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‘SENADO FEDERAL MESA (Bienio 1989/1990) DES - Depto. Di Estade i a Presidente. 2 Secretério NELSON CARNEIRO DIVALDO SURUAGY 3 Secretario 1" Vice-Presidente POMPEU DE SOUSA IRAM SARAIVA, i 4 Secretario LOUREMBERG NUNES ROCHA 2: Vice-Presidente ALEXANDRE COSTA Suplentes de Secretério : NABOR JUNIOR AUREO MELLO 1° Secretério ANTONIO LUIZ MAYA ’ MENDES CANALE LAVOISIER MAIA Departamento de Direito.do Estado co'oqy Facitdade de Diteito da Universidade de Sdo Paulo REVISTA DE INFORMAGAO LEGISLATIVA 26m, 102 abril/junho 1968 * Publleagao trimestrel da Subsecretaria de Edig6es Técnicas do Senado Feders! Fundadoree: ‘Senedor AURO MOURA ANDRADE Prosidonte do Senado Federal (1961-1967) Dr. ISAAC BROWN, Secretério-Geral da Presidéncia {do Sonado Fedoral (1946-1987) LEYLA CASTELLO BRANCO RANGEL Diretora da R. Int. Legis. (1964-1988) —— ee, Diropto: ANNA MARIA VILLELA, i ee ‘Chote de Redagto: RO HELVECIO BOMTEMPO Chote de Disgramaciio o Ravisso: OKO EVANGELISTA BELEN Capa de GAETANO RE ‘Composigéo @ Impressio: Centro Grético do Senado Federa 8 \BppiReUSP ay Bo 8 ‘Toda correspondBncla deve ser diriglda & Subsecretatla de Eclgbes Técnicas — Sonado Federal —~ Anexo 1 —~ Telefons: 228-4897 — 70160" Brasilia — DF 102 26 | abr/iun. 1989 ‘supra, medidnte a institiigo, pelo Decreto n° 84.128;de 29-10-1979, de ‘um subsistema no ‘Sistema dé Planejamento Federal, centralizado na Secre- taria de Controle das: Empresas'Estatais — SEST, ¢ que-abrange;. 0 lado ‘das empresas pablicas.e sociedades de economia mista, as ‘subsididrias.e todas. as’ empresas: controlailas, ‘direta ou indiretamente, pela Unido, etia- das: semi -prévia ‘e -especifica ‘autorizagéo legislativa (art. 2°, inc! 1). A par desse controle, o Poder Executivo expede, para tais sociedades, ‘uma série de instrugdes a screm implementadas de acordo com o regime so- etic comura, como as constantes dos exemplos a seguir comentados. As sim 6 que, para Og tonselhtires filcais °c’ representantes da Unido nas “enti- ades controladas dizeta ou indiretamente pelo Tesouro Nacional”, foi bai- He ‘Pela Instrupio, Normativa STN/MF, de 26-2-1987 ('), 0 “Manual de ‘Qrlentagio” para, a atuacso dos referidos agentes. Preservado, como sa- ienta,0,seu Capitulo 1, 0 regime normativo da Lei n? 6404, 0 mencio- ato flocpmento, visa, “através do’ ordenamento e da sistematizagéo, orge- Rizar, tos. basicos.de trabalho, capazes de esclarecer ¢ orientar os bios, fiscais no cumprimento do sues atribuigdes (...) e facifitar a aluaglo, de foros os conselhelros fiscais represetantes do Tesouro, dando- Thes uma linha uniforme e padronizada de trabalho” (item 1.6). ~ Determinedas instrugées so expedidas para receberem implementagdo através:tl reforma-estatutéria, pela assembléia geral extreordingtia de acio- nistas; como € o caso das constantes do art. 5.* do Decreto n° 97.161, de Srdeiderembronde 1988, verbis: “as entidades de que trata.o dt. 1° (entre ‘asaquals‘se"incluem as ‘controladas ‘direte ow-indiretamente pela Unido’), ‘no’ prazo de 60 dias, procederdo as necessétias alterag6es dos seus esta. tifa Him'de que: os Srgios de ‘auditoria intetna passem a vincular-se, iretamente, ‘aos presidentes dos respéctivos Conselhos de Administragéo Sif SxgH0 éaquvalente (-.:)". 6 o caso, igualmente, do Decreto n.* 97.460, -d8 15 de janeiro’ dé’1989, que limitoi a seis 0 niimer® méximo de cargos {ig ebtiselho de administragio e na diretoria, ¢ a trés of do consctho fiscal, “‘iéisalvédo 0 caso da existéncia de representantes dos acionistas minori- ¢ preferenciais” (art. 1.9. O pardgrafo tinico desse artigo estabelece ‘4 asembléia ‘eral deverd aprovar as alteragées estatutérias neces- sérias a0 cumptiimento do disposto neste Decreto”, »Por derradeiro, cabe reiterar que, além da ‘orientacao, controle ¢ fis- fallzgedo da gostia. das refcridas.espécies societirias, pelo Poder Executi- Yo, estio elas sujeitas & obrigagao de prester contas ao Tribunal de Com fas, nos termos da Lei n° 6,223, de 14-7-1975, com a redagio dada Pela Lei n° 6.525, de 11-4-1978.. (45) Publicada no Diério Oficial da Unio, de 6-8-1001, pp, 9.169-3.161 As macroperspectivas do Direito Minerdrio a partir da nova Constituicao Nexsow pe F. Russo Secretérlo de Inds, Comérclo ¢ Minera- fo do Estado co Pard, Professor ‘Titular (oposentado) ds Universidade Federal do Pard, Ex-hinistry de Estado da Reforma © Go Desenvolvimento Agrétio Em varios setores das atividades econémicas e sociais, a nova Cons- tituigao interveio ¢ adotou uma orientagSo normativa, no apenas esirutu- ral, Foi aléma. Procurou oferecer respostas aos problemas conjunturais em que esses setores tim sido envolvidos. Assim ocorreu com a questio mine- tal. O legislador constituinte compreendeu a suz relevancia estratégica ¢ conjuntural © por isso procurou ser mais minudznte, incluindo na Cons- tituigfo Angulos novos que.ndo foram tratados pelas Constituigdes ante- Estudo apresentado no XXV Congresso Brasileiro de Geologla e no VIE Con- leeso Latino-Amerieano de Geologia, reallzedes no periodo de 6 a 13 de novembro de 1888, em Belém do Pars, cy Ro Inf. legitl. Broslia a, 26», 102 ebr/jun. 1909 be R. Inf. legisl, Bresifia 9, 26m, 102 abr jun, 1909 @ riores. Dessa forma, permeot o texto constitucional, em quase todos os seus titulos, de normas de direito minerério que em seu conjunto formam tum atcabougo amplo, verdadeira matriz de um campo do direito brasi- Ieiro que passarg, sem ckivida, sob a égide da Carta Magna, a ter grande importineia ¢ larga aplicagio. 2. Este estudo tenta oferecer uma visfo sistemética dos grandes éngulos (ou perspectives que o direito minerério brasileiro assumiu na nova Cons- tituigo, Trata-se de uma abordagem de real significado, porque essas pers- pectivas, na aplicagao ou regulamentag8o da norma constitucional, funcio- nario como verdadeiros parimetros que nortearfo o equacionamento das 3. seguintes perspectivas nortearam a concep¢io politica e filos6fica do legis- lador constituinte na elaboragéo ‘da. nova, Carta Magna; sa)perspedtivd na- cionalista, 2 perspectiva estadualizante, a perspectiva socializante, © a pers pectiva ambientalista. A primeira de alguma forma jé se fez presente no direito minerério brasileiro, embora nem sempre a nivel constitucional, As demais so abordagens novas, algumas das quais foram apenas tangencie- das pela legislago mineréria. 1, A peiipectiva nacionalista 4," sea “perspectiva. se, fez manifestar em primeiro lugar na definigio da propriedade, do subjolo, quando no art. 20, inciso IX, defini, como Gade ‘Unigo,,"'0s xecursos minerais, inclusive os do subsolo”. A redagio Caracteriza-se pela especificidade, tehtando prevenir a ocorréncia de quais- ‘quer davidas quanto A propriedade dos bens minerais. Essa especificidade foi mais ostensiva no art. 176, quando estabeleceu a regra de que “as jazi- das, em lavra ou nao, e demais recursos minerais e os potenciais de ener gia hidréulice constituem propriedade distinta da do solo para efeito de explorago ou aproveitamento, e pertencem 2 Unido, garantida 0 conces- sionério a propriedade do produto da lavra” (grifos do autor). A norma nstjtucional aqui.€ mais explicita, pois manteve, como propriedade da Unigo, “as, jazidas mesmo cm lavra, earactorizando-es como propriedade tinfa, da do solo, Ao concessionério da exploragéo da jazida gerantiu & propriedade do produto da lavra, o que, sem diivida alguma, € um dos aVangos” tnais importantes da politica mineral brasileita. Foi: supersdo, ess 'laneita, o ‘questioriamento,rio sentido de aplicar aos bens ininerais G'fegime dé'res" iuilliug que as’ Constituigdes"de 1934 e 37’ haviaim prevo- riizaido:” Reesabiéee, assim, ‘a’ Constitiedo que os’ recursos thinerais sfo ‘bens econémicas que pertencem A sociedade como um todo. Por isso mes- mo, nfo podem ser tratados como propriedade daquele que os descobrir, no seu. exclusivo, interesse. particular, pois, seria uma violencia contra o {nteresse social que é inerente & nattireza desses bens. pe ae cis ©» Angulo mais, polemigo; entretanto,,.da,,questfo mineral, ¢ujadefix nicdo;ieonstitucional crefletin 4.perspectiva nacionalista, foi, fora-de,qual- quiet: dévide,:a:idefinigéo: normativa prevista, no-8 4.2, do artigo-176,.in serbiste9 O1. : “ea in vec MATE we § 1° — A pesquisa ¢ a lavra de recursos minerais ¢ 0 apro- vyoitamento dos potenciais a que se refere o caput desse artigo ‘Soménte poderdo ‘ser efetuados: mediante autorizagio ou conces: so da Unigo, no interesse nacional; por brasileiros ou empresa Brasileira de capital’ nacional, na forma da-lei, que estabelecerd ‘asicondigdes quando essas atividades'se desenvolverem-em faixas ‘de fronteita ou terras indigenas” (grifos do autor): =» 6; “Foi-a grande opgio feita pelo Jegislador constituinte nesse setor: Pii- meito, eétdbeloceu a ‘regra de ‘quea ‘exploragio mineral soments poderd ser feita'no Interesse ‘nacional, excluindo; dessa forma, ‘0 atendimento. 0 ititeresse alienfgena'e colocando o interesse particular, obrigatoriimente, na ‘perépectival dos interesses da Nago como um todo.'Além disso, naciona- Jizow: a exploragio dos bens minerais quando a definiu como privilégio de Drasileiros, ow de empresas brasileias de capital nacional. O conceito des- tas fot definido no artigo 171, inciso II, quando estabelece que elas de- vem ter o controle efetivo © permanente de pessoas fisicas domiciliadas Eresidentes no Pafs. Além disso, caricterizou,'como controle efetivo desse tipo, de'empresa, aquele que ¢ exereido pelo capital votante-e que, adeinais, fem o exetvicio, de fato © de diteito, do” poder decis6rio' para a gesto do Seu desempenho: Com isso: Constituigfo e¥itou (Srimulas de contorno da erspectiva nacionalista. A presenga do cepital estrangeiro’¢ admitida na ‘exploragdo ‘mineral, através de empresas nas gusis no tenha o controle fajotitério do processo decisério, 7S B intereséaivte frisar que a orientabio nacionalista, adotada pelo Jegis- lador constituinte, 20 tem wim contedido xendfobo, 0 que & evidenciado através do duas diretrizes consignadas nes Disposges Transitérias. A pri- theira, quando admitiu que a, nacionalizagio da exploracio mineral, pre- eonizada no § 1° do art. 176, farse-é no piazo de quatro anos, dindo dissin inleietiva piivada 6 tempo noceseério para que essa nacionalizagio fe realize sem traumas para a economia nacionel — art. 44, caput, das Disposigdes Transit6rias. : 8. Esse tom cauteloso da nova ordem constituclonal na questo mineral tornouse mais evidente, ainda, na diretriz constante do § 1.°-do art. 44 das Disposigdes Transitérias. Af, o constituinte estabeleceu uma norma de politica econdmica do mais alto significado para a conjuntura ‘nacional, ‘quando excetuou, da nacionalizagao prevista no § 1.° do art. 176,,as empre- sas brasilciras que, no prazo de quatro anos, “‘tenham o produto dé sua lavra'e beneficiamento destinado & industrializacio no territétio nacional, ro Raf, legis. Brasilia @. 26», 102 abr/jun. 1969 Rf, lapis. Grosila «26m, 102 br /jun. 1989

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