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Antonio Raimundo dos Santos 72 edicao revisada conforme NBR 14724:2005 ! oe COV Renate Keon taste ltteer te wep ceoe \gdo do capital intelectual e defende a ‘tessidade da pesquisa Coto tatite alld ante CelteCome lcm eartee CMe Meco teen re CoNee| baa retort ebrettd erate) Leven corer Ree teem superior, formados ou em for- eet FetoRuon steele aT ger yore Ys Gace qualificagao porque aprenderam RAvoRObeaeni rc para isso. Formular um 'eito acessivel de uma forma de pesq rofissionais-cientistas”, que produ- GUMS fe) COKat ont iteearcey na te Cae) construgao do ©thecimento individual ou, quicd, do co- Iho ; ae Maite to antroRT TT reeT ARY principal con- GaiNittesxelegtel ng a Rreparagao de originais de documentos Daa itsteoioe ents a Cceniu eG Smerritse ts WEY agreguem coeréncia, coesao e clareza Leer impressao escrita e visual des- Dalton Maciel tober ten 2c9 BSrantitery ia ant accor COME Re lcotler torte g cor ASSional que o elaborou. Por isso, Cernoe ite Cone ente es deve ter o cuidado Gaerne rere textos, sobretudo aque- en ee US Wyre ed para publicagao. ES da construgao do conheciment ™PXcialmente por meio da pesquisa cien- Metodologia cientifica aconstrugdo do conhecimento ‘Metodologia cientifica:a construgio do conhecimento Anionio Raimundo dos Santos 1-2. ed. (1999);3. ed. (2000); 4. ed. (2001); 5. ed. (2002};6. ed. (2004). Rio de Janeiro: DPA. © Lamparina editora Revisiio de provas (6.e4.) Daniel Seidl Michelle Strzoda Projeto gréfico Fernando Rodrigues Capa Aron Balmas ja a reprodugdo, total ou parcial, por qualquer meio ou processo, seja reprogriico, fotografica, grafico, microfilmagem ete. Estas proibigdes api ‘A violagio dos direitos autorais é punivel como crime (Cédigo Penal, art.84 ¢§§;Lei 6.895/80), com busca, 123,124 6126}. sm-se tambémas caracteristicas gréficas e/oueditorias. apreensio c indenizagdes diversas (Lei 9.610]98 — Lei dos Direitos Autorais ~ arts. CIP-BRasiL. Catalogagio-na-fonte Sindicato Nacional dos Editores de Livros, RJ $233m ned. Santos, Antonio Raimundo dos Metodologia cientifica: a construco do conhecimento | Antonio Raimundo dos Santos. -7, ed. revisada conforme NBR 14724:2005. - Rio de Janeiro: Lamparina, 2007. aga p./12,5 x18em ISBN 978-85-98271-48-4 1. Pesquisa - Metodologia. 2. Redagio técnica. I Titulo. 07-3465. CDD: 001.42 CDU: 001.81 Lamparina editora Rua Joaquim Silva, 98, 2° andar, sala 201, Lapa Cep 20241-110 de Janeiro RJ Brasil Tel./fax: (21) 2232-1768 www.lamparina.com.br Antonio Raimundo dos Santos Metodologia cientifica aconstrugdo do conhecimento 72 edigao revisada conforme NBR 14724:2005 famparina METODOLOGIA CIENTIFICA 70 do diploma. preciso estar aberto As mudangas e incorporar novas posturas, conhecimentos e habilidades. As tendéncias indicam a exigéncia de profissionais que combinem sélida for- magao educacional a conhecimentos gerais, avidos pelo apren- dizado permanente. Fundamentalmente, o sistema tradicional de ensino ne- cessita de uma reinvencao ou adaptacio as novas demandas, visando a redugao dos custos, ao aumento da eficiéncia ea menores pregos. E essas mudancas sao de cardter gerencial. O sistema tradicional de ensino € apenas 0 estdgio inicial de um novo processo educativo que visa a preparar o individuo para um permanente aprendizado, ao longo de sua vida pessoal e profissional, ¢ nao um limitador. As mudangas de paradigmas oferecem excelentes oportunidades de desenvolvimento aqueles que estao atentos aos sinais de descontinuidade. A partir dessa constatagao, pode-se inferir que a educagio precisa mudar ¢ voltar-se a reflexdo, ao questionamento ea bus- ca de novos conhecimentos. Referéncias ABRAHAMSON, EF. Change without pain. Harvard Business Re- view, Boston, v. 78, n. 4, p. 75-79; July{Aug. 2000. BARROSO, A.; GOMES, E. Tentando entender a gestdo do conhe- cimento. Revista da Administragao Publica, v. 33, 0. 2, p. 147-170, mat.abr. 1999. DAVENPORT, T. Conhecimento empresarial: como as organizacées gerenciam o seu capital intelectual - métodos e aplicagdes praticas, 2. ed. Rio de Janeiro: Campus, 1998. a CAPITULO 4 FASES DA PESQUISA CIENTIFICA Aatividade intelectual, caracterfstica da pesquisa cientifica, visa A construgao do conhecimento. Tal construgao pode significar descoberta ou avango para a ciéncia da Humanidade oua desco- berta e o avango do conhecimento do aprendiz, na medida em que se apropria, individualiza, torna seu o conhecimento ja de- senvolvido e tornado disponivel pelas diversas ciéncias. Nos dois casos, a postura e o método cientifico s&o indispensdveis. Ruiz (1986, p. 49) reforga essas necessidades comuns entre os dois ni- veis da pesquisa, ao dizer que a diferenca entre os trabalhos dos cientistas e os dos estudantes uni- versitdrios nfo deveria residir no método, mas nos propésitos. Os cientistas j4 esto trabalhando com o intuito de promover o avan- go da ciéncia para a Humanidade; os estudantes ainda esto traba- Thando para o crescimento de sua ciéncia. Ambos, porém, devem trabalhar cientificamente. Os estudantes trabalham cientificamen- te quando realizam pesquisas dentro dos princfpios estabelecidos pela metodologia cientifica, quando adquirem a capacidade nfo s6 de conhecer as conclusées que lhes foram transmitidas, mas se METODOLOGIA CIENTEFICA habilitam a reconstituir, a refazer as diversas etapas do caminho percorrido pelos cientistas. O trabalho de pesquisa visando & construgao do conhecimento desenvolve-se por etapas, que se constituem num método, num caminho facilitador do processo. A construgio do conhecimento cientifico pela pesquisa ¢ uma atividade sistematica e metédica, que requer boas doses de trabalho intelectual e bracal. E ineficaz, além de pretensioso, tentar costurar um texto a partir do exame si- multaneo dos textos alheios relativos a um tema, espalhados sobre a mesa, € dizé-lo resultado de trabalho de pesquisa. A pesquisa cientifica objetiva quatro grupos de resultados: 0 pro- jeto, a coleta de dados, a redagao do texto ea apresentacio grdfica do texto. Esses resultados sao obtidos em trés fases seqiientes: plane- jamento (cujo resultado grafico é 0 projeto); execugao (na qual se desenvolvem a coleta de dados e a redacao do texto); apresentacdo grafica (em que o texto recebe o formato grafico final adequado). Essas trés fases exigem o exercicio de duas competéncias essenciais: produgao do conhecimento e apresentagao escrita do que se con- seguiu produzir, A produgdo do conhecimento requer duas habilidades: a identifica- gdo de problemas (transformados em objetivos de pesquisa cientifi- ca), realizada no planejamento, e 0 raciocinio desses problemas com a.utilizagao de dadosfinformagées/idéias conseguidos na coleta de dados. O detalhe fundamental consiste em perceber que um. proble- mano papel e dados no papel no geram raciocinio. E necessério que objetivos e dados encontrem-se dentro da cabega, em que um grupo de idéias serd produzido. Esse conjunto de idéias é produgo original do pesquisador, que chamamos texto pensado. Logo, a produciio de conhecimentos cientificos acontece ao final da coleta de dados. 72 FASES DA PESQUISA CIENTIFICA A apresentagdo escrita dos conhecimentos produzidos requer também as habilidades: a transformagéo do texto pensado em texto escrito (a jagdo do texto) ea formatagao final do texto como requerido pelas normas da ABNT para apresentagao de textos académicos e cienti- cos (a apresentagao gréfica). Em passos largos, um fluxograma de pesquisa cientifica poderia o seguinte: o planejamento transforma um tema em objetivos. Objetivos, propostas de raciocinio, sdo entZo alimentados por da- dos, informagées eidéias, na coleta de dados. Os objetivos alimen- tados por dados tomam o formato de um texto pensado, o conjunto de idéias produzido pelo pesquisador. Tem-se a produgao do conhe- cimento. Na fase da redagao, o texto pensado é ento escrito, enri- quecido com detalhes anotados durante a coleta de dados. O texto é agora formatado e digitado/datilografado na etapa da apresentagao grafica, conforme regras de apresentagao grafica da ABNT. 4.1 Planejamento de pesquisas cientificas A intengio final de epee pesquisa é responder a necessidades humanas concretas. £, porém, uma atividade tedrica, racional. Deve, portanto, desde 0 inicio assumir o formato de atividade in- telectual planejada. Odesafio do planejamento é, a partir de um tema (uma necessi- dade humana), identificar um problema e preparé-lo para ser racio- cinado. A necessidade de pesquisar, de investigar, sé toma forma, coneretiza-se, diante do desafio representado por um problema, pois temas apenas anunciam a presenga de uma necessidade hu- mana qualquer. A atividade intelectual propriamente dita inicia- se pela percepgao e problematizacao da necessidade. Pode-se dizer que sem problemas nao hd pesquisa. 73 METODOLOGIA CIENTIFICA Certamente, problemas no surgem do vazio, e sima partir da observacio das necessidades humanas, confrontadas com a ex: periéncia tedrica j4 desenvolvida e apreendida pelo pesquisador, A percepcao de problemas é dependente do olho clinico com que se observa a realidade. Pode-se dividir o planejamento em dez atividades intelectuais: 1) escolha do tema; 2) revisdo de literatura; 3) problematizac&o; 4) selegao e delimitago do problema de pesquisa; 5) formulagao de hip6tese(s); formulagao do objetivo geral; formulagao dos objetivos especificos; escolha dos procedimentos de coleta de dados; previsao dos recursos; produgao escrita do planejamento ou projeto cientifico. 2Le2nr oe 4.1.1 Escolha do tema Embora parega tarefa facil, inicia-se aqui uma caminhada cien- tifica, cujo contetido e cujo sucesso dependem bastante deste momento. Além disso, diante da vastidao das possibilidades de temas sugeridos pela atividade humana, sabe-se por experién- cia da dificuldade e até mesmo da angustia diante da escolha de um tema, que implica sempre o abandono de outros, também interessantes. Sugerem-se alguns critérios que ajudarao na escolha adequa- da de um tema de pesquisa: 74 FASES DA PESQUISA CIENTIFICA a) gosto pessoal, preparo técnico e tempo dispontvel Um tema da preferéncia do pesquisador gera empatia, entusias- mo e favorece a perseveranga. A formagao cultural ea vivéncia pessoal garantirao o inicio bem-sucedido do processo de busca; o tempo para dedicacao garantird a continuidade do processo até 0 ponto necessdrio|desejado. jade do tema b) importancia ou ut O desenvolvimento do conhecimento é sempre benéfico. Deve es- tar clara para o pesquisador a relevancia de um tema, que possa dirigir-se genericamente a trés beneficidrios: a sociedade, a ciéncia eaescola. Um tema tem relevancia social quando seu desenvol- vimento e suas conclusdes acenam com uma contribui¢ao direta para a sociedade. Isto é, ajudard a melhor encaminhar ou sanar uma necessidade social concreta. Relevancia cientffica € caracte- ristica daquele tema que, desenvolvido, contribui para melhor esclarecer/resolver um problema detectado ou previsto no curso de um estudo ou pesquisa cientifica. Relevancia académica é ca- racteristica do tema que, desenvolvido, contribui para o ensino/ aprendizado a respeito de uma necessidade ou de um problema humano. £ claro que a importancia em uma dessas dreas seria mo- tivo suficiente para caracterizar certo tema como relevante. c) existéncia de fontes E condigao essencial. E até possivel pesquisar algo desgostoso e irrelevante; é impossivel pesquisar sem fontes de dados. Afinal, entende-se pesquisa como atividade intelectual, como desenvol- 75 METODOLOGIA CIENT{FICA vimento de raciocinios, cujo combustivel sio dados. Sem dados no hd raciocinios... Relembrando, as fontes possiveis de pesquisa so trés: uma bibliografia a respeito do tema, um campo onde se possa observar e um laboratério onde se possa recriar. Em resumo, o tema ideal para pesquisa é aquele que preenche as trés caracteristicas: atende ao gosto, aptiddo e ao tempo do pesquisador, é relevante para uma sociedade, para uma ciéncia ou para a escola, e sobre ele é possivel obter dados. Suponha-se que, por curiosidade ou por solicitagao, o tema escolhido seja: “As grandes viagens de descobrimento do sécu- lo XV”. As questdes iniciais a serem respondidas sao: 1") “Gosto deste assunto? Tenho conhecimento e aptidao para a pesquisa hist6rica? Tenho tempo para desenvolvé-la?”; 2*) “Qual é a impor- tncia do desenvolvimento deste tema? O desenvolvimento dele contribui para a sociedade, ou para a ciéncia, ou para o ensino da historia? Vou aprender mais a respeito dos descobrimentos?”; 38) “Existem fontes?” (obviamente serao fontes bibliogrdficas/docu- mentais). A resposta a esse conjunto de questées tornard o tema bom ou ruim para o pesquisador. 4.1.2 Revisdo de literatura Uma vez escolhido o tema, o préximo passo é procurar mate- riais escritos que tratem do assunto. Embora seja verdade que, ao escolher um determinado tema, algo dele jd nos é conhecido, a releitura exploratdria tem 0 mérito de aumentar a extensio0 ea profundidade dos contetidos conhecidos. A leitura inicial sobre o assunto em diciondrios, enciclopédias, introdugGes e manuais diddticos permitird, ao menos, apurar o sentido de palavras-chave, definigées, situacao histérica do problema, 76 FASES DA PESQUISA CIENTIFICA jicagSes genéricas etc. Além disso, o conhecimento gené- obtido por meio desse contato inicial ajudard a distinguir ndario do essencial e facilitard a delimitag&o do contetido s temas a investigar. Quando da busca por materiais escritos a respeito do tema pro- posto (descobrem-se materiais em ficharios de bibliotecas, nas ndicag6es bibliograficas que constam ao final de artigos e livros, perguntando a professores e colegas da drea etc.), encontram-se alguns que chamam a atengio: a revista Superinteressante, em fe- vereiro de 1998 (Sao Paulo: Abril, n. 2, p. 36-45), trazia um artigo com o titulo “A cruzada do descobrimento”. Ao final, indicava dois livros que tratam do mesmo assunto: A missao templaria nos descobrimentos (Rainier Dachnhardt, Lisboa: Nova Acrépole, 1993) e Colombo, a cabalae o delirio (Luiz de Lancastre e Tavora, Lisboa: Quetzal Editores, 1991). A Enciclopédia Barsa (edi¢ao de 1997, no volume I da Micropédia) indica que trata de “descobrimentos” (¥. 5, P. 119; V. 7, P. 3515 V. 9, P. 2585 V. 10, P. 401; V. 12, p. 292), além de outras indicagées. Ao que parece, existe material inicial de pesquisa para o tema. £ iniciar a leitura exploratéria, levantan- do curiosidades, conceitos novos, marcando definigdes, nomes e datas que parecam importantes para aprofundamento poste- rior, tracando, enfim, as linhas gerais do assunto a partir das in- formagées contidas naqueles textos. 4.1.3 Problematizagao Os assuntos ou temas escolhidos so necessidades humanas reco- nhecidas e anunciadas. Existiu (a necessidade humana do) “des- cobrimento de novas terras”. Existe (a necessidade humana de conhecer como foi feito) o “descobrimento do Brasil”. Para res- TE METODOLOGIA CIENTIFICA ponder a essa segunda necessidade, sero precisos dados, infor- magées, com os quais se desenvolverao os raciocinios formado- res do conhecimento. Isto é, a necessidade exige um tratamento tedrico, cientifico e racional. A problematizagao é a transformacao de uma necessidade hu- mana em problema, que por sua vez define-se como necessidade humana, quando pensada. O que se faz, na realidade, é dividir a ne- cessidade em seus aspectos componentes julgados importantes. Segue-se aquilo que foi aconselhado por René Descartes (1987, p. 37-38): divide-se um problema em tantas partes quantas ne- cessdrias para bem resolvé-lo, Aexpressao grafica do problema é a pergunta. Por isso, o ques- tiondrio éutilizado como instrumento de problematiza¢ao. Com base na curiosidade pessoal ou na necessidade intelectual, desper- tadas pelos dados disponiveis, ou reforcados a partir das leituras exploratérias, criam-se perguntas a respeito do assunto, O ntime- ro ea qualidade das questées variam em funcio da extenstioe da profundidade do dominio do pesquisador a respeito do tema. Acerca de “As grandes viagens de descobrimento do século XV”, poderiam surgir questdes como: a) Odque sao as grandes viagens de descobrimento do século XV? b) Por que foram realizadas essas viagens? c) Que paises se interessaram mais por essas viagens? d) Por queas viagens em oceano aberto nao se realizaram antes? e) OBrasil foi realmente descoberto por Cabral? B claro que muitas outras questées, ligadas a essas ou nao, poderiam ainda ser levantadas. Observe que cada curiosidade| necessidade pode suscitar varios niveis de perguntas. Por exem- plo, a responsabilidade pelo descobrimento do Brasil pode ser ex- plorada em diversos niveis, com diferentes tipos de pergunta. 7 FASES DA PESQUISA CIENTIFICA 4:4 Selegéio e delimitagao do problema de pesquisa As pesquisas podem considerar a extensao e a profundidade do nto, isto é, podem ser feitas privilegiando a multiplicidade pectos conhecidos que compSem um tema, seus aspectos izontais, a extensao do assunto. Podem também se concentrar em aspectos verticais. Tenderiam, nesse caso, a diminuir a exten- so do assunto, sua multiplicidade horizontal, para possibilitar 0 aprofundamento. O progresso cientifico quase sempre surge do aprofundamento de aspectos de uma necessidade, isto é, estudam-se mais detida- mente “pedagos” dela por vez. Dai a importancia da delimitagao. Deve-se escolher 0 “pedaco” do problema que se quer ou se pre- cisa estudar, para estudé-lo em profundidade. Aescolha desse pedago pode ser entendida em dois aspectos: ou como corte fisico ou como recorte ldgico para o assunto esco- lhido. Pode-se fazer um corte fisico do assunto escolhendo uma das partes percebidas (uma questo), para ser estudada separa- damente, sem necessariamente a vincular as outras questdes que surgiram em torno do mesmo tema. Recorte ldgico a escolha de uma das questdes para considerd-la apenas 0 aspecto pelo qual se trataré o tema todo. Com efeito, qualquer das questdes levan- tadas a respeito de certo tema pode ser vista como um dos possi- veis pontos de vista para o desenvolvimento. Os outros aspectos necessariamente se fariam presentes. Ou seja, 0 pesquisador vai abandonar seu assunto inicial, que é amplo, para concentrar-se, mesmo que temporariamente, apenas em um de seus aspectos, seja porque o julga importante para o conhecimento do tema, seja porque o percebe como melhor angulo. 79

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