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JULIO Payor SSSSSSeamu_eu_ A Edueacéo 0a Vontade — - J oe ¥ =H 191t ie QUIMARAES & C—Eitores 63, Rua de S Roque, 70 spon r Prefacio da vijésima séfima edicao No bocurso BB tnez0 anos e melo, chega a Kdueait da Vowae & sun vilésima sétima edigio, ¢ est iraduaida na maior parie Bas Hngwas eutopelas. Tal Exio prova quanto profiunda a necassibabe a que este ino corespanbe. fs publicasae Das eatigs que autér recebeu consiiirta uit Document comovente sSbre 0 estado de espirite 32 mocioade 0¢ agora. 0 périodo que nbs alrevessarios belaa ‘milos espictos num Daploravel abanddo : nao encontram res Douttinas nem nas insttuiggisa paz das cerlezas tra. ‘tudlzantes, 0 proprio calolicismo, @be oferecia um seguro nlc. 408 esp(tos inauietos, esté BivDbiDo por profumbas Dissangbis interna En paliica, em soeiooji, em moral, nenhum principio & Inbiscutivel, A educagao secundara, iquorando a vontade, fica gjss excivsivamente intelectual, $09 0 ponto De vista moral esas edueagio é um comprontsso ineicaz entre a6 crengas bo yessado ¢ as novas Doutrinas, A mocidave en ‘a dasamparaba na vida Nao se adestraram ria paciéncis persaversnte, no Desine feresse © na Mévida met6dica que constituom 0 Espirito fosatica, ‘N20 sem foleramtes, porque a grade 2ou ina ba velatl- 6 suo eaxor ‘idade coiliecimente: ARG thes enetrou a praia quo: ‘ibiana. Nao se habituaram rarma siscipina de liberosbe 2 procurar a 8 parte nas noseas veligoes aos impetos instintjvos e 20 faites. Mas sustenlamos por um lado, que a vertade su- perlot consiste ein submeter as nossas tendéncias as ideas, por tro fad0, que 4 1Pela M20 tem Sieci= ¢ itr ‘moose nonhuma orga contea a scoorte rulal das ineltns ‘858 Inferioresr, A torsade oa conta tals abversiriog, € Snbireca : Deve, sob pena de fata De Dom salto, buacé-la, onde ela existe, ita 6, nos astados afectivos. Coiss curiosa, quando coniavamos ver 2 noses teoria 2a HHberdade multe vivameale combatiba pelo: defensores 20 lie-acbitrio, foram os partibarios Ga inelidade Do cardeter fue nos tomaram 4 sua coma, Também 2 teori Oo liv arbinio parece eada vez ais abandenada pelos educado. rs, que tfec De Inlar com reaidades vives € nbo com abo tracco's Fazent-ime notar.a esta respelic, que Marion. 0 qual lem grande auloridade- em comelhante. matéria, Indica’ om eneriia no seu curso Be 1803-85, 9 mal que a hipdtese tuetafaica 69 llre-arbittio nos tem filo praticamedte, i pedindo-nos estado O26 eandigois oe Nberdade real, ass Techrits, aus noe cabe conquistar pelos nessos proprios 2: forgos. Marion, no prefdcio da sua lese, sobre soliBariedade moral, op6i A formula be Poulté, que.9 ‘ela da nossa li nos az lures, © ponto de vita praticamente mats herasde, Nada’ mals fusio: 56 somos livres, se scubertios| conguistar a nossa lberdade por uma grande iit Qianto 4 censure Nie ae autor por nde ter Dado, smalor inpotidncia so cardctoy inato, parece-nos que essenia sore ums eoncepesa jnperieia bo quc seja um carscter. Um caristor nio # uma eubstancia simpler, @ wma resul- tarte counpens Be Incinagdia, De SDeias, ele. Por consnquén. in afirmar «1 Sneldade Oui earacter€afiemar multos taux os. “ seu10 Rayer: F Peimeivo liver que uma resultante, que una: does Jem be elementos hcterojéneos, que uina expécis de agri fpamen'o be ttneas pode Ser Inala: © que é inin‘elivel Por oulro lade © slirmar que podemes obter na esiado Re pureza perfeits 0 elemento Ieaio, que-o poderios 2es- ‘emibaracar Da ganga de que 0 roeiam as jnfluéncias D0 mein © da ebucacto: 0 que & impossivel, Este impossibit Dave jmpsinoe a maior Descontlanga na fkacHo Da parte Devida A neidede, Por iltimo, airmar que o carécler sejainafo implies ume ‘asueryio contra gual se insurfe a nossa experiénci iia, 2 exputéncla dos edueadores 4 pratica Da humanidade inteles que oo elementos essenciais 00 caractor, a6 tendéa. ‘las, selaru Inodificaves para sempre! Provamor que nade Disso assim siced# (H,{1D, © que se pode modifica, repr -mir ou retorgat un sentiniano ‘Se a humanidate inteire nBe fovee Desia opiniao nao se Daria a0 irebalho de. edueat as gnancas. A natuveza sozt tha tomarla Isso 2 sex cargo com a3 suas leis imulavele, Eves polos de visa tesco bastam paia ilirmar a Dou Wring Be iunideds D0 cardcter, Para fortalucer esta convi- cae Ielan-se 03 traliathos tecentes aobre.o cardcte!, 050. Drehido a wrcelra parte 8a obra De Paullhan. Aise verd que a mor parle das vezes ha plurallozde de tipos no mes individu, que a evelugio far desaparscer unas tenden ‘lab tra2 outras cam alDade 5 que sar frequenies ay ub: ‘rugs be eardcter mana mesma pessoa. © que isto acs dizer € que vada & fam raeo como win cxrdcter! 1a imensa maioria Sam a8 tiaagee 0 -eepecticulo Duara anargula be lendéias. Nao tent a educacao prectsamente 1 mi onl, oe abe Pann Corny VB 1 eumengio ba YourANE 18 por fim orpenar essa desorbem-€ organliear essas tenbén- (ag coin estabilDbade eunidade ? Muitas vazes ate, quand9 fe jlga a obra acabads, chega 2 crieo Da puberdade, que {ado revolve, como am vente de tempestade; © se 0 lovers ‘al por deamie isolate mao toma por sua conta a obia De tuaitise30 moral, se nao forja 0 sen caracter, fornar-se-ha ‘ame Seatae . Descobre-se-the a prequica va-prépria, Fionomia, onde se The pode ter « languider fem tum tramgo, ¢ adimeamo fempo mole. preocupado. Nem Migor, nem. precisto de movimentos, Depots de ter perdide.a mantis, vai alniogar, vai ae ale ler os jor- Pais até os aniiios, porque isso entrelém e no exile Miferees, gan na obstante, 2 tarde encontra um pouco 1 Fenclon: Education dee ile Gap. ty & roueagho pA voxtaDr 23 de vigor, ‘mas este vigor gastave em conversas, em tlscussaie estereis, © principalments, (porque lodo.9 Hpreguicoso & invejoso) em eifamecdis; homens poll- ticos, lteratos,-protessores,jaios tecebem a sua parle de ciftica. A. noite @ inieliz deita-s¢ mais ieritado. que ta vespera, porque esta atonia que o acompanki no Trabalho, atempanha-o as mais das vezes, no prazer henhuma alegrin sc, colhe <ém dificaldads,.< toda & felicidade supéi qualquer esféres. Um lives a le, uit musen a visita, um passeio nos bosques sam proze- es quie exijom wma iniciagao, stm prazares activos Comto por outrolady os prazcres ackvos, sams tov ‘cos que valent os vnicos renovaveis indefinidamente € 4 vontade, 0 prequicaso.impdi-se a i que @ possiva imajisar-se, Os proguicosos deixam tescepar'os prazetes. pot enlre 05 dédos, 58 pata ao forum © Wakalho de fechar'a mio. 8. Jeronimo com: pata-os engrazadamente a estes soldados de gravura, que Hem sempre 2 espada enguida, sem nunca fe- 'A. progulca Tincamental ado. impede de neni modo 05 instantes de enerjia por impotos {rregulares. O que repugna aos povos nio civilizados nao sam 05 esforcos violenios: & unicamente o trabalho regulan- ado # continuo, que no fim de comtas conzor ‘uantidadede enérjia bem superior: mp dispéndio a -da que fraco, mee Constante, acaba por consumir mais do que o fazer grandes ispéndiog sepstados por lon Bes eet O vgseo i pei erra, que eae vilenles esforgos momentérens, se- uidoy de fongos perfodes de inactnvidade. Os sirabes Gonquistaran. rt vasio ‘impézio. Nao © conservavat parque thes fallow a consténcta dos esforgos que or Sarizam a adminetragao dum pats, cram a5 estradas, findamn as escolas ¢ as incistrias. Assim os estudan- fes pregniqosos, istigedos pela apronimagéo dos oxa- on soso waver: ames pod prose un lento esirco. O gue hes Fepugna sam 0s esforgos moderados, mas ceiter ddriog, durante meses © anos . tanlo é no esfdrco. moderado mas coniiauo gue reside a enerjia real e fecunda, aue todo 0 trabalho, Quando 0 afasts deste fino, pode ser. considerado Gamo um trabalho preqiicoso. Trabalho continva implica, escasado &dizé-lo, continvidade de diress30. Gra a éneria da voniade tredita-se_menos por e5: forgos multiples que pela orioniaczo para um sesmo de todas as faculdadee do espirite, Eis, com efeto, ‘um tipo de preguicoso muifo, reaiiente, Corto man- febo 6 wivo, alegre © enérico, Roras vezes ¢sié sem Facer nada, Durante-o dia low alguit tralulo de geo Ioita, unt artigo de Bruncligre ecbre Racine, percor- ‘eu vdtios jornais, relew algumas notas, oabogou wm plano do dissertagao, traduzia algumas pajinas de in- flés, Nao esteve maclivo. durante um nico instante ‘Os seus catnaradas adimiram o seu poder de traba Ino @.a vatiedade das suas ocupacdis. Todavia deve- mos desighar este manccbo com © nomie de presul £00. Para 0 psicdlogo nia ha nesta multiplicidade de tratathos senio 0 indicio duma afengao expontines dump. ceria riqueas, mas que ainda se no tornou alencio volunigtia. Este pretenso poder de trabalho Gariado nto. astra mais que una grande fraqueza fle vontade, Este eshdante fornece-n03 um tipo de preguicoso freqiente, a que nbs daremos 0 nome de fipo disperso, E-esle . Og alunos #e Filosofia, por exemple, sam bons alunos, estimulados pelo exame fi- nal. Sam laboriosos @ em geral exactos no seu Iraba- Iho. Infelizmente nao reflector nada, A saa proguica de espitito treduz-se por ama propensio a pensar com as palavras e nada mais, Assim, ad estudar a psicelojia nenhum doles tera a ideta que fazendo psi- \psfecation des files: Ch. V, 26, sue Axor colojiaaplicada désde 0 principio durante todo:0 dia, como Jourdain Tazia prosa, sem o saber, cova iini- tamente simplez examinarem-se a si: mestos, © en Contrat exemplos pessosts, em_vor de reler es gue fies eilam os sous livros. Miss to, tem wm tendén- cin invoncivel para aprender, em vez de Investigany A enonne sobrecarga, que tem de impér, assim a me: fdr, alemtoriza-o8 mans, que o its lfeiro ero pessoal, Sam todos passives, excephiando, bem enten- ds as om pegneno ninero~ 8 lide dos bons almnos. 7A provs experimental desta incapacidade de esfor- 05 pesssais. Enos dada pelos: concursos timestras fara 6 logar de primeizo. A. maioria dos alunos teme Este exercicio. Compar sobre un assanto, ei qve no ‘Se hate ainda de excontrar por si miesmos, mas ha maiorig dos casos simplezmente radistibait, segundo du plano novo, 0 materiats fornecides pelo curso — POF na su exposicso a nifider ¢, a ficidus oro que DB lelior exe — € um exercicio francamente desaura- aro que esta repugnincia pelo trabalho, @ levam consigo pata as unwersidades, aids sem grande preiuivo, pois que neokum exame se acupa-do que Tire eandidito e do que cle valha: apenas ¢¢ ava~ fie o cdlado de moméria ¢ ¢ nivel mining ainido pe: Tas coisas sebiggs: Um estudante consciencioso, sere; fiectir, confessarf asi mesmo quanto € pesuuena, du: ranle'um_ano de diveio, de cicneing naturais, de Tisiéia, a soma de estorcos que ndoseiam puraimente de memoria, “Tamben & uiioso Seg a16 nos sibios, as for ‘mas sublis que a preguica sabe revestir, Preguiea born ‘nendigo, gee de nenhum modo exclul um. grande ira fralhoe grandes foinas: porque aqui a quamtidade-n30 ecu a qualidade. Aida mais, a qwanbidade do tra- ‘ epveagao oa voNravE 7 ho & rnuiles vezes pechudicial & aua qualidade, Por jo, 03 erudilos escarnecem de bom aradé os fos. Todavia € para estes que eles firamn as cas~ thas do lumne, coma'o Raldo da fabule. Ratio € 0 odo trabalho de erudisso Raigo ime 3 jatinhs urna tameira engragsdinka, ‘fasta m pouea ca © ta 9 et HgScts nae outa vor a meta 2 mobo? Tan a caetanna, @ Suse Doutta vee aie suripl tres E com efeilo un hrabatho ove se deisa ¢ qile te Yotoma. Constaniemenie.suslentado por lexios, 0 3 Be s20 fom a fsb fe esgdo, «pode = r coin proveito ainda quando leita perdido 3 sua fine poria de penetracdo, Talucz 0 tempo se encar: goo de contirmar as previsdis de Rensn sObre as ‘Bentios do pura erudigzo. Nao tam futuro, Os seus ltades sam preciries, muito sujcitos a controver- Wins —e ce mais, as vine mil obras que cada ana 6 ‘ain accontoar na Biblioteca Nacional, fendi antes Hs cincoenta anos sjunizdo, sem cantar os jornals & Prriodices, am rwilhas do volumes 2 colocgdo actual. Un mithao de volumes! Tomiendo, como esaesaiara ‘Widi por volume dois ceniimets, fmos ana nilha (oalro vozes.mais alta que o Monte franca! Cada vez mais a hist6ria se desembaracaré dos no= snes proprios part se afer aos grandes faclos ria, pempre muita hipotdlicos nas suas causas © nos Seu icles, ¢ a orudieao pura perderd, morte pela enor- Tiidade de materais amontcados, toda a autoridade nia dos espirtos pensantes. A gcurmulacao seri cada ur tanes considerada como trabalho. A essas late fis wir-so-ha a dar 0 seu verdadeire nome de que Newton verficau a sua Sescoberta da gravitagao universal. Se ha 2inda quot wide de que o ¢énio seja uma «longa paciéncia>, que escule a toniissio de Darwin: «Coma assumlo de meditacao e de lsifura eu 56 ascolhia aquelos que ‘me fizessem pensar directamente naquilo que tinka Visto, oi aire viesse provavelinente dF ver... estou ferio que essa disciplina € que me lorou capaz de fealizar o que om cidncia realize» Seu filo acras- conta: «Meu pai tinha © poder do no perder do vista Jum assunto durante vim grande németo de anos.» '. Mas de que serve insisir numa verdade tam evi- dente? Bastasnos resumir. © fim a afinjt pelo tra- | Va et correspondence de Darvin, rad, Varingny, 1888 2 vol pao. 66 138. ere 36 suLio:raror tbalhador intelectual 6 eneriia da atongao volunts- fia, aenerjia quese traduz nfo somente peld vigor © freqdéneia dos esforcos, mas ainda e sobretudo por tuna ofientacSo muito clara de todes os pensamentos para am fim Ynieo, © pola subordinacao durante 0, Hempo necessério das nossas volicdis, sentintentos ideias 4 ideia cirechtiz e dominadora, pela qual tra~ balhamos, A preguiga humana ha de nos afastar sem- pre désse ideal, ras, dovamos tender a, realiza-lo 0, mais completamente que nos for possivel, ‘Ainles que examinemos de perto os meios de frans~ formar numa vontade duradoira um desojo fraco & indeciso, imBoria desembsragarmo-nos de duas 1e0- rigs oposies, mas igualmente funesias para o dominio ée nos mesmos. cAPhEBLO 1, Rejeisao das teorias Desanimadoras ¢ itisas a respeite Da educagao 0a Vontade Nao deve a polemica passar dum trabalho pres ratorio, que o eseritor tem de fazer cuidadosancente, tmas que deve guardar para si. Nav the nada tam im- potente como a pita negacko: para convencer, de hiada setve 0 eriticar yo que 6 necessitio. € ccnsinuir, E poraue @ si0ss0 livro é wm trabalho de constrt- ao, porguie apresenta uma dowltina inais $8 ¢ mais Splidamente apoiada sOor2 os mais claros dados da psicololia, € que nds aiacamos aqui duas. teorias tadas praticos, como especlalivaments falsas. Falsa em ste praticarente lamentavel no mais alto fat ¢'a feoria que considera o cardetor conto imuta- vel. Exposta por Kail, € renovad por Schopenhautr, tom esta hipotese por si apoio de Spencer, Se gurdo Kant, escalhems 0 nosso caricter no mundo Tomenal ;¢esia escolha € rrevogavel. Apenas «des- ‘idos» no mindo do espazo e do tempo, 0 nosse.ca- Ticler, 9 por conteqliéacia a.nossa voulade, fica tal fe qual como esti sem que o possames thadificar por tuto pouce guy s¢i8, Trio espalhadas, e tam deploravels pelos sous resul- 38 auto ravor Schopenhauer declara também, gue os dlferentes saracteres sam inatos ¢ imutaveis, Poi exemplo, Se pode mudar 2 espécie de motives & gual a von- fade do egotsla é acessivel. Pod is pels edicacto err ‘ganar um egoita, ou antes cortje-the as idelas fevé-lo a compteender que 9 meio seguro de alcan- ‘ar 0 bem esiar © 0 trabalho & a honestidade, e nko a velhacaria. Mas ferios de renunciar a fottiar 4 sua ‘alma seneivel a0 sofrimento de owirem: isso é de Gerfo, muito, mais, iinaossivel que mudar 0 chumbo fem ouro, «E possivel Tazer ver a um egoisla que te nunciando a uma. pequera vaniajem pode realizar lima muita maior; ¢ 2 um mau que, causando a ou- jofsimento, as) mesmo inflje im cufto Mas refutar a maldade o egoismio em si mesmos, ss0 6 que ¢ impostivel. Nao, tanto. como provar a sim gato que cle fa2 mal ein gostar dos ra for! Herbert Spencer considera 0 vassunto. de modo anito diferente. Admite com 2. escola inglesa que 0 saricter pode ser traniformado com 9 fempo sob a pressdo das fOrcas exieriores, das conicdis da vida; mas ésse trabalho exje séculos. Praticamenie esta feoria € desanimadora, porque eu estudando no pos- 59 coniar com dez sécules de vide, mas somente com vinte anos de plastcidade. Se quiser lentar a obra do meu melhoramenta moral, néo o pederei fazer. Nao podere! lutar contra o mou cardcter. heranga ‘que me foi legads pelo meus antepassades, © que re presenta milhares, talvee até sailhois de anos de ‘experiéncias, ofganicamente rejistadas no meu cére- ‘bro, Que fazer contra ia formidavel coligagto de antepastados que, apenes eu me-quiser desembare- ‘ Fadément de la morale, p: 172; ad, BourBeau F. Alean A EBUEAGAD A VONTADE 39 yr duma parte do legade que me transmitiram, se 1m contta a. minka Traca vontade pesscal ? Nem ‘firsmo é razoavel tentar @ revalta, porque 9 dasba~ io é certo de antemio. Posso todavia consolar-me ‘toma ideia de que os meus descendenies mum es- ‘paso de-eincoerts mail anos, pele jogo regular do social ¢ da hereditariedade, se ham de asseme- ir a maquinas aperfeicoadas, confinuamente torna- das 2 montar durante séculos, e dando em resultado: W dedicagio, 0 espirito de imciativa, etc. Posto que esta questo do cardcter, considerada sob este ponto de visla, ultrapasse os limites do qite foe proptisemos trtar, davemos examird-la na sa Beenrslidade ‘8 nd posigio mais forte para os nossos “verséios, As leorias que acabamos de expér parecem-nos tum ntavol exetmplo da preguica de esprit, que & pecado ofiiinal indelovel nas’ mais allas. inteiién- “Kaas, preauica de espirto, que os fez soirer passiva- ‘mente 2 sujestio da finguajem, Estamos todos tam habituados a pensar com as palavras, que elas ocatl- fam-n09 a realidade de que sam meros sinais. Porque ¢ dinica, a palavra arvasta-nos a crer na unidade teal das coisas. E a esia sujesiéie provocada pela palavra éardcter cue devemos a teoria preguicasa do card- ¢lor imutayel. Efectivamente, quem nao v6 que 0 ¢#- facter nio é mais que wma resultante? Ora uma resultante de forcas esid sempre em via de se modi- ficar, O nosso earaeler tom ums unidaée andloga da Europa : © j8g0 das aliancas, a prosperidade ou a decadncia_ dum Estado modificam sem cesar a re- gultante. O mesmo sucede com 2s messas paixdis, [Ets §senimeniag us gam err Tas macko ¢ qty peelas aliangas que jun- fainenie conttaem e deslaéem podem riudar a inten ‘sidade, e até mesmo a direccao da resullante. Assim 42 peue Paver Fes, absolitiamente egoistas, por exemplo desde o pri meiro 20 altima pensamento, desce © primeiro ao tl- timo sontimento? Uma tal simplificacao da natareza humana provavelmente nunca se realizou; emais uma vez a ctenga de que 0 cardctet seia uina coisa ine, tum Blbco homojéneo, assenta sdbre uma abservacas excessivamente superficial. O caracier & uma resul- fante de f8rgas heterojéncas; e a nossa asser¢a, fun dade. sBbre a. cbservacéo_ dos homens vivos, € 120 Sobre abstraccdis, basta para deitar por terra a injé~ ins teoria de Kant © de Schopenhauer. Quanto. a Spence bastard observar-he que as boas tendéncias sam lam heredilénias e fam forlemente ofgatieadas como as ms, & que se pode ler por sj, com habil- dade, tanto poder ancestral, como se.'poderia tor conta si. Em todo.o caso a questo nd passa dima | ‘ouesiio 2 tials ou a menos e a coniuagao désie tivto acabara com ela, contormie © experamos Deicemes, pois, estd leoria do caracter imutaye) | que ela se no segura nutito bem de pé, ARI nds le ios também os nossos tedricos.do desénimo, e em particular Taine, que, com ima estretteza de vistas imconcebivel num lamt'grande esprit, nie soube dis inguir 9 fatalismo do determinismo, Reajindo, contra © espirinualismo cousiniano, fot até 0 panto de con. siderar a nossa vide como independente da nossa von- fade, © a virtude como wm produto, tal qual como o acucar. [isajem injénua-¢ infantil, que pela sua brute: fidade afasiow por muito tempo os espiitos do estado do dotorminisme psicodjico, © que falseou, a. quando do seu aparecimento, © ainda muitos anos depots, 3 | signifieacay do livro. de Ribot sObre as doencas da, vontade. Tato. ¢ verdade que nesies delieados as- | Samos, mais vale uns lejgo de advsrearion quem amigo decidido mas desastrado. 4 mpucacho na YoxtADE de feigio, mais arrogante, que afirma a possi- ide de os, jomarmos senhores de nég mesmes, que, considerando demasiadamenie facil esse ho de Niberiacge, tem levado 0 desénimo a tan- ‘it mais espiriios que:as feorias fatalistas, Que- 199 falar da teoria do livre-atbittio. O livre-arbirio, eno destine se tem procurado li- 20 da liberdade moral, nada tem que ver com Porque, apresentar aos jovens coms faci, come jendente dum fiat, o ttebalbe longo, penos © de perseveranca, gue € a liberiacdo de si mes- € voii-los proviametite ao destinimo, Quitndo 0 jo estduo com os homens de vontade da anti- ide enckeu © mancebo de entusiasmo, convéin slo. em presenga uo trabalho por exceléncia, 120 i dissiminlando nenhurea. das. dificuldades. Mas ¢ esessirio egualmente mostrar-lhe 9 trimmfo Seguro, perseverar, Tomémo-nos tam sewhores dé nds meses por ‘yn ict, como x Franca se tomon podatosa depois 1870 por um fat: A patria levou vine anos de fsforcos. perseveramtes e: penosos a. levanler-se. Do- Testo. modo 0 nosso Tevaitamento’ pessoal seré. um Itabalho de paciéncia, Pois coma! fia crsturas que am tritta ange a excrcer um dure aficio para ga Thar © diteite de descansar depois io campo, € ¢ “ipiaobca tam grande e ism nobre do dominio de sibs mesmés nao se havia de consagrar neskum tem- F Disso, depende ave havemos te valer, ¢ conse inlemente 0 que lenios de ser, © 0 papel aue femos desempenhar. Por esse trabalho podemos impor a0 Inesmo tempo eam © Terpeilo'a Yodo. $6 as “a 20Li6 payor ‘A enucagio OA VONTADE 48 Oh! xonhuma’ Guestao, tem sido mais obscureeida, je questao. vital da iberdade. Bain chama-the @ dura enferrujada.da metatisica. E claro que jivdemos por liberdade 0 dominio de née mesmos: Hp sequto predominic em nds des nobres sealimen- fe des ideias, morais sObre os impulsas da anim: Nao devemos soniar assim o jinpacavel domi- de ngs imesmes.: tito poucos s¥culbs nos sepa- das sehajens aniepassados, que se abrigavam cgavernas, para que possames desembaracar:nos Titamente da heranca de irascibilidads, de egois- de. concupiscéncia, e de preauica, que eles 10s om, Of grandes santes, que venceram nesta lta équas da posea natureza humana com a nate ‘itimal, no conheceram a alegria é98 trianfos 5 & ineontestados. Mas, nofeno-1o de novo, a cbra cus grandes li jhas fragamos, no ¢ tam dificit como a obra de san icaqao de nos mestn0s, porque uina coisa’ é Jutar ra 2 nossa prequica © contra’ as nossa® paix, evita procirat eirpar de nds, absolulamente, © iisiao, Mesto reduzido a osies termios o combate longo © dificil Nemos ignerantes, nem 08 vaidosos Hpodcram salt vencedores désse combate, Ha uma talica 3 seguir, que € necessério conhe- fer, © uni longo tober, que & necessdro aceiter. En= J na arena sem couliecer as leis da psicolojs, ow sim se nos abriedm Targamente as fonles da felicia 2 (otque toda 2 felicilade profunda provi ‘osst acividade bom regulada}, © com osia obi ‘quis! enh adulto se inquictaris ? O desprézo, a 1 Hfectamas vclarlhe, oculle evidenleniente um solr ‘Qual o estudante quedo. seni 2 dosnraporcio entre 0s seus deseios de bem trabas thar © @ fraqueza da sus vontade? Sols livres! di iam 6 nessos mesttes! E esta afirmaqao, com dos espéro a Seitiaites meatirosa. Ninguém 08 ensina i va que 2 voniade se ronuisa lonlamente, nina ‘penaavs om estudar os moios de a conquistar. Nin: Suen nos exerctave nessa luis, ninguén nos-amspa fava e-enido, por una reacclo’ multe natural, acelt ‘vamds com fransporle as dowirinas de Taine ed fatalistas, que a0 menos nos consolayam e nos enst navam a resignagio petante a inwtilidade da lita, E inutfil acumular exemplos, Cada qual pode, pte: euraudg na stia experigneia passada, enconirat uma + Dicwens Ohiver. Twist ch Mea. frame, t983. 58 sano waver A SpUCAGAO Bh VONTANE 59 le assaciacdis, muito Fotis, estades. pressntativas, ve rompam violeniamente a eadeia. Ha sobretudo “am estado prosantativa.notevelmente dosil's como- aio: 9 movimento @ entre at movinenice, ve ue fovstiluem a linguajem. Podemes pronunciar pela {ros em vor alia e pagenios Wr, Podemos alé, 8 mma- Neiea doe reliionos nas suas tentacis, fusigar-nos & cbt com violencia 26 smiagSs erigtsts, Po: lamce assin nner pela orca @ Weis aque queremos ssegurar a vitéria, de-medo que: por sta ver sea ‘9 ponio de partiga dma’ nova direccio. do. pensa- inert, De mais, femes wm poderoso.cuxiist Bara a Gjosss favela a grande lei da memoria, Tosa alen= trance precisa para se aravar profundamente dina re- Peticdo freqientoie profongada. Tem sobseindo ne- fesidade durna atencao viva'c simpalica, se assim se pode dizer. Os sibslractos carebrain das. cadetas de deias que expulsimos da conseigncis, © que mante- {to no ewilio, anemmiam-se, apagam-se@arrastam cot if sua alrofia © desnparecimento das ideias correspon Senies. Somes, pols, senbores dos nosses pebsamen= fos: pademios rrancar az mas plantas e af6 mesmo desieuir-a pongo de larrice que clas Irazem. ‘Ao contrat, quando queremos conservar a8 A880 iacbig_presentes e dejxi-las desenvolver, devernos fer primeiro grande cuidado em afastar os estadas Dresentativos esiranines a9 neseo assunto ¢ proprios 4 fazer inrupeds na conscience: procutamos © si iléacio, 2 cals, @ podeimos até fechar os olhos se a trame, dos noscos pensattentés ¢ frail Além disso chomimos em nosso. aaxiho os estas procentatives ‘ve nos podem auxiliar: falamos em vor alla, escre- Vemos os fgssos pensamienios; a escriia sobreludo, Consttul um sceorro maravihoee: nas longas medita- s6is, Ampara o pensamenio: © far ctimplces do mo- Vinenio das idetas os ollios © a mio. Unta dsposi- ampla colheils de facios caractersticos, que o con vencerdm foriemente das nossas conchistis, Nao, «| dein par simesms nto € wira forea, Seta. wa fre, So existisse £6 na conscioncia. Mas como 14 50 en | contra erm contlio com esiadoz afectivos & obrigada 4. buscar aus sentiments alice gue kefala para tae gu ‘A-impoténeia. da. ideia'é janto. mais desoladora, ‘quanio:nés tomos plone poder sobre ela. O.dotermi tismo de associacao dos estas de consagncia, ha bilmente uflizado dé-nes ne rejilo:inteleciual ‘ina liberdade absoluta, Sam as mesma leis da assoriagto, que nos permitert quebrar wna cadcia de estados a5- socitdos, inlroduairthe elemenies novos ¢ tomar a figar-@ cadeia, Enguanto ew ptocurava nm exempto, tonereto destingdo a «ilestrars esta afirmagao tedrica, ‘9 aso, fiel fornecedar das evituras que sequom tuna ideia, velo trazer-mo,:Ouviuese 0 apifo. duma Hibrice. Esse som, esse estado presentativo quebrou conirs a minha vonisée a trama das ideias que eu 5c;.uia, ¢ inlroduzin Uriscathente na minha’ conscién sia a inajesi do oir, xin peril de montawias da Cor- sega, depois o adminavel panorama gue se descobre dos Cais da Bastia, © que 0 apilo linha exaetamente ‘ormesmo. som gus-o apito do paquets que eu owt tables verso durante ies anos,Dow bem! Eis a apes libertacag: ¢ a: Jef do. mais forte. Um estado presen: tativo. € om reafa ais forie que wm estado re sentalvo, © 2¢ © apito ojnvide pode pariir wita sence de ideias, nas quais qeeremos pensar, basiard gue empreqiiomos conscientomente 9. meso. processo, Paemon, cuando. queremon, produir em foe eta os prescatatives — introduzir, para nos libertarmos 60 wlio pAYoT ‘0 natural, fortemente-cullivada pela profssio, far fom que et n20 possa ler sem articular, de manera ‘qe 0 pensamento & susteniado por tres cadeias de Sensacdis presenlativas, c até por quatro, porque & dif! articular sem ouvir a palavra. ' Em resumo, porque nds temos ‘leno poder: $5- bre o¢ nossos misculos, especialmente sdbre os dos: ordios dos sentidos, ol sobre 05 que: se. poem em jogorna lingvaern, effte-nos podemos libestar da. e= cravidao da associagso do,ideias. Pode isso diferi segundo a natureza de cada um de n5s= en psico oj actualimente, @-se culpedo de ‘querer gonerali at 6 sei cas0, pois que se descobrem cada dia no- 98 fipas, quie até af se confundiam, © Mas paca mim, a siuca lembranca completamente 4 minha disposicdo, © sempre a primeira a eer evo cada quando quero intervir no met pensamento par ihe modificar 0 cues, € @ preimajinacao dum mo: vimento, Nao tenho poder sébre o meu pensamonta, senlig porgue sou senkior dos. meus miscues. Seja qual for 0 ponto de vista sob que encaremos. ax educagdo da ventade por nds mesmcs, 3 conchisio déste capitulo é baslante desanimadors. Tews todo, 1 Sabido € que a lombeanga Ouma palavra é muta com piesa e que se compel oe quairo elementos, & saber uina fine mori ipelavce pron jes visu (palaura iorpresoa gum mn fudliva (pelayre ouvibay = Suma imajam motn2 gra- fea (palavea gserta) Senco mpossivel © pensaienO sem fllaguatem, ¢ cera que’ sob Toba a trama De pensaioenios Se esenvoiven ua ou mullas taimas, fomabaa O48 ima [eus, Oe que acabamos de alar. Quando ce eacreve, a8 qa fro ants te fans podem serir Ge ato para 9 pe MEL RiboL, Cevolutioy der dees enweales. P. Alan. 1951 ‘) eoneagho ba’ voxTAoe 6 p poder sdbro as noisas ideias mas, ai! o poder Has hhossas ideias na huta contta a preguica ¢ sensualida- “de & quasi desprezivel: veiamos se podemos ser mais Telizes, estudando os recursos que oferecem 0s esia- os afectivos para a obra do dominio ée nos mes- ins. * A. oveAgAD A VONTADE @ Mo ptazer ¢ da dor, © das recordec@is, Mas ¢ ole je vai colorir coin’ uma gradagio particular todds ies elementos secandétios, Como-as criaturas, que Descaries no. existom sondo, por una criacdo mndinuada de Deus, do mesmo modo os nossos ores, as nossas, dors, as nossas sonsachis e as as recotdagsis nwo lem realidade sexo. por in espScie Ge criagdo continuada; é a enerjia vive fendéncia que nelas resplandece. Desapareca ela, fieari apenas um conjunio. de esiadas psicaltjicos morios — puras, descoloridas e inefisazes, abs: tracccis, sie fundo subslanciel dos sentimentos deixa-nos reenicer porque é que elas {Zen em nés um Jam grande poder. Com sfeito, 0 quo sam as tondén- jas) senao-s nossa actvidade, a nossa voniade de vi ‘ver, quo fortemente disciplinada pela dir foi con- fnjida a abandonar muitas direecois no seu diesen. Mélvimento para se espalhar nag dovidas. direceOis, Iciiando-se de cerly modo 4 lei de morrer ou de cagis, que sam as tendéacias patlien- Dares organizadas? Esla actvidade digcipiinade pela dn, exe, Tinal ionic, se vai traduzir por séties de movimentos mus Uculares ligados entre. sive consiiluindo:wma acao ox Vial grupo de accois caramonte diferenct Dias, € a forma inicial de toda a lendéneia, A actividade sent x cisciplina da dor, dixpe'sar-se Thin eh todas as direcgtis e icaria emasculady: speriéncia forca-aa canaiizar-se em. fendéncias, Sesti® tendéncias, nosso ver, consfiiem 0, nosba tneriis central ‘primitiva, que por iacios.ardentes Airavessou a crosta superficial das ideis adguiriday € los seniimemies secundavios do orijern externa. E 3 hhossa fBrca viva que se deerama nos misculos.apro: priados € se traduz em actos habituais: © & isso capiruLo 1 siudo do papel que os estados afectivas representant em relacdo & vontade §1 E dificil encarecer-o poder que os estados afecti- vos tom séhre a nossa vontade. Tudo podem, © alé mesmo fazer-nos afrontar sem hesitas40. 2 morte & 0 Sofrimento, Verificar 0 seu poder voriicar im jai fomplrica universal. Mas & possivel transformer essa lef empirica numa lei cieniiica, fio 4, fazé-la derivar iad leh inais alia ¢ considerd-la como uma conse faigncia dedusida duma verdade evidente, Se separarmos. pola andlise cs elementos que, conjuntantonta fundies, consituem 0 Sentimenty, con= Chiimos que aconiece com ele 0 mesic que com fim edéfio de Beethoven: ha um wolvo fundamen fal sob todas as variagOis, que ofa o octltam, ort 0 poem erm relévo, Esis fase, renascendo, sempre sob) Ini formgs, € como -a alma juntaments diversa,o gna que da vida a0 desenvolvimento musical. Essa face que supotia o addjio inteita chm as sias predic: fas riguezas, tem por correspemdente no. seniimento lima fendéncia elemeniar, Lean tendéncia & que di aa senlimento a sua unidade. Sobre ela se. podem Mesenvolver as variacdls mais ricas das. sensacdis, oa puuio payor ‘A eovcAGKe pA youraDe 65 mosmo que explica a poténcia mottiz das inclinagdi Consistem num grupo de movimentos, ou antes, ni massa de movimentos elementares, Por exentolo, material muscular posto em jOgo pela célera, pel inor, als... € sempre 0 mesmo na seu conjunto or todos os casos. E, além disso, sensivelmente o mes: ‘mo em toda a espécie. Tal como & assin foi para ruimeraveis geracois que nos transtnitram a existén- ‘ds, Sobre esto kundo um pouco falhe, borda cada lun as suas inovacdis pessoas, mas.o seu conju fam coomgnie, que as proprias ctiancas de berco Ihe Combreendom 2 significagaa. Esta Figacao entre tal eadéncia e tal oénie do. expressbis musculares transmilide por herediferiedade. E um laco multi-se cular. Compreende-se que: a8 tramas conscientemeni Higadas. por mim ontte tal idcia e tal moviment ‘muscular quési no tenham térga a0 Jado désses on fos lacos fomados automaicos: a sinica probabil dade de nao. serem desitiidos esta lita desegu seria, conforme prevemos, 0 procurat atiancas e fax er ‘causa comum com_3¢ lendéncias horoditérigss desta forma poder-se-hia erriscar ima lita em que 3, rama trajl que liga a ideia 20 movimento nao su: pportasse 0 chogua. A feérea do seniimento manifesta-se por uma grande riqueza de efeitos. Um senfinento vivo pode pertur: bar os eslados psicoldjicos, que sejam aparentemente. 0, mais independentes déle, como a percepcac dos. jeclos sensivels, E verdade que toda a percepcaoy ainda elementar, uina inierpretacao de cerfos sina Eu nao veja esta laranja, julgo somente por certos Sinais que. dove sor uma Iatanj2. Mas esta interpreta Ho cont o hibito fornase insfanténea, aufernsticn, portant bem difici] de allerar, Pois bem, 0 senii- mento repale a cada momento a_verdadeira inter ppretag2o © sujore’ wma interpretacao halucinatoria, Wye toma a consciéncia o logar da outra.’Sem falar lo modo que provoca, 2 noits intorprelacdis absur is dos ruidos. mais ‘nalurais, ndo'€ cerlo que o ions cega sobre os factos mais evicentes? Lem: 19-205, para. nos convencermos bom desta cu dss falsficagao, dos erros das nai sobre a beleza 6 Flhos, ow tomnemos a ler a bela boutade de Mo- que ti das ilusdis provecadas. pelo amar: SE a palit em brancica Aum [asin compaoaeel, * Ea egra Oe moter meoo ‘ Gina niorens atoravel > Mas nao: 6 somente'@ percopcia que pode talif- 9 sentiments. Os senlimentos fortes nao espe jm os senimentos mais fracos. Par exemplo, e bre Vemenie fersmos que suplinhar a imporlanc’s déste Facto, 2 vaidade, sentimento tam vivo em muila gen- My pode expulsar da. covsciéncia senlimentos. real- Mente esperimentados. Os. sortfimentas que # con- ‘Wetiente e legante experimentar sam foriemente Iujerides’ pelo amor proprio. Esses eatranhos hospe- Uftrese na consciénan © esconden os seiinenios ‘ais como um. espectro, que aparsceu deante dma Pparede, oculia do halucinado os desenhos da lapoca Uff ot gal o fai wna sion teainente presente Fem consequéncia dums autorsujestio desta natu: exe que o estudante sactifica 4s profundas alegrias “ila sua edade ©’do sen estado a pretenses prazcres “site, detembaragados ds: ganga des sentimentos. si feridos pela yaidade e pelos companheiros, sam mi- “seraveis. E assim também que-os mundanos, super “tins por g0sto ¢ incapacidad ‘no fando de si mesmos 03 seniimentos reais que ex- Perimeniom a meio da sua vida ao mesmo tempo digada, fola e ester. Contracm o habito dese af E 5 % suns PAYET rat que experimentem realmente os sentiments d= Spuvena, que ee dingao na sua veda areas ceveikealan © este habile. acaba por water Teles eet dade dura emogto verdedcta, Esta eisi= aaa irgm os cutee: fae dts ceres ama 2040 ion e sein, wean ovialidade gens te PelNicdnicon, cs cordsinhos estam nae macs din eos aoe. fvats monet 0 a8 ting senfem € tudo convoncioual “Bh abe potendo leat ot Howes oe aap posses, celine, csieas peeadas & Heb fata afectivos fora Woda, a facideds_ em GeSurbar ence fails etadee poli que sa perigbrancas, como qunlaucr jlgamtento, qual: aie renga depend de swestaacds mo ene Gus um sequdes uma mola precisa de Sonos da eesiaeeo.¢ gave 6 snlnae Poder er anu cones presen, © ri pear tae que tazemos do amor & verdade SEetimoraps que ¢ vordalvo,agulo que amd see A gud todas 30 os agua que non de: eis pot um lad, escllendo. um, one mila cess seguir! Bhi as quash semore 216s Sra oma em nose "a0 pov NGs: 10 ¥ dere initia. paricipago do, nosso, querer fornce@-lascha as dezenas. Além dos exemplos, que i citémes no. eapitalo primairo déste ovo, bam ds tamém repatar nas devolas aie, tendo foo 9 e3- cripule enn n8o faltar a uma reza, nio hesilardmn em despedacar a dentadas a repulacao das suas. acabam almente por se zangar a sério? Nao eam conta nos 0 rise ¢ os légrimas ? Fe No observau 9 pouo que ha mais alsuria, onde fais alegres companheiros ? 4 Nao é uma pesson triste © miclancélica um des wincha-prazeres, wna verdadeira calamitade para in familia? Océrimonial chinds, jam proprio para uma vetdadcira ideia de autoridade, nao foi deli- radamente establecida por Confucio, ous, tal co nyola, era de opinido que os gestos tendem a sulerir Sertimentes, correspondentes ? As pominas.catsli- com lode 9 sew cerimonial duma paicoojia tam efunda, no sam singularmente proprios vara fazer grande impressio sobre as almas, ainda as me= i cremtes ? Desafio. qualquer homem de fé a que Gbste a ur movimiento de reepeito na sua alma, no § jomenfo, em que aos canios sucede, no meio do imjior siléncio, « prostracdo simulidnea dos gis, Ain- ‘ta metma ordem de idoias, a visiia dim amigo lasbordandofelicidade nao nos Vem sosseger no moi inaiores inquielacdis ? Além disso, & inufil amontoar' mais exeriplos: fa dlimente se enconttam, proewrando-os, Infclizmente, 0 que-n6s podemee provoesr, sam os ilimentos a existentes, Assim despertam’se, rea- jam-se, Tas NO se cram, Os senfimentos assint ‘fenovades ficam muito fracos; 0 processa que acta Vile fora para dentro, nao pode ser considersdo senao pcm um aura yoeroso, Serve ante pare mate fsentimento na plena luz da, conseiéncia. E 0-que jd 1 CL Drala, Meury pratiy Wines serem os movimentes, e em especial a escrita injestio de cafS. Mas osia bebida acclora os mow ‘menios do corasao, dé-Ine um andamento, espasmés dico © predisdi muitas pessoas para a célera. Num grande miimero, de crajuras nerugnes 0 café ocasio Aispneia, uma sensagao de consirigao e tremor no membros: predispo} assim pata 23 ongasliaa, pat a5 ingulciacbis sem motivo, © alé pata os fenton despropesiiados. ‘Mas 08 nossos melos'de acco de pressa so onus rmeram; ¢, tudo somado, qaisi nao vale. pena fal no. poderio divecto sdbre o essencial dos sentintento Nap 2conlece 0 mestno para tudo ¢ que na ma terial do sentimento ¢ muscular. A wadueao extoro do. sentimento pertence-res, pois que somos senh: tes de execular ov nde execulat os movimenton. Hi entre sentimento’ e x sua aduglo exterior associagao constant a é una. lei getal_om psicolojia, ele quand dis elementos quaisauer, esliveram Freqiientemen + asspclados, um fence a despertar 6 outro. fm gincogenci dott Lo Guo oa prof dos. psicélogss praticos se ocuparain le educacd ado senlimente;« tanto Tnavia de Loyola como Pasc Fecomendam 9 acts exeros dn como oninend temeute:proprios a digpor a alina para o estado af clap colsajustete Site e ane ta eeee cond hipndtico a aitude que corresponde a ina emocdo & soberana para sujorir esta ftima. «Seja gual for paixio quo 5° quiser exprimir pela ofitade do pacien ie, apenas os misculos necessérios a essa painso em tram em actividade, 2 propria paixdo subitamente manifesta © foda organiaagae Ihe. corresponde © 18 suue eater ‘h eotieagi0 DA VONTADE 9 pareo pensamento: um socérro procioso para imped Aue a9 disraccbis fagamn vaslar a alengao, Ajuda tantor no. primeira plano a cadeia de estados. sonscléncia, sempre pronia a parir-so @ a deisar au ‘seimiroduzam no seu logar esiodos novos. Mas jul ‘que assim se pode sujerir numa alma um sentiment (que If nao estd Sendo em gormen, ov que nem ‘ormen est, ¢ igncrar qua ¢.elomento essoncial d {odo o senfimento eseapa ac nosso poder Assim. quando wma enocoo se mariesia em nb ‘a0. podemos impedir que ela se fraduza exteriong ments, A colera para se exprimir tei nocosstOad das punks feclados, dos denies: cerrados, da co tracgBa_dos-miscules da face, duma respiraczo of gante: quos ego! posso ordenar aos meus mascula que. se distendam e a minha boca que sora po fwoderar 9s espasmas respiratovign. Mas 32. eu experimentel eslinguir as. primeliasmanifesiacdigg finda fracas, 63 emoqa0 nasconte, s2.a dete aumet tar, oF meus esiorgos provavalmenta ficam inut sobreludlo se interiormente a vonlade nao chega ‘mandar em s0:0;r0 outros sentimentos. tis coro: @ Sennimante da dignidade pessoal, 9 medo. dalpum cindala, ee © mesmo se pederia constatar om re ‘eo a cmodio sensual Se o expiito ¢ cimplice d Geseja, Speniraquece aresiténcia interior, a resis fia dos misculos, ajontes do desejo, dura pouca. Fy Feara geral, nada serve bloquear o iaimigo, levaqtail Go conlra ele trabelhes maleias, s© as fropas qu investem, seniem que os choles enfranquecem © tim disposios’ a pacluar. Essa recusa dos miscula ‘em obedeces 3 posdo deve ber enerjcamente ap 4s por todas 25 poiéncias inieriores solidéras, Dé vem que de fara'pouca podemgs sobre: 0 fieror. nossa influgneia Girecta: para provocar na alma Um senfiments ou pala imobilizar, reduzir & i.poténcig “f pvincipaimente para destruir im sentimenio, € pois 10 que esses melos exiemos nos fornecem € ape um campfentento: complemenio jrecios0 sem ii, rina que nao fax mais do que juntar-se-a ama inlema 44-vigorosa $v Se eslivéssemos, pois, eneetrados no presente 2 vi- issomos cuidando apenas do dia de boje, sem pre- jydo, toda a fats serfa inutil. Assisfiriamos impoten- 20 confilo das. ideias, dos. entimentos. «das Indis dentro de-nds, A lta fhovia de ser inteves- fanic, mas a inteliiéncia nfo passaria de eapectadora iecipadamente desanimada. O maximo gue ela po- in ora, como quem joga nas comida, diverir-se a ger célculos sdbre o resultado da Inte ? ocaberia até or adquitie noste prognostic una cela inalibilide emt disse, para ® maior parte da genie a intll= i porque quasi todos sam grados pela sua prescigncia. Poraue eles prevem © ur hi de suceder, © ha de suceder precisamtente 0 que 0 "As emocdis reljjosas nos rasios ou mis épacas de {€ profinds fossaam nia massa de extrem onerja, porque sam composlas de senfinientes elemeniatesy Teoladamente poderosos e agiupados num feixe coe™ fente, O medo a epinito publica, 0 respeio pela ar foridade de pessoas vevecidas dum caricter eagrado, 28 recordagbio acumulades pela educacso 9 terior dos castigos elernos, 2 esperanca do céu, 0 terror dun: Deu justieeto por toda a parte presente, tudo dlhando « tudo escutando, ¢ discernindo anda 08 mate Sectekoy pensamtentos, lado iss0 6 como. que fundido fhm dato afectivo extremamente complexo, mes que consciéncia se afigura:simplez. A chama ardonte ‘dssse senfitiento fam vigoroso, danse soldajens de~ Fintvas enfte ides « actos: @ assim que. nas natu~ tzas teljoses eauperiores, uma injiriapode nao pro~ vocar a cblera, tanlo.a sua resionecdo € pronty Sincef; e-nem a caslidade ‘causa falas, deal nod 3s inetagbis conuaig que abrasani © cétebro, das sé= Testworalmente inferiores e334m destruidag, enfraque~ ‘idas ow deparadas, Belo exenplo de irianfo obs fom lendencias tam povlerosas, unicamene pele a Iagonisme de gontimenios. superioras. Dizis Renans-sSinlo que. minha vida ¢ sempre governada jor usa 48 que eu id nao feuhor # {6m {Sse departicular, que artia ainde depois de tor des: faparecidor. Isto neo é do modo-algum pactcalar £2 Toda a vinocdo sincera que durante muito temps Iigot oF actos a ceries idelas pote desapurecer, mas vise atrés de si esse ago, asin como no sloisina 0 mela termo desaparece, apenas trouxe 3 conelis49, Mas_somelhanies ligagsie, que 9 senfimente ala Asin foclmente, pode fan leis fornailas. com a condicao de Sonseguir a cumpliciiage dos estados aiecivos, Nada mts treoien|e na edueoga0. que re- “cobomas na famita © no tice, 03 pais cos proiess tes podem nzer as soldajens aie Quiserem, como jd vias. Do mesmo modo 4 relfido.” Mas.na obra de eouca¢aa de nds mesmos por 10s mesimos assim ndo sueede. A farsia.& maito frais complicada; exie um profando conhecimento. ala nossa natureza_psicaléiicn ¢, dos seus recursos. A sata do lieu, os mancebos quiadas ai ai peles pais ou patos professores, que: tinhamt unt fabatho reo: lar © perfetamente detinide imposto palo regularento, ‘icontram-e dum para outro dia sem preparacio es Dacial, sbrinhos numa grande cade. sem vijlsnea, tubs vezes sem conselhos e principalmente sm um frabalho detinido » porau® preparar um exame x30 6 “6 mesmo quo ter ia 4 dig empr6gedatemtpo bem fracado. Mais sans taninéin nao them a tic (o fan afasiada, tam pouco elicaz)) & 6 reués temido no Tim do ano, : ‘Mas a maior parle das eatudaates, aprovados ape= sar de tudo quia sew Irabala, cizew para alastar tudo 0 raciocinio trabalharemos a valer no wie ies! . Uni ser uecessinie, no'meio de civcinstineis tain iworslas assegurar 0 predomfiio. da. idea, © cones: uir-he qpoio em semtimentos que jf exstem no es Trane, E questio de lstiea; mas primelrg devemos Ssaminar bem 93 nosses reeuros, sem omic nenhudy, Fe olservar de millo perlo a quesiae de saber como Ae liam de formar os lagos tecessirios errs tas ideiag © fal procedimenta, 4 s9u9 vAvOr sl Examinaremos ent primeito logar as relacols da’ ideia com as poténcias afectivas fayoravels 3 obral do dominio do eu. Os fildsofos que se ocuparam das relacdis da ins teliiéncia com o sentimenta, c esses bem mais numa 10505, dsfinguem dias espéciest de comheciment onhscimento préfriamente intelectual ¢ o coukecic monte polo coragao |, E wma forma incortecta ‘expr ina verdade fundasnental, Todo o coneciment & hntelectual. Mas- quando © conhetimento ¢ acom= panhade por uma evnogio, ha fusdo intima dos dei Hlenioatos, 9 intelectual eosersivol:e osentinenio por fssim dizer mais volunioso © mais infenso que aide oloca-se em plena liz da consciéncie, angando ma pe= fumbra a. ideia associada, Vimos mais acinia exem~ plos de ideias frias até corta dota, que, bruscamente, eaperiam emogdis violentas, de fal modo que depois 2 idels mal pode surir na consciencia, seu que faste consigo a lemibranca dx emo, lembrana aig © afinal do ebmias a emocao no estado. nascente assim que actualmente, ap6s uma experisncia dema- Siada viva *, basta-iie pensar que vou # eseorrcgor por uma ramps, para imediniamente experimenter 0. Fenlimento da verliem. Eis aqui ewire uma ideia 6) tim estado afectivo anleriorments desconhecida, ama ligagae que infeizmente se fowou automatica duma 58 vez, Tais ligacois peder-se-hamn cimentar atificial: hhente? Se a reposta force negatva, ld se ia a ec Caczo da voutede, Mas acabimos de ver que toda a trad. Bureau, Pe GE, expecioimihte Clay + 1: Aitornati 229, F Alcan. ‘Vine seima, Liuro Tl, cap. 4, §1- A roveagAo a vowrane 35 sdlucagie assenta edbre essa possibilidade, Todavia, Doderd un estudante lve, que 36 depende de si em: pice ider egualmente yor sua propria cauta o qua as ipiis © 05 professores podem consaguir? Se a reposts “f negativa, a educacao de cada um por si mesmo sera Ingosive jae tals agsociacdis.sejam dificeis de conseguir, Therm & certo, Mas que sam pessivers is o que ainda fhsis certo julatmos, Ora esta possiblidade'& a nossa Tivertacio, Afirma-to € afirmar que somos lures. Pols thom, nao hecitimos om fazer essa afirmasio. Sim, soos lives. Todos podemos, se-0 deseiarmos, 2330 Gar, por exemple, ideia dum trabalho desagradavel, Geniimentos que o. tornesn facil dai por deante, Di: gens sentimentos, porque am geral no trabalhador Inieloctual esta assoriagfo faz-se com um grande n nero de estaidos afectivos. Além disso essa associa: aco 6 raras vezes 6 resuljado cuimma experisncia {itica, como no exempto citad> mais acira, Procede 105 como um desenhadar, por iracos sucessivos de rayon; cada associac2o realizada deiea na conscién- a, gracas a lei do habito que comega a.achiar desde A primeira experiéncia, uma espécie de esbdco Summa 0; as que se realizam, nos momenjos de plena eney- fis trazem os Inacos decisvos que ham ie acabar a fehra esbocada, que depois, pacientemente, se comple: fara por meio de retoques Esia eta eleboracdo € necessitia, porque 9 tra- batho soltérig do jensamento € tam eoniratio 3 na- fureza humana, @ a atencao continua 9 porsoverante tam penosa para.'o mancebe que, para lutar con: aa reals gue ina este esade deinctidade, e-em especial de: concentracao, de ajencas sobre uma ioia, nao & inutl retnie num feixe eslido © coerente fodos os poderes aiectivos, proprias para sustentar 36 2010 paror 2 vontade na sua recisiénsia epintta as poténicias fa Taig da inércia © da preaui Desie modo se examinarniog.o que sustenta a ener= iia nesta langa e fastidiosa série de esforcos, que ne~ testila a composicao dum livre de grande fblego, 449 qual nos enlregames de todo'0 corasto, achamos lima poderasa coatisio de sentimentos ovieatados para 9 mesmo Fin: 0 sentimanto da enero, que 0, (naba~ tho nos dé nam tam allo gra de yivacidade; a me~ dilagio recompensads pelos resultados, pelas ale@ias dda descaberia; 0 seatimenio de stperioridade que nos 444 a {vie por um fim elevado; 0 sentimanio de vi- ‘ger, de bem esfat fisicn, que da a actividade encam hada e infeiramente uilizada por uma forma spre: jtavel. Ajunlemos 2 esies mobels tam fortes a: con aciéncia da estine por parte daquteles que, nada fazen do, nos Seguen uns com va inteirasimpatia © outros com uma ponia de juvela: elegrigs do. hotizonte in: Ielectual que se vai algrgando, Ajuntemos ainda as SatisiagSis do amor prOprio, da ambicto, a descon: tara alegria de ver alegres os que nes sam sates, 6 angi mobeis mais elevados—o amor da humanidade, 1 servigns que se podem prestar 2 tatos mance ‘gue tram, jgnorantes do-caminhe a seguir para che: far a ciencia das cigncias, que € a do govern de ‘nds mesmros ‘Senlimentos,egoishas n0 presente no ftro, sen times aliruisas ¢ impessoais. dam-nos um tesoiro rico de lendéucias, de emogdis e de paindts, qué po: demos chamar am nosso ati, © cujas enerias alé ‘enfig incoorentes, pademos coordenar para iransfor- thar numim até ai io: © desagradavel, rum fim vivo e atraenie, ‘Sobre esse finn “nds. projectdmos tudo que em nés femos da entusiasaro quente e vibrant tl como © amante apaixonado que adorns a sua bem-amada -HbUCAGAG DA YoNTAUE sr ort 0% seus sonhos © os seus deseios; com a dife- tenca de que rele esla objectivacdo de ihsdis € sim- plez & espontinea, 20 passo que para nés ela & pro. turada pela vontade, deliberadamento, © $0 com @ fompo gant esportancidade. Como! Pois o avaro chega a-sacrificara sva sate, 5 Sas pravares e até sua honestidade ag dinheir, © rao podoriamos 16s chegar s amar suficentomente {im fim generoso, como é o trabalho intelectual, pare Ihe fazer o sacrficio, cada dia renovado durante ab ‘gumas horas, da nossa preguica! Aquole comerciante Tevania-se todas os manhas a3 cinco Horas, © fica 3 isposiqdo dos seus fresucses alé as nove horas da rite, ha experanca de poder um dia relirar para 0 campo & gozar iima ociosidade completa,e os nossor Imantebos desdaattariam passat cinco hors, deante da fiesa de trabalho, para a si mesmos essegurarem agora ie no fuiuto:as alegries maliplas da alla cultura intes Teciual! Fosse esse trabalho dgsagradavel ~ mas feito de todo o corrcao munca's ¢ —pedemos estar cer fos de que, pelas leis da assocjacio de ideias, 0 hé~ bilo deminaits os sofrimentos do estdrco, e nko tar- days a tornd-lo agradavel "om efoito, 0 oss0 poder de formar alroeute por associngdo 0 Que dantes nao eta, vai muito lonje, Po- demos enriquecer os senfimentes favoravels & nossa wontade, a pono de os transformar. ‘Quem reconheceria no delicioso senlimento domis- fico, que segundo. 0 exaressao de S, Franciscode Sa- les deixa sescoar e lqiiefazer as alma em Deus» lima sintese de amor, ¢ désse medo dos primeiros ho- ens, gue nis e langados io. meio duma naluteza, poténcia incomensuravel comm a sua, tinhatt © viv sentiment do seu estado miseravel ¢ 0 terrdr das {orcas naturals? Da mesma forma, até o sentimento 4a brovidade da vids sdessa fuga da hora, dessa car 88 iso eavor: 4 EoneAGRO HA vowrane 89 reira imperceptivel, de enlovquecer a"quem a medita, dessa infinits. deshlada de pequenos segundos, que oem 0 corpo € a vida dos homens '> pode vir em hosso” airai, ensinando-ncs a desprezar as distra- cgbis vulgaros Gemeente 70 podemos eridar nem car send limenios, que ndo exisiam na. consciéncia, Mas nto treio que os senfimenios clementa‘es possam falar hiumma canssieneia humana, Em todo 0 caso sa ho Tens que podem diferir tanto dos seus semeliantes, no 2 a esses que nas dirjimos, Escrevemos um trate do para mancedos normaise ndo um manuel de-teralo- Tojia.E além disco tais monsiros nao existem, Onde se viram, por exemple omens, cujo carscier disiiiva, Fosse a crueldade e que nunca, em qualquer circuit ‘tanca,fivossom sentido piedade pelas, suas pessoas de familia’ ou por si mesmos ? Dizemos nunca, porque ainda que esses movimentos Fosse muito raros, nio sera menos fri. ae les sam serim posivs Sa Demos por axtro Jado que os sentimentos. mats, com plexon, aie clevados, sam sateesformadst pela as- Soclacao infina de muitos senfimenios elementares * Por outro lado & manifesto que a alencae tigorosa € pprolongada, concedida pelo expire a ium estado de ‘Consciencis qualquer, tendo a trazél-opara a plena luz a conrigucia; por consegiiGncia permite-Ihe despers tar. of esiados associados e fomnar-se um centro de. ‘organizagao, Por isso sustentamas (@ cada, mt pode. Vertfici-lo em s) que podemos encerajar, forkticar slados afectivos dalgum modo timides €_ humildes, ‘gue até af mal finHlam wm sépro, comstraniidos e hu- railtados palas potsacias viginbas. Vejetovam ingloria- Inente como essas-eslrelas que. nao deixamdo brilhar ‘tm pleno dia, ainda que 9s ignorantes naa suspeitem 6 sia presenca, A nossa atencao, da qual podemos “Gispde fan a lungdo. de poléncs ‘ciara, que no Por ouino taka como se explica 6 éxito dos roman- 165 esphnimente como 6 que todos os compreen- E que aproveitam sentimeatos que ina vida pring “tix gush no iGem ocasiao. de. se exercer. E como “wna pequersa quorra ha auséncia da guetta ! Ee mais, nfo & 0 papel da intliéncia orentar @ operat a fusd0 de sentimenios elementores andrquicosy) Gando-thes wma expressto nitida? Porque todo 0-454 Todo atectiva, todo 9 desojo permanece por si mes mo. vaso, cego € por consegienea impotent. Salvo os senlimenios institivos, coing a colerae o” nedo, que por simesmos se traduzem exterionmente, {8 maior parle necessita 9 cooperagio da intel tia, Provocam na alma war mal estar, um sofrimenta, & 6 0 espirito que dé a esse: mal estar in cada preciso. E a0 espirita que incumbe a investigagac os micios de gatistazer 0 desejo, Se formos surpreeri= didos por ume tormenta no Monle Branco, sofren frio © 0 (error duma morte horrivel, é a infeljéncia ite nos sujere cavarmnos muma parede de neve un rie onde eoperaremee 0 fn do perigo. Se form como Robinson Crusoe, laneadds 0 uma ila deserts, aque fardm fodas as nossas inclinacbis, dclorosnmente Quajeradas, se uma inteliéncia nto trabalhar para sa= fisfazelas ? Se estou wa miseria 2 desejo sair deta, & aida a inteliéncia que vei dar 2o meu procedimenta uma direccAa clara @ definida, Compare:se a indeter= minacio @ 0 vago do abalo prodizido pelo instin‘o se ual num mancebo perfeitamente putro © ignorant Com aclareza e eneriia que tomors nee 0 decejo depoig uma primeira experiéncia, e compreender-se-ho ai aundliat represchia a inteljéncia para os estados afe> Gtivos. Basta, por i350, pera dat a ui dase, a nam ¥ Stuar Mil, Cileardene, ch II, Trad. Le Momnier. Pu can A EDUEAGRO OA YONA NE st trot, na uncidadermllo grande, tortaro ebjesto “ale se persegue perfeilamente preciso para o es) Jp, de forma gue odos os seus aspectos amavels, ee fores ou shnplezmente utels sejam postos om re Veaios; pois, que 36 pelo facio- de seimas intelijen cepazes de prever (pois que saber $ definitiva. jenie prever) podemos vflizar todos 0s meios. 20 9 alcance, o que ja esludanas, para reforcat 0s limentos aliados, Pouro nodemos. divecta e ext Gormente s0dvee 09 nosis estados sfectivos; mae o sso poder adguite uma extonsaa. extrema pela licacto jnteliiente da lei de associacdo, Veremos que a este poder podemos fornecer wm (que 0 duplica, colocando-nes num meio pr Flo § eclosio de cértos sentimenios, meio famaliar, Pil mei de camaradas, de rolacdis, de leturas, de semplosy etc, Além disso, teremos que estudar de- adiamente esia forma indirecia de accao sobre nes esos (iv). seas consideraydi# que af ficam sam inuilo prd= ‘ras » dar-nos coraiem. Se a ideia para se solar Wo aclo necessila do calor dos estades afectivos, nin fir pode dada ds aue nodomos produ ete ca f, onde n0s fr ull, no per um flai, mas pelo em Piezo beni peusado das ils da associagae. A supre- Maca da nfelféncin deca dasde 8 40 parecer im- Mas devemos examinar de mais perto ainda as re~ dis cle ideia com 0 sentimento, O sentimento € urn aco wolumosa, pesado, dificil d® despettar, ¢ por nceatticia podemes prever d prior’ o que a expe- icin com ia que 0 senlimento & uni estado yela- yurente taro. na conscigncta. O ritmo do seu aparo= inento, e desaparecimento 6 muito largo. As emio- His 'Gom como que um Husa e um relluxo, Nos 98 uLi6 payor A eoUicAGAO DA FONTAN, 95 sit Mas ilo 9 equcpamon, pertence nat. Gresaio dos noss0s pensamentos; podémos impedir que 0 tn Depois. de estudarmos a5 rilagbts da intlicncia sedncis se comunigue cada ver niais, Unias veres te. com os estados afcctivos favoriveis, resta nos eshudats Vurmos que atigar o fogs, 2 virmos. que ¢ jmpossivel ypacé-loie, por exempla, pademos deixar Que a nossa, era desabafe ema palavras © em projecios de vin- nica, Sequres coma estamos de nos ventermos, Nido esse desvio fiver esgotado suficientemente 0 alo estinido. © cego, que forga @ nossa vonlade 2 ma retirada prudenie. Deisomias 218 carlo ponlo que 6 adversério esgote forgas antes do tomay a ofensiva, spss wezes podem tava Ina directa Porque uma tendéacia uin posco complesa, como ia Wimos, 6 cogs e portanio, precisa da inieliéncia. Esta quspensa por assim diaor duma idoie. Ea iodo tubarao, cuja visa € fraca e 0 olfacio nile, 1.0 Sei apilolb* que o gull para a presa, e sem 0 jal o esqualo vai adeante dele brutalmente, sem di Aevuimento, Por iss0 © primeiro eleito de toda a ps Kio c de todo 0 desejo 6 perverier a inteliéncia, fe Ss ralagols da inleljéncia com o9 eslados afectvos projudiciais A obra do dominio do eu. Vimos 18 au ‘9 miosso poder sSbre os nossos estados: afectivos, de: sejos © paixdis € muito frace, se € que chega a set apreciavel. Os nossos melos sam apenas indlirectos BF temos poder sobre os nossos miscilos e sébre 4 curso das tosses ideias. Podemos reprimir as mani= fedmeots das emocats, suprimir a aua hinguijem nati val, © cortesio eo mundano (que -é um corte rakiig mais modnoea ut poder mas isn e ite Fijgnte, isto é, da opiniao piblica) adquirem mum grat dovade 0 yoder de ceprimir qualquer traducte yente do seu ddio, da sua célera, da sua inthgnaca ‘ow dy sew deeprezo. ~ ‘Além disso um desejo, uma tendér lutamente separados do mundo exter satistazer-se sento por actos musculates. iy olen satslan ve por injriae-on por pantad ° Sate aires, Bere e ore (aS 0S NOSSO iceuloe depenten da yoase vosisde: e camo 10 Tekos scaear memontancamente 0 exerci 4a trabalho, Uni Géspota sein imperfclo se nao eal sernibtos e uma paisao, € claro que podemos desen Tonvencide da sia superioridade sobre aqueles Eiver'o-nowso podet e chegar a 2fogsr om nds 13 Byae explora, e $0 120 Tvasse exatinado 08 miliplos moe emocia fouvenicnles. do iberdade, Uina pando ljlimada. Eidjnts ious a tendéncia, ele lel da conserva fois solismas (nase fesivel. Por 80 6 ela, 06 da Orca, que a dispendam, a tendéncia: assim contra MP atups de idoias, que serve de «pilotoy ao estado Sida euetormente € impelida para 9 Interict o com iva, que deverds vissr para alinjir ast. Sam ee- Thamda a abasar 0 cerebro, provocsndo ele. Wt solismos que eventos desadtegar, desinoronar. Silove desordenado de idelas, que por suave iil mas. iluadis, Com que a paisae rodeia o seu ob- jespertar senlimentos associados, E neste sen fo, que ¢ necessatio dissipar. F assim & visio cla. cea Paceal digs sGuuano wale asp se fem, (a0 sti w 8 Ero = Hessoherta dey e9g37659 naiotes so tornam as paixdis> fro para aléin das falacosas promessas do presen. lentes razbis por nae fazer nada, ¢ que nao lena idas repostas pats opér a.quem 0 incite a laicar-se A ves pA Hy YoMrADH ar 96, sue favor omenias de cleyacio om que a superiovidade pola Ielicidade. do trabelho sébre uma vida ociosa the “aparece nitidamente: e esses momentos, a seguir, tor- “fam impossioel uma vida de pregiica isenla de. re- ‘norsos, © que & possivel, guanilo:ha veidades 4 opds a ‘govismas, 6 ainda possivel em casos que parecem mais filiceis: quando se irata de opr a sofismas vordadei- Sins ilusdis yoluntérias, ou ainda mais, quando é ne. ‘cessirio opr a uma verdade que conlraia @ obra de slominio do eu, via rede de fiegOts wie, E claro. que uma fiegéo nao pede tor nenfurna in sTluéucia sBbre 0 procedimento, se nio Ihe atcescen Jammios £6. Se apenas fOr uma frmila va, 95 spsifa- iisino>, de nada wos serviré. E ag talvez alguém nos dtenha gpm sisos! Pois ‘qué! poderemos, engenar-nos a nés inestios, con: Arieniamente, deliberadamente, e ser voluitiriamente Jogrados ? Ise 6 absutdo,—Sim, absurd em apa- [réicie, mas. perfoitamente' explicagel para quem re- ectir ao. extraordinério poder de libettagio que nos 125 leis da aienc2o e da memdria. E com afeit, a lei mais garal da memstia nto é “ave toda a lembranca, nao gendo reavivadh de quan- flo em quando, tende a perder e clareza, a empalide- tor cada ver miais, @ a desaparecer depois da memé- fal wual 1? Orn os somos snhoree de owe ae fio numa larga escala, Pedemon, por conseqiéncia, “ondenar 4 morte uma lembranca, bastendo pare iss0 “h recusa de a considerarmos de novo: pademos, 20 ontrério, dar-thes 2 intensidade de reldvo com que a squiserinos na consciénda, prodigalizande-tho 0s cul tej a previsio de conseqiiéncias dolorosas. para. ‘nossa vaidade, para a nosse sade, para a noses lisidade ¢ para a nossa dianidade, suscitarim em fe do. desejo, que’ som isso tetia abafado as conside #018 tondontos a contrarié-lo, outros descjos 2 out Estados afectivos. Estes far-Ihe-ham opesicio, ¢ 0 chegarem a vencé-lo, ndo the deixarém mais uo uma vitéria duvidooa ¢ precaria. A tranatila pos dda consciéncia, substituir-sé-ha a. querra © a inqul lacao. Dasie modo, conira a preguipa contente de ‘mesma, poder-se-ham armiar na consciéncia adve ios que se ham de cxercitar na luta, © que termi taut per alcancar vitérias cada vee mais freaiientes mais docisivas. Recordam-se dessa adoravel figura Quorubim ne Casamento de Figato «54. na0 sei gue sou, extiama cle! Ha js algui tempo dte sino peito aiitado; palpita-me 0 coracaa. simplen, vik duma mulher; as palautas amor e voluptuosidede f zem-no esttemecot © perfurbar. Enfim, 2 necessia: de dizer a alguém —amo-vos — fornou-se para mil tam instante que 0 digo s6 de todo, a correr no ne qua, & tua amante, a 8, as Arvores, 20 vento fem encontrei Marcelina..- Susavia (rindo): ata ah! ah Querubim: porque nao? E rmk there donzela! wnia mulher! ah! conto estes no sam déces'» Se Querubim {dsse capaz de recons derer por ura. momento, dando-ce a olfar Marcel de perio, a compencirar-se da sua fealdade, das welhice «do sew prelenciosismo, teria sido 0 Seu fejo gravomente ferida: e quem o mataria ? 0 exat atento, a verdade. Uma grande paixio nao dei acordar 0 espirilo erica; mas se o descrécio vol taro do objecto da paixio For possivel, a paindo c 0 fisco de morrer. 2 ‘0 preguigaso, ainda mesmo 0 que mais fertifica sliver exteriormente com boas razdis sofsticas, | Acrescentamos esta palaura nsf no fala De Deixar Jniacta a. quesiao de saber se alguma lembrance se perve i abso, ‘ foo ante Paro A. est2s: meios de acgie juntemos a disposicao in Tiente dos meios exteriores, ¢ 9 afasiamento do se préprio pata alimentar as nossas paisbis © 2% condi= gots que the sojam propiclas. sv Mas este conjumto de procéssos lslicas consit antes a ptearaes0 para a guerra, do que 2 guerré prooriamente dite, Esta preparagio pode ser subita- frente inferrompida por alguna paisio que feriha cress ido sem einbargo dos nossos esforcos, o1 muilas das Vezes aproveitande se da nossa falta de alencto e do. Sono da wonlade. Mas quand a tempestade roje, cus: do 1 sensualidade invade, por excmplo, a cousciéncia to devemos eaquecer que os alimentos de que a painaa SE pote alimentar sain ideias, © que essasideias, que 0 fenide a. associar em seu proveito, podem Inds tontar aisociar em noss0 beneficio. Sea lute & desegual, € 6 incéndio caminha cada. vez mals, € mes cemario que a nossa, ideias ¢ 03 senfimentos favoraveis, ¢ gut 0 que § ‘abstracia 0 transiormemos em afectos sensiveis © vives. A reflexta meditative avinje 0 seu fim de pois de ter provocado poderosos movimentos sfectno- Sas ou vigorosas repulsbis, Ao paséo que o estudo procura saber, a reflexdo deve procurar a ecco, CAPITULO PRIMEIRO A reflex meditativa Dizemos reflexdo. meditativa para distinguir mente esta operacto inielectual das operacdis. sin lares. Nao entandomos por estas palavras, escussdog dizé-lo, devaneio sentimental que é, come verem tum dos inimiges que temos a combater na obra do dominio de nés mesmos. Ag passa qite no devan a atengio dormita, deixando que a6 Iramas de ido fe senfimenlos. perpassem molemente na conscit i, eatcadeando-se av sabor dos caprichos da asso cla¢do das idelas, e tantas vezes da forma tals int revista, a reflexdo meditative nio deixa nada a ‘caso, Esoa rele, todavia, dee do estado que fim adquivir conherimentos pracisas, pois cual Fonds; nfo smobilara alas, masa soma >: Ne estudo, com feito, © que procurtmos € conhecer, Gomi -a teflexd0 -meditativa, sucede”imulio diferent mente. O nosso fim provocar na alima movimrentos ' Montaigne, 111 1 10 nuii6 eavor 4 OUEAGAG Lis yOR! AME rr) como escancararam 9 consciéatia as coisas de fora ‘ip {Gem nunca a:corajem de ir, sob esta forrenie-d grijem externa, sondar 0 fundo ‘sido e permanent do seu, proprio ser. Dai rosulla. que yam attaves. ida, a mercé dos acontecimentos exteriores, lant ps €8 orlisis, tam pouco seahores de si mesmos, co as fellas que rodopiam impelidas pelo vento de o foro. O provelto que lira das suas expericicias nalo: dear errar o olhar sdbre lanlas coisas efi vale a nada olhar: $6 fezem ama grande colbeita-d descoberias aqueles gue mergulham na torrente d impressois sem se deixar arrastar, ¢ que conse ‘a presence de esoitto necessdria pare agerrar na pak Saiem as circunsidncias, as. idelas © os sentiments que escolar, e aos quis fatima sogutr sofrer Mi vetdadoiro trabalho de assimilaca®, Uma vex conscienies cloramente do. nosso fim, qu fortiicar a nossa voniade, ¢ em parlicalar a no wontade dé trabalhar, & prociso fazer a velecgao Jodas_as cincimstancias cxteriores, de todas as i ideias € sentimentos, obrigar os pocleres hi 2° Quando um sentimento os falta ou recusa des Dpeviar, examinar com que ideia ow com- que grupo ‘e ideias pode ter algats Lagos; far a ateng#0 s6- Tore ossas dias, manie-as fortement@ na consciencia, f fsperat que, pelojégo natural da associaeéa, o seu Hfimenio desperte. 3" Quando um sentimento _desfaudravel nossa bra iresmpe na coxsciéncia, nao Ihe presiar alencao, Ipocuratndo pensar nel ¢ de ceri odo fazbo inorser de inanigao, ‘ 4 Quando wm senfimento desfavoravel crescet: & “ge impdi . alengao, sem que tha possamos recusan, Giclic um trabalho de critica malévola aébre todas as fdeias de que esse seniinenio depende e sobre 6 proprio objecto do sentimento. 5. Trazer sbbro-as citcunstinciasextoriores da vida ‘olhar peneirante, indo até as menores partcula- je mancita @ ular inieientem 105 recursos © a evitar todos 08 perigos. Tal 6, por assim digee, @ programa geral que cada uum deve peocurar eplicar te todos gralmente, © deixar quo ce oscapern, sem ac me: tum olfiar de. atencae, 03 poderes hostis, O seqreda bom éxito € aproveilar tudo © que fOr util para: o giv Mas ha cerfos panies sObre os quals € necessirio noses fins Insist. Quando: cade um so gompenetrar da necesst- su thado do nao ser um sfujtivo do si mesmo, quando F compreendor que a distracsfo & uma fraguees andloga Esti pois dlaramente indicado 0: trabalho do p fo remor dos aiembres, saberé 0 estadante procarar eélogo pelos estudes que precedem, ico nas a linkas geraie: “L Gaxndo am genfimento favoravel nassa na com seiéacia,inpedir que a atravesse rapiationto, eae atereto sdbre ele, obrigt-lo a despertar asidciase 0 Fentinentos que puder desperiar. Por oulvos ferme obrigé-to 0 prolilerar, a dar tudo © que puder. omentos para.o recolhimento; deixaré de dsporsar 9.osptito. como Fazom os seus camaradas; deixara de ler & tarde dez jornais, no desperdicars’ 0 tempo a "Jover carlas, adisculir com acedumesdbre frioleirase {)aturdirse por todas as formas, Considerard quosiao de honra-estar sentir de si mesmo, ¢ nao sesdeixard acrasiar inerfe pela corrente que arrebata os oniros. 412 sso Paver x roucacho DA VONTADE 113 day por elas, neahuma atinje a clareza, 0 resiliado dlesiae evgcacaie eupericiis & para o espeito uma Yodiga esterl: fiea-se por assim dizer atordoads por esse foreinho de insions gue aborian. 0 remo ara este mal esti em ver claramenle nay mine No deveis, por exemple, dizer | meus pais vam ficar atsteltgs! Evocai a lombranga do vosso pai, vide a3 uniigstacdis da sia alegria'a cada wm dee vosios jlaaids, comtemplaisa em imalinacie a receber os Comptimentos dos amigos da familia, Representa’-vos ‘s-orqulho de vossa. mai o o sou. prazer nas férias quando passear pelo brace désse filha, motive do seu. Draulko; e assisii em pensamento 9 refeigi da tarde, fom que 0 fala de vés, Podets saborear a6 a vaidade fnjéaua duina irmazinha por esse irméo mais velho, Por outras pelevies: procurai pola evotaca6 precisa do certas particularidades, de certos gew'os, de cer feo pelaeras, sentie profundamenie 4 felcidade dos eres amades, que por vés 5° impdem de cara ale- Gir os nals pesados sacrificios, que se pyivam de D initae alogrias para tornar a vost mocidade: mals © que lomam sabre si os encargas da oxistén- fia, para que os yossos Sinbres andem mois leves. ‘Ds inestna Jorma serd necessio evoearalé a5 me= fores particularidades concretas as slegrias da velhice quando cord uma vida de trabalho, a.auloridade ais nossas.palavras, do. que escrevemes, 9 respeito de (odes, @arande inleresse que a vida ainda. ten, quando privada de muitos prazeres materiais, etc. As- sim dover ssaborear-se+ também as coneideracois ue dizem respeite a itdependéncie que dio traba- ho, o-senlimenta de forea e de poder que desenvolve, as felcidades inumeraveis gue traz aos enéricos, e-98, alegrias a que duplica 0 sabor. Guando se medilon imuite mestas comideracdis © ainda nowtas, quand se debeow impregnar 0 pens (Ora,o meio mais efieaz de chegar a esta posse do cu é susclizn na alma vigoroses afeigdis cu veem tes repulsbie. Procurara, pois, por meio de reflest simplee e familiares sobrigar:se* a amay 0 traball a detestar a vide mole, inutile tela do ocioso. Sua propria experiéncia Ihe fornevers estas rellexdis oda instante. Nao a8 deixara espulsar jtediatem ido pensamento por oulras ideias. Terd o enidadoste saborear. Obrigi-lassha @ tomar tedo 0 desenvol onto @ ampliude, Em vez de: pensar com pala ‘emo 0 valeo, ha de querer ube dunia forma ci fe circunstanciada acnilo em que reflectir, Ver dit forma geral, e como que @ corret, € 0 métede, ipititos preguigosos. Os espitiios reflectidos deix a0. conirario distlar gots 2 gota e

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