You are on page 1of 42
s com a maneira pela qual poderemos compreender a pr ago sob o capitalismo. Mas Nei ‘obre um projeto de maior signifiedncia poli- ‘quando os diversos movimentos opostos a0 ca- ferior dos espacos fragmentados da economia mundial vecerem a espacialidade de suas condigBes ¢ desenvolverem uma concepeao de como combater 0 poder do capitalismo em produzir e, por- espaco, é que seus proprios projetos para se libertarem ;pitalista aleancarao uma chance plena de serem realizados. | DAVID HARVEY Cted Fdiarde hb A. Ae.ver00). Ca Shatire, Bertrand Brot 1gpr. fe eyesdoen sming mpuyy soapy 1 A Ideologia da Natureza 1ue qualquer outro acontecimento conhecido, aemergéncia do capitalismo industrial éresponsavel pelo surgimento das concepOes fe visOes contemporaneas sobre a natureza, Tanto para 0 apologista quanto o detrator, a transformagao global da natureza realizada pelo ca- fo industrial dominal tanto o consume fisico quanto ¢ intelec- fa natureza. Esia experiencia elimina concepeGes antigas ¢ incor pativeis da natureza e {az com que outras novas se apresentem. A do- minagdo da natureza éuma realidadeaceita por todos, quer ela seja com espanto, como uma medida do progresso humano, ou com come iim trigivo premincio de-unt desastre iminenté, Enquanto al antecipam “que um total controle da natureza é possivel em uni nao muito distante”, outros se lamentam de que a sociedade tn estd se tornando pouco mais que uma “‘macica confusdo na natureza Para todos eles, todavia, a realidade da dominacao social sobre a natt- reza €incontestavel, ainda que a magnitude do processo seja objeto de debate ¢ que sua moralidade seja objeto de acirradas polémicas. Entretanto, pesar da centralizacdo dessa experiéncia, no ni vida didria do individuo, assim como no da sociedade em seu conjunt nossa concepco corrente da natureza nao é simples nem € tampouce ‘uma reflexdo conceitual dessa experiéneia social da natureza, relativa- mente recente. Assim como uma rvore ei crescimento recebe um no: yo anela cada ano, a concepedo social da natureca tem acurnislado inu- ‘merdveis camadas de significado no decorrer da Histéria, Damesma for ma que ao se derrubar a drvore expdem-se esses anéis, antes que a ma- mnqquou iMbe’ey OBNY*,,oONO OpoUt, ap ‘oRSHOSap Joyal BUEN oulareureyp'suanb apnbe oorypuap opow o zezaanieu v ste2if Flog "esuapise wa ayuourepide: wrezeoy ‘sesnasqo 2} no ojuenbua ‘nasnur ap seSad wo so9'xa0u00 Seyimu ‘Ons w ABLE] oydejar won owssout o 4072) vosequeai8 squowTenst vjore) BILN 19q jueyy pie wrainveU ep soTjaouEd stedioutsd Sop O1UaUItA}OA nso KOSAIURATS Bast] BUIN 9 3S “[HILEP! ‘olaytpa 0 opoy bptnd ‘Tenoouoo 0 fens ezamaeu ep o¥sIns Oc enp-o'anb oF aypse win 7 que HOU O8fe wa} Bia ag “Z}a1I09 2iqos epmiysuos yiso ezameu ep Bsonging Yy wrammyeu v2 emyno e ‘wamnyee B 2 aU v uwivosanb sonnno eogtdut souaut ojad no woroud [2 uonia wzamren ep 2 401.211 jeulTe Op Ou ‘ep Oduny wo ‘atsadso ep fans ou 9 faquaUs Eu apyprun Bun OU aainjed e BARuOUTLIodsS [ENpIAIpUt a}UIosOUTOD SqUDUH ¥ fopeId -ns eaa ousyTENp 9859 renb ofed OU oO ‘ordiautsd wo “eto o4uDUU e HEN, end wunsye ues amaiy Ogu vuBUNY aytioML BLadard e “oULs;TEND 1y1ed thd pMBuNsIp v opers| toy aja (ayuaL 7012 sonisodoud sossou ered sayueodu sesiaaip anue nmBunstp 1uey “yIsuo-oorepnt fensse[=quT opSipeN eL so owausexy wo wesamede oquaUre}I20 seja Bloque “WUE e ‘aftaueanp % stew WiejOWaI OWIsHTENp Op seduOIsIY Sezre4 Sy “seperedss aquOMUTIOEY 19s wopod ‘guns exeureut 2p ' eon pid eu sopypunyuod siuDUITUORD “a1 098 sea ‘os uressod ezaimyen ep sagSdaotI09 sesso onb seupHpEN 8 BP Soar#OjoDa SOTUEUETEN, $0 ‘OPO assacy “ezaITEN EP up sojadse so orenb spemyeu ov} auoUNEIN|OSqE OBS TELS § OnateYoduaa nas.a souEtnY $9128 so anb ony 7189 pen “eeu ezamyen e sow) spu SOLAR EzaITTEU EP OPE] OV 7M a eee 0 -08 ogdnpoid ap ossasoud ow epezypeuarut 32s ered opureiadse Iso ez pine e-‘sapeisodwioy 9 Sop ‘seyp01 9 soz0A1p OUIOD “Teno9s Zey amo a Sua} any OPH nad = Q -ezaineu ep opddoquoa v wunop anb jeouasso OUISTTENp tin Ura Sop -R/1ueaLo ovs sofa apepHo|duroo ens wo OUsSLU sett ‘9f044 W9A1AdIGOS Sopeoyfifts s9ss9 sopor ‘ezainreu wp sesdaau09 ap oaua[a OssOUr UG] fouejd > jejuaproe “wugysIy ep orposd o = -oud win 9 snag ap Wop win 9 ezaunyeu Yy “eulnbyw 2 outs|UeBI0 ‘ona 02 sou ‘soured ap a4 wun 2 apepsre01 ew 9 I> “BSOL01K 9 ep -PURUOP ‘Tejntsas 9 aUN|qNs “Wapsosep 2 wapuo 9 eraIMIeU e ‘epEIMoE jo vind ‘eysy.0 epep 9 vie ‘Temntdse 9 peusyew 9 veeunTeU Wy “Er -ATOOSS7BA seis 3 exo[dutoo ajuourewasyx9 9 ezgunyeu op beSdadtI09 & ‘ezameu vp wpuatizdio wu wmwo9 oyuaurepun] op ssede “uss'y ‘sep -nyeBsas aquatuzeidzed ‘opnyse ojuasord ou ‘ogs vazymeu ep sogddzau09 sBUjan ‘Teme wood9 B sepeydoude ezaumen ep sagdtigoiI00 ta SopeULLOF Suen 9 sopep[oul Jas wressod noe sopeoytusts S070} @axmo: -o17e gun epedsoystier} 398 xed eLreLIas euun ered epepueUL ef tensfio de esgotar o assunto; em cada caso 0 tratamento é muito s 0, jd quea questo é antes ilustrar que provas em definitivo a ideologia burguesa da natureza. Finalmente, examinaremos o tratamento marxista da natureza, a pringipal alternativa & concepeo burguesa. 1 A NATUREZA NA CIENCIA” Kuma tradigo tragarem-se as origens da ciéncia moderoa no ini cio do seculo dezessete e com Francis Bacon. Bacon € mais conhecido por sua def | do primado da natureza. O dominio da na- {ureza, considerava ele, é uma tarefa divina, sancionada por Deus ¢tor- nada necessdria pela Queda do Jardim do Eden. Se a Inocéncia foi pa- ra sempre perdida, alguma coisa do harmonioso equilibrio entre ““o ho- mem ea natuteza”” poderia ainda ser reconquistado através do benéfi- co dominiodo homem sobre a natureza. O dominio da natureza € rea- lizado através da aplicagdo das ‘artes mecdnicas"” que 846, Por sua vez, desenvolvidas através da “perquiricao da nat te profundndo-se cada vez mais na mente do conhecimento natural” poderia o homem desenvolver os meios de domis re a natureza; 6 homem comanda anatureza obedecendo a sé con dedic6i sua vida ao estabelecimento dos meios institucionais para a pesquisa centifica sistemdtica, uma visio imortalizada na New Adantis, mas nunca realizada na prética durante a vida de Bacon*, 'As fantasias de Bacon, assim como as idéias que clas cariegam, impregnaram de tal maneira nossa linguagem concepsao de ciéncia {que sua originalidade é dificil de ser apreciada completamente. Seja.co- ‘mo for, aconcepedo da natureza trazida por Bacon ¢ explicitamente ex: jor & sociedade humana;{cla ¢ um objeto a ser inado. lado. Em comparaciio com concepgdes mais antigas, a imagen de_ ‘Ba- con da relapao com a natureza &antes mecanica que organica. A socie- dade é separada da natureza como sendo o dominio do homem gue, com ‘governo presciente, pode ser empregada para a dominacao do homem sobre a natureza. E.claro que os beneficios politicos do poder sobre a natureza nfo escaparam a Bacon, Lord Chanceler da Inglaterra, ¢ ele nao somenté affrma a ide da natureza mas, vendo o poten- cial[parao Contfole scial, inerente ciéncia, ele antecipa a distincao de Kant de natureza exterior e intétior? ~~—— : 30 da aprendizager, je um homem para as necessidades selvagens e incor ‘dao ovidos aos preceitos;as leis & religido, en loqiiéncia e persuasao dos| dos sermées e dos discursos, a sociedade ea paz so mant strumentos ficarem mudos ou se a sedicio © 0 tun is, todas as coisas se dissoiverm na anar- ‘A pesquisa cientifica poderia também oferecer os meios para se Gominar a natureza humana, reprimirem-se as consequiéncias deletérias da paixio humana, a avidez € os desejos. e ‘A partir de Bacon, tornou-se lugar comum que a ciéncia trate & natureza como exterior no sentido de que 0 cientificos ditam uma absoluta abstragao tanto do contexto social dos ‘eventos ¢ objetos em exame quando do contexto social da prépria at ade ciehtifica. Apesar de que a mecdnica de Newton permiti.uta gar a Delis io tniverso natural, a sociedade e 9 ser humanohaviam do expulsos desse mundo. Quando ele observou a queda da maca, N 16h Tido se indagou sobre as forcas ¢ os eventos sociais que levaram ai guém a plantar ira nem sobreo tracado do jardim, ditando a calizagdo precisa da mag que caiu. Tampouco indagou ele acer \¢& sua forma. dagou, antes de tudo, a respeito do evento “natural”, definido em abs tragdo a seu contexto social. Da mesma forma que o objeto imediato da teoria da relatividade de Einstein foi um mundo demovimento at6- ico no espago-tempo, um mundo que na verdade nao Ja da experiéneia humana direta. Os resultados podiam na- turalmente ser generalizados dos eventos materiais na escala social, la ‘oni podia ser aplicada ‘ambos os casos, 0s pro- ificos nao como corpo (humano) que cai nfo apresenta coniseqiiéncias do ser tt para ilustrar a gravidade e a relatividade. 2 selapistos ap opouro jeu0s jaf to} wan sqeU way OBL se “goSedso op ‘preise ‘ezammyeu ep wiBojoapr e wos oFaUI00 UH9 ‘onb | -noedso sowapod ‘opous assoc] ‘snacr op eStiasosdiuo ep opdursaytueUt ‘eum wa UREIAOLL 9s Soo Tenb OU Odeds9 O ‘SEI -op a1uourenra my B39 soyatqo sop o}uoMLAOW O -t19S0]!J OBSdapuOD ens ¥ SepEUIpIOGns UreAeISS sens se sepo} anb epra ens ap reuty o gre Ns ‘snaq_ wos omy f . ‘waljQsOyyy 3 BSOI id 2 Gog “wzamyeu ep sooiseg sojwauafa so urefos: 8 OgU9 ‘odwiar 0 3 oSedsa o anb ap apepmiaissod e nuge uo} “odedsa ap swiqooe ajuauintu0o s2o5ou sessou ap aueusuuarep [ed 2 obedso ap soaSdaguioa seSrque se 2s-sodo uoLwaN/s0sot8 aigos eperogeps wiso fesraamun wzamyet lun ap UdIMa] op OBSIA v “UOD OHSS ‘seUM sTeATeL sta] sens ap apEpyTesiaTUN eu LDISy oBSdadE By peun eM upquie easnted ep apepiEsiorun & INN copniuas assou yessaatun 9 wzaim) vu v elougaiy eumreagr SOUSTIQIE] 0 Sop) ‘ter veanyeu unefag -“vpugmde ens ap oxteq 10d aisha anb o “eau9ss9 ens Jo71p sowarond ojttans no oyafgo nde ap ,,ezasnTeU,, Jog “soauyrodutaiuoD o1WdLLES ad ossouapa.uoftensuy essou ap seyndiue espad euumn 9 eIoUgss9 E LOD zaamieu ep eAMOyUS e “UantAaIqOS Ogu BUIO} B UIOD FzomNyEU ep OBdEZ 10} ap od ouiseus o wremnssod , srerouynrE,, 9 ,sTeINyeU,, So1afgo sO ‘eBaidura waquIE! EatmBIOdWaIIOS EDU Y “Ee” anb unsisur uoseg ‘Ter20s puny op Jouope wzainyeU v assesedas anb, 3p 0f9s9p 0 Wisse opuraifat “ezaungeu wp wuoWLEY e er neysar uretiopod souetuny sax ‘ep spacine ‘anb wp epipaur eu “xq Bjad epiduioy 38509 ezainneu ep op ep Bolfae| OFSIOA w NOISTE TOseE “eouNUA opSeBAsoAut na aquer2.ut aured wrera seu ‘opeanou aquawreanyod jeuorado omuawiaidns wm uresoy ul03} BU Tne souane ezamyeu eu ap 2a ‘ogddao, “lod Bp Twousany 9 WDE HOD "etn sEdUIGS epiTe EIS EEIoNpIAw OES jar US WpeBIT ELAN tiuad v alusumfenye amb eu “Tube OBIsOND v SePY wind wsinbsod ap sonuos sop spnesye SeIaUIp SeATIAD oud sapepisscoou Sep vanapinpa pumnsye epure noyLes ep ‘Seyure BS esseuu w13 ad Hpuels epo1 ap OgSear wuss © “enugzaw Sou sep 01 ouresRaT op SLIGO so aga seionpaid sq” Sepopesaur mn: SSolqoautin ano = oporpu: 2 eunsnpur anua ogxotoa v woquig ‘felvapIze UU ELEITIQIE lieu 9 ou 1opane o1afqo uN OWtOD wzasNIEU ¥p ORSeuasaIde Y sts, oi un Sit * SP, i I ETP LE A ET a Biologia; a sociedade torna-se um_ artefato biolégico?. Nao érelevante jonismo biolégico ndo seja endossado pe- (0 de uma natureza universal, com a bio- Jogia sendé o fulero vi iureza humana é simplesmente um sub- conjunto da natuteza biolégica. ‘Mais crédito-¢ dado pela maioria dos cientistas A teoria fisica da natureza universal. De acordo.com essa concepeao, €o mundo fisico-e fio o murido biolégico que jaz na base da natureza. Com a refutagdo de Newton por Einstein eo aparecimento da teoria quantica, "hd certa- pate sobre se o,espaco ¢ 0 tempo ou a matéria 540.05 cle- mento’ basicos dos eventos fisicos. Porém, nao importa como nés res- pondamos a essa questo, a concepeao é aquela que reduz os eventos ioldgicos aos eventos fisicos, seja diretamente ou por ‘meio da quimi- ca. Talvez seja bom dizer que essa vis4o da. universalidade da natureza fisica seja a mais amplamente aceita, Em tiltima andlisc, o elemento com- ponente da natureza éa mat “natureza”, a natureza éma- terial. A busca de explicagées psicoldgicas do comportamento psicolé- gico implica essa visdo. O fisico ‘Carl Friedrich von Weizsacker apresen- tou um quadro programético otimista da tese sobre a “unidade da na- tureza”. A fisica, dizele,é ia que deve dar expresso a unidade da natureza’”. Ha trés etapas fundamentais para se compreender a ‘dade da natureza. Em primeiro lugar, 0s reinos da natureza or inorganica devem ser ambos reduzidos & Fisica, implicando uma teoria fisica da Biologia; em segundo lugar, deve haver uma ““inseredo ge ca do homem na natureza através da teoria da evolugdo humana”, ea va éuma “teoria fisica do desenvolvimento humano”, da qual a 3 6a pioneira!®. Embora Weizsdcker ndo seja ele proprio um sta, ele expressou 0 projeto mais amplo, ainda que implicito, da cléncia positivista. Pois, ao mesmo tempo em que afitma a unidade da natureza também aceita sua divisdo quando, ao descrever o segundo es- tagio, ele contrasta 0 homem com a natureza. A natureza éde alguma forma tanto exterior ao homem, aquilo quendo ¢ o homem, quanto ela éohomem ¢ também natureza, Para Weizsacker também ha, entéo, duas naturezas: a que esta fora dos seres humanos € a que os inclui. { eae LA NATUREZA POETICA — A PAISAGEM 7 AMERICANA Na conclusiio de seu influente estudo da paisagem 10, Henry Nash Smith esereveu: principal da tradicao agraria americana é qui paraveis mas contraditérias da natureza eda cipio geral de interpretagao hist6ricae social. A natureza, €p - rmentea natureza experienciada na paisagem geogréfica, constituia o que ‘Smith chamava um simbolo ou imagem mestra nos E.U.A: do século dezenove. Seja selvagem ou ajardinada, primitiva‘ou bucdlica, a ima- gem da paisagem encarnava a esperanca ¢ a promessa do futuro ameri- cano. Essa fusao poética da Geografia Fisica com 0 mito: cultural repre senta 0 que Leo Marx chama de geografia moral dos Estados U do século dezenove. Em parte, essa geografia moral é unicamente arine- ricana, uma vez.que lta contradigao entre natureza e “civitizago"” era mais abrupta que no Velho Mundo/As progressistas aspiragbes ali capitalismo nascente efam, a0 mesmo tempo, comparali yeradas por formas sociais precedentes, ainda que confro das por uma natureza geografica mais profundamente formid: ‘que um feudalismo decadente, Na América, com seu pequeno ni lacdo entre o homem ¢o mi jundo tomaram sua forca e leit ria, era mais provavel que os simbolos do Novo Mur naturéza. __ Sea natureza é assim, um simbolo social mai lador na tradigao americana, nao se deve considerar implique sua simplicidade. Por todo seu poder simbélico, a imagem d natureza é indescritivelmente complexa. Contudo, € possivel fazer alg mas generaiizacdes que dizem respeits a concepgao de natureza que r sultou da marcha americana rumd'ao interior, Juntamente com a expe ia cientifica da natureza, essa experiéncia poética da natureza ¢ 3 influéncia dominante sobre coneeito de natureza que hoje nés dame por adquiridos. Isto ndo se aplica exclusivamemte a América, d ‘em termos geograficos ou culturais, mas também ao Velho Mundo. E b> ‘opar|aeui nds tos Guiaudjd 6 ogt ‘oyesail| © SPEPH seu noSoUIOO Wasenjas EZI1 1 Bp OeSezLIO}e e,, ssOuBAAN SarLETIqeY Sop seu OBLIaS OP SaIOpEA -vigsop sop ogu eysodsaz v B19 , ez0Im) no opeisinbuod 438 8 opm win wo va ‘z01s23xe B19 wZaIMEU “eBTUTE NsOf1. SPeATUe Up BlouassajuIM v Bia BAOURZaP [NOB Op * ‘204, ap O]MOUADLU O}Sd wpeIfERS EpeTueuiny wzainTeU w “Eh igs89 BU SOySOdO “Soij 81d etIaIOY ep USFeAps eeaiNTeN e OnTEnbUT "I eat oust OB a “arg EUQUAAO Up 001 an fOsqe ‘Ojdue stews jeroos oruatu}rowr tun ered “Zan ens 40d “Ure -inquiiuod stesiireu sozafqo ap sopezijeisadsa Sopnisa Sassy %4,soressed 2 saioyy ‘senteyd ap seinqud a sodogsa ‘soyuasap wid opbipen Bss9 ‘uel uresgnqunuos sopol — Lognpny ‘rr @ ypUNUCD UEMpal aHapaNy “IpjOg “Lun JoptREDTY owLoD seossad — wupquIE SeIsTUe a SeISHE!D SO "BZN -eU Ep Sopnyso SopeUrey so no ‘sea180I0022 seatuzIOg se!zedso no soMp ut ap SOpEUreiap 9 Sopunjoid sopmise — yeimy2u einyurd ap 4e{n31 sed odtt wn 9p oquawsarede ou wIstA 498 9pod OpDistHeN BisD ZONE re opSerussasda: ap sowua) Wy “ouID} O rIMAsqns OTUIDSE] O P ae jeu mopepyro gw optenrnp ons nafs emanses NWUNSSE 401 no sitaurepesagnpp ‘eiouuanda: ap sopuuias sowsau so wanda | Pueqim BIBTUOIY,, 9 Ho .Cuequn wuasLiad,, ep seauesodurayuoD S903 ~ pe Src geod oogiannionoptpes eg cup dossoHaxd op wifes wi SOHN isIE wSO|DPASQO Lio Buin Weis WszeKr OS [IME G *,,JeMIeU,, 9NGaY NOs ep asoyiue & 9 OB1108 © “y, WBeajas Jur PUISUL ® ay9]Ja1 anOUIZAp O[n> -28 op visinbugo ap eanvexay e ‘opeysinbuos wie anb oynbe argos anb nbuoo v aigos aseyug steut assezije20} a “wane souaw OBSeUTTE & “vpeutjax ass0y teenduyy e exoquia g “steas sovuaAa 30 seyuasosdas ered sesv saint] top eueyund ogSeuiSeut eumn ap stu ‘owdeurseut wind op ru oinpold 0 wreia anb ‘equauurE}190 ‘soONyUL sales *, SEIOPEOA soyuad \ | of | usd sino so wes “198 sesofo, 2 sexnsg ‘sp!ugUIOP ‘saQae4p op $01 ‘srasmyesseyy ap ‘tien UoHoD SEsBIO[} SY BAOUIZAP biMa9s 0 HE souzqund sop e00d9 & apsop ‘oosazo11d ayueiseq opoul ap seynut ‘eismbuoo ap winyedai] 8 epoy wa soppadas ops SEU] SOLNSDUES “gu, @itou wns 9p seep 2% -ubsoud aidwas piso anb 9 sagde soyuepzodun stews sens wa 9 s920u alu sens wa Sayap um wpe eB vajodwis eIp anb sazIp 2s-2pod top : “urenb wo 7z34 ap a}uaIUOs souBD! Ure Sop Solo SOE EFOY9 OBU SOUL “sour sojap esorpueld wou ussq “wamyuu ¥ opuesfqns a sou ‘opueased ‘sou1 9p os3n9 o optuepnus ‘souryiued opuBuaip ‘suhjas ses rea udgud ens aa ouBOIAOUre OAOd 0 ZoRSaIIp EN) Btu 0 qos wetZ> sejaanb yjap-olfsdsai wep UY Bp SeSDIOL Sep SIUPISeG WETE) SBOssad se edoangy ‘BN ‘Seatigod Serppr urayua opU anb 1w)!208 ossod ogu seuu tej20d inyuat wai ogu sourotoue so nb oyuepesquouE)uosdy, ezaINyeU wp RUBDLI—UIE OBSIA ¥ 1GOS amu bool ap sha[y warof o ‘edoing up woes ys we -$a1 SEN YouapoY ‘y2s98 Ste LHoFepIoge ewN WI] 1 ep BOLPIZOOE pe1OW ¥ VdiaoqUR,, “IEP OF} ZI ap euyexdodo} y,, "nadomo ovejouie wn ayed ura B12 ezasnyeu ep cL -roueure waSEUN v arvadso(eyg 9p oduia} o apsap aru9UtETIa9 ‘DTU! O ‘apsaq_ ‘ios euapod #119) Pudoud 8 otto ajuausentrentsdl epiissod 32s BLIap -od anb wet tun wa opt seu ‘ezainteu ep wladeUn J019B1L.0.93908 SEPLAND Ft ORNY “HsAIOAUasep 28 Be fen Op ‘opUny (0 repuanyure eudoid ya ola euRDLOUTE reisuauiede ea SRT OPUNAST TE steuoppeu sesta1uoy ap spaene ‘oust “epeyreducs {0} wfonatiodho wssop oxnpy auaSioun feLNNpur Owssendz> op OpETINS “a um us sew ‘omeovatre sRFaUITUN foy OFa ezaANyeU F WOD OO -yo9 0 ‘o\dnuge algauuenonzed opis 191 essod wroquia “IwIny oxoUN IE ‘ {es correntes de antipatia’’ 7. Eserevendo em algu- , tals como House and Garden, Ladies Home Jour- iy Review, Good Housekeeping emuitas outras, esses “li- wxeram. a natureza para os ateliés suburbanos par volta - gienizada e estendida so- elas destinadas as criangas, o culto a naturezato sum dade, primeiramente para a classe média e depois, de maneira mais li- mitada, para o7estante da América urbana, Gozar Férias no interior bruto iornowsé moda, especialmente depois que a fotografia permitiu a re- presentacao realista da paisagem; esportes na mata tornaram-se popt- ares e acampamentos de verdo levaram escolares urbanos para o am- biente supostamente benéfico da natureza bruta. O estudo da natureza foi trazido para as escolas ¢ fundos de auxilio foram coletados por re- Formadores sociais para oferecer excursGes para criangas dos bairros po- bres; 08 escoteiros foram um meio de inculcar valores ‘civicos através da simplicidade, da camaradagem e do individualismo combinados com experiéncias na mata'8, Hoje, o processo de transformago dos EULA, rural em uma rea de lazer para as cidades esta mais adiantado, mas os acampamientos de vero, os escoteiros ¢ a estacio de caca continuam a Nessas atividades e na onipresente “fuga” da cidade nos fins de semana, a vis natureza inerente ao movimento de “‘volta a nature- \za”” encontra sua expressdo contemporanea, fechados, Para mencionar apenas um exemplo, cra convencional entre lezenove, que havia uma_ lizacdo, com a cren¢a {ogda yirtude, toda trangiiilidade.etoda dignidade esto do lado pronunciada com ct maitisculo e tratada no fem “oposicéo fundamental da natureza frente 9 pronome do era simplesmente if? Esta versio da distingao natureza-civilizagao era corrente, por certo, por volta da metade do sé- * 110 pronome neutroem inglés (N. 20°) 38 pelo machado e se tornou cada vez mais ac de ferro, Porém, da mesma forma tinka sua fongo social —a de legitimiar 0 ataque A natureza — 6 mee ‘cont rélacdo A visio de uma natureza virtuosa, De acordo « joriador conservador George Mowry, 0 entusiasmo pela na. tureza e pelo meio ambiente representava uma nostalgia écolégica que “gra politicamente conveniente para.as classes economicamente domi- nantes dos E.ULA., para fomentar as virtudes rurais!®. Embora essas tradigbes de hostilidade e idolatria compartilhem da visto de natureza como algo exterior, no hé nenhum desenvolvimento ar simples do uilitarismo grosseiro dos pioneiros para 0 idealismo nado dos defensores de volta & natureza. Aqueles literatos urbanos ‘que expunham essa tltima visio de natureza tiniam uma divida subs- tancial para com a geragio de escritorese artistas anteriores, que foram responséveis pela tradigao romantica do século dezenove, E & com esta tradigdo que a universalidade da natureza é mais aparente, mais ainda que sis exterioridade. Tanto se escreveu sobre romantismo por compe- terites escritores, 60b Lantos pontos de vista, que éimpossivel aqui abranger ou dar uma idéia de todos eles. Nés somente identificaremos alguns te- mas mais importantes, com vistas & ilustrago sugestiva da natureza universal Somente um preconceito contemporaneo é que considera os esboros deestudo natural de passaros e plantas individuais —tomados cada um ‘como um objeto em si mesmo — como mero realismo, de certa fe ‘como representagao inenos interpretativa da natureza que os produtos da pintura de paisagens bucblicas, Omitir ou desvalorizar o contexto ou ‘0 background num desenho botanico é um ato interpretativo do art mesma forma que 0 uso da luz para mostrar a presenca espiritual ¢ a representagio de pequenas figuras humanas sombreadas, as vezes quase perdidas, em uma poderosa e majestosa na- tureza, Essas convengSes so somente duas das mais comuns que ¢a- racterizam as paisagens roménticas de Cole, Church, Durand eintime- +08 outros artistas. O tema comum nesses trabalhos € Deus na nature~ za, A niatureza é um texto sagrado que em toda parte ostenta a marca i ina ea humanidade é parte dessa natureza. Havia, em indade de Deus, Homem e Natureza’’, Se Deus esta ¥ “ggouisour 0 ing woBesred wpor, ,® asyfpU wssap 29} uosippy anb opuewreppord ovsuopo.e erduie xe “OMreqEN 2p yeuLI0§ ofns9 0,, ab zp Uunpref ov aquouaTeppruras-opuliopoyy “wypEt op uafesred up punioy pisdgid ep eisissera ase e eyuode wey O09 “EB {MOY OWS yperenar roars wzamTeU euMrap wo/Ro[OSp] OBSURY e naga ue sop OURS avg seeiodopsa et ap ea ghaalines coun (890 anb wip. OfoWlOUrS Shy ‘seqsuoUNp seAOU UrETEYURs suDBRUNT SY “19} ep epezmmewny a “;eSnaq] — oIWENbUD — wzamzBU v Lw[OIA Wes _epeziuewiny, Jos ssopnd ezamyeu e anb guano} Buans,, anb “yea opiogeep *, 2.DUgIUDAUOD,, v BIg -Jaxpyiaovut Brua}sEIQ BLN — ~esred wu Sosoiputs8sreur uresetosseSo}eaye sas 0 win sens 4 8 Hfexowsed feapr ou speaizsaid toy ezainteu ep apepryesiontun y “es -oluowey stew apepran eum saygo exed ezamreu ep sesore sv sesede_ 2p wowloy op earteyuel x ‘sunsye ered ‘ere opEziueUMy unpre oAoU o ‘snaq] 10d oppalojo wepref um 10} euro wamreu wag "wouUgoOdaNUE srew oesiA eum tod ope] ap BS0d 10} ‘snag wo epEzrTENUaS "ezasnyeU [op WoqUgp9 OBSIA B StBUZaa BPE “TZaIN}EU Ep Eyassad STEAD BIO|CULIOD 2Sia BUM anTUiJad ap O}DW WN OwOd ‘seEAOLI25 se O|duIEX@ 104 ‘SOQSEAOUI SIey ExepNies UOSsatuGy ‘odteD OB ORdaNIp ta BLY pUL ep eyaseur p eni¥CD JENNY v WWeIpUa} NeAJOYL OWIOD seossed 9g “wzDIN ISNPUT O}aUNA|OAUESOD O aT}UD ORSIPEIIUOD iptladstLeN Sop sunse ered OULSa|A) *pg2tmgns n19 95 s9p-tgoau opunu ayso reurtf> ai;yN8: {a1ofins xzeyy 02] 2p ‘jaaginyoun -tonsap asqyue ® no opseasego wan eaunjsoulte eIDtign ju 0 -OUONSe ep OFRy UPL Wo *vaNO Up [9] BAOU EPED Ua ‘OSOULIETLOW Oo) -59 peo Ula ‘SeuONbod 9 soputElB sEsI09 Se SEpO} WHO OLUSDU ajop uin3pp enuooUD 9 wzamnyeU UP OB5eI00 9 BIOqLD 2 WIDLIOY 0," 2p ONpIALpUL 0 1849] BosnNg 2 OMpyAIPUL OF UIE [BSI9AN 2 ezasnieu ep OgdEI09 OU as-ez]UOUD BIE anb , ,eZaunyeulep apeptun,, Jes0w eSuajuas eum ap oRsian eUIN 9 yeIMIEU OSs99 ‘o1s9s0p 498 opod ajuawios aiuaw ep opeise ajanbe a, i ep op -Bs9 wuN3TE v apuodsessoo ezosnjeu eu eoUgiEde epor “jEnILIdsS OV) lunge op ojoquuys win 9 yesnyeu oye} Opoy,, “opunjoud spur Te —epeotjutiseundye ap woqugiiousy eusoy-e oluos ezoimeu Baxuossousg —-— “o1agg oseo win reo) wre “soa tod epeiuasaide 9 ezaimen ep: “pg S28Eq SeIS@ B1qQ0S a|uaLUEsiza1d epeIOgete 10 ‘esoHBay apeptes una otwstfeuo}oeu ap wanistus ens tuOD ‘Tanzae{duu OuNNsap op #10} “ezamyeu a snaq tuo> apepzTEIO} eUUN OWoD sao opapepiun ISON ‘SAoUDZOp O4ND9S Op sooRLYIOL sHISNIe ‘oped uated bu sepound tau tes ab stam apepies sp ses -t0y Se Sepo1 ByUNUOD EzasNIeU ep O1xB] © OID “EZ=UNTEL EL UNIS "eA a bolha da contradicao tinha que estou- tureza ¢tradicionalmente atri- buida a Darwin, mas este foi mais um detonador que um simples caso isolado. O fim do romantismo no si icava, contudo, o fim da natu- ‘eva universal; Essa visa perdura tanto na ciéncia, no idealisni6 a fdeo- logia contemporanea de jatureza’”, ou como mistura de am- ‘bas no nostdlgico Ambito do movimento ecolgicd. A reatidade da pro industrial cventualmente sobrepujava 0 romantismo da fhature- igdo artistica e intelectual, ou até mesmo a tradicao individual. dualismo da natureza sugerido aqui — a oposicdo de uma na- tureza exterior e de uma natureza universal — no recebeu atencd0 ex- plicita na literatura filos6fica. Em certas ocasiées, contudo, ea ficou im- pl as Art’, observa que 0 cenério selvagem, como unidio transcendente com lidade na natureza, ¢ 0 agreste, como fuga das coergdes da civiliza~ ao, sdo visdes que apresentam algumas semelhangas ambiguas, ape- sar de suas di .eas’”. E Emerson, na introduc de sew ensaio, dis- tingue dois significados de “‘Natureza"” que apresentam alguma seme thanga com 0s coneeitos de natureza universal ¢ exterior™®, Ao tornar ‘explicito o dualismo, nés separamos os dois conceitos, mas na realida- de eles esto intimamente relacionados. Isso pode ser visto mais mente na relacSo entre a natureza romantica e a natureza como 0 obje- to dos danos do progresso industrial. O romantismo dos EULA. do sé- culo dezenove cra uma resposta direta a objetivagao bem-su: edida da hnatuireza rio processo produtivo, Isto ¢ verdadeiro em dois sentidos. meifo,4 “romantizagio” da natureza rido era mesmo post to ela nao extivesse substancialmente subjugada, pois enquanto a maior parte dés ameticands estava Conibatendo a natureza como um meio de sobrevivéncia, o romantismo teria sido Toucira, até mesmo un SufeTaio, Nao se afaga uma cascavel até que se Ihe arranquem as presas; somente nto pode-se levicla para lugares ondetodos possam se maravilhar com sua beleza watural. Em segundo lugay, 0 romantismo ndio era bilidade, mas uma necessidadeidealOgiéa: A tor rdpida, to brutal ou tao ruidosa quanto na frente na, em rapido avango, e quanto mais profundamente Desse modo, Joshua Taylor, em seu estudo intitulado ‘Armerica MetAC RE de natureza cais eramas tentativas de sua legitimacdo. ““A mais u conhecida na Histéria deveria de algum modo ser vista nao 0 inspirado por um calcula de valorizacao dos pregos das ter- i yesar das orgias da especulagao) co- Ou come o historiador de arte Novak considera, “‘o cone oso, morale freqiieitemente nacio- nalista da natureza"’ da tradi¢ao roméntica: contribuiu “para as bases retoricas sob as quais a conquista agressiva do pais pOde ser realiza~ da”? E um lugar comum e anteriormente ja se fez aluso a isso, que a natureza & ‘vezes concebida como feminina. Embora 9 conceit do complexe e ta impregnado de metaforas, prova- do consagrada ou Ao arraigada quanto E extraordindrio que o tratamento das e-se.ao tratamento.da naturéza velmente nenhuma metifora seja' a da feminilidadé da nature. I mulheres tia Sociedade cay Asim Como a natureza exterior, as mulheres sao ‘objetos que a huma- nidade tenta dominar ¢ oprimir, arruinar ¢ tornar roméntico: 15 S40, objetos de conquista ¢ penetragio, da mesma forma como idolatria ¢ culto. A linguagem é exata. As mulheres so postas em pedestais somente ‘quando sua dominagio social est4 garantida, precisamente como se faz com relagioa natureza, a romantizago. ima forma de controle. Mas ‘as mulheres nao podem nunca ser completamente exteriores, uma vez que nelas reside a ferilidadé e 6s meios de reprodaca6 te sentido, elas sc Lorian elementos de natureza univers trizes, possuidoras de uma misteriosa intuigao feminina e te-Estendo ¢ o lugar para a historiadamietdfora feminina da natureza, ‘nem tampouco para um tratamento ‘analitico dela; apesar dos aspectos reveladores que tals estudos oferecem — no que diz respeito & opressio da mulher, ideologia da ‘Natureza ¢.a0 desenvolvimento da relagao social coma fiatureza — relativamente poucos trabalhos se fizeram?*, O ob- jetivo ac laridade de tratamento que faz da feminilidade uma metAfora “natural” para a natureza. Finalmente, nds podemos deixar muito mais explicita a interrela- sm termos de uma st ~12]8 O ‘seIUNf WEr2FA soOdUNy Sessa BIBLIO asseID e OpENdapE eID -o8 ojwamersoduto> 0 afauanse anb exout ogs|A wun oWIOD oonoduIe? wou Joana waimeu ep ysINbUOD e seIYLSME Bred ,,cougIas xpEND,, pe mewn Ray ered oqueyse O 9 wzoInIBU wp apePUOL SOY OBU No Blas *S0oEITy o SSIAdYOUS ‘SojoWI ‘ows sféi‘SaiuBnbo1y Oonod a SOWIDIIKG SOWWAAS SO WIERT SOpEAIGSI OF -uawijesal OBS @pEpi||ysOU] ap F9O58}OUDD Se Bode ond EPEoNsoWOp BU -10} B19p 10} ezamyou v “OstawLiY “syUBULSUIDS OBSUNy Winn Woy WAIT -vu 9p owzepour O1l20u09 o ‘sprye soUrE wad BY op eUuoLeUTe wWoBesTed v ‘woo OpxoLIO9 tus anb afoy wINosqo sfeUU JadaLEd wssod Ja BIOqUID? “es 10989 BIDUBISqns VY “ezaIIeU Lp OWSHTENP CUOHPENUOD 9889 , IO} -oapi,, 193 op.oNsgune ¥ UAV" ass NO BRo]OSp op ONSIUYFap essa woo ajuaurertaqul opioguooas anb eUELOdWH eNW PY OZU BOSy : “qepunU! Op opSiaaiad esd SsOATUN ByuD} Asse v ‘APpIfEAl Bp fwIAIed ORNeLaL eUIN ssop fefos mioqug Teed wiis0y op "Hise epue 9 wanoadsiod 1d ERS Up SPREATE apeplyeas B94 an [eISOs Ossy|o wpEp BuuN ap vo upuiedho e 2158 eioquio ‘ejiRid wotuEdIO vu SepeSTpE! (00. tait GIS SEU UpEIIS SeMpraprovunfucy tm SfTISS| dus gu BATo[oapl YW ,epeprear ep EPITORSIPI wpedins) ‘wprLaAll,, OND “oF BUIN OPUdS OLOD RIZO[OOpI B OIOpIsuOD Ny ‘ezaIMye ep ,,VFO|OOPI,, ea orseummop Hod 3 [eBOs ons cd ojuayy eu ezat ns eazotynsnt Jouano waanyeitep 2pep: 102 oBt ‘9pm ae jear fun ap wsifenp OwSdodtiCd BEA OD Ze Spoitio OWS SoHo |ouaisids,, ajuDUTeIOU sip apod 3895 "BT OBTOg lopeprreas eu sezaunyeu senp ‘01B) ap "FF "091) -puia|qoud 9 wzaanyea ep [emnj20u09 oMsiTENp 2189 “wai0d Oey women eu seuewny sepepaicos se searcho jaayssod pos fenb ojad wzamen ap o7 ¥ -jsou00 un onrpssgoau wipquie? > “‘eIrepo} Yezaunyeu ep spend op aysed ‘vuln ay\owWOs OB! ‘UHISse "gp SOU JOLIg}x> opSdzoUuOD VY ',.$/BMIEU,, SOs sp Soyofns 12989 v usenugLoD SOreJaUE sTias a apep: -08 ns ‘souuiny so19s sa — wzaunTeU wp BUBUINY apepa!oos ep oBSECID sueuua v azyjeo12jooquauszeayjo opnb euodunt opu "eiAeyed en ua £2224 neu ep opseztrouayxa.e aziyeas a[a ajraureya|duatoo ognb 9 efes oFsNp -o1d op ossadoid asso aquarayja ognb muoduyy ogy ‘opmuos H{“ovSnpoId _ 8p OSs OU ezeIITTEU Ep OBdEAtialgo ep oVaNIp OpErTNsal uM 9 1011 Tard OpSdaotids y “EZINTHU ED dpepyesiodiun e TEZRjUA 29 op apep: {555300 Bip OBE FoTaxa womyeU eitN tds onb wo opruasiou Os;NO Op ~~ tiuapucap 9sejep win vpeo enb apons owsouu soureys9pod sou ‘0183 2] “s6upitE Hi soguiy ovis9 #7910) U1 Ba anb — oduiay2 o5edse outo no eH apepyesiantun e moe woryUILD WoFeIA va ‘ezainyeu vp apepuowsone seq “pues 9p uty ou souow ofad ‘apepyessaqiun eyed BI apepwoua Y “184 [NBsoW soureyuD} sou Tend wu ‘ezaIn}eU Ep apepI| -pss9atun 8 esed ‘epepio ep epe!uatiadxa 9 BI? OWS BAIDI -nyeul ep apepuouayxa ep aureyjautas wrafeya Bun SO ‘odurea ou eueuias ap wy ap sosueasap a seyLre HOUT Sex osnoda: ap sogdeyso ‘sieuorseu sanbiedap epsughiodxa essou wa “epeumue yentaid ‘SIeATLM ens ezed Ezasnieu ep [enIBy SpEploLiarxs e9s0} EP ‘qessaaqun ezaunqeu & OWTU JO}a1x9 ezaunteU BELIN ap wNUTUOD HiedeIA uur owuoD Basta 198 apod ¥la OPHUES asseN “woIpPOre eandodsiod eUIT 2 OVFUG OFLos OF OusTU WHoSeIA UUEN TO. “ge BZBITIEL EP Ape &,, 214 os SOU-e[ey feNpUNsOY preUsag ap opSisodxa e !uMEdeIA v NoSSWOD FEN ep snued e ‘pepo eupoa B ayuowso|duiis 10) oeu yen2UaKe oUNSEP Ose “spp v exed opumjos nouruiio bya anb wag as “wzaimyeu ¥ OFSosIp WHO aul, cu oul axouszap O|nD9s op WOFested wp EUPDLLOUIE eIDUDLE ‘ cdo universal hoje ‘us de eventos naturais, pelos quais se quer significar que tais compor- tamentos € carat 5 S40 normais, dados por Deus, imutaveis. A competicao, o lucro, a guerra, a propriedade, privada, oerotismo, o he- ierossexualismo, oracismo, cia de ricos ede despossuidos, ou de “caciques ¢ indios"’ — a finita — tudo isso ¢ considerado natural, A natureza, endo a historia humana, é considerada responsé- ‘cls 0 capitalism €tratado no como historicamente contingente mas ‘como um produit inevitivel € universal da nafureza que, enquanto ele_ possa estar hoje em pleno apogeu, elé pode ser ‘encontrado na anti Roma ou enife bandos de macacos saqueadores, onde a sobrevivencia do-mais apto é a regra. O capitalismo é natural lutar contra ele € lutar contra a natureza humalia (Oargumento da natureza-humana é um dos mais lucrativos inves- ) timentos na ideologia burgiiesa. E°a jdia na coroa da natureza univerSal?"; Mas € impotianie entender que o argumento da natureza- leaica, de uma nature vives, pois & nei lafiveza que o argumento da nafureza-humand, Sie A retrica de Leo Marx do “tecnolé-~ imagem da maquina no jardim so exceges que pro- ‘Lands vimos que, apesar da presenga de artefatos huma- nos, a idéia transmitida pela “paisagem média"” humanizada é que a tecnologiaida maquina se encontra como sendo absolutamente integral para a natureza, mas ficou assim considerada somente pela exclusao do trabalho concreto real e pela naturalizagdo dos artefatos humanos que jam, de outra forma, se imiscufdo nos limites da natureza. A exclu- io do trabalho concreto da universalidade da natureza no ¢ de forma alguma um meio de se nega classe trabathador a sua histra, nem gico sublime’ 46 og seia largamente ignorada: a natureza € 0 objeto estudado pela puneilt ae simplesmente uma aceitagao ritual das delicadas sensibflidades das classes ‘ociosas, para quem, além de estar confrontada com a fonte real dea riqueza, asimples vista do trabatho produz um desmaio, Da mesma for ‘ma, € um exorcismo da atividade social da natureza universal, para se atenuar a contradicdo entre natureza ex dade de sociatizacdo da natureza universal gada, no com base na experiéncia historica, mas pela contradic4o com a natureza exterior, Essa 6 a ideologia da natureza. IIT MARX E A NATUREZA Se esta descricio da ideologia da natureza é correta, nao deveria de forma alguma ser surpreendente que, nasciéncias sociais, a natureza iedade éoobjetada ciéncia soci ‘Mas nao foi sempreas- ‘tureza em tepria acompanhava paralelamente a sua desvalorizagao efe- tivana realidade, seja no campo ou na Fabrica. Como a economia poli tica perdeu suas mais complesas implicagdes politics para se tor plesmente economia, a divisio académica do trabal 6 do um certo numero de cit tadas do conhecimento qu jente abrangidas sob ‘Antropofosia, da Ciéa ina a énfase varia- va, mas a natureza tendia a aparecer ora como uma natureza exterior ‘ora como natureza humana33. i f on anb Jozip synb opu ata, fng oF szjnonzed 9 opu anb opinbe out von (eueuuny apepraste e| sua }€u 0) BZA JEU MIULIOP IEW, ‘o1afao a owafng op eoti9] -eip en ouiog Sezyex sens uo Oita 496 wLTaKap xsE] 9p wzaIMAEU 9p O2 -fo9U09 0 anb opuriasns ‘oralgo op 2 owaing op eayosony wadensuy e Pe ypruNyDS ‘oRSdaou0D vIsop wInsou anb apEpe_Os ep a ezamyE Ep ‘oxa}IP 9pEpIUN v ossardKa vied “eZaMEY EpOsWEp 212090 ob oudUnSIp Bun 9 Bis9 ‘pmurjog wood opioge ap ‘SEIN “ezaMEW @ SOULE -ny s9198 anuo eyapad opsunsIp euIn Zey 28 OpueND syuOWOS OpAUDS Wo} “Tos pluyog igo ons epovgezarereue wld opseay wa “9 epp 0s assapnd opdejar ¥iso onb feapy sje Jog “wrasnIBU ® Wi09 ORS elas Bhi99 eilintra.qua 9s onb 28K ezaumTeTe 320103959} 0 anb 72a ewan ‘Opinsge diusuupeidif 3 (OjWOX LOM 21 ac _ 8b JewaSurEpuny cowsGTOpoULreMORTe win) Spupawos EIOUDD nu e Woo OBDefal V.(EE yd) , wUtpE sired wi 2 ‘puss Oulos ezainTeNe LeSOIOS SUNSUTT COUOHIY Oimpord wn wrIM 3104 rgd 56 ‘pl * i ~ Bum -tiuas tilat OB apepaisOs Ep Eparedos RSIMTET e,, URW OpuEND “eyes -sos aja otto “ezammen euidosd y anb op sreut ‘apepa|oos ea ezaInyeUe anua ogSejad & opSuare ens aftup ajuaureanndaoiad ipranyog ‘ezamieu ep outadsar & XIE Sp o1zou09 0 argos ogSISodxe ens'e epOr Ww apopajoog v a DeaIION ‘assupunin 9 70) -id29 9 — 9pepysmreut 9p asej wns w> XIE ap SPO1JOSOIE SOUDLU SRIGO se ered opsuaye ens ajuaureperaquap 418tIp 10d jeuordeox9 wpquie) 9 Ipruntpg ap og5ysodaa e “ump yu ap anuaureypy.od 2 "se, Xse AL ap woLyOSOIL) Oded un, Blas ojauepessajuoo eioquigy “Eyuaseude aja anb ‘onuod ofed 2 aprunps 20d souresauto> ‘opow asse() ‘opduaye spe aoarou e[p STEW ap ezaINTEU ap cxlaouOD O anb BULIOS UUSOLN UP 2 ‘SeISHsEU sojad s1uzuteoquoe seu ayuoumonseIsTHUa epIqaoau [0] IPMS ap EIGOe 8r ‘ery 9p ezaunqpu 2p o1rsou09 oLdoad ov ojeyouuss opoiut aq ‘sod 9p ureroja onb. seisrcrew op sagsesad se anb op ezaumeu ¥ a1q0s KIETAL 9p ogbdooucs v sepinys wo epednovaid stews ojmut aaa ‘:974p WOR 9 nb unyquen 9p Bjoosa ep 9 IPIMLYDS ap o4TeGEN O (IW tla aims “oN fo ydoouo. ay.z, opniso oanruryap OLU SeUL ToyTP Nas WHE IPRYOS ayy Jod opeztfear 10} PC osoroiquie > oso|naraut oyeford ass “eZ -aunyea ep soyuatuenes soqua.aIp sm2s epost ered xzo}{ 9p souTHaR SO ‘Sopo sauioarod ‘rey cxjaur ua ‘otryssa00U19 OBN ‘OBST? HSSOU SOLIS “pup wio8e anb vyarey wsso exed gi “wzamyeu ap jaxjsnoyd vaneuiorre ov -doouod wun & urexa{ anb soruatoya 2291940 B1GO-RNS ‘OPO SSP 25 3 oStiad asso eamzzaa ondoad ayo ‘eoppid wu ‘9s a1ey> O80 val) OBL ‘SOU “Bppp SoU WOD oNTEGaN Nos JeLIUTERD Ws se! “ezammIeU BP BIS\TENP 4&& opSdoou09 eum ap sewua{gosd sop ajusjosuos eavise ‘Ogio “IEP “wzamyeu ap ogSdaou0 ens 1B0geIa wp opednocaid og} sreur eaLysa OVU 29 ‘SOUTEqRIS $0 -soanb wa eood eu seu epprut oujeqes} ou suDLTE| -un eyoyst}{ eum 2p 9 ezainyeu EU 9p essoUOId Y “OFSN; -o1d ou oxeqen op o1afgo wm owio9 aquaUoquaRbosy weal 2001 oly souaut 9 and ‘ouaysod oureqen nas wa seus‘ 'e BpEp 9 aseyua v Epo} “ezeunyeU E WOD OESEFaN w a}UOUIESUOAKD JMSIp 29 Spuo ‘Testy Oyfeqen Nas We “eZamNyeU Ep TENy20U09 olwstrenp op opsiaa Byi20 Bum wanysodsiod wssou wipqUe] 04 Opiqeasep 38 ogUapOd ‘Sxre|A 9p BeaINeU ep OWaUETEN oUdoud o opep ‘epuTY “guBLUNY BL IsIY ® Oprpasard eyuD} anb wamreu BuINyuoU STEM spjogu squat LA an wood} Wns UW sLISBNs v OWIsOUT 912 OpUEsIUD “ELI0 9 ezaunqeu ep apeptun v auqos a]uaUTESOIOB LA ENSISUI KIEPY “ye, a1 $e ulexEIeN) fos] Ep sauped So OWOD sab vison Ging Bjad sepeyey wioies wsondiing wow urEsOp -soaid anb [eos oeSnpoud sp setLIOy se Jeg “OATNpoud oMTeqeN OL -o1d 0 oywenb wzamzau vpad eysoduur 9 esau is 16 atr9pHoApEpIssI.OU un oyUe) J28 soning O1D9]a1a1 OF wisoaIed,, aAoUidzap O[TO9S OP BIA -od eruzouose wp sermuniog s -ovsty ep 2 wzameu wp vonjfEa oes “AD KEIN WEY "AOURZOp O[TI9S Op apejou BU OpusHAIDsE “traINIE eqsyjenp ojwaurEyeN OF OgSIsodo Wis ani19 as oBS:pEN ELUM FOF] ed wzamyeu-e‘osjouce s]eur uipqlue}9.o7a10UC0 9 OORYTeUR eu -O21j0s— ——— (odo era para Feuerbach enquanto aesséncia da: mogeneidade numa di era, para Mars lolafidade'de tudo o que exis dessa matira identificado seu terreno comum, Schmidt pas- reciar alaumas das relagoes especificas que constituem a dia- sta de natureza. Ble faz uma distin- zza segunda”. Estes eram Conccitos utilicados por Hegel e aqui Schmidt esta em apuros para dis tinguir Marx de Hegel, enquanto demonstra, ao mesmo tempo, @ di dade Marx para com Hegel: ‘‘Hegel descreveu a primeira natureza, um mundo de coisas existindo fora do homem, “como ocorréncia de con- ‘ito ofuseantee incompreen: apresenta no Estado, no dircito, na sociedade éna economia, é para cle ‘Segunda natureza, razdio manifesta, Espirito objetivo”. A andlise mar- a, diz Schmidt, “ope a isto a visdo qué ‘segunda natureza' de He- deveria ser descrita nos termos i imeira: fundamen- talmente como a drea do inconcebi ro acaso coincidem, A ‘segunda natureza’ é ai manidade ainda nfo deu um passo além da his Para Marx, explica Schmidt, "a propria sociedade (segunda natureza} cra um meio natural”, precisamente porque “os homens nfo estdo ainda 1no controle de suas proprias forgas produtivas em face da natureza"” (p18). nao sejam de forma alguma idént da através da Sociedade @ a socied: nou ésta Tediagaio mals precisa ‘uma interagio metabdlica, um conceito que Schmidt vé como eruci A nog&o marxista denatureza, “Com 0 conceito de ‘metabolismo’, Marx introduziy uma compreensio completamente nova da relagio do ho- ‘mem com a natureza (¢] foi além de todas as teorias burguesas da natu- vlar= 30 0 mundo dos homens,-como ele se——. — nifada, enguanto os homens sao naturalizados’ racdio melabdlica, a natureza fornece ao trabalho tant ‘seu Objelo— 6 trabalhador.(com suas capacidades naturais ¢ tengao propositada) de um lado, e 0 objeto do trabalho (0 material a ser transformado), de outro... ‘A apropriazao do conheciment wreza. Dessa forma, Schmidt in- anatureza e suas leis subsistem in dependentemente de toda a conscié mas que ‘ais Teis somnente podein set formuladas "com a ajuda de categorias so- is. O conceito de uma lei da natureza ¢ impensavel semgs tentativas eza"” (PAE. 70). Da Tiesma forma q uma unidade da primeira natureza ed ‘eunda natureza, a ciéncia (0 processo de apropriacdo do conhecime to) € um procedimento unificado, Uma vez que 0 ponto central todologia de Marx foi a dialética, mas como cle se restringiua uma ciéncia ediatamente levanta a questo da dialética da na- 52); a tentativa de introduzir a di natureza como exterior & sociedade humana, como um Objeto separa~ do de seu St », ¢ desta forma negava a propria condicAo que permi- a operar, ‘Esta fora de questéo uma: dialética, da natureza ypendentedo hiomem, porque todos os momentos esenciais ica [o Sujeito em relagdo com 0 Objeto} es es » (24STAIN 2p BU OUD) AE 9p OBStA WU, Nb MnJoUOD IpLUNDS “2D ‘pone o Wa anb yprautjos 4 injeu eu eoneid apeprane ens 1p o140d 9959 UtOD OpsooE aq “(66 “Ad 319 anb © XARA ap OWIsHoqeIaU ap O/G0u0D CU! wI2BIap “At Fed) ,eyosoyga ep eu9Isty Bu CoxdoIn soLEUL © aruauyjanenoud as-nowoy ‘serensqe seidoin ap ogSnunsuod © senrofas who [o8apY Woo opepLosuos Ja) 10d aywauTEsToaLd “IBA, KIBTY ap OU! 20.0 ENsuoWIap Iprusyds stenb sop anysed w so3sodnssaud 60 W99 72q 26 va TeNb BaIGOS , owUsHOqwIOW,, OP 289) Be “KILLA ap -sv ‘oUlsyjoqeraul op ape yr Brensge E eIOdAOOUT AAap ONL -ssoyuoo op osetidoide & ‘eorjoqeraut opseiaU ep a12ed OOD (ost “Bed) ,,owsrpeio0s 0 ered vsanSing wo ep LIOPELIEq\] 2 wOIUSYIO -eye9 OFSISUBII Bp RoNgTeIp B 9 ~-BsonBINg voOdD v Bred fepna}-oD1sspI9 roods up opdisuan ep vongfeip.® reyspurwut eo) v wed se “409 n9s v OjuEnb yeunTeU sonding-gud asey EN” 3, opsaor eam -eu eyed vysodunr euzare apepissooou,, Buu — apn 1 -aqeuu soyoadse snas wo oufeqen ap oss2o01d 0 anb sensotu sinb w3q -1rey 2p *, ezam7eu ep ossaz0id um ood [e}D0s OUpEAEN ap Ossa903d OP oupenb un nojuasaide xzepy owsifoqeraus ap o1122u09 0 woD,, anbz2A euig) “Oz “Bpd) ,,optjoqe Ogu sew ‘opeunioysuesr 108 opod aja, SICA, ‘wa osnjosqe pep un 9 9f9 arafins “ezasnyeu w woD soueutny sales SOP oulspoquiow Q “egrsty ap 2 wzasnyeu ap OpSy[aN ¥ LiaLDUOD SEU TEU; -201 896g an SeIBPA| ap BzaMFEU Bp O1B0UI09 op BaNeIaId.D} ‘Bum axjonusap ypruyog “eqwourepuny oS0qso ass op ese pug, nidoy » a weainjon ¥ i id STS ieyjeqel ezammyeu dg Gu SauianIaESt rojster soyafng U0 0} ae ws siuowi ezomyeu ‘ade de poder do homem sobre as coisas ¢ seus semelhantes esté ori- subjacente em sua atividade intelectual” (pag. 111). © utopianismo de Marx enti, co [cmpo em que‘‘o homem ea natureza’ Sujeito ¢ 0 Objeto est , baseada num metabolismo ‘a utdpica nao admitida’”é, com efeito, evidente nas obras iniciais de Marx e, deacordo com Schmidt, o préprio Marx trabalhou para expur- d-ta, Mas ela permaneceu, entretanto, em suas obras finais, afirma ‘dt ¢ ele acusa Marx de predizer © fim da ideologia € de reduzir 9 problema da liberdade ao do t wre, fazendo dessa forma a cul- ura ser a “completa antitese do trabatho material” (pp. 142-4), Mais fundamentalmente, Schmidt deciara que a atitude de Marx com réla- 40 ao desenvolvimento tecnoldgico era essencialmente positiva, que a tecnologia era urna forca emancipadora, Marx “*tinha em mente fofal automagao da indkistria, que faria com que 0 papel do trabalhador fos- se cada ver, mais 0 do técnico ‘supervisor e regulador”’. Ble, entao, perava que o “desenvolvimento progressivo das maquinas” sob o cé pitalismo resultasse ‘‘numa humanizagdo do processo de trabalho" (pp. ismo; a mesma “transforma- oes socialistas’” (pag. 147). Contra esta aparente utopia, Schmidt assevera que o desenvolvi. mento tecnol6gico, como parte do metabotismo necessario com a na- a, como um objeto a ser dominado, conti- ico meu). A luta com a natureza é comum a todas as formas de sociedade, incluindo o socialismo, ¢ mesmo que a humanidade seja bem-sucedida em emancipar sua propria natureza interior, abolindo a dominagdo de classe pela outra, ele no pode di xar de dominar a natureza exterior. “‘A nova sociedade deve bene! somente o homem, € no hé diivida de que isto deverd ser as custas da natureza exterior... mesmo num-mundo verdadeiramente humano nao. ha reconciliacdo completa do: edo Objeto” (pp. 155-8), Schmidt sa antecipa uma dest mais fundament dapor Marx, na qual o dos, mas sim aniquilados Filosofia e Politica: uma Critica de Schmidt ‘Acxposigao de Schmidt écuidadosamente demonstrada; Feferén | clas e citagées das fontes originais abundam em todas as paginas. Em ' sua abrangénciae ceito de natureza t tada poss teria sido necessario jciar aqui um resumo detalhado de sua argu ! mse a desagraddvel sensacdo de que seu texto apresenta rece muito razodvel até que nés, de algum modo, chegamos a0 pono em que Marx setorna ‘0. Mas, presos &quela, n6s somos apre- ida e mais profunda leitura de Marx, que se re le prossegue e acumiula interpretagdes individual iso fundamentalmente diferente da de Marx. ou mesmo plausivel, que um conceito um tanto denatureza-permaneca enibutidonnas obras finais de Marx: Mas i desde que o projeto de Schmidt era revelar somente o:"‘conteiido filo- aed onouiyd 2 sen 35-uaie7e] O\NOWIOU Ou OLpSSEOON ‘SuaLUOY SOB a1UEWOS s2z2A SE o ‘Bh -uaurequn sustuot soe » sasaypa se a13jar 28 fen o WHO9 , ANBLIOY,, 2 onpouce wn wo) Jprulyss ‘Jesiaarun yen JoLa}%e O30 9 anb ezaIM ~PU 2p ons9u09 tun wo 979 oMIOD BO} pUUSoUH ¥cy “wzaINIEL ep oye ‘Bun woo seperesi Woss0y sar04NLL Se 9§ 2]UDUIOS OPLHUDS WEI BOSO] 1) Ens “epEAfoauasap 9.epedty|seyD assOy saxayAUL Se 2 SHIDLOY SO aN}tID ‘ogdunstp Bas ‘onb 9 iplumyag ap BIqO BU faapIRUE 9 aNb Oo OYFEGEN ® orROyOIsty OBSIAID ep [ear TeIDOs Jaye Op OpdENsqe 7ey a1 *,. [EX TuMtjag red “as-euyo} saxaqn sep oyssaxclo w “esanBung eI ® 0 id anb oupeqen ap OgStARp wun ap eynsar saraxNUT oyONbua sozayjnus sep Opssaudo ¥ anb zan eurg “seIAgg OES ezaINTEU ep RODS ~enp ogSdsotion tu seougisty seuioa}eo se amtutzduioo ap seonod -ugnbostioo sy *(I-02 *dd) oussenrdes 0 qos eplajoauasep pe1D0s O¥StAID aisenuos wa ‘oyreqen op esNTEU OBStAID ELEN OWIOD (opEpI BU 2 Ox -e 9 jemreu,; OuIoD esonsung-9. ‘w100 opednocaid opow ranbrenb ap gasaajaanb oreyp aqwaun -sip # orpnyard aiuevioduyy wn aquausereyo 9 eoLgNsrY OZBUNSIP Wise +, esaning wa,, B soujou ezyaIIe1 20 so1sxo ofédoouco & o1wenbuo ‘esondimg-9id via @epetdosde 9 ez -ainjeu 8p festeatum Opsdaou03 & "9 O75] “(8 Bed), suatOY soe BUSS 1s wa oun ‘opdensqe Eun BpasuOD as ezauNjeU v ‘seuINbeUt op Op unt Wn B-opumuOJstren ‘TuOLUNO]YNUDI a woNUOUORD "eorUTAy ezaAT (ub s]WauyTesIBATUN TeURLIOP WO SOpip9oNs-tuDg BIO] SUDWIOY $0 OP “apuuiyas andessaid ‘esoning wi bu sep, emyeU BUpIsNO p Ura Opunur op eUOTSIT qeIaU 0 aKZOLOISIY Bp IprUyas ap eAMTEIUAT & ‘OICiaX® sod ‘soul ud], “osfpaud ‘enuu0} exo ap ‘opnysa win we RYOSO|Y OBSI2yIaduL cuin arvaussajdus 9 ofu owstTeNp o anb ore steeL 794 ved 25-BUIO) 9s ‘urejosai 2s seys9 anb wo pprpau e apmuuyss op ap ezaint 9p o1190u09 ou sopepifenp seijno seuinaje 4:81ns 2ey wIstTENp OBSds0u09 BIS “LZ Bed) , ewrapeps9A ogu eauioy euna wssoudxa apEp.9A,, ap (aTuarayIP OP] 109 Unu) euLey oudoid a[a anb o gp sou app ‘sagSdaoucd sessap apep -Jun # opuensuoursp vouna seul ‘opueztejua aidwog “eayfeas eount aja anb pyare} eum 9 essa ‘(i9 “Bed) ,,soyuauioM,, nO Fogodapon ‘saquaray -tp seisa arjua ,,21a1oUd9 woNNpTeIp ¥ seIqGOPSep, ; ap apepistaoau e eSOUTE -0981 IpiUUYog BIogWwe ‘ounsal Lug ‘ayURIp 1Od UUISsE ovddaouoa} ezainyou ep opSeIadsayus eng v,, *(LL Bed) ‘opédaouoa] ezasnyeu wp 19359 ep wioj vay oBU PUEUINY ‘ogSdaou09 | suat0y sop s -ug,, :oemeiseq 5911 ‘ogdensnit ap o} nag treaysuowap enb yprunyps 2p seoser sopnise nas wie sopesedas apuowunoraud ursoauentLiod $oH/90U09 $161 ‘apeplun ens & onmenb apmuyog ap seotyosomyy sagdejwaumnsre se sepo} ap sesade a ‘sowgatiad 50359 aN1UD ,,eoHgTEAp,, BLUR IessUOWEP op SeAL, -zyuat se sepoy ap susady ‘(ezaunzeu ep 8 apepeis0s ep apepitin e OWCD ‘zanjeu 2) yesiaayun opsd2ouco eUEn 9 (9pepaIros ¥ JOLIAN “OUjEqeN op o7igo 0 owtos wzainqeu v) ezampeN, ap sOLIaNo opSdgot09 BUN BY mgquiey ypumyog we “ezaimyeu op saning oy20u09 op sasijpue sepeIog Bp STBU Sep VinN SOU-OPUSSAIa}O Equow ypmydg “essed! anb jaxssouy sod ‘anb sere argos ogsta ens 8 aiuauepunyosd nowye BIND BSS runyDg fen Ep spreste reIASI ued BOY9SO} $9 “OMB ABSL TEA ONO “SOpEaxasap owsTuE}dOI a OW 101 0 wred e1iod & aige ‘sgnting o1f29U09 Op BUOIIpeNLOD apzp um ops seun ‘seuresngze ‘uINsTe Opoutr ap ‘os oBU otitsETE -esnoe sy “ooo|uose anb o aruatuestoaid 9 ‘fareyuatUNsre 01 ‘oussiteldoin op aquoy ¥ efas Sxseyy BU a anb jaxsneyd aquaurendt sous ojad 2 “6-6 “dd) ,,osg1 © x2eIA] 2p B1qo ep (@]UBA2|AI COLFOSOFI OpNarttOD o soULaUU Ofad no) OL}gS iro p reza; segundo, para identificar 0 erro especifico na leitura de Marx que ‘concepedo de natureza de Schmidt, e para mostrar as .eqiiéncias politicas resultantes. Embora muito se tenha falado da ‘de Marx para com Hegel — divida que Schmit reconhecee dis- ito pouco tem-se dito de sua divida para com Kant. A obra de Schmidt pretendia ajudar a cobrir essa omissiio”. Dai sugerir ele que Marx adotou uma entre Kant ¢ Hegel e em- bora somente “esbocado gross neste livro, 0 objetivo de ‘Schmidt era determinar mais exatamente essa posiedo interm« a rigida separagio do Sujei te fracassando em conciliar um Sujel » ecriativo com um Objeto existente ‘em si mesm at, conseguil isso, mas somente dissolvendo 0 Objeto no Sujeito , por tiltimo, a natureza na Histéria — a historia de seu propri conceito’, Deixou-se para Marx a tarefa de reconstruir a dialética: para avaliar isoladamente a eventual 0 Objeto sem, ao mesmo tempo, torna-losincor Entretanto, Schmidt conseguiu algo diferente da reconstrugao da dialética tentada por Marx. De acordo com Schmidt, Ficasse que o ser, em sua recess como uma ‘coisa em si mesma”, incapaz de ser to reteve a tese de Kant da ndo-identidade do Su- ‘como adotou a visio pés-Kantiana, ndo mais ‘de que 0 Sujeito eo Objetoentram em con- (ag. 121 meu). Estas “configuragdes cambiantes" de Sujeito ¢ Objeto so eviden- temente o que Schmidt buscou ilustrar com sua andlise histérica do me- tabolismo coma natureza — uma época pré-burguesa-em.queanature- za domina & ia e 0 Objeto domina 0 Sujeito, ¢ uma época bur- ‘guesa na qual o contrario acontece. Mas, unta vez que o metabolismo ‘com a natureza um dado a-hist6rico, podendo somente mudar sua for- ‘ma, hd uma concepeao dualista da relagio entre Sujeito Objeto ope- rando em Schmidt, Esteé 0 niicleo filosdfico de sua concep dualista 58 0} enquanto por outro lado ele insiste num jestrut ntre eles (pas. 159). A unidade do Sujeito ¢ do Objeto ele sustenta contra Kant, sua absoluta ndo identidade, contra Hegel. Estas duas concepydes nunca se congelam em uma, mas permanecem duas. Nao & por acaso, desse modo, que Schmidt mo marxista”” incorporando uma ica" (pag. 136) mais do que uma unidade dialética; esta iente pré-concebida da dialdtica esté subjacente na concepeao dualista de natureza. A natureza é menos uma unidade ci ferenciada que uma diferenciacdo, de um lado ¢ uma unidade ‘outro??, Em sua tentativa de definir 0 conceito de natureza de Marx, em oposisio tanto a Kant quanto a Hegel, Schmidt oscila de Hegel pa- ra Kant e de Kant para Hegel sem nunca se libertar. Ele se mantém fir- memente dentro de sua problematica. Dai as duas concepgdes de natu- reza, uma mais kantiana, a outra mais hegeliana: “Dividida em duas partes, o homem ea matéria a ser transformada, a natureza esta sem pre presente nesta divisio” (pig. 79). Schmidt fez exatamente como ele pretendia: ele colocou Marx completamente entre Kant ¢ Hegel, ¢ nao além deles, O resultado é apresentar em sua obra muito de Kant, quase tanto quanto de Hegel, mas muito pouco de Marx. ‘Num tratamento estimulante ¢ esclarecedor da fungao original ¢ social da abstragio filoséfica, Alfred Sohn-Rehtel nota que, enquanto 10 conceitual ¢ tZo antigo quanto a propria Filoso! Kant. “*Pois o obstinado dualismo desta Filosofia é certamente ume re- flexdio mais fiel das realidades do capitalismo do que aquela que pod ser encontrada nos esforeos dos pés-kantianos ilustres que tentam se Ii ‘Como pode a verdade do mundo burgués apresentar-se de outra maneira sendo como dualismo?#! Embora isso nao fosse alm: donno conceito de natursza, especificamente, nem em Schmidt (de fat Sohin-Rethel considera notavel o estudo de Schmidt; esse tanto sobre Schmidt quanto sobre 0 tratamento burgués da natureza, ‘A respeito da ma interpretagao de Marx feita por Schmidt, ele bbém se prende inicialmente em algo real mas, em busca de seu projeto ‘maior, transfigura a verdade na meia-verdade ¢ na falsidade. Comeg assinalando que um exame da natureza deve enfocar 0 dominio dos va ” ilo ewyue opunus o wo apeparzepHios & ‘ed umu opiapuaide ‘aneyuacloups ap ‘Bp opr sorjno $0 loa sun opetyouiasen 25-op91 uDWOY $0 anb ap eSurwsadse wdea v “oy; Ojuenb ‘sosueUKiad vezi eu Waplosap S}TEUI eu “-easayueATT euMbeur eu ips opu eanins apepaiaos & as sejunsad “'SOUIEIIBNOP SON, rezainqeu ep opSenoadse wp 0 oursruerd -o1n op ‘ojuauresuad osoysue op BsrapepseA 2qUO] B SOWA inby “OHads>s -ap op varigod ens anb sopenmrqap sew 9 epeu ‘euowny apepapos eumn sod 9 Porypad owduonut e opeondxs. ‘vonvid ogSusyut v opeondx 121 -08 0 wan af an ‘nsse ‘eAMUpE OBN "BUELL tos ORs seSUaIENTD ‘ste} anb ap worerd opssoidiat # Bp 919 *,, 28S" Op SeSUaID}Tp sep J}UIU -[eI01 O-opurensqe stod ‘oprpuoTonjora1 OULstTELDOs op 3221p apod 26 ou SOU O "IPRINYDS ap sorLione) sowuouNAOW sop Wn. -nod wa otrpuofpnyoray owsramuia] oanb souns -Ja\Ip OBURs BslO9 exINO OBS OBH ‘MARIO se> RAND ap EzaIMTeU AP o1l20uU09 op seaniod spOSEONAUET SY ‘esanding opSdeouco tp sepensiar Seareul OBS OSN-Op-IOTEA OF BZDINIEL up ogSeredinbe ep weimnser aonb sepeurqution ops “pr Y “KIO 9p INLOT Ens 9p Bio} "wsoNIsMg ayuouNTeUDSSORUN wz -vu ap opSdaotios wun srzpordat ered oojed o eUOW IprUAyDS “(PF}] 2 suey) eiscxreur-gid oorgosopy ovaxIa1 0 a1qos oLsdosd afa.os-opuedc|00 > oujoumid o ered aqusturesnpaie opsuaTe ens OpUITLIp 2 ON-op-IOTEA OP osn-apsoyeA 0 opueredag “x1eyy ap Bigo eLdoud ep owds9 0 snAyat 09, ‘e seSowioa ,,ezasnieu ap os0U03,, nas eHapod OBHD a|UaINOS 9 OFLA “suiawoyfp ayuauTeonEwTesp Oprs wues “LIEN Wo ezamTeL ep opsuDasCuOD ‘pns ap Nudd OU D0 IO9 aILoUETALIO9 aja anb ‘oyfeqen ap ossao0id op ‘O¥SIA ens “ezarnzeH v WOO BOLOISIY ORSEIar Ep OESeUIWLIOTap BU BION -9p-loyRa op wlouyuodun B opipusasduroo yprunpog assaan ose>, 9 UID EPP BlOY vot} “~oRSEINONID sof -arperes wantuguoss, ‘nb "won /osn-9p-s0[Ba ap Boys Gadls@ OBSdI91I09 BULIM OUICD BLIP 2U] ‘nb ‘Oss itp aur anb jorided © opor wo asesy eunyuou py opu anbiod “ossip’aqus OBu IprUNIDg ‘oomtguODe oTuaUMEre Nas sejLOUTEpUTY Bred ~ssoo0u 20303 98 anb audios osn-ap-sau0jea Sou vlouaiaja4 Ze 20.0 po} wz] "woH}OSOI Conod win Wau OeSeNSGE fer9p PUL wBins xe BIOdy 2828) eusepod yprUtyps o1st pny, “ersidoyn wa ‘pour a sess9 199040001 OPULOp Xe rose Bred 2 “(egy Bed) .ePEHNLIOP 105 roa ez2unyeu,, e OWIStTEIDOS 0 qos WIgquIE anb Aereoop Bred 3 ezauNVEL ep ‘ogSeujuop & snnasip ered zedeo ayUeiseq as-a}l9s Jpruiif To T0[8a 2 BION ap sagsepAA se as-pUEIap|stIOD SOpE ove) ap'—stongo Iwaure word ogs soperedas artau -npoud ap sopow “zsan-ap-soyea 9 -tura anb wie ovuau0W ON sonsadse snas tuo aytau0s auto: -09 2A3I989P sPITUNpPG ‘Oya 1 sejsuignbestios sens anb epipaus @ oi snyjdeo “ 1ofea Op oSeI}SqE Zey x: eMUoy wel -sou eq oOn-op-saIOpeA sop anauTepNRL anunstp aja anb ‘osn-9p-Sa10} TV A DOMINAGAO DA NATUREZA? A “dominagao da natureza’” foi um tema importante para a Es- de Frankfurt. Desenvolvendo suas capacidades teenolégicas, argu- tam eles, os seres humanos estenderam implacavelmente seu domi- io sobre a natureza. Mas a natureza realiza sua vinganga, uma vez.que a dominacao da “natureza exterior"? é acompanhada pela crescente do- minagio da “natureza interior” (as proprias pessoas) ¢ pela crescente jragilidade da existéncia humana, Este argumento apareceu nos primeiros | escritos de Horkheimer, Adorno e outros, mas tornou-se objeto central de atengdes apés Hiroshima, Marcuse tornou-se seu mais persistente provavelmente seu mais sofisticado expoente, Mas ele repousa, como.nds vimos, sobre uma concepeio dualistica e contraditéria de natureza que se reduz, em ultima andlise, a um fetichismo muito sutil. A tese da Es- cola de Frankfurt trata certas relages sociais com a natureza como re- Jagdesnnaturais, no sentido de que elas so consideradas eternas ¢inevi- taveis, O tratamento da tecnologia oferece o melhor exemplo deste feti- chismo ndo internacional. Embora reconhecendo-a como um produto social, até rhesmo Marcuse tendea discorrer longamente sobrea neces- sidade filos6fica abstrata da tecnologia para mediar as relagSes homem- natureza. A dominaco da natureza parecia, dessa forma, resultar des- sa necessidade abstrata e nfo das relagdes sociais e histéricas éspecifi- ‘cas dentro das quais a tecnologia foi produzida e utilizada. Evidente- mente, Marcuse manteve a esperanga de uma nova tecnologia, de um dominio benigno da-natureza voltado a libertago endo A-repressio, mas foi pouco mais do que uma esperanga. Foi muito fécil para Habermas (0 mais proemninente, juntamente com Schmidt, da segunda geragio da Escola de Frankfurt) rejeitar essa vl esperanga ¢ afirmar categoricamente: “a tecnologia, se baseada totalmente sobre um projeto, somente pode ser levada a remontar um “projeto” da espécie humana como um todo, eno ao que poderia ser historicamente superado"™®. No sentido mais estrito possivel, em contetido e em forma, a tecnologia € vista como al- g0 natural, ‘Como o fetichismo das mercadorias identificado por Marx, o fe- tichismo da Escola de Frankfurt sobre a natureza resulta de uma estrita separagdo'em Schmidt, mas ele nfo ¢ de modo algum atipico, A tradi- 40 da Escola de Frankfurt desenvolveu-se como uma reago a0 eco- 2 rimazia do econdmico’ nomismo vulgar; desde o inicio, a supos {ol desafiada c os membros da Escola mergulharam nos estudos cult “ios, sociais enos estudos politicos mais amplos. Mas ess fa do valor de troca, eo conseatiente ftichismo da nature/a, vou finalmente a uma andlise um tanto determinista da ciéncia eda tec: pologia. Esse determinismo & mais Sbyio nos teéricos da segunda gera- tio, Desse modo, nés encontrainos Schmidt apresentando a seguin(e ‘iat do determinism flos6fico: “Na dialética maraisia, como na he- geliana, 0 que éno-idéntico ao Sujeto & superado degrau por degran. Setores cada vez maiores da natureza ficando sob o controle humanc!”’ (pe. 136). Nao admira que Schmit veja como utépica a erenga de Marx que a tiberdade proveniente da dominaclo” éaindapossivel. A po- “de desespero que esta subjacente a esse determinismo era Sbvia desde o inicio virtualmente s6, entre os primeiros tebricos, Marcuse nunca re- nunciou a toda esperanca de revoluso, embora claramente tivesse s¢- tas apreensbes. A geraco posterior herdou, do inicio, uma tradico for temente anti-revoluciondria; acreditar em revolugdo era simplesmente desonesto. [Emsua teoria definitiva, Martin Jay observa no perfodo pés-1945 que “a Escola de Frankfurt mudou os rumos desua longa marcha pars Tonge do marxismo ortodoxo. A expressio miais evidente dessa mudan- ‘cdo do Instituto do conflito de classe, a pedra angular uer teoria verdadeiramente marxista, por umm novo motor da _Historia.. A focalizacio agora incidia no conflito maior entre o homer ea natureza...4”, Na luta sobre a natureza, a Telagao social com anatu- eza sob 0 capitalismo torna-se de importancia secundaria; a luta pol tica nfo é@ meta no uso deimportancia secundaria; a luta politica abu- so geral na dominagdo da natureza pela espécie humana. A ‘italismo torna-se 0 violdo da histéx rc i, Desse THiod, a jId de Frankfiirt trouxe néio apenas uma con fragmentada ¢ dualistica da natureza para aala esquerdista do \ento ecolégico dos anos 60. Dircta ¢ indiretamente trouxe uma ‘na qual a esperanga para a humanidade, se ai havia alguma, residia em fazer reformas ao atual sistema (uma ve ‘ndo cra o capitalismo como tal que era éulpado). Se nfo havia n sma espéranga - sea cofdigao humana era verdadeiramente detert rersteues o1aunaroauasop op oyqurg eu ‘ezamnyeu ep ‘opUpELIUCD oUIseWU 91 NO ‘ools}oNds9 ODL eres) op asrypue eum sejode [enb v a1gos eoLi9a} aseq EAU BUN 49991 ‘ezamreu ep ovsnpoud ep 19 Janjoauasap apepryeury 10d wa jeu ep ogSmpord op wIgpr owsustinprun “oLIquIos oxnyny win aI08Ns Pz>K tun eum opuas owoD wzasnyeu E WO ORbEeX dil o1sodo owatupesoid o sown cep WH v9 -nyeul up opdeurtiop op wippr ep oanedou ouseyunis o ‘ouNTEyUNI O ‘owiog “WER 9p OwWSEFUNET o nb exa|dluioo ayuaurEaHAyEp a ePEORSE -os srour ovIMU zaNTNyeU Bp ORSIA BUM “ezaNTEU Lp OBA LESEP “O}LO yuouos seu ‘ofpruT o xe UO PHY ‘TeIDOs apepHiond wsse ouuMsse wZAE “nyeu » yenb eppd erarouc> opsypare rensoul9 r278y arap asanb 0 "Bzar -nieu ep oonsyjenp owioureyen op wae 1178 sou opU ‘susBsed Se300 lip apriaypg 72 owtod ‘Oysnfou0d wss0 EM ap arey O1BUI O} TEIDOS JO} oyu vp 2s epeu 9 ou wzamyeu v Sezamyau up je1o0s apepHolsd wun PH an serapisoo wo8e soutmap anb3 ojmjdes ojs0u upenuosaide eon ypugsse V ‘oulspcrem op auis9 ov wyOWD: uIsTEyML 2899 aN -o108 ova} U-SOU-IO} SUBITAAA Stod ‘orpepioa 9 oBt 9p ‘OwueIANUG, “onrrefau owisieytrmiay win 9 mpqurey OFS] “BIBojOIqoHos ep sojsadse so}120 wOD senA\que SopEP “qjuats seumaye opage tua opuexfp “Jesi2anm 9 JoLan wzomNyeU EP viBojoapt ep eorojo1q opssoa tum anb srew! conod anBosuos oxeueduat | Lut OU Sey “pga, DWOY 0 agos o19x9 wzamyEU v anb O¥ssexdo,, BOP uo "eunDepe Yoyousard-emooud pf ‘seysnLret sojad epezTeyus. conod yoy oureumy o12u98 op ,.208891019 OvSrpudd z, and oprEyUaUIN -ae ‘ezaunyeu tp woiflo1g apeplioud e reuLnjeas eyua} oreueduiL] Owe, -seqag ‘Sopeplnoyip se W109 repr vred souatu ojed operedaig "ejuasasde nb sapepnoyrp sup wsneo 40d “ossnipry sino] 9p soorSojoulaisida sew “aqsts sou opHmuro ajuoureIa|dut09 piss 94g “zzauMTEU 9p O1{FOUOD O UO seurojqoud wresoan wpquiey p1o,, SOMp sexspereUt som, “gga 017038 OP ISS, ‘Bu ‘ezomjeu ep eiBojoap! eu opuenb oyaurEreN OU OMTE, ‘o}uapLAD WIG =e) 9 OwsRJUNLN assq “OAREMOU OWSTTEUNEN UM 9 ‘OM OPEN OIA, -nfop opus o1dsasap ap esneo las ezamyeu Baigos eueUINY ORSEUTTE -Op ep ppapioxour apepissaoau k ‘soja ered ‘onb Ouusouu SunypxuEL 3p e[09 -sa vp wpaTpa eoRD wUEM SqUSUTETEPD “LPgUIT) 9 O15] ‘yp SOPEredas OULIOD ojfuy 0 apsop sopEUto} OFS siop so-anb ki wprpaws Bu aqUDLOS apepo!> ng oytauuested op nb “alas no ‘Opn | “jeivo oysop arsed turourtsd wu sowia sorranb o=1tsUreIS1309 BA10590 2161 + uowioy ofed vzarnyeu ep eismbuos ep ayueyunEN OBSIOA,, BUIR OUST -rew ou reayynuapr noureppoud suETLM, PUOUIAEY 9} -eaneusoife BOIUN e pioared 1s we OWaUTYT -ooar oopssur 9 opesodsasap souSTH no sreU tun O}tIOd O1199 918 OFID Aeloone Hendes Ferrets Gebarete oe 2 A Producdo da Natureza Em um enunciado famoso, Marx escreveu que “‘a verdade cienti- fica sempre é um paradoxo, se julgada pela experiéncia dir mente se defronta com a aparéncia elusiva das coisas”! Por Ga produgao da natureza ¢ paradoxal, a ponto de parecer absurda, se julgada pela aparéncia superficial da natureza mesmo na sociedade ca pitalista. A natureza geralmente é vista como sendo precisamente a que nfo pode ser produzido; € antitese da atividade produtiva b na, Em sua aparéncia mais imediata, a paisagem natural apresenta-s« ands como o substratum material da vida disria, 0 dominio dos: de-uso mais do que como o dos valores-de-iroca. Como tal, mente diferenciada ao longo de qualquer nlimero de eixos. Todavi ‘com o progresso da acumulagdo de capital ea expansao do desenvolvi- mento econdmico, esse substratum material torna-se cada vez. mais © produto social, e 0s eos dotninantes de diferenciaglo so, em sua ori- ‘gem, crescentemente sociais. Em suma, quando essa aparéncia imediat a natureza é colocada no contexto histérico, 0 desenvolvimento da pi sagem material apresenta-se como um processo de produgao da reza. Os resultados diferenciados dessa produsao da natureza séo os s 1s materiais de desenvolvimento desigual. No nivel mais abst na produeio da natureza que se funder €s€ uiiem Os valores- de-uso ¢ os valores-de-troca, e 0 espaco da sociedade. A funcao deste capitulo 6 de renovar nosso conceito de natureza, de talmodo queo o woo oRdepai ep OqUSEETEI) Nog ‘oyWAUTESUAd ‘OU OJa19UOD o LOZNPOId or ojuourepenbope anb 972 ayuisurealssasBord sopiajoauasap OBS S012 {noo sosso ‘osqTpte v wsseDOId as anb wpxpoUr Y “OLTPSSeD9U AUDLLTEDOS Aeeoujeqen op oduiay orensqe OyTequn “erpea-steUT ep s0FeA “TOTEA ‘OsN. ap 1p sOTea :seaqIos sagSusisqe ap 9139s BUN-BaLsop 2fo EZaNbIT ‘ulos opuresouior *,,0ja10u09 O ied oyeIISGe OP TeNUIKU sisu09 ofe1109 aTUaLITEAY] NA! OporgLL o an 2p opeIUTLD oso. BfoUgiB0o BUN sTTUNSUOD Swje |Iq0S ap LANEAUD} wOwzOINTCH ugi2}02 ap Opseyidaroo pum Ogu aajoaud Oss] "Inbe 0zej sowaIeIUN ‘efale} 2 plas BIS ‘SepRNosIp aIUOUIEYH|GAO no oLOWETN ED sept 2s op so ey wut uD SU INH PST UDEA OFSEOUD> 1 o\dusax2 sod ' Woo sogdujar Sep OPIAlOatIasap stew 2 ojaxoUD stew OTWaWETEN wn ‘ered sojaurepuny so eyuasse s1uaweateyinulls fex1x esio9 vrunsye BU re siaday foyide) © wa “wzamnyeu ep OBSsnasip vsloutId y ‘ojuaUBETeN Nas 6 9qo001 WoguAA WzosNTeU ap O}.9UCD O OPTUS KIPIA|2P 291 opssorSoud vain B saide oumyoa OslaumLd ou astypu w anb eprpaw y ‘SeIY “ezaNyEU ED pyojdutos opsdaguioa Bum ‘oxjosuasap oUseLU NO ‘Re Uasesde OLPSSSO ‘onureyanta ‘ooiseq oarofgo nas o opurfigesiog “ezamyeu 98 0 ‘yuauuqerored sOuat ojad ‘njostiesop BSS2000 KIRA feo 0 qos ‘siuouresysoadso ‘czamyeu v resyTeue ered wpeLO!D -autp toy oBu jepideg eigo v anbiod ‘soquoures) 9p PULIOY B qos 2]UaTL -08 213000 ezaIMEU Bp OESSHOSEp YY "EZOINIEU Ep 214949}1P OJSUMETER Ol 180} Ogssaford ayusysisuco Bun souTescoue zen wuratuLid Bjed seu 99 -sayezepionb xonjon ons cou ajuawuenadso 9 ‘fonda on “ezasn7eu Det moo eupuany opdear Ep SELOTL seQsUaLH se Woo sepeUOTPE se Tr wa on ed ‘sepeuorsmpe sezn0 9 ‘seper| dune Ure203 SeIgPI SeSs9p SE} “MUL assLpUNE) LUT] “FRESE ODFJOSOTTY BAaquo-BIGenb GUID OBL: ‘BOLT -pIsIY Opuas OUTOD EPO} OB|sonb ¥ JEWLI] v NOSaUIOD “UDUUL/OL2}s\ -aamgeu v9 soupunt] S195 $0 aud sogSeax sep ONURD O11 G-OPLLIO {09 ‘ouewmy oyreqen op opsuny @ snNDSIp B O-nos2| eagpopdsiad ess ‘opepitn wsso 180,010 weLlopod anb sear sossaa0rd So wpD Opessaxa1 “Ur sje wagyso xIeYA *,,kZ01N}BU Ep 2 WawWoY.,, Op apeprun esodns ep ( “sooygsoiy somadse so snnostp ap zan wi ez ep BsfeuoneUT ozs \ =a BuIn w NOTSY ATOPY (sTaBU WI0D OBSEIOGETOO wo rE) PAO DIF i -Q]0apI & WOO aJUAUTOg “IWeY ap B OWOD UiISsE “eUEOSOL] EysTIeAp! OBS ~speay B aquOUTESUD}L BAR|OPE apo Inby *, ,ezaINIEL' 9 WSTIOY Op,, PEP “un & eIUaTTeS ‘SOOINONOIA SOLTYOSANVIN Sou ayugure|noyTed ‘soyreqen sossutad snos wg “OySelousiasip Sapuprun & 2igos asuIUs w “uw sopoyisa sus. i sow epeisua yp opeprm vuin owioa ear ~—~ascrayjaroneyasse-a ‘onattrestad nas wo ox2|duu00 9 O21 ONAUNIA|OAURSSP —— ‘un “uns Ossi “ey ¢‘2pePLINjEUI ep IBAA Oa XIE Wlanof PpEUTWOUAP oa1qus eorpes emmidns vwun py anb ap eanewyye & o7/20e OFU TEL ‘ogSnpoud ap estrendeo op -ou 0 aigos xreyy ap vonpio a asqyue ejad epear du ‘ezainyeL ap 01189 -uoo op tonyuionbsa emynnse eum sour sew ‘opmrnsuco aquauEue| dor foo wan ® aquayy Soureys9 OFU SOU ‘TeUY ON “wzaINIeH Stem Jeuorber opssosSoid euin ensuowp x1eWA 2p tig Ep epenbapr Bun 9 ‘SOLgIELe UeHO} OB 1190109 op salUaIa}—p sOsn $988 _sagadaoe ap apepatiea Btu qos , 2z0In3bU,, OULD] © NOsp 2j9 seUr “ez Toungeu v aigos ‘opeioqeje awuowatu23009 “ootun rep ‘0185 aq “ORSaITD ws owuy znpuod ab ‘eraumreL vp oes igo vhs ua sepy “ezamieu ep oZSNP -oxd pp o1ssgdoud e nope; 3) sepeiva sepugzede sens ap #2 op swear sagaped so seve pirruuad sou oss] “opesdoqUt OyuNfuOD wn lio opjisHsuoses 198 vssod esonIng wiSOIOOpI ep OONsHENp opunu a natureza segue esse provedimento. Todavia, o desenvolvimento histé- rico estdintegrado em seu desenvolvimento ldgico, a0 longo do texto; a logica do argumento de Marx espelha, de maneira geral, o desenyol- vimento histérico real que aconteceu?. O desenvolvimento do concei- 1 (ode natureza, portanto, expressa essa metodologia "légico-histérica”, 21 mesmo se em nenhum jugar ele a expressou completamente ou su- cintamente, como o fez anélise do dinheiro, por exemplo, Isso deve set realizado de modo conjunto a partir das discussdes fragmentadas so- brea natureza. Entéo, na primeira parte da A Ideologia Alemd, em pas- sagens isoladas de Grundrisse, e mais sistematicamente embora de mo- do menos dbvio em O Capital, colhemos vistumbres ocasionais de uma derivagao \égico-histérica das relagSes sociais com a natureza. A tarefa ‘maior inicial foi a de detectar esas chaves, a segunda consiste em ajusté- i Jas e completar o quebra-cabera. Marx forneceu-nos as quatro balizas | muitas das linhas retas que as unem; ele também deu-nos muitas das ~~ ‘esas comuns necessérias para completar 0 quadro, mas essas peras es- } ‘Go apresentadas no contexto de analises totalmente diferentes. A fim de reconhecer sua significdncia é preciso resolver essa pera para, assim sendo feito, revelar a sua natureza-face. Deve-se comecar a andlise com a produgo em geral, pois ela é a selagdo material basica entre os seres humanos ea natureza. “A produ- ‘edo em geral é uma abstragdo racional na medida em que realmente for- niece eestabelece o elemento comum’” em todas as épocas de produgio. | \‘Algumas determinag&es pertencem a todas as €pocas, outras somente : ‘a poucas. (Algumas) determinagSes serdo partithadas pela época mais moderna e pela mais antiga”. EntZo, “os elementos que ndo sto gerais, ecomuns deverdo ser separados das determinagdes validas para a pro- duc&o como tal, de modo que em sua unidade — que emana ainda da | identidade do sujeito, humanidade, ¢ do objeto, natureza — néo seja ‘esquecida a sua diferenga essencial’”4. Com a produgdo para troca, os determinantes gerais da relaclo entre sociedades humanas e natureza permanecem validos, mas como vimos na critica de Schmidt, a dialéti- ca do valor-de-uso e do valor-de-troca acrescenta uma nova dimenso para a relaglo com a natureza, uma dimensio que € especifica da pro- dugo para troca mais do quea produgo em geral. Finalmente, tem se observado muitos modos de produgio baseados no mercado de troca, ‘mas com a vit6ria do capital sobre o mercado mundial um conjunto to- 0. talmente novo de determinantes muito especificos entra em cena, e10- ‘vamente se revoluciona a relagio com a natureza. ‘Da producdo em geral para a producdo para troca e para a produ~ fo capitalista, as armas JOgicas e histdricas do argumento implicam ¢ evar A mesma conclusio concretamente observavel: a produgio dana- ‘tureza. Talvez em seu enunciado mais claro expressando a realidade da produsiio da natureza, como parte de uma critica sobre 0 idealismo de Feuerbach, Marx escreveu o seguinte: “essa atividade, esse trabalho, es- sa criacéo essante dos homens, essa producao € 2 ba: todo mundo sensfvel tal como hoje existe, ea tal ponto que se 0 rompéssemos apenas por um ano, Feuerbach no sb entontraria ‘mes modificages no mundo natural como até lamentaria a per todo 0 mundo humano e da sua propria faculdade de contemplacao, ‘ou mesmo da sua propria existéncia’”’, As sociedades humanas agora _—produzem.a-natureza.de.modo téo.completo que a | cessagao do traba- tho produtivo provocaria alteragdes profundas na natureza, incluindo a extingfo da nafureza humana, 7 I A PRODUGAO EM GERAL [Em suas consideragées iniciais sobre os momentos abstratos das ‘mercadorias, Marx considerau.a produgdo como um processo.pelo gual», seaaltera.a forma da natureza, © produtor "sé pode proceder como a! prépria natureza, isto é apenas mudando as formas das matérias. Mais ainda, Nesse trabalho de formagao ele ¢ constantemente amparado por forcas naturais”” Pela sua atividade, o homem “modifica as formas das matérias naturais, de modo-atormé-las titeis para ele, A forma da ma- deita, por xemplo, € modificada quando dela se faz uma mesa. Nao obstante a mesa continua sendo madeira, uma coisa ordinéria fisica’’ Dessa maneira, como 0 trabalho produz coisas vteis que preenchem as nesessidades humanas, “ele Suma eterna necessidade imposta pela na- tureza, sem a qual nfo haveria mudangas de matérias entre 0 homer ea natureza, e por esse motivo no haveria vida’”*. Mas 0 trabalho oca- siona mais do que uma simples mudanca na forma da matéria; ele pro- duz um efeito simultaneo sobre o trabalhador. “Antes de tudo, 0 traba- Iho é um processo entre o homem ¢ a Natureza, um processo em que ‘© homem, por sua propria ago, media, regula ¢ contr6la seu metabo- ca ~eu 8 twos opseiadooo ma oyeqE ojad sfeos Saras o1tIOD WanjoALIAsAP 3.2 wianraaagos soueumny saias sQrapEpIEIOT Blin UD Se-OpuEapETUD nog Presa oP STD sens Se ureuruuaiap ezosnreu & WIoD wiowoY op sepEIlE | pnb vu apepaisos v woo bzaimeu op apEpluN Biz q opRPI!I0s e WD ezamnyeu ep yeiod apeprun vuin arsfins opEyuasap mbe cxpenb O “arzapoad ap way v S02} -no So uroo sun trSsesayu soteuny S396 srenb seu sreI908 SooSEIOI Sep 9 eaninpoid eueuiny apeplane ep jammpou canpoud 0 9 je} owWOD FDUEID -su09 v “eitouow Bssac{ “eUeALINY BrOUE,ISUOD BP O ‘os sepo} (319 “exouutid ceanyeu opIsyfau ‘epougra “xa ‘d) sey azeysies ap ‘lau So OIG SSpepEssooou se OvuT mEIaFE an seSIOy sep’ SopepIssoo.u ‘sessa J0728]S1188 9p SoIaUL SOP ‘Sapepssanau ap OKSEZTUAIISUOD Y “er aptodsoutoo a anb s00seia4 2p op ou op 2 seaninpoxd seauo} Sens sep oom 50 Ogg **feUIEW OyUeTiTEHOdUIOD Ns Op Br -00 ins wio8uns suamoy sop fenwaw o1qunyax ‘spodequasaida: sy “ear epra ep urodenaur -PUI apepIAle e epes aWUSUIRUNTUL 9 Riaup ZeBN] OsoUMNAM UO -s9 wigugDssucd wp 2 sogsztuosoxdat op ‘Sel2p! ap ogsnpaid y,, i reueuimy eangid ep vsuQ!2suOD w oyaMIsaIA {tus 9 wiougfosuod v “fe108 stew OpAUDS nos LUA “TeLOVELU PIA BP [EIS ordnpoid wssap jesSaqut aired wum 9 eJsUgIOSuOD Ep OESNPOIS Y ge b2aIMTeU fd Ogu 9 "femyeUt 195 tin 9 BU CUISOUL |S ap IOS e722 euaists ou w titers mssod opW Sf 395 Gin “ua opssasco uns 9p 2309 N28 9p 01 -2{go 0 ouoo“syevosuas‘sre0s sovafGo wo fo] sreunyeH sasapod w09 op -edinbo~ yemyeu Jos win ayuauresanp 9 WaMOY o,, zezosN7EUe LOD TED 08 oueuiny 298 op vyensqe apepnuop euin py ‘oyueFaNU ‘opSnposd 2p soniaumnsut 9 soya{qo sop spxente 9 augos seperjaiox9 Ops on ~uour seo¥sy) sopepmqey sens se opSnpoud e vied weuoraup sep ‘tex neu so20s ops seossad se Oss} opm ap ¥UNIDe anid ‘oupuiny wz010N) eu yp sejueuUso19p so ‘Texo8 seus aru ou ‘OBS suy-greystiesap sopou! snas 0 sopepss2oou sessay‘seanmnpoad sopepiame senno sanbay opseystres ‘no seueumy sopepissoood sexou wiznpoud ossaooud OU 9TeLa}eU ep “fs eudoid ens 8 woznposd squatueano|0o souBUMY $0108 8 “sapepISs9 -Su sens se sareysies exed sofaur so OpuEZpord Joo soynpard Yenpoxd ap wy e ouewiny oypeqen ojad sopeaait nye ep sop ~eudoade ogs — sopezrjzar oys soujuein $6 Sf@mib $0 too sowuoumsu 509 Woo sopeyeqeny wo12s v OFSnipold ap soia{go so — oRSNPOMd ap “sopurso ‘seperlbspeepepaurenbs speprrenb tis siaatuodsipawourfemnyeu ‘OBF OBL eIURIsIsqI Op SolsUI 50 aptic ‘sleiNyeU sopepissaoou Sz 19y9 -toaid ap wy e wamgeu ep ajueWIeIANp seplimsuos sreayeUI SeDUREND sup 80 ops pougissqns op so‘ut 5 ‘Sopepssadau sesso Joyousaud vied sojoud fo {ustuPASpur no eR “eiotiaprAoud ezainneu e apuO opuntA WIN SOPLSU! OBIS Soj9.9.— jeIDOs OgSeLaTUT ‘OURS ‘oxds ‘ORStIUIU ~ aye = sremren sapeprssanau se}199 (0D Ww29SeU SOMELINY §9198 50) “gidlatoY 0 tos xed “rz ,, anb op oveNsqe sreut Sop epiajonussep ayupurey219u09 9 reUnY Sar9$ $0 WOD OFFEIaL BU eNUS zamngeN v anb osn-ap-sopea aand wn ow109 9 fosn-ap s0FeA OF Bumn9 (felignewH woOH B) ezaIMIEN B MOD O¥SeJare ‘SHUAMEED PATH ISON jezosmyeu v exed osn-2p-s210 FRA SOO JaAjonap a sepepIssa oul sens Joypuzaid ered sorow so urerdorde soueumy sa13¢s0 Tenb ood ‘ossa20id 0 9 wzainyee ¥ uO souPtENY 52495 Sop ‘OULS! come ppsdozd ens ‘odwai ouisou oe ‘eoxy!pous aja eurapa ezaIMeN] BaIgos ‘OqOWTAOUDSs9p. -weudord ens vexed (nn Eunos une permet od "enge ay “ep igtetu ep as-reyscoude ap ww v ‘opt edaqeo ‘Settad a sodeiq ‘apepmpetodaoo wns ¥ sayua0ua) vad sjemyeu seds0g se opuampous wa aod ayg pemreu wSxdy eum oW09 Temaeu eupreut B Uloo EUOap as OMSoUU afg ~E72INIEN B WO OUST, tureza. Mas esta unidade da natureza nao ¢ diferenciada; é uma unida- de, nao uma identidade abstrata, e se toma necessirio compreender 0 papel exercido pela atividade humana produtiva na diferenciagao da lou, 08 seres humanos “podem ser distinguidos dos iéncia, religido ou qualquer outra coisa que se qui- rém, essa distingdo 56 comega a existir quando os homens iniciam 2, B a atividade humana ‘mesmo ponto em seu trabalho, que ndo chegou a ser termina by Labour in the Transition from Ape , 6a “'condigo bdsica primeira para toda rabalho criou 0 proprio homem’”. Desde o _ ‘manipulacio de instrumentos, foi gradualmente acompanhado por mi- Ihares de anos de trabalho, Ora, como Donna Haraway jé escreveu: “A. humanidade se autoconstruiu, no sentido mais literal. Nossos corpos s4o 0 produto da adaplago ao uso de instrumentos, que pré-data 0 gé- nero Homo, Nés determinamos ativamente a nossa figura corporal atra- jologia humana, a consciéncia humana e os cia, a produso e a reprodugio da vida material sexos. Esta éa primeira divis «gens se enraizam na organizacdo social pré-humana. A medida que ela foi herdada pela sociedade humana ela é todavia, simultaneamente na- tural ¢ social, ilustrando novamente a unidade da natureza. Uma dife- renciagio bioldgiea na natureza é reproduzida como uma divisto social "4 do trabalho, Esta divisdo do trabalho social ¢ basica parao processo de reprodugao, mas também se propala para a esfera da produgio. A divi ‘sao sexual do trabalho entdo torna-se geral através da sociedad, ¢ de: ta maneira, novamente através das finalidades da atividade hum: prépria natureza humana comeca a ser diferenciada. A divisio d balho produz uma divisdo sistematica das experincias sociais, em ‘cdo das quais a natureza humana esld constantemente model modelada, ‘Atualmente esta visio da produgdo em geral oferece alguns escia~ recimentos relacionados com a natureza, mas € muito limitado. Nume- rosas premissas encontram-se implicitadas, particularmente as dos ba- Tangos ecolégico harmSnico e social, no centro das quais se uta ativa entre a produgSo e 0 consumo de valores de uso. En anoa ano, hia possibilidade continua de que a producdo ¢0 ‘do se emparelhem, ¢ de que ocorreri.a fomeou o excedente s ‘primeiro lugar, essa discrepancia éinteiramnente acidental edevida a naturais, tis como um clima inclemente ou solos particularmente fr: teis, mas precisamente para evitar os efeitos desastrosos incidindo so- sueda da produgio vis-a-vis do consumo, toda sociedade procura “providenciar um fundo de seguranga social contra os desastres elemen- tares que podem afetar a producdo anual’’. Embora primeiraments excesso fosse apenas uma possibilidade natural, tornousé uma nece em seu nivel mais basico. A realizago de um excedente social permanente, entretanto, na0 €o resultado automatico da pc especificos de org: ai coma produgio rantir os meios imedi tada, €0 aumento da diviso do trabalho que se acompanha, por sua vez apresenta novas possibilidades. Em suma, o excedente permanente toma-sea baseda divisio da sociedade em classes. Novamente, isso surge &~ primeirocomo uma possibilidade na qual uma parte da sociedade dei- xa de executar trabalho produtivo, em parte ou no todo, e obtém lazer 75 eyougisisqns (ear apORTH ESSN soueumy sID6 os saqSinifstita seu sod epeInBax 9 stew 7aA EPS idosde 8 ‘e203 ap EfuIouood BUN wr “OUTeqes Op onreemasut a ojafgo ‘onfns o aadns eeomren & reqb eu ‘TesnTeL apep “inne eum seuade 9 ogu [eyareut epra ep ogdnpord v ‘oEHOg "BON 2p-10[WA Outod [eRSUEIOd Nas 9 wAQ WIN ap OFDIIP Osn-I0[RA 0 OURO o1d nas vied ‘ore] aq] ‘Osn-JO}eA 0 OBL 9 #90} ap TOBA 0.9 oFINpOAd ep ovetpount oanjalqo o ‘orquresza1ut o ered ogSnpoxd wio9 ‘stag son, ‘no J0d epeo0s) 498 apod yenb eu eaneyturenb opsvpas e wsso1UN9 HOG uin 9p ¥30n 9p OWA © “OsN-sa10[eA OOD a #9021 Op SOIOTEA OWLOD 9} -xowoqueyuoou09 worst anb stog wo a1uaUHEDOS as-ULIO}SUED ioadsa wigqium sapepriuenb wa sooypjsadse osn-sazo[ea ap o.gquigo.oyut saanoy opuent) “orquigoraqur o ered seus ‘o1astp osn ered soprenposd ogs opt osn-saxopen osn-JOfeA ap ¥ aiUaweAlSNpxe 195 ep oxjop ezamyed e woo ogsefar¥anb woo zey eoo.ne eyed ovnpoxd y “os -so10yea ap Tenax BOON # B11000 anb ered “ouatYNs OBL ap zesede “ELL -pssaoau OgDIpuOD 9 altapeoxs win ap OFSposd V *Osn-ser0TEA S04INO 10d opé90.n 19s apod oinpo.d o (epeuszeusre no eprunsuod ses apod anb e souadns o8151 9p wajes twin ‘x9 “d) earumnsuoo ov TeuareUr Bt 10 wa opuend) “owt sexImoU ‘oprumnstio> 428 apod seULOS $e1s29 WIE] 379 “eaninposd Ogu ogsednoo ‘opsyndod ep ojuaune ‘sozeuoUTE Sea 19804 $8 UNE IUDLIOY No sfesmyeU SoQD¢puOD Se LDyUUAed on op oot -jpfared opuiapusdap ‘seun03 seman srunsse apod ayuapaoxa Q (OLAWVOAALIND VOOUL Vavd OYSNGONd V IL jeppaja spout PULIOy wrno wun ap o}UsUNENS Oo wed 2 epenteosop 9 eayjoadso wou 9b. “exo tun ened sewso%e1 e108 sourapod 2 ‘exjoauasap as anb uso apepar -08 9p ooypadsa odn op apuadap eopeitiioo opSe[su wss0 J0d wpeuL -01 esoard eunzoy y ‘oBSeindod ep ayied apuresd wun op OBpIARIOso vo tue 99 “wzamyeU Bp a9 Wud Opo} Wn oWoD EUBUMY 9pEPEDOS EP OBS eID BW OLOSSOSSE 949 BIOGUID 9 “TE]IOS aforuOD WN ajUDUTELIESSI3 “a9 opequaumme ajontos 2889 ‘Ope] NINO 104 “ezaMyeU Bp sagSysnsas se 290y opbed;aueuta wridord ens ap ossaoaid o8uoy 0 seSouio9 ¥ eure -ny apepayaos & eaay a1adremad yerD0s aittapaox9 ap ogSnpoad v “eums ‘wg -stemnreu sapeprssaoou se sozejstres tied OSn ap SexOTEA 9p OLTHSSECOU (Hos FaOSHAT SRS BT aI aYOTUOD trou JOK|OALDSP HD -SSIogTOSTUNB sad soppiuso wpidoud via ‘OugHpeRUED ajLauiqUarede OY > -pyown wo onrenod Syueuune sos sHpIas 2p posnbid v -ture 0/BUL WN ta ayuaLIsajduus eIsnfe 2s sreUr OBL! Cucuoy, ownsqe Jemyeu onpyagpul Q “ezamyeu e w09 [eIDOs OESEAaL e eIMyTE “ZaA UNS 10d ‘ors] opserteiio ap seunioy a seaypsadsa srepos sagSinmnsuy ds-wiosanbat ‘opSinquisip 2 zefnfar ogSnpord ens ressjave ap wy ¥ ‘9 YaINzeL ep opejidosdeas-esuoous artapaa ass ‘ero no BUnIO} euIN.oCT “ezaINIEL ep osoquourrey, ogy 0 eitiagaLse [e!90S OTUELUTATOAUDSEP © ‘51.595 “Sep Wa epIpiarp apepoinos eta v ojLaWDSeU sep 2 apepaIaps Ep OWS, ~eqryendi oa mwitid 0 seaganb ered yerp0s.opSnjouau,, umn. op napuadap IgqUrE) OJUBLUAJOAMIDSap 9859 SU", SPIO] x99 SBxOPBIO| ch ‘sOABID “9098 sso ‘S9SSe]) SEN WD epee Ep oBSuredas apuysd exowtd pred “otto -ou.9 vifea-sreut ep opSeiidoude gad epezua}reImD ape opSeunio}stien Bss9 ‘sjo8ug WHO OpsOdE aq] *, eNO @ -eWi9} JUSMUIOUS}sod SURHIUUIDyU 9 BUPHUNIOA 9 od}ouLAd wa aNb ws foo pundit, ‘opueypeqen enumos nb ajueysax opSe|ndod ep sejsno se este eonjunto de trocas, desenvolveu-se o ber di éprecisamente sua capacidade de representar para seu desenvolvimento. Assim, a diviséo entre agricultu- implica na separapio cidade e campo a qual, por sua vez, iceree de qualquer divisio do trabalho, bem desenvolvida e pro- vocada pela troca de bens’”!8, A produgio de um excedente permanente ¢ 0 desenvolvimento da divisao do trabalho suprem o alicerce econémico requerido (seas con- ‘orem favordveis) para o aparecimento das classes: fundamental esté entre a classe que desem- ial, ca classe ou classes que no trabalham, io. jencampam ¢ o excedente: social. Esta diferenciagao de clas- produtivo, porém ndo necessariamente continua sinénimo da mesma. Muitas classes dominantes no desempenham quaisquer tarefas, enquan- to outras podem desempenhar fungSes sociais necessdrias que, contu- questo é que com o apareci- ireza no € distribuufdo de for- ‘amente) entre as classes, A clas- iretamente ou nao os meios de produc sociais, certamente controla o excedente apropriado da natureza pelo trabalho humano deterceiros, enquanto a classe trabathadora opera os meios de produsio. Com a propriedade mobilidria, evidencia-se 0 acesso desigual Anatureza, que assume uma dimensfo espacial facilmente vi-{ sivel com a separago cidade-campo. Com a divisio da sociedade em classes, 0 Estado surge hist snte como meio de controle politico. Como disse Engels, “em io definido de desenvolvimento econémico, que necessariamente im- plica na cisio da sociedade em classes, o Estado se torna uma necessi dade por causa desta visto "1. Eft cial radicalmente diferente com o surgimento da propriedade e da pro- dug, para o intercdmbio, Nao apenas a exploragdo das classes ea pro- A divisio do trabalho nc so social, mais ampla, do trabal dade abstrata anteriormente atribuida a relacdes entre gi encaminha-se para seu oposto, Nos setores onde as mulheres tinham con- trole efetivo sobre o processo produtivo, sobretudo na agricultura, os ho- ‘mens assumem o poder. Onde a responsabilidade da representacdio so- ial era compartilhada, as mulheres se viram sempre mais coagidas a car- ios de producéo, alicercada na gem parado de trabaihiar. Enguanto as mu- amir a reponsabiidaded de toda as tarefas, jca desta ocorréncia cst in- Jheranga da propriedade degradada e reduzida a servidao; tornou-se escrava de ‘mero instrumento para a produgSo de filhos'?2®. Ble pro- cede para demonstrar como a familia se desenvolveu emt resposta as re- Jag6es publicas ¢ sdcio-econdmicas entre homens e mulheres. Delincia ‘o movimento desde o casamento grupal até 0 casamento em pares, na monogamia, como formas predominantes da familia, concluindo que 9 +g Apepaj90s eed opeuruisrap yf omuco onpyAiput o enis2 2u1 ‘Hi seus 9 siod “eyerpauat wzaimyei bas sod No OT “os Efod Eunguan eriaurew ap ans opu ogSIsodns: “odd ‘an 3 opnpad oFaus op wanb sesINo SooSeyas WD ‘anh Opep 5 e005 6ss00id Op aujuap um WI0135 98 “oud win 9 ogu “eo ered ‘oveipouut oinpox nas anb o¥sod ‘onpfatpU augos Sesfadutoo vo1dt) 2] win 40d ‘95-29anbeg “TenptAlpilr pepsoay] 9 opep| ‘esa adaradusap stenb sou ‘soiua1ajip 21u9UIT e301 ulosap 28 ‘Sezapunyosd seu ‘opnjuoa fenb 0 qos "Teayodns 09520 -oxd owge aparede 9 O¥Sejnasp> ens 9so5aud Sop OBSEXY TIS, :yetpos oynpoud win as-euz0) oueuIny onprArpU Lp onwauAgonuasep 0 wod “opeItTeqeN onpiArpul op ou ove ‘seannp oad se$10] Sep [BATU OB artoUTTELOUASSO WwOdOLBULIAd oBSEIedOCD Up ste -oreur sorpyauiag so 9 ¥20N ap JOyeA we OpyaauoD aywapIa OUTEGEN ‘9p eUUOy uta ‘oeSerado0d JoreUr Ep soAHFEIRWEND SOLON] SO WAPO9 Sof ‘sOpU Suns Se UuUBoYo ojUBUTEIAT OBSEIIdOOD Ep SOP|JaUOg $6 OPEUL aoe LSE ‘coon ¢ ered ogsnposd wu opeyfequn op OgeuaTe & “ikguog “oujeqen oudgsd nas ap oper 1d Jo} anbsod ‘wzounieu e woo voereid “ex>xp opbeat] Jonbyenb ap op -BuaTe pase omnpord op onretidosd o ‘ope] oN No 10g sorripod ouidoud nos ap Sopetrfe OF ‘oUTEqen op apepioedeo wns op osn ojad wane oped ajuauleyanp woreys9 op sesade stod “wraimyets a wopenT=qeN ssbppanuo opSepar e eioye 9s wigquira SyUSUNEAN ‘ope sie egop asvefo Bjad opwidosde 9 ei0p! Ep amtopaoxa outed, sfoum Bopeyleqe) asse(9 etn ayuered OPW IE aqtanbason a aqapas@ap ogsnpoad y ‘sony ” 08 gate 9p SpupIsssoau e siodap ‘spepy -tp Oumguds Bred anb op seus orqurpox _,oBse[dUuayU0d wi Ja1oo 0 mos ‘sexyusasse e spre ‘SOnp} -aned vzamyet v asey esau anb o1sod ‘ogu no oAn _atouspejo} extep wapod rewau ,,o4feqen, , 9p SeULIOS Sep seu Se “ouTeqest op sovafns sop soujeqent ap souqeY so ezqrea1092 ap 2 OU -2qeN ap SojuaUMSUT SOAOU JeAjOAUlasap op ‘OUTEqEN ap $019{4o SOACU senucods ap vjore} ¥ oped Sent0D apod jeu OYTequAy O "WUOUL “BINGO ‘zz. atuaISHO vod Bp OBdEZt|UaIDSUOS ep LIBIE OFF, 498 ap 3g -w 9s quDUUITwO,, pod vpoug}ssuod 2 Zan ENUM Bad ‘wOdy “BIST -a}euu oquaUE}20dWH09 sermons pyssod speu9 OFM ‘TenueUr 9 peIUDU wo OUTEqe OF OBSIAIP BL -ad sepezijeuoronansu ayuousre;os wrefos O80] og 9 BYENsqE OBSETII0 -tioo Baan 2 oquauesuod Um wrEajosuasep as O8o| OF} o1s]‘owedoU wid oud ens yeaa] afb yosoyeur ojusure}roduroo um ap opsezNUD!asuOD RP «_,o1alIp opey[nsas,, umn “e201 ap ossaa0sd op aysed ze} onb “Teor vane a opsensqe Up Exnsox OywsISqE OLUPO;DE! o red yePUDTOd 2ISq “BID -tgysmxa Wp SEyEIPoU sTeNDyEUN saQS1pUIcO sep ATENISGE 28 aod erDUD -sti09 ¥ wisse !sepe00 Opuds OFIs9 aN ‘suaq SOP Ost-I0}eA Op reNsqE 9s | ronpad: eu“eoost op ossanosd-o-anb eULIO§ BUUsoLL Bg “OYTEqEs Op os -soooid OU OoIs]y BiSTUOSEINE No Os;eoFEd OwOD OBL "feMILaIUI00 OFSENT -sqp ouloa seiode ‘sossep seundye ap ogSisodsyp & OBIS EzaiNIeU ep Se) -20g} $01320 opjuo ap sped ® sjod “eIpugtasuod ep eUEWINY OeSNpOId & eyed sopunyoid a soxou sorsadse euryoosop O78] “Ted! a fenUeUT OUT -2qnny 0 ana ogsiaip e 9 ‘oIqurgasa}ut O Bied ayuoLUKoL)Dadse “oRSNP -o1d 8 woo ounf @Ajoauasap as onb ‘oyfeqen op sagstalp sep Burr) “euewniy ezoumyeu e ipqurey epnu ‘sress0s sogsejatop oyuoure}odUOD o epnuL aN EpIpaLU 8A “rzSTBID0S saQsvjau Sep OVUNIOD o 9 opeprTeas Uns LUA “oNpEAIpUL peo © SquS!out OBSeNSqe BUM 9 OBE EUEUINY EIDUASSD ¥,, ‘Y>Eq IORI ‘91905 0893 BIX9S BU XIeYA 9S8Ip OltIOD ‘slog “eUEUNY ZaANTEU kU OFSELL “s0}sue} epunZas Bun ureIOAO Id SeATBUINY SOpEPSIDOS Se fasseD EP 2 ‘oxas op aseq to sattre ‘sqe,p0s sagstarp sessop oBSeLI9 Ep SpA sauoqinta se snuyido exed opeutye atuawresopepind ‘oatuorsiy otsrueooUu win 9 $01 ofr se eed epmpa 9 9S aiduios "eus0s sanbyenb ap ‘erweFOUoW & ‘Aalienacao do trabalhador implica, junto com uma alienagao es- iritamente material, em uma certa alienac2o da consciénci desenvolvem juntas, Enquanto o pensamento abstrafo se o privilégio de poucos, rapidamen i mna-sea propriedade de todos. Esta se trabalhadora, a nivel do individuo e da classe, seja qual for o modo de produgao, trava-se uma batalha constante entre a conscientizacao es- pontanea da vivéncia do trabalho diario e as idéias dominantes disse- minadas pela propria classe dominante, as quais por mais bem-sucedidas ‘por mais enraizadas que parecam estar na vivéncia imediata, sempre so encaradas como ideologia abstrata. Os camponeses feudais com- preendiam que trés vezes por semana trabalhavam gratuitamente para ‘o senhor do lo, € z compreendessem esta realidade como re- sultado de seu lugar justo e adequado no mundo de Deus. ‘Coma producdo paraa troca, a produgao da natureza “‘ocorre em. scala ampliada, Os seres hurnairos nao produzem somiente a narureza imediata de sua existéncia, mas produzem toda a textura social dé sua existéncia. Desenvolvem uma diferenciacéo complexa na rela¢do com st jada, obedecendo o género e clas- jdades de produgdo ¢ distribui¢do, ‘No mbito de produciio existe outra complexa divi- alho, Porém, a unidade que anteriormente caracterizava a a natureza nao degenera simplesmente no caos casuistico. inidade é reproduzida em forma mais avangada. Pois, com a genera- .¢fio da produgdo de bens e com as relagées de troca, antes isoladas, sociais que se desenvolveram imperiosamente para facilitar e regulamentar 0 intercdmibio de bens — 0 mercado ¢ 0 Estado, dinheiro e classes, pro- | — —priedade privada e familia, Emerge. sociedade como tal, facilmente di- ferenciada da natureza. A intervengio do bomem criou uma ruptura entre natureza ¢ sociedade, entre a primelt@eaeeguadanaturezas.A segin—_/ da engloba exatamente as instituigdes socioldgicas que facilitam eregu= 2 2) Ly Jamentam atroca de bens, direta ow indiretamente, A unidade Jada cede 0 lugar a uma unidade social mais ampla. A segunda duzida a partir da primeira, O quese entende, exatamente, por “'segunda natureza”? A idéia de uma segunda nat rgiu quando as economias de troca come . Dentreos gregos antizes, Pla atividade humana havia transfo: coneeito de segunda natureza sua cunhagem verdadeira, ¢ para clease- gunda natureza cra obviamente aquela_ produzida pela atividade humana, ‘em oposigao a natureza herdade, néo humana, Bscrevendo de maneira que mesmo 2.000 anos mais tarde seus escritos parecem modernos, em ura Deorum, Cicero faz que com Baldo, o Estéico, observe 0 se- ‘Assim, vemios como a evidéncia de nossos s vengdes da mente, que séo, ento, moldadas a fim de satisfazet a todasas nossas necessidades eos manter se- uros, com abrigo ¢ roupa, nos dar cidades, muros, lares ¢ tem- plos, Nossa destreza manual permite que encontremos comida far- fae variada. A terra oferece muitos fratos 4 mao que os procura, ‘que podem ser comidos logo ou conservados para mais tarde. Nos ‘limentamos também das criaturas da terra, do mar e do ar, que ‘cacamos ott criamos paraesse fim, Podemosdomar e montar ani- mais de quatro patas, e nos apropriar de sua velocidade e forca. Em alguns colocamos jugos, outros usamos como animais de car- a, Para nossos proprios fins, exploramos os sentidos agucados do elefante © a capacidade do cio. Das profundezas da terra ex- traimos o ferro, t40 necessario para arar 0 solo. Procuramos os veios profundamente soterrados de cobre, prata e ouro, para uso Cortamos as drvores e aproveitamos de toda espé- ara fazer 0 fogo que a dos conduz as in- lamAo do artesio, ‘construir navios, que zarpam em todos os quadrantes para nk zer 0 que precisamos. Somente nds podemos domar ¢ controlar as forcas mais violentas da natureza, o mar eos ventos, gracas 20s rnossos conhecimentos de navegacdo e assim nos beneficiamos de todas as riquezas do mar. Nos apoderamos tambéin de todos os, frutos da terra. A nossa disposicao esto montanhas e planicies. 1Nossos rios e lagas, Colhemos 0 milho e plantamos arvor tilizamos o solo peia irrigacao. Represamos os rios para ori 8 -d opsnpoud ep [eIDtu OyUaUTLAfOAUAsep OP eOUDIOATD ¥ “WHOA “ED ideo ogsnpaad p oquaureatytoadse eaay woo} w ered OBSNpOIM v "WI § ezanbl ap vinaiit09 oFSApoMd e squered & ede seat nstp 9 ogdnpoid ap opeSnfuas 21011109 dssop spALITY “O10, ut o ered sutaq ap aquoueursod oyusuNaaULos O anBasse wed O25] penuao e nodnie ossaoord 6 aytiemnp 9 vzaunyeu exIoUd Bp s up ogdedptnewe & nossside wzaifieu epdnass Eun ap “np ‘y Twpouarayyp as @ wreseusod ‘e1s01 B Sopedy a1UaUrEIDUIp S10 SOP lust ‘saqmetaautos ap odnud wna saxopeyeqes} op odrud wip] "s0ss30 -oud ap atuaosox9 osauUTU Wn ap PDUDTUAAIeTU! # By ‘OUTEqEN Op ENA uo OBSIAmp B WHO “Wigiog ‘SOLPIPaULsaqUL sossaDord soanod WUpAIOTUT {03 ‘up asenb no ojatip ownsuod o red znpoud ejoopife OyTeqen 0 "e0) ‘p apupouidod opeay eresa ooyiifod 2 ofuuquoda Japod 0 ‘se[ooHTae 199 wo suaLUTeIaUZese sessardho 2s atuapens oUTEEN oO O}uENDUT -erainyeu @ loo opdejal 9 0 WZqUTE] ‘seL;OUpENUOD OFS SeISa ‘orb we epmpaui gu ‘9 sve1oos sagSepai sep oluisumtajonuasap o eyueduIOoe yeu 8 tio OBdefaLe “UNSSY “[e}90S WaBLIO 9p Sossao0rd 9 seSI0J ap fuoo oou Hm B Sexfo{ns wMeTE=I) wigquIE seIA "POIB9IOLG OBSEIO ut onumb opdeULiOsuEN ‘eorsys opssaid ‘spepiazls — seueUIMY OFM 410} 9 ossad0ud 80 exjuo9 sour euLTO} B30 ap oBIse Boe ab Wo OPN ‘ou ‘stemyeu Jos ap urerextop ou ‘eaeUINY apeplsTe Blad UpLOUTP IIOJ Uns *PTAEDO) EISEN “ZAMTEU BPUNSAS BP [PIDOS PIDURSSD tinssai 2 OUfeqEsI ap ossad0Id Ov sortafns OTIS “etEUNY| 2P vyed sopesorrent seue “rzamyeu watowstd ap sojuots ap sosssooud sou vise anb o wed sant ¥ ‘oonaTeIp owed opdesaqure stod ‘ts anu ,,we3ex07U, ap ogdiosse & 9 eaRPWuaiqoud 9 BIE - -9100p aqwompePouajod 9 endjqure “eperwy oF ‘Byag 890N}-op-sO]eA oO waINTeT BU ‘eramupid ® afiuo opsefar e WpusSIaUGo SjuBUIEIsIOUGD apod 2s OBN “osm-s0[@4 op sSQSeULULISIap sejod Ou 09 1u3q “e901-9p-10 ea oad wpipaurg ezaInyeU e WD OBSEAKY "wTUL -uid ep insted e eprznpoud 9 ‘suag ap ogSnpoid ead ‘ezamiet epungas 2 Opuienb ezainge ep oqIUE OM expenbuses eoon-opAOTEO eaMENES ®ON-ap-10T¥A 0 OD a1I000 OLHSAKE O ge Se|-FOYTPOW wred LYUEAIOTUL ‘zon ens 10d ‘onb epipaut ¥ no ‘wanbyrpow o ogsnpoxd 9p Fagdejau Seu -zapour se oo] oF; “eanOd wIusOLIODD wp ONIqUE OU ¥3s9 OsM-IO[BA O,, euoy puisut ep ‘wyssy “oArjnposd ossoooid ou (rongAd PUD Of (ou) BOON-ap-JOTEA wo 2s-BULIO;SITEN OSTI-LOTEA ()“OsM-S91O[EA SOIUBI241 SOp OATBIOJ ON O Bas OBIRG No OTe> oBNb ELOdUT] “ezZaAN}eU ep osN.O stew wuruuoiop og oxdnposd ep ereNSqe opepmyqissoduut no ape; -ssod 8 ‘urplog “onsyuydres wm ap srevayeu 9 seqauress3y se Op “ouedes tn ap oyfeqen 0 sazes propod oxannose un (oSaid oe \ULOUEP ‘sae LOdw enuUOD ezaINIeU Ep OsN-IofeA O “OrRID -(soueusnty $0128 $0 2190s onissado ajomuoa tun os0x9 anb oarmpoud ~is] oypeqen op osod o uns seus “erensqe Burapse ezomnTeM e 9 OFU ‘ose 2189N) "BON-ap-sOpeA ap aquatIoduso wun wod eprznposd Joy EzasNyeU ¥ ‘suaq outoo soprmposd wres0j ezamnyEu epundas wp steLovew sored -seso owlo9 “uIgqUIN sep ‘SeUILIC-seLIgTEU 9p OU OUTOD OUfTeqEN} 2p OP | -poroU ou oytrey Boyde 2s O1s1 9 “erIOduO9 osn Nas anb FO ap 10}eA ap ‘apepnuenb ejad opejnau 9 jemnveu yensoreus ap osn 0 i “8s Slop wid 725 O «7 ,OSITIP OPEN TE OUEpulods Jaded ta eqUBC -ubsap "BOM SPTOPEA,, WzainTeN w WO OBSe [as BH OLTELIOR -ezainieul epundias rise weyunduio> apep P uleneytiatio anb seotyjod a seajwiottooe ‘searprn{ sesBou se ‘S003 nsur se wipquim seu ‘oueLENy oU]BqeN ap SBQSELO se a]USUWOS OBL ‘an as-norouaptaa ‘o0zap ofnags op wIOA Jod “BIACPO, ‘ge, BADIM Bp deSuon dys w,, Thowrays osso001d 2959 ¥ *,SOBUE SeSsOU 9p 33M 2p -od vamnjeu wAou Bum, onb naxaroso ‘wzamnyeUr BU BABITIOId UBL, 9s oonb sooSeuLIossueA se eMPDUT OPSednooaud jedioutnd Bind ‘sgoueEN} [FISHWa_ osouTE) “UOYINE| apUOD o ‘wSSY “OHOZAP Cynd9s b 9 “zIDeIU s}uDUTTERUTA “epIUIsUEN 9 BzaIMeU epuNdas ap o¥ddaDu09 EIS -,qleamweu opunut ou wzaimeu epunsas pun seZ9 sow “era; soll SeSSOU WHOD ab ZIP as-apoq azeId [oq O50 B So} Co eascengdo de outra , destarte, surge uma relago nova, mais especifica com anatureza, IIL A PRODUCAO CAPITALISTA \__Arelagao contempordnea com a natureza obtém o seu cardter es- Pecifico a partir das relagSes sociais do capitalismo. O capitalismo di- fee de outras economias de troca no seguinte: produz, de um lado, uma classe que domina os meios de produgdo para toda a sociedade, ainda que nao produza trabalho, ¢, de outro lado, uma classe que domina so- ‘mente sua prépria forga de trabalho, que precisa ser vendida para so- breviver. “A natureza nao produz, de um lado, proprietirios de dinhei- roe bens”, observa Marx, e de outro lado, homens que nao possiem fuiidamientos naturals, nem a sua base 30cal é comum a todos os pe- , tiodos histéricos. B, claramente, 0 resultado do desenvolvimento de um passado histérico, o produto de muitas revolugdes econdmi Lingo por completo de velhas forcas de produsio social”, Acdasse trabalhadora no capitalismo é privada ndo somente dos bens que prociuz, mas de todos os objetos e instrumentos necessérios ~ Para.a-produgo. Somente com a generalizacdio desta relay, salario-tra: ~~ balho, € que 0 valor de troca se torna uma expresso consistente, cuja base € 0 valor de uma mercadoria, expressa na.troca como um valor de troca, é a medida do tempo de trabalho socialmente necéssério.re- querido para'a produgo daquela mercadoria. A forga de trabalho co- sno mereadoria nao €uma excesao: o saldrio dos trabalhadores éame- dida do tempo de trabalho soialmente necessario para a reprodugdo de seu trabalho. Por conseguinte, no. ‘capitalismo, o produto excedente aparece na forma de valor excedente, O valor da forga de trabalho re- presenta somente uma fragao do exato valor produzido durante um dia de trabalho. Com a histérica liberdade dos trabalhadores dos meios de producdo, eles sto totalmente dependentes da venda de sua forga detra- balho. Por outro lado, no capitalismo a liberdade de uso do trabalho € totalmente dependente do reinvestimento de uma parte do valor ex: cedente, de modo a produzit mais. Tanto a realizago como o reinves- timento do valor excedente ocorre sob ‘condiSes competitivas resukantes 86 dda posse privada dos meios de produgao e isto forga capitaisindividuais ase reproduzirem por si mesmo em larga escala, A estrutura da classe especifica do capitalismo torna a acumulagSo de capital uma condicao necessria para a reproduo da vida material, Pela primeira vez, “acum lagi para fins de acumulaga0"” é uma necessidade socialment ta. O processo de acumulagao é regulado pela lei do valor, que ‘somente como uma lei seereta, vis-d-vis com os agentes individuais, co- mo uma lei cega da natureza’” Derivada das especificas relagGes de classe do capitalismo, esta et- trutura de relagdes econdmicas é peculiar do capitalismo e implica n ‘ma aguda diferenca de relagiio com a natureza. Esta relagdocom a1 tureza € no capitalismo socialmente determinada, e no difere de r2- hum modo de produgdo anterior. Mas difere marcadamente no con: capitalismo. Entdo, o movimento do abstrato para o concretondo. plesmente uma idealizacdo conceitual sonhada por Marx, mas | continua ¢ real transferéncia obtida narelacao com a natureza no ca] talismo; determinacdes abstratas no grau do valor sdo continuamente. ‘das para a atividade social concreta na relagdo com a nature- za. Esta leva.a uma tinica, mas muito complexa, determinagao de rela- «glo com a natureza — natureza como objeto de produgdo, natureza hiu- mana, processo de reproclugo e consciéncia humana. Assim, como nos ‘tens produedo em geral e produgao para troca, nds examinaremos a relago com a natureza sob o capitalismo, através destes aspectos ge- rais de relagdo com a natureza. Nés comecaremos com a natureza co- mo um objeto de producio. 3 Debaixo da ordenagao do processo de acumulacio 0 capitalismo Zomo um modo de produco deve-se expandir continuamente para poder sobreviver. A reprodugo da vida material fica totalmente dependent da produgao do valor excedente. Para este fim, 0 capital se volta p: a superficie do solo em busea dos recursos materiai se um meio universal de produgdo, de modo que ela nfo somente pro- a 8 inde o Wo9 OpuERUOsUO ‘SarpeyTEgeN $0 913u9 OBSR!IdO00 apo; ‘sexe apues8 wn eyuosoidar waque; SPU ‘STENUEU 9 SvOLJHUaID SopEp PY Sep OFUOUNTISOAM O}Te UM d]UDIUOS OBL erUasaIdas Ox fede Of ‘oseo 0 ajouresizaid 9 xsGy“Teudes Op 9pod 0 wioo 9s-wuRIHOYyCD soja ‘Sepeuogte ops sazoprijjeqin Sop ogSeiadG0d ap seSi0y se ‘OUTER ~en ap ossao0it! op sfemyeu Sojutnanstc> souIMO so owOD ‘oIsodo 250 svur ‘stenplaiput sreaneu seSioy ap c1uamuafonuasap o ogU a8urTe OFS ~e12d009 ap orpyarox9 2189 yeusdeo op ajox1u09 0 qos seur‘, oBSez2do09 4p remyeu eros, ‘SazopenTeqen ap oarsuayx9 osn op wiSsa00u WHqUIE) os] ‘seIOIOU S9gduNy seanod soUINBE ¥ aBuLNIso4 28 oyfeqen 2p [EAP ~{sIpUr apepIANe vanb oyun) ‘sagduindo op sauTEIOp sososouuNL HO BPI -{A(p PIS wLOpRDLoUr so{durts BUN ap ovSnpoxd y ‘oWstTETIdeD 0 qos ez -ainveu ep ogdnpord ep sooiseg sojuatusye Sop SuN8{e 494 F SoNLESOUOD sou anb mnbe 92 otjyeqen ap ye90] op onuap oyfeqen op ¥a!U391 OBSIAID ‘euin as-nagjoauasap OUjeqem OP [eI9OS OESAIp ¥ WIOD oiuaUREDUNG “SeSnpaid 3p sojata sop epeaud apeparidod eu epeaseg ‘oes -raduwoo ep 03486) opeyisar 0 9 anb wmnbreue Euan * oujequsl op [219 0s Oesrp wif emibrette,,& Bred oioppru ti oiuOD 9 oitiourTAfonUasop nag ‘owspeydes Ogos Ois19U0 sarEIEO tun Ojo Woo sUMsse ‘EEE “se V “essed uo sogSestten ered orpoueg oStAs2s ap sepeplante sepetL “eu Se ayuausepejoN steU! ‘uTeIa0arede seIe[dutod soodworsToadso “219 -os ogseiadooo v semsasse ap orssoddoxd 0 WoD “opor win OWLOD seuOID -uny ered ogSnpaid ap opour oa aja anus yeIs0s oFSeIado09 ep ojprered pur e wed wo (qo euawssquoo-eps2p odo ‘wiaivoy op opiu viad opens ‘ouDuny augaia> op sop8up ovg "e294 “neu ¥ algos wawLoY op OeSedionLed ep no “ezasnyeU B a1qos WoWOY op soeiio wa opewuossuen fesnren eweuy eEnsMpUr Ep sompord OFS soisq 219 soorpwOINe SojaUTEd Nba ‘sestyBAFOI>} Sopad “OpeTaTAH ‘SEA -outosoj wou ‘seamnba 19nsuo> 3 ewioy eu ezasmeu ep opsnpard e -oanyeu epunSas e moo efsugttodyo e — ajuaurepictes as-tresonjOoatasap 88 searnpord seSi03 Sep OSueaz 0 9 oNfeqen op [EID0s ORSIAIP V “oxdnpoxdl ap ossacoxd ou ezamyeu epo} op wonrerd opSeotj1un v a ezammeu e woo owstmIdeD op opsezqeioUsd ¥ :owsodo ajueures}U! OnINUM Ossa901d win ap o1zEd too operapistoo 9 oy! seuu “BuSWLd wp opuRDUEISIp 2s PIs9 WAMU LP ~unigas &‘oursqeniciea 0 qos ajusurejaiou0D sreur ABOU BSOWIOD apEP -paydiuoo ens 9 vramyet ® Wao ORSe[as EP OBSIPENLOD wo sUO}DeeO ‘oui ‘ op oxa.apYOAUDSP O “eamjeu ep ogdnpord ap sounan ura opeardisiuy ayuamerad wfos ope eioqura ‘eu -o1uaauod EyeIFOoT ep OTUIUTDSYUOD UM aIUaUTEHAD ofoy 9 OIWOUITE “~ADOSIP AISH "zg, ,,(23UE91 WS! op soUueTTENsNe sted ap SEY]! seONod we Zaaqz} 0Woxa) IeENy Janbjenb wis ayspo ovu yf afoH ~*TUvEINY BE ost] @ apagaid ezamyeur,, ‘sexe some QZy BU ‘sTUAUIOIEY -o x32 Yy ‘ore}o,t“jerpUNU BlESs> tho wz>INyeU e anpord OueLimy 39s 0.204 BxtatuUd Bad onb 9 ‘redury owoo a8ins owustpEydes O9pUO_ -sun Buin ap opey{nsay o seiu ‘owe own op ogeqen op sompard >iuautos opu ‘2yuaseid eusioy ens wo ‘ozs ezanyeu Ep soinpord ou “oo 1erepistio0 & sopeumisoae soureiseanb ‘seiuejdasteumy,, ezamyeu vp ogsnpoid e 9 [e198 urs oeSnpoud y “owsy -4dvo op eudaud 9 ogu wzamyen e seznposd exed op «iqyBDURSTIOD ENS BurMLAoNep an wouesp enya SiGupiseta wig wumLIasp Bab WO op enyD9p9IU1 9 BoTAN[Od "[8}90s epIA op osssoord o wUOYIpUOD TeHOIEL LP -{a ep ogsnpoid ap opow 6, 2p BrbugIOStIOD BP 230 -U31est0- "5B 8 OsOURE ap sasuq se a1gos OpSerouID}sp B Baw ayUDUNEY | Sep ovo] ow seanymno ap ogSerauaraymp wun ered 109 ossy "Teid25 0 uigap anb assep> 9 e1openEg eu aitw]E}uaUIEpUNY as-eVaseq esEIdeD OBS -npoud 9p opOtd 6 anb ap eayrpuarD 9 wrensqe OBNaLa: Efad 9 ‘oureqeN op opstap wp omreqen ap osseooid orerpoum op eperedas9 2ssep ap ea ~upppstio9 e anb wo epIpaur BU sqUELUOS 1999]U0DR Bpod O7S] “feIauapUD ‘ajuaUOs 9 epUgIostioD ep oBSezyoUasOWIOY ise SUN ‘TeINdes oy Bou ‘ios anb asenb s18e op ojuod ov ‘ordojoopy opduny ayuenoduuy etn, \poud s4u0y Sv saAfOAUASOPap-crEIpaULT OYTEGE!T O Vag “BOURH ep OduEAR OntyLOD OU Bord O7 7 fiD}) SOUL sOAyoaulosap ay\oureNUE|UOD 9x9p Yeaid -P9 0 ‘osejmumoe ¥ opuspuaTy ‘oESNpoud ap wUUDTSIS Op OJOLHLAjONNDS SOPEISH SOU OWLOD ‘opspoons JOUJaU 9 OWtapLIG ‘oRINpOId ap OIEIP ss200id Op assejo 2p ovSeiedas wpipaons-wag v oreUL esoning ‘xBofoapre ‘s7e} anb sosjno 9 soartiodse sazopeysadka ‘ovsto}01 “epuEd -edoud ‘esseu ap oumnsuo9 0 wioD ‘soroprumsuos ops Sopay, Tent our 09 Buin vpeo opuEyuOIjUOD ‘SepIpUAA 9 SepRICUTOD Ovs apo OpeouoL U Sopis(ossyp ogs ‘oeSnpoud op ossaa0ud 0 waulyap anb ‘snepalidosd op so8eq se 2 sepeprendisap se ‘onesos9 OMBTES C ge 4QUEY) / wag: Sapependord Speprensy ‘Spepioqy [2p soxiyyijos soyooaid ayus0s PY, ‘BOON ep wrayso B25-opUiayas SruaIEaNsHOIRS BAIDSGO LIBYA DEI “soning wiSoJoopt ep OpEatiap 9 o1s! a “EI0N} & ureZLa|EFED anb sord -Putrd so ops saquateambe ap eon w a suaq zw20N Bed apepuaqr] 3p ~Bp224I| 9 opepTENst ap soidiouusd sou sepeaseg ose OUrs!TEdz2.0 gos ‘voon ap sagsujou se ‘suopao 10jeA 0 srespa ered oufequn op oFSwO\d 39 v[ad sepeztiaioeres ops ouiseIdeo O qos saosejar se ag jogsnpoid ‘ered 2019 ap sooSe[ar seu opessuq soning woUPIOsuCO Ep OWaNITD -seu ojad epeytiautaydusod vise wson3.ing opepotoos “Ug opeLEfesse oujeqen ap saQsepar sep seANEOY -nosop ‘opeureresse oureqen ap sagSejar sep Dee e109, “epi ep OFSnip -oid 8 — osseoord coun umm seyunf urewoystsy as ‘ZaprA ‘epes2qgepur ® wed ‘opel in ap ‘eSeutoo anb O -edeie ewwNI owoD ‘SoySIA aqUaUTe}eLI09 ovs Bjaxoud ap s9qaq so ‘wzasngeU Bp opSnpeud eu ossafoid oxjoumid 0 owoo orsia quautaiuanbayy ‘[e!90s omnpoxd win 9 0 desenvolvimento do capitalismo em escala mundial ea generalizacao dag relagdes de trabalho assalariado, a relaclo com a natureza & antes ureza permanece certamente, mas com o avango das forgas produtivas, necessidades especificas po- pelo aumento do valor de uso e especificas meréado- produzidas com um crescimento da matéria-prima. A transformacéo para uma relagao de valor de troca é no entanto, conse- uida na pratica pelo capitalismo. A produco capitalista (ea apropria- sao da nathreza) é acompanhada nao pela satisfago das necessidades em geral, mas pela satisfacdo de uma necessidade em particular: Na busca do luero, 0 capital corre o mundo inteiro. Ele coloca um: queta de preco em qualquer coisa que ele v8, ¢ a partir desta et ~ “de prego é que se determina 0 déstino da natureza. ot ‘Unma,vez que_a relagao. | dovalor de troca, ea pris 4, mo uma parte de segunda niatureza, | aproducao para troca, a diferenca entre a primeira ea segunda nature- zasé simplesmente a diferenga entre as criagdes do mundo humano e ‘no-humano. Esta distingao cessa de ter real significado, uma vez que a primeira natureza também é produzida. Ao contrério, a distingdo €ago- ieira natureza, que € conereta e material, a natureza do ‘no geral, e uma segunda natureza que ¢ absoluta e deriva- raciio do valor de uso que é inerente ao valor de troca. A pri- conceitual do mundo humano e nfo humano perma- nece fortemente ancorada atualmente, e de fato nao foi questionada até oséculo dezenove, A nova nogio da segunda natureza foi mais tarde de- senvolvidalndo na Franga do Conde Buffon, onde a: yelha oposigao per- manece na lembranga, mas foi na Alemanha de Hegel com sua excep- ional tradigao filos6fica. Hegel foi o idealista da segunda natureza. Nao. 94 © de mais nada tima rélagao de valor de troca. Os vestigios fundaimientais ~ na. Nao foi a cor natureza, mas 0 moderna sociedade — “oreino da liberdade faz realmente mente produzir, ele mesmo, como uma segunda natureza’"4. ‘A realidade da qual Hegel idealizou a concepgao da natur rivada também da concepsao material da segunda natureza, mais avan- ada que a de Cicero e Buffon, e mais apropriada para a realidade do capitalismo emergente. A melhor descricao da segunda natureza é pro- ie red Sahn-Rethel: ‘O mesmo contetido existe simultaneamente nas duas naturezas; co- ‘mercadoria fisica sujeita as leis da gravidade ¢ fisica, ela existe na primeira natureza, mas valor de troca sujeita as leis do mercado, move- sena segunda natureza. O trabalho humano produz.a primeira nature- : i i e : 5 a 5 : i e i t : : sob 0 capitalismo. Nao é a imediata ou a local natureza da existéncia humana que é produzida sob o capitalismo, mas a natureza como uma pela apropriacio da natureza, tio bem como vineuio social p\ si mesmo, pelos membros da sociedade. Por isso, a influéncia civi dora do capital, sua produgao de um estagio da sociedade em co: ssenvolvim terial é produzida como uma unidade no processo de trabalho, a qual éconduzida pelas necessidades, pela Iégica e pelas idiossincrasias da se- | | . 16 ~voureatelqns seuade owioo “erotrew ranbyenb ap ‘wecoueutiod ayusw0s seanyeu sein ‘saoSejax sejad spenpiarput sepepriqesuodsay se 16119 By fo Jonbjenb enb op sous apod ‘eroisty ep feinyeu ossoord win ou -09 BpRLapIstidd 9 opEPSIOOS EP EORMIQUOI® OBSNIONa v [END Op “eIStA ap. 10d, RS ",,APRPO!NOS BULepOIN Ep CHUAUULAOUI Op warUIQUODD 1a EP LD eye owioo 702; © Ws *eyare wns noIDpistiOn KAKA, opug/, srelMeU so] 2p eULOy vu OMSL ae ‘sozedeoU! O¥s srenb se ‘enU03 ‘seanjafgo sia] wioo wowoy o weyUOLuOD epEZIUEEIO OFU a EDEL -auejd opu ogsnpoid wpa wis erutowo29 ep s19| sv, :ezomyoU BpUN9s ‘burn owoo wussaide as eonuQUODS BININ:ASD B ‘S|UOUTELED gezamTEU ‘ep OPEPIUN z Wod ayseNUOD ta OBSUNSIp Bsse BIDS oyereADIOI OLN ‘Tes ~foatun ossaooid asse zeu.i03 ered efougpun ea ‘owsipe}deo oped wz2Im) -BU up opdnpaid ep ¥IsIA ap oIuod op sep “sezamTeU EpUNd26 9 BASLE “td anuo ogSunsrp vuun “eude ois1a OMtoD ‘gH “ezamyEU epe_UaLD]TpUL Puin opueoyais omoo epesisoUL 396 a4ap ORM apepmUN sso SEP “ORS -npoud 9p ossaooad ou epexjto fe}90s apeprun euIn 9 seu ‘eIN}eU ISH uo} op BoyBopOWq no wOISY apeprim eum OZU OIs| SEMI “PeLTEW apepIUN "Pus ajuouneys99 9 9314p owsrfeydeo o onb ezamnyeu ep apeprtin-y ‘Dp ered stanyssooe seston se opuewso} ‘Temjeu efas aonb o op -n1 oprenposd wat oueuny 195 @ Speplyeas vu souIsd9yUOD eoUNU on oedou euin ‘ezamnen ep erensqe OBSeUISEUN ep feapt uM euasordar os 81 osrermg OUlO BzamnneU ap opdoU EssoU OPUaTLEML JOAgSSIORHT ezaIN “Ru wiso sextep Soutsapnd ag "[aiySsodeuTyanbIOd wpure paaIOTD OF OTS ‘epuyisip 9p zh[S0ue rio *e139} ep ajsysodns wp ewe Sour “eset 1qos Ezainjed v SpUC "eucUMY OFSe Ep s9AENe EPLIDITE O18) 3p OP tay ezamyea e Tenb vlad ousuorxa w reNsuOWap Sartre soul ‘ea Ered rapnd 9s oyenbus wzanjeu wp odnposd-aid eum od wisfeasoU na{qo 0 mby “owe wped sopnjooar ops steraueasqns sosony sofno yada sesozowind ops Suo|siOyTOX 9 OTE {9 ov oyouredureoe op onbsed op a ‘so _ [29 2p segfes sop ‘owreumy oyeqen op varowre EDs aude jehayew aivaiqare 0 ‘eueumny opsednoo eppd worsted ep ovse1a) [o v vred wefenjos epta tp ofatreur oq vaqoouaa entanb as anb opryuss sanbrenb wa soptmposd opis tweyus ogu ajuaureysodns onb saysoxi9) sorduoxa exed exo wonsie opuenb aynouspersadso *, ,ezounse ep OSM oud, 289} Bp apepis[ey & exed ureyumUTa}sH a]uoUFereT soMATXD sOjd wax soqso SeWY “oSedso ojad sopeyredse opts uxeqUD} anb soy0931 { 96, | sue 2p upto sea este 9p wp 9 9m pee 919) “Sip siuowauajormns 103 wpnsye 96 se]0s ewaS|S 0 498 eAapOd UIRQUIE, “Opuny & aquataye‘oYNs Loy wipNs|e 2s ‘sopeLapIsuoD 198 apuautjaaRa 01d wapod ooy8oj098 ove1sqns op steroueysqns soueg “eran ‘pep Ware bpd epesore aquaureraoid Opis eyua oyu perme BULIOY B OptENb outsauu “o}0y ap ‘pu soxead stot soseD BUSeIN, “setiopeosous woo opu vioquio ‘sopyznpoad ovs soja wzaanqeu valsunnad ap soquauio[s oma “eueLuny apepAne ep sepUnLIO seat S Omo9 unsse ‘Soyduiox9 sojnu OFS seprmposd seu ~RO.9 ‘J20uyD “O9!X91 aTboYD Op awoIpUs ep OESNpoId y ‘QUupssO.0Ur squALUTEDOS OUTeqeen ap oduis} ap ovoUUssAU UM exTaUEUE eLNsTE ap os -soanotjanb was ‘eueuny opepiane ved “earsyy ru30) ens why “Hewrelp sopesaafe opys 29) wapod waomyeu ep sovadse sundye ‘oy “faroo sey “eure eIOU9%93 ep SeoIsH SvOSIaIOETED se WHpjox NULL P1200 sett ‘o¥Snpoud ap ossa001d o's suaBLO sens ap oo!tUgHO9 O5e:} Zonbpenb wp} opt pf anb ‘sagsnnsuo owoo sje ‘oureqan op somposd SOIAQO STRUI So LHOD OSED O 328 UIPqUIE) pod OFS] “gySEPELA}TE a]UOUE -spues ops ojos op woIsyy einynyse va apepyrLay B aptio SeUy “sepactT ~ofBasop auoUre}3|duI09 UTBI05 ‘OF UD “9 4oTeA Nas O OPO} WHD weLEUIO} “21 9f eiio) & eed seLopeorout se apuo wjodqiBle wUIaI B LHOD ‘ofduiaxa 20d ‘seosiuode apod osf“S]0BtieFasIpu OWIO) HIBHIP Syuei ‘ouewy op a ‘oufeqes) 3p ossa00ad op OpSen1oYOs ouso9 opEatiap 9 osn 9p JoeA opo) ‘oSaid 9p Bxe) Bun ap PULZO) WH] “TeHIdeD Ojed opSeULIOYSUEN g sounta! OFS S00(3of01qSorenisarans Sop no s09zFo}083 soyEnSQs Sop ‘s0118200 Sap “ioysoune ep ‘ensoam) oy .odns ep syed wuNyLN “eeaznyeL epune relsgnsep— —- tecolocadas acima delas, O ser humano certamente faz sua prépria his- t6ria, mas néo a faz sob condigdes de sua prépria escolha, mas sim sob condicdes dadas e transmitidas pelo passado””®, Mas ha um problema potencial com vistas as leis da economia e da sociedade, tal como um aparente modo naturalista, como Marx ex- \ odefensor revolucionario que devotou sua vida para a luta pelo socia- lismo, Nao que isso seja um deslize da parte de Marx, uma reverstio em considerar a natureza como rudemente fora da sociedade, desde que a referéncia a lei natural no faga referencia & gravidade ou &s leis da fisi- ca. Mas sim a sao foi que acidentalmente levou Schmidt a ver em Marx uma distin- so entre categorias légico-cpistemolégicas e econdmicas ¢, de ld para ca, para preparar a acusacdo de utopismo). As solugdes recaem nao na distingdo filoséfica entre categorias, mas como sempre na pritica humana, especialmente na histéria huma- na, De modo semelhante & gravidade, as leis do mercado podem ser obe- decidas ou contrariadas, e desse modo podemos mudar a formana qual las operam e séo experienciadas. Mas, de modo diferente da de gravi- dade, niio ha nada de natural com aa lei do valor; nenhuma sociedade viveu sem experimentar a atuacdo da gravidade, mas muitos podem vi- — ~-versemleido valor, Entretanto, outras leis do mercado sto expereicia= das sob a forma de leis naturais, mas néo so equivalentes A gravidade. isamente 0 ponto de vista de Marx, quando diz que o findar verdadeiro controle social ento das foreas produti- vas, 0 capitalismo coloca em questo a produeilo da natureza. Masisto €uma questo que o modo de producdo capitalista € incapaz de resol- ver, Ble tem a natureza unifieada para o futuro, endo pode fazé-lo para © presente, 98 A distingo entrea primeira ea segunda naturezas é obsoleta. > mo uma distingdo filosdfica entre equivalentes abstratos ¢ 01 Ou até mesmo efitre realidades similares, tornou-se obs¢ ‘quando no mais se referia a divisto entre sociedade humana e nai humana. Como uma divisio entre materialidade e abstrago, a di ‘cdo entre primeira e segunda naturezas certamente capturou a comp! xidade da organizagao social e 0 distanciamento da natureza priméria, Masa habilidade do capital para produzir 0 mundo material "a sua pro- pria imagem”’5! tornou essa distingdo como sua propria vitima — uma abstracao que tinha perdido 0 contato com a mudanga da realidade © © potencial da histéria humana. A produgdo da primeira natureza, como parte da segunda natureza, faz da producao da natureza, nao como primeira ou segunda natureza em si mes nante, Mas permanece aqui uma importante distingao a fazer. -S Engels alude para esta distingdo quando observa que nosso “i ‘inio”” da natureza consiste no fato que temos a vantagern, em rela sImente um claro conhecime: to dos limites dessas les ea distingZo entre leis que so na realidad )turms e aguslas aus sob uma forma expecta de sociedade, sio | para parecerem naturais, Esta ndo é uma distincao filoséfica, mas pré- \ tica. A diferenca entre gravidade e lei do valor ndo preocupa o que po- deeo quenio pode ser produzido desde que 0 efeito da gravidade pos- ‘sa ser facilmente oposto ¢ alterado completamente, ¢ resultados contra. __.__\_rios obtidos, simplesmente pela indentificacdo ¢ aplicagao social de outras +) eis da natureza, Nos fazemos isto todo tempo, nés fazemios uma dero- nave voat, por éxemplo. A distingao fundamental que precisa ser feita como operacio socialmente determinada, contudo a lei d sér destrida, Olhando para o passado da histéria, soment cobrimento e indentificagao das leis naturais, nés atualmente somos ca- 99 tor woqure sowsopod anb, , reurey> eACuuTysoo apo "ey BLUSOLY BY “Ora 409 "eplanp Was ‘aks HEUINOG ‘TeIUEIqUTE OWSTHTULIOTOP ojad LoLIa ue opdeaye bns Owonxe asenb oauaLion tn assejueserday aqUSWHTEAEA -o1d ouBgn Ing ojo tum op ovsoU e OTTENDUG “¢D6I WO “OjOd 0 Opes -ureaye Brae Geog ap Setapadko wan tha o7tiautoUs OU eLL1630 O35] * 0} 2 0 reyodns BEDpod oBSeztTialo Y “Bodo op Os}eo) 9p 9 BILNDTD ZN] Op 9 ing Ojg Ou saIUEIGeY 9p reYpRU ap EUSNUAD BUIN ap apEp. ‘eum smzjstido etrapod as anb,,, sounre sis soe sazip eaeemyso9 et >xog YeresT feuadus oje8 908 apunésd o OpEK Wo earUIsta OPEN, OYSMIONOD AI -augisry exidoud ens op sremyeu soyafns so ogtta ‘sreysos soya(ns sopefaurt out 8 st1a8ns ered ‘opmytion ‘oArTeoLTUNSIS q “OUIsTTEIIOs Op opEPITIGe -uour et reams ered oarreo1srudls 9 o1st wap] owsstpenideD op omnpord 2 jemreu Ogu exaueur epor ap 9 BIOpeYTEgEN assep> & “eBo1dula e anb sp vonb zwasns ered opm 9 ogU orsy “euEUMY wzasTIEM ep OBSIULOP \ lapepioa eyfooso e prey anb wuprado assejo e 9 ‘TeItde> 0 ENUOD EY | jalreq 1oreure oudoxd apo ruusad ‘oqUDLUNAIOS -op nas op ofSpise ov320 uN, eudes op soSed soaeios 80 owloo opepnretumy; ep O18: Op wIDUeej aonb eiopeyfeqes asseyo w asrenb sep wunyn v,ezamren eudoid | 9 SENITEQ,, PLN ouNsTPETIdeD O anb axowos9 ofp opwrenD “ROLL 1 OPW WOU ap xBPY JapuajUa soMoped wiSsW ‘oMstENdeD OL ud op BUUOY ep eUEIUD BzainyeU ep ORSNpOM eH RILIDS9 OBSIDENUOI | | | ____sebueumy wsioo eundye e119 apod uous 01 sepmque ofoy epure oys sreos sastio se anb wot ~“SB [bod Seseuid outdoud Op Samy op = “eZaMNeU YS apepaloos v anus 298] i00m Tene: rn -YoaquM squswsTENd Ogs ossmo0ud aysou SeUIETUE sagd;peNUOD se onb UID dma ousom ov fesiaxrims yzainveu ep oeInpoud y TD|dux09 feos wut 01548 tum ap opsuio9 OU wrE[oTe as wLOFe sour ‘oRSnpaxd ap gssa901d ou SepezqTeo0§ Ops SrEID0s Sas1I0 se ‘OUNSHTLGED o Gog “TEIDOS OILOLUIAIOA -Uas0p Op Soy So nounULoIap feINyEU-ZassBOSO 9pePI!IOS Up S09L:95 trad sojtuiy So ureyuasordas wiaquie) ZassROSe op seslI0 st. ‘OpSnpord ap ‘ossaoaid op jesuso oyod owos q “soyerpautt ORS “oUrpIOdio} Jaypzvo 0 aquemes onb 9 seu Uy sogéspennuco sessap oSnpoud v seu ‘OUpIOduID) 108 9p o1oodse nas ‘Broursse anb owsendes op apniuaanf eanjeyas v aquotUOS 9 OBN “0s ap -od aja oxrpuoduro) ayuawieatioisry ognb a 9 ogSnpaid ap opouta}s0 [>A ~ourg anb rojonumgfojousay PUN 24 =mstloa etl Eure Sosinsas sop apep! “anoal ap za8eos9 eum Zmpoig “o1n ‘eu ounstpenides o apeprfesioanm & et UPL epe| anb sojenbe 9 ors ‘sepmnsep 198 uresfoaid onb sep opniuas opnse steut 0 wig anb soja ops ‘o: “RY o1usUTETOdWICd op (apepmiqeriasut e opuedt Temreu o wes -aud sajopiaces sop soy sTeuu soysod so ania opiso “eueuANY Eze yeu duro epense ap ssuopmssod ‘epepa|s0s eum anb sajanby Jeu Fp] OWLoD BUusoUr Bla eIUDSoIde 2s anb ‘TeIDOs aprutesid Ep OFS 1nuySap 9p osssooud ou 2UaWOS Opeiafduod 22s epod oysy“BUELUNY EZ ~amyet ep aseq ® ureWLo4 anb stemyeu sta] se Z9KaF9 LIMBUNSYp ap sozed erguer uma cadeia de montanhas no Saara, alta o suficiente para pro- ‘vocar chuva’’ Em termos mais gerais, vinte anos depois, ele notou mais precisamente que “‘o homem no pode mover montanhas”” —isto 6 no sem primeiro “conseguir um contrato”'S5.—~ ae Predizivelmente, a produgio da natureza seguiu um padréio guia- némico. Predizivelmente também, talvez seja deu os rumos da expansao do capitalismo , que encontramos um dos mais complicados la natureza. Assim, na sua andlise iconoclastica de Megalopolis, Jean Gottman oferece-nos o seguinte: viséo sem fronteiras de recurs aftuente, ‘A eXpansio da Megalopolis pode certamente ter ocorridosem (al extraordindria diregtio prometeana. Desde que a fronteira se ‘ais urbana em sua natureza, desde que a érea selvagem a ser dorjesticada mude de maneira dbvia de érvores e pradarias para tuas dé cidade e aglomerados humanos, os abutres que castiga- ram Prometeu podem ser mais dificeis de serem espantados’', itados para uma sociedade A ai potencialmente contraditéria de oportunidade e apo- calipse nesta visto rio ¢ totalmente diferente do trabalho dispensado or Marx. Marx @ Engels tradicionalmente visualizavarn a. relagio com a natureza em termos de o&ntrole ou domi- ‘@ natureza, embora em um sentido nao unidimen- trole progressive da n: lacdo de capital, tornou-se uma necessidade social absolut sao continua da dominagao da natureza tornou-se igualmente neces- 102 am en oe OE SY ia. Mas o capital e a sociedade burguesa que 0 sustenta provocam a mudanga quant Ja, mas justamente uma mudanga quali- tativa em relagdo & natureza. O capitalismo herda um mercado cun- dial global — um sistema de troca e circulagdo de mercadorias — que ‘Cle digere eentao regurgitacomo sistema capitalista mundial, ma de producdo. Para atingir este ponto, a propria forga de humano é convertida em mercadoria, produzida como qualqi scadoria de acordo com relagles sociais especificamente ca . A meta do capital é a produo na natureza na escola global e nao somente um erescente manejo habilidoso sobre a natureza: Esta ¢ a conclusdo légica nao explicita da ‘concepgdo de Marx, ¢ em parte do trabalho de Engels, sobre a relacao com a natureza, em- bora a idéia de uma ‘‘ci da natureza” tenha conduzido Engels aum padrio dif -acredito que seja um camninho errado. A questao 6 porque eles mantiveram a linguagem e, em parte, a concep¢ao de ‘‘do- minio” ¢ “dominagdo” sobre a natureza. Na pritica, a relagdo com a natureza progrediu além daquela da de dominio e dominagao, tao logo. a distinedo entre primeira natureza pré-humana (a dominada) e uma se- gunda natureza humana (a dominadora) foi considerada obsoleta. “Do minio"” nem sempre descreve a relagdo entre as novas primeira segunda distingdo entre materialidade e abstragdes que recai na istingao. A matéria nfo é, de qualquer. forma, do do siio produzidas (isto é, sua forma € alterada) de acordo com I tratas, necessidades, forgas e acidentes da sociedade capitalista. A lidade da producfo da natureza é muito mais Sbvia hoje, no século vinte, do que foi em meados do século dezenove ¢ isso explica'por que Marx péde se fixar na nggao de dominio. Um sé ista, agitado pela persegui¢ao inexordvel da mais ‘A produco da natureza nao deve ser éonfundida com dominio sobrea natureza. Embora algum dominio geralmente agompanheo pro- cesso de producao, isto no est em todos os casos assegurado. A pro- dugdio da natureza ndo é, de qualquer modo, a complementago do do-. Sor iso @ lata SoU jeyde © ap oxreqe wa8ussed Vy 308 OU NO pIBpod ‘ousstumo 0 anb 0 a3gos oysadstmoxro stew ‘ezauMeU B MOS oBSEIAZE | ‘onedsar wioo onnyejnoedse SoUGU 103 xIB/A BPA ENS W9 PPI STE... ee ‘ost 3p FOyeA o wIOD seu *ea01) (0 199 opu opsooe dp ‘SeuELY SepEpissaou se mod SoU ‘OTS ns 3 OpeaLsIU O woo Ogu ‘oplooeap apupsssooU v seF|n! wred OIG} 9 OUsmeIDO8 JTemIeU Opeyynsar ium ouIOD euesaide 2s yenb o ‘op ‘On 9 07s; 208 Bred PON ‘BPEPIOA 9 OSST Og “ge, ,BzOIEU EO WOU -o4j 0.an1u9 ong{juoD Op EUINUAS OBINJOS B, , OUIOD OUSTENLHOD.O NOVEL ‘Bu aque “ezainied ep OBSnpoud v d1gos [eI A syuatusqqnald “ee . Jaajonbasep ered oSi0js0 op cojed o°g “Tea! apept © ‘opniuos ‘g ‘enuere# eum tau edom eum 9 o8t oMISTTE}DOg ‘OUIST] -B1205 op oRsIQUIE B aoasaJo WIquUE “TEU CoMTFQIEG OINOMNETLA;sEIA O ‘ovate anb ‘osseio ap apepoiv0s e ‘osétp zesady “e-opuooareppsa zum) 0 ‘reajonu Btjong op edvoure v wo siod ‘foq ae BoLTun ousstre: v ehh 98 FOr Spod OBE Sei "SoorUD97 sOPUTSO BLO’ p fun ® OBSON|P WA Ogdnpudd eed epHatuosd i jum arduras oJUSUIOs 9 app visa ‘OwsTTEr “idea 0 gos ‘sey @pepliiqissod wun sas e wlan vzamnyew Ep apeprm keep -1o ojuod 0 aie opsnpoid ep sedi03 sv nanjoauasop oursyeaideo O ae “ezainjeu Ep OBSNIpGId wiso pjonuO9 wand 9 Bzaitijeu v sommnpald owas 9 aiuaUMfeal ORION ‘UzaINyeU B ANOS WISITEyIeD-gud OTUTUIOp OBL NO oNIMOp Op ‘sezam). \ : i isle | ee Noreen sete Cen vor "BU wpunSos 9 exourd Ep eoUQIODIP waSenauT| eH epedo{o9 O¥IsaNb ‘un 999 sepetonuoo9 wzaimied ¥ oRsuan@ anb two oss dau GewoND eypUd Vy ‘OBAIIOD Op ANA opREPIsUOD 9 opmEN aTUaLUOS SELL ‘TEA op Sous} tuo OpwIapIsTOd 9 ‘OTONy “O}eIpAtiT OAMalGO Nas Seu “OpEIDG ~ yap a8enb 9 oRSnpord ap OssO0id Q “o“Snpaud ep epesogyfop MoU ey ‘ou ezamnyen ep opSnpord ep aired sorew v ‘oyerpauur oaryalqo nas wets (Ogu wioqune ‘opSnpord ap ossazaid op soares8aju} sompoud ovs seyuany -od omoo missy “eonbipue seu ‘odwoy owusaw ov 9 ‘wisqrendes pur -21s]8 0 ‘seuEuy sogénpard sep epeiogeya a Bro|dU09 Steud Y ‘open od ossa901d wn ‘wind[e opour op ‘(oy Ogu seIeWNY Sout sep oSnp oid Syuourepodso zanqey no ‘owsapy “epLry eanto eyed janphuodsar 9.70 0t ayjoxtio op opprorp ap owume opnantios o 2 ‘onuoUTEL}s—2 oOnpAA “ap syuaurTeNsy wm wrerodso wippr e ureyafou anb sofonbep sores ojwenb ~uo ‘seispuDpp ap aqusose19 ozoumu uM Jod soprpunytp opis Wi ‘sTEDETS seioqeo Sep OwautnaLzap aqua basti09 09 wjnys9 9p O1t9J9 OP SOpEpILA!S ~-sod se ‘sogSemnaadsa sep opnais ou wocotreutsod epuIa 3s SOE Sep Oynu SoonpUTo S03 ng} EIAYSOUITE BU AOXUD 9p OPIKoIp Op 9 ‘eAsMpUTL OBSNpOId B "MISSY “BAoURZap o]nd9s op coynuays owsrEsuNL op (nyquinans oyfeqen oWIsoUL op ‘wo sja8ug fenb ot) opciud> o opep osoyfixereur o}OUIAFOLDS LIN > Tepuasso ojuod o ‘orstp owedsap & seur‘, ,djuywop, , op sawuarout seis “Enp sogseoyduur sup o8ye wEaureo ezaunieu ep oyaueaar ap eigpt y i :jou09 aja ossed pes y “ezamyeu vp , SUSU, vo seLIoiia seIsop 01 sno 0 trensnyyanb sodutiaxo ap oyesBpred wn yp ovjuo 9 SssIp af .e2 -amzeu 8 a1gos seweuny Seto} sessoU 9p BUCO Jod OIL) souTeSuEA onnut -unduyystp wo osopepins 10} sipauq yrenb wsjoo eumaye seul “wa aiqos oruyLL oumsopy ‘o1u9229]p ojuaurean I EATER ECE o assunto, snas comparada com seu escrito anterior é politicamente mais conereta, sucinta e resoluta: regulando racion -NIO-2 $00 SEU CO! 0 Verdadeiro meio deliberdade, o qual pode florescer somente com este reiao de necessidade como sua base. A diminuigio do dia de trabalho é seu-pré-requisito-bésico!=®2————-— ‘A diminuigéo do dia de trabalho 6, como podemos dizer, ademnan- datransicional. Eleainda émoldado em termos do valor de roca. Quan- to mais curto o dia de trabalho, menor a massa dle mais-valia produzi- dasob a forma delucro para a classe capitalista. A demanda final é pa- rao controle a partir dos trabalhadores, controle sobre 0 processo de Seja, superego do cay contr 1a de valor de roca; de: forma acantrolar aesfera dos ; ca conseguiu: “‘mudangas no conceito de as Haaverd aqueles que véeri esta andlise, Sem diivida a tinica idéia da produglo da natureza, como uma afronta herética uma violasf0 bru. da natureza para eles nao ¢ somente sagrado, transcendentai Tages vulgares como producdo através do trabalho real do niio estdo errados sobre a vulgaridade; eles simplesmente tentam fugir dela e nfo negé-la. Mas ela ¢ real. O capitalismo industrial contempo- rinteo € tudo o que ele implica é uma vulgatidade do capitalismo, no é uma vulgaridade da necessidade. E um produto da realidade presen- te, ndo um fantasma da teoria marxista, Outios ndo reclamam que se 106 | fp ‘no é muito vulgar, ainda assim, para uma teoria de natureza esta ansi jise é terrivelmente antropocéntrica. Mas como a carga explicitamente romintica de vulgaridade, esta é também um produto da nostalgia. Tao logo os seres humanos se separaram dos animais, comegando a produ- *zir seus proprios meios desubsisténcia, eles comeyaram amover-se mais € mais préximos ao centro da natureza, Através do trabalho humano eda produedo da natureza na escala global, ‘a sociedade humana colocou- ' se no centro da natureza, Desejar coisa diferente é nostélgico. Precisa- ‘mente esta centralidade na natureza é o que impulsiona a louca busca do capital, realmente para controlar anatureza, mas a idéia de controle sobre natureza é um sonho. E 9 sonho acalentado cada noite pelo ca- pital e suas classes, em preparacdo para o préximo dia de trabalho. Ver- dadeiramente humano, 0 controle social sobre a produgéio ¢ da natureza, contuda, ¢ 0 sonho realizavel do socialismo.

You might also like