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Alexandre Villares
Daly Moreno
João Gaspar
O desenvolvimento de um projeto de arquitetura tem sido tradicionalmente baseado
em plantas, cortes e elevações. Em certos casos também são feitas maquetes de
estudo, em papel cartão ou madeira balsa, por exemplo, para auxiliar o arquiteto a
visualizar os espaços propostos.
Na produção de um modelo em escala há uma simulação do processo de construção
e várias questões que podem escapar aos desenhos em papel podem ser
esclarecidas. Para isso, usamos peças com diferentes tamanhos e materiais para
observar os volumes, as relações de proporção, texturas, encaixes, etc.
Porém, maquetes reais são muito trabalhosas, de difícil alteração, e geralmente não
apresentam muitos detalhes, devido à escala em que são produzidas, ou talvez por
que essa não seja realmente sua função.
Não é coincidência que os programas CAD mais avançados, como o VectorWorks,
ofereçam há algum tempo ferramentas específicas para arquitetura que vão muito
além da simples prancheta eletrônica. Estes programas se valem de novos conceitos
de desenho orientado a objetos, viabilizando o uso de um modelo tridimensional.
Por derivar das plantas desenhadas no programa, o modelo virtual pode, ao ser
cortado, indicar conflitos de medida com precisão e indicar as correções a serem
feitas nas plantas, o que por sua vez altera o modelo original num processo de ida e
volta.
O modelo, ou maquete virtual, torna-se uma ferramenta para a compreensão
volumétrica do projeto, estudo de alternativas, obtenção de cortes, elevações e
perspectivas.
Adicionalmente um modelo virtual permite várias simulações– além da tradicional
visualização dos espaços, como por exemplo estudos de insolação, quantificação de
peças, estimativas de áreas e volumes.
No entanto, para o desenvolvimento de um anteprojeto de arquitetura, não é
recomendável fazer uma maquete eletrônica com muitos detalhes, pois estes serão
muito melhor representados em pranchas de documentação executiva.
Nos exemplos a seguir, observamos como podemos utilizar um modelo 3D do
VectorWorks para propor alterações em plantas e cortes de uma maneira muito
agradável e eficiente.
Como numa maquete real, o modelo virtual é construido a partir de peças, com uma
vantagem análoga ao uso de peças seriadas características da construção
industrializada moderna.
Tais peças são denominadas símbolos – “blocos” sofisticados, que permitem
atualizações e correções em grande escala.
Tutorial – Corte Isométrico
Neste exemplo demonstramos a montagem de um corte isométrico, que pode ser
feito com qualquer modelo 3D em VectorWorks. Se preferir, temos o arquivo-tutorial
disponível para baixar em www.vectorpro.com.br*.
Este tutorial foi criado usando um arquivo que contem um modelo feito por
associação de camadas em uma camada chamada maquete.
1- Torne ativa a camada maquete e, na
vista Topo/Plano, insira um Locus 2D
para marcar o local do corte. Use então o
comando de corte 3D (Menu
Modelo>Seção 3D). Quando aparecer o
cursor em cruz, clique no "locus"
desenhado anteriormente e indique a
direção e sentido do corte com os
próximos dois cliques. Uma nova camada
será criada automaticamente, contendo
um "modelo cortado";