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Sébado 30 do Julho de 1983 I Série — Nimero 74 DIARIO DA REPUBLICA PREGO DESTE NUMERO - 136$00 E A aniatre meena srk ino om Ainaaees Fa 1 dedamaivo ove tea Pte be plana pare ends aa, 28 idl de Repbicn Senn ais Beare rots Rptedow Dil de duende da erie Compligiadar nao ara Revie Tada «correspond deve ser did 7° SUPLEMENTO IMPRENSA NACIONAL-CASA DA MOEDA AVISO Por ordem superior € para constar, comunica-se que nao serdo aceites quaisquer originals destina- dos ao «Diério da Republica desde que nao ta gam aposta a competente ordem de publicacao, assinada @ autenticada com selo branco, SUMARIO Ministrio de HatitagSo, Obras Pillicas © Transportes: Decreto-Lel n.* 349-c183: Aprova 9 Regulamento de Estruturas de Beto Armado ¢ PPreEstorcado. MINISTERIO DA HABITAGAO, OBRAS POBLICAS E TRANSPORTES Decreto-Lei n.° 349-C/83 de 30 de Julho No quadro da actividade de actualizagio da regu- lamentagdo técnica de construgdo, foi oportunamente reconhecida a r2cessidade de abordar 0 dominio das estruturas de betdo armado e pré-esforgado. ‘Com efeito, 0 regulamento até agora em vigor, aprovado pelo Decreto n.° 47 723, de 20 de Maio de 1967 — que corresponde, aliés, a uma etapa muito importante no progresso dos conhecimentos, entéo em. répida evolucdo —, além de nao contemplar as estru- turas de betdo pré-esforcado, necessitava de actuali- zagdo face ao desenvolvimento técnico entretanto ve~ rificado, Acresce que a promulgacdo, pelo Decreto n.° 235/83, de 31 de Maio, do Regulamento de Se- uranga e Acgdes para Estruturas de Edificios ¢ Pon- tes, que estabelece as novas condigGes gerais a obser- var na verificagao da seguranga de todos os tipos de estruturas, independentemente da natureza dos mate- riais constituintes, imporia, por sis, a necessidade de revisio do regulamento de 1967. ‘© Regulamento de Estruturas de Betéo Armado Pré-Esforcado que 0 presente decreto aprova foi ela- borado pela subcomisséo especifica da Comissao de Instituigdo € Revisio dos Regulamentos Técnicos do Conselho Superior de Obras Publicas e Transportes, com base em estudos ¢ propostas do Laboratério Na- cional de Engenharia Civil, que participou também de forma muito activa nos trabalhos daquela subcomis- ‘Com a promulgacdo deste Regulamento ¢ do regu- lamento relativo a seguranca e acydes, anteriormente referido, passa o meio técnico nacional a dispor, neste dominio, de regulamentagdo actualizada ¢ perfeitamen- te harmonizada com as directrizes j4 adoptadas pelas grandes organizagSes técnico-cientificas internacionais que a tal harmonizagio tém dedicado a sua actividade. ‘Assim: © Governo decreta, nos termos da alinea a) do n.° 1 do artigo 201.° da Constituigéo, 0 seguinte: Antigo 1.° E aprovado o Regulamento de Estrutu- ras de Betéo Armado e Pré-Esforgado, que faz parte integrante do presente diploma. Art, 2.° $40 revogados o Regulamento de Estrutu- ras de Betdo Armado, aprovado pelo Decreto n° 47723, de 20 de Maio de 1967, bem como as alteragdes © rectificagdes nele introduzidas pelo De- creto n.° 47 842, de 11 de Agosto de 1967, € pelo Decreto.n.° 99/76, de 23 de Julho. ‘Art. 3.° Durante’o prazo de 2 anos a contar da data da publicacao do Decreto-Lei n.° 235/83, de 31 de Maio, que aprova o Regulamento de Seguranga ¢ ‘Acedes para Estruturas de Edificios e Pontes, pode- 2832-(100) To ser submetidos & aprovagéo das entidades com- petentes projectos elaborados de acordo com a legis- lagdo revogada pelo artigo 2.° Visto € aprovado em Conselho de Ministros de 12 de Maio de 1983. — Gongalo Pereira Ribeiro Teles — José Carlos Pinto Soromenho Viana Baptista. Promulgado em 23 de Maio de 1983. Publique-se, © Presideme da Repiiblica, ANTONIO RAMALHO EANes, Referendado em 30 de Maio de 1983. © Primeiro-Ministro, Francisco José Pereira Pinto Baisemao. MEMORIA JUSTIFICATIVA A necessidade de remodelar a regulamentagio na- cional sobre estruturas de betdo armado publicada em 1967 deve-se fundamentalmente a significativa evolu- io dos conceitos sobre seguranca estrutural entretanto serificada, j4 consagrada, alids, no Regulamemo de Seguranya ¢ Acgdes para Estruturas de Edificios Pontes. Por outro lado, a caréncia de regulamentagao sobre estruturas de betdo pré-esforcado, ha muito re- conhevida, ¢ a moderna unificagdo de conceitos que permite englobar no mesmo corpo de conhecimento este material e 0 beto armado aconselhavam seu tsatamento conjunto no mesmo regulamento. A evolugdo da regulamentagao portuguesa tem re- flectido a actividade internacional neste dominio, prin- cipalmente a que é conduzida pelo Comité Euro- international du Béton (CEB), cuja acgdo tem tido em vista no s6 0 avango tecnolégico, mas, princi- palmente, a harmonizagdo dos preceitos regulamenta: res dos diferentes paises, acg&o esta, aliés, em que a conttibuicdo portuguesa’ tem sido continua e muito proficua Note-se que a publicacdo do regulamento portugués de 1967 se seguiu a elaboracio da primeira versio das Recomendacoes do CEB, publicada em 1964 ¢ remo- delada em 1970 com a introduga0 de disposigdes re- lativas a betdo pré-esforgado. Porém, 0 grande desen- volvimento entretanto verificado nos estudos sobre se- guranga estrutural evidenciou a conveniéncia de os prineipios gerais relativos a esta matéria constituirem regulamentacao especifica, aplicavel, portanto, a todos os tipos de estruturas, independentemente’ do material constituinte. Foi esta j4 a orientacdo segui- da pelo CEB na edigdo de 1978 das Recomendasées, profundamente remodelada em relacéo as anteriores, € que, sob o titulo genérico de Sysidme internatio- nal de réglementation technique unifiée des structu- res, 6 vonstituida por dois volumes: Régles unifides communnes aux différents types d’ouvrages et de ma: tériaux ¢ Code modéle CEB-FIP pour les structures en béton. (© presente Regulamento, aplicavel as estruturas de betdo armado ¢ de betdo pré-esforcado, foi elabora- o, juntamente com o Regulamento de Seguranca e Acgées para Estruturas de Edificios e Pontes, de mo- doa integrar-se na linha de orientagao exposta. A preparagao deste diploma, tal como jé sucedera ‘com a do regulamento de 1967, constituiu encargo da Subcomissio do Regulamento de Estruturas de Betao 1 SERIE — 8 174 — 3-7-1983 Armado, da Comissio de Instituigio ¢ Revisto dos Regulamentos Técnicos do Conselho Superior de Obras Pblicas © Transportes. No entanto, ¢ como tem sido prética habitual, os estudos de base e pre- parayao de todos os documentos de trabalho foram efectuados pelo Laboratério Nacional de Engenharia Civil Antes de se proceder descrigdo e justificagao — nevessariamente sumarias — das principais.dispo Bes contidas no Regulamento, convém sublinhar que, devido ao facto de grande mniimcro delas constituir inovagdo, se exige dos utilizadores uma atengo pai ticular para a sua adequada interpretayao. Aliés, visando tal objectivo, introduziram-se no texto, sempre ‘que foi julgado util, comentarios ao articulado, com © intuito de esclarecer, justticar ou exemplificar a ma- téria especificada; estes comentarios, impressos em tipo diferente, nao constituem, porém, matéria regula. ‘mentar. A apresentacdo dos diversos aspectos que se julga de interesse focar, feita seguidamente, acompanha a divisdo tematica do texto. yosigdes gerais Como j4 foi referido, o presente Regulamento foi elaborado tendo em atengao a existéncia do Regula- mento de Seguranga ¢ AcgGes para Estruturas de Edi- ficios ¢ Pontes (RSA), com o qual directamente se ar- ticula. Consequentemente, é indispensdvel 0 conheci- mento detalhado do RSA, pois nele esto consignados 8 principios fundamentals da seguranca que interes- sam aplicagdo do presente Regulamento, nomeada- mente critérios de verificagao da seguranga, definigao de estados limites, quantificagdo e combinagio de acgdes € coeficientes de seguranca. © tratamento conjunto dado aos problemas do be- tao armado ¢ do betdo pré-esforcado justifica-se ndo 86 por ser hoje prética corrente a utilizagao de armaduras ordindrias © de armaduras de pré-esforgo desempenhando no mesmo elemento idéntica fun resistente, mas também porque as teorias do compor: tamento do betéo armado so facilmente generaliza- veis a0 betdo pré-esforgado. Quanto ao campo de aplicagdo do Regulamento, para além da extensdo a0 betdo pré-esforcado, ele é Praticamente idéntico ao do regulamento anterior, ha- vendo no entanto a registar que so pela primeira vez tratados os problemas ligados com a seguranga em re- lagao a fadiga e bastante aperfeicoados os aspectos relativos ao comportamento das estruturas sob a accao dos sismos; foi ainda dado maior desenvolvimento aos capitulos relativos a disposigdes construtivas ¢ a exe- cugdo e controle. A nao inclusdo no Regulamento de regras especifi- ‘cas para estruturas em que se utilizem betdes leves ou muito densos, estruturas mistas ago-betdo € certos ti pos de estruturas pré-esforgadas justifica-se em face da pequena importancia ow frequéncia que o empre- go de tais téenicas assume ainda no Pais; 0 mesmo se passa, de certo modo, relativamente a estruturas sujeitas a acgdes térmicas intensas Nao se julgou oportuno tratar também da accdo do fogo sobre as estruturas, pois tal problema deve ser articulado com a regulamentagao geral de seguranca contra incéndio que vier a ser promulgada no Pais No que se tefere ao problema das competéncias ¢ responsabilidades dos intervenientes no projecto e na T SERIE — Ni" 174 — 30--7-1983 direcclo das obras, entendeu-se que tal_matéria — porque envolve aspectos predominantemente juri dico-profissionais © no apenas técnicos — deve ser objecto de legislacdo especifica, de ambito generali zado a estruturas dos diversos tipos ¢ materiais, ¢ que reflicta devidamente um justo equilibrio entre os in reresses dos diversos intervenientes no processa cons- trutivo © 06 interesses da colectividade. Estas as razdes por que a redacgo dos correspondentes artigos do Ke- gulamento ¢ feita por mera referéncia genérica a tal Tegislacao, que, no entanto, carece de remodelagio © le aperfeiyoamento, © sistema de unidades adoptado no Regulamento € 0 Sistema Internacional de Unidades (SN), 4 con. sagrado em norma portngtiesa, © que ¢ de utilizacio cada vez mais generalizada a nivel nacional © na tite ratura ténica ¢ regulamentar estrangeira € internacic. nal. A simbologia empregada segue as directivas do CEB, € fundada em largo consenso internacional ¢ privilegia na sua formagio as designagdes em lingua Ingles 2 —Seguranga € acgdes Os critéring de segurangat adoptados, por Forca alias do estahelecido no RSA, nao diferem conceptualmente dos critérios utilizados’ na regulamentagdo anterior continuando pertanto a ser reulizada a verificagte dt seguranga em relagio aos estados limites; melhorou: se, porém, a voneretizagao de vettos estados limites lillimos, tais como os de encurvadura e de pungoa mento, ¢ atribuit-se maior importancia € desenvolvi ‘mento ao estado limite de fendilhagao, a fim de vobrir fos problemas especificos do betao préestorgade. E de assinalar, no entanto, que a formulacao das combinagses de aegdes ¢ propria quantificagan es tas foram substancialmente alteradas, dependendo ago- ra de situagdes da estrutura (em exploracdo normal ‘ou em certos periodos transitorios), do tipo de esta do limite (Ultimo ou de utilizacao), do tipo de acyies envolvidas (permanentes, variaveis ou de acidente) © da duragdo atribuida aos estados limites de wtilizagao, (muito curta, curta ou longa}; a quantificagdo das ac- goes necessaria para atender aos diversos tipos de Sombinagdes assim resultantes € feita no RSA consi derando valores caracteristivos ¢ de combinagao para 1 estaddos limites ltimos, e valores raros, frequentes © quase permanentes para os estados limites de uti lizacao. Houve, naturalmente, que. nova orginica regulamentar, definir neste Regulame os valores de avgdes especialmente ligadas ao hero, armado € a0 betdo pré-estorgado (certas acgoes 160. Togicas, pré-esfargos. © suas perdas, coeficientes de comportamento para quamificagao de acgdes sivuticay) cc. bom assim, enumerar os estados limites a conside: lar ¢ estabelever oy valores dos correspondentes coe. Fictentes de seguranga. inda de agordo com a Wo 3 — Materi No capitulo reterente aos materia incluem-se disposigdes relativas ao bello, as armaduras ordina: rise As armaduras de pré-esforgo, tendo em v1 lundamentalmente, a detnigad dos Valores dle cileulo 2832-(101) das diferentes propriedades mecinicay que devem ser considerados no dimensionamento das estruturas. No que se refere aos hetdes, estabeleceu-se um n0- vo escalonamento de classes, ue abrange uma gama alargada de resisténcias, tendo como principal objec: tivo cobrir as nocessidades das estruturas de betdio pré- cesforvado. Esta classificacdo dos betdes esta de acor: do com as normas internacionais sobre a matéria, continuando-se, no entanto, a privilegiar a resistencia determinada por ensaio de cubos na designagao da por ser ainda este tipo de provete 0 de utili- zacao’ mais Trequente no Pais. Foi dado grande desenvolvimento & materia relati va as propriedsdes reoldsicas do betdo (retracgiv udncia), cm virtude da grande importancia que tais propriedades tém no comportamento do betdo pré ‘sforgada, Quanto a0 diagrama de cilculo tensoes-extensoes do berio, adopiou-se o dianrama parabola-rectanguto em vez do diagrama parabolico preconizado pelo regula- mento de 1967, por ser esta a tendéneia geral na mo- derma regulamentacao. Nas disposigaes rel vas ay armaduras ordindrias, em que naturalinente se tiveram em contas as carite= teristicas da produyao nacional destes materiais, 10- ram incluidas as redes electrossoldadas ¢ especiticadas owas exigéncias selativamente aos ensaios de dobra- gem ¢ de aderéncia cle vardes, ¢ foi abordado 0 pro- blema da soldabilidade dos agos para efeito da reali zagdo de emendas. Quanto ses diugramas de vileulo, adoptou-se para os acos endurecidos a fio wm dia grama simplificado bilinear idgntico ay preconizado, para os acos Jaminados a quente, solugao que apre- senta vantageny de ondem pritica, nomeadamente por diagrama para ayos . independentemen- permitir a uulizagio do mesic com at mesma capacidade resistent te do. seu processo de fabrico. Mantevese a orientagio do ant que se refere a classitieagdo © homolog jor regulamento no 9 das ar. pelo Laboratorio Na- maduras ordindrias, a efectua cional de Engenharia Civil Relativamente ay armaduras de pré-esforgo, 0 fac~ to de apresentarem uma grace viriedade de’ tipos caracteristicas nao permitia, como seria desejavel. 0, Sew enguadramento em classes como no caso das, armaduras ordindrias, Q texto lumta-ve, por tal mo- tivo, @ enunciar as propricdades cuja quantificagao, interessa directamente ao project © 4 estabelecer “os stitérios de definigdo dos diagramas de calculo a uti lizat. Contudo, para relaxacao sao apresentados ele- mentos que. para as sifiazdes mats correntes da pra- tica, perinitem quantiticar esta_propriedade. 4 = Estados © Regnlumente estabeiece que a veriticagdo da se guranca em relagao aos estados limites tltimos scja tm geral efgetuada em termos de esforgos, excepto 0, caso de analise plastica de tajes, em que tal verifica edo deve em principio scr feita ant termos de accoes, Porém, relativamente aos estastos limites ultimos que envolvem fadiea, o critério adoptado para a veritica ao de seguranca ¢ formulado, aliis como habitual mente, em termos de tens6e No capitulo relativo a determinagdo dos estorgos re- istentes, so abordadas de modo sistematico os es- Foreos norms ¢ de Mesao, © esforeo transverse, © 2832-(102) pungoamento ¢ 0 momento de torgo, bem como a associagdo destes esforeos. Além da considerario do puncoamento, ¢ de assinalar a introdugdo de algumas inovagdes sighificativas relativamente a0 esforso trans- versoe & torgdo, que traduzem progressos técnicos recentes. ‘A consideragio da encurvadura como estado limite liltimo individualizado eo desenvolvimento dado a esta matéria no Regulamento constituem uma melho- ria importante, com directa influéncia na seguranca das estruturas. 5 — Estados limites de utilizasio Os estados limites de utilizaglo considerados no Regulamento so 0 estado limite de fendilhagio ¢ 0 estado limite de deformacao. estado limite de fendithacéo ¢, em geral, subdi vidido nos estados limites de descompressio € de I aura de fendas, que devem ser escolhidos, em cada caso, em funcao do tipo de combinacdo de acgdes, da agressividade do meio ambiente e da sensibilidade das armaduras & corrosio. Salienta-se a importéncia dos estados limites de fen- dilhagio no dimensionamento das estruturas de betio pré-esforcado, uma vez que, impondo-se sempre para tais estruturas uma verificagdo da seguranga em rela- Go ao estado limite de descompressio, tal condicio- na directamente 0 valor do pré-esforgé a aplicar. J4 em relagdo as estruturas de betdo armado, a verifica- 40 da seguranca relativamente & fendilhaao pode em geral continuar a limitar-se, como no regulamento an- terior, a que as armaduras satisfagam determinadas disposigdes constr Quanto 20 estado limite de deformacto, slo apre- sentados 05 critérios gerais para o célculo ‘das defor- mages ¢ estabelecidos alguns valores para as flechas maximas de vigas e lajes de estruturas correntes. Por outro lado, o Regulamento estipula relagdes entre 0 vao ¢ a altura dos elementos flectidos, cuja observan- cia € suficiente, em muitas situagdes préticas, para garamtir a seguranca em relagdo a este estado limite 6 — Disposiges de projecto e disposigdes construtivas Nos capitulos relativos as disposigdes de projecto & construtivas so tratados os problemas gerais das ar- maduras, os problemas especificos de diferentes tipos de elementos estruturais ¢ incluidas regras com vista a melhorar a ductilidade das estruturas perante as ac- {des sismicas. No que se refere as armaduras, salienta-se, para além de inclusdo das disposigdes relativas as ‘arma- duras de pré-esforgo e as redes electrossoldadas, 0 desenvolvimento dado as questdes relacionadas com amarragdes ¢ emendas. ‘As disposigdes especificas relativas a elementos ¢s- truturais foram elaboradas por forma a abranger a maioria dos tipos de elementos que se apresentam na prética, incluindo-se alguns casos ndo contemplados ‘no regulamento anterior, tais como lajes fungiformes, paredes, vigas-parede e ‘consolas curtas. Além disso, foi tratado com particular desenvolvimento 0 pr blema das zonas dos elementos sujeitas a forgas concentradas, tendo especialmente em vista 0 dimen- sionamento das pecas junto das amarragdes das armaduras pré-esforgadas. I SERIE — N.° 174 — 30-7-1983 As disposigdes relacionadas com a ductilidade das estruturas, com a finalidade de melhorar o seu com- ortamento ‘perante as acgdes sismicas, sdo abordadas de forma pormenorizada ¢ de acordo com as perspec- tivas mais recentes de tratamento deste problema. ‘Convém acentuar que o cumprimento de tais ‘gOes tem incidéncia directa no elagio &s acgdes sismicas, pois elas conferem as es- truturas melhor capacidade de absorc&o de energia, permitindo assim tirar maior partido do seu compor- tamento ndo linear. 7 — Execugho dos trabalhos e garantia de qualidade Relativamente a regras de execugdo dos trabalhos, sto estipuladas tolerincias correspondentes as dimen sbes das secedes dos elementos ¢ ao posicionamento das armaduras ¢ tratados os problemas mais impor- tantes ligados execucdo dos moldes ¢ cimbres, as operagdes de descimbramento e a montagem ¢ pro- tecedo das armaduras ordindrias ¢ de pré-esforgo, bem como questdes especificas relacionadas com a técnica de aplicagto do pré-esforgo. Os assuntos referentes a fabrico, colocagdo e cura do betdo sdo apenas enun- ciados, pois 0 seu tratamento ¢ feito com o desen- volvimento adequado no Regulamento de Betdes ¢ Li gantes Hidrdulicos. ‘Com a incluso de um capitulo relativo a garanti de qualidade, procurou-se, fundamentalmente, estabe- lecer metodologia e definir os principais conceitos so- bre tal matéria numa base internacionalmente aceite, enunciando-se os principios gerais que deverdo infor- mar a elaboracdo dos cadernos de encargos, em par- ticular no que respeita aos controles preliminares © de conformidade ¢ & recepgao € manutengdo das obras. Lisboa, Margo de 1983. — A Subcomissdo: Jtilio Ferry do Espirito Santo Borges — Vitor Manuel Vieira Anastécio Monteiro — Anténio Maria Pereira Teixei- ra Coelho — Anténio Mexia Heitor — Antonio Rebe- lo Franco e Abreu — Armando de Araujo Martins Campos e Matos — Artur Pinto Ravara — Edgar Antonio de Mesquita Cardoso — Fernando Vasco ‘Costa — t Francisco Jacinto Sarmento Correia de Araui- jo — Joaquim Augusto Ribeiro Sarmento — Joaquim ‘Campos dos Santos Viseu — Joaquim da Conceigdo Sampaio — Jodo d’Arga e Lima — Jorge Manuel Garcia da Fonseca Perloiro — Manuel Agostinho Duarte Gaspar — Manuel Bravo — Manuel de Pinho Vaz da Silva — Mario Cirilo Neves Castanheta. REGULAMENTO DE ESTRUTURAS DE BETAO ARMADO E PRE-ESFORCADO: SUMARIO, PRIMEIRA PARTE Disposigdes gerais CAPITULO 1 Generalidades Antigo 1.2 — Objecto ¢ campo de aplicasto.” ‘Ange 2'° — Autoria dos profectos ‘Antigo 3.° — Organizagao dos prajecos 1 SERIE — N.* 174 — 307-1983 Antigo 4 ‘Antigo 5. ‘Antigo 6.° — Simbologia © u = Verificacto ¢ aprovacdo dos projestos — Direceo técnica das: obras, dade. CAPITULO Concepsao das estruturas Antigo 7.2 — Critrios gers, ‘Amtigo &° — Esruturas sujitas a acgBes sismicas CcAPfTULO Ut Critérios gerals de seguranca Antigo. 9.° — Verificapto da seguranca, ‘Antigo 10.° — Estados limites ultimos. ‘Arigo 11.° — Estados limites de utlizacto. caPtTULO Iv Materiais e suas propriedades A= Betio ‘Antigo 12.2 — Generlidades Antigo 13.2 — Tipos e classes de betbes. ‘Antigo [4° — Naturera-e dosage minima do ligant. ‘Antigo 150° — Tensio de rorure a. compresso, ‘Antigo 16.° — Tensio de rotura a tracy ‘Antigo 17.° — Médula de'elastcidade © coeficiete de Poisson ‘Artigo 18.° — Retracgio ¢ fluéncia 19° — Valores de cilculo das tensdes de rotura, ‘Atti 20,° — Relagdes tensbes-extensdes de céleulo, — Armaduras or ‘Amtgo 21.° — Caractersticas gers. Atugo 22° — Tipos correntes de armaduras ordinérias, ‘Antigo 23.° — Classificaho e homologardo de armaduras ordinéis ‘Antigo 24°° — Médulo. de elastcidade ‘Antigo 25.° — Relagdes tensGev-extensoes de cleo. C= Armaduras de pré-esforso Antigo 26.° — Caractersticas gers. ‘Actgo 27.° — Médulo de elastcidade. ‘Artgo 28.° — Relarag, [Arto 29°° — Relagdes tensdesextensdes de cileulo CAPITULO ¥ ‘Acgoes Antigo 30.° — Generalidades. ‘artigo 31.° — VarlagBes de temperatura ‘Antigo 32.° — Retraceto do betio. ‘Antiga 33°° — Accio dos sismos ‘Artigo 34° — Acgoes de préesforco CAPITULO VI Pré-esforgos Antigo 38.° — Generalidade. ‘Antigo 361° — Valor maximo do pré-esforgo na. origem, ‘Antigo 37 x8. 38. = Perdas instantineas devidas a atrtos 20 longo das armaduras, = Perdatinstanidneas devidas a deformado do betdo, — Perdas instantiness not disposiives de amacragto. 40." — Ouuras_ perdas instantaneas de pr€-esforgo. 412 — Preesforgo ini ‘Antigo 421° — Perdas diferidas resutantes da retracio e fuéncia, do betdo e da telaxacio das armaduras Antigo 43.° — Preesforeo final Amigo 44° — Valores caractersticos do. pré-estore. ‘Amigo 45.° — Transmissao do pré-esforgo ao bel 2832-(103) SEGUNDA PARTE Verificagio da seguranca capiTuLo vi Yerificagao da seguranca em relagdo 0s estados limites ultimos de resisténcia A= Regras de veriicagio da seguranca Antigo 46.° — Generaidades. 47° — Verificapdo da seguranga em terms de esforeos he — Veriteagdo da seguransa de lajes em termos de sepbes B-— Esforgos sctuantes ‘Artigo 49.° — Estroturas reticuladas ‘Antigo 50.° — Lajes Amigo 51,2 — Estruturas de outros tipes. C= Esforsos resistentes Adiga $2.° — Esforgos normals e de flexio, ‘Antigo $2.° — Esforgo tansverso, ‘Antigo 4° — Pungoamento, ‘Antigo §§.° — Esforco de toro. ‘Antigo 56.° — Enforgo de torgdo associado a Nlewdo ou a esforgo CAPITULO VIL Verificagiio da seguranga ‘em relagdo a0 estado limite altimo de encurvadura ‘A= Disposigdes gerais Antigo $7.° — Generalidades. ‘Arto $8.° — Estruturas de nbs fixos ¢ estruturas de nos moves ‘Antigo $9. — Etheltera. dos pilares. Comprimento efectivo de encurvadvra ‘Antigo 60° — Verificaydo. da. seguranca das estruturas Verifieasdo da seguranca dos pllares ‘Antigo 61.© — Critrios de verifcasto da seguranca ‘Antigo 62.° — Momentor actuanter nas secgdes ertcas [Amigo 63.° — Excentricidades adicionais ‘Antigo 64° — Limite de esbeteza CAPITULO 1X Verificagiio da seguranca em relagdo aos estados limites de utilizacio ‘A= Disposigoes gerais Artgo 65.° — Generalidaes. ‘Amtigo 66.° — Regtas de verificapto da sepuranca 1 — Fenduinagio [Artigo 67.° — Asresvidade do ambiente © sensibiidade day arma ‘durae a corrosto. Antigo 68.° — Estados limites de fendithagio a considerar. ‘artigo Estado limite de descompressto. ‘Antigo Estado limite de largura. de fendas. ‘Antigo 71.° — Verifcagho da tensio méxima de compressio, — Deformasio Artgo 72.° — Extados limites de deformagto & consierar ‘Antigo 72.° — Determinacao das. deformagoes. 2832-104) TERCEIRA PARTE Disposigdes de projecto disposigées construtivas CAPITULO X Disposigies geraiy relativas a armaduras Ants 28 princis e sesamin, Arse akiy_wunjanta de agen de tapos diferentes Artis io day urmaduran hig 77.) Distancia. mvs entre armaduras Atti *S.° — Recabrimento mining die armas arn nice Anise Corvaturs misinsa dae armuaduras Adkrncit das armaduray ay bet. = Aiatragao We varoes de armaditas ortincits Amatrayad de rslee eceeaneohlades, 8 tartans de armaduras de preston Bi Tiyan de Naroes de armacurts oraiaras, $8 Thoma Ge tedeseectrooldadas, So Pinch de aeunaduras de preston CAPITULO XE Disposigdes relativas a elementos estruturais, Antigo ‘Arise Aigo nine Anise Arve ‘aries Anno Anise xe Arise Avie Anis Actiso Arig Antigo Ange Antiee Amigo Antigo Aris ‘argo ‘Auge ‘Antiso Ania Antigo Aria NYS Largusa do Banoo comprimids da spas em T 80. = Alcea ania ‘RI? Amato longitudinal minima © auision, Sh FSpmeantente ons dow varGes. Wi aemadurs Tonga 920° — Ierrupyae' da armadura longuudial 8X — Armatura longitudinal nos apoios Bk — Ardara de estore transverse. 82 Atmmadurs de tore Yo Attu de alm 97 — Armaduta de Tigavie dos banvos a sims YR" = Avmadusa de stspensio. Apres incase. wo Aentiddes pact abana de Toru de ses 1 Lajes macigas 100° —- Genera tol: = Vio ori tone “espera Tos — The raadas ama $0 diexeae sujetas a cares 104 = Armaan paneipal nnn WS” — Expagamoato manime dos side. a armada Wo." — teterapedo dt armadura principal, Armaan sts “noi tus, — Armadura de esforgo transve = Anmalura de distibuigdo das ites ermaiey NO tecso. toy" asmadira nos bordos lives Tus — Armaduts de: pongoatnente TIL’ — Ariuaduta dy les armada numa «i dire su Jelly catgan concentra © = hades age 112° = Generales 1s © Vio tosis, Espevsura mi 114 ~ canara © espavamente das nerve 11S" = Egposcura minim da Tats Hes = Armaduca das 17» = Rriwadurs ennima da lajta D = Lajes tungitormes U8." = Generates, LI9.) = Determinagao’ de estoneon FSERIE-~ Noo 174 3. agxt Pitas Ani 1M Bimensds minima, Arie 20°. Armada longitudinal Atti 132. — Alina teanmenal F— Paredes Amivo 123." — Generates 25 Espssura nia Arto 128” — Aumudura sett Atuee 14° Armadura honicomal iia 127 Atma de cntapsn Gown sparede Anigo 128-7 — Generaldades Aas 139." Yue teorico. Espasa minima cts 110." — Dimenvenamente en relacdo a momento Resto, Arig 431." — Dinesionamenco at sel a0 fang) transeee, Aiugo 12" — Disuibuigdo dt srmadura principal. Avis 100° Armada de aims Artis 14 Atmadura de suspensio. Apoios indiretos, 1 Cometay curtas Aaeuan 185. Generaidades Aitiso 136." Crtero. de dimensionamento Atupo 18" Armada mini, Di igo da armada, 1 — Zonas se elementos sujetas 3 Forgas concentradas Arto 188.8 — Generalidades Arupo 19 — Veriteayio da presse tosal no bets, Aries 10." — Tensoen de trace a abvorsers Caso de ain 9 orga coment Amigo 141" ~ Teandes de tragsd0 9 absorver. Cave de varias Hs oh vonentrade CAPITULO XIE Disposigdes retativas a estruturas de ductilidade melhorada Aruigo 142° — Goneraidades ‘Antigo 143." — Vitus de porticos. ‘rig Ua." — Palres Arig HS Non depres, Attigo Ub" — Paredes © diafeagins, QUARTA PARTE Execugao dos trabalhos garantia de qualidade CAPITULO xu rabalhos A = Woterincias Exccugio dos Arty 142° — Generaidades, Antigo 138.° — Ditsensdes. das seegdes. Attiso 199.’ — Posiionamento dat amadurts ofdindriay. AArtigs 150° Povisonamento das armadutas Ge pression. Artigo 151." — Ravobamenta dy armaduras. 1B — Moldes ¢ cimbres Antigo 152° — Caracterisicas gerais dos moldes ¢ cimbres Antigo 153.° — Desnoldagen ¢ dewimbramento. C— Armaduras ordinérias Antigo 184 Aetps 155 = Transporte © armazenamenta das ssmaduras = Cowte'e dobragem de var0es, Ne 174 — 30-7-1983 Adiga 186." — Soldadura de vardes. ‘Artigo 157.” — Emenda e amarragao de vardes ‘Arigo 188." — Montagem ¢-colocagio das armaduras D— Armaduras de pré-estoro Antigo 189.° — Transporte e armazenamento das armaduras. ‘Artiga 140" — Corte © dobragem das armaduras ‘Artigo 161:° — Emenda ¢ amareasio dis atmaduras ‘Antigo 162." — Montagem © volocagio das armaduras ‘Autigo 163.° — Baiohas ee brico, colocagzo ¢ cura do bet Antigo 168." — Fabrico ¢ colocacto do hetio ‘Antigo 165.° — Cura do. betdo = Operagoes de pré-

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