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asta IST (OFY DOS MATERIAIS LOT feFeTiTree\e(Lem Orela CSM CUITATe(UCM aos RESISTENCIA DE MATERIAIS Organizador Carlos Henrique Amaral Rossi Engenheiro civil e de seguranca do trabalho MBA em gestdo executiva de negécios pela Pontificia Universidade Catdlica de Minas Gerais — PUC-Minas Diretor técnico da Icthus Engenharia e Construgées Ltda, Diretor secretario da Federagao das Associagées de Arquitetura Engenharia de Minas Gerais - FAEA-MG Diretor do Instituto Mineiro de Engenharia Civil - IMEC Diretor da Associagdo Brasileira de Engenheiros Civis - Sesso Minas Gerais - ABENC-MG Professor de Materiais de Construcao Civil e Logistica no Canteiro de Obras no Centro Universita- rio de Belo Horizonte - UniBH Coordenador da Camara Especializada de Engenharia Civil e perito judicial do Crea-MG @ Pearson © 2016 by Pearson Education do Brasil Gerente editorial: Thiago Anacleto Supervisora de produgdo editorial: Silvana Afonso Coordenagao de produgao editorial: Jean Xavier Editor: Casa de Ideias Editor assistente: Marcos Guimaries Reda;ao: Fernanda Queiroz, José Luiz Gagliardi e Maysa Terada Projeto gréfico e diagramagao: Casa de Ideias Dados Internacionais de Catalogacio na Publicagio (CIP) (Camara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Resisténcia de materiais / organizador Carlos Henrique Amaral Rossi.— Sao Paulo Pearson Education do Brasil, 2016. Bibliografia. ISBN 978-85-430-1739-6 1. Estruturas ~ Anilise (Engenharia) 2. Materiais ~ Propriedades 3. Resisténcia dos materiais I. Rossi, Carlos Henrique Amaral. 16-00275 CDD-620.112 Indice para catalogo sistemitico: 1. Resisténcia dos materiais : Engenharia 620,112 Pearson Education do Brasil Ltda., uma empresa do grupo Pearson Education “Avenida Santa Marina, 1193 CEP 05036-001 - Sao Paulo - SP - Brasil Fone: 11 2178-8609 e 11 2178-8653 pearsonuniversidades@pearson.com SUMARIO Unidade 1 Fundamentos... Conceitos fundamentais. Forca.. Carregamento. Esforcos simples.. Estudo de vigas. Vigas biapoiadas simple: Vigas biapoiadas engastadas. Vigas em balango. Vigas Gerber Vigas inclinada: Estudo de quadros isostaticos planos Quadros simples Quadros compostos Quadros com barras curvas.. Unidade 2 Propriedades... Propriedades geométricas de uma area Centroide de uma area... Momento de inércia de uma area Produto de inércia para uma area Momentos de inércia para uma area em toro de eixos inclinados.. Propriedades mecanicas dos materi Tensées e deformacées. Materiais ducteis e materiais fragei: Lei de Hooke. Coeficiente de Poisson... Unidade 3 Esforcos solicitantes .. Torcao.. Angulo de torcao, tensdes e deformacées. 1) [ Resistencia de materiais Flexées de vigas. Esforcos solicitantes . FlexGes puras, simples, tensdes e deformacée: Unidade 4 Esforcos solicitantes Vigas e eixos Referéncias. Nos catalogos de livros universitérios ha varios titulos cuja pri- meira edig&o saiu ha 40, 50 anos, ou mais. Sao livros que, gragas 4 identificagao da edigao na capa (¢ somente a ela), tém sua idade re- velada, E, ao contrario do que muitos podem imaginar, isso nio é um problema. Pelo contrario, sao obras conhecidas, adotadas em diversas instituigdes de ensino, usadas por estudantes dos mais diferentes per- fis e reverenciadas pelo que representam para o ensino. Qual o segredo de sucesso desses livros? O que eles tém de diferente de varios outros que, embora tenham tido boa aceita- gto em um primeiro momento, nao foram tio longe? Em poucas palavras, esses livros se adaptaram as novas realidades ao longo do tempo, entendendo as mudangas pelas quais a sociedade ~ e, consequentemente, as pessoas — passava € as novas necessidades que se apresentavam. Para que isso fique mais claro, vamos pensar no seguinte: a maneira como as pessoas aprendiam matemitica na década de 1990 é igual ao modo como elas aprendem hoje? Embora os ali- cerces da disciplina permanegam os mesmos, a resposta é: nao! Nesse intervalo de tempo, ocorreram mudangas significativas — a Internet se consolidou, os celulares se popularizaram, as redes so- ciais surgiram etc. E todas essas mudangas repercutiram no modo de vida das pessoas, que se tornou mais répido e desafiador, trans- formando os fundamentos do processo de ensino/aprendizagem. Foi com base nisso que nasceu a Bibliografia Universitaria Pearson (BUP). Concisos sem serem rasos e simples sem serem simplistas, os livros que compéem esta série sio baseados na premissa de que, para atender sob medida as necessidades tan- to dos alunos de graduagao como das instituigdes de ensino — independentemente de eles estarem envolvidos com ensino presen- cial ou a distancia -, é preciso um processo amplo ¢ flexivel de construgao do saber, que leve em conta a realidade em que vivemos Assim, as obras apresentam de maneira clara os principais conceitos dos temas propostos, trazendo exatamente aquilo que © estudante precisa saber, complementado com aprofundamentos APRESENTAGAO VI} | Resisténcia de materiais e discusses para reflextio. Além disso, possuem uma estrutura didatica que propde uma dinamica tnica, a qual convida o leitor a levar para seu dia a dia os aspectos tedricos apre- sentados. Veja como isso funciona na pratica: A segio “Panorama” aprofunda os topicos abordados ao mostrar como eles funcionam na pritica, promovendo interessantes reflexdes. Em setembro de 2013, 9 Ponte 0, Mala Pa, que liga Lisboa 8 cidade do Porta, fo consderada pelo Jornal The Guodian uma das dez mais bes do ‘mundo Sua construc se rcou em 5 de aneio {de 1876 fol concuida em 8 de outubro de 1877, ‘© empregou 150 perdi A festa de sua inaugu- ‘acho duroutrés disna clade do Porto, reftindo no tinham sido afetadas pelo Scio, masshavia rumores sobre © estado da ponte, alegando-se que os rebites apodtedam e clam em massa Na cada 1930, pes muitas vistors dade dla estrutura era parceptvel, send necessirias Constantesintervenges de conservacSo repa- rao para guante seu funcionamento, Naquela Ovens. a Exemplo e Introduco do 4c XV, com expen de Calle utlzando vans de rates Ao longo do livro, o leitor se depara com varios hipertextos, Classificados como “Saiba mais”, “Exemplo”, “Fique atento” ¢ “Link”, esses hipertextos permitem ao aluno ir além em suas pesquisas, oferecendo-lhe amplas possibi- lidades de aprofundamento. A linguagem dialégica aproxima 0 es- tudante dos temas abordados, eliminando qualquer obstaculo para seu entendimento e incentivando o estudo A diagramagdo contribui para que o estu- dante registre ideias e faga anotag6es, intera- gindo com o conteudo. Todas essas caracteristicas deixam claro que os livros da Bibliografia Universitaria Pearson constituem um importante aliado para estudantes conectados e professores ob- jetivos — ou seja, para o mundo de hoje ~ e certamente serdo lembrados (¢ usados) por muito tempo. Boa leitura! O objetivo deste livro é 0 de apresentar a teoria da resisténcia dos materiais de uma forma clara e completa, permitindo ao aluno desenvolver a habilidade de analisar um problema, aplicando em sua solugao — de maneira simples e Idgica — os principios funda- mentais aprendidos. © aluno aprender 0 comportamento fisico dos materiais quando solicitados por cargas ¢ sua consequente modelagem matemética, a importincia das condigdes de equilibrio e a compa- tibilidade de deformagio; bem como o que é um material dictil, frdgil e o que representam os médulos de elasticidade, resiliéneia e tenacidade de um material, termos amplamente utilizados em projetos de engenharia ‘Com os temas abordados, o aluno tera a base necessaria para o projeto demaquinase estruturas de suporte de carga, possibilitando dimensionar estruturas resistentes, sélidas e duradouras conteiido deste livro divide-se em quatro unidades, em uma sequéncia légica de aprendizado, todas enriquecidas com boxes de ampliagao, segdes especiais exercicios para fixagao ¢ reflexao. ‘Tenham todos uma boa leitura e um bom aprendizado! Carlos Henrique Amaral Rossi PREFACIO UNIDADE Fundamentos Objetivos de aprendizagem ®@ Aprender sobre os conceitos de forca e esforcos simples, determi- nando propriedades dos materiais como tensao, deformacao, tor- 40, cisalhamento e flexdo. @ Conhecer os efeitos desses esforcos em vigas e eixos, o que nos per- mitird analisar e projetar estruturas estaveis. Temas ®@ 1-Conceitos fundamentais Os conceitos fundamentals vao nos ensinar sobre as forcas e sua aco sobre a deformacao dos materiais, os esforcos torcionais, de flexdo e de cisalhamento, além de calcular as reages medidas atra- vés dos diagramas de equilibrio em vigas. @ 2-Estudo devigas O estudo de vigas mostraré como projetar uma estrutura estavel, reunindo os conhecimentos adquiridos nesta unidade. @ 3-Estudo de quadros isostaticos planos Veremos também algumas estruturas formadas com as vigas, como quadros simples, quadros compostos e quadros com barras curvas. Introducgao Historicamente, os estudos de resistencia dos materiais remontam ao inicio do século XVII, com experiéncias de Galileu utilizando vigas de diferentes materiais. A compreensdo adequada sé viria com o estudo das proprieda- des mecdnicas dos materiais, mais bem elaboradas no século XVIll, No en- tanto, 05 egipcios jé tinham algum conhecimento nessa area, pois sem ele ndo poderiam ter constru(do as piramides do Egito. A construcao de arcos também pode ser atribuida a Antiguidade, mais especificamente aos roma- Nos, com seus monumentos e templos. Apesar de ndo escolherem os 2) [ Resistencia de materiais apoios mais adequados para suas estruturas, muitas construcdes ro- manas existem até hoje. Com o decorrer dos anos, o tema evoluiu juntamente com técnicas computacionais e matemética avancada, solucionando problemas de engenharia e justificando 0 uso eas lim tag6es da teoria da resisténcia dos materiais. O tema mais estudado sobre a resisténcia dos materiais s4o 0s esfor- 0s mecénicos, pois eles sio fundamentais para dimensionar uma pega ou uma estrutura. O equilbrio de forcas resultante de um deter- minado esforco depende principalmente do material, da geometria e da estatica da pega Nesta unidade vamos aprender conceitos fundamentais para o cal- culo de estruturas resistentes, sélidas e duradouras. Conheceremos a definicao de conceitos como forga, torcao, flexao, cisalhamento e as reacbes que causam quando aplicados nas estruturas. Entendere- mos a importancia de considerar a resultante das cargas intemas geradas por forcas externas a5 quais as estruturas so submetidas Com base nesse contexto, algumas propriedades mecanicas dos materiais serao abordadas, e métodos experimentais para sua deter- minacao sero resumidamente apresentados. Uma vez compreendidos os métodos experimentals, uma nova aborda- gem conceitual serd introduzida para melhor interpretagao dos resulta~ dos. O aluno aprender o que é um material ductil, frégil e 0 que representam 0s médulos de elasticidade, resiliéncia e tenacidade de um material, termos amplamente utilizados em projetos de engenhara. SSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSCC Conceitos fundamentais Forca A determinagio de esforgos internos resultantes em um corpo baseia-se em importantes principios de estitica que serdo revisa- dos nesta unidade. Serio abordados conceitos como tensio normal ¢ de cisalhamento ¢ a anélise e projeto de elementos submetidos a essas tensdes. A resisténcia dos materiais é uma importante matéria na apli- cago pratica de projetos de engenharia. Trata-se de um ramo da mecinica no qual estudamos relages entre cargas externas ¢ as for- gas internas aplicadas a um corpo deformavel. Esse ¢ um conceito primordial no projeto de qualquer estrutura ou maquina. As defle- x6es, estabilidade e dimensdes nfio dependem apenas das cargas aplicadas, mas também do material a ser utilizado. Determinar e conhecer com preciso como os materiais se comportam ¢ impor- tante na aplicagio das equagées de resisténcia dos materiais. Equilibrio de um corpo deformdvel Para compreendermos melhor 0 contetido que sera abordado, revisaremos a seguir alguns fundamentos de estatica Forgas externas de superficie e de corpo As cargas (forgas) externas, as quais um corpo pode estar sub- metido, podem ser classificadas em forgas de superficie e forgas de corpo, como ilustra a Figura 1.1 Figura 1.1. Forcas externas de superficie ou de corpo a que um corpo pode estar submetido, Idealizagao da forca concentrada Sn. de \ == = ere * ws) Forga Idealizagdoda carga de corpo linear distribuida Fonte: Hibbeler (2010, p. 2) As forgas de superficie sto aquelas causadas pelo contato entre as superficies dos corpos e esto distribuidas pela area de contato entre tais corpos. Dessa forma, se a rea de contato for pequena, quando comparada a Area total do corpo, podemos ima- ginar essa forga como unica, aplicada em um ponto do corpo, e ela ser uma forga concentrada. Jé a forga distribuida linear- mente, w(s), refere-se ao contato entre os corpos de forma que a carga de superficie fique aplicada ao longo de uma Area estreita. A carga, nesse caso, é medida como se houvesse uma intensida- de da forga/comprimento ao longo da area. Na Figura 1.1, essa carga é representada por setas ao longo da linha s 4) Resistencia de materiais Aresultante das forgas descritas & F,, de w(s) e equivale & rea sob a curva da carga distribuida. Essa resultante age no centro geométrico C dessa area (centroide). Na prética, a carga aplicada ao longo do comprimento de uma viga ¢ um exemplo deste conceito teérico. A forga de corpo ocorre quando um corpo exerce forga sobre outro sem que ocorra contato fisico entre eles. E representada por uma (inica forga concentrada agindo sobre 0 corpo, embora afete cada uma das suas particulas componentes. A forga peso é a forga que age no centro de gravidade dos corpos. Reagoes de apoio Sio forgas de superficie que se desenvolvem como reagdes aos apoios ou pontos de contato entre corpos. O Quadro 1.1 apresenta os apoios mais comuns para corpos sujeitos a sistemas de forgas coplanares. Em resumo, o tipo de reagiio sempre pode ser deter- minado se imaginarmos que 0 elemento a ele acoplado esta sendo transladado ou girando em uma determinada diregao: se 0 apoio impedir a translag&io na diregao determinada, uma forga deve ser desenvolvida no elemento naquela diregiio. No caso de 0 apoio impedir a rotagao, um momento deve ser exercido no elemento Quadro 1.1. Apoios mais comuns para corpos sujeitos a apoio coplanares, Tipo.de acoplamento Reacao Tipo de acoplamento Reagdo Cabo Uma incognita: F Pino exteno Duas incégnitas:F,F, Rolete Uma incégnita: F Pino interno Duas incégnitas:F,,F, ogee A a FM Apoio liso Uma incégnita: F Apoio fixo Trés incégnitas:F, Fonte: ibbeler (2010, p.3) Equagdes de equilibrio Um corpo est em equilibrio somente quando ha equilibrio de forgas impedindo a translago ou movimento acelerado do corpo em ‘uma trajetéria reta ou curva e o equilibrio de momentos que impedem que o corpo gire. O somatério das forgas e dos momentos em tomo do ponto 0 é igual a zero como mostram as equages a seguir. SFr=0 =M, =0 a.) Considerando um sistema de coordenadas x, y, 7 com origem em 0, os vetores forga e momento podem ser expressos nas se- guintes equagdes escalares XR=0 3F=0 EF 3M=0 %M=0 %M=0 (1.2) Para efeito de engenharia, é comum a representag%o como um sistema de forgas coplanares, por exemplo, nos planos xy; assim, o equilibrio do corpo pode ser dado pelas equagdes seguintes. 2F=0 3F=0 =M,=0 (13) Para o sistema representado pelas equagdes em 1.3, sendo o ponto 0 a origem das coordenadas, os momentos estardio sempre dirigidos ao longo do eixo 2, perpendicular ao plano que contém as forgas desenho do diagrama do corpo livre auxilia na especificagio de todas as forgas que agem sobre corpo e permite a aplicagao correta das equagdes de equilibrio. Cargas resultantes internas Determinar a forga ¢ 0 momento resultantes que agem no in- terior de um corpo e que stio necessdrios para manté-lo integro, quando submetido a cargas externas, é uma importante aplicagiio da estatica na matéria de resisténcia dos materiais. A Figura 1.2a ilustra um corpo mantido em equilibrio pelas qua- tro forgas externas. Para determinar as cargas intemas que agem sobre uma regio especifica, é necessario usar o método das secdes Esse método consiste em passar uma seg%o ou corte imaginario pela regiao onde se deseja determinar as cargas internas, feito isso © diagrama do corpo livre é desenhado para uma das partes (como 6) Resistencia de materiais mostra a Figura 1.2b). Apesar de a carga interna ser desconhecida, as equagées de equilibrio permite relacionar as forgas externas que atuam sobre 0 corpo com forga ¢ momento resultantes da dis- tribuigdo F, e M,,. em qualquer ponto 0 na area seccionada, como vemos na Figura I.2c. Em que F, age em 0 e seu valor néio depende da localizagdio desse ponto. Ja M,, depende da localizagio. ‘Na maioria das vezes o ponto 0 escolhido coincide com o cen- troide da area seccionada, e se 0 elemento for longo e delgado como hastes e vigas, de modo geral, a segiio seré considerada perpendicular ao eixo longitudinal do elemento. Trata-se aqui da segao transversal Figura 1.2 Determinacao de cargas resultantes intermas pelo método das sees. Wile Momento detorgdo ‘orca de ‘salhamento v © Fonte: Hibbeler (2010, p.4), Trés dimensées A Figura 1.2d ilustra os componentes das forgas F, eM, que atuam normal ou perpendicularmente no corpo. Vejamos: © — Forga normal (N) — age perpendicularmente a area. Sempre vai ocorrer quando as cargas externas empurrarem ou puxa- rem os dois segmentos do corpo. © Forga de cisalhamento (V) — quando as cargas externas pro- vocarem o deslizamento de um dos segmentos do corpo sobre © outro, sera desenvolvida a forga de cisalhamento. Esta loca- lizada no plano da area considerada. © Momento de torcao ou torque (7) ~ quando as cargas ex- ternas tendem a torcer um segmento do corpo em relagio ao outro, obtemos esse efeito. © Momento fletor (M) — ocorre se as cargas externas tenderem a fletir 0 corpo ao redor de um eixo localizado no plano da area. Pela regra da mio direita, podemos obter a representagio grifi- ca de um momento ou torque, nas dimens6es x, y; z: 0 polegar dé o sentido do vetor e os dedos (curvatura da seta) a diregiio do torque ou flexdo, A partir disso, so utilizadas as seis equagSes de equilibrio (Equagao 1.2), Cargas coplanares A Figura 1.3a representa um corpo submetido a um sistema de forgas coplanares. Seccionando 0 corpo, os componentes de forga normal (NV), forga de cisalhamento (V) e momento fletor (\/) so observados atuando no centroide (0) (como vemos na Figura 1 3b) Figura 1.3 llustrago de um corpo submetido a um sistema de forgas coplanares F segdo A 1 Forcade F cisalhamento Vv M, Momento fletor + F, N F, fi @ ©) Fonte: Hibbeler (2010, p.4). Considerando os eixos.x, y, z, com origem em 0, N é obtida por XK, = 0 V pode ser obtida de SF = 0. Assim, M, pode ser de- terminado pela soma dos momentos em tomo do ponto 0 (eixo z) = 0 eos momentos causados por N e si eliminados 8) Resistencia de materiais Tensao Junto com a distribuig%o de forgas e cargas internas que agem sobre uma area seccionada, outro importante conceito de resisténcia dos materiais ¢ a tensdo, sendo esta a intensidade da forga interna sobre uma area especifica (plano) que passa por um ponto. Observe a Figura 1.4. Considere AA como uma subdivisio da rea seccionada que, a medida que tende a dimensées cada vez menores, leva a duas consideragdes sobre as propriedades da ma- téria: o material é continuo, ou seja, a matéria é distribuida uni- formemente, livre de vazios, e coeso, sem trincas ou separagées A forga AF, finita, que atua sobre essa drea é composta por AF’, AF, ¢ AF, respectivamente, tangentes ¢ normais area. Embora 4 medida que AA tende a zero o mesmo ocorra com AF, 0 quo- ciente entre forga e area tende a um limite finito. Esse quociente a tensao. Figura 1.4 lustraco dos componentes da orca AF que age sobre um plano A, x Fonte: Hibbeler (2010, p. 15). Definida a tensio, trés conceitos que a envolvem devem ser destacados 1. Tensio normal («) ~ forga por unidade de area que age per- pendicularmente a Ad. Pode ainda ser classificada como ten- so de tragdo ou de compressdo. E. dada por: Ar limG (4) 2. Tensio de cisalhamento (7) — forga por unidade de area que age tangente a Ad. (sy A Figura 1.5 traz a representagao da distribuigio dos compo- nentes da tensiio de cisalhamento aplicados em uma area AA Figura 1.5 Componentes da tensdo de cisalhamento aplicados sobre uma érea AA _ x Fonte: Hibbeler (2010, p.15). 3. Estado geral de tensfio — se o corpo for mais secionado como mostram as figuras 1.6a (planos paralelos a xz) ¢ 1.6b (planos paralelos a yz), podemos “extrair” um elemento ciibi- co que representa o estado de tens%o que atua no ponto, como mostra a Figura 1.6c. Para uma orientagio diferente de x, y, z, outras consideragdes devem ser feitas 10} Resistencia de materiais Figura 1.6 Representacio para o estado geral de tensdo. Fonte:adaptada de Hibbeler (2010, p. 15). Tensfo normal média em uma barra com carga axial O material do interior de uma barra é submetido apenas 4 ten- sio normal se essa barra, prismatica, for feita de material homo- géneo (mesmas propriedades fisicas e mecdnicas em todo 0 seu volume) ¢ isotrépico (mesmas propriedades em todas as diregées), € estiver submetido & forga axial que atua no centroide da area da seco transversal (como vemos na Figura 1.7a). Tal tensio é suposta ponderada ou uniforme na Area da se¢%io. Ao secionarmos a barra, como na Figura 1.7b, e desprezarmos seu peso, a resultante da forga interna que atua na segio transver- sal sera igual em intensidade, na direg%o oposta e colinear a forga externa, garantindo o equilibrio da parte inferior da barra. Fundamentos}(11 Figura 1.7 ‘lustracdo para tenséo normal média em uma barra submetida a uma carga axial f f rove interna ‘Area da seco transversal fre externa | \ @ b) Fonte: Hibbeler (2010, p16). Para 0 calculo dessa tensio, devemos considerar: © A barra permanecerd reta a segio transversal plana antes © apés a aplicagio da carga, durante a deformagio. A barra deforma-se uniformemente na horizontal e vertical, e as ex- tremidades nao so consideradas. ® — Pdeveser aplicada ao longo do eixo centroide da segao trans- versal para que a barra sofra deformagiio uniforme (como mostra a Figura 1.8) Figura 1.8 Deformacio uniforme de uma barra submetida a uma carga axial Pp t Regido de deformacao uniforme da bara Dp Fonte: Hibbeler (2010, p. 16) 12} { Resistencia de materiais Distribuic¢do da tensio normal média A Figura 1.9 representa uma barra submetida 4 deformagio uniforme constante cuja deformagio resulta de uma tensfionormal constante s: cada area d da segio esta sujeita a uma dF’ = sdA € 0 somatério das forgas sobre toda a area deve ser equivalente 4 resultante P na segao Como ja observado, P passando pelo centroide da segaio pro- duzira momentos nulos em toro de eixos x e y que venham a passar por esse ponto, como ilustra a Figura 1.9. Figura 1.9 Deformasio uniforme constante ~ distribuiggo da tensao média, Fonte:Hibbeler (2010, p16) Equilibrio Para que 0 equilibrio seja alcangado, os dois componentes da tenso normal, 4 qual est4 submetido um volume do elemento em andlise, devem ter mesma intensidade, porém diregdes opostas. E a denominada tensdo uniaxial, como ilustra a Figura 1.10. Essa consideragio pode ser aplicada tanto a corpos submetidos a tragao quanto & compressio. A resultante P passa pelo centroide do vo- lume considerado. Fundamentos}{ 13 Figura 1.10 Representac3o do equilibrio: tenses de mesma intensidade em diregbes opostas. Fonte: Hibbeler (2010, p. 17) Tensao de cisalhamento média Quando cargas sao aplicadas a pegas finas ou pequenas, que se encontram acopladas, pode ocorrer 0 cisalhamento do material © a flexio sera desprezivel. Nesse caso, a tensio de cisalhamento média atua na drea da segio transversal. Pregos e parafuusos (elementos de fixagiio) sio submetidos a car- gas de cisalhamento, ¢ a intensidade dessa forga é maior ao longo do plano que passa pelas superficies acopladas. Como jé visto, um diagrama de corpo livre auxilia na obtengao da intensidade ¢ dire- gfio dessa forga. A tensio de cisalhamento média sobre o material é definida por hae a6 mG Onde: Tyg = tensdo de cisalhamento média na segio: considerada a mesma em todos os pontos da segio. V = forga de cisalhamento interna: determinada das equagdes de equilibrio. A= dreana segio. Pode ser ainda definido como cisalhamento simples ou cisa- Jhamento duplo, como ilustram as figuras 1.11 e 1.12. 14} [ Resistencia de materiais came es Se 1A oats demo emedeen ‘exemplificando acoplamento de cisalhamento simples, ) F < Z V=F a @ @ Fonte: Hibbeler (2010, p.21) 7 Figura t.12 unas de ago e madera exerpicando acoplamento de cisalhamento duplo. | “is Fonte: Hibbeler (2010, p. 2). Tensao admissivel A carga admissivel que um elemento pode suportar ¢ obti- da aplicando-se um fator de seguranga sobre a tensio real no elemento. Isso é necessario para garantir que o elemento suporte a carga pretendida quando da aplicagio. A carga estabelecida em projeto deve ter um valor menor do que aquela que o elemento integralmente suporta. O fator de seguranga FS ¢ a relagiio entre a carga de ruptura F.,, a carga admissivel F,, Sua expresso matematica & o, t, FS=—2 = a7 Cox — Tat Deformacao A deformagio refere-se a mudangas, visiveis ou no, sofridas por um corpo ao ser submetido a uma forga. Além disso, essa de- formagio nio é uniforme ao longo de todo o volume do corpo. Dessa forma, para o estudo das deformagées, so consideradas retas muito pequenas localizadas nas vizinhangas de um ponto, que mudam em fungio de sua orientagiio no ponto, podendo alon- gar-se ou contrair-se de acordo com a diregio, De maneira mais simplificada, os pontos sofrem deslocamentos ou mudangas de posigiio em fungio da carga aplicada Sobre o conceito de deformagio, consideram-se: © Deformagao normal — medida do alongamento ou contragio de um pequeno segmento de reta em um corpo. © Deformagao por cisalhamento — é a medida de quando ocorre mudanga de Angulo entre dois segmentos de reta pe- quenos, originalmente perpendiculares entre si. Quanto aos componentes, para os dois casos, dependem da orientag&o dos segmentos de reta ¢ da localizagao no corpo. Vale citar que, em geral, deformagées normais provocam mudanga de volume, enquanto por cisalhamento alteram o formato. Na pratica, a deformagio pode ser medida por téenicas expe- rimentais. A maioria dos materiais de engenharia sofre pequenas deformagées, 0 que permite considerarmos como deformagio normal € < 1, simplificando os calculos 16} Resistencia de materiais Fique atento Neste topico as propriedades mecanicas dos materia sera0 apenas citadas, uma vez que trataremos disso mais, especificamente na Unidade 2. Propriedades mecdnicas dos materiais O diagrama tenstio-deformagao ¢ um dos mais importantes ins- trumentos da engenharia quando se fala em resisténcia dos mate- riais, ¢ o teste de tragHo e compressio ¢ usado principalmente para se obter a relagZo entre a tens%o normal média e a deformagio nor mal média para diversos materiais. O corpo de prova ¢ padrio e ¢ eslirado pela maquina a uma laxa lenta e conslante alé a ruptura, enquanto faza leitura da carga para manter o estiramento uniforme. A carga aplicada é axial sem flexdo do corpo de prova. O comportamento dos materiais como resposta ao diagrama de tenstio-deformag’o permite classificd-los como frdgeis e chicteis Além dessa classificago, temos ainda materiais resilientes e tenazes. Carregamento Cargas ow carregamentos sio forgas ou momentos que podem ser aplicados de modo concentrado ou distribuidos ao longo do comprimento e/ou da area da estrutura. Vejamos a Figura 1.13 Figura 1.13 Sxemplos de carregamentos: a) concentrados €b) distribuidos ao longo do comprimento das vigas. @ Carga concentrada, ghl ° | CLI | Cora sou 3 por comprimento, ‘Area de influéncia para a viga cd t eo i f Fonte: Almeida (2009, p.27) Principio de Saint-Venant Na Figura 1.14, a barra esté fixa em uma das extremidades e tem uma forga P aplicada a outra. A barra se deforma de maneira localizada devido ao carregamento, o que pode ser observado pe- las distorgdes na grade. Podemos notar ainda que a tensto diminui nas regides longe da carga e, abaixo da segio c-c, praticamente nfio hd mais distorgfio. Esse comporlamento nfo seria o mesmo no caso de uma barra fina, pois esta softeria deflexio. No entanto, de modo geral, a distribuigao de tensto no apoio que atua nas seges a-a, b-b e c-c pode ser representada pela Figura 1.15. De acordo com o Principio de Saint-Venant, a tensiio e a defor- magiio produzidas so dissipadas em pontos distantes da regiio de aplicagao da carga, fazendo que seu efeito deixe de ser localizado e se tore equivalente ao de uma distribuig%io uniforme, como ve- mos na Figura 1.15c Figura 1.14 Diagrama de distribuigao de tensoes em uma barra, devido a um carregamento. Garregamento distorce aslinhaslocalizadas iq petto dacarga Linhas localizadas longe da cargae do apoio permanecem retas Carregamento distorce aslinhas localizadas perto do apoio Fonte: Hibbeler (2004, p.91). Figura 1.15 Tens6es localizadas em cada segdo da Figura 1.14 devido a um carregamento. P P P pe ® ® | © | @ ff? Z af secio 0-0 seco b-b sedo cc seco c-c Fonte: Hibbeler (2004, p.91). 18}{ Resistencia de materiais Deformagéo eldstica causada por carregamento axial Neste momento vamos calcular 0 deslocamento relativo de um ponto de uma barra provocado por um carregamento axial. Se considerarmos uma posigo aleatéria x de uma barra, podemos dizer que o comprimento até essa posigio é d(x) e a area de sua segdo transversal ¢ A(x), Temos ainda que a forga axial interna resultante € P(x), que causa um deslocamento dé. Assim, pode- mos calcular a tensiio ¢ a deformago na barra de acordo com as equagdes a seguir: P(x a oe Cea x (1.8) De modo geral, consideramos que a barra se deforma de maneira uniforme, e, portanto, a distribuigo da tens%o na seg%o transversal também é uniforme. Usando a Lei de Hooke e as equagdes definidas acima, podemos relacionar as varidveis da seguinte forma FL ye as) Onde: 3 = deformagio da barra, P= forga aplicada na barra; L = distincia entre os pontos; A = area da segio transversal da barra, E = médulo de elasticidade do material Figura 1.16 Representacdo de uma barra homogénea submetida ‘a um carregamento P, Fonte: Hibbeler (2004, p. 93) Para utilizar a Equagao 1.9 é necessério adotar uma convengdo de sinais para a forga e deslocamento. Adotaremos o sinal positivo para tragdo e alongamento, e sinal negativo para compressao e contragao. Fundamentos}{ 19 Esforgos simples Tor¢do ‘Torgao se refere ao giro de uma barra retilinea quando carregada por momentos (ou torques) que tendem a produzir rotagaio sobre © eixo longitudinal da barra. O momento em que tende a torcer 0 elemento em torno de seu eixo longitudinal ¢ chamado de torque. Seu efeito é mostrado na Figura 1.17, onde vemos que as li- nhas longitudinais da barra se deformam, mas os circulos perma- necem inalterados. A partir dessas observages, notamos que, se © eixo de rotag&o for pequeno, o comprimento da barra e seu raio nfo se alteram. Além disso, concluimos que a torg%o produz um deslocamento angular de uma seco transversal em relagio 4 ou- tra, causando tensdes de cisalhamento. Nas proximas unidades, aprenderemos como calcular essas tensdes, deformagées e até mesmo 0 angulo de torgao. Figura 1.17 fixo deformado por torgio. Antes da deformacio, Cireulos continuam circulares longitudinais ficam torcidas Linhas radiais continuam retas, Depois da deformagao (b) Fonte: Hibbeler (2004, p.138). 20) Resistencia de materiais FlexGo A flexio normalmente é resultante da agfio de carregamentos transversais que tendem a curvar o corpo e que geram uma distri- buig&o de tensSes aproximadamente lineares no seu interior. Ela é uma combinagio de tensdes de tragfo e compressio que se alter- nam, gerando um par de forgas de intensidades iguais e sentidos opostos, chamado momento fletor. Na flexo, a deformagiio que a barra softe é perpendicular a da forga atuante. Como convengio de sinais, foi adotado que o mo- mento que provoca compressao nas fibras superiores € positivo, assim como a forga que provoca rotagao da barra no sentido ho- rario. Nas proximas unidades veremos como calcular 0 momento fietor e as deformagées resultantes. Figura 1.18 Diagrama representando uma barra cujo Carregamento P gera um momento fletor M, € M, P y Fonte: adaptada de Hibbeler (2004, p. 209) Cisalhamento transversal A tensio de cisalhamento resultante de uma forga de cisa- Ihamento transversal altera tanto sua seg%o transversal como longitudinal, o que se vé na Figura 1.19, Desse modo, quando uma barra sofre uma forga de cisalhamento V7, ela sofre uma distorgio e tende a se deformar de maneira heterogénea, como podemos ver na Figura 1.20. Essa caracteristica faz que as bar- ras submetidas a essas forgas sejam as mais dificeis de serem analisadas, pois, como sera estudado mais adiante, 0 céleulo dessas tensées deve levar em conta a flexfio, o momento fletor e a forga de cisalhamento. Fundamentos}(21 Figura 1.19 Tensdes ¢ cisalhamento resultantes da aplicagao de uma forga de cisalhamento. Tensio de cisalhamento transversal Tensio de cisalhamento (a! longitudinal tat Fonte: Hibbeler (2004, p. 283). Figura 1.20 Deformacio de uma barra submetida a forca, de cisalhamento V. (b) Apés a deformagso Fonte: Hibbeler (2004, p. 284). Estudo de vigas Vigas so elementos projetados para suportar carregamentos perpendiculares ao seu eixo longitudinal. Para que vigas compo- nham estruturas, so necessarias conexdes entre elas, estando as 22) [ Resistencia de materiais mais comuns ilustradas na Figura 1.21. Suas principais caracte- risticas sio © Apoio simples © impede a translagio em uma das diregSes (x ou y); © permite a translago na direg%o perpendicular a fixa; ®@ permite a rotagao no eixo z. © Axticulagio © impede a translagio nas duas diregGes (x e y); ®@ permite a rotag4o no eixo z. @ Engaste: © impede a translagio nas duas diregdes (xe y); © impede a rotagio no eixo z. (7 BRAN Represenactogricads pion @®rooio simples do primeiro género ou "charrot’) Cs OF 4 i ©® Rotuia (apoio do segundo género ou articulacdo) “iy aby — ees Tet © Engaste (ou apoio do tercelro género) A Estrutura H mH Engaste v Fonte: Almeida (2008, p. 31) As vigas de uma estrutura podem ser classificadas de acordo com seu tipo de apoio, pois isto facilita a determinagiio das reagdes a esses apoios, que nada mais sio que forgas e momentos. Todo © sistema de forgas, externas ¢ internas, tem de estar em equilibrio. A seguir, vamos estudar os principais tipos de vigas que podemos encontrar em uma estrutura. Vigas biapoiadas simples Vigas que tém dois apoios, onde pelo menos um deles € fixo (representado por um triéngulo), sio conhecidas como biapoiadas simples, como vemos na Figura 1.22. Apoios méveis sao repre- sentados por uma circunferéneia, Quando os dois apoios impedem a estrutura de se movimentar, dizemos que se trata de uma estru- tura externamente isostatica. Nesse caso, o mimero de reagdes de apoio a serem calculadas é igual ao mimero de equagdes de equi- librio disponiveis IF,=0 IF,=0 IM,=0 (1.10) Figura 1.22 Exemplo de uma viga biapoiada simples com uma forga externa P aplicada Fonte: Almeida (2008, p. 32), Vamos calcular as reacdes de apoio de uma viga biapoiada: 121 Stf —_ THAT ater 24) [ Resistencia de materiais Resolucao: Adote eixos ortogonais x. ye z (zndo indicado no desenho}: y 1aif A p Sif x 2m 6m Em seguida, determine as forcas de reagdo 8s forcas aplicadas no eb, indi cadas como V, e Vj: Calaule 0s valores de V, e V,a partir das equacées de equilibrio estatico: () BF, =0-+H,45=0-4H,=-Sif (DEF =0-V,- 12+ ¥,=0-+ 4, +V,=12 (3) 3M,=0—V,-12x2+V,x8=0—V, if Substituindo (3) em (2) temos: V,=91f Como H, teve um resultado negativo, o sentido da forca é contrério a0 que imaginamos e indicamos na figura anterior. Assim, o sistema correto seria 12¢f st 4 Stf _ => te t- Vigas biapoiadas engastadas Vigas biapoiadas engastadas possuem dois apoios simples e um engaste, representando uma estrutura duas vezes hiperestati- ca, Um exemplo de estrutura biapoiada engastada com uma forga

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