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JGPAT — Repartioio de Normalisasto— Aw. de Reena, 1— LISBOA] — Portugal ODU_624.131.439.8 NORMA PORTUGUESA soles NP-143 DERINITIVA Deterinasio dos times de conssénia Aaa Sola, Détermination des thniter de consintance 1—OBJECTIVO A presente norma destina-se a definir ¢ a fixar os processos de determinar os limites de liguidez, de plasticidade, e de retracgdo, de solos para efeitos de engenharia civil. 2—DETERMINACAO DO LIMITE DE LIQUIDEZ 241—CAMPO DE APLICAGAO A determinacio do limite de liquide & sdmente aplicdvel a solos com cerca de 30 %, ou mais, em massa, de partfculas de dimensdes inferiores a 0,05 mm. Ficam, portanto, exclufdos os solos predominantemente arenosos, para os quais 0 ensaio, mesmo quando possivel, perde o seu signi- ficado. 22—DEFINIGAO E SIMBOLO Para os fins da presente norma, entende-se por limite de liquides de uma amostra de solo 0 teor em Agua correspondente a 25 paneadas, obtido por interpolagéo numa curva que relaciona © teor em Agua de cada um de 4 provetes da amostra com o nfimero de pancadas para o qual 08 bordos inferiores de um suleo aberto num provete se unem numa extensio de 1em, quando 0 ensaio é feito na concha de Casagrande. Representa-se pelo simbolo LL. 23—APARELHOS E UTENSILIOS 281—Concha de Casagrande — Aparelho essencialmente constitufdo por uma calote esférica de lato, com 2mm de espessura, e por um dispositive mecdnico que permite fazer levantar a ealote que em seguida cai, de altura regulével, sobre uma base de madeira, de borracha dura ou outro material de caracteristicas idénticas (fig. 1). 282—Riscador — Pega metélica, por exemplo lato, com uma das extremidades em perfil trian- gular com o vértice truncado numa largura de 2mm, ¢ a outra com o calibre de 10mm, dest nado a permitir regular a altura de queda da concha de Casagrande (fig. 2). 283 —Almofariz com mo de borracha ou de outro material macio. 284—Peneiro de malha quadrada de 420 , (penciro n° 40 da ASTM), 2.85—Capsula de porcelana ou recipiente de vidro com cerca de 10cm de didmetro. 2.36—spatula para preparar a pasta de solo com agua destilada. 23.7—Aparelhos e utensilios necessirios 4 determinagio do teor em Agua de um provete de solo (veja-se a Norms NP-84). (Continua) Eatudada pelo Laborstério Nasfonst de Rngonheria Civ Port, a0 16 088 de 14/2/1088 Port, 0 26360 Ge 5/7/1968 Date S 102 j2000__ ‘Solednde Antéria, Las. Baigio Jul. 1970 ODU_624.131.439.8. NP-148 (1969) p. 2 ao de ajustanonto 1 wee +} 1715 —____} 195. Fig. 1—Concha de Casagrande ah Fig. 2—Riscador 24—PREPARAGAO DOS PROVETES ‘Tomam-se 500g da amostra a ensaiar, que se pisam no almofariz com mio de borracha ou de outro material macio, com o objectivo tinico de promover a separagéo das suas partfeulas sem alteragéo da granulometria, ¢ passam-se através do peneiro. (Continua) WSauOE—TVORSTT—t Suusd op “AY — OFeRINMLON 6p OFINENEU—TVEOE ‘Tiligho Jul. 1970 “Gocledada AntGcla Loe. "a00) ox. LU GALSL SSID IGPAT— Reparticio de Normalizagio— Aw de Berna, 1— LISBOA — Portugal NP-143 (1969) p. 3 Do material que passar através do peneiro, tomam-se 100 g que se amassam A espatula com 4gua destilada até se formar uma pasta homogénea e consistente. De cada vez que se adiciona nova poredo de gua, a amassadura deve durar, pelo menos, 5 min, Em certos tipos de solos argilosos, pode ser aconselhivel deixar o material hiimido durante 24h em recipiente fechado para que a humidade se distribua uniformemente pelas particulas. Alguns solos tropicais, inclusivamente os solos lateriticos, podem exigir uma mistura continua imediatamente antes do ensaio durante um periodo que pode atingir 40min, Depois de se verificar se a concha de Casagrande esta perfeitamente limpa, e se cai livro- mente e sem demasiadas folgas, toma-se uma porgio de pasta preparada como se indicou que se coloca na concha de modo que se obtenha uma camada, nio muito comprimida, com a espessura méxima de 1em e com a superficie nivelada, Ensaiado o primeiro provete, sero sucessivamente preparados mais trés por adigio de novas quantidades de égua destilada & pasta anteriormente obtida, por forma que a torne mais flulda. Os teores em gua dos 4 provetes devem ser escolhidos de modo que o nimero de pancadas necessfrias para unir os bordos dos sulcos varie entre 10 e 40, e se distribuam, em dois ensaios, abaixo de 25 e, em outros dois, acima. 25—TRONICA DO ENSATO Antes do infeio do ensaio, deveré proceder-se, com o auxilio do calibre, & regulagio da altura de queda da concha e também a um treino do operador com o fim de que a manivela da concha de Casagrande seja accionada, durante o ensaio, de modo que dé 30 voltas em 15s. Preparado o primeiro provete, faz-se nele um sulco que deverd ser obtido deslocando o riseador segundo 0 didmetro da conche normal ao cixo da manivela e mantendo-o perpendicular & superficie da concha (*). Acciona-se em seguida a manivela, & razio de 2 voltas por segundo, até que as duas porcdes do provete, devido as pancadas da concha sobre a base, entrem em contacto pela parte inferior do sulco numa extenséo de cerca de Lem, e anota-se 0 nfimero de pancadas correspondente, Retiram-se, ent&o, com a ponta da espatula, cerea de 10g do provete da zona do sulco em que se deu a uniéo, e procede-se & determinagéo do seu teor em Agua (veja-se a Norma NP-84). Repetem-se sobre cada um dos restantes trés provetes as operagSes indicadas. 2.6—RESULTADOS Anotado 0 nfimero de pancadas correspondente a cada um dos ensaios, traga-se uma curva, relacionando o teor em Agua de cada um dos provetes com o correspondente mimero de pan- cadas, num diagrama em que se marca, em ordenadas, o teor em Agua em escala aritmética, e em abeissas o mimero de pancadas em escala logaritmica, O limite de liquide da amostra ensaiada & dado pelo teor em humidade correspondente & 25 pancadas, obtido por interpolago na curva tragada como se indicou, © resultado & expresso em percentagem e apresenta-se arredondado as unidades. No caso de nfo ter sido possivel determinar o limite de liquidez, indica-se que o solo é «nfo plistico». © resultado do ensaio deveré ser acompanhado da indicagio do estado da amostra antes do ensaio, isto , se se encontrava tal como foi colhida ou seca em estufa. 3—DETERMINAGAO DO LIMITE DE PLASTICIDADE 31—CAMPO DE APLICAGAO A determinagio do limite de plasticidade é sdmente aplicével a solos com cerca de 30 %, ou mais, em massa, de particulas de dimensées inferiores a 0,05 mm, Ficam, portanto, exeluidos os solos predominantemente arenosos, pata oa quais o ensaio, mesmo quando possivel, perde o seu significado. (*) Convém verificar periddicamente se as dlmenstes do riscador colncidem com as tixadas, visto que o uso pode desgasté-lo, (Gontinua) ‘Scoledade Antéria, Lan 1000 Bdigio Jul. 1070 ODU_624.181.489.8 NP-143 (1969) p. 4 32—DEFINIGAO E SIMBOLO Para os fins da presente norma, entende-se por limite de plasticidade de uma amostra de solo a média dos teores em agua de 4 provetes da amostra a ensaiar, cada um dos quais € 0 maior teor em Agua com que rompe cada provete ao pretender-se transformé-lo num filamento eilfn- drico com cerca de 3mm de diémetro, por rolagem entre a palma da méo e uma placa de vidro. Representa-se pelo simbolo LP. 33—APARELHOS E UTENSILI0S 3.8.1— Almofariz. 332—Peneiro de malha quadrada de 420 y. (peneiro n* 40 da ASTM). 383—Placa de vidro plana sobre a qual se possa rolar 0 provete. 8.84—Espétula, 38.5— Aparelhos e utensilios necessfrios A determinagio do teor em gua de um provete de solo (veja-se a Norma NP-84). 34—PREPARACAO DO PROVETE Tomam-se 100g da amostra que, se necessirio, se secam ao ar ou na estufa. Pisam-se no almofariz apenas para separar as particulas, e peneiram-se. Do material que passar através do peneiro tomam-se 20g que se amassam & espétula com fgua destilada, até que a massa se torne suficientemente plistica para permitir moldar com facilidade quatro pequenas esferas de diametros sensivelmente iguais. 25— TECNICA DO ENSAIO Rola-se um dos provetes da mistura obtida entre a palma da mfo e a plaea de vidro, eom pressio suficiente para a transformar num filamento cilindrico, Quando o didmetro do filamento atinge cerca de 3mm, volta-se a formar a esfera e a rolé-la de novo, e continuam-se estas opera- ‘bes até que devido A progressiva secagem do provete, se dé a rotura do filamento quando 0 seu didmetro atinge cerca de 3mm. Aglomeram-se entio os filamentos obtidos e determina-se o seu teor em Agua (veja-se a Norma NP-84). Repetem-se sobre cada um dos restantes trés provetes as operagdes indicadas. 3.6 RESULTADOS limite de plasticidade da amostra ensaiada é 2 média dos teores em Agua determinados para os quatro provetes. resultado 6 expresso em pereentagem e apresenta-se arredondado 4s unidades. No caso de nfo ter sido possivel determinar o limite de plasticidade, indica-se que 0 solo & enio plistico». Se a amostra tiver sido ensaiada depois de seca ao ar ou na estufa, a indicagio de tal facto deve acompanhar o resultado do ensaio. 4—DETERMINAQAO DO LIMITE DE RETRACQAO 41 —CAMPO DE APLICAQAO A determinagio do limite de retracgiio 6 sémente aplicdvel a solos com cerca de 30%, ou mais, em massa, de particulas de dimensdes inferiores a 0,05 mm, Ficam, portanto, excluidos os solos predominantemente arenosos, para os quais 0 ensaio, mesmo quando possivel, perde ‘© seu significado. (Continua) Snbiod — FVOURTT TY SuSE ep NV — OFIETIGLNN op OPNINEY — EIST ‘Yaigho Jul. 1970 “Boledade Astéria, Lda, 1000 ex. {OPAL — Reparticio de Normalingio — Av, de Berna, 1— LISBOA — Portugal ODU_624.131.439.8 NP-143 (1969) p. 5 42—DEFINICAO FE SIMBOLO Para os fins da presente norma, entende-se por limite de retracgdo de wma amostra a média dos teores em fgua de quatro provetes da amostra a ensaiar, cada um dos quais corresponds & diferenga entre a quantidade de égua do provete no inicio do ensaio e a redugio do volume (tomada como perda do teor em égua) sofrida pelo provete durante a secagem. Esta diferenca exprime a humidade no instante em que cessa a retracgiio por secagem. Representa-se pelo simbolo LR. 48—APARBLHOS EB UTENSILS 48.1—Quatro capsulas de poreslana de fundo plano com cerca de 4,5cm de didmetro ¢ 1,5cm de altura, destinadas a conterem os provetes durante 0 ensaio. Os bordos das cApsulas devem ser lisos e estar no mesmo plano (fig. 3). 432—Taea de vidro com os bordos lisos e no mesmo plano, com cerca de Sem de diametro 2.5m de altura, destinada & determinagio do volume do provete seco, por imersfio deste em meretirio (fig. 3). Cépeuta ee proves 7 [Prove YY porcelana p et Antes da secagem Depois da secagem Py ALY cer 8 Taeg devi Tina de vidro ou poreal oe et Taeg_de vidro ina de vidro ou porcelana Proyete seco Placa de widro has Fig. 3 43.8—ina de vidro ou poreelana com capacidade suficiente para conter a taca de vidro referida na secgio 4.3.2 e destinada a recolher 0 meretirio que desta extravase ao mergulhar o provete (fig. 8). 434— Placa de vidro plana, 4 qual estejam adaptadas trés hastes metlicas (fig. 3) destinadas a rasar o mercirio na cApsula de poreelana, ou na taga de vidro, e a fazer simultineamente a imersio do provete. 43.5—Espitula metdlica de gume desempenado para permitir rasar a mistura de solo e 4gua na cépsula de porcelana, 4.3.6— Almofariz. 437—Peneiro de malha quadrada de 420 . (peneiro n.* 40 da ASTM). 438—Moreiirio em quantidade suficiente para encher a taga de vidro. 48.9 — Estufa, para secagem, entre 105°C e 110°C. 43.10—Balanea para pesar até, pelo menos, 500 g com limites de erro de + 0,01g. 44—PREPARACAO DOS PROVETES Tomam-se cerca de 100g da amostra, que se pisam no almofariz com o objectivo tnieo de promover a separagéo das suas partfculas, e passam-se no peneiro. Do material passado, tomam-se cerca de 30 g que se amassam com gua destilada em quan- tidade suficiente para que todos os seus poros fiquem completamente preenchidos, e se obtenha uma pasta que permita a sua introdugio nas eépsulas de porcelana sem inclusdo de bolhas de (Continua) ‘Sociedade Aatéria, La, 100) ‘Edigio Jul. 1970 ODU_624.131.439.8 NP -148 (1969) p. 6 ar. A quantidade de fgua requerida , em geral, a correspondente ao limite de liquide, ou ligei- ramente superior. Unta-se o interior das c4psulas de poreelana com uma fina camada de vaselina e procede-se ao set enchimento com a pasta do solo obtida. O enchimento deveré ser feito colocando, de cada vez, no centro da cipsula uma quantidade de pasta sensivelmente igual a 1/3 da sua capacidade, que deveré ser espalhada com 0 auxilio do bater da cépsula sobre uma superficie de natureza conveniente, O excesso de pasta deveré ser removido, rasando a cépsula com a espétula, limpando-se culdadosamente em seguida a pasta exteriormente aderente, ao mesmo tempo que, deste modo, se expulsa o ar nela contido. 4.5—TRONICA DO ENSAIO Preparados 08 provetes como se indicou, pesa-se imediatamente em soguida cada um deles com a respectiva cépsula; deixam-se secar ao ar até que a cor dos provetes fique mais clara (em geral durante Gh a 8h). Introduzem-se entéo na estufa a temperatura entre 105°C e 110°C, com as respectivas cépsulas, e secam-se até que a diferenca entre pesagens efectuadas a intervalos de 4h nfo soja superior a 0,1 % da massa inicial; em geral 6 suficiente um tempo de secagem de 16h a 24h, Terminada a secagem, retiram-se os provetes das cépsulas, pesam-se estas separadamente € doterminam-se o volume de cada um dos provetes e a capacidade das respectivas cépsulas pela forma que a seguir se indica, Coloca-se a taga de vidro dentro da tina © enche-se aquela com merotirio que se rasa pre- mindo contra ele a placa de vidro e devendo haver o cuidado de evitar que fiquem retidas quais- quer bothas de ar. Remove-se da tina o merciirio excedente, coloca-se 0 provete na taga e re- petem-se as operagdes anteriores. © volume do provete 6 dado pelo quociente da massa do volume de meretirio por ele deslo- cado pela massa vollimica do mereirio (18,55 g/em*). A capacidade de cada uma das cipsulas determina-se de modo idéntico, colocando a cépsula dentro da tina, enchendo-a de meretirio que se rasa com a placa de vidro e determinando a massa do merciirio nela contido. 4.6 — RESULTADOS 461—Céleulo Sendo: V, 0 volume, expresso em centfmetros ctibicos, do provete no infoio do ensaio e que 6 igual & capacidade da cépsula que 0 contém, V, 0 volume, expresso em centimetros ciibicos, do provete seco, m, a massa, expressa em gramas, da cépsula com o provete, no inicio do ensaio, ‘m, a massa, expressa em gramas, da cdpsula com o provete seco, ‘m, @ massa, expressa em gramas, da cépsula, ‘m, a massa, expressa em gramas, de um volume de agua igual & diferenga V.-V,, cal- culada tomando para a massa voliimica da gua o valor 1,00 g/cm’, © limite de retraegio, expresso em percentagem, de cada provete é: My — Ma — Me x 100 ‘tm, — My, O limite de retracgio da amostra 6 a média aritmética dos limites de retracefo dos quatro provetes ensaiados. sat ayracstg @ a O resultado apresenta-s erredndado is uniade, AED WOGSET 1 WuRg op AV —OPMRUION Op OPGFGPE —TVEOT Tinea Edlgho Mar. 1970 “Bocletade Astoria, Lan 1000 ex.

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