Até quando vamos tolerar a intolerancia? WILLIAM DOUGLAS 1m procurador do é Federal ajuizou a improbidade administrati do diretor-geral do Arqu Alega que este teria violado o Esta torizar a realizagao de en minutos — no hordtio de do drgio. Alega violagao da Constituigao e que houve dano ao Erario piiblico (gasto com luz, at= condicionado e equipamento de som), rendo a suspensio dos seus direitos p. perda do cargo e ressareitnento, Em suum, trata ‘o diretor como se fosse um corrupt Omembro do MPP confunde Estado laico com. Estado ateu, Equivoco grosseito pensar que tais encontros violam o Estado laico. Violagao seria, por exemplo, autorizar a reuniao apenas para ‘uma tinica religiéo, ou nao permitir igual espago para ateus. ‘A ministra Cérmen Liicia, presidente do STR 10 arcebispo de Belo Horizonte para ben- hdumareligiao oficial to de escolher nossas crencas ou 0 atefsmo e to- dos devem ser respeitados pelo Estado, do Rio tem, dias distintos, reuniGes de cat 5 cosede espfritas, todos em perfeita ordem e hat- |. E quem nao quer ir nao vai, Aliés, ha ca~ espagos ecuménicos em diversos 6rgios desde sempre, sem que nunca tenha los respectivos recintos. ietor autorizasse os servidotes a, no ho- stirem a um evento esportivo, teria o re- {erido representante do MPF ajuizado agao? Pro- es, em geral, propdem apaz, agenerosidade eo servigo ao préximo, valores que auxiliam tanto o Estado quanto asociedade (0 que confraternizagbes sf aconteci- 'mentos positivos para o sentimento de equipe para 0 bom ambiente de trabalho (que resulta om maior produtividade e menor absenteismo). ‘Todos tolerados e parte de nossa cultura, ‘A Constituigao traz previsao expressa de diversos valores religiosos. O artigo 3° profbe qualquer for- ma de discriminaeao, como é o caso de impedit -onfratemizagao por motivo de fé Por fin, a iber- ie religiosa 6 também assegurada pela Declara- (G40 Universal dos Direftos Humanos. erm a As religides, em geral, propdem a pay, a gene- ie com satide, educacao, filantropia ete. prindo a inéreia do Estado. Hé evidentee saudi- ‘vel colaboragao recfproca entre o Estado e ague- les que professam alguma religiao. (© Procurador do MPE, ao entender que ha im- probidade e danos a0 Eririo, esquece-se do prinet- pio da insignificdincia e dos beneticios indiretos tra- do que os gastos ;paco pitblico a religiosidade & querer criar gue- {os para quem tem alguma caracteristica espeet- fica. Foi 0 que Hitler fez com os jude ‘Até quando a intolerancia s quando haver perseguicao ‘as armas do Estado? Pata garantit uigdo relgiosa,¢ para que deixom de desperdigar 6 tempo, odinhelroea paciéncia do contribuinte. @ Willian Douglas éjuiz aaa