You are on page 1of 21
= ‘ss cue SoA RIREANTA }OTRTEND MRATEL de Tass — eas comectnd go ote de Ride ant, 1985 127. EROER, FS e AMARAL LU, Ovens e peste ds empreas nas um etude det cre Shwartzman 6.20 ict cnet Bat por dur meade rab t's de ep, 2 Rede Jno Tang Geto Vargas 1, pp. 8ST HARVEN,D. Tecmo of rtintrity, Oxf, Bol lakvel, 9,578 ‘HORDAY, ML The Bio cman inate coma far ecogy th atari nd roe {Ee de Jane, UFR/TEL meng, 1984 69. 1G Anubis Ei do Br 187298 Ro dente, 198 7299. IBGE Ait do Bras 98 Ri dean, 194, 829. ONKINE Sic goes wl raid nes sme, Cn tide Gs owe tres 1976 11 MACHADO, LO. Amiataia trasira como exemple de uma nbinagdo goosrtrsagin« ronoesradgn, Tanger Gouri See 981020 1987 LMACULAN, AM cman dein at de lemanags Ro hen, TUPER, Tee Se Masao, 9 96. MAGNIEN, Me Hise de ce 1880980, ie tet oe monde Par, Ate premier elloge nenstons ‘Phere de Pecrce 1986 2p MARQUES, NF. dn §. A concong Dca re operst Seis So ual USD, ede Dectorada, 19 167. LMINISTERIO das Comes Counce Br 7, Ro de an 197,67 ATI, nrc «mm enn ot TE de ana, undo Geto Vor 197 257 REICHSTUL 1 P. « COUTINHO, tvetinent ental 718 ice ce Bez, LG Cotinbo (| ‘Sos cpa Bra nan sre ori 2 S80 Pl Frans, 198 pp 388 : ANTS Me Pasco pretent das ape ene sxe fp bealzaie pon Sa tt madera 2° ia. Poste Grr 5-28 187 SANTOS Mt Modemidade, mo neon Drs Cars JPPURIUFR VE) 82197 ronnie Reger. @) VER J. BIBLIOTECA IPPUR PENSANDO CIDADENO BRASIL DO PassaDo! Mauricio de Almelda Abrew [Em contraposicio aos dtimos cinglenta anos, que clevaram a cidade a uma posigso cada vez mais desta- cada na estrutura econémica politica e cultural do Bras transformando-a, inclusive, em tema prvilegiado de estudo da Ceografa, no longo periodo que antecede 2 essa fase de urbanlzagto acelerada, a importincia da ‘idade, enquanto objeto de reflexdo, fi, obviamente, muito menor. Isto ndo quer dizer, entretanto, que ‘dade e as questoes urbanas estivessem ausentes do temiétio colonial ou daquele do Brasil do século XIX, Ao contrério, que se veriica€ a existncia de uma | eilexio continua e cescente sobre a cidade brasileira, Sinda que tenham variado, a0 longo desse periodo, os agentes quanto os obetivose a Fundamentagio ppensamento. Este trabalho pretende resgatar, ie“ nvr eds ences eh wpe pre nen ru sn nn eee nnn em Foo Cout. Yon de on btm du has eps wl Mis sO ainda qu sumaament, quem pensu a cida Ita do pss e qi form esas ete, ‘Antes de nar a nie € neces que o tema a ser dscatido sea carmen tesa Ainda que o tle deste trbalto pose dar «eae aque pretrdemos anal o“Braclubano do pao sta tarefa sera bviamente, mbiciosa dena Nag nos parece Insve, qu ea pose! aur le auishdordesvendar todas as dimenstes(econday soci, culture errors) que envolveram o pase Go wrbao do pas snd ques conheam tba rand envergadara nese dregto (Mons, 1975 tes FILHO, 1968) Molto mals modeamente © Que pete demos dst aq como a dade enquana tena lidade socal caramente dierene do eampo,detaco. se como chet epetic de leo no Bras do pase. do tentando relaionay, na medida do posse, ee persamento urban que sra com o process ar de evlugd da socedade eda dates) rasetas le brah Pensando a Cidade no Perfode Colonial comum afirmarse que a cidade teve um papel pPouco importante na colonizacio brasileira. Com efit, se adotarmos um ponto de vista esrtamente quantitat- ‘vo, & visivel o contraste que se etabelece entre a ies «bo do terrtério conquistado pelos portugueses na ‘América — que wtrapassou em muito aHinha demarcs- "ria de Tordesilhas — e 0 pequeno nimero de cidades vilas fundadas durante a época colonial. Conforme demonstrou Aroldo de Azevedo, 20 abter sua indepen- éncia politica em 1822, 0 pais contava com 219 ngcleos tubanos, a grande maicria de famanho quaseinsign aio004 CDACENOWISL ‘anie, ts quartos dos quai estabelecidos nos dtimes $00 anos (AZEVEDO, 1956). ssa base urbana modesta, que contrastava com a rede de cidades muito mais comploxa implantada-na ‘América Espanhola, tem sido explicada a partir das ‘iferengas que se estabeleceram entre os processos de colonizagio adotados pelos dois patses ibéricos no [Nove Mundo, Por um lado, os espanhéis nfo apenas cncontraram na América civilizagbes que jé possuiam tama base urbana, como tveram na inineracio a sua ‘base de apoio mais importante, o que exigi 0 estabele- cimento de uma série de nicleos de controle da produ (80 ececulagio dos metas prciosos. Adem, a con Quist espanol alicergou-se, desde o inicio, na funda 0 de cdades, uma pritica que acabou send oficiall- ‘ada pela metrépole a parti de 1573, quando foram promulgadas as Ordenacdes de Descobrimento e de Poosamento de Felipe Tl, também conhecidas como “Leis das Indias", um verdadeiro guia orfentador de todo 0 processo de colonizagio espanhola e que tem sido apon- tado como o primelro cédigo de urbanismo da idade moder (SALCEDO, 1950), A colonizagio portuguesa da América seguiu ‘outros caminhos. do encontrando no Brasil, de ime- dato, a8rquezas minerals que tanto almejavam, os por- tugueses deram ao teritério recém-conquistado uma atenglo apenss secundéra, garantindo sua presenga af pelo estabelecimento de feitorias, onde 0 pau-brasil ‘comerciado com 08 indigenas era embarcado para a Europa. A ameaga crescente de outrasnagSes européias, rotadamente da Franga, que no aceitavam a doutrina cdo mare clausum conta no pacto de Tordesthas,1ogo alterou,entretanto, essa estratéga nical. Objetivando o ais. qs spamcop raRREeD {da do que se pensava. Nelaestiveram envolvides diver os engenheltos militares, que pensaram a cidade M82 ‘36 em termos de logistics militar, mas como elements de um sistema urbano maior (MACHADO, 198% DELEON: $979, rusxoR, 1988), confirmando assim o que Nes lar Refs haviaindicado ha algum tempo 08 $4 Goulart Reis gum tempo 08 untae de dads eis 08 Sa ou c soria de cidade rial como a elevagio de vilas ® cates ‘Obeeceren a um projeto de politica testo at mall asso cena. » sis tmp ose gue Ss oer) Suni dor nee i nmin sang say tr tt planers nile sero ne nage or tte ae ‘Lin can gansta colonial (UNDERWOOD, 1988; DAL BRENNA, 1990). ent no oe ir apt ep into dor aor soe oie en ‘russert Demi ner or eres Sn pets sede eg Boa Ho Enda“ tae cto ‘earpiece ar avast oe Si No ig mn ls mn pt Spc ar se es lar “io tan, te 7)" a a coo pont proc de ae ce Sereno fapetent com pce een Eunos npn de is we fas pmennns pues {So pow em puedo sy dees oe Shep stron an ost Ps satan gon oct feo ncn Sled tee. Um rch “faci star he“ pg tren Fe bat ye io nnd onc Europa. A ordem era ignorada ples portugueses. Suas onto cS nt chan wp oe inet ge Sn prune pan is ps oa sae wadd! nas sis aUADAERNAGODO TREND Serer errant eee eee eee ee ee A nn eee ae ee eee eee rae eee a tae ao ee ea aoe ad CA cee oe ee ac Hees deat i oe ‘ene epee tes ce a gh leita, em 1549, foi detalhadamente plans pelo creer pee Se i closure ee spine a a -medigio de terrenos e pela construgéo de edificios for tificag6es, também € confirmada no Rio de Janeiro: do diretamente Belt desde 1567, data em que a cidade fol transferida do arma nial fundado por Estcio de 88 para o st sitio definitive no Morro do Castelo (REIS FILHO, 1968: 68; ‘Treslado de... [Eo que falar da despreocupasio com a arruagéo, {que segundo tantos autores comprovaria 0 “deslebxo" portugués no que toca & fundagéo de cidades no Brasil? Se 0 caso do Rio de Janeiro pode servir de exemplo, 0 que verifieamos ¢ que af ocoreujustamenteo contrrio. ‘As decsées elativas A medigio e & arruagio das sesma- rias de chdos, ow se, dos lotes usbanos doados para a formasio da cidade, aparecem desde os primeiros tem- os e prolongam-se por todo o perfodo colonial. © que ‘fo pe ser encontrado — ou no exist — fol um e6- Aigo espectfico sobre esse assunt. Vigiam af as tradigbes 20s costumes do Reino, que nem sempre se materializa- ‘vam em posturas urbanas formals, mas que no debxa- vam de cer seguidos. A documentacio existente sobre ese assunto comprova plenament eta afimacéo. Bm 1573, por exemplo, quando a cidade do Rio de Janeiro js comecava a abandonaro seu sitio em acrépole © (GERARDES, 1960) e a expandir-se em diregio & virzea \ateundante, o Governador Crist6vio de Barros conce- sdeu uma sesmaria de chdo “na virzea e praia desta dade" com a ressalva de que entre 0 chfo dado e um “Garo jf concedido deveria ser reservado um espago de Minta palmos para a abertura de uma rua (AGCR)) documento, este de 1595 e sabre uma licenga para 0 de casas em Srea onde o mar havia recua- Mb; registra um despacho explicto da Ctmara ordenan- Bao mestre-de-obras da cidade que fosse “arruar 20 le como pede, dean & rua 0 gue Se cot rida a exighneta fl entdo sedigido um auto de » yen EDRCANEACAOOOTARTORD oswoo cnweoman, 5 ‘idades brasleiras responderam a outa ttica colonial (Gas FILHO, 1968: passin). Murillo Marx, por set Indo, Avangou mais recentemente a tese de que “as cidades scrap ma, ‘por uma alterapdo secrete e inexplicivel da at — scene es ee re aes ha sujeira dos logradouros pablicos; e ‘esmo, segundo alguns médicos, no excesso de take, eee md alimentacho. Como esses “tatore soiaig” avam\ a aco dos “fatores naturais” de infeccto, {fa preciso combater tanto uns quanto outros, ravi ual difundiuse, a parts dessa époce, wm tipo de de carder nitidamente “ecol6gico”, ‘dentiicar toda a cadeia de fatores responsi Go, Pols insalubridade dos lugares, e que se material, a taboracto das chamadas geografis¢ Lomas e st quate masoussmczaciovoTaarteo ‘.exemplo mais bem acabado do pensamentohigieista, ‘Tratacse de tabalhos que pretendiam estadar as intera- 6es entre 0 meio fisico e sodale o estado de saide de uma determinada populacio, procurando identifies, ademais suas elagBes de causa eeeita® Essesestudas, geralmente de carster monogrtic, tiveram uma im- [portanca que ultrapassou em muito os limites do pen stmento médico, Segundo bem lembrou Urteaga, eles se inscreveram no movimento major de emergincia de tuma politica de sadde na socledade européia do século XVII, uma pottica que, segundo Foucault, transcendia (06 limites da medicina se integrava, na realidade, a toda uma gestio politica e econdmica direcionada & raclonalizagéo da sociedade. Busceva-e com isso con Dater a doensa ¢ a elevada mortalidade, que afetavam diretamente a produtividade do trabalho (FOUCAULT, 1975). Um passo adiante nessa dizegéo foi a fundagio dos servigos de satide publica, que tiveram papel lmportante na difusfo dos habitos considerados compa- tives com o novo esto de socabilidade que se hava atingido ea criagho das academias de medicina. Essas “ltimas ndo apenas contibuiram para @ formacio de uma conseiénca médica, como permitiram a difusso de undo aii da ciate» acoso psa Ser sro apes, tnd extamente do po de Te Ere quraligam Moe armor mane deconbst- Tes tao 1867 xs JOMOR, 188 RAN. 18 = Dao, 177 rONEECA, 178 RAO}, 163; STOCKER, TSB, Conoio, 186) e do “inetoramentos materia” Ge poderiam ser eutados pra tomar a ade mais Tigeaee (ACKER, Lt rAINDA. 1671 BLEND 165 tania tn, 17; sees, 682 oe, 188) ‘vag em 185 da Junta Cental de Hine, iui undada pte corer 0 eo Bove omens no combs epider, reg ind tha pose de destague do be eo. A prt na tod tvs do Cover inert 9 Campo dowibano tro que poser pel i ett da Fame qucomearsnteritanbén nda ge em © ‘Renn secon nos governoe meni exigndo # “ole e cumprento de norma glss de Nene Babe, A va piv dos dos tier 0k eupid pel Junta ue conbaers avers 0 Fines hose “i” conlerdon ant gic Aigado a uma posit de destague no Rio de Jancir por cus das epidei tame sr af 8° iSernpjenste val moar awn nor se Inangrtnin, pear de odo ltervencn0 tao fet em cu rome, qu eaten sobre erste de pintanos na contrast do seme de lopon sition na eto consider 4 {cement guar na conden shite ‘TO Rio de ani fas quit ide do unc cane cS root coizesoHet. vas, € no apoio a um urbanismo que promovia a cons trugto de ruas largas e de “casas higinicas",o saber Iédico nfo conseguiré dar resposta as constantes epi- sdemias que assolavam o Rio de Janeiro. Por que iso, ‘io conseguiréimpedir que o quadrosanitrio da cida. dese deteiore cada vez mais, 0 que passou a compro- meter nao apenas a credibilidade da teoria dos miss. ‘mas, mas também todo o projeto de moderizagto da ‘economia entio em andamento, A insslubridade da capital do pas nio podia ser vista enti como um pro- ‘ema loclizado. Ela solapava a politica de atragio de Bono cterenre oats ett firrocitacns erecta poise rare eee ee oes nee emenpereeeat smd pennant __ Pata tanto contaré com 0 apoio nto apenas dos interes: polos eons gue a suena no 1h Pao cee 6 bastante grande divine, compre i ees tees argon, comune em congress ee ki fu woe for camp sans re aw rac, 15841985; smo 198 roc ee, 88 n = rman gust soa aRcAAODo TENA também da cignca e da téenica,e € a partir esse con- texto que podese compreender melhor a crise do saber higienista ea ascensto répida dos engenbeires 20 posto de grandes pensadores urbanos do pats. [A Valorizagio da Técnica ea Ascensio da Engenharia ‘Embora fostem criadas “Aulas de Forificagio e de [Aatiharia” no Rio de Janeiro ena Bahia, no comeso do sécalo XVIT, o ensino regular de engenharia 36 teveint- cdo em 1792, com ainstituigio da Real Academia de Arti- ‘aria, FortiieagSo e Desenho no Rio de Janeiro, transfor- ‘mada em 1810 em Academia Real Milter do Rio de Janeiro. Foi 6 a partir da década de 1850, entretanto, que esse saber comesos a se dstacarno Brasil, no rastro da {ntrodugio das estradas de fero no pats (TELLES, 1984) De inicio dependentes dos services de profsionals cestrangeios, as ferovias, logo consideradas como sim Doles do progresso, transformadas em “fetiches da modernidade” (HARDMAN, 1988), tiveram um papel fundamental no desenvolvimento da engenharla naco nal. Por uin lado, o advento da era das ferovins exit rmusdangas imediatas no ensio, resultado dai a separt~ ‘fo iniclal (1858) das formagées civil e militar, passo Iimportante para a autonomizacio total da engenhas civil em 1874, quando foi ciada a Escola Poitéenica #0 Rio de Janeiro. Por outro, foi a pastir da chegads das tstradas de fero que as profistes ténicas comesara 2 ser valorizadas no pass, paso importante para 0 com bate A mentalidade entdo predominante de que “ss P sos mais be dotadas emis cxpaze devin sr 982, dos, eclesisticos, militares, ou quando muito médico® (TRLLES, 1984: 46. rasnoosoncrenust 5 Ingen cone wr ns modern sto, a erovasnscreverante mum proces mato Ils anplo de waafomacto da vodedade basa, tim proce gut vse remover o limos cbs conwliagto do modo de produto ceptlista na pals e€ ps do cnknto de oar eo sean {caus que podese entender meor avalos da engetura no Brad ald eas MX. Com ee, "inten caa ez maor do palma dvi nea Sonal do abl impos «neceade da dmino corte do tempo e no du creas de mera as ebjtive qu ft facta pel abc Se capi? tego fo a "ered, gu finan lo pens ones a eros po fod ols como tenon & ure de methoraenton portion vray. Nem fos ot tops que chgaram a Dsl dreconarae ee, ito, pr eto de expert. los game ra endo ctv ser do servi tants lan facto pblca transports clive elena too que restow na rnatormaro clr de palgem de mls cldades branes Falnent: © Strgimerto da nda vei abn dar as one ils nda pean ep acelando» tana deren de belo ‘Setvil para o assalariado, ‘eine details é ‘essa conjuntura de transformagto estrutural, fm ge soa Wee ai tan a er vita como bass fundamentals do pro. _ Bose gues nga vo ampli oe itn _ 20D rutazzl 196), Sendo o profesional que nse ean sees novos sie que 9 me co impunha eo cesciments economic do Ps » mus qatesarasonMcNzA oo TaETERD texigia, o engenheito foi entio chamado a participar cada vez mais da discussto das “grandes questoes nacionais’, para 0 que contribuiram também a fundagio 0 “Clube de Engenharia", depo de defesa dos interes ses da classe, em 1880, ea cragio do Instituto Plitéeni- 0 Brasileiro, precursor da atusl Academia Brasileira de Ciencias, em 1884, ambos no Rio de Janeiro, Mais do que tudo, entetanto, fi através das solugdes que ofere- cru aos problemas que afetavam a economia, 04 que pertubavam a vida quotidiana das cidades, que aenge- sharia consolidou rapidamente o seu prestigio e in ‘lueneia no final da século XIX. Segundo Teles, as estrada de ferro absorviam, ex 1880, 75% dos engenhelros do pals (TELLES, 1984: 471), Embora sem apresentar cifras comparativas, o mesmo autor afirma que, na vada do sécul, o mercado de r= balho dos engenheleosjé se encontrava muito mais ampliado, para © que teria conteibuido a "formagio enciclopédica” obtida na Academia aquela época, que *permitia que os engenias abordassem€resaleesem amt eficincin problemas de rie cmmpos di engenara: oro as, ports, obras plies, indstrias et” (TELLES, 1984: 475). Seguindo uma matriz de pensamento diferente, Hardman sugere que arapidez com que engenharia # projetou no cendrio nacional deveu-se 20 fato de que “t aba dos engenbetes brasiirasda segunda meta d et. lo XIX... combines exemplarmente elementos do pst ‘mo edo literaismo dscplina do trabalho e vito transform dora da aisager,purcinin de gastos e moderna wre o-ndustil” (HARDMAN, 1988: 93) Turazz, por S53 VE ‘que estudou a relagéo entre o surgimento da indist8 © 4 difusio da engenkaria no Rio de Janeiro, confirma 43# “figura do engenhio..torsowsel ene vex mas roe _ “Femodelacao da cidade” ee ‘e- prtr de ins do seulo pasado, na rego e administra ode empresas industrnis de servga” (TURAZZL, 1989 88), Trata-se, em suma, de um saber que se afirmou ¢ ‘que se difundi rapidamenteno Brasil do final do séeus 1o XIX, e que acabaria por se impor também sobre 0 saber médico no trato das grandes quest6es urbanas, algando entéo os engenheiros a qualidade de grandes ¢ Jncontestados pensadores da cidade brasileira, Ainda que tenham dado contribuigies anteriores,12 fo 56 a partir da década de 1870 que os engenhciros ‘comesaram a pensar a cidade de forma mais holstics: ou sel segundo uma visto que transcendia os limites do simples equacionamento de um problema técnico, Passo importante nessa diregdo foi a decisio tomada ‘pelo Governo Imperial de intervisdietamente na forma, urbana do Rio de Janeiro, tentando com iso enfrenar a ‘marcha das epidemias. Foi nomeada entéo uma “Comissio de Melhoramentos do Rio de Janeiro", cuja atribuiggo principal era a de elaborar um plano de emodelagio da cidade, e que néo contou, surpreenden. {smente, com a partiipacio de médicos, endo integra. dls apenas por engenheiros. Embora essa comissao fenha apresentado suas conclusoes em dois relatérios (rast, 1875 ¢ 1876, 0 alto custo das obras sugerides seabot inviabilizando, Aquela época, a sua materialize. S80, sso nao impediu, entretanto, que a questio da assasse a ser amplamente _tebatida por outros profissonais da érea(S0UTO, 1875 ¢ #70) iniciando-se af uma prética que iria ganter tom rapidamente (e nfo apenas no Ric), © que fez SESH ie engl gs Tenn Arcs pen BUT do Phare ce Supe, heim sd pandas ero Pet egedrsem inh is rpc ™ ust ques masAMcEAopo THINS com que, fra década de 1880, particulamente na de 1190 os engenheiros se engptsem cada ver mais eat debates urbanites, mits eres a chamado de suas entidades de classe (rrTaS, 1864 1886; studies rer08 193). (© médicos no detxaram de pensara cidade nessa époea de ascenséo da engenharia (ALMEIDA, 186; ENTE, 189), ainda que tenha se tormado cada ver sas freqdente que paricipasem agora de equipee interiscpinares (PRIA el, 1699, Os nents, 2 contri, comerartn fer una produgto bastante auténoma,resultendo dat a elaboragio de projetos ‘aads de saneamento ede embeleramento, piece ses que incorporavams os precitos do higenimo, sas que fam muito elm de simples exposisio de pro. blemas ou ds sugestes poucofundamentadas pele cian. Com ecto e em conropsiio aoe méics, os tngenbczospastaram a ofrecer sluces teenies de fii Jf comprovade,« que podiam ser ota de mediate paraiso exten euros evntade pl tca,Fassaram insive a prem pte sind qu em xtra pates do pa mits das ins queer ise tidas apenas ane terco no Ri A remodelagio urbana do Rio de Jani finsimen- te materializada nos anos 1905-1906 eo o comand de tum dos integrantes da antiga “Comissio de Nelho- ramentos’ velo coroerexseperfodo de ascensio da engenhai. Seu eftodemonsragio fi enorme, Nem curt espago de emp, otras cidaes bres deat também inicio As suas “reformas urbanas”, o que contri~ ula par poeta ainda mais o saber nico feed ‘Tok gue acontce com »costugio de Blo Horizonte 1 copia sed de ns Cea oso antoevomse = Pela exgenhari, erealgouo papel exercdo pels enge- "heiros sanitarisas, que se transformaram entée to grandes pensadores urbanos do pals (ver ANDRADE, 1993; FERNANDES e GOMES, 1993) Essa posido prvile slada foi mantida pelos engeneiros até meados do. século XX, ‘A Revolugio de 1930, 20 dar impulso & industriai. Pals A ubaizagoacelereda qu ihe fo ancomnne Produsi, entrelan, tanstommagses econo s Soci de ulto em todo teria saconl tase Cidades um patamar de porn amas anges fnteriomente, O impacto se fer senlr ado 6 aes rede uebana, como aingia também a leeds conte campo. Fo entrant na expnizagho intends ae des, especialmente das grandes cidaden nae suangas foram mais pidas emai gree Tamanhastanstormasieseugaeneceealanen: te novs reflexes se de carser normative ou cep Sto eso ni tardou a aparece A complochenen cidade enquanio objeto de estado propiowe cere 5 para muito além des exe inutes da eager Logo oa ara tam a tengo de cates enn ‘tle muito espcaimentedaguces uc nigger ‘os de ccs humanas eacaistotninc ant 2s onversidades basta, Fass ¢ seg ce 1a are denefledes que tansendam 9 pos eone Slonamentoténco das quests urbanay eye ee Zeta sobetuo as dimensbestenitoria eaxnomen srl da wbanizato,Tratase de sere ata 5 Heise em reaizagses, que ainda end ee pls anoles, eque algo geogaie anquitetay, ors, economisas, nttopslogos, sndaloges¢ ” at QS TNDAAANDAGO DOTTED cientistas politicos & posigo de destaque que hoje man ‘ém na discussio dos grandes temas urbanos do pals. [Bibliografia eer eee reese fan te, Pe rt shasenerenie cies eee eaten omelet marian ties ea ear anereas ace fee sors Gnseee ora: seeteecenaes So eee i ee: Teer eceeees me tesa nee cea cutee ee ae Se ca reeponeneer yer Meet St ete ee AE aa po ea esti iene sana as oo en ae fone He apt rfco urbana produ pea. tare i prt ema do seul XX pode im Valdars ea, 197. Sbre a produto fota los eats basis ver Ave, 19 ‘AZEVEDO, Aol de (850, Vl ie do Br ent cee de geografia urbe rerpecton, Freunde de Fino, ‘cas Leas, Universes Pl, Belin AZEVEDO, Paulo nmin de (1980). bao de ead regu lace oe ds primers spe del clon bana ‘sts sobre arene erences Sv Juta Je Andalic, Cnasfla de Cal, 6302, BACKER, Aledo Augusto Culmares (181) Que mehamenta ‘ried ly nel oR, fe ‘or mats? ode Janae Typ Laem [BENCHIMOL, ime Lary (1980. Fr Pua Hsien ‘PA renew eine do eee ni ‘tela 3 Rio de Jn: Sorta ipa de Cala, ‘Tertnoe topes ERWARDES, LM Coat (9), Fao dtd Rio lowe sto rig. att Carne de eof Rio e Jone, 19 Qo) 92°97, Repradutido em Lye M. Beards ¢ Mara Theresia Sosy Rech Cs 4: eran. Ro de ences Satara Manipal de Curt, ‘Sepp 1520 [BRASIL Comisto de Melhramenis da Clade do Ri de Jnizo (G87 Prana Retro ts Conmsie de Melon ied Ri nr Bi de nce Typopepae Nasal, sep. (0570, Segund Rei Comino de Mttoramet de ‘lute is ij i de i: Typographical Bi DBRAUDEL, Ferman (1980, “A Lngn dus In Hire Cis Si ea. Los tral Peng 739 BUENO, Laz de Ctvin 1875) De yarapi« clmalegi do Ro oni snus eo are ple al incl ao arena to Cte ts ‘Aono cram are cones hgineas dt mera ide Fore Typppin Ces ea £AROOSO, Ciro F. 5. (198). As concepges acerca do Sent ‘adi leo Antigo Sates Caloa (tv cm a exagio doxedent In Jord do Aaa {ape (Org) Op atoms

You might also like