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Vera Lemgruber Psicoterapia Breve Integrada SPST eter Orer eee Te pao eh aalogaga wa pila Miia Hale Gato ~ CR 1/0251 sun es 73072350 BES PORTO ALEGRE, 1997 34 vera temgrater “Tanto a experiéncia obtida nos Estados Unidos com as mudancas que cestavam ocomendo na Psiquietia caminhavam para uma abordager ‘mals objetva do Uatamento des problemas mentais quanto essa vivencia fhum contexto s6co-cconbenico diel no Bras, levarant-me a uma me Ganga de postra frente 4 minka cartel profissional, desisindo do curso ‘de formagio em psicanilice © optando por fazer o curso de Medicina para, aisim, poder exereer 2 especialdade de Psiquiata. Dessa forma, Etscava ter acesso 20 tio das mecieapSes pelcotopiess, quc, na oeabio, festavam fend cada ver mals aprimoradas, com inenga0 de Vea integra fas numa sbordagem psicoterapcutica que rsultsse mais dinimica © mas eficaz, "Neste contetio, a publicagio de uma nova edicto revisa e atualizada do livro Prcoterapia reve: Tecnica Focal passow a signfcar ui marco fdos 20 anos que percori na frea da PB. Ma, da mesma forma jue mts foisa mudou nestes 20 anos, também considerel necessirio adaptar 0 ‘Sonteddo do lire, que fi havia ‘sido publiado ht 12 anos. Por isto que, Sevido a5 diversas alterapoes © ntmetos acrescimos fits, o limo desxou {de ser oma revisio e atulizacao do primero, trsnsformando se cm Out, {que conskderel mais apropriado denominar Fsicoterapia Breve Inicerada, de forma a sallentar, desde 0 pr6prio titulo, 0 caminho percoride pela Pi, nesta otias decadss, ‘Rerelto que, no momento atval da chamada “Década do Ctrobro", a Pi, tuegrada seta. a forma mals adequada de abordagem para mutcs “istibios mentas. sea posebilidade de tratamento, que fol enormemen- fe faciiada nos uiumos 10 anos apos o desenvolvimento de medicaroes [eicotdpicas do tipo ISR Gnibvlorsseetvos de receplaszo de serotonin), ‘om 6 langamente, em 1986, do clondato de Huatetina, anuidepressivo ‘Sonhecido sob o ome comercial de Prozac, marcou 0 advento de ams fer em que se tornou tals Tcl a assoclagao de mmedicagoes eeazes, com [poucos efetos colateras, a pacientes que anteriommente pao se benefici- arian €a possblidade de inegracao de psicoterapiave medicag20. Neste ‘ontexto, 2 sbordagem psicoterspeutic integrada representa 0 est1gio ‘aval da PD, resultado do camino que vem sendo percorrido pela PB. picodindmia, desde fia origem, na tentativa de abreviar 0 tatamento pscaualico, aué 0 estigio aual de possbiidade de potencializacso do Eonhecimento do psiquismo humano, ofund das descoberas de 5. Freud € claborados em sua meapsicologla, com os recentes desenvolvimenies ‘© aprimoramentos da farmacoterapia moderna HISTORICO DA PSICOTERAPIA BREVE As Quatro Revolugdes da Psiquiatria CO desenvolvimento da PB. est inserido 90 contexto da Revolucdo Cientt- (fica da Pouquitria, que & coneidersca 2 Quarta Revolurao Piguidirica, De acordo com Louzi Neto ea, até o século XVII a idenificacto de doentes mentais era efetuada através de eritéros sociocultras imprect 50s e fot somente a partir da insttugao, na Europa, de locas para o cid ‘do de doentes ments, que pd ter reconhecido © carter medico de Us pemurbagoes. A escola francesa de Philipe Pinel (1745-1826) instal Bras de funcionamento hospital, enfaizando o cuidado dos doentes ata ‘vet de principio humaniaris, 0 que fot charado de Primetra Revolugao ‘Pit ogunda Revalupdo Ptqudiiafol relizada pela Pig lem principalmente por intermédio do trabalho © do esforg nosoprafien real ado por Emil Rriepelin (1895-1929), um dos grandes responsivels pelo esenvolvimento da Piquiatsa moderna, [No final do século passado, Sigmund Preud (1856-1939) promoveu 0 movimento peleanalitico, que poderamos considerara Teretra Revolugao ‘Poiquiairica,itroduzindo 9 Concelio Ge insconsciente © da sexualidade {infant que representavam tama ruptira na forma de compecender a men= te humana. Nese periodo, ¢ alé meatdos do seculo XX, de acordo com Fisenberg °C.) a pscanalise era viualiente 0 Glco og se oust. Suas deta cram interessanes © auatam os alunes mais brifuantes. Sua teoria ‘esava construida de tal forma que refuti-la era impossivel. [Neste témino do sécilo XX, a Psiguiatrla est stavessando a chama- ‘da "Deeatla do Cazebre”, conseqhaca da Quarta Revoluedo Psigquidiica, Vera Lamgruber ja origem remonta & Revvuedo Boqutinica da Psiqutatria, ocorida em deste céculo, quando os psiquatasfranceses). Delay e ). Denker iveram wma Substinela chamada clorpromazina. A parr dai, hou: © deservolvimcato de novas substincias de agto paicoativa, 10 36 ipsiceien, mas também antidepressivn,aniimaniea eansioliies. Ape ‘de 70, surgis um movimento, cbamado de Revolugdo Clenifica da ‘ve buscava ma maior clentfiidade na abordagem ca doen: ‘ga mental como uma tentatva de resposta 20 movimento questonador da Anipsiquiairia, da década de 60, movimento este que era liderado pelos poiqulatiasingleses RD. Lang e D. Cooper. A antipekquintria considersva ‘fue a oenga mental nto fazia parte do dominio da Medicina, mas sim, das Giéncss Socials, questionava nto 6 os uatamentee palqulsticos vigeates fa época, como tambem a validade des dlagnésticos psiquiticos, que, de corto com esta visio, serviam somente pars rotulayao c estigmatizag 30 ‘cial dos individos com problemas mental. ‘Para Eisenberg, “Os pllares da Psiquatiapslcanalitica foram abal ‘dos por um terremoto no inicio da década de 50. O tratamento das psico ‘22 fol radicalmente mudado pela série de descoberas ao acaso de drogas ‘om aco psicoatva e o nove arsenal trapeutico teve varias consediéncl- Sona pte, permtindo resting os epstdios pices agudosc minimis $s recorréncias. Como as novas drogas eram especias, 4 lassie2@20 @ 0 lagnéstico passaram a ser questOcs elinices importantes G.). Este renascimento Kralpelineano es relletido nas claslficagoes psiqutitrieas Inedernas que se desenvolveram do DSMtlll de Assovagio Paguidtses ‘Americana ‘Ao comentar a classifcagSes peiguiftricasatuais, Janet Williams ro fere-se2 piada que diza que, A que a palava agnestico significa "aque ‘que no sabe" co prefixo grogo “a” signifies diss vezes, a palawra “diag” Inastico™sigifcaria "aquele que nao sabe duas vezes mai, ressaltando que, pelo conteiro, « palaves diagnéatin significa conlhecimento pro undo e entendimento das causas dos dstiyblos. Indica tambem que, de ‘certo modo, pinda istra yma triste verdade em Peiquatia & de que no ‘se tem ainda o conhecimento da etiologia ou do processo fisiopatologico dda maria dos distsbios mentaisAponta, ainda, pars 0 fto de qc, 3p. ‘sr de ter sido mato dcutdo, nao's por médicos peiquatra, mas por soeislogos, peicdlopos,fileofos da céncis fursts, 0 proprio conceit de distro mentais6 velo 2 ser mals adequadamente abordad no ink ‘da década de 70, época em que se colocou a questio de cassear ov 80 © homossexualismo como uim problema mental, quando, eo, corres lum posicionamento espectico que acabou resultado na defingio de dis ‘tbio mental ‘A definigao de distzbio mental que atalmente consta da intro do DSMrV™ diz que “cada um dos disitbios menkais € conceitalizado ‘como uma sindrome ou padelo comportamenal ou paicoldgico clinics Patcotrapia Brow grad 17 ‘mente importante que ocorre em um indivduo € que est associtdo com Sofrimento (por exemple, siatoma doloroso) ou incapaciiagao (pot exem plo, prejuzo em umd ov mas areas imporantes do funcionamento) ou om im riseo tgnificatvamente sumentado de sofimento atual, more, ‘dor, defciéncia ou uma perda importante de liberdide. Aléan disso, ess Sindrome ou padrlo alo deve ser meramente uma resposta previsivel © Ccuturalmente sancionada atm determinado evento como, por exemploy 8 perda de um ente querido. Qualquer que esja a canea original, cla deve cor Considerada no momento como ums manifesacao de uma disluncio comporamental, psicoldgica ou Biologia no individ. Nem 0 comport ‘mento que apresnta desvies (por exemplo, polio, religioso ou sea), ‘hem coniltos primariamente ene © individuo e a scciedade sto distroi. (os mental, a menos que o desvio ot coalilo se sintoma de uma dsfuiga0 po individuo” "A Quarta Revolucdo Psiguidinca teve iniclo, poranto, em 1972, com 0 desenvolvimento e 2 publicagto dos cnitélos dlagaésticos de Feighner", 1 que, a partie dai, houve um grance impulso para a pesaui= sade definigoes especifias detalhadas de diverens categoria lagndsticas, tendo sido elaborado, em 1978, 0 RDG (Resarch Diagnostic CGriteria), por Spitzer, como parte de uma Forca Tarefa da Associag20 Psiquidtrica Americana (APA). A APA buscou, enldo, desenvolver una ova classificacto que felletise 0 estigio de desenvolvimento atingido pela Psiqulatria em relaga0 aos distirbios mentals, publicando, em 1980, 5 DSMEIIT (Diagnostic and Statetical Manual of Montal Disordors ‘Fred).” #ssa nova classficagao teve wm grande impacto no 6 1 Poke smerieana, mas no resto do mundo psiquidiica, A tendéncia na ia passow a ser, poranto, ade procurar uma abordagem descri- tivale objetiva na clasifcagao dos problemas mentale que permitsse ‘Que diferentes profssionais da 4rea de sade mental pudessein identify hr os diversos distérbior mentals © ainda assim manter suse aborda lgens pestoais para entender e lidar com eles, Com esta onientagao, f= Fim realizadas, pela APA, as revises para 0 DSMIILR e para 0 recente DSMLIV™, c fol também elaborada, pela Organizaga0 Mundial de Saude (OMS), a! CID-10 (Classifieagao Internacional das Doongas — 10" reve S10). A CID-10%, que foi concluida em 1992, passou a ser oficialmente ‘cmpregada no Brasil a partir de janeiro deste ano ~ 1996. ‘Yeinos, portanto, que, até ates da década de 80, posturaste6sicas divergentes separavam 2 Psicandise Classica da Psiquiairia classiea Porem, os obstieulos aparentemente intransponiveis enire estas dss vertentes foram diminutios, lato pela infkiene'a da postura objetva Dragmdtica da Revolugdo Cienafica dos anos 70, como tamben pela feagio provocada nas formas adicionais de atamento pecoterapédtice elo Movimento Comuntidrio dos anos 60, o qual questionava a post (Glo wadicional da Pascanslise, com seus Istamentos longos e indivics. 5 al 51S Vere Lengruber als, Dentro deste contexto, diversas abordagens psicaterapeuticas fo- fam desenvolvidas, tn como, dentre outas, o picodrama, a terapia Famay, 2 gestlterapia, a bioenergetca e prineipalentea terapia cognit= ‘va Paralelamente 2 essas muclangas ns abordagem tecrica da Peiquia. tila, howve, 3 parle da Revolugdo Biogutimica dos anos 50, 0 posterior primoramento de recursos farmacol6gices atamente sofisticad, prin= Invel pura todos que a nevessagsem,estimulando, assim, o= atendimentos ‘que foscem répidos, efetos e eficientes. Com loo, ressalta que a PD. Blanefada ¢ breve poreacolh © nto por falls Cy design, nor by defaull) Experiéneia Emocional Corretiva Experiéneta Global ‘Alexander € French* deram malor importinca 8 experéncia emocional em Comparagaa com a compreensio intelectual, dentro do. processo [sicoerapeutico, Baseadosniso, desenvolveram o conceito de BEC, que para eles era estencial fim de que fosse possivel ocorer modiicavoes fovemas nos pacientes. 'O terapeuta em PB, deve procuca facitar E.G, tentando fazer 0 paciente revivenciar, dentro do ambiente seguro do relacionamento ferapéuticn © em creunstnctss fvoravess,sityagdes emocionas intolera- velo pasado, © paciente pode experimentar sews confitos onginas na Telagio terspeutiea de uma forma mito menos intensa do que na relaglo original ata encorsjr a EEC, 0 terapeuta assume intencionalmente uma stude bastante diferente daquela pessoa que partcipou do conilto org fal. Porém, seo comportamento do paciente se mantém dentio dos seus r BO venaemgrubor padroes habits, o terpeuts val reap de acordo com a realidad ata Bom abjetve de lazer o patente compreender nsiectuaimente e perce’ Eersuas dtocdescognias, avalandos uracenalidadc ea Inadoquayao de evs eagous emocionas. S pretpo 2 EEG. fol colocado por Alexander © Tench como scodo a expettncin clissica do personagen Jean Valjean, a obea era Ee Viaor Tago, Ordiserdve's cata crv 18G2e talent adaptada como Show musical de heoadway, Xa ors, Victor Fogo descreve wma expen. {ae vida do persoagenn Jean Valen, qc, endo tentado roubar Ge um ‘Slope, conte tanstorndo po ter sic rtsdo por ele de uma forma execfclonaimente bondoss, Rompe-se o quill inferno do. persona: See scocunaio 2'zor hoa um mundo howl sofendo, eno, ma Sedan de personaldade aqua comega ase manta logo no niente Seguin, em! que, apée roobir © nezarse a devolver unt moeda a una Crea jean Vaan deseaperado s procua da sma para eta opm are dino, ict, o se deve considera ese expernca como puramente .A=> ¥ => Bates significa, por exemp, que dite de um objeto ve ease edo srg a impulse prs age; Gus val desencadear © movimento de Fuga ‘Guldo F:Alcander fala'nd ELC, cal ae referndo 3 ea experiencia ‘Bebal, quc envelve tanto os species emoconala quanto oe cognavos, soltivos'e de cho. Uso da Transferencia e da Contratransferéncia "AEC. € umm viatcia concen na tlasto com o terapeuts, onde 0 Posen: tm a posbladc de eexperimenta emotes taumitcns 60 sd dco dc um contexte de sce eases de consent Bs conscicunnente planet pelo tropes Por meio de mei oo da eraferoncin otcrapca pod deters doar wr posh Sone aqucla da poston sinicatva to psioo do pace, Cn © orto» sarcoma de eso saps emocioal icorrapia Breve mucrada_ 31 Esse fto itd permitr 20 paciente lidar com a vida de forma diferente da ‘que viaha fazendo. De acordo com Alexander, C..)0 principio da EEC. uma dietriz conscientemente plancjada das reapSes emocionals do piSpue terpeta ‘20 material do paciente(contratransforencta), de forma fal que exergs ans ‘¢lo contsira 205 efetos prejdiciais das attudes dos pai ‘© fenomeno da contratansferenca ~ rea;a0 emocional do terapeuta ‘em resposta 2 comunieato verbal ou a0 Gomportamento do pacieatt 40 favorecer uina maior compreensio dos procesvs internas do pacient, va facta ao teapeuta, nama PB. a escolha de autudes a sesem tomas no relacionamento com 0 paciente, dando origem a E-E.Cs. produtias. Em Pi, a reagao contatransferensal, apde tr sido devicamente pro- ‘cessids internamente pelo terapeuts, ¢ ulizada por esse como wim elemento ‘amas no entendimento do funcionamento pseologico do pacient, obj tivando HEC. Ademais, eli € amiide apontada e identifeada, a fim de permit 20 paciente tr aio. apenas uma vivéncia corrctiva na. sltuaelo Terapéutica, como também pereeber, no seu eotidiano, son tendéncia em proturar impor deteminados pals # outa gus sgt de son “Em PB, vrs freqUcntemonte 6 recurso ds metaintervensio, expli= ‘cando-se 20" paciente o porque de ter se lancado mio de deterinados Fecursos no procesto terapoutico, acreditando se ser efcrs path esol ‘Gio dos conitos do paciente a swa paruelpaczo ava na ters Experiéncta Relactonal Mantemos 0 wio do trmo EEC. em rspelto so seu crador: Contd, onsideramos que o conceto de F Aletsnder seta mais bem explicad Se designado coma ExpondnctaReacional Covrtiv je que expe una Série de mudangas ¢ eesirturagbesinternas ocomdas em fangio de de- terminadas expertncis de rlago entre indiviuon. algo que 93 pode ‘corter deni de um conteso de elactonamentoiterpesoak Mio Sts {tngindo ao relacionarsenoterspeuticoc padenda ceorer cin outa ‘ses de flaca trpesoal na ia aa do pacer ‘A relagto terapéuten fem, por sia crstoiticas prprian, Condigbes de maior ambigitade do cue ta tlagas habia ds psn ema © conhecimento, por pare do teraputs, da orgem dos problemas ds Paclente, permite que ele tenha mafoes pesibidadesde\Henear S039 Hitudes, fim de gerr stuaptes provocadorse de EEC Com iso, ‘aco rapes ant me ono privogeda no serio de poet Sccr um nator nimero de EEG ‘Como i um iterogo de nlvéncas matuas das acsses terapeuicas das expertenctns devi, tora-seimpreasndivel, pars 9 bom sndemen secre: era Lomerber {a0 process psicoterpéutic, que 0 patente poss potenciaizaro fe Mode Fass BE Co materia conta que ver opotontdae de vvendiar o eatiano. As EEGs iesterapi so consideradas agentes cxtaizido- Tongue propia e accrum moras riaes © expongncins Denfcaa na Sass pacente CEECS exraterapeuteas, que, aguas veves, podem Te mean ser plancjadss pelo trapeuta, A repercussto deo EECx do Siavimne sobre « petonalade co indvidiva vert igual OU as Vezes 2e team do ie an Pin ee apa a pose de. Alexander, que enfazaa to relabesiterpesscals¢ fs stages dz ealidade exema, ais uma ver fora a onodonis patna fica que proponba uma desinculagao do materia 2 sr analsido nas ee erapouicas das stuagocs de vids real A posts picanaca cast ‘Sredvoga que o proceso de tstimerto se di semente durante a bes Squllucas Poni, Alsandcr French se opuseram a esa posture dizendo fue as srssdes mu frequents dos tratsmersos pkcanalicos casseos pet ‘Biuan que os pacentcs viuscin a expenéncas do codano da vida el “Astsnder poson se contro a restiqao do arsenal terapeutico a ten cas que lvasseintstaientoslongos e intensive, como secs Fossem © Aine recurso terapeutica dsponive. Pars ele, 0 presuposi segundo © {ual o proceso tcrapeutico se lita As seasdea de tatamento tem como Sr momerozosatimentosnjusifescament prolongs ua ‘Tcgneesuilsinencis cm sssbes daa, Per ns, ae sombea somansis podernm ser sulsentes ou t€ mesmo preferencas, fi que eventuaimerte ‘PScseows alias poem vir ase tomar um inconveniene em rlio 2 ‘Sea, Lim stent muito asiduo pode dar 20 pasente opertunidade ‘Setagints tntaves de EEC. no cotdano, eubeivinde as ples experen ‘Gas segura da sussbes craps, de tl forma que a neurose de wanste feacis podesa servir finaltlade dt newrose originale com sso aastat © fren ua partparao mas feta ma vida fsa oso de Alexander ESeguica hoje cn dt pelosproisnonais que tabla na inks de PB, de" forma que. de atordo com Badman ¢ Gorman, pscaallstss tet dma cocararo process pacorrapestico como sempee Ut, area, isso, ue nig haja problema eo manter wstamentosprolongidos, en eam ae preistonls que dam com sbordngem de Pi aren {fe o process paicoterapeutico pass scr contrprodutvo, sob cents cr nates, especialmente se cle mut longo também os plcanalisas ‘enderam 3 achar que mudancas pscolgieas ho podem ccorrer simples fhcnte eat bse de Cupercncas do cocano, enqusota que teapenta uc strabalkam com Pb. tema ceneza de que mudngaspscolopicassanicst- Sizonodins-da nto sto mas, sendo sé mesmo mevikive. Alem disso, 05 “Pelcaalitastendem a vero proceso tapeutico como 0 aspecta mais fmaportante da vida do pacieat enquanto que os profasionsis de PE. ‘cheat a trap como somente ma das mus auvidades importantes “com ae quaaio paciente ea cnvolrilo. Psicoterapia Breve Ptegrada 33, Potencializagdo das Experiénctas Emocionats Correttvas Intraterapéuticas e Extraterapeuticas Para o bom andamento do processo palcotarapéutico torna-aeinprescindl- vel que o paciente possa potencializar 6 efeko de suas EE.Cs na teapla ‘com as que tver a oportunidade de vivenclat no ‘los no esteior Um més antes hava feto ums apendicectomia de urge fa, Sentindo'se mult abalada com iso". Quando retomnou da viagem, lima amiga havia morido repentinamente c, na missa do dia dela seta bs sintomas desertos na quelxa, Na semana seguinte, teve novamente oS Sncsinossintomas numa sfuagie corqucis de seu eotidano. Reta que, 2 partie da, sent o que denominon de “day aie sentindo-se *deprimi- {dd e-ansiosa por estar tendo uina docnga™ Hd seis anos vinha fazendo tratamenta pscinaiicn, "mas a snalsta recusou-se 2 medicar, optando pot Fear questonando © que havesa por tris daqueles sintomas". Sempce ha- via dormida bem, mat spascou for medo da noe, de ter alguma cous", Scordando de midrugads com intensa senagao de angistia ¢ com med fe que podia se maar Como os sintoaas comegaram a plorar, sua analist Indicou'um poigutats, ques medicou com Clonazepam 0,5, pela tanh 2 noite, a que, segunda a. paciente, tenia do tim “ete aagroso™ Entuctanto, interompeu a medleagio apés um mes, pols votou a "se sentir 5 vom iomenter them como antes". Dots meses depo's, novamente sentu-se angustada ‘Shin modo de nao so controlar. Resolves, nesta ocasto, encerrar 0 tat Frerto psicanalfucoe retornar ao pstquitra. ste repetis a mecieagao ste Flor que porem nio sorts efeto desta ver Procurou-me, endo, por saber {oe fazia um tratamento integrado de medicacao e pslcoterapi, pols est preocupads por estar depeimida demas, j-que “punca tha sido assim “Histria pesoal¢ familiar. Nasceu de parto normal, teve um desenvolv- Iento pricomotot adequado, Sempre fol muito extiovertida e desde pe- {quena feve bnstantes amigos © convvio socal intenso. Estudou em bons Colegiog e fol excelente akuna. Tove uaa sélida educagao rligica ¢ sen pre formato cerinha", ealega que por sso nunea se perm “tomar um [porte ou experimentar qualquer tipo de droge, por medo de perder 0 ‘ontole de si mesma". Assim, “ficou apavorada quando comecou a seat (f siomas de panico® ‘casou-se 408 22 anos, tem quatro filhos com idades varando entre 16 €1 Gove ® onsen todon“saudlvels, bons alone, bem edcados™ ‘Tem nt “ids social tensa em fangio ds atvidade profasional do mario, Formov-se em um curso superior com bom rendimento, porém mo exer- fou a profi pus se dedicar fail Quando ug que os fos fl ‘Stacam em idade easlar © que povlena Gecieaeae 4 8 propria, inc ‘tara falda, onde também se destacou como ta as melhores al fas ho finalzai @ curso, engrvidou oramente, 8 senting, com Tio, em condgbes de sssomir novamente uma caret profssionl¢ de Eulindo que, desta ver, ria dediear-se 3620 bebe © ambicne fantiar€ bastante harnBnico, Da tc feito “ums opgio por So ealasde-vid", scommpanhando e spoisndo marida em si caren prolisional. Da ui apoio bastante grande tambern aos fos em suas Stade esolare fe! sci, Costsmam var com os tos, pelo menos tims vee por no. Levamn wna via soil otea, com um flaGanatenio fecimo, procpalmente com 2 familia do maco, qe € muito uni, porém resulta que tuo "ts vores crunsalgunn problemas antem avidade itlecnal fora dolar, partespando, como voluntia, de diversas atidades de caridade ieconhice “ter mato preconceito contra oso de medicecio psicesropic, “imudangas sloplisicas"~ nas quals se procura modiicar 9 melo para que ele se ajste is necessidades do individuo, 7 © Ttoca de ambiente” ~ nas quai 0 individuo pode ptar porum ‘outro ambiente que the seja male adequado, eartman sallentou que nem sempre uma conta racional ésindnitmo de uma conduta adaprada, jique ha situagdee nas as as conduta rcon fxs sio akamente perturbadoras da adapiacao e, pelo contri, a8 vezes Ini condutas iracionats que sto fondamentie pact 2 deuagao do melo ambiente "A PB, procura sjudaro individu em sua adaptago 20 melo, sumen- tando sua capacidade de fazer uso da tres modaldades scapiativas Ji ‘das. O objetivo da PB é certamente oda reestratragto eforalecieh to-do ego do paciente e vtliza 2-A:7. como ulm suport inportante para atingito, ‘As fungoes autOnomas tém uma grande importincia ao processo de adaptacio do ego 2 realidade extorna. A possbicade do ego recone {estas fungdes auténomas, bem como 2s outas fungdes do ef, representa que € designado qo orte A sequin, spresentamor 4 detetinagto das fungoes do ego, conforie fropesta por Bellack e Small”. S40 Nove a5 Fungoes dessa 1. Adaptagto A realidad, que é obsorvada pela adequagio da ate de do individuo a sua mavizcaltral. 2, “Teste de realidade, que representa a capacidade de diferenciagao centre dados externos Cobjeivos) © dados snermas (subjetvos), que envol. ‘ve percepgbes ¢julgamentor. 3. Sentido de relidace, que envolve a diferenclacto entre 0 eu € 0 resto do mundo, lugares tempo. “4.” Contole dos impulsos, que representa a regulagto dos impuisos 5. RelagOes objetais, que incluem a qualidade © a intensidade do Felacionamento de algaém com outiae pessoas. 6. Processo de pensamento, que Prowide com o amacurecimento da crianga até o estglo do pensamento sbarat, part da adclescéness, 7. Fungoes delensivas, que servem como barreiras contra estimulos externas. intemnosamescudores, como ss descrias por ns Freud (repyee $0, repressio, oomagao veativa,olamento, anula—ao, projec, intro}, sublimagio, dealizgio, idenificipae com o agressot rcionaliza;30).

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