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SSISTED DA SP eNOMAY PH Persequigio Al Mouraria © rapaz da camisola verde Caldeirada © Cochicho Cangéo do Mar Que Deus me perdoe €stronha forma de vida Foi Deus Maria do Cruz Uma casa portuguesa Volentim Vou dar de beber 4 dor Disse-te adeus e mori Novo fado da Severa Hé festa na Mouraria Tirana Fadinho da Ti Maria Benta Fado Amélia Indice 8-9 10-11 12-13 14-16 17-19 20-21 22-93 24-25 26-27 28-29 30-31 32-33 34-35 36-37 38-39 40-41 42-43 44-45 46-47 PersequicGo Carlos da Maia e Avelino de Sousa Se de mim nada consegues Noo sei porque me persegues Constantemente 10 1a Sabes bem que sou casoda Que ful sempre dedicada que ndo posso ser tua 'S6 porque és rico ¢ elegante ‘Queres que ev seja tuo omante Por capricho ou presunSo €u tenho um marido pobre ‘Que possui uma alma nobre Que é toda minha paixdo. ‘Se de mim nada consegues, Néo sei porque me persegues Constantemente na rua ‘Sobes bem que sou casoda ‘Que ful sempre dedicada que ndo posso ser tua. Rasguel os cortas sem ler nunc quis receber bias, flores que touestes No me vendo nem me: dou Pols j6 dei tudo que sou Com 0 amor que néo conheces. 8 Melodias de Sempre n° 39 Persequicdo aS Carlos da Naiae Avelino de Sousa SSB aay oa ny Ai Mouraria Frederico Valério Fado = = Z Dos rou-xi-néis nos bei - rails Fam Dos ves-ti - dos cor-de - ro-sa Dos pre - gSes tro-di-ci 0 - nals 10 Molodias de Sempre n° 39 Dem= Ith Ai, Mouroria. Da velha Rua da Palma, Onde eu um dia Deizei presa a minho alma Por ter passodo Mesmo oo meu lado Certo fadista, De cor morena Boca pequena € olhar trocista. i, Mouraria Do homem do meu encanto Que me mentia ‘Mas que eu adorava tanto Fimor que o vento como um lomento Levou consigo Mas que 0 Inda agora Atoda a hora’ Trago comigo. Ai, Mourario Dos rourinéis nos beirals Dos vestidos cor de rosa Dos pregSes tradicionais i, Mouraria Das prociss6es 0 passor Do Severo em voz saudoso Da guitarra a solusar. Melodias de Sempre n° 39 'sot7= th SibM= lift u O Rapaz da camisola verde Pedro Homem de Melo De méos nos boisos & de olhor distonte Jelto de morinheiro ov de soldedo, Era um ropaz de camisola verde, Negra modeixa 00 vento, Boina marvja 20 lado. Perguntei-he quem era e ele me disse: "Sou do monte, Senhor, ¢ um seu criado*. Pobre ropaz de comisola verde, Negra modeixa 00 vento, Boina maryja 00 lado. (3x) Porque me ossoltom turvos pensomentos? No minho frente estava um condenado. Vol-te, rapaz de camisola verde, Negra madeixa co vento, Boino moruja a0 lado. Owindo-me, quedou-se, altivo, 0 mogo, Indiferente & raiva do meu brado, E all ficou, de comisola verde, Negra madeixa ao vento, Boina marujo a0 lado, (3x) Soube eu depois, ali, que se perdera Esse que eu 56, pudera ter salvado! Al Ido tapaz de comisola verde, Negra madeixa a0 vento Boiina morujo a0 lado. (lastrumental Jil do ropaz de comisola verde, Negra madeixa a0 vento, Boina maryjo a0 lado. (3x) 12 Melodias de Sempre s° 39 O rapaz da camisola verde Hermano da Cémara Fado Marcha <0 ‘Sib Fam p67 Ope crete ee a Ss Sa De méosnos bol-sos ede o- thar dis - to-nte D67 SSS a SS Jei = to de ma-ri - helo oude sol-da - do e-ro um ta-paz de Per-gun - tei— the quem ¢-1a ¢ ele me dis - se: 67, ‘SibM Ne = gra ma-dei-xa 00 ven - D67= HITH Fats HEH F67= HH sioM= Caldeirada Alberto Jones Em vésperas de caldeirada 0 outro dia 36 que © peixe estava todo reunido Teve 0 goraz 0 ideia de folor & ossembleia No que foi muito aplaudido Comarades, principio ordem do dia € tudo aquilo que for poluigéo Porque 0 homem que é um tipo cabecudo Resolveu destruir tudo pois entdo € com tal hobilidade e intensidade Nas fulguraées do génio ‘Que transforma a égua pura Numo espécie de mistura ‘Que nem tem oxigénio E diz ele que 6 0 rel da criagéo Hé coisas que a gente Ihe owve e tem que ser ‘Mos a minha opiniéo diz 0 pargo copatéo Gostava de the dizer Pols se a gente até se ofoga grita e boga Por 0 homem ter estragado o ambiente, De cabo da criogio esse pimpdo E isso ndo decente Diz do seu lugor, té mau 0 carapau Porque por estes cominhos Certo vomos mais ov menos Ficondo todos pequenos ‘Assim como os joquinzinhos Diz entdo 0 comardo a certo altura ‘Mas 0 que & que nés ganhamos por falar. 14 O seu grande camaréo Pergunto entéo 0 cacéio Voc8 nem quer refilor Se quer morrer diz 0 lula Toda fula com a mania da cerveja nos cofezes Morra lé & suo vontade que ossim sejo Para agradar o0s frequeses Diz nesso altura a sardinha p'ré 0 tofnho Sabe a iitima do dia A pescadinha jé louca Meteu 0 robo na boca © que uma porcoria Peso 0 polavra gritou © caranguejo Ev que tenho por mania observar Tenho estudado a questéo E vejo 0 poluigdo dia e noite a cumentor Goi do céu 0 gua pura ¢ 0 criatura Pensa que aquilo que é dele é um monopélio Vai a gente beber dela eo goela Fica cheia de petréleo itera e 0 mar séo piré cidodéo assim como 0 seu palécio Se um dia the deito o dente Paga tudo de repente Queu no seja custéceo um tipo lresponsével grita 0 sével © homem que tal oquele Val a proposta p'ré mesa Ou respeita « notureza ov vamos todos 0 el. Melodias de Sempre o° 39° Caldeirada Fa7 - —- HE — SSS SS ém vés-peras de col-del - ra-da 0 ou-to dl- a Por-que 0 ho-mem que 6 um ti-po ca-be-gu - do Re-sol-veu des-tu-ir € com tal ha-bi- li - da- dee in-ten - si- da-de Melodias de Sempre n° 39 15 aE eee ed € diz ele que é 0 | a pwd ede me - so Ou res-pei-toa na- tw - re - 20 0U va-mos to-dos ae - le. Sol7 Voi © pro-pos-ta p'ré Dém F67 ye aA tn te == Vol a pro-pos-to pt me-sa Ov res-pel-ta. a na-tu - fe-20 ov va-mos to-dos 0 ‘SibM I Fe7= lh 1H Stom= Melodias de Sempre 1° 39 O Cochicho Raul Fertéo / Fernando Sontos / José Lourenco Rodrigues / Sebastido Lino Ferreira No noite de S. Jodo que filéo Ninguém quer colar 0 bico Com um cochicho na mo pois entGo € um voso de mangerico Passa a marcha oo filambé troloré Com archotes e balées € entre apertdes e encontrSes A cantar no sol e dé Botem mais os coragées. Refido tha 0 cochicho Que se forta de opitar Al pl pi pl pi pi pl € nunca mais desofina Bis € ropaziada quem é que quer ossopror Ri pi pi pi pi pi pi No cochicho da menina. Um papo seco liré gabird Por maldade ou por capricho Ro ver-me na rua s6 © patd Quis agarrar-me o cochicho Mas quando um soco "lambeu" o judeu Até gritou pela mée. € sem poror p6z-se a *covor* Que 0 cochicho 6 muito meu Nao 0 dou a mais ninguém ! Refréo ‘Melodias de Sempre a? 39 7 O Cochicho Raul FerrGo / Fernando Santos / Marcha José Lourengo Rodrigues / Sebastido Lino Ferreira Op Sy aS tes © ba - Kes e@ en-tre a - per - tées en - con- “ Mi7 Lam oe — a itd diy toes acon-tar no sol-e - dé ba-tem mais os co-ra - ges 18 Melodias de Sempre n° 39 tm sim nt eplepes O-hao co - chi cho que se for-ta dea-pi-tor i, pl, pi pl, pi, pi, EES HY sie i Melodias de Sempre ni? 39 0 Cangdo do Mar Ferrer Trindade J. os Fado-Cangéo Itt Hi HH i HE M7 = HEE Fev ETH Lot EH welll Ful bailar no meu botel Allém do mor crvel €0 mor bromindo Diz que eu fui roubor Aluzsem Do teu olhar tao lindo. Vem saber se 0 mar teré razdo Vem cé ver bailar meu cora;éo. Se ev bollar no meu botel 'Néo vou a0 mar crvel E nem Ihe digo conde ev ful cantor Soir, boilor, viver, sonhar... contigo. ful bailar no meu bate! Além do mar cruel €o mar bramindo Diz que eu fui roubor Alu sem Do teu olhar to lindo. Melodias de Sempre n° 39 21 Que Deus me perdoe Frederico Valétio / Silva Tavares ‘Se 0 minha alma fachada Se pudesse mostrar, 0 que eu sofro colada Se pudesse cantor, Toda a gente veria Quanto sou despragada Quonto finjo alegria Quanto choro a cantor... Reféo Que Deus me perdoe Se 6 ime ou pecado Mas eu sou as-sim Fugindo 00 Fado, Fugia de mim. Contando dou brodo €E nada me doi Se é pois um pecado Ter amor 00 Fado Que Deus me perdoe. ‘Quando canto néo penso No que a vida é de mé, Nem sequer me pertenco, Nem 0 mal se me dé. Chego a crer na verdade ‘Que a sonhar- sonho imenso - Que tudo ¢ Felicidade € tristeza néo ha. Refréo 22 ‘Melodias de Sempre n° 39 Que Deus me perdoe Frederico Valério/ Silva Tavares Fado ° = 56 Solm a7 Rém om é be Fes % Se a mi-nho al-mo fe- 2 oS SS = * Quan-to eu sou des-gia- ga - da Quon - do fin-joa-le- gi - a i ead Spey Sem oT =e = a Te = . . Quan-to cho - roa can - tor. See deus me per - doe m cis Te = ce Se 6 pols um pe - cado Ter a-mor oo He Soe Dew oe pare KO rem 47 Rém Doms [HT Rém= (HI FaM= ETH Solm= [TH Lom= HH L67= Melodias de Sempre n° 39 23 €stranha forma de vida Alfredo Morceneiro / Pedro Homem de Melo Fol por vontode de Deus ‘Que eu vivo nesta onsiedode. ‘Que todos os ais sGo meus, Que 6 toda a minha saudode. Fol por vontade de Deus. ‘Que estranha forma de vido Tem este meu coraéo: Vive de vide perdida; Quem he daria © condéo? ‘Que estranha forma de vido. CoragSo independente, Corag6o que née comando: Vive perdido entre a gente, Teimosomente sangrando, Coragéo independente. €y née te acompanho mais: Pera, deixa de boter. Se ndo sabes onde vais, Porque teimas em corer, €u no te acompanho mai 24 Melodias de Sempre n° 39 €stranha forma de vida Alfredo Marceneiro / Pedro Homem de Melo Fado dass Mimo ‘Sin’ Fo# Sim / Ré Deus Que evvi- vo nesto onsi e - da-de Que pe to-dos os als sbo meus Que 6 to-do a mi-nha sou - da - de Fol por von-ta-de de Mim z Sim FoH7 Sim x FHM EH coer= ff Sim= FR fh Melodias de Sempre n° 39 25 Foi Deus 26 Melodias de Sempre n° 39 cu @ fezoes-pa- so sem fim Dottm= HTH ReM= i Mi7= ret7ollll sour HH LoM= EEETH Sim= HAST Noo sel Se conto Néo sabe ninguér, Néo sei 0 que conto, Porque canto 0 fado ‘Misto de temura Neste tom magoado Saudade ¢ ventura De dor e de pronto. € talvez amor. E neste tormento ‘Mos sei que cantando, Todo 0 sofrimento, Sinto 0 mesmo quando Eusinto que a alma Se tem um desgosto é dentro se acalma 0 pranto no rosto Nos versos que canto. Nos deixa methor. foi Deus, Fol Deus, Que dev luz 005 olhos, ‘Que dev voz a0 vento, Petfumou as rosos Wa 00 Firmamento, Deu 0 oro a0 sol € pbs 0 azul, € proto a0 Ivar. Nos ondas do mar Foi Deus Foi Deus, Que me pbs no peito Que me pes no peito OQ rosério de penas, O rosério de penas, Que vou desfiando ‘Que vou desfiondo € choro 0 cantor. € choro a cantar. € pbs as estrelas no Céu Fez poeta o rourinol € fez 0 espaco sem fim P65 no compo 0 alecrim, Deu 0 luto as andorinhas Deu as lores & Primavera € deu-me esta voz a mim, E deu-me esta voz a mim. Melodias de Semore a? 39 27 Maria da Cruz Frederico Valério / Amadeu A. Santos Fado Marcha at 1-0, vi- vi-a, na par de Je - sus Ti-nha 0 a = mor de quem 28 Melodias de Sempre n? 39 m3 sol? Fy a eS ° vel-o.0 so-ber-se moal-dei - — =} wie DéM= El one i neo Mim= Chomave'se ela Moria De sobrenome do Cruz € na aldeia onde vivia Somtio, vivio, na poz de Jesus Tinha 0 amor de quem ama Seu coracéo entregara Junto 00 altar da copela Singela onde ela palxéo the jurara . Mas certo dia Veio a saber-se na aldeia Que 0 seu pastor the mentia Que esse omor se Ihe extinguia Como a luz de uma candeia . Desiludida do seu amor a Mario Detzou 0 lor € perdida Velo cair desfolecida Num portal na Mouraria . awl” Softeu « dor da omargura Perdeu 0 vigo @ a cor € do voltou a ventura, te7= lll € hoje por cruz 0 Maria Que 6 do Guz por seu fodsrio Prrosta na Mourario A Guz da agonio A Guz do Colirio . linda conta Uma congo quase morta ‘Mos 0 esteitor na gorganta ‘Owvese JS quando ela canta Fo passor € sua porta . No tarda 0 dia €m que ela siga vencida Terminaré a agonia Aarrastor na Mourario Toda a Cruz da sua vido . Pora terminor repete Melodias de Sempre a? 39 Uma casa Portuguesa A. Fonsaca / R. Ferreira / V. M. Sequeira ‘Quando & por-ta hy-mil-de - men-te bo-te ol-guém Do’ ie. eae Fi-ca bem es-sa fran - que-za, fi-co bem, Sol7 ee et fo-sos num jor - dim Um S. Jo-s6 de 0-20 -le - jo So-b um sol de Pri-ma- ze ram LORD. AGORIO AT /FEH sm Som /Réb a t Pe f—- pea oe Ff Se ve - fo U-ma pro-mes-so de bei - jos Dois bra-gos & mi-nho es- 30 Melodias de Sempre n° 39 vorellllosre All eare hose a a Numa casa Portuguesa fica bem G0 € vinho sobre a mesa. ‘Quando porta humildemente bate alguém, Sento-se & mesa com a gente. Fica bem essa franquezo fica bem, ‘Que © pove nunca desmente A ceria da pobreza €sté nesta grande riqueza De dar e ficar contente . Retro ‘Quotto poredes caiadas Um cheirinho 0 olecrim Um cacho de vas doiradas Duos roses num jordin Um S. José de azulejo Sob um sol de Primavera Uma promessa de beijos Dois brosos & minha espera € uma casa Portuguesa, com certezol FT sine Snel Fem LETH Fes HTH Sol7= THTH Solm= UHH Sitom: No conforto pobrezinho do meu lar H6 fostura de corinho, Acattina do Janela e 0 Ivor Mais 0 sol, que gosta dela ... Basta pouco, poucochinho pita olegror Ume existéncia singela € 56 amor po e vinho € um caldo verde, verdinho fifumegor na tigeto. Refrdo Melodias de Sempre 1° 39 31 Valentim Popular Adeus cosa de meu Pal Adeus largo do quinteiro ‘Quero o Valenti oloré lord Quero 0 Valentim olaré lord meu bem. Adeus mocidade nova Adeus tempo de solteiro ‘Quero 0 Valentim olaré lord Quero 0 Valentim oloré laré meu bem. No tempo das desfolhadas U6 na aldeia era um regalo ‘Quero 0 Volentim oloré loré Quero o Valentim olaré meu bem. ra 0 tempo em que eu chegava Acasa a0 cantar do galo Quero 0 Valentim olaré lord Quero 0 Valentim olaré meu bem. Adeus casa de meu Poi deus quarto da palhada Quero 0 Valenti oloré lord Quero © Valentim olaré meu bem 0 a coma onde eu dormia. ro chegar de madrugada ‘Quero 0 Valentim olaré lord Quero © Volentim olaré meu bem. 32 Adeus pau de marmeleiro Se ele falosse dizia Quero 0 Valentim olaré lord Quero 0 Valentim oloré mev bem. fs pancadas que me dev Quondo eu chegava co ser dio Quero © Valentim olaré laré Quero © Volentim oloré meu bem. deus também a0 meu Pal Adeus vida de solteiro ‘Quero 0 Volentim olaré lard Quero 0 Volentim olaré meu bem. Agora é que eu reconheco O valor do mormeleiro Quero © Volentim olaré laré Quero © Valentim oloré meu bem. ‘Melodias de Sempre n° 39 Valentim Popular T° de Chula A - deus ca-sa de meu Poi A. deus lar-go do quin- tel-ro Que-fo 0 Va-len- tim o-la-15 lo-16 Que-ro 0 Vo-len- 67=HIH some th Melodias de Sempre 1? 39 33 Vou dar de beber 4 dor Alberto Jones Fol no Domingo passodo que possel A cosa onde vivia a Mariquinhas Mas 'sté tudo to mudado ‘Que néo vi em nenhum lado fs tois janelas que tinhom tobuinhas. Do rés-do-chéo ao telhado Nao vi nado, nada, nada Que pudesse recordar-me 0 Mariquinhas € hd um vidro pregado e azulado ‘Onde havia as tabuinhos. Entrei e onde era a sala agora esté A secretéria um sujeito que é lingrinhas Eno vi colchas com barra, Nem viola, nem guitarra, Nem espreitadelas furtivas dos vizinhas © tempo covou a garra Na alma doquela casa Onde ds vezes pesticavamos sordinhos Quondo em noltes de guitarra e de forra Estava olegre 0 Moriquinhos. fs jonelos, téo gamridas que ficavom Com cortinados de chita &s pintinhos, Perderam de todo 0 graga Porque & hoje uma vidraga Com cercadura de lata &s voltinhes. E lé p'ra dentro quem possa Hoje ¢ pra ir 00s penhores Entzegor 00 usurério umes coisinhas, Ghegou a esta desgroga toda a graga Da casa do Moriquinhas. P’ro terem Feito da casa 0 que fizerom ‘Melhor fora que mandossem p'rés alminhos Pols ser casa de penhores © que foi viveiro d'omores E ideia que néo cabe c6 nas minhos. Recordagées do color E nas saudades dos beljos ‘Que vou procurar esquecer numas ginginhas Pols dor de beber & dor, é 0 melhor J6 dizia 0 Moriquinhos. ‘Melodias de Sempre n° 39 Vou dar de beber 4 dor filberto Jones Fado ‘SolM by ele seip pet fn <3 een At SolM pli Ret tle (Ee a meh Pat (== a do Que pas-sei Rem Al ca-sa on-de vi- Eat a vi-a A Mo-ri-qui- nhos Mos eats tu-do Wo my - da-do Gun alo, vam na-chum Woppot ay = FEES a = jag SS tha-do N6o vi ne-do, na-do, na-da Que pu-des-se re-cor - dor-me @ Ma-1i-qul- hos REM. mae ed ane corclll ‘Melodias de Sempre n° 39 35 Disse-te adeus . . . e mori! Alberto Janes Fado Slow Lam ‘SolM Mim si7 36 Melodias de Sempre n° 39 Mi7 Lém & teniphee af tr db pide ee Pols no ou - sén-cio que del - x05 - te Meu o-mor co-mo fi- Mim le pp = = ah === Mev a = ~mor co - mo de - mo - ras, vote ae Haare Uae ff wane some i smell cae Bs. HH a a8 Disse-te adeus @ morri € 0 cais vazio de ti Aeeitou noves marés. Gritos de bizios perdidos Rouboram dos meus sentidos Agoivota que tu és. € acorda & noite a chorar. Gaivota que néo faz ninho Porque perdeu 0 cominho ‘Onde oprendeu a sonhar. Preso no ventre do mar O meu triste respiror Sofre a invengd0 dos horas Pois na auséncia que deixaste, Mev amor, como ficaste, Meu amor, como demoras. ‘Melodias de Semore n° 39 37 Novo Fado da Severa (Rua do Capeléo) Frederico de Freitas / Jillo Dantas © 110 do Capeléo Juncoda de rosmaninho «ls ‘Seo meu omor vier cedinho Eu bello as pedtas do chéo Que ele pisor no cominho Bis Tenho 0 destino marcodo Desde ahoraem que te vi Bis ‘© mey cigano adorado Viver abragada a0 fade, Bis Morrer obrasodo «til. [nstrumental] Morrer obrasade < til. 38 Melodias de Sempre 1° 39 Novo fado da Severa (Rua do Capeléo) Frederico de Freitas - Julio Dantas deco Mi7 Lam ms. Re7= ‘Melodias de Sempre a? 39 Hd festa na Mouraria Antonio Amargo / Alfredo Duarte "Marceneiro* H6 festa na Mouraria. E dia da procisséo Da Senhora da Saide. Fté 0 Rosa Maria. Da rua do Capeléo Parece que tem virtude. Colchas ricas nas jonelas, Pétalas soltas no chao, flmos crentes, povo rude. Finda a fé pelos vielas, E dia de procisséo Da Senhora da Sade, Ads um curto rumor, Profundo silencio peso Por sobre o Largo do Guia. Passa a Virgem no andor Tudo se ajoetha e reza Pté « Rosa Mario. Como que petrificada m Fervorosa oragéo € tal a sua atitude, ‘Que 0 rosa jé desfolhada. Da Rua do Copeléo Porece que tem virtude. 40 Melodios de Sempre n° 39° Hd festa na Mouraria Anténio Amargo / Alfredo Duarte "Marceneiro" Fado DoM= HTH Sot7= Ht Melodias de Sempre a? 39 al Tirana Populor A remendor a joqueta Ai eu j6 vi estor 0 Tirana Arremendor 0 joqueta Com um pedaco de cortiga Julgando que era boeta. All Tirana, 6 ai Tirana O Tirana de monte agreste Pde ao sol que te ndo queime Ai d lua que te ndo preste. Al Tirana, 6 Tirana, 6 Tirana, 6 Tirana, 6 Tirana, Ali Tirana, al Tirana, 6 Tirana, 6 Tirana, 6 Tirana. {Instrumental} Enterrou-se na loreira Alo Tirana morey ontem. Enterrou-se na loreira Deixou uma mao de fora Al pita acenor & cozinheira. Ai Tirana, 6 ai Tirana, Tirana, linda Tiraninho Néo chores que te faz feia Al Tirana tao bonitinha. Al Tirano, 6 Tirana, 6 Tirano, 6 Tirana, 6 Tirana, Al Tirana, ai Tirana, 6 Tirana, 6 Tirana, 6 Tirana. 42 ‘Melodias de Sempre n? 39 Fadinho da Tia Maria Benta Popular Fado Néo olhes = p'ta.— mim ido © co-ma-dre Mo-ria Benta Seu ga -ro-toes-ta me - thor © mol ndo € to forte Que o fa-ga es-tor 44 Melodias de Sempre n° 39 © co-ma-dre Ma-ria ga-ro-to es-th me - Ihor O mal ndo € tdo Fam — a dee eo i* . forte Que o fo-ca es-tor plor. © co-ma-ce Ma-tia por. hl 672 [ttl ram Itt Néo olhes p’ta mim no olhes Reftéo Bis ‘Que eu ndo sou o tev amor Bis €y no sou como a Figueira fis ondas do teu cabelo Que dé fruto sem flor. Bis S60 loltas e perfumadas Bis ‘S60 redes a quem se prendem Reftéo Bis As olmas opaixonodos. is © comadre Maria Bento Seu goroto esté melhor Refréo Bis (© mal néo 6 téo forte Que © fasa estor por. O olhos azuis claros Contrérios 00 meu viver Bis Que gosto tens tu amor €m me ver a padecer. Bis Refido Bis Tenho dentro do meu pelto Chegadinho 00 coracGo Bis Duas polovras que dizem Amor sim, detxor-te ndo. Bis Melodias de Sempre n° 39 45 Fado Amalia José Galhardo Amélia, Quis Deus que fosse o meu nome! Amélial €acho-the um jeito engragado, Bem nosso e popular, Quando 01,0 alguém gritar! *Pélial Canta-me 0 fado!* Amdlia... Esta palavra ensinou-me, Amdlio, Tu tens na vida que amart S60 ordens do Senhor, € "Amélia sem amor Nao ligal Tens de gostor € até moner Amar 6 padecer, Amélial Chora a cantar! Amétiol Disse-me alguém com ternura, Amélial Da mais bonita maneiral eu, toda doracéo, Julguei ouvir entéo, *Pméilia'l Pla primeira vez! -fienélio Andas agora & procura, Amélio, D'aguele amor, mas sem fél «-Allguém j6 m’o tirou; Alguém 0 encontrou Na rua co’ outra oo , a quem fala de 6 responde asi “Pdlio? N6o sei quem é..." 46 ‘Melodias de Sempre n° 39 Fado Amalia Frederico Valério Fado tee to Bee SS =r a = = *A-mé-lio* e%0-cho-Ihe um jei-to engro- De7= tit Re7= A Fém= ltl soiM= Molodias de Sempre a? 39 47

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