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Milhares de aposentados que tiveram os valores dos benefícios limitados a R$


1.081,50, em 1998, poderão ter os vencimentos revisados para cima a partir de
dezembro deste ano ou janeiro de 2011. A perspectiva foi aberta com o julgamento
de um Recurso Extraordinário no Supremo Tribunal Federal (STF) favorável a um
aposentado de Sergipe. A decisão manteve uma anterior , do Juizado Especial
Federal do estado, determinando a aplicação do teto de R$ 1.200,00, que foi
estabelecido na Emenda Constitucional nº 20/98, bem como das diferenças
apuradas nas parcelas vencidas após a publicação da Emenda, observando as
parcelas prescritas. O INSS ainda não mensurou quantos aposentados e
pensionistas poderão pedir a revisão, mas, de acordo com o advogado trabalhista
do Rio Grande do Norte, José Maria Gama, é preciso ficar alerta para procurar o
direito em tempo hábil. ³É expressivo o número de aposentados que terão direito à
revisão do cálculo´, diz ele.

Advogado José Maria Gama diz que número de aposentados que terão revisão é
expressivoO advogado explica que o cálculo da aposentadoria é feito a partir de
uma média aritmética abrangendo os salários a partir de julho de 1994 até a data
da concessão do benefício. Quando é feita essa média, o resultado não pode
ultrapassar o teto do salário de contribuição vigente na data de concessão da
aposentadoria. ³Em dezembro de 1998, esse teto, q ue era R$ 1.081,50, foi
elevado para R$ 1.200. Em 2003, a situação se repetiu e o teto elevou -se para R$
R$ 2.400. Mas quando se foi calcular a aposentadoria a parte do INSS não
obedeceu esse critério. Então pessoas que deveriam receber mais, acabaram
recebendo menos´.

Isso teria ocorrido porque o Ministério da Previdência editou uma norma interna
estabelecendo que benefícios concedidos anteriormente à data de publicação da
Emenda deveriam permanecer baseados no teto antigo, de acordo com
informações do site do STF.

O caso que deu origem à decisão do Tribunal envolvia um beneficiário de Sergipe,


que requereu aposentadoria por tempo de serviço proporcional em 1995 e que,
pelos cálculos do INSS, teria direito a receber R$ 1.120,00 por mês, mas o teto, de
R$ 1.081,50, em vigor, à época, limitou o benefício. Com o advento da Emenda
Constitucional de 1998, que eleva o limite o aposentado pediu revisão.

O caso foi julgado pelo Tribunal de Justiça de Sergipe. O Instituto Nacional de


Seguro Social (INSS) recorreu, mas, por maioria de votos, teve o provimento
negado pelo STF no dia 8 de setembro. A relatora do caso, ministra Cármen Lúcia
Antunes Rocha, frisou que só após a definição do valor do benefício é que se
aplica o limitador (teto). Ele não faz parte do cálcu lo do benefício a ser pago.
Assim, se esse limite for alterado, ele é aplicado ao valor inicialmente calculado. O
ministro Gilmar Mendes concordou com a relatora e reforçou que ³não se trata
mesmo de reajuste, apenas de uma readequação ao novo limite´. Par a o ministro,
o mesmo entendimento deve ser aplicado no caso da Emenda Constitucional
41/03, que elevou novamente o teto dos benefícios para R$ 2.400,00.

³Essa decisão abre caminho para que outros aposentados nas mesmas condições
peçam a revisão´, disse o STF por meio da Secretaria de Comunicação. ³Os
aposentados e pensionistas devem consultar um advogado ou um defensor
público para saber como proceder´. Por meio da assessoria de imprensa, o INSS
informou que aguarda a publicação do Acórdão do STF para cum prir a decisão.

Fonte: Tribuna do Norte


Postado por ContJus - Contados Judicial às 08:04 0 comentários
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