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opttlo IV CLAssIFICACAO Dos GENEROS RADIOFONICOS Este 6 momento em que propomos uma classifi ‘ago dos géneros radiofénicos, Tomamos come supor. teadefinigao funcional de Lasswelle Wright, utlizada larques de Melo na elassifieagao de géneros jor- nalisticos. Os generos radiofonieos estio relacionados em raziio da fungio especifica que eles possuem em face das expectativas de audiéncia. O nosso livro-escuta favanga para mais uma freqléncia em diregio ds parti- tularidades ¢ aos meandros da prtica radiofOnica, de seu objeto diante de sua audiéneia, eonforme segue. Género jornalistico E o instrumento de que dispdeo radio para atu: lizar seu piblico por meio da divulgacio, do acompa- ‘nhamento eda analise dos fatos. Os seus relatos podem Dossuir caracteristicas subjetivas do pontode vista dos contetidos e, portanto, acrescentar a0 ato de informar ‘opinides particulares sobre os acontecimentos. 0 género jornalistico apresenta-se, no rédio, por ‘meio de diversos formatos,tais como: oo | Nota Segundo a classiieagiode Marques de Melo:"..) correspond ao relato de acontecimentos que esto em processo de configuragao(.™! A nota, no jargio radiofonio, signifiea um infor 1 sintético de um fatoatual, nem sempre inconeluso ‘Suas earacteristiens principais sio 0 tempo de irradi ‘eo, sempre eurta, com quarenta segundos de duraga ‘as mensagens transmitidas mediante frases direlas, ‘quase tlogrfieas Noticia A noticia 6 0 médulo bisieo da informagi. Seu tempo de exposigie 6 curta, com mesa satisfatéria de ‘um minuto e trinta segundos, podendo ser apresenta- dda em mais de um bloco, ena var de dois ou mais loc tores, a deponder ca quantidade de informagies. Segundo Marques de Melo, “[.] € 0 relato inte- gal de um fato que eclodiu no organismo social (.)"? No radio, « noticia apresonta caracteristiens di versas das que se observam em outros meios. Faus Belau classifica a noticia radiofoniea de acorde com sua forma de divulgasao, seja por meio do “lash” — mode- lo extemporaneo de intervengio informativa e que’. interessa unicamente dar a conhecer o fato com a mai rapide possive |." —ou das noticias explicadas, que so as que aparecem nos boletins e/oa radiojornais Ss Mn. Gir nlite 8 2 Nc them 0 tenfocam 0 fato em sie tudo o que o acompanha e seja fundamental para seu entendimento Estas duas modalidades de noticia sio, a nosso vor, as verdadeiras expressies do formato jornalistieo, Belau, porém, relaciona ainda outras: as que expres sam uma opinigo, a ambientada, a monologada elou dialogada,a documentada e informe, que preferimos lassificar como formatas jornalisticos distintos-* As noticias de opinitioestao présimas do comen= tério. A noticia ambientada, rara na pritiea do radio brasileiro, nio exige maiores destaques, pois trata-se de um expediente que se utiliza de fundos e efeitos ‘musieais para ambientar o corpo da noticia, e que, a ‘exemplo dos formatos de fiegt, sublinhs o signifiendo do fato por meio de suportes sonoros. Jd.a monologada ea dialogada dizem respeito nao {forma da noticia em si, mas partiipagao do apre- sentador ou apresentadores,solitdria ou em parceria =o famoso “pingue-pongue, para utilizarmos o jar 20 radiofonico. A noticia documentada, na verdade, ¢0 queconhe- ‘eemos como a base dos programas temétieo;jornal ‘08 ou documentarios jornalistcos que, sem presenca ‘da opinio, procura por meio de dados comprobatdrios esclarecer os ouvintes sobre o fato enfocadb, Destacamos, ancl, informe, Sogundo Belau este .género jornalistico se aproxima do programa de varie- dades, constituindo, a rigor, uma de suas sequéncias: im dm 9. 252 Lltratadedar uma visto completa dos acontecimentos oldesenvolsimento de wma determinada noticia nag Tonsnte quantoa seus dads estrits — presentes eas Sor aim buscando o parqué dos mesmos Boletim ‘Pequeno programa informativo com no maximo cinco minutos de duragao, que € distribudo ao longo a programagao ¢constituide por notas e noticias ‘yezes, por pequenas entrevistas e reportagens. [A veiculagéo de boletins quase sempre acontece nas chamadas "horas cheins” ou “cabecas de hordvi, por exemplo, as 17 horas, is 18 horas, is 19 horas ete Reportagem Consderada uma narrativa que engloba, 20 més sno, as diveren variveis do acontecimento, «reports gem consegue ampliarocardter minimalista do jorns- lism e oportunizar aos ouvintes, leitores,telespecta- doves ou internautas uma nogig mais aprofundada 8 resprito do fatonarrado. A reportagem, segundo Marques de Melo, “LJ é 6 relato ampliado de um acontecimento que ja reper cutiu no organismo social produsiu alteragaes que so pereebidas pela insttuigdojornalistica(.I"* ‘Asse respeito, Blau diz que:“.. a reportagem a lgada & atualidade [..| narra os fatos enquan's esti acontecend[.1"? on Ma, Ere jai i A. Feast ct Emilio Prado classifica a reportagem como: “Ll ‘um agrupamento de representagoesfraymentadas da realidade que em conjunto dao wa ideia global de wm tema [..I"¥ e prope uma tipologia da reportagem ra: diofOnica: La eportagom simultnes se eaiza a vivo ea ria ‘ho 6 execulada parallamente 0 deseralar da ago Feportada. O eisn crativo¢ dado pla pripra age que farde fo condutor da nario. reporter era permite a moatagem. Porant slog das represen: TapoesTragmentadas de reaidade se sz aps oconhet mento da ago, uma ver que ets tend cone” Porchat define a reportagem como:*..Jeonjunto de providéncias necessérias 8 elaboragio de uma ma téria, Engleba pesquisa, entrevista e slegio de dados relacionados & mensagem a ser veiculada |..." Entrevista Representa uima das prineipais fontes de coleta de informagao de um jornale esti presente, direta ou {ndiretamente, na maioria das matérias jornalisticas. E vista, por muitos, como uma arte que precisa de tée- nieas adequadas no processo de apuragioe investiga (fo, Aentrevista radiofinica segundo Walter Sampaic: coniinets nal eretuale nrmainents 1M eran sp etic A tae cemtancn sn ease nn ao sara de infested, SP Sei, "Rect re Bt lat d dint de de on She an sn. p18 smanifestagies, onde o repre parte em busca de infor ‘agiessuplementare daguleseonteimento eal tenta Spurs, om "som ambiental” entrevista geralmente ‘montana seqhncin de na arrativa fundamen talmentenotiisa milo Prado atribui importincia & entrevista, ressaltando a facilidade de adaptagio deste formato Jomnalistico no ridio e assinalando as suas earacteris- tieas especiicas. A concepeio de entrevista para este autor nos ¢ bastante elueidativa: la entrevista 6 formalmente um digloge que repre sents una dae frmulas mais atracntes da comunicagio FRumana. Produce uma interagio mia enteeo entre stadoo o entrevista, fat da dslogo, Esta ines {80 natural na comnicagio hurtana em ave oad — {xerc um elite de apeasimagso na oui, que ae sen te neuido no elms exoguish ands que na poses pa Stipa © autor — além da diferenciagio semelhante da ‘que faz para a reportagem, classifieando a entrevista como “‘direta’,realizada “ao vive", ea reportagem como “diferida”, “montada’” antes da veiculagio — apresen: ta uma outra tipologia na qual formate pode ser obser vado mediante duas vertentes prineipais: a “entrevista decariter" — tem como eixoa personalidade do entre- vistado—e a “entrevista noticiosa" — tem como eixo a informagao.” * Sn ae demeanditTVedama Mei Entre as entrevistas noticiosas, Prado destaca as de “informagio estrita” — as mais verificadas no ri dio, visto que garantem agilidade & programagéo em virtude da brovidade — e as de “informagiio em pro- fundidade” —que oferecem ao ouvinte informagoes adi cionais ao fato, com o objetivo de provacar @ rellexdo, ‘As pegas da informagio em profundidade possuem, ‘obviamente, maior duragio." Marques de Melo afirma que: “|..J entrevista & ‘um relato que privilegia um ou mais protagonistas do ‘acontecer, possbilitando-hes um contato direto com a coletividade [.)"" Porchat sintetiza o conceita de entrevista come “Ll didlogo entre repértere fonte, sob a forma de per guntas e respostas, para obter informagdes [.”" Belaw considers a entrevista como uma modal dade da reportagem ao apresentarcaracteristicas seme- Thantes quanto ao estilo—fexivel —e i adaptabilidade ‘0 radio, além da forte empatia desses formatos com 0 pablo, Comentario Ocomentirio aparece no seymentojornalistico das programagies radiofonicas como uma pega importante, por eriar ritmo e ampliaro eendrio sonaro do receptor, ‘isto que propicia a presenca, por meio docomentarssta, ' somes tein raj t-9 88 de mais uma vor que se acreseenta dsj existentes ng transmissto wpa angio do comentsrio reside, aproprig daar antes opinatvo, qe sugere cone. Sacattzado. Na verdade, trata-se de um sta radifinico qe se aproxima do a wagnereaqucle (comentirio) est (ed {EE que primeiocorresponde i opinigo do nuto eda inttugo, do veeul. Pode aparece cee ndpendente da prograrmacio, geralmente some Fad peo autor, 0 marrada por um loo, Sompanhade da mencio explieta de sus tia dentro orate generics ame verti» Haale 0 redigjornal.O comentario, nesses forma. Bento dove ser veicuade coino note, mas apis a infbrmacio, na vor do comentarista (0 tempo de durago deste formato nfo deveria chugar a matsde trés minutas; porém, € usual omen tarios mais lngos no rio brasileiro, correndo-se ao ‘isco evidente de dispersar a atengdo do publica com consequenteprejuizo na recep da mensagen. sto€ tservado sempre qve produzimos uma informagia Sonor ines, sem a qucbra necessiria mediante ni tras informagies sonorasdstntas e subseqdentes como inhetas, estes, a palavra eo silencio, Marques de Melo, a0 definiro comentéro,afir sma que: “(ol pressupde autoriadefinida e expictada, ris este €0indiador que orienta a sintonzagio do receptor [I timento e5 Formato jor torial, Aci Nave un Gan oli a 949 6 autor ainda afirma qu ina verdad ocomentirio tem su pedprinespecifcdade ‘enquanteestruturanaeratia do ctiano (1 vem junto aris eee de ser realiza, nosentidade evar prognesticos fom a prvpria notes ‘bio confirma 1 Kaplun acrescenta que o comentario indica uma nse € uma apiniao sobre determinado acontecimen= {ul procura nfo somenteinormar como também orien {ro ouvinte nfuir sobre ele incinalo em favor de tama determina iterpretagio do fate considera jo te conta @ comets apace ape Editorial Esta poga jomnalistiea pouco utilizada no ridio tem ‘como earacteristica principal o antineio de opinide nio- personalizada e retrata o ponto de vista da instituigae radiofénica. Porchat assim define o editorial: “..| texto opi nativo, escrito de maneira impessoal, sem identifica: ‘odo redator, sobre assunto nacional ou internacional, que define e expressa a opinisio da Jovem Pan ("3 ‘Marques de Melo, na mesma direc de Porchat, diz que o editorial: “I. ndo ter autora, divulgando-se in. io © Poncua, op. itp 1TH ‘como espago de divulgasao institucional [.”.O autor conclai com a seguinte assertiva: Ile nio se trata de uma attude volta para perecber fs reivindicagns da ollividadee expreasilae quem feet Signin muito mais um trabalho de ‘a0 Estado para defeea de interosses dos seg ‘mpresriatsefinanesioe que epresentam [1 Crinica Bste formato surge no ridio acompanhando as caaracteristieas conleidas no jornalismo impresso, quais sejam, a relagio direta com a ajualidade ligagio com sma cireunstincia favoravel. A erOniea & eonsiderada ‘9 formato que transita nas fronteiras do jornalismo e, da literatura. Muito presente nos jornais brasileiros nies da implementagio da forma ininimalista de con- tar histrns, olead, a erdnica defini os peris de varios periédicos no final do séeulo XIX e inicio do XX. Algumas diferengas e semelhangas poderio ser estacaclas: a literatura ¢ o romance estio ealeados ‘numa voeagio encilopédica, “vista como método para conhecer a relagdes entre homens, coisas e fatos do ‘mundo, partir da linguagem literdria”* no passo que ‘ojormalismo preza pela agilidade, pela condensagao dos fatos — earacteristica possivel a partir da década de 1950, B nessa fase que 9 jornalismo brasileiro so mo- demniza, de tal sorte que vai sbdicando de textos lon ‘gos, cheios de ornamentos e rodeios. Lins da Silva Tembra, no entanto, que: ° Wet rode sn nao 20 9 Mgt °8 © que exist, na verdad, fai um deseompasso entre © Aiscursoasumido pele profsionaisdejornalone su Drain, que manteve un prtdrismoostensivo na aber ¢ um testo "ebacado, imprecise ncoret, Sncoerente, desartieulado, sm eabstinen, pare maior parte das veces, em qualquer jor que se kia com avnga Uma ver que o jornalismo é um dos principais contadores de historia da atuslidade, Lemos questi: ‘na como ele consegue responder & angistia do homem contempordieo vido por informagoes, por concer 0 mundo? Nesse sentido, ojomalism se assemelha 8B teratura porque protende “esgotar o mundo, dar conta dole todo™* Acdiferenca bisia entre estas das catego rag estarianaobjtivdae earactristiendojornalisio) io entre multiplicdadee votalidade que wma. ‘eoutra estabelecem, E come pels eriniea que ajoma Tiamo se livra das amarras do texto enxuto,concio,d soqiéneia particular para o geral ‘Marques de Melo ensina que s erdnica: “es trutura-se de modo temporalmente mais defasade; ceula-se diretamente aos fatos que estio acontecendh, mas segue-the o rastro, ou melhor, nao coincide com ‘seu momento eclsivo ("2 No que diz respeito ao universo radionico, ele assogurn que “a erénica radiofénica, ainda cultivada rnas pequenas emissoras das eidades do interior, per manece cingida & estrutura da erénica para o jornal trata-se de um texto escrito para ser ldo, cuja emissiio Stone, Gino aaa combina a entonagto do locutor € 08 recursos de sone. plastia, eriando ambientagio especial para sensibil- aro owvinte Radigjornal Formato que eungrega e produ outros formatas joralisticas, como as notes, notieias,reportagens, Mnevisas, comentarios © erOnieas, O ratiojrnal ¢ fonstituid por diversas sees ou eitorins, como as eotiiasnacinas,internacionais, econdmica, de faltura wares, deservigo de politics, de esports ete Garacterizase pela perodicidade dri, mantendo » Fegularidde nos horiris de inicio término de soas transmisaies,garantindo, assim, a erediidede neces Sarin do publconoque dir respeita aos eonteids trans. mitios, Orteiwano prefere designar o formato radio) nal apenas come jornal, pois para ela: |. Gotradisionslornalfalado" das emisoras que tom porfungiocabriretltime period informativo entre un ‘miso da expiceo otra. Apresentaassuntos de tades ‘os campos deatividade, estruturadas em "editoras” Ll Soa duragaevaeia de quinze minutos uma hor hie ‘vend, je em dia jonas com até duas horas e mci de dluragio 1 Kaplun,quedenomina oformatode radiaperidico, comenta sobre a partejpagio por tema de diversos profs sionais especializados no radigjornalismo que colaboramn tem ie 100 1a claborago dos txts noise, em alguna cso, ‘espansbilizam-se pla spresenactos Bela preferedenominar radijomal de progr ma de noticias ¢ dostaca x inpurtdnea dos eters dest tio de programa ornate quant a coc tment dos eritro de sa labor tats com 1) a cabega do programa; 2) 0s resumos, em caso de existirem; 3) a classificagio dos blocos asticioses; 4) 0 tipo de elementos utilizados para di locos; ide 08 5) os recursos para atrair a atengao do ouvinte; 6) a.utilizacio de fundos musieais; 7) a resolugio do programa.” Quanto a distribuigio dos blocas ¢ a seqiéncia ‘em que eles estto dispostos dentro do radigjornal, en- sina Sampaio |. os programas de maior durasto, entéo, deve se foie goresamiente a pirimide iavertida~ ordem de- resented importnsae pels diversas procedénsise fem bloc, ou sea, noticias ais, naconaeiternaca ais —, st 6, abrremst, gerlnnente com manchees, pssando nos destaqus, depois una nota comentada oo 'penaspormenorizad, sobre prineipal asontecimento dodia. Finalmente vem a torent de ntias dos diver fs boeos de procedénca [2 | Documentrio jornlisico Cont eran a pe oan ie dato dso "eprter contr eager wes pein deter One ein ln, conentrian deepal ama nn aeateaent, «deserve na eto um ato ou onto de te el ine ree saa Coonan nfo rats per mae de nonages eal ‘Stansted cm ano“-com atria gravy seething ss tas enieadn — ex Rigas marin tpn is Repl comer oes tcunssnea tment "elas document” por sua ung ema {ua monografaraiafiniasobroum tema dado Uina breve exp sem sua completa apresentagto. Pode de rarmciahora ou plo menos quinz a inte minutos [1.* _O mosmo autor afirma que em paises da Axia © da Aven, com resonhecidose precios indices de de Senvlvimenta, a tlizagd do formato jornaiatior Portagem, ao lado de paises europeun e dos Estaos Unidos, constante.O proveitamento pio deste fo mato na Améren Latina tem maa raies a retrasio desea sso na regio” Ortrivano define o formato como informativo pecial ¢comenta: tal gr sa emis ever se eso, ta tent lpn ore Scan te a tora dame ats unas Hse Nes Dron cpa pi ama sree sa Perodtiadsa chen cesta ‘Sromanalsatn cm cade owe de sacri Mesas-redonclas ou debates Sao espagos de discussao coetiva em que os parti- cipantes apresentam idgias diferenciadas entre si Nor- ‘malmente, so medindos por um apresentador queimpae as regras previamente acitas pelos participantes, ten ddoem vista delimitaro tempo de fala de ada um, org nizar as perguntas e a soquéncia das respostas, ‘Suas apresentagdes devem ser “ao vivo" ou ter a aparéncia de “ao vivo", mesmo que gravadas anterior- mente & emissio. Os cortes, exceto aqueles referentes ‘aos blocos comerciais ou de chamadas,artficializam a discussie suscitam, conseqientemente, perda de ere- ibilidade do vereulo junto ao pablico. O debate pres- ssupie a presenga de defensores de idéins que possam expor valores sem a presenga, no ar, de assessores, es pecialistas e comentaristas. O debatedor esta sozinho para defender seus prineipios. A mesa-redonda é com- posta por especilistas que, tendo ou no valores eo- ‘muns, procuram esclarecer e elucidar 0 pablico sobre ‘um ou mais temas abordados Kaplan considera o debate ou “discussao” como uma variagio da mesa-redonda, porém ressalta que sularidades se comparado is ate pos algunas part col i te nente ditas. rmesas-redondas propriam Para Bela: arate o realise 0 a mesma que {lm ns cma iiovoxego de necesitar dum seer seta 0 ide da la de pi, ira atoagioilereecante us igualdade Fee tip ditnton entrevista [nl Prado considera o debate radioffnico como: {la forma mais viva da pelmiea, Nee se prods um ffentamento arta de das posturas opostas. Do de {hte devem surgi os dados nccessrios para justine a postura ecm consequcneia, para eslarcer toma, polemic. Dovesulta dodebote surgi psiionamen- {de publio o lado de wna postura ou de outa. Bt {poscionamento nem compro gdeinio ou dtinitive LL [No que se refere ao eonceito de mesa-redonda, esse autor considera que: {4 formula mais eomplota, dina, si eatraeate ds polemizar no rio @a mest-redonda. Nela partic pm representantes de diversas ontos do vista sobre 0 {ema a ser debatido. Ox pontos de vista expostos podem ‘ser contrapostos ou eomplementares [1 Programa policial ‘Tom como objetivo cobrir 0s acontesimentos ¢ fa- tos policiais, por meio de reportagens, entrevistas, comentarios ¢ noticias, e 6 apresentado de modo inde- pendonte ou vineulado aos radigjoenais 0 programa polcial geralmente comandade por Jomnalistas especialistas no tema e pode ser veieulado “ao vivo", dentro dos noticirins, ou gravado em trans. missies especiais ou periédieas, com formato expect co, Neste caso, 0 apresentadar pade fazer as veues do animador, com uma narrativa simboliea, utilizando efeitos sonoros ¢ trilhas musieais que realgam o discur- 80 ¢ propiciam um ambiente de emogio ¢ expeetativa, Lopes assegura que: {21 as informagéespolciais sto normalmente transmi- tidas plas emissorae naooputaresem fora desegbes Inseridas nos ntieieios ere un iatament ore nelistien através de um reprter polis. Fito cornea ‘altos, rouboseerimes sto agropados numa seg.” No que tange is rédios populares, Lopes lembra ‘que: [elf nas ris de programaso poplar fat plicial parece com mals destaque eo abeto de wma aborda tgem diferente [1 sua estrutuea basin se na drama. ago do ait diver (erimer, roobas, seer ete) Pir tan artes oft tiers Programa esportivo . rm eomo finalidade a divulgagio, cobertura ena ye seaports. Eval no frat Ae potting, comentéria, reportagens, entrevistas, sR me redondas, em radiajornais ou em programas Trpeeifcas de carter permanente, conhecidos con Sattojornas esportices, ou por meio das transmissdes ‘Sportivasverdadeiras programacOes compostas por programas de eequentamento” da transmissio em si, eum evento esportivo ede um programa de encerra Nascido no rio antes mesmo que o proprio diode noticia, o rio esportivo, segundo Soares {1 tornowse umn fendmeno de eomonicagio de massa Com linguagen tiferencinda, os lcutores, na tentative fe desprtar © imaginiio do receptor, transformam & rarragho em grandes espetdevlos que chegam a superar 2 vealdade bl Wilby e Conroy, tendo como censirio o radio brita- nico, apontam quatro tipos de programas esportivos: 106 1) 08 boletins esportivos; 2) 0s programas de estidio; 3) as coberturas esportivas; 4) placar esportive. Esta classificagio serve, afortunadamente, para panorama da programagioradioica copra Os holetins esportives, assim como os boletins ‘gorais, aparecem no deeorrer das programagies artis- ou jornalisticas das emissoras e possiem dura ‘qo de fio maximo cinco minutos por insergio. Sto configurados por noticias, reportagens eurtas, entre vistas ¢ comentarios de tedos os esportes. Os programas de estidio, com periodicidade e duragio fixas — quinze minutos ou até uma hora de transmissdo —, apresentam as mesmas earacteristi- cas do radiojornale, em virtude dessa eorrelagao, 88a ‘onhecidos como “radiojornal de esportos" ‘As coberturas esportivas, uma das mais impor- tantes manifestagses do rédio contemporiineo brasi- leiro, t2m no fatebol sua maior atragio, ‘A transmissio do evento esportivo ¢, por si 96, ‘um fenémeno radiofnieo o qual no Brasil tem eonota- (ies que transcendem ofazerjornalistco, pis, com seus Jargoes © chavoes Lipicos e quase sempre originals, © locutor esportivo nfo apenas retrata fielmente © desenrolar da partida de futebol, mas da eontornos Posticos & sua deserigio. Essa performance & confir- 7 Wn Pe Corny herent ond a, 184, mada por Saroldi em depoimento & BBC de Londres: {a} transmissio esportiva no Brasil constitui um sgénero i parte. Uma espécie de épera sonora, muitas Jones superior ao espetaeulo que supostamente procu- ra descrever [.l"" ‘A cobertura esportiva, entretanto, nao se atém apenas & transmissio do espetdeulo, mas tem uma ‘hertura que ja é umn verdadeiro programa esportivo parte, em que sio apresentados retrospectivas,o pla- tear esportivo com os resultados dos eventos préximos Aquela data, a tabela de classifieagao dos campeona- tos, reportagens com os jogadores e, também, servigos, ‘com notas de trnsito sobre o luxo de veteulos proxi ‘mo a0s estado, obstragao de vias piblicas, informa- ‘Gio de acidentes e ocorréncias policias, A cobertura Iescla reportagens e entrevistas ao vivo com jogado- res, abitros, dirigentes esportivos, piblico em geral, ‘com matérias pré-gravadas. A coberturaesportiva éfnalizada com um progra ‘ma conhecide como plaear esportivo, em que todos 0s eventos esportivos © 0s seus respectivos resultados sio divulgados como num balango geral das atividades ‘esportivas da semana, por meio de entrevistas, repor- tagens, comentarios etc, que podem acontecer em al- fgumas programagies desvinculadas das eoberturas. Assim como os notcirios policiais, os programas esportivos sio reslaborados na TV segundo os trejei- tos e earacteristicas com as quais so produzides no iio, “Sus Li Can Orion ral gave ovaries da [BEC Undr 1088 p48. Divulgagao tecnocientifica Este formato tom a fungi de divul io de divulgar e, canse- auntemente nfrmar a socedad sobreo mind da cigncia, com roteiros apropriadoselinguagem que seit acessivel & maioria da populagio, cam Pode ser produzido como programas radiofinicos com duragio € periodicidade fixas, ou, ainda, como bolotins. a A grande preocupagao reside na estrutura e den- iade do texto cientifico, que deve apresentar uma, leitura simples, direta e de entendimento satistatsrio, tendo em vista a média de escolaridade do pablice que uve os programas de ridio. 0 uso de ferramentas de linguagem radiofiniea, ‘a exemploda sonoplastia, a participagio de radioatores eas trilhas musicais sao fundamentais para tornar 0 discurso cientifico acessivel e palative, Género educativo-cultural 0 gtnero educativecultural é uma das colunas de sustentagao da programagio radiofanica nos paises. desenvolvidos. No Brasil 6 quase totalmente encober- to no eendrio de possbilidades do radio nacional. A comercializagio e consequente banalizagio dos coates dos dos programas radiofinicos da atualidade nao pro piciam a eriagio de projetos que visem instruir eeduear ‘por meio do veiculo de massa mais popular ede maior. enetragaa na sociedade brasileira. Restrito a algumas emissies das programagies ‘educativas, o género ducativo-cultural, se devidamen- te utilizado, poderd ser de grande valia na conquista da cidadania, em um Pais em que grande contingente fopulacional nao possui suas prineipais demandas tendidas, a exemplo do registro de nascimento, ‘Kaplunnos ensina que “edueagio radiofonica” nao se restringe apenas is emissies especializadas que vi. Sam i alfabetizagdo e & difusdo de conhecimentos bi ‘ico, mas implica Lu todas aquslas que procuram a transmisséode vale: resva promot humana, adesenvolvimento integral da Tomem o ds comunidades que se propoem a evar ¢ ‘vel deconsiénia,eaimulara reflex eeonvertercada omen em agente mivo da transformagao dese mee rural, eanomico esi [o No que concerne a esta funeio do radio, faz-se necessirio lembrar que ele ja foi utilizado intensamente ‘no passado, como elemento educacional. Roquete Pin- 1,0 fundador da radiodifusao brasileira, assim eonce- ‘dew o meio. Com o adventa da televisao, grande parte desta vocagio do rdio foi esquecida, muito em razio das priprias caracteristicas da imagem. Contudo, sua capacidade de informar mediante o som ¢ ineyivel Atualmente, 6 impossivel imaginar a pritiea de censino sem 0 auxilio de recursos audiovisuais, ferra- ™mentas questo presentes, com maior ou menor inten sidade, na vida de cada um de nés, Todavia, no eampo specifica da educagao, a escolha de uma logistica que aproveite todos os meios de comunicaga, concomitan- temente ou por etapas, é obrigatéria, 0 utio nos parece mais apropriado se utilizado ‘como parte integrante de uma estratégia de difusto de ‘conhecimentos em que estejam contemplados outros meias, sendo sua atuagio definida por agies que ext mulem o aprendizado por meio do uso da linguagem do imagindrio ou que existam como sustentagio de ages educativas em que hi o empregeda imagem edo impresso. 0 campo Educomunicagéo — Edueagio para eo- smunieagii.e Comuniengio para eduengaio— ver, atwal- ‘mente, susctando debates fixando pritieas que possam, cexplorar, de forma eonsoqiiente, 0 uso do ridlio e de ‘outros meios no espago escolar e em outras instancias do formagio. Aviso pioncira de Roquote Pinto ¢ revista, Ihaje como um roquisito fundamental para a eiciéncia do campo educacional Baseados na oferta de programas de rédio eu- ropeu enas programagoes eventuais do radio educa tivo no Brasil, classificamos os seus formatos mais, utilizados, sem, no entanto, nos furtarmos da afirma- ‘gio de que estes empregam em sua construsio outros formatos que aparecem, neste easo, como acessérios Programa instrucional Eo formato considerado como parte de uma tratégia pedagégien que visa acompanhar os curricu- los aprovados pelos arlenamentos que regulam oensino ial, adaptado linguagem do dudio. Utilizando-se de recursos diversionais como 1 radiofonizagao de determinades comportamentos fsituagies, 0 programa instrucional égeralmente em- pregado como suporte aos curses de alfabetizagao, de

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