por Han BE? Shs ce Guasabern ate uesden och eerie toe, mapa” (e° dt cidade brasiire, com os pobre: Sy oe chao ple Eatado capitals, atendendo hviios a panier ropéstios imediatos. vera de ratica conjgada de senovacto urbana | "er ag lgunt dos ios de atuagho do Estado n0 es ice a ant ite ten = o Estado cain oSetmae fear loupe de pnts o mun, apes farina, tiukaneamee vicos Interests, De un i feos ane b tnt alpen eaten be cose oi explo dos pobresresiene mcoron junto af EUG Tae A tons alguns rtuados de ess feared dade, eesion a segresaeo esienil viahf HZA20%,O Neto cramer conhee outros, exemple, von nea, mobico au tm Oporunidad de rekzar |" a°s.rorandade, coristainis porn eatendinens mica ce Aas ono repo da tera, pla pron °‘Sl ao Exndaenqnanio agent modlades de ene ats do cen, bastante clevado: €renovacd urbana. CoS oH Mas vabilizs também a ampliagdo do capital de copeter ‘as ¢ ria condigdes de uma circlasao mais eficcnte vi lizando assim a produgdo de novos meios de transporte, en Lasles aqueles de uso individual. Os exempos slo saree S08: 0 mais famoso € aquele de abertura dos bowevaras de Paris pelo bardo Haussman no final do século roreono Mas os exemplos brasilctos slo notiveis: a abertura ds ai nida Rio Branco, a principal do centro do Rio de Jenehes £4 demolicao de cortices nesta tea no comesa do seco, ¢ um dele, conforme mostra Rocha em seu ttuo sobee 4 “era das demoligdes”. Outros exemplos semethantes apa, fscem com a abertura da avenda Presidente Vargas ne dace dla de 1940 ¢ com a via express igando 0 ténel Catumbt Laranjeiras,portanco a zona Sul da cidade, 4 principal via ds eigada ¢ Sida do Rio de Janciro, © Estado também produz ehio, espago tccnicamente passe de ocupasio, via obfas de Grenagem, desmonte ¢ atertos. A cidade do Rio de Jansio ¢, neste sentido, uit ‘exemplo dos,mais notaveis. Esta criagao de espago inane, s novamente nos propésitos geaisanteriorments monic iad en nsec os no ent sialagto do porto do Kio de Janeiro, para a cragko do Os grupos sociais excluidos mine ities mono darae pasado foram habitadas pela eltee que se acham degrada} ue Se acham degrada. das esubdivididas —, a casa produrida pelo sistema de au foconstrusdo em.loteamentos perféricos, os eonjuntos he stants do centro, ea favela As tuts primeira possi lagdo a um agente 50 bitacionais produaidos pelo ie ia de regra tambéin es pressupoem uma vine. dklador —, 0 propidrio fundiso da penieraeg ta do. Nenbuta des wansorma, em ping a ejay cule em agente modeadr do sspagourbene Me io aise au rod eves nossa de utcon tru — pelo menos no seta plen Ina porous cone snbmetdes login dos ropitriosfundtre de woah ta tomandoas, cua demo sobretablay see Sot de um tereno cum imdve de metadotag res ype deen Ea pod da fvel, em teens pblios ou pi yadesinvadids, que os gigor soils exes wage, s levament, agentes modeladores, roduinge anny rl cpap, a8 matoria dos eases independentemene 2 despa dos outros agentes A podurte Ges cree ts de mals mada uma forma de rents ne os tempo, um edi de sobrevivenl, Reis ane vitals adersidadesinpostas aos gros soca tne expulos do campo ou provenines deus tea Its operand reno, qu lua fle teg ested sobrovivénci qu se taduzem na apo prio de errenosususmenteinadequados parece ons fees da produ do esas, excotsingremes an slaais. Tatae de uma apropsnsd de aos No to nedinto a fvela correspond ua solgto de a Plaprobln, o da habia ede aes sede be TROPA cade do Rio de Jaci, que ows mene | , como 0 proprietrio de imévels| Sprites casos sem maior expresso como agente mo: a ress ingremes e alagadicas, consitul um excelente exe: plo. A localizacdo de suas numerosas favelas pode parecer, (quando distribuidas em um maps, como que apresentan- dom padrio aleatério: cade uma, entretanto, tem uma ict que inclu a relativa proximidade de um mercado de trabalho. [A cvolucdo.da favela, isto é, a sua progressva urban Tie tomas um Dai popular, eels, de un “F; ds agi dos préprios moradores que, pouco @ pouco, durante um longo periodo de tempo, vio melhorando suas residéncias e implantando atvidades econémicas diversas, De outro, advém da agZo do Estado, que implanta algu ‘a infra-stratura urban, soja a partir de presses exersi- das pelos moradores organizados em associagdes, ecja a partir de interesseseletoreros. Esta urbanizago, contudo, desencadeia uma valorizacio que acaba por expulsar al ‘guns de seus moradorese atrair outros. ‘A literatura sobre favelas € muito numerosa, Sugeri ‘mos que, iicilmente, vea-se a resenha bibliogrtica sobre habitarao em gera, inclusive as favelas, no trabalho de Val- ladares (1982) Um exemplo concreto: o bairro de Copacabana Até ent2o focaizamos cada um dos agentes modelado- fes do espago urbano. A atuagdo deles, no entanto, nfo s “Re lmigneaie Ath on Sooo woe ww Howes Se Braducde concreta de um palo esdencial ou de um fistrito industrial, virios agentes estao presentes. Vamos “gor, raves de in explored, ver car GTO Conn. 2. Considerar o barr de Copacabana, localiza na “down Sul da cidade do Rio de Jancto, a sna bre da me poe caioea. A anise exendese pel pvlodo de 870 8 1930, consttuindo-se em um resuimo de uma parte do es ‘tudo de Elizabeth Dezouzart Cardoso 0 baitro de Copacabana est localizado ‘numa etre {2 faixa de planicieexre 0 mar ¢ 0 macigo costelro que 9 separa dos bairos vizinhos". Planice arenosa e de dite acesso, ndo teve passado agricole, constituindo.se até fine do século XIX em um arrabalégscastamente povoado por escedores: o “‘procesio de Téfseréncia de resideacis tas slits do centro da cidade para os arvabaldes, que oesnn 1 Rio de Janeiro a pattir de meados do sccule XI. nag stingiu Copacabana” Desde a década de 1870, no entanto, verificaram-seten tativas de valoriaasao fundidria de Copacabana, envolven 0 loteamento das terras do futura baitro¢ « ciasto de linha.de bonde @ trag80 animal ligando o entio arrabelde 40 centro da cidade, Um grande proprietério fundidrio extn, vad frente dessastencativas malsucedidas Em 1892, a empresa de bondes Botanical Garden, que stuava em toda a Zona Sul caroca, liga Copacabana 4 na rede de trilhos depois de, ela prépria, ter aberto um tine! ligand o futuro baitro ao de Botafogo: tatese do Tinet Velho, aberto nesse ano. Anteriomtente, em 1891, ¢ em fa io das obras de implantagdo dos trlhos de bondes ¢ da abertura do tine) écriads a Empresa de Construsoes Cis ‘te i realizar a maior parte da valoizagdo do arrabalde E interessante analiaro que eracfetivamente a Empre, 8 de Construsdes Civis. Resultava ela de uma alana de {erestes comuns centrados nas valorizapdes fundidra imma, bilivia, ram seus acionistas vérias proprictiios de terrae em Copacabana, varios bancos — Banco Luso Brasileira, Banco Brasil e Norte América, Banco Construtor do Brant Banco de Crédito Rural e Internacional —, pelo mene {Qe medi epezdo de make uone do io de Jee apse © Grad Rio de ene, Depron i og erg UERICISES. Tse de mesredo, dadonaese uma empresa do setor industrial, a Companhia Nacional de Forias e Estaleros, empresas comercais, ene elas uma de exportagdo de café, utras empresas imobiliis, como 4aEmpresa de Obras Piblicas no Brasil, que fi s maior aionst, e «prépria Botanical Garden. Peariciparam ainda da Empresa de Construgds Civis {un exministro da Agricultura, Comérco e Obras Piblcas, dois prfetosd cidade, sendo um o renomiado Carlos Sam palo, também proprictavo fundirio em Copacabana. Va {os outros scionisas ocupavam importantes cargos pb Gos. A antiga nobreza estava também presente na Empre- se Construgdes Civis: pelo menos sis bardes eum vis conde eram s6ci0s dela Testavase, portato, de uma aliangs entre propre “os fundirios, promoters imabildios, bancos ¢ empre- sas industiis¢ comercisis.O Estado fazia-se presente pe tos interesses comuns no poder. Vejamos agora os objetivosexplicitas da Empresa de CConstrubes Civs, tis como aparecem nos seus exttutos na éoca de sua crags. ‘Empresa de Consus Cvs tem por fn eater clade do Roe Janeiro sem outse Go Brel totes. {© opeagées com eleercla sa desing, tls como | compar eros paravener depot de bene 1 SSoneruase onices 1 const em teranoe d8 sv propacadepréios ra alugar ou vende dint Bem sim so treats Roo Ge Perdele, Nova Fargo. om ours lealicaces gros 6s hatagdes de ero pare alvgr ou vend IY contr eds dstinadoe santos, hot, testis cae pra eandamente a longe pac. E mals: Vener précos por longo rszo par sublocar por sue cont: pe toon rons oa Emre de Consabes Cs eee FEEDS nando dds mods: ps shi’ pomenn Solr fa ene on coc te apnea rp cup ee eek raees $i iS bdmaltmne apes noreec op a ilar "= lian ¢enpego o sei pat do main debts te ene sere ho hav cages prt redo de {3 solange ee eintngtes si scae, 6 eslmest cathe tno ver ane Ee‘ nar ni mn popdae na¢ Sata ED cards con hse tae esr ce a ee rnonie meee aeie ema iriceratoanin eat sets srs Dias e170 «180, De modo sneha eet ss nda tse nell do Ba ‘blac o nove cbse sade cae Vi. seputeralugus e presi & pias conta os 08 e not, iL fetut opeagoes banetries tendo por gsranta's hipotaca de prcige ou tertenos, {nico todos os trabalhos ce construgdo que e emp saltivr do executar por sua conta cu de torsion serdo oe fiados Empresa de Obras Publics no Brea Pode-se ver, pelos estatutos da empresa, 0 porte que se desejava que ela tvesse: uma grande empresa com malt plas operagées vinculadas aos setores funditrio e mobili Fo, Flea clara também a percepyio do que se esperava 1 époce, de Copacabana: um arrabalde onde devia-se cons. ‘ruir iméveis para veraneiGa semelhanca de Petrépolis ¢ Nova Friburgo, © ndo imévels para residéncia fixa, Ore, nesta paca jé era sensivel 0 problema habitacional das ea ‘mades populares que resdiam em cortigos no centro do Rio de Janeiro, O capital fundidrio-imobilici, associado @ outros capita, estava, entretanto, inteessado apenas ‘em produzir habitagdes para a populagdo de status cleva. do, produzindo mesmo residénciss de verancio ¢ novos es. pcos, como pretendia, na década de 1890, a Empresa de Construgées Civis. ‘Copacabans foi crada, comando-se um eleganteearis- ‘ocrdtico bairro residencial da entdo capital da Republica, ‘A Empresa de Construgoes Civis no apenas fez a parttna de extense gleba de Copacabana e produzi imévels. Cam base em suas ligagdes econémicas e poiticasindusiu a ex. tensio de linhas de bondes por todo a baito e pressionow 4 municipalidade ¢ empresas privadas, como a City Impro- ements, para a implantasao de redes de Agua, esgoto «ii. ‘minagdo publica, um equipamento de consumo coletivo ‘que valorizou a-propriedade funditriae imobilidia,

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