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ELITES NACIONAIS (UM ESTUDO TEORICO - DOUTRINARIO) Pedre de Oliveira Figueiredo Chefe da Divisio de Assuntos Politicos da ESG 1 — INTRODUGAO Quando a palavra elite teve curso na lingua francesa, n&o tinha o sentido sociopolitico que hoje Ihe emprestamos, nem rece- pia, certamente, as manifestacdes de aprego ou hostilidade que hoje cercam sua utilizagio, mesmo como mera categoria analitica do contexto social. O adjetivo lati- no electus, a, um, deverbal de eligere, possuia os sentidos am- plos de escolhido, seleto, exce- jente, superior. Se se quisesse dar- Ihe conotagio politica, ter-se-ia de emprega-lo numa expressio, como o fez Ci{CERO, ao mencio- nar os “electissimé viri civitatis” 1, Estado, a elite governamental. Em francés, no século XVII, cons- ta que a palavra era empregada para designar produtos de ex- cepcional qualidade, posterior- 3 Apud GAPFIOT, Félix, in_ Dictionnaire Litugiré Latin Proncate, Parle, Hachette, 1094, P. mente estendendo-se & designagio de unidades militares de escol. Ja em 1823, o dicionério Oxford con- signa a acepgdo relacionada a grupos sociais, mas tal uso s6 vai generalizar-se na literatura so- cial e politica, segundo BOTTO- MORE®?, no final do séc. XIX. J& se disse que elife é um ter- mo desgastado, contaminado, tal- vez, pelo mau uso que dele fez a doutrina fascista. Contudo, ha um fenémeno social a ser estu- dado e que pode exigir (e enten- demos que exige), para sua com- preensio, que se opere com essa categoria conceitual. Eventual- mente, alids, é préprio do estu- dioso — — ou seja, os homens da ctipula do ~ oso -— € dos poetas — recuperar palavras, revalorizando seu con- tetido. Nem se objete que constitui eli- tismo a preocupacéo de estudar as elites. Rotular de clitistas tais estudos constituiria reducionismo = BOTTOMORE, T. B,, As Elites ¢ @ Socie~ dade (Of, Bibogratia), B. 1-8. 43 téo grosseiro quanto o de identi- ficar como marxista todo e qual- quer estudo sobre as classes so- clais e seus contlitos. Como observam LASSWELL e LERNER, no prefacio de As Elites Revoluciondrias, “os estudos das elites n&o s&o elitistas”. E argu- mentam: “Muito pelo contrario! Aque- Jes que louvam as elites o fa- zem dedicando-lhes poemas, musicas e até a propria vida. Os que estudam as elites poem em dtivida as suas suposicdes e suas conclusdes — fevando, com isso, a um conhecimento melhor das fungdes da elite numa sociedade democratica.” * Sera ainda dessa obra, mas aqui em trecho de autoria exclu- siva de LASSWELL, que tomare- mos de empréstime um paragrafo que coloca, de forma irretorqui- vel, a importancia do estudo das elites para a compreensao do pro- cesso politico, nos seus aspectos estruturais e conjunturais, quer 0 fagamos com a postura do estu- dioso preocupado em chegar 4 verdade, quer com a do estadista que pretende fixar politicas e for- mular estratégias. “Ja se reconhece, geralmente, que o estudo mundial das elites do poder 6 indispensivel a qual- quer indagac&o séria do pro- cesso politico. Se tal indagacio volta-se para o passado, com o objetivo de restabelecer a se- qiiéncia das transformacées, a omissio dos dados relaciona- 2 LASSWELL, Harold, e LR} As Bitves “evchuclonastas’ (Gt Bibtiogratta), Pp. 8-10, A4 dos com a elite torna-se inima- gindvel. Se o objetivo principal é descobrir fatores-chaves na arena do poder, niéio ha como evitar o estudo das elites. O pesquisador que se volta para o futuro, buscando es- timar o locus e a rapidez dos encontros politicos, deve com- preender a importancia dos da- dos relativos as elites, Se a ta- refa é esclarecer metas de valo- Tes para o processo politico, torna-se essencial considerar as questdes surgidas nas relacdes das elites entre si, e destas com as n&o-elites. Inseparavel de qualquer opgao de diretriz é 0 peso que os custos e os bene- ficios teréo para as elites que est&o em conflito ou em coope- racéo potencial. Quer a tarefa intelectual seja 0 processo total de solugdo de problemas, quer seja principalmente uma ques- téo de tendéncia, condicéo, projecéo, meta ou alternativa, a dimensiio da elite é sempre pertinente.” « Buscando, num trabalho me- ramente propedéutico, oferecer o instrumental tedrico basico para posterior andlise do papel efetivamente exercido pelas elites nacionais, estabelecemos um ro- teiro que, sem pretensies a exau- rir o assunto, entendemos capaz de realizar tal objetivo. Apés esta introdug&o, analisaremos as dife- rentes conceituagées de elite. Em seguida, as controvérsias tedricas suscitadas pelo tema, as quais nio deixam de constituir os aspectos tedricos mais relevantes. A saber: 4. LASSWELL, Harold, 4s Bites Revotucio- nérias, p. 14. elites e democracia, elites e clas- ses sociais, a composigdéo e a for- ma das elites, a circulagdo nas po- sig6es de elite, as fungdes das eli- tes, Segue-se uma recapitulagiio do papel doutrindrio das elites, ou seja, segundo a doutrina da Es- cola Superior de Guerra, e, final- mente, as conclusdes a que pu- demos chegar, pertinentes ao estudo teérico e pertinentes 4 doutrina, 2 — BO CONCEITO Se a abordagem mais direta de um tema costuma iniciar-se por sua conceituagio, em matéria de elite (ou elites?) talvez nao seja o caminho mais facil. Con- tudo, parece-nos inevitavel, por- que constitui, freqiientemente, o aspecto diferenciador das dife- rentes teorias que se construfram sobre o assunto. Desde logo advertimos que nio h& uma definig&o precisa e de aceitag&o geral, o que se constata & simples verificagdéo da multipli- cidade de termos sob os quais se busca categorizar o fenémeno: elite (singular) ou elites (plural), classe dirigente, elite governante, elite dominante, elementos de escol, elite do poder, elite politica etc. Como veremos, as diferentes conceituagées apresentam-se ne- bulosas e cambiantes. A mesma observagio que MARSHALL, o sociélogo inglés, faz sobre 0 con- ceito de classes sociais aplica-se como uma luva ao objeto de nos- sas cogitagdes: “A terminologia néo esta padronizada, os autores empregam conceitos diferentes e, algumas vezes, se referem a coisas diferentes quando usam a mesma palavra ou & mesma, coisa quando se utilizam de palavras dife- rentes”. ® Apesar de navegarmos com difi- culdade nesse verdadeiro “pin- tano tedrico e conceitual” *, nfo poderiamos deshordaé-lo pela ado- go de uma conceituac&o que, a nosso ver, fosse a melhor, Seria uma, redugdo artificial do pro- blema, tornando simples e paci- fico algo que n&o-o é, Seria uma Gesonestidade intelectual que nao pretendemos cometer. Para nos aproximarmos grada- tivamente do Amago do problema conceitual, partimos da concei- tuacio mais ampla de elite, a conceituagado com que VILFREDO PARETO inicia seu raciocinio, no Trattato di Sociologia Generaie, de cuja traducfo inglesa, intitu- jada The Mind and Society, se extraiu a citagiio. Propée PARETO: “Suponhamos que em todos os ramos de atividade humana, seja atribufdo a cada individuo um indice que represente um sinal de sua capacidade, de ma- neira semelhante aquela pela qual se conferem notas nas diversas matérias em exames escolares. Ao tipo superior de advogado, por exemplo, sera dada nota dez. Ao homem que nao consegue um cliente sera atribuida nota um — reser- vando-se 0 zero para 0 ame for +) MARSHALL, TH, Cidudania, Glased So- etal ¢ Status (Ct. Bibllogmafin), p. 117%, © ZUCKERMAN, Alen, “Fllte Politlea: Li- Ges de Mose ¢ Pareto”, in Partidos Politicos 2 Elites Politiens (Cf, Diblogratiay, p, 2. 45 completamente idiota, Ao indi- viduo* que tiver auferido. mi- Ihées — honestamente ou niio, conforme 0 caso — daremos um dez. © que chegar 4 casa dos milhares receberé um seis. Os que apenas conseguem deixar de ter de ir para um asilo de indigentes teréo nota um, re- . servando-se o zero para os que néo o conseguirem... E assim. por diante em todos os ramos da atividade humana... Reu- namos, pois, em uma categoria, as pessoas que possuem os indices mais altos em seus ra- mos de atividade, e a essa cate- goria daremos o nome de élite.” * [Grifos nossos]. Criticavel embora tal visio, pela medida simplificadora do eritério do sucesso, colhe-se nela a. idéia fundamental, retomada, posteriormente, por autores como MANNHEIM, ARON, MILLS e SUZANNE KELLER, de que em todas as atividades surgem elites. Elite, pois, 6 aqui conceito amplo, no referido ao problema do exer- cicio do poder. Desse ponto de partida, PA- RETO constréi um conceito mais especifico, o de elite governante, este sim Util ao estudo do que de- nomina o “equilibrio social”: “Para a investigagéo especi- fica que empreendemos, um estudo do equilibrio social, sera, Util dividirmos mais ainda esta classe, a elite, em duas: uma elite governante, compreen- dendo os individuos que direta, PABETO, Viifvede, aud BOTTOMORE, Ad Bites @ Sociedade 46 ou indiretamente “ participam de‘ forma considerdvel do go- verno, e uma elite néo-gover- nante, Sompreendendo os de- mais. . Conseqtientemente, o modelo percebido ou concebido por PA- RETO para a andlise da socie- dade opera com duas categorias, o que pode ser ilustrado esquema- ticamente (figura n° 1). PA- RETO explica: “Assim, ficamos com dois estratos em uma populagdo: 1) um estrato inferior, a ndo- elite, com cuja possivel influ- éncia sobre 0 governo néio es- tamos preocupados no mo- mento; e II) um estrato supe- rior, @ elite, dividida em dois: a) uma elite governante; b) uma elite niio-governante.” ® Contemporaneo de PARETO e seu conterraneo foi GAETANO MOSCA, cuja obra antecedeu e in- fluenciou a de PARETO, Citaémo- -lo em segundo lugar apenas por uma opgio didética. Na verdade, MOSCA parece ter sido o criador da teoria, embora néo se tenha valido do termo elite, referindo-se preferencialmente, no seu Ele- menti di Scienza Politica, a “classe politica”, ou, como prefe-. riu seu tradutor inglés em The Ruling Class, “classe dirigente” 1°. O conceito formulado por MOSCA revela um forte contetido deter- minista, calcado numa apreciacio histérica: * Idem, ° Tem, p. 2 Yela-so DAHRENDORF, Ralf, in As Clas ges Seta Confiitos na Sobtedade Industrial (Cf, Bibliografia, p, “Em todas as sociedades — desde as parcamente desenvol- vidas, que mel atingiram os primérdios da civilizacao, até as mais avangadas e poderosas — existem duas classes de pessoas — uma classe que ditige e outra que é dirigida. A primeira — sempre menos numerosa — de- sempenha todas as fungdes po- lfticas, monopoliza o poder e goza das vantagens que o poder traz ‘consigo, enquanto a se- gunda, a mais numerosa, é di- rigida e controlada pela pri- meira, de uma forma que ora €é mais ou menos legal, ora é mais ou menos arbitréria e violenta...” 1" OQ determinismo da visio de MOSCA j& foi comparado ao do marxismo ™, Dirfamos, no en- tanto, que esse determinismo é atenuado pelo fato de que MOSCA néio tem a pretensao de nos dizer, com carater de universalidade, qual é a classe que dirige, nem qual a que est& fadada a suce- dé-la. A primeira vista, 0 conceito de MOSCA, dado o contetido realista que lhe valeu a classificag&o, por BURNHAM, de “maquiavelista”, parece contrapor-se & teoria clas- sica da Democracia como regime em que os governados controlam os governantes, Dissemos “a pri- meira vista”, porquanto, se tal principio é necessario, por outro lado é préprio do Estado de Di- reito, indissocidvel da Democra- cia, que os governantes controlem os governados, na medida da lei MOBCA, “Gaetano, apud BORTOMORE, Ag BiG e © Sootedade, ve Cf, BOPTOMORE, op es P20, 38 © 52. (0 exercicio do poder: de: policia constitui a forma visivel desse controle). Cabe ainda comentar um as- pecto do conceito de MOSCA, qual o do tamanho da elite em relagdo ao conjunto da sociedade. Para MOSCA, a elite 6 sempre minoria e se impoe porque é organizada. “Ao mesmo tempo”, diz ele, “a moinoria é organizada exatamente por ser minoria”, Assim, o fato de ser minoria facilita a organizacéo € 0 fato de ser organizada possibi- lita & minoria 0 dominio sobre a maioria, Apesar de posta em diivida essa idéia por DAHRENDORF, que re- clama seja melhor qualificada em relagio as “sociedades industriais em estégio avancado de desenvol- vimento” ™, a constituig&o mino- ritéria da elite € confirmada por autores contempordneos, como no diciondrio de GEOFFREY RO- BERTS: “Elite: a minoria dentro de uma coletividade social (...) que exerce uma. influéncia pre- ponderante sobre essa mesma coletividade. Uma elite que exerce uma influéncia politica preponderante € chamada de elite dominante, ou, segundo outros autores, de elite poli- tica,” ™ Essa, idéia de que a elite 6 uma minoria influente é subscrita por HAROLD LASSWELL, Inicial- mente, sua conceituagio é sim- ples e ampla: “a elite ¢ consti- 38 DAHRENDORY, op, elt., p. 178. A Dictionary of Political Anatysis, New vor 'st. Martin's Brew 1OT1, 47 tuida pelos que sio influentes”. Mais adiante, no capitulo introdu- tério do livro As Elites Revolucio- nérias“, sente necessidade de observar: “Se a influéncia é partilhada igualmente, todo participante da situagao pertence 4 elite.” Paz, entretanto, a ressalva: “A questéo interessante & saber se o termo ‘elite’ deve ser aplicado a situagSes concretas -~ se existirem — nas quais a influéncia é idéntica.” Ante a situagiio de desigualdade das influéncias, LASSWELL esta- belece uma distingao que restabe- lece a nogao de que a elite é (ou costuma ser) minoria: “Se a divisio da influéncia 6 desigual, os mais influentes sio0 chamados elite; os outros sao a elite intermediaria e as mas- sas.” Em trabalho anterior, LASS- WELL, entéo conceituando a elite politica, deixa claro que a elite nZo se confunde com a lide- tanga, nem se constitui da soma dos lideres, e faz referéncia a origem social das elites, as “for- imagées sociais” que fiscalizam os lideres: “A elite politica compreende aqueles que tém poder em um corpo politico. Os titulares do poder esto inclufdos na lide- Tanga e nas formagées sociais das: quais os lideres normal- mente saem e sob cuja fiscali- w As Eittes Revoluctonarias, p, 15, 48 zagéo ficam, durante uma ge. rac&o dada.” Kissa relagdo fundamental, con- tudo, entre a nogio de elite e a de grupos, estratos e classes sociais SO seré adequadamente aprofun- dada, como veremos, em capitulo especifico, por RAYMOND ARON e SUZANNE KELLER. Quanto & nog&o de que elite niio se con- funde com lideranea ou o con- junto dos lideres, LASSWELL, em outra passagem, explicita o unl- verso compreendido por sua elite politica; “Em qualquer momento, po- demos considerar como mem- bros da classe da elite do poder de uma estrutura polftica og seguintes: a) todas as pessoas que ocupam altos postos du- vante o perfodo; b) todas as pessoas que ocuparam altos postes em perfodos anteriores e que se consideram, e s&o por outras consideradas, como es- tando em harmonia com a or- dem vigente; c) todas as pes- soas que, embora nado ocupando cargos elevados, ou quaisquer cargos, sio consideradas como influentes nas decisdes impor- tantes; d) todas as pessoas que, embora, consideradas como par- tidarias de uma contra-ideo- logia, sdo capazes de exercer uma influéncia significativa sobre decisées importantes; e) os membros de uma familia fechada.” #7 LASSWELL ainda esclarece: “as categorias acima permitem a 1 “Agenda for the Study of Political Hit- tes”, apud ZUCKERMAN, op. elt, p. 72, As Elites Revoluctondrias, p. 27, incluséo de recém-chegados a classe da elite do poder e, da mes- ma forma, tornam possivel identi- ficar pessoas que, embora gozan- do de status de elite, se abstém de desempenhar um papel oficial, ow nao, na deciséo,” Um dos divisores de 4guas na analise das eonceituagdes sobre elite esta na antitese entre uma visio monista, isto 6, dos autores que véem a elite como categoria una ou que, como lembra SU- ZANNE KELLER, “escolhem uma. unica elite — geralmente a elite politica — como a que € social- mente decisiva” e uma visdo plu- ralista; dos que “afirmam a coe- xisténcia de varias elites, parti- Ibando o poder, as resporisabili- dades e as recompensas” ', Nessa. Jinha temos, como precursor, 0 conde. de SAINT-SIMON. Mais modernamente; KARL MAN- NHEIM, um filésofo estudioso da estrutura social do planejamento democratico; WRIGHT MILLS, cuja obra The Power Elite consti- tui_ uma discutida tentativa de andlise das elites politica, econé- mica e militar norte-americanas na atualidade; RAYMOND A- RON, socidlogo, que enfrentou, pioneiramente, 0 problema do-re- iacionamento das elites com as classes sociais enquanto catego- vias analiticas, e a prépria SU- ZANNE KELLER, que criou a ca- tegoria “elites estratégicas”. MANNHEIM nos lembra que uma, das caracteristicas da socie- dade industrial é a crescente pro- liferagdo das elites e nos oferece uma concepedo original: 2 KRLUUR, Suzanne, O Destino das Elites (Cf, Bibttogratiay, p. 16. “Por corpo politico devemos (...) compreender todos os grupos e lideres que exercem um papel ativo na organizacdo da, sociedade, (...) Este cerpo polftico cresce em volume e raio de ac&o, 4 proporgao que o in- dustrialismo avanca. A dicoto- mia Estado e sociedade acres- centam-se agora economia ¢ so- cledade, cultura e sociedade, exército e sociedade e academia e sociedade. Cada qual constitui um centro de comando e é, em parte, auténoma e, em parte, ligada ao todo, Cada uma 6 comandada e representada por elementos de escol, especializa- dos em ‘funcées econédmicas, culturais, militares e intelec- tuais,” 1 Nessa linha pluralista, cabe citar a conceituagio de SUZANNE KELLER, que, concordando com MANNHEIM a respeito da prolife- ragéo das elites nas sociedades in- dustriais, acrescenta que, ao con- trario de uma suposta decadéncia, ganham variedade e forca em fungio de suas crescentes respon- sabilidades, Alids, a sua concei- tuagéio j& incorpora a nogéo das responsabilidades sociais das elites: “Aqui o termo elites se refere, antes de mais nada, a uma mi- noria de individuos cuja missio é servir a uma coletividade, num sentido social. As elites sio minorias ativas e respon- sdveis — ativas, no que con- cerne ao exercicio de atividades em beneficio e no interesse de outros pelos quais ossas elites ” Apud KELLER, Suzanne, op, cit, p. 25. 49

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