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Alexandre Herculano de Carvalho e Araújo nasceu


em Lisboa, em 1810. De família modesta, não pode
fazer curso universitário. Depois dos estudos
secundários no Colégio dos Oratorianos, assiste ao
curso de Inglês e Alemão na Aula do Comércio e,
em 1830, segue o curso de Diplomática na Torre do
Tombo. Conhece então a Marquesa de Alorna. Em
1831, a situação política reinante obriga-o a exilar-se
na França (Rennes), onde gasta o mais do tempo a
estudar. No ano seguinte, está nos Açores
incorporado ao exército liberal, com o qual
desembarca em Mindelo. Em 1833, trabalha na
Biblioteca Municipal do Porto, como segundo-
bibliotecário. Em 1836, demite-se e inicia sua
carreira de prestígio intelectual com a publicação d¶
A Voz do Profeta. No ano seguinte, entra a dirigir o
Panorama, até 1844. Ao mesmo tempo que passa a
Director da Biblioteca da Ajuda, naquela revista
inicia a publicação de suas obras de ficção: as
Lendas e Narrativas, O Bobo, o Monge de Cister. É
a fase mais intensa de sua actividade literária, e
política, na defesa das ideias liberais. Interpretando
com desassombro e espírito crítico alguns fatos da
história de Portugal, como a batalha de Ourique,
cujo aspecto lendário destrói com sólida
argumentação, acaba provo-cando enérgica reacção
do clero, logo por ele revidada num opúsculo que
veio a dar nome à polémica Eu e o Clero (1850). A
década de 50 é-lhe desfavorável: além das
apoquentações com o clero ultramontano, colhe uma
série de desgostos na arena política, até que, em
1859, adquire uma quinta em Val-de-Lobos e lá se
refugia, embora atento ao que acontece em Lisboa.
Em 1866, casa-se com uma senhora que amara na
juventude, e afasta-se ainda mais da vida pública.
Por ocasião das Conferências do Casino Lisbonense
(1871), pronuncia-se a respeito do seu fechamento,
mas já como último lampejo de participação pública:
em 1877, falece em sua quinta, aureolado de glória e
respeito nacionais.

Alexandre Herculano é diametralmente oposto a


Garrett em todos os aspectos: personificação da
sobriedade, do equilíbrio, do rigor crítico; espírito
germânico, dir-se-ia, enquanto 0 outro é latino,
sobretudo Francês. A obra de Herculano reflecte-lhe
o temperamento e o carácter: manteve-se
imperturbável na posição de homem que apenas se
julga convicto das ideias que defende depois de
longa e cuidadosa meditação. Daí sua intransigência
e sua indignação diante da pouca receptividade de
suas ideias: seu "exílio" voluntário em Val-de-Lobos
é o dum orgulhoso, certo da magnitude do seu
pensamento e da pobreza do meio em que deveria
divulgá-lo e concretizá-lo.

Escreveu poesia (A Vox do Profeta, 1836, mais


adiante incluído na Harpa do Crente, 1838),
romances (O Bobo, publicado no Panorama em
1843, e em volume, em 1878: O Monge de Cister,
parcialmente publicado no Panorama, em 1841, e em
volume, em 1848; Eurico, o Presbítero, parcialmente
publicado no Panorama e na Revista Universal
Lisbonense, em 1843, e em volume no ano seguinte:
os dois últimos formam O Monasticon), contos
(Lendas e Narrativas, publicadas no Panorama entre
1839 e 1844, e em volume em 1851), historiografia
(História de Portugal, 4 vols., 1846, 1847, 1850,
1853; História da Origem e Estabelecimento da
Inquisição em Portugal, 3 vols., 1854, 1855, 1859;
dirigiu a publicação dos Portu-galiae Monumenta
Historica, iniciada em 1856 e terminada em 1873),
ensaismo vário e polémica (Opúsculos, 10 vols.,
1873-1908; Estudos sobre o Casamento Civil, 1866;
Cenas de um Ano de Minha Vida, 1934), etc.
Impõe-se observar que o forte de Herculano era a
historiografia, por condizer mais de perto com o
mais íntimo de seu temperamento e formação, e a tal
ponto que tudo quanto escreveu reflecte essa
afinidade e predisposição.

Em 1850, Herculano publica suas Poesias, divididas


em três partes, Harpa do Crente, Poesias Várias e
Versões, na primeira das quais integra A Vox do
Profeta. Produção da mocidade ("Fui poeta só até os
vinte e cinco anos", diz ele em carta a Soares de
Passos, de 5 de Agosto em 1856), nela vazou os
transes de sensibilidade próprios da idade e os temas
em voga no tempo: a poesia nocturna, pressaga,
tétrica, soturna, a poesia da dor, da saudade, da
liberdade, etc., girando em torno de dois núcleos, a
religião e a política, não raro fundidos. Embora
romântica pelos temas, a poesia de Herculano
caracteriza-se por uma contensão que jamais cede a
qualquer impulso 'para o derramado. Antes, solene,
hierática, teatral, majestosa, é mais poesia pensada
que sentida, denotadora duma inautêntica inclinação
para o género: tendo-a cultivado apenas nos anos
juvenis. Naturalmente correspondia mais ao
contágio das modas em vigor e à procura de
caminhos próprios da idade, do que a uma profunda
e inadiável vocação. Em sua essência, Herculano era
demasiado historiador para se entregar a uma visão
poética do mundo e dos homens: faltava-lhe a
necessária imaginação transfiguradora da realidade
sensível, e sobejava-lhe o espírito crítico e a
erudição. De sua poesia, somente merece algum
destaque o poema "A Cruz Mutilada", onde
perpassa, apesar de tudo, muito pensamento sem
emoção, além de subsistir a tendência para o
declamatório altissonante.

Embora noutro nível, Herculano manifesta na prosa


de ficção a mesma tendência para a contensão e a
intelectualização revelada na poesia. Ao mesmo
tempo, padece do mal que compromete pela base a
narrativa histórica, seja ela romance ou conto: o
ficcionista vê-se obrigado a debruçar-se sobre
documentos historicamente fidedignos sob pena de
não realizar o que pretende. E é exactamente essa
condição sine qua non que limita o alcance do
género, impedindo que a imaginação se desdobre
livremente: devendo ater-se à verdade histórica
documentada, quando muito o ficcionista deduz dela
um conteúdo novelesco e preenche com a fantasia os
claros do texto, mas sempre atento à verdade dos
fatos que nele se registaram. Em resultado, o
historiador acaba afogando o ficcionista, graças a
excessivos enxertos eruditivos em forma de
descrição de usos e costumes e de narração
minuciosa de fatos e acontecimentos.

As 2   
 constituem "as primeiras
tentativas do romance histórico que se fize-ram na
Língua Portuguesa", com o fito de "popularizar o
estudo daquela parte da vida públi-ca e privada dos
séculos semi-bárbaros que não cabe no quadro da
história social e política", como diz Herculano na
"Advertência da primeira edição" da obra.

Com base na sua erudição histórica e aproveitando


material sobrante à elaboração da História de
Portugal, Herculano trata de temas
predominantemente medievais ("O Alcaide de
Santarém", 950-961; "Arras por Foro d'Hespanha",
1371-1372; "O Castelo de Faria", 1373; "A
Abóbada", 1401; A Dama Pé-de-Cabra", século XI;
"O Bispo Negro", 1130; "A Morte do Lidador",
1170), e dois oitocentistas, um dos quais, além de
não-português, é uma espécie de reportagem duma
viagem de navio no canal da Mancha ("O Pároco da
Aldeia", 1825, e "De Jersey a Granville", 1831). Dos
primeiros - caracterizados por atmosferas de
tragédia, aná-temas, soturnidades, tensões passionais
-, salientam-se duas peças de primeira categoria: "A
Abóbada", que gira em torno do patriótico feito de
mestre Afonso Domingues ao erguer, embora cego,
a pedra que serviu de arremate ao mosteiro da
Batalha; "A Dama Pé-de-Cabra", que, baseando-se
num "romance de um jogral", reconstitui
flagrantemente o clima de magia e bruxedos da alta
Idade Média supersticiosa e crédula.

Dos outros dois contos, destaca-se de modo especial


"O Pároco da Aldeia": nele, Herculano nega a
filosofia e a ciência:"Como a filosofia é triste e
árida!
A árvore da ciência, transplantada do Éden, trouxe
consigo a dor, a condenação e a morte; mas a sua
pior peçonha guardou-se para o presente: foi o
cepticismo." Elogia o culto da religião católica:
"Feliz a inteligência vulgar e rude, que segue os
caminhos da vida com os olhos fitos na luz e na
esperança postas pela religião além da morte, sem
que um momento vacile, sem que um momento a luz
se apague ou a esperança se desvaneça!", e faz a
apologia do sacerdote e da pureza ideal, dos anos
infantis e juvenis, quando longe andava "o demónio
imputável a que chamam ciência". Além disso, nele
aparece pela primeira vez o tema campesino, que
servirá de modelo a Júlio Dinis na elaboração de
seus romances: este aspecto é mais significativo que
aquelas notações semi-filosóficas, fruto dos conflitos
ideológicos de Herculano na mocidade e logo
resolvidos numa atitude menos poética ou
devaneante.

Sob a rubrica de O Monasticon, Herculano reúne O


Monge de Cister e Eurico, o Presbítero. O primeiro
tem como subtítulo ou a Época de D. João I, que
marca perfeitamente o tempo em que a acção
transcorre, e a fonte em que fatalmente o romancista
se apoiaria, Fernão Lopes. De trama intricada e
densa, o romance transcorre num clima agitado por
questões morais e religiosas em luta com a paixão
amorosa e um terrível ódio vingativo que não cessa
enquanto há vida. E um perfeito clima de tragédia,
inclusive pela inexorabilidade dos destinos, talhados
sem intervenção divina, mas acima do livre-arbítrio
ou da vontade. Vasco da Silva jura matar a Lopo
Mendes que casara com sua bem-amada, Leonor, e
vingar seu pai, ultrajado por um cavaleiro que
abusara de sua irmã, Beatriz. Assassinado Lopo
Mendes, Vasco imerge num profundo
rémordimento, de que pretende sair tomando hábito.
Nesse entrementes, o sedutor de Beatriz, Fernando
Afonso, abandona-a. D. João de Ornelas, abade de
Alcobaça e inimigo de Fernando Afonso, vai avivar
o ódio de Vasco, descobrindo que no paço real o
pérfido mantinha encontros amorosos com Leonor,
que aquele não deixara de amar. Beatriz morre, e
Vasco revela ao rei D. João I o passado nefando de
Fernando Afonso, que acaba sendo supliciado na
fogueira. E, por fim, Vasco morre.

Percebe-se, pelo simples enunciado da acção, que o


romance padece de hipertrofia na fabulação,
resultante possivelmente do intuito de aproveitar o
máximo possível do material histórico descoberto.
No final, o emaranhamento dos fatos acaba
embaçando o retrato moral que o romancista
pretendia erguer. Falta-lhe o despojamento que de
certo modo se verifica no 4       

Nesta obra, em que analisa o problema do celibato


clerical "à luz do sentimento", Herculano consegue
atingir o ponto mais alto de suas possibilidades
como ficcionista, precisamente porque deixou mais
livres a imaginação e o impulso lírico. A "Crónica-
poema", como ele a classifica, passa-se durante o
trânsito da monarquia visigótica "para o período da
cavalaria", em torno dum núcleo dramático
simplificado às raias do ocasional: Eurico, antigo
gardingo (= fidalgo) toma hábito depois que o pai de
Hermengarda lhe nega sua mão. Nisto, sobrevém a
avassalante invasão árabe: enquanto Pelégio -
prepara defesa nas Astúrias, um misterioso
Cavaleiro Negro ganha fama na defesa das cores
visigóticas: é o próprio Eurico, que salva
Hermengarda das mãos sarracenas e leva-a para a
Gruta da Covadonga onde renasce o velho amor, que
agora esbarra com um inesperado obstáculo: o
juramento sacerdotal. Resolvem separar-se: Eurico
lança-se suicidamente contra os árabes e morre,
enquanto Hermengarda enlouquece.

No Eurico, o Presbítero evidencia-se mais nítida


ainda a estrutura a modo de tragédia: pri-eiro ato:
antes de Eurico professar; segundo acto: as lutas
contra os sarracenos; terceiro ato: reencontro dos
amantes e desenlace. Todavia, é preciso ponderar
que o segundo acto pesa demasiado no conjunto e
contém matéria que deveria ser apenas tangencial,
ou cenográfica, do entrecho dramático propriamente
dito. Ao contrário, o problema amoroso é que se
torna incidental e marginal ao panorama histórico
aberto pela retrospectiva de Herculano: serve mais
de pretexto para a reconstituição histórica que - de
eixo da acção novelesca. O escritor parece mais
interessado no panorama histórico que em
acompanhar o desenvolvimento do drama afectivo,
de resto pouco rico para dar mais do que um conto.
De tal modo que, entrado Eurico na vida eclesiástica
e mais tarde no caminho das armas, fica
obrigatoriamente afastado o problema amoroso
derivado de Hermengarda, e é só depois dum longo
lapso de tempo que a heroína volta à cena, e, assim
mesmo, para o epílogo: essa demorada espera só se
justifica pelo facto de Herculano, embora liberte a
fantasia e o lirismo de que ainda era capaz, continuar
patriamente um historiador. Mais ainda colabora
para enfraque-cer o impacto trágico da novela o
seguinte pormenor: Eurico abraçou a vida religiosa
porque quis, abdicando de vez do seu anterior
desígnio, mas não fugiu, paradoxalmente, de ser
cavaleiro e matar; e quando os óbices eram apenas
os duma consciência impregnada de princípios
exteriores, ele fraquejou e não realizou o que foi a
razão de sua vida até àquela data. Para o suicídio em
que se lança acto contínuo à entrevista com
Hermengarda, pouca diferença fazia consumar um
velho desejo, indiscutivelmente mais explicável, à
'rigorosa consciência ética de Eurico, do que matar
cavaleiros inimigos e entregar-se à morte, o que era
profundamente anticristão.

Por outro lado, essas incongruências talvez ajudem a


explicar o lado poético e "humano" do romance,
tornando-o mais verídico que ï        
onde tudo anda numa precisão cronométrica até o
desfecho, previamente anunciado desde o início da
fabulação. Desse modo, o valor de Eurico, o
Presbítero reside na feliz e dinâmica reconstituição
duma época de aventuras cavaleirescas, com o seu
odor de far-west, que serviria de cenário para uma
triste história de amor contrariado; reside, ainda, no
recorte psicológico das personagens centrais, longe
de certa estereotipia comum aos heróis românticos,
embora em Hermengarda repercuta alguma coisa da
suave e terna Ofélia shakespeareana: tudo isso, mais
o tom elegíaco e plangente, vazado num estilo de
talhe solene, pausado, clássico, despojado.

Herculano foi, acima de tudo, historiador: a


historiografia deu-lhe grandeza e prestígio, mas deu-
lhe igualmente dissabores. Retomando o fio da
meada que se interrompera em Fernão Lo pes - com
quem tanto se parece -, e recebendo os benéficos
influxos das teorias históricas de Guizot e Thierry,
realizou na historiografia o melhor de suas
virtualidades intelectuais e humanas, e tornou-se o
introdutor dos modernos métodos historiográficos
em Portugal e o Maior historiador de seu tempo.

Acreditando na intervenção subjectiva do historiador


nos fatos que narra ou analisa - o que, aliás,
acompanhava ainda os ditames da escola Francesa
de historiografia -, Herculano me teu ombros a uma
obra de ampla envergadura que servisse de espelho
onde se mirassem os homens contemporâneos,
especialmente aqueles guindados a postos de mando,
a começar do rei. Para tanto, escreveria uma História
de Portugal desde os albores da nacionalidade até o
período da Restauração iniciada em 1640: era como
se desentranhasse as bases e os "exemplos" da
história do povo português. Todavia, Herculano só
publicou quatro volumes da obra (1846, 1847, 1850,
1853), interrompendo-a no reinado de D. Afonso III,
que ocupou o trono entre 1248 e 1279. Desgostos
vários determinaram-lhe a interrupção da tarefa: a
incompreensão acerca do que ele pretendia e a
polémica da Questão "Eu e o Clero" foram as causas
principais. Embora inacabada, a História de Portugal
ficou como um verdadeiro monumento no género,
pela erudição acumulada e examinada, pelo senso
narrativo e interpretativo posto na reconstituição dos
fatos, pela acuidade e altura das intervenções
pessoais e, ao fim, pelas qualidades especiais de
prosador castiço, viril e incisivo. Estas últimas
salvam-no de cair na aridez e no incolorido a que o
podia arrastar o gosto acendrado pelo documento e
pela fidedignidade de seu conteúdo. Por isso, a
História de Portugal pode inte-ressar ainda hoje,
inclusive por seus aspectos propriamente literários.

Nos           (1856-1873),


Herculano reuniu crónicas, memórias, relações,
anais, livros de linhagens, documentos notariais,
leis, etc., de uma longa época histórica entre os
séculos VIII e XV. A obra fragmenta-se em quatro
secções: Scriptores, Leges et Consuetudines,
Diplomata et Chartae, Inquisitiones, das quais a
primeira interessa mais de perto à Literatura; nela se
publicaram os Livros de Linhagens, as Crónicas
Breves de Santa Cruz, a Crónica da Conquista do
Algarve, a Vida de D. Telo e a Crónica da Fundação
do Mosteiro de S. Vicente de Lisboa. Posto
incompleta, a obra continua ainda hoje a servir a
quantos se interessem pela actividade literária
Portuguesa durante a Idade Média.

A História da Origem e Estabelecimento da


Inquisição em Portugal (1854-1859), escreveu-a
Herculano estimulado pela Questão "Eu e o Clero":
de intuito visivelmente polémico, irritado mesmo,
mas ainda com os objectivos morais que lhe
presidem à obra e à existência, faz ele o exame d"os
vinte anos de luta entre D. João III e os seus súbditos
de raça hebreia, ele para estabelecer definitivamente
a Inquisição, eles para lhe obstarem", a fim de que,
comparando a hipocrisia e o fanatismo do passado
com a "reacção teocrática e ultra-monárquica"
oitocentista. o leitor "decida entre a reacção e a
liberdade".

O ensaismo doutrinário e polémico de Herculano


tem muito interesse: reunido nos dez volumes dos
Opúsculos (18721908), contém valioso material de
reflexão ideológica, inestimável para o
conhecimento do pensamento político, religioso,
historiográfico, literário, etc., de seu autor. Alguns
desses ensaios, como Eu e o Clero, A Supressão das
Conferências do Casino, Cartas sobre a História de
Portugal, à imitação das Cartas que Thierry
escrevera acerca da França, encerram particular
importância, quer na carreira intelectual de
Herculano, quer na história da cultura Portuguesa do
seu tempo. Herculano exerceu grande influência
pelo exemplo de sua vida e de sua obra, ambas
aureoladas por um halo de probidade e um alto
respeito pela missão intelectual, pouco vulgares em
qualquer literatura.
?

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