You are on page 1of 9

Curiosidades sobre números

01. Conceituação

01.1 Número, numeral e algarismo

Número, numeral e algarismo são conceitos diferentes, que não devem ser confundidos entre si.
Número é a idéia de quantidade que nos vem à mente quando contamos, ordenamos e medimos.
Assim, estamos pensando em números quando contamos as portas de um automóvel, enumeramos a posição
de uma pessoa numa fila ou medimos o peso de uma caixa.
Numeral é toda representação de um número, seja ela escrita, falada ou digitada.
Algarismo é todo símbolo numérico que usamos para formar os numerais escritos.

01.2 Sistema de numeração

É todo conjunto de regras para a produção sistemática de numerais. No caso de sistemas de


numeração escrita, a produção dos numerais é feita através de combinações de algarismos e eventuais
símbolos não numéricos (como a vírgula no sistema indo-arábico, o vinculum no sistema romano e assim por
diante).

01.3 Exemplo

O número vinte e três pode ser representado pelo numeral XXIII no sistema romano (algarismos I e
X), pelo numeral 23 no sistema indo-arábico decimal (algarismos 2 e 3), pelo numeral 17 no sistema
indo-arábico hexadecimal e de muitas outras maneiras.

01.4 Erros no dia a dia

Minha senha bancária tem três algarismos e não três números.


O funcionário da Eletropaulo registrou mal o algarismo das centenas do valor de meu consumo
mensal de energia elétrica, e não: "...registrou mal o número das centenas do...".
Ninguém poderia escrever uma data com números romanos, mas sim com algarismos romanos.
Ainda mais importante: nenhum professor pode ensinar números romanos; contudo todos devem conhecer os
algarismos romanos e saber escrever/ler numerais romanos!

02. Números naturais


Os números naturais são aqueles que representam quantidades encontradas na natureza.
São representados por N = 0, 1, 2, 3, 4, ...

02.1 O número 1

O número 1 é o primeiro número natural. Tem algumas propriedades interessantes:


— é o elemento neutro da multiplicação, isto é: um número natural multiplicado
ou dividido por 1 resulta no próprio número natural.
Era chamado de monad (unidade) pelos pitagóricos.

02.2 O "mais-um"

A propriedade mais importante dos números naturais eu chamo de "mais-um", que significa
que, dado um número qualquer, eu obtenho o seguinte somando 1. Parece óbvio, não? E é.
Os pitagóricos davam aos números maiores que 1 um caráter inferior, meras multiplicidades
geradas pela unidade; por isso, chamavam-nos de arithmós (número).
02.2.1 O maior número natural

Decorre da propriedade "mais-um" que não existe o maior número natural, pois,
fixado um número N, existe um número N' maior do que N e que vale N + 1.

02.2.2 O princípio da indução finita

Decorre da propriedade "mais-um" o princípio da indução finita, utilizado para


provar uma determinada assertiva, que é o seguinte:
a) existe um número para o qual a assertiva funciona.
b) assume-se que a assertiva funciona para um número N qualquer.
c) prova-se que a assertiva funciona para o número N+1.

Por exemplo, vamos provar por indução finita que o produto de três números
naturais consecutivos é múltiplo de 6. Podemos escrever três números naturais como (x - 1),
(x) e (x + 1). Assim, o seu produto é (x - 1).(x).(x + 1) ou (x3 - x).
a) para os números naturais consecutivos 1, 2 e 3, o produto é 1x2x3 = 6, que é
múltiplo de 6. Assim, temos uma terna (1, 2, 3) para a qual a assertiva é válida.
b) assumimos que a assertiva seja válida para os números (n - 1), (n) e (n + 1), isto
é, (n3 - n) múltiplo de 6.
c) vamos provar que a assertiva vale para o próximo n, isto é, para os números (n),
(n + 1) e (n + 2). O produto vale n (n + 1)(n + 2) = n 3 + 3n2 + 2n = n3 + 3n2 + 3n - n =
(n3 - n) + 3n2 + 3n. A parcela (n3 - n), pelo item b, já é múltipla de 6 e não precisa mais ser
analisada. Restam as parcelas 3n2 e 3n que, somadas, resultam em 3n2 + 3n = 3 (n2 + n). De
cara, a soma é múltipla de 3. Ocorre que a soma de um número e seu quadrado é múltipla de
2 (item 02.2). Assim, está demonstrada a assertiva.

02.3 O número 2

O número 2 é o segundo número natural. Vamos citá-lo no item 02.4.1.

02.4 Os múltiplos

Um número A é múltiplo de um número B se A é composto pela soma de parcelas iguais a


B. Por exemplo, 30 é múltiplo de 5 porque 30 é igual a 5 + 5 + 5 + 5 + 5 + 5.
Dizer que um número A é múltiplo de um número B é dizer que B divide A sem deixar resto.

02.4.1 Números pares

Um número é par se for múltiplo de 2. Por exemplo, os números 10, 32, 4, 26 e 98


são pares. Todos os números pares terminam por um destes cinco algarismos: 0, 2, 4, 6 e 8.

02.4.2 Números ímpares

Um número é ímpar se não for par. Por exemplo, 1, 63, 45, 37 e 599 são ímpares.
Todos os números ímpares terminam por um destes cinco algarismos: 1, 3, 5, 7 e 9.

02.5 Os divisores

Dado um número A, chamamos de divisores o conjunto de todos os números que o dividem


sem deixar resto. Por exemplo, os divisores de 60 são: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 10, 12, 15, 20, 30 e 60.

02.6 Os números primos

Um número A é um número primo se seus únicos divisores forem 1 e ele mesmo. Por
exemplo, 19 é primo pois os únicos números que o dividem sem deixar resto são o 1 e o 19.
Os pitagóricos dividiam os números em protoi arithmói (números primários ou primos) —
que não podem ser gerados por multiplicação de outros arithmói — e em deuterói arithmói (números
secundários).

02.6.1 O menor número primo

O menor número primo é o 2. Também é o único número primo que é par.


Aristóteles (c. 350 a.C.) estabeleceu o caráter de número e de primo para o 2. Antes
disso, era chamado de dyad e não era incluído entre os arithmói.

02.6.2 O maior número primo

Da mesma forma que não existe o maior número natural, pela propriedade "mais-
um", também não existe o maior número primo. Em outras palavras, localizado um número
primo P, existe um número P' maior do que P que também é primo.

02.7 Os números perfeitos

Um número A é um número perfeito se a soma de todos os seus divisores — exceto o


próprio A — resultar no número A. Por exemplo, 28 é perfeito porque seus divisores são 1, 2, 4, 7,
14 e 28. Somando todos os divisores que não o 28, obtemos 1 + 2 + 4 + 7 + 14 = 28.

02.7.1 Os três menores números perfeitos

O menor número perfeito é o 6. Seus divisores são 1, 2, 3 e 6 e a soma 1 + 2 + 3 =


6. Em seguida, o número 28 (1 + 2 + 4 + 7 + 14 = 28) e o número 496 (1 + 2 + 4 + 8 + 16 +
31 + 62 + 124 + 248 = 496).

02.7.2 Problema em aberto

Há algum número perfeito ímpar?

02.8 Os números amigos

Dois números A e B são números amigos se a soma de todos os divisores de A — exceto o


próprio A — resultar no número B e a soma de todos os divisores de B — exceto o próprio B —
resultar no número A. Por exemplo, os divisores de 220 são 1, 2, 4, 5, 10, 11, 20, 22, 44, 55, 110 e
220. Somando todos os divisores que não o 220, obtemos 1 + 2 + 4 + 5 + 10 + 11 + 20 + 22 + 44 +
55 + 110 = 284. Por outro lado, os divisores de 284 são 1, 2, 4, 71, 142 e 284. Somando todos os
divisores que não o 284, obtemos 1 + 2 + 4 + 71 + 142 = 220. Assim, dizemos que 220 e 284 são
números amigos; nas palavras de Malba Tahan em "O Homem Que Calculava", "cada um deles
parece existir para servir, alegrar, defender e honrar o outro!".

02.9 Os números felizes e os números tristes

Escolha um número natural maior do que 1 e calcule a soma dos quadrados dos seus
algarismos. Pegue o número encontrado e repita a operação, calculando a soma dos quadrados dos
seus algarismos. Repetindo esse processo sucessivamente, quando a sequência calculada termina em
1, dizemos que o número submetido ao processo é um número feliz, caso contrário, ele é chamado de
número triste. Por exemplo, pode-se verificar que o número 4.599 é feliz fazendo as seguintes
contas: 4²+5²+9²+9²=203; 2²+0²+3²=13; 1²+3²=10; 1²+0²=1.
A sequência mostra que 10, 13 e 203 também são números felizes.
A permutação dos dígitos de um número feliz gera outro número feliz. Por exemplo, 9.549.
Acrescentar zeros à direita de um número feliz gera outro número feliz. Exemplo: 45.990.
Os números tristes entram no ciclo 4, 16, 37, 58, 89, 145, 42, 20 e volta ao 4.
02.10 O máximo divisor comum

Um número N é o máximo divisor comum (M. D. C.) de dois números A e B se N for o


maior número que divide A sem deixar resto e divide B sem deixar resto. Por exemplo, o máximo
divisor comum entre 20 e 12 é 4, pois 4 é o maior número que divide 20 e 12 sem deixar resto.
Podemos dizer de outra forma que o máximo divisor comum é o maior número que aparece
simultaneamente nos divisores de A e de B. No exemplo, os divisores de 20 são { 1, 2, 4, 5, 10, 20 }
e os divisores de 12 são { 1, 2, 3, 4, 6, 12 }. Os divisores comuns são { 1, 2, 4 }, sendo que o maior
deles é 4.

02.10.1 Notação usual

O exemplo dado é usualmente descrito como MDC(20,12) = 4.

02.11 Números primos entre si

Dois números A e B são primos entre si se o máximo divisor comum a eles for 1. Por
exemplo, 16 e 9 são primos entre si, pois o MDC(16,9) = 1.

02.11.1 Observações

Os conceitos de números primos e de números primos entre si não têm relação. Por
isso, não devem ser confundidos um com o outro.
No exemplo dado, nem 16 e nem 9 são números primos, já que os divisores de 16
são { 1, 2, 4, 8, 16 } e os divisores de 9 são { 1, 3, 9 }.
Dois números pares não são primos entre si, pois seu MDC é par e no mínimo 2.
Assim, quando dois números A e B são primos entre si, ou A é ímpar, ou B é ímpar, ou
ambos são ímpares. O inverso não é verdadeiro, pois MDC(15,3) = 5 e MDC(20,5) = 4.

02.12 O mínimo múltiplo comum

Um número N é o mínimo múltiplo comum (M. M. C.) de dois números A e B se N for o


menor número que é dividido por A sem deixar resto e dividido por B sem deixar resto. Por exemplo,
o mínimo múltiplo comum entre 20 e 12 é 60, pois 60 é o menor número que é dividido por 20 e 12
sem deixar resto.

02.12.1 Notação usual

O exemplo dado é usualmente descrito como MMC(20,12) = 60.

02.12.2 Produto MDC x MMC

Para dois números A e B, vale sempre que A x B = MDC(A,B) x MMC(A,B).

02.13 Os números quadrados

Um número N é quadrado se existe um número A tal que A vezes A é igual a N. Por


exemplo, 16 é um número quadrado pois 4 x 4 = 16.

02.14 Propriedades algébricas dos números naturais

Propriedades Adição Multiplicação


Fechamento a + b é um número natural a x b é um número natural
Associatividade a + (b + c) = (a + b) + c a x (b x c) = (a x b) x c
Comutatividade a+b=b+a axb=bxa
Existência de elemento neutro a+0=a ax1=a
Distributividade a x (b + c) = (a x b) + (a x c)
Nenhum divisor de zero Se a x b = 0, então ou a = 0 ou b = 0 (ou ambos)

02.15 Zero

Há autores que não incluem o zero entre os naturais; há outros que indicam por N* o
conjunto dos naturais não nulos.
Para acompanharmos a história da invenção do zero, devemos ter sempre em mente que:
— Ter a noção de algarismo zero é bastante diferente de se ter a noção de número zero; só
se atingirá a noção de zero quando se puder calcular com o zero;
— Por muito tempo, as noções de vazio e nada funcionaram como um véu impedindo que
atingíssemos a noção de zero; por outro lado, essas noções nas mãos de filósofos e místicos geraram
ainda mais confusão e paradoxos, como: "Qualquer coisa é melhor do que nada; ora nada é melhor
do que Deus, logo qualquer coisa é melhor do que Deus."
— As línguas européias confundem "a presença de nada" com a "ausência de algo", o que
nos leva ao paradoxo acima; por outro lado, o sânscrito (a língua que falavam os antigos indianos)
tem plenas condições de expressar claramente a diferença entre ausência de algo, ausência de tudo e
presença do nada, o que torna o texto paradoxal acima sem sentido em sânscrito e até mesmo no
hindi falado pelos modernos indianos.

Os principais acontecimentos associados à evolução do zero são estes:

Datas Acontecimentos
Vale do Indo (Mohenjo Daro e Harappa): há evidência de aparente uso de
símbolo circular indicando o valor zero em réguas graduadas.
O olho de Horus: sistema de representação e cálculo com frações inventado
3.000
pelos egípcios e por muitos séculos usado pelos comerciantes da região
A.C.
mediterrânea; envolto em misticismo, trabalhava com frações binárias entre
zero e um, sendo que um estava identificado com a pureza absoluta e zero à
impureza absoluta.
O Sistema cuneiforme é inventado na Mesopotâmia; apesar de ser um sistema
c. 2.000
de numeração posicional, os mesopotâmicos de então ainda não tinham a
A.C.
noção de algarismo zero.
Os olmecas (antecessores dos maias) inventam um sistema de numeração
1.000
posicional, usado para marcar o tempo a partir de observações estelares;
A.C.
incluía um algarismo zero.
Parmênides, filosofo grego, inventa o Paradoxo do Julgamento Negativo 1.
500
Platão faz grande uso desse paradoxo em seus diálogos e concluiu que é
A.C.
impossível existir uma grandeza nula.
400
Os chineses deixam casa vazia, em caso de zero, em seus ábacos de mesa.
A.C.
Os mesopotâmicos passam a usar um algarismo zero medial (como 205 e 120
300
1/4 no nosso sistema decimal) em suas tabelas astronômicas; contudo, nunca
A.C.
usam zero inicial ou final (como em 250 ou 0,05 no sistema decimal).
A palavra sünya 2 é usada para indicar casa nula na escrita de numerais no
200
livro Chandah-sutra do matemático indiano Pingala. Mais tarde, as casas nulas
A.C.
passaram a ser indicadas por um ponto, o qual era chamado de pujyam.
150 Ptolemaios, em seu livro Syntaxis, usa rotineiramente um algarismo zero para
d.C. representar (no sistema sexagesimal) os números de suas tabelas
trigonométricas e de suas tabelas astronômicas; ele usa tanto o zero medial
como o zero final; há controvérsia acerca da forma de seu algarismo zero, pois
que temos apenas cópias do livro de Ptolemaios e essas cópias não usam o
1
Se uma afirmação declara que uma certa coisa existe, então sua negativa indicará algo que não existe; ora,
uma frase sobre algo que não existe é uma frase sobre nada e então impossível.
2
Pronuncia-se shunia e significa vazio, em sânscrito.
mesmo símbolo para o algarismo zero. Em particular, Otto Neugenbauer
mostrou ser pouco provável que o zero de Ptolemaios fôsse a letra grega
ômicron (equivalente ao nosso "o"), que é a letra inicial da palavra grega
oudenia (vazio, sem valor), pois esse símbolo aparece só em cópias da
Syntaxis feitas no Período Bizantino.
Os maias produzem um artefato (o Uaxactun - Stela 18 e 19), que é o
c. 350 documento mais antigo que deixaram tendo um zero; note que esse artefato
d.C. não usa o sistema posicional; o mais antigo documento maia usando zero e o
sistema posicional é o Pestac - Stela 1, datado de 665 d.C..
Varahamihira, famoso matemático indiano, usa um pequeno círculo para
c. 500 denotar o algarismo zero em seu livro Panca-siddhantika. Especula-se que
d.C. desde c. 300 d.C. os indianos vinham usando um ponto (o pujyam) para
denotar o zero.
Brahmagupta, matemático indiano, em seu livro Brahma-sputa siddhanta,
eleva o zero à categoria dos samkhya (ou seja, dos números) ao dar as
628
primeiras regras para se calcular com o zero: um número multiplicado por zero
d.C.
resulta em zero; a soma e a diferença de um número com zero resulta neste
número e assim por diante.
Al Khwarizmi, após ter aprendido a calcular ao estilo indiano com o Siddhanta
de Brahmagupta, escreveu um livro de aritmética chamado (provavelmente)
Cálculo com os Numerais Indianos (al arqan al hindu); esse livro foi o que fez
a divulgação do sistema posicional decimal, e respectivas técnicas de cálculo,
c. 850 no mundo islâmico. Junto com isso veio a divulgação do zero no mundo entre
d.C. os povos de língua árabe; dos nomes sünya, pujyam e sübra, usados no livro de
Brahmagupta, al Khwarizmi adotou o terceiro para denotar o zero e daí a
evolução: sübra passa a siphra (ou sifr, no árabe), que passa a cifra e outras
variantes nas línguas européias, que passa a zephirum (pronúncia latina do sifr)
e daí o termo moderno: zero.
O monge Gerbert d'Aurillac (futuro Papa Silvestre II) viaja pela Espanha
islâmica onde aprende a calcular com o sistema indiano; ao retornar ao Mundo
Cristão, tenta popularizar essa técnica de cálculo, adaptando-a a um ábaco que
c. 980
utilizava pedras enumeradas, chamadas ápices; sua tentativa não teve sucesso.
d.C.
Em verdade, Gerbert parece não ter entendido a essência do cálculo indiano e,
em particular, a importância do zero no mesmo, pois em seu ábaco o zero era
supérfluo: o ápice zero tinha o mesmo efeito da ausência de ápice.
Fibonacci, que havia aprendido a calcular no sistema indiano em suas viagens
de estudo pela África islâmica, escreve seu famoso livro, o Liber abaci 3. Que
c. 1 200 Fibonacci ainda via o zero com desconfiança pode ser percebido pelo modo
d.C. que usava para se referir aos algarismos: novem figure indorum (os nove
algarismos indianos) e o hoc signum 0... quod arabice zephirum appelatur (o
sinal zero).
Sacrobosco, baseado em al-Khwarizmi e Fibonacci, escreve seu Algorismus
vulgaris, que tornou-se o livro de matemática mais popular nas universidades
medievais e, assim, divulgou definitivamente o sistema posicional decimal e
suas técnicas de cálculo na comunidade científica de então; a adoção desse
c. 1 250
sistema pelos comerciantes e resto da população foi bem mais lenta, e eles
d.C.
continuaram a usar os numerais romanos e o cálculo com ábacos ainda por
vários séculos. Para a população, era frequente ter de "traduzir" para o sistema
romano números escritos no sistema indiano: daí a origem da palavra
"decifrar".

02.16 Números aleatórios

3
Junto com a tradução latina da aritmética de al Khwarizmi, foram os grandes introdutores do sistema
indo-arábico no Mundo Cristão e dois dos mais importantes livros da História da Humanidade.
Eis uma tabulação útil:

39634 62349 74088 65564 16379 19713 39153 69459 17986 24537
14595 35050 40469 27478 44526 67331 93365 54526 22356 93208
30734 71571 83722 79712 25775 65178 07763 82928 31131 30196
64628 89126 91254 24090 25752 03091 39411 73146 06089 15630
42831 95113 43511 42082 15140 34733 68076 18292 69486 80468

80583 70361 41047 26792 78466 03395 17635 09697 82447 31405
00209 90404 99457 72570 42194 49043 24330 14939 09865 45906
05409 20830 01911 60767 55248 79253 12317 84120 77772 50103
95836 22530 91785 80210 34361 52228 33869 94332 83868 61672
65358 70469 87149 89509 72176 18103 55169 79954 72002 20582

72249 04037 36192 40221 14918 53437 60571 40995 55006 10694
41692 40581 93050 48734 34652 41577 04631 49184 39295 81776
61885 50796 96822 82002 07973 52925 75467 86013 98072 91942
48917 48129 48624 48248 91465 54898 61220 18721 67387 66575
88378 84299 12193 03785 49314 39761 99132 28775 45276 91816

77800 25734 09801 92087 02955 12872 89848 48579 06028 13827
24028 03405 01178 06316 81916 40170 53665 87202 88638 47121
86558 84750 43994 01760 96205 27937 45416 71964 52261 30781
78545 49201 05329 14182 10971 90472 44682 39304 19819 55799
14969 64623 82780 35686 30941 14622 04126 25498 95452 63937

58697 31973 06303 94202 62287 56164 79157 98375 24558 99241
38449 46438 91579 01907 72146 05764 22400 94490 49833 09258
62134 87244 73348 80114 78490 64735 31010 66975 28652 36166
72749 13347 65030 26128 49067 27904 49953 74674 94617 13317
81638 36566 42709 33717 59943 12027 46547 61303 46699 76243

46574 79670 10342 89543 75030 23428 29541 32501 89422 87474
11873 57196 32209 67663 07990 12288 59245 83638 23642 61715
13862 72778 09949 23096 01791 19472 14634 31690 36602 62943
08312 27886 82321 28666 72998 22514 51054 22940 31842 54245
11071 44430 94664 91294 35163 05494 32882 23904 41340 61185

82509 11842 86963 50307 07510 32545 90717 46856 86079 13769
07426 67341 80314 58910 93948 85738 69444 09370 58194 28207
57696 25592 91221 95386 15857 84645 89659 80535 93233 82798
08074 89810 48521 90740 02687 83117 74920 25954 99629 78978
20128 53721 01518 40699 20849 04710 38989 91322 56057 58573

00190 27157 83208 79446 92987 61357 38752 55424 94518 45205
23798 55425 32454 34611 39605 39981 74691 40836 30812 38563
85306 57995 68222 39055 43890 36956 84861 63624 04961 55439
99719 36036 74274 53901 34643 06157 89500 57514 93977 42403
95970 81452 48873 00784 58347 40269 11880 43395 28249 38743

56651 91460 92462 98566 72062 18556 55052 47614 80044 60015
71499 80220 35750 67337 47556 55272 55249 79100 34014 17037
66660 78443 47545 70736 65419 77489 70831 73237 14970 23129
35483 84563 79956 88618 54619 24853 59783 47537 88822 47227
09262 25041 57862 19203 86103 02800 23198 70639 43757 52064
03. Exercícios

03.1 Indução finita


Para resolver estes exercícios, aplique o que foi apresentado no item 02.2.2.

04.1 A soma de três números naturais consecutivos é múltipla de 3.

04.2 Para um número natural n, a expressão n2 + n é múltipla de 2.

03.2 Quadrados perfeitos


Para resolver estes exercícios, aplique o que foi apresentado no item 02.13.

04.3 Considere um número "x" de 100 algarismos. Desses 100 algarismos, temos:
9 algarismos "9"
8 algarismos "8"
7 algarismos "7"
... (assim por diante)
2 algarismos "2"
1 algarismo "1"
e todos os outros (55) algarismos "0". Considere que o primeiro algarismo é diferente de "0" (caso
contrário seria um número de menos algarismos). Prove que "x" não é um quadrado perfeito.

04. Respostas

04.1 ...

04.2 ...

04.3 Somando os algarismos, obtemos 285, que é múltiplo de 3, mas não é múltiplo de 9. Então ele
não pode ser quadrado perfeito.

05. Índice
01. Conceituação

01.1 Número, numeral e algarismo


01.2 Sistema de numeração
01.3 Exemplo
01.4 Erros no dia a dia

02. Números naturais

02.1 O número 1
02.2 O "mais-um"
02.2.1 O maior número natural
02.2.2 O princípio da indução finita
02.3 O número 2
02.4 Os múltiplos
02.4.1 Números pares
02.4.2 Números ímpares
02.5 Os divisores
02.6 Os números primos
02.6.1 O menor número primo
02.6.2 O maior número primo
02.7 Os números perfeitos
02.7.1 Os três menores números perfeitos
02.7.2 Problema em aberto
02.8 Os números amigos
02.9 Os números felizes e os números tristes
02.10 O máximo divisor comum
02.10.1 Notação usual
02.11 Números primos entre si
02.11.1 Observações
02.12 O mínimo múltiplo comum
02.12.1 Notação usual
02.12.2 Produto MDC x MMC
02.13 Os números quadrados
02.14 Propriedades algébricas dos números naturais
02.15 Zero
02.16 Números aleatórios

03. Exercícios
03.1 Indução finita
03.2 Quadrados perfeitos

04. Respostas

05. Índice

05. Bibliografia

http://athena.mat.ufrgs.br/~portosil/passa7a.html
http://www.mat.ufrgs.br/~portosil/pqprimo.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/N%C3%BAmero_natural

You might also like