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2enoro%e Estacio. Disciplina: Geometria Analitica e Algebra Linear Aula 1: Vetores e Espacos Vetoriais - parte I M's Apresentacao Nesta aula, vamos trabalhar o conceito de vetores e suas possiveis aplicacdes. Além disso, discutiremos a representacao dos vetores no plano e no espaco e também a determinagéo do angulo entre vetores. Objetivos * Identificar vetores e reconhecer suas principais aplicacdes; + Esbogar vetores no plano e no espaco; + Determinar o Angulo formado entre vetores. {ie:10W2018.2igeometria_anallica_e_algobra_inear_GO000S/aulat him! wat 2enoro%e Estacio. Vocé se lembra o que é grandeza escalar e grandeza vetorial? Quando vocé diz que: Um terreno possui 100m2. é Um refrigerante de 2L esta em promocao no supermercado. {ie:10W2018.2igeometria_anallica_e_algobra_inear_GO000S/aulat him! 281 2enoro%e Estacio. Fara um dia “quente”, pois a temperatura prevista é de 38°C. Vocé apresenta uma informacdo perfeitamente caracterizada. E uma grandeza caracterizada perfeitamente apenas pelo seu médulo, ou seja, por meio de um numero e uma unidade de medida correspondente, denomina-se grandeza escalar. 34 quando vocé Ié a noticia: “O avido que sofreu uma pane seca se deslocava com uma velocidade constante de 400 km/h”, algumas perguntas podem surgem, como, por exemplo “Em qual direcdo esse avido ia?” ou“Em que sentido ele estava?”. Logo, as grandezas que nao séo completamente definidas apenas por seu médulo séo denominadas de grandezas vetoriais. E 0 caso da forca, da velocidade e da aceleracdo de grandezas, que necessitam de médulo, direcdo e sentido. Vetor {ie:10W2018.2igeometria_anallica_e_algobra_inear_GO000S/aulat him! ait 2enoro%e Estacio. Se uma grandeza vetorial sugere a nogo de vetor, qual é, entdo, o conceito apropriado para vetor? + Um vetor pode ser entendido e representado como um segmento orientado. + Um segmento estd orientado quando nele hé um sentido de percurso, considerado positivo. + Dois ou mais segmentos orientados de mesmo comprimento, mesma direco (sdo paralelos ou colineares) e mesmo sentido séio representantes de um vetor. A Figura 1 ilustra este conceito: Figura 1: Representacdo do vetor AB ou B - A em forma de uma seta em branco. Todos os vetores de mesmo sentido, direco e comprimento de AB representam o mesmo vetor. A é a origem e B é a extremidade do segmento. Um vetor também costuma ser indicado por uma letra mintiscula encimada por uma seta (¥), como nos mostra a Figura 2. Logo, quando escrevemos ¥ = AB afirmamos que o vetor ¥ é determinado pelo segmento orientado AB ou qualquer outro segmento de mesmo comprimento, mesma direcéo e mesmo sentido de AB. {ie:10W2018.2igeametria_anallica_e_algobra_inear_GO000S/aulat him! 401 2enoro%e Figura 2: Representac3o do vetor ¥ na forma de uma seta em branco. O segmento orientado AB possui origem em A e extremidade em B. 0 vetor ¥ também pode ser chamado de vetor livre, pois cada ponto do espaco pode ser considerado como a origem de um segmento orientado que & representante do vetor ¥. Na Figura 3, vocé pode verificar uma consequéncia direta disso: {ie:10W2018.2igeometria_anallica_e_algobra_inear_GO000S/aulat him! 501 2enoro%e Estacio. Figura 3: Representacdo dos vetores ¥ e (PQ) (setas em branco). Dados 0 vetor ¥ e um ponto P, existe apenas um sé ponto Q tal que o segmento orientado PQ tenha o mesmo comprimento, a mesma direcdo e o mesmo sentido de v. Casos particulares de vetores Dois vetores ii e ¥ sdo paralelos (ii // ¥), se os seus representantes tiverem a mesma diregdo (Figura 4). Figura 4: Os vetores ii, ¥ e W so paralelos (setas em branco), ou seja, ti // ¥ // #. Observe que os vetores ¥ e # apresentam sentidos opostos ao vetor ii. Além disso, 0 vetor # possui um médulo (comprimento) maior do que o do vetor ii. nN Atencao + Dois vetores ii e ¥ so iguais (ti = ¥ ), se tiverem o médulo, a direc&o e o sentido iguais. {ie:10W2018.2igeametria_anallica_e_algobra_inear_GO000S/aulat him! ast 2enoro%e Estacio. + Qualquer ponto do espaco é representante do vetor zero (ou vetor nulo), que é indicado por 0 ou AA (a origem coincide com a extremidade). vetor zero é paralelo a qualquer vetor, pois nao possui direco e sentido definidos. + Acada vetor ndo nulo, ¥ corresponde a um vetor oposto -¥ , que possui mesmo médulo e mesma direcdo de ¥, porém em sentido contrario (Figura 5). Figura 5: Vetores opostos (setas em branco) ~ a origem e a extremidade dos vetores estao invertidas, assim, se ¥ = AB = B- A, entio -¥ = BA =A-B. A Atencgao Dois ou mais vetores so coplanares, se existir algum plano no qual esses vetores estao representados. E importante observar que dois vetores ti e ¥ quaisquer séo sempre coplanares, pois basta considerar um ponto P no espago e, com origem nele, tragar dois representantes de ii e ¥ pertencendo ao plano n que passa por {ie:10W2018.2igeometria_anallica_e_algobra_inear_GO000S/aulat him! nat 2enoro%e Estacio. aquele ponto (Figura 6). Figura 6: Os vetores ti e ¥ sao nao paralelos e tem origem comum no ponto P, Os vetores determinam “a direcdo” do plano n, que 6 a mesma de todos os planos que Ihe sao paralelos. Observe, na Figura 7, que trés vetores podem ser coplanares ou nao: Figura 7: Trés vetores W, ii e ¥ (setas em branco). Coplanares a esquerda e n&o coplanares a direita. Moédulo de um vetor O médulo de um vetor ¥ é representado por |¥| ou livil {ie:10W2018.2igeometria_anallica_e_algobra_inear_GO000S/aulat him! act zanono1e estaco Um vetor é unitario se |¥1=1. A cada vetor ¥, ii 0, é possivel associar dois vetores unitdrios de mesma direcdo de ii: ii e -ti (Figura 8). Figura 8: O vetor ¥ (seta em verde) tem médulo igual a 3. Os vetores ii e -¥ (setas em branco) tm médulo igual a 1. Os vetores ii e —ii so unitarios do vetor v e possuem a mesma direcdo. Vetores no plano cartesiano Em geral, todo vetor ¥ do plano cartesiano pode ser associado a um par ordenado (a, b) do 2. Escrevemos: ¥ = (a, b) Quando a e b sao, nesta ordem, as medidas algébricas das projecées de v nas diregdes (orientadas) dos eixos x e y, dizemos que ¥ é 0 vetor de componentes (ou coordenadas) a e b. Podemos também calcular as componentes de um vetor ¥ a partir das coordenadas das extremidades de um segmento orientado que o representa Se ¥ = AB, A = (x, yi) € B= (%2, yz), entao: ¥ = (Xa Y2 > V1) {ie:10W2018.2igeametria_anallica_e_algobra_inear_GO000S/aulat him! 91 2enoro%e Estacio. (A Exemplo Dado o vetor v = AB, onde A = (2,1) e B = (3,-2): a) Represente o vetor no plano cartesiano (Figura 9). b) Calcule 0 médulo do vetor ¥. c) Calcule o versor de ¥. Figura 9: Representacao do vetor ¥ através do segmento orientado AB e através do par ordenado (a,b) no plano cartesiano. Resolucao: Observe que o segmento orientado AB tem inicio em A = (2,1) e extremidade em B = (3,-2). O vetor ¥ na forma de par ordenado possui origem em (0,0) e extremidade em (1,-3). W =(x2 - X1, Y2 — ¥1) = (3-2, - 2-1) ¥ =(1, -3) {ie:10W2018.2igeametria_anallica_e_algobra_inear_GO000S/aulat him! 1091 zenor018 Estacio. Médulo do vetor: Wile (a — x)? + (2 — v1)? = (1)? + (3)? Wi= V10 Versor de ¥: ican Sg =(45 ~ ys) = (Goa ~ ar) io, calculamos: Para confirmar que ii é um vetor uni ill = of (2)° (-$®)'= fe+S = vi-n Atividade 1. Dado o vetor AB, onde A(-1,2) e B(3,-2), 0 versor de AB é dado por: @) (359) » (3 2) o(4, 4) o(%, 4) o (4,4) Vetores no espaco A extensdo da representacio de vetores pode ser feita considerando, agora, 0 espaco R3 determinado pelas dimensdes x, y e z. {ie:10W2018.2igeametria_anallica_e_algobra_inear_GO000S/aulat him! wnat 2enoro%e Estacio. No sistema cartesiano ortogonal Oxyz, x é 0 eixo das abscissas, y é 0 eixo das ordenadas e z é 0 eixo das cotas. A origem do sistema cartesiano seré O = (0,0,0). Assim, dados A = (x1, y1 21) € B = (X2, Yo, Z2), ao vetor ¥ = AB associamos: ¥ = AB = B-A = (x2 - Xi, Ya- Yar 22 > 21) Em outras palavras, ao vetor ¥ associamos 0 terno ordenado (a,b,c). Ent&o: ¥ = (a,b,c) © médulo do vetor ¥ e o versor de ¥ podem ser calculados de forma similar ao apresentado no tépico sobre vetores no plano cartesiano. 2 Taal) (e} Vamos ao exemplo a seguir para fixar essas ideias: see Figura 10: Representagio do vetor v através do segmento orientado AB e através do terno ordenado (a,b,c) no sistema cartesiano ortogonal Oxyz. {ie:10W2018.2igeametria_anallica_e_algobra_inear_GO000S/aulat him! 1201 2enoro%e Estacio Dado o vetor v = AB, onde A = (1,-1,0) e B = (4,1,-6): a) Represente o vetor no plano cartesiano (Figura 10). b) Calcule o médulo do vetor ¥. c) Calcule o versor de v. Resolucao: Vamos primeiro associar o vetor v ao terno (a,b,c) V=AB=B-A=4-1,1--1,-6-0=(3,2,-6) Agora, representamos no espaco xyz. Observe que o segmento orientado AB tem inicio em A = (1,-1,0) e extremidade em B = (4,1,-6) 0 vetor v, na forma de terno ordenado, possui origem em (0,0,0) e extremidade em (3,2,-6). Médulo do vetor: Para confirmar que ti é um vetor unitdrio, calculamos G+ @'+ CH= /a+g+8 = T= {ie:10W2018.2igeametria_anallica_e_algobra_inear_GO000S/aulat him! 1301 zenor018 Estacio. Atividade 2. Dado o vetor ¥= AB, onde A = (-1,5,0) eB médulo é: (-4, -2, 6), 0 valor do a) V110 b) /70. c) ¥86 d) V104 e) V9 Angulo entre vetores O Angulo @ (teta) entre dois vetores ¥ e § ndo nulos varia desde 0° até 180°, ou seja, 0° < @ < 180° (0 < 8 < n, com @ em radianos). Para determinar o Angulo , sendo dados ¥ = (x1,y1) e = (x2,V2), partimos da férmula O produto vy. denominado produto escalar entre os vetores V es. Chamamos de produto escalar (ou produto interno) de dois vetores ¥ e 5 do R? ao numero real x1x2 + yiy2- Assim, ¥ escalar § sera: x1X2 + y1¥2 Estendendo a ideia do produto escalar, chamamos de produto escalar (ou produto interno) de dois vetores ¥ e § do R? ao numero real x1x2 + yiy2 + 2122. {ie:10W2018.2igeometria_anallica_e_algobra_inear_GO000S/aulat him! 1401 2enoro%e Estacio. Assim, ¥ escalar § sera: WS = X1xX2 + Yiy2 + 2122 (2 Exemplo Represente os vetores ¥ =(1,2) e § =(—1,3) no plano cartesiano e calcule 0 Angulo formado entre eles. Figura 11: Representacao dos vetores ¥ (seta em laranja) e 3 (seta em verde) no plano cartesiano segundo os pares ordenados correspondentes. Resolucao: Observe que ha Angulo sendo formado entre eles. © Angulo pode ser calculado conforme a férmula proposta da seco sobre Angulo entre vetores: ¥.3=1.(-1)42.3=5 WFl=VP 42 = v5 (ls = (Cay +8? = vio {ie:10W2018.2igeametria_anallica_e_algobra_inear_GO000S/aulat him! 1501 zenor018 Estacio. Atividade 3. O Angulo formado entre os vetores ¥ =(3,5) e § =(-1,-5) no plano cartesiano é, aproximadamente: a) 120° b) 90° c) 19° d) 160° e) 100° Casos particulares Condigées de paral ismo entre dois vetores: Quando dois vetores ¥ e § do ®? sao paralelos, suas representacées geométricas por segmentos orientados, a partir da origem 0, ficam sobre uma mesma reta Assim, dado um vetor n&o nulo ¥, todo vetor § paralelo a ¥ 6 um “multiplo” de ¥, isto é: vt $= WO lay) = ke yoB= 2% {ie:10W2018.2igeametria_anallica_e_algobra_inear_GO000S/aulat him! 1801 2enoro%e Estacio. Logo, a condigao de paralelismo entre dois vetores ¥ e 5 é que eles apresentem componentes proporcionais. 2 1 Tiay ode} Dado o vetor ¥ =(3,1), encontre um vetor § que seja paralelo a ¥. Represente os vetores no plano e calcule o 4ngulo formado entre eles. Figura 12: Representagio dos vetores ¥ e § no plano cartesiano, segundo seus pares ordenados correspondentes Observe que os vetores so paralelos e esto dispostos sobre uma mesma reta. Dois vetores ¥ e 5 so colineares se tiverem a mesma direcdo. Resolucgao: Utilizando k = 2, por exemplo, teremo: Em outras palavras: ¥ e 5 so colineares se tiverem seus segmentos orientados pertencentes a uma mesma reta ou a retas paralelas. $= 2 = 2. (3,1) = (2. 3,2. 1) = (6,2) 20 3.641.2 v.8 fi Igsbra_linear_GO0008/aulat him sa 2enoro%e Estacio. \I¥| = V3? + 7? = VIO \5\| = Ve? + 2? = 40 ve) _ __w _ wy IM-(5 | -Vi0. va0 400 cos 8 = @ = cos!(1).-. 6 = 0° Condigao de ortogonalidade (perpendicularidade) entre dois vetores: Dois vetores ¥ e 8, no nulos, sdo ortogonais quando podem ser representados por segmentos orientados perpendiculares. A condig&o de ortogonalidade é: ¥.8=0 Sux + yy) = 0 Em outros termos: se o produto escalar for igual 4 zero, os vetores seréo ortogonais: 3 1 s. 2 Tiny) e} Dado o vetor ¥ =(a,1), determine o valor de a para o vetor 3 = (3,-4) seja ortogonal a ¥. Represente os vetores no plano. {ie:10W2018.2igeometria_anallica_e_algobra_inear_GO000S/aulat him! sat 2enoro%e Figura 13: Representacdo dos vetores Vv (seta em verde) e § (seta em laranja) no plano cartesiano, segundo seus pares ordenados correspondentes. Resolucao: Observe que os vetores ¥ e § sdo ortogonais, ou seja, formam um Angulo de 90° entre si ¥.8 = Oa. 341. (-4) = 0... 8a = 4... ele 4,1) {ie:10W2018.2igeametria_anallica_e_algobra_inear_GO000S/aulat him! 19831 2enoro%e Estacio. Atividade 4. Dado o vetor ¥ =(a,5), 0 valor de a para que o vetor § = ortogonal a ¥ é: -1,-8) seja a)4 b) -4 <) 40 d) -40 e)0 O tratamento algébrico para vetores no plano e no espaco g Dica Uma importante maneira de se representar e operar com vetores seré apresentada neste Ultimo tépico. Vocé deve buscar familiarizar-se com tal representacao, pois ela sera muito Util daqui para frente, inclusive em outras disciplinas do curso de Engenharia. De modo geral, dados dois vetores quaisquer ¥) e ¥2 nao paralelos, para cada vetor ¥ representado no mesmo plano de V, e V2, existe uma sé dupla de ndimeros reais a; e a2 tal que: {ie:10W2018.2igeametria_anallica_e_algobra_inear_GO000S/aulat him! 2031 2enoro%e Estacio. ¥ = ati + ave Quando o vetor ¥ é expresso dessa forma, diz-se que ¥ é uma combinagao linear de ¥; ¢ ¥2. oo A O conjunto B = {¥7, vz } é chamado base no plano. Alids, qualquer conjunto de dois vetores no paralelos constitui uma base no plano. Os nuimeros a; e a2 da igualdade so chamados componentes ou coordenadas de ¥ na base B (a; é a primeira componente, e az, a segunda). O vetor ¥ da igualdade pode ser representado também por: = (a1, a2)3 uve = (ai, a2) Na pratica, as bases mais utilizadas sdo as ortonormais. Uma base {€1, 2} é dita ortonormal se seus vetores forem ortogonais e unitarios, ou seja, se @ 1 & e|lél| = |lel| —1. Entre as infinitas bases ortonormais no plano, uma dela é particularmente importante. Trata-se da base que determina o conhecido sistema cartesiano ortogonal xOy. Os vetores ortogonais e unitarios, neste caso, so simbolizados por i ej ambos com origem em O e extremidades em (1,0) e (0,1), respectivamente (Figura 14), sendo a base C = {i , j} chamada canénica. Portanto: T= (1,0)ej = (0,1) {ie:10W2018.2igeometria_anallica_e_algobra_inear_GO000S/aulat him! 21a 2enoro%e Estacio. Figura 14: Representacdo dos vetores i (seta em verde) e j (seta em laranja) que constituem a base C (base canénica). Os vetores i ej sdo ortogonais e unitdrios. Os nlimeros x e y so as componentes do vetor ¥ na base canénica. Yon ty nN Atencao A escolha proposital da base {i , j} deve-se exclusivamente a simplificacdo. A cada ponto P = (x,y) do plano xOy corresponde o vetor: ¥ = OP = x14 yj 2 Exemplo {ie:10W2018.2igeametria_anallica_e_algobra_inear_GO000S/aulat him! 22a zenor018 Estacio. Represente o vetor ¥ através da base canénica quando ¥ for equivalente ao par ordenado: a) (0,1) b) (-4,3) ¢) (2,0) Resolugao: Usando 0 conceito definido na Figura 14: No espaco, de forma andloga, consideraremos a base canénica i, j, k } como aquela que determinard o sistema cartesiano ortogonal Oxyz, em que estes trés vetores unitarios e dois a dois ortogonais est&o representados com origem no ponto O (Figura 15). Esse ponto e a direcdo de cada um dos vetores da base determinam os trés eixos cartesianos: + O eixo Ox ou eixo dos x (das abscissas) correspondente ao vetor i; + 0 eixo Oy ou eixo dos y (das ordenadas) correspondente ao vetor j; * 0 eixo Oz ou eixo dos z (das cotas) correspondente ao vetor k. As setas na Figura 15 indicam o sentido positivo de cada eixo, chamado também de eixo coordenado. Cada dupla de vetores da base e, consequentemente, cada dupla de eixos, determina um plano coordenado. Portanto, temos trés planos coordenados: 1) O plano xOy {ie:10W2018.2igeametria_anallica_e_algobra_inear_GO000S/aulat him! 2a 2enoro%e Estacio. 2) O plano xOz 3) O plano yOz Figura 15: Representagio do plano Oxyz com os vetores unitarios € ortogonais dois a dois: i,j eK. A base canénica {i, j , k } pode ser usada para representar qualquer vetor no espaco. A cada ponto P = (x,y,z) do plano xOy corresponde o vetor: xi + yj + ck O vetor ¥ = OP corresponde a diagonal do paralelepipedo, cujas arestas so definidas pelos vetores xi, yj e zk (Figura 16). {ie:10W2018.2igeametria_anallica_e_algobra_inear_GO000S/aulat him! 241 2enoro%e Estacio. Figura 16: Representacdo do vetor ¥ = OP, que corresponde a diagonal do paralelepipedo desenhado no sistema cartesiano ortogonal Oxyz (WINTERLE, 2014). we Exemplo Represente o vetor ¥ através da base canénica quando ¥ for equivalente ao terno ordenado: a) (0,1,6) b) (-4,3,-1) c) (2,0,0) Resolugao: Usando 0 conceito definido na Figura 15: a)¥ =j+ 6k b)¥ = 41 + 3) -K ori a Apenas para reforcar a ideia da projecéo de um vetor no espaco, vamos desenhar os diferentes vetores ¥ do exemplo 7 no sistema ortogonal Oxyz. {ie:10W2018.2igeometria_anallica_e_algobra_inear_GO000S/aulat him! 261 2enoro%e Figura 17: Representacio no sistema ortogonal Oxyz dos diferentes vetores citados no exemplo 7. + O vetor em vermelho corresponde ao terno (0,1,6). + O vetor em vermelho corresponde ao terno (-4,3,-1). + O vetor em verde corresponde ao terno (2,0,0). {ie:10W2018.2igeametria_anallica_e_algobra_inear_GO000S/aulat him! 20091 zenor018 Estacio. Atividade 5. Considere 0 triangulo formado pelos segmentos orientados AB, BC e CA, onde A = (-1,3), B = (2,2) eC = (-2,5). O perimetro do triangulo ABC é, aproximadamente: a) 15,3 b) 10,4 c) 20,2 4) 9,8 e) 11,1 6. Dados os segmentos orientados AB e CD, onde A = (-1,3), B = (a, -3), C = (0,3) e D = (-2,4). Os valores de a para que os segmentos orientados sejam (i) Ortogonais ou (ii) Paralelos, respectivamente, so: a)4e-11 b) 11e4 ©) -4e11 d)-4e0 e)0e0 {ie:10W2018.2igeometria_anallica_e_algobra_inear_GO000S/aulat him! area 2enoro%e Estacio. 7. Dados os vetores , o Angulo formado entre eles sera de aproximadamente: a) 100,5° b) 45,8° c) 170,2° d) 122,5° e) 87,8° 8. O vetor ¥ é representado pelo segmento orientado AB onde A = (1,-2,3) e B = (2,4,-2). O médulo de vetor ¥ é igual a: a) 12 b) V6 2) V7 d) ¥62 e) 62 {ie:10W2018.2igeometria_anallica_e_algobra_inear_GO000S/aulat him! 2a 2enoro%e Estacio. 9. O vetor valor de a que torna os vetores ¥ = (-3,a) e 5 = (5,7) ortogonais é a) -15 b) 15 ©) 8/7 d) 15/1 e)0 10. O Angulo formado entre os vetores V = (2,3,5) e W = (-1,3,0) é aproximadamente igual a: a) 35° b) 48° c) 69° d) 125° e) 180° {ie:10W2018.2igeometria_anallica_e_algobra_inear_GO000S/aulat him! a1 zenor018 Estacio. 11. O versor do vetor ¥ = (-2,0,5) é corretamente representado por: a) (0,0,0) b) (-/5,0,1) ©) (2/29, 0, 5/29) A) (4/28/29, 0, —¥/ 8/29) ©) (—4/?%/20, 0, / 9/20) 12. Um vetor w paralelo ao vetor ¥ = (-2,0,5) é representado corretamente por: a) (1,4,0) b) (2,0,0) c) (-4,0,10) d) (-2,2,2) e) (8,0,12) Referéncias DIAS, G.; SOUZA, A. L.; LIMA, M. A. Algebra linear, Rio de Janeiro: SESES, 2015. (Livro proprietario). GUIMARAES, L.G.S. et a/. Bases matematicas para Engenharia. Rio de Janeiro: SESES, 2015. LEITE, A. E.; CASTANHEIRA, N. P. Geometria Analitica — em espacos de duas e trés. dimensdes. Curitiba: Intersaberes, 2017. cap. 7, p. 131-148. {ie:10W2018.2igeametria_anallica_e_algobra_inear_GO000S/aulat him! 01 zenor018 Estacio. MACHADO, A, S. Algebra Linear e Geometria Anal: cap. 1, p. 1-10. a, So Paulo: Atual, 1997. SANTOS, R. J, Um Curso de Geometria Analitica e Algebra Linear. Belo Horizonte: Imprensa Universitaria da UFMG, 2014. cap. 3, p. 130-205. WINTERLE, P. Vetores e Geometria Analitica. 2. ed. Sdo Paulo: Pearson Education do Brasil, 2014. cap. 1, p. 1-46. Préximos Passos + Operagées com vetores; + Produto escalar e vetorial; + Produto misto. Explore mais 0 tépico vetores, objeto da nossa primeira aula, apresenta variadas aplicagdes praticas. A fim de despertar o seu interesse e, ao mesmo tempo, demonstrar como é importante no dia a dia do engenheiro, seguem duas sugestées de videos para vocé assistir: Como criar desenhos vetoriais? Vetores e suas aplicacées. {ie:10W2018.2igeometria_anallica_e_algobra_inear_GO000S/aulat him! aut

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