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A criacgao do ser humano através da imaginacio intRopuGAO No contexto da cultura visual moderna, as imagens assumiram tum novo significado, Através dos meios de comunicagio de massa, elas penetraram todos os campos efacetas da vida humana epassaram a exercer sua influéncia em todos os lugares. Com a difusio da cultura visual, a percepgio de que as imagens desempenham um papel central para qualquer compreensio da modernidade tornou-se inevitavel. Assim, um novo tipo de atengio tem sido dedicada as imagens na esteira da “virada pictérica" dos estudos culturais. A 4questio central — © que é uma imagem? — devem ser somadas ‘outras nao menos importantes. Como as imagens sio usadas? © {que fazemos com as imagens? O que as imagens fazem com a gente? Faz até mesmo sentido falar da imagem? (Boehm 1994; Schafer ¢ Wulf 1999; Gro®klaus 2004; Maar e Burda 2004; Sachs-Hombach 2005; Wulf e Zisfas 2005; Hippauf e Wulf 2006). Nao seria mais sensato diferencia entee tipos dstintos de imagens? Surge a questio, por exemplo, se as imagens digitas ainda so imagens nas 4 justaposigio da presenca e da representagio desempenha qualquer papel. Imagens digitais nio estio, em nenhuma medida, baseadas ‘em impressdes cas: digitale Bilder sind ki pee tveis, Em todas as di ugar aol d ing en \smitindo informagdes tanda, por assim dizer, que est ue no podem ser reduridas a palavras, Em outras palavas, as or em si mesmas, um valor para 0 qual nio imagens tém um ha substitute, No campo da cultura ¢ da cigncia, esse traido A tona na estera da “vrada pictéricas Qual significado antropoldgico reside na capacidade de produzir imagens? Como -lase reconsttu-las? Qual ¢ o seu significado para a filogenéticae ontogeneticat ‘Meu ponto de partida para essas deliberagBes & que o poder da io & parte integrante da conditio humana, a condigio hu- ‘logenético ou ontoge aproximagio, podemos descrever a imaginagdo como uma poténcia ‘que fazo mundo aparecer ao homem, no sentido do grego phainestai> Duas faceta dessa conceituaizacio precisam ser distinguidas. Por ‘um lado, “fazer aparecer” implica que o mundo aparece ao homem ¢ percebido de maneira cicunscrita pelas condigoes do ser bumano. Por outro lado, “fazer aparecer” significa conceber 0 mundo através de imagens mentaise crié-lo em conformiade formal. Imaginasio, € aenergia que liga o homem ao mundo e vice-versa, Ela (cf. Iser 1991; Zidek 1997) oua linguagem, HOMINIZAGAO E IMAGINAGRO Sabemos pouco sobre as origens da fantasia. Seus primeros js datar de muito tempo atris. Sem divida, ela ests intima- (© Homo erectus fica em pé, libertando as maos. A interagio entre 0 crescimento do cérebro, a liberdade das mios, o desenvolvimento do crinio anterior eda linguagem provoca uma complexidade crescente ce caracteristicamente humana na qual a fantasia ven desempenhar ‘um papel central. Nao & apenas o simples aumento no tamanho (um aumento de um fator de 3 em relagio ao peso corpor do Australopithecus, para 4 no Homo erectus e para 72 no Homo sapiens), mas, sobretudo,(a qualidade da interconexio neural que impulsiona o crescente poder da fantasia. O desenvolvimento do cérebro é parte de uma série de outrasalteragd a mudanga de hibito e a crescente ‘came como consequéncia da caga, 0 uso do fogo ¢0 desenvo gradual da inguagem e da cultura sio de fundamental importincis. A 10 pode ser concebida co tidimensional dirigida & interagio de genéticos, Jturais, em um contexto no qual também surge ical, imento LIMAGINAGRO E apy, + uma fcuade que assume LM Pabel fundamen reato do homem. Pods Ver a imaging ree cancberiagens e 2¢20 NO Proces9 py Y ie Ge notureza & transformado em um al um pedago w scetcament concedid ocessouma peda we etaada de modo que toma.a forma de um inst 1 cetas fung8es €, a0 mesmo tempo, resp é seecionada de acordo com umainy, gemme serseos emo nas ravaras de oso de Bilzingsleben na Turing sarade yoo mil anos tris. Alguns interpetes descobriram a forma Ge ars nesses desenos, enquanto outros se limitaram a ver a mente snasindecifives, ih earuetas de animais e homens feitas cerca de 35 mil anos airs nos vales do Reno ¢ do Dandibio anunciam uma nova fase na produc e confeccio de imagens. las marcam a emergéncia do om pctor,o homem das imagens. SE aE pre nT iberes ceed Epocy cool das quase que exclusivamente na Europae maravilhosamenteelabors- das no sul da Franga, Seaceitamos a interpretagio de Leroi-Gouthen, essaare prec se destacat de uma escrita real e seguir uma trajetéra «ue parte do abstrato, levando aos mods de representagdo da forma «do movimento, a fim dese fundir com o realismo em sua trjet ‘i ial, Fnalmente desaparecer completamente” (Leroi-Gourhan 1964: 268) O que podemos afirmar com certeza, contudo, é que os tnd se cotenporineosperebiam de modo muito fet 1e modo como percebemos hoe ee Perspectiva nossa capacidade de entendimento muimirs ups nosasdeliberages se referem meted Won sole ae izagio de antropologia historica (Will atoms Po relacionat a istoicdade e aimee A historicidade e imersio cultural de seus D5" A ERIAGAO DO SER HUMANO ATRAVES DA IMAGINAGAO 1" vadores € vice-versa. Somente desse modo podem ser definidos ‘os fundamentos desses trabalhos que abarcam a propria historic dade como elemento con: vo de seu entendimento, Como esas imagens foram percebidas? im pereebidas como criaturas wivas? Ser que a presenga de animais na imagem torna possvel criar mentalmente a presenga de animais ausents? Nés no sabernos Para o observador de hoje, essas imagens tornam algo presente Jas apresentam animais ¢ formas ausentes € representagdo através do ato de apontar, de exibi, através de um gesto dético que entendemos apenas de forma muito insatisfatia ‘As imagens rupestres permitem, pela repetigio, a reanimagio eas {ntensificam a percepgio. Vemos imagens como imagens ¢ as coisas representadas nelas como objetos de representagdo icdnica ‘Ao mesmo tempo, vemos a referéncia que elas fazer a umm mundo fora das imagens. © que vemos como uma imagem se refere a um exterior que estérelacionado com o que é representado, Algumas wezes essa rela & migica,algumas vezes é de semelhanga,outras de casuaidade. Essa sobreposicio de diferentes imagens em nossa pereepgio é a consequéncia do poder da imaginacio. | Somente 0 poder da imaginacio torna o nosso olhar sobre as imagens possvel ¢ permite que a8 imagens retornem para esse olha. IMAGENS DOS MORTOS E IMAGINAGAO Presentes funeréris encontrados em sepulturas do Vale de Nean der sio tragos mais nitidos do desenvolvimento da faculdade imagi- nativa:pinturas,provisdes e ferramentas nos permitem concluir que os neandertals acredtavam na vida apos a morte. Em Ferrasie, na Franga, um homem, uma mulher ¢ uma erianga foram escavados, esta tendo sido aspergida com ocre, Nacaverna deShanidar, no Curdisto, ppélen de rosas, jacintos ¢ cravos foram descobertos embaixo de cesqueletos, sugerindo que os mortos foram alojados sobre flores. esas descobertas permitem deduzir que os vivos se preacupavarn com os mortos e os consideravam ainda pertencentes a eles. Eles LIMAGINAGAO E ares, uma ideia da finitude da vig, heiam a dor € Tato cork curva compensi com 0 auno de wma cen, m_ Ohomem deneandertal ndo elaborou someny romero deias de pasado e futuro, mas t ‘ ih capcidade dos morios contnuarem a viver em um mung rte, A morte é uma fronteira que provoca a produgio ge gindrias, Isso foi tio verdadeiro nesses estigios também ideias de um imagi transcende jf gesrmovimento humano como ainda é hoje. Grande parte de jmaginiiorelgioso& resposta & transitoriedade do homem e noss, crradicago através da morte. ‘A experigncia da morte e a produgio de imagens baseadas em artefatos esto intimamente relacionadas. Isso ¢ ilustrado pelo arte fato visual de um eranio da ilha melanésia de Nova Irlanda, culto aos mortos se manifesta em uma estétua esculpida em madeira pertencent pessoa cuja memsria foi evocada no rito de morte, 0 crinio foi moldado com pasta de cera e giz e pintado com cote. Duasconchas de moluscos foram colocadas no lugar dos olhos E tipico nesse caso que “o significado atua simultaneamente com © signiicante ¢ irvta nossa expectativa normal, que pressupde ¢ Aistincia ene uma obra e seu sueito” (Boehm 2003). £ importante hola, entretanto, que 0 crinio € feito de modo a nio representar uma simples muimia, mas ¢ antes transportado para um contexto ‘maginrio diferente, um contexto no qual transmuta-se em portador de poderes diferentes que ndo podem ser experimentados sem imagi- agi, dons & imagens de mortos somente podem entrar no ambito !oPossivel na presenga de uma ideia coletiva sobre uma transcendén sla. Hs evidencas de artefa i rtefatos primitivos como os erinios de lericé e cerca de 7 mil anos atrs, Com a ajuda de as mortos, resente mai Na imagem, tals artefatos a comunidade produzia imagens Por meio das quas a auséncia do falecido tornava-s¢ Sima Yer na comunidade, muito embora como image! “austncia do falecido se sobrepde e coincide com sta Rae |A.CRIAGAO DO SER HUMANO ATRAVES DA IMAGINAGAO 2 a imagem, A imagem se refere a uma auséncia e a torna Uma imagem obtém o seu significado a0 sente, algo que qua absentia le estar presente magem e na imagem, vel como, ar algo ret gem &afinal. O morto sempre estar ausente, morte & uportvel que se pretende preen m-la suportive. Por essa ra que estio distantes, para um lugar escolhio (asepultura)enquanto a0 mesmo tempo Ihes di, na imbdlico, pelo qual cles ‘A imagem faz algo aparecer que nao estd na imagem, mas que pode aparecer somente como imagem.) A palavra grega phantasia ‘expressa exatamente isso. A fantasia éo poder da imaginagio de fazer algo aparecer na imagem que nao esti, e a0 fazé-lo cria a esfera da cestética avant la lettre (Gebauer e Wulf 1998a, especialmente 4185.) Aquilo que vemos em uma imagem nio sio apenas formas, cores € composigio, ou se, seus elementos icdnicos; 0 que vemos em uma, Jmagem ¢ aguilo que vemos como uma imagem. Ver emt e ver como € possivel pela fantasia, pelo poder criatvo da imaginagio que faz © mundo aparecer e que, portanto,é fundamental para a relagio do hhomem com o mundo. Sem imaginagio, no haveria memirias ou projeyses de De acordo com a definigio de Immanuel Kant, a imaginagio ¢ a ‘apacidade “de apresentar um objeto contemplagio mesmo sem sua presenca real” ef. Kant 983, § 24). Naopinido de Kant, aimaginagio est ligada a percepgio dos sentidos) Para que os conceitos se relacionem com a realidade, eles devem ser acompanhiados pela percepgio visual. Embora isso nao seja problemitico no caso de conceitos empiricos, conceitos mentais e racionais requerem esque- ‘mas e simbolos para tornar-se palpiveis para os sentidos. Nio hi J LIMAGINAGAO E atttasg cexperincias subjacentes 2 19 de Kant. Nio obstante, ao ao trazer A mente objetos comparivels & percepgig conceitos como estado, ‘a imaginagio pode ce percers Discutiro papel da imaginacao na vrata € mais do que a capacidade de trazer of ausentes fee imaginar 0 mundo, |A ci Sifemas de ordem € uma caracteristica importante d imaginacio nos permite inventar coisas e desenv Ela permanece uma questio aberta no que se refere & dep idade da imaginagdo as precondighes lamo se assumissemos que 0 artista age como da produ ino mesmo modo do poder criativo da ns lade, criatividade € novidade va esti baseada no ato da oscila entre acto e passio e que é transportado por uma | fora originada em outro lugar, na “liberdade da subjetividade” A | imaginagdo nio tem nem deixa de ter origem, mas deve sua existéncia a paradoxos mediais ea produtividade desses paradoxos. PRESENGA — REPRESENTAGAO — SIMULAGAO Como vimos, a habilidade para criar imagens usando a fantasia. € uma caracteristica distintiva do homem. As imagens oscilam | entre aquelas com caracteristicas hierdtico-magicas (onde a imagem é a0 que ela mostra) € aquelas que nada representam e apenss simulam. Entre esses dois tipos de imagens esto aquelas baseadas ‘mums relacio de representacao ea relagdo na qual, para o mundoe para outras imagens, é mimética, Podemos, portanto, distinguir trés tipos de imagens: + a imagem como presenca mégica; + imagem como representacio mimética; Re [A GRIAGKO DO SER HUMANO ATRAVES DA 1 + imagem como simulagio técnica Jos) exercem um papel central. Antigas representacdes das deusas da fertilidade de culturas arcaicas, feitas de barro e pedra, sio bons cexemplos. Muitos idolos, estituas ¢ méscaras de tempos remotos * asseguram, a0 longo de sua existéncia, a presenga do divino. A Jezerro de Ouro rlatada no Antigo Testamento também. 4 uma imagem de culto na qual imagem © Deus coincidem © na qual a presenga da divindade é encarnada e simbolizada no bezerto Enquanto Moisés recebia 0s mandamentos de Deus no M que proibiam explictamente a criagio e adoragdo de imagens de Deus, © povo, liderado pelo irmio mais velhos de Moisés, Aaron, se ocupava indulgentemente na mais arcaica forma de adoragio de {dolos. Enquanto Aaron representa a imagem de culto, Moisés ocupa 1 posigao oposta de combate & imagem e iconoclasta, Até 0s dias de hoje permanecem essas posigSes fundamentaisem relagio as imagens, ‘ao sobre o poder das imagens. [Esse] poder decorre da capacidade de processamento da presenga de um ser distanteeefémero, para emprestara sua bbem como jramente 0 espaco da 3 sua forga da rm o representado. O. da perspectiva do ritual — \lem-se a panto de serem 1. IMAGINAGAO E ates ia ma pequena parte dem cory ara fzé-lo presente.‘ goer sufcente pa F280 la se gs como a cleo d eli J Canguy cope de cao presente es nao eso representados pel deca O53 es maifistam seus Poderes de CUA PAA 0s fi ny ss ie eps de ses Tet Ors. Ares ‘ntificam tantoolocal quam Por meio da ° irvlagio ent a religuia como a encarnacio idolatrads Saad eos restados stares esperados na stir ds pitas cps texabelecida nagllo que podemos chamar como migico em No culto medieval & 10 0s participantes do rit: outros contexts cultura, ‘Muitosrabalhos de arte moderna nao representam algo extern 4 eae sh eles meramente produzem uma presenca — €20 faa, tera se pefitosremanescentes dos primetros artefatos (de culo) anteriores idee da arte ‘Nara de Mark Rothko ¢ Barnett Newman, experiéncas ima: itca do sagrado edo divino sio deliberadamente ¢expl inciadas, como por exerplo na capela de Rothko em Houston, ni ual as cores das imagens deixam 0 espectador suspenso em ut estado difuso de levea onde “presenga ¢ difusio” encontram un vio arcano, As pinturas de Newman, também, confrontam ° ‘contemplador com seus préprios limites ¢ mediam uma experiéncit ‘de impoténci. De acordo com a letura do préprio Newman is tora aexperénca o mais sublime possivel Ea maa a sobre 8 sbrecarga da capacidade cognitiva com algo deme Aqua da atoconscencla eo fraaso date iso tomas um enriquecimento inesperado, |] Nese oa pura nilo quer mostrar alge, nem 0 menos camadas de tnta ela igo no Canis Gewce quer fear, dispara algo no cone age, ls desaz no moment em 38) |AGRIAGKO DO SER HUMANO ATRAVES DA IMAGINAGAO ! ‘A imagem como representagao mimeética Nos esctitos de Platdo, as imagens transformam-se em representa- «bes daquilo que elas proprias ndo sio. Ela retratam algo, expressam Algo, apontam para algo. De acordo com Platio, pintores ¢ poetas hio produzem do mesmo modo que Deus cria ideias ¢ artesios constroem ferramentas, Eles criam aparigdes de coisas, sem a pintura tea poesia ser limitada &interpretagio artistica das coisas, mas antes & representagio das aparigées como elas aparecem. O objetivo nio éa presentagao das ideias ou da verdade, mas o processamento artistico de fantasias. Por essa razio, pintura e poesia miméticas podem, em principio, fazer aparecer 0 visivel (Platon 1971, s98a: Soiss.). Isto & sobre a mimesis que cria imagens e ilusOes, a mimesis para a qual a ‘o modelo ¢ sua versio nao é importante, O objetivo ia do aparecimento, Platao afirma diferenga ent rio éa semelhanca, mas @ apart que aarte ea estética constituem um dominio sui generis no qual 0 artista eo poeta sio mestres. O artista, de acordo com Platio, nao tem ‘apacidade para produzir algo vivo e est livre das reivindicagdes da vyerdade que. filosofia deve conhecer e que € fundamental para a pélis. ‘Aarteeaestética conquistam assim a independéncia das demandas e preocupagdes da filosofia, de sua busca pela verdade e discernimento, de sua luta pelo Bem e 0 Belo, O prego que elas deve pagar é a cexclusio da pélis, que nio pode aceitar o cardter imprevisivel da arte e da fegdo (cf. Gebauer e Wilf i998a, especialmente parte Iscf. também Bodei 1995) 0 processo artistco objetiva, portanto, a elaboragio de uma ima- ‘gem interior, uma imagem formada pelo olho interior do artista ou do poeta, A forma orientadora de sua elaboragio é progressivamente dissolvida na imagem que vem a ser um melo diferente da projegio maginada, Esse processo é marcado por modificacies, omissOes alte ragdes e adaptagdes, assim aquela semelhanga & apenas parcialmente realizada, Em muitos casos, 0s modelos das pinturas € dos projetos do artista eae ‘como se nunca tivessem existido ow sobrevivido. [Central para 0 processo artstico é a imagem, que LIMA AGRO Ete, modelo, eu PrecurSOr, suas py fo resultado de uma transformasio.] + A produ (mimetics) da representaga0 & uma das capacidya, A a undametas Um dos Sus temas ce anvroPeThumano, Retratos renascentistas © fotografias e Fovogrefescetaam eres humanos em situagbes signi ro as por mao de ages do corpo. Essa ¢outras + pra tocam em questoes de autoconcepeo humana, Se, imagens de nds mesmos, © que quer dizer sem repre nis mesmos, Som i para nés mesmos. Para sondar, Tnites da autopercepeio humana precisamos compreender 0 cari imagético de ais representages. Desde tempos remotes, homem tem feito imagens do corpo tpumano. Como retratos de eres humanos sio sempre representasies do corpo, essas imagens também encarnam 10 do homem, Ao Tongo do tempo que compreendemos como hi as imagens tém tao o corpo diferentemente embora este tenha sofrido poucss ‘mudangas do ponto de vista biolégico, A hist6ria de tais imagens representativa da histéria do corpo humano. Ao mesmo tempo, et ao do homem e da concep¢ao do home referencias 2 60 magens equ | uma imagem, mesmo antes de ser imitado em imagens. & representacionio €o que ela pretende ser, ou seja, a reprodugao | do corpo. Na verdade, é a produgdo de uma imagem do xpo. O orpo-imagen nao pode ser éissolvido sem 05 rts termos, (Belting 200%: 89) Aimagem como simulacao técnica a Ee se transforma em imagem, Mesmo corpos opacos = portant at Petdend sua opacidadee espa lidade, tornando eee ¢ fugazes. Processos de abstraga0 culmino® A CRIAGKO DO SER HUMANO ATRAVES ‘aGA0 3 qualquer lugar e maginagio é reprimida e contida pela producio e disse imagens-textos”' Cada vez menos pessoas sio produtoras; cada vez ‘esto entre 08 consumidores de imagens pré-fabricadas, que ndo 4 1987). Imagens sio formas de abstracio especificass sua bidimensio nalidade transforma o espago. A natureza eletrinica das imagens magens podem teclevisivas promove ubiquidades e aceleragio. Tai lraneamente, através de todo 1990, 19 tornam possivel uma experi ia do“"mundo como imagen’ Elas constituem um novo tipo de ‘micas do mercado. Imagens sio produzidas e comer naqueles casos em que 0s objetos aos quais se referem ainda nio se rmmodity € estao sujeitas &s leis @cond- transformaram em commeodities| Imagens sio criadas na troca com srt ai its parse elaciona om oxo] Prgmenos de vnagin lo corporates ¢ runes novamente de ma mane gins een sto gerade ar

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