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energia potencial acumulada nas fibras elásticas rompe o sistema de forças a
favor da retração pulmonar e um fluxo de ar para fora é criado (expiração). 1,3
1.A.a. Inspiratórios
O mais importante neste grupo é o diafragma (responsável por cerca de
70% do trabalho, único funcionante durante o repouso absoluto, sono não
REM), formando uma cúpula (abóbada) que separa o tórax do conteúdo
abdominal. À sua contração o conteúdo abdominal é forçado para baixo e para
fora, aumentando a dimensão do tórax. Ao passo que os arcos costais são
elevados aumentando por conseguinte o diâmetro transversal do tórax. 4
Osintercostais externos conectam costelas adjacentes e se inclinam
para baixo e para frente, tracionando as costelas para cima e para frente,
4
também aumentam ambos diâmetros do tórax.
Os acessórios da respiração incluem: Escalenos (elevando as 2
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primeiras costelas) e esternocleidomatoídeos (elevando o esterno).
1.A.b. Expiratórios
O movimento de retração torácica e pulmonar é passivo no indivíduo em
repouso, portanto não existe ação muscular mensurável. O trabalho muscular é
acionado apenas durante esfor ço respiratório, como no exercício físico, por
exemplo. Estes músculos incluem: abdômen (reto, oblíquos e transverso e tem
por objetivo diminuir intensamente o diâmetro da caixa torácica a fim de retrair
os pulmões, à contração dos abdominais segue -se aumento da pressão intra -
abdominal, tracionando os órgãos da cavidade em direção ao diafragma e por
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conseguinte os pulmões, causando esvaziamento do mesmo.
Para fins de mensuração de fluxo (noções do trabalho muscular e
capacidade pulmonar), tem-se:1,4
ÿ Volume Corrente: 500 ml de gás em fluxo respiratório de repouso
(entrada e saída)
ÿ Volume de Reserva Inspiratória: 3 litros, que podem ser inspirados além
da capacidade de volume corrente para uma inspiração forçada.
ÿ Volume de Reserva Expiratória: 1,1 litros que pode ser exalado ao final
da expiração além do volume corrente, para uma expiração forçada.
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ÿ Volume residual: 1,2 litros, que fica retesado dentro dos pulmões mesmo
após a expiração mais vigorosa. Necessário para evitar o colabamento
das áreas pulmonares e manutenção da pressão alveolar, girando em
torno de 2 atm.
1.B.a. Complacência
Caracterizada pela mudança de volume por unidade de alteração de
pressão. Na pressão de expansão de -5 a -10 cm de água (faixa normal), o
pulmão é muito complacente. Entretanto sob altas pressões o pulmão se torna
rígido (menos elástico) e portanto, sua compla cência fica menor. 4
*Esta condição fica muito clara em pacientes com doença pulmonar obstrutiva,
tendo-se por um bom exemplo pacientes com Enfisema Pulmonar.
1.B.c.Auto-PEEP
Tem a função de evitar o colapso alveolar e a diminuição do volume
pulmonar.
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Para conseguir uma ventilação normal, o trabalho deve vencer as forças
de fricção (resistência viscosa de via aérea e tecido) e elástica dos pulmões e
parede torácica. É definido pelo produto de pressão transpulmonar e o volume
corrente. Se houver um aumento na resistência das vias aéreas ou diminuição
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da complacência pulmonar, há necessidade de uma pressão transpulmonar
maior para atingir determinado volume corrente, resultando em um maior
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trabalho respiratório.
O custo metabólico do trabalho respiratório em repouso constitui -se de 1
a 3% do total consumo de oxigênio em um indivíduo saudável. EM p acientes
com pneumopatias esse custo pode ser elevado a 50%. 3
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elevado, o que faz com que o CO 2 se difunda para os capilares dos tecidos. Da
mesma forma o CO 2 difunde-se do sangue para os alvéolos porque a PCO 2 do
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sangue capilar pulmonar é superior à dos alvéolos.
Basicamente o transporte de O2 e CO2 pelo sangue depende da difusão
gasosa e da circulação sanguínea.
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A pressão parcial de O 2 no ar alveolar (PaO 2) é em média de 104mmHg,
ao passo que a pressão parcial de O 2 no sangue venoso misto (PvO2) que
chega aos capilares pulmonares é, em média, de apenas 40 mmHg, pois uma
grande parte de O 2 é removida do sangue à medida que e le passa pelos
tecidos periféricos. Assim sendo, a diferença das pressões que inicialmente é
responsável pela difusão do O 2 para dentro dos capilares pulmonares é de 104
± 40 = 64 mmHg. O Oxigênio difunde do ar alveolar para o sangue porque o
sangue venoso que flui pelos pulmões tem uma PO 2 inferior à do ar alveolar e
essa difusão do oxigênio para o sangue venoso converte -o em sangue arterial.
A PO2 se torna praticamente idêntica à do ar alveolar no momento em que o
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sangue acaba de percorrer a primeira terç a parte do comprimento capilar.
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Assim, em cada ponto da cadeia de transporte de gases, o CO 2 difunde-
se em sentido exatamente oposto ao O 2 Contudo, existe uma importante
diferença entre a difusão de CO 2 e a difusão de O 2: A velocidade 20 vezes
maior da difusão de CO 2. Assim uma pequena diferença de apenas 5 mmHg é
responsável por toda a difusão de CO 2.1
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Cerca de 97% do O 2 transportado dos pulmões para os tecidos são
carreados em combinação química com a Hemoglobina existente nas
hemácias. Os 3% restantes são carreados sob a forma de oxigênio dissolvido
na água do plasma e das células. Assim, em condições normais, o O 2 é levado
1
aos tecidos quase inteiramente pela hemoglobina.
A quantidade de oxigênio que o sangue é capaz de transportar depende
da:
ÿ Quantidade de hemoglobina nos eritrócitos
ÿ Número de eritrócitos
ÿ Quantidade de dióxido de c arbono transportada pelo sangue
Hemoglobinas permitem o transporte de 30 a 100 vezes mais oxigênio do
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que seria transportado apenas sob a forma de oxigênio dissolvido no plasma.
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A molécula de oxigênio combina-se de modo frouxo e reversível com a
porção heme da hemoglobina, para formar oxiemoglobina: O 2 + Hb % HbO2.
Sabe-se que 0,003ml de O 2 será dissolvido em cada 100 ml de sangue/ mmHg
PO. A quantidade máxima de O 2 que pode ser combinada com Hb é chamada
capacidade de O 2. Um grama de Hb pura é capaz de combinar -se com 1,39 ml
e O2, e como o sangue normal possui cerca de 15g de Hb/100ml a capacidade
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de O2 é de cerca de 20,8 ml de O 2/100ml de sangue.
A saturação de O2 do sangue arterial com PO 2 de 100 mmHg é cerca de
97,5%, enquanto a do sangue venoso misturado com uma PO 2 de 40mmHg é
de cerca de 75%. 1
ÿ A afinidade da Hb por O 2 esta diminuída em algumas condições:
ÿ Aumento da concentração de H + (acidez)
ÿ Aumento da PCO 2
ÿ Aumento da temperatura
Alterações opostas contribuem para a maior afinidade de Hb com um O 2.
Um modo simples de lembrar esses desvios na afinidade é que um musculo
exercitando-se é ácido, hipercárbico e quente e ele de beneficia com o
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descarregamento de oxigênio em seus capilares.
O equilíbrio ácido-base é um dos fatores fundamentais para que o processo
de transporte do oxigênio seja efetuado de maneira satisfatória .4
O monóxido de carbono interfere com a função de transporte de O 2 pro
sangue, combinando-se com a Hb para formar a carboxiemoglobina (COHb). O
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CO possui cerca de 250 vezes mais afinidade pela Hb do que o O 2. Por resta
razão pequenas quantidades de CO podem capturar uma grande proporção de
Hb no sangue, assim tornando -a indisponível para transp ortar oxigênio. A
presença de COHb interfere com o descarregamento de O 2, reduzindo-o, e
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essa é uma característica adicional da toxicidade do monóxido de carbono.
Pelo fato da PO2 dos tecidos ser inferior à do sangue arterial, o oxigênio
difunde-se do sangue para os tecidos. A saída de O 2 e entrada de CO 2
transforma o sangue arterial em venoso.
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O transporte de dióxido de carbono no s angue é mais simples do que o
transporte de oxigênio, pois mesmo nas condições mais anômalas, o sangue
consegue transportar quantidades de CO2 muito superiores às de O 2.1O dióxido
de carbono, como o oxigênio também se combina com substâncias químicas
no sangue, o que aumenta seu transporte em 15 a 20 vezes. 1
Pode ser transportado pelo sangue sob 3 formas diferentes:
ÿ Sob a forma de gás dissolvido (7% do total)
ÿ Sob a forma de íons bicarbonato (correspondendo a 70% do total)
ÿ Ligado a Hb (correspondendo a 23% do total)
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