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NORMA ABNT NBR BRASILEIRA 12655 ‘Segunda ediggo 14.08.2006 Valida a partir de 14.09.2006 Concreto de cimento Portland — Preparo, controle e recebimento — Procedimento Portland cement concrete — Preparation, control and acceptance — Procedure Palavra-chave: Conereto. Descriptor: Concrete. Ics 91.100.30 ‘sssocNcao Namero de referencia q BRASILETRA ABNT NBR 12655:2006 ) PERoRMnS 48 paginas. ‘@ABNT 2006 ABNT NBR 12655:2006 © ABNT 2008 Todos 0s direitos reservados. A menos que especificado de outro modo, nenhuma parte desta publicago pode ser reproduzida ‘u por qualquer meio, eletronico ou mecénico, incluindo fotocépia e microfime, sem permissae por escrito pela ABNT. ‘Sede da ABNT ‘Av-Treze de Maio, 13 - 28° andar 2031-901 - Rio de Janeiro - RJ Tel. + 55 21 3974-2300 Fax: + 55 21 2220-1762 ‘abnt@abnt.org.br wow abnt.org.br Impresso no Brasil ‘@ABNT 2008 - Todos os droits reservados ABNT NBR 12655:2006 Sumario Pagina Objetivo .. 2 Referéncias normativas. 1.2 Conereto preparado por empresa de servicos de concretagem.. 4.1.3 Outras modalidades de preparo do concreto. 42 Profissional responsavel pelo projeto estrutural. 4.3 Profissional responsavel pela execugao da obra. 44 Responsavel pelo recebimento do concreto. 5 Requisitos para o concreto e métodos de verificaca 5.4 Requisitos bésicos.. 5.1.4 Requisitos para os materiais componentes do concreto .. 5.1.2 Requisitos basicos para o concreto. 5.2 Requisitos e condigées de durabill 5.24 Exigénclas de durabilidade 5.2.2 Condig6es de exposigéo da estrutura. 5.3 Armazenamento dos materlais componentes do concreto.. 5.3.4 5.3.2 5.3.3 53.4 53.5 55 5.5.1 Em betoneira estacionéria, 5.5.2 Em caminhao-betoneira, 5.6 Estudo de dosagem do concreto. 5.6.1 Dosagem racional e experimental . 5.6.2 Dosagem empirica 5.6.3 Célculo da resisténcia de dosagem. 5.7 Ajuste e comprovagdo do traco. 5.7.1 Procedimento 6 os de controle de aceitagéo. 64 io de consistincta, 62 ios de resistencia & compressa 624 6.22 6.2.3 Tipos de controle da resisténcia do concreto.. 6.2.4 Aceitagao ou rejeigao dos lotes de concreto ... 7 Recebimento do concreto (@ABNT 2006 - Todos os direitos reservados cH ABNT NBR 12655:2006 Prefacio ‘A Associagao Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) 6 o Férum Nacional de Normalizacao. As Normas Brasileiras, cujo contetido 6 de responsabilidade dos Comit8s Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos de Normalizagao Selorial (ABNT/ONS) e das Comissées de Estudo Especiais Temporérias (ABNT/CEET), s8o elaboradas por Comiss6es de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores, ‘consumidores e neutros (universidades, laboratérios e outros). ‘A ABNT NBR 12655 foi elaborada no Comité Brasileiro de Cimento, Concreto e Agregados (ABNT/CB-18), pela Comisséo de Estudo de Controle de Qualidade do Concreto (CE-18:305.01). O Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital n® 11, de 30.11.2005, com o numero de Projeto ABNT NBR 12655. Esta segunda edigSo cancela e substitui a edigSo anterior (ABNT NBR 12655:1996), a qual foi tecnicamente revisada wv @ABNT 2006 - Todos 0s direitos reservados NORMA BRASILEIRA ABNT NBR 12655:2006 Concreto de cimento Portland — Preparo, controle e recebimento — Procedimento 1 Objetivo Esta Norma € aplicavel a concrefo de cimento Portland para estruturas moldadas na obra, estruturas pré-moldadas e componentes estruturais pré-fabricados para edificagbes ¢ estruturas de engenharia. (© concreto pode ser misturado na obra, pré-misturado ou produzido em usina de pré-moldados. Esta Norma especifica requisitos para: 8) propriedades do concreto fresco @ endurecido e suas verificagdes; b) composigio, preparo e controle do concreto; ©) recebimento do concreto. Esta Norma se aplica a concretos normais, pesados e leves. Esta Norma néo se aplica a concreto-massa, concretos aerados, espumosos e com estrutura aberta (sem finos). Exigéncias adicionais, estabelecidas em normas nacionais vigentes, podem ser necessérias para: 1a) estruturas especiais, como certos Viadutos, vasos sob presso para usinas nucleares, estruturas maritimas € estradas; b) uso de outros materiais (como fibras); ©) tecnologias especiais (processos de produgo) ou tecnologias inovadoras no processo de construgo; 4) conereto leve; €) concreto projetado. 2 Referéncias normativas ‘As normas relacionadas a seguir contém disposigSes que, ao serem citadas neste texto, constituem prescrigoes ara esta Norma. As edigSes indicadas estavam em vigor no momento desta publicagéo. Como toda norma esta sujeita a revisdo, recomenda-se aqueles que realizam acordos com base nesta que verifiquem a conveniéncia de se usarem as edigoes mais recentes das normas citadas a seguir. A ABNT possui a informagao das normas em vigor em um dado momento. ABNT NBR 5732:1991 — Cimento Portland comum — Especiticagao (@ABNT 2006 - Todos 08 cireitos reservados 1 ABNT NBR 12655:2006 ABNT NBR 5733:1991 — Cimento Portland de alta resisténcia ial - Especificagao ABNT NBR 5735:1991 - Cimento Portland de alto-forno — Especificagao ABNT NBR 5736:1991 — Cimento Portland pozolanico — Especificagao ABNT NBR 57371992 - Cimentos Portland resistentes a sulfatos - Especificagao ABNT NBR 5738:2003 - Concreto - Procedimento para moldagem e cura de corpos-de-prova ABNT NBR 57391994 — Concreto — Ensaio de compressio de corpos-de-prova cilindricos - Método de ensaio ABNT NBR 6118:2003 — Projeto de estruturas de concreto — Procedimento ABNT NBR 7211:2005 — Agregados para concreto - Especificagao ‘ABNT NBR 7212:1984 — Execuao de concreto dosado em central - Especificapao ‘ABNT NBR 8953:1992 — Conoreto para fins estruturals — Classificagdo por grupos de resisténcia — Classificagao ABNT NBR 9833:1987 - Conecreto fresco - Determinago da massa especifica e do teor de ar pelo método gravimétrico ABNT NBR 11578:1991 - Cimento Portland composto — Especificagao ABNT NBR 11768:1992 — Aditivos para concreto de cimento Portland — Especificagao ABNT NBR 12654:1992 ~ Controle tecnol6gico de materiais componentes do conoreto — Procedimento ABNT NBR 12989:1993 — Cimento Portland branco — Especificago ABNT NBR 13116:1994 — Cimento Portland de baixo calor de hidratagao ~ Especificagao ABNT NBR NM 33:1998 — Concreto - Amostragem de concreto fresco ABNT NBR NM 67:1998 — Concreto ~ Determinago da consisténcia pelo abatimento do tronco de cone ABNT NBR NM 68:1998 — Concreto ~ Determinago da consisténcia pelo espalhamento na mesa de Graff ASTM C 1218:1997 — Test method for water-soluble chloride in mortar and concrete. 3 Definigées 3.1.1 Paras efeitos desta Norma, aplicam-se as seguintes definigSes: 3.1. Definigdes de termos técnicos 3.4.1. conereto de cimento Portland: Material formado pela mistura homogénea de cimento, agregados mitido grado @ Agua, com ou sem a incorporagéo de componentes minoritérios (aditivos quimicos, metacaulim ou silica ativa), que desenvolve suas propriedades pelo endurecimento da pasta de cimento (cimento e gua). Para os efeitos desta Norma, o termo “concreto” se refere sempre a “concreto de cimento Portland”. 3.1.2 conereto fresco: Concreto que esta completamente misturado e que ainda se encontra em estado plastico, capaz de ser adensado por um método escolhido. 2 |@ABNT 2006 - Todos 06 diretos reservados ABNT NBR 12655:2006 3.1.3 conereto endurecido: Concreto que se encontra no estado sblido e que desenvolveu resisténcia mecénica. 3.1.4 _conereto preparado pelo executante da obra: Quando o ajuste e a comprovagéo do trago, além da elaboragao do concreto, so realizados no canteiro de obras pelo usudrio. 3.1.5 elemento pré-moldado de concreto: Produto de concreto moldado e curado em local que no aquele de Uso final. 3.1.6 _concreto normal: Concreto endurecido que, quando seco em estufa, apresenta massa especifica maior do que 2 000 kg/m’, mas néo excede 2 800 kg/m’. 3.4.7. conereto leve: Concreto endurecido que, quando seco em estufa, apresenta massa especifica ndo menor que 800 kg/m®, mas que no excede 2 000 kg/m’. 3.1.8 _concreto pesado: Concreto endurecido que, quando seco em estuta, apresenta massa especifica maior do que 2 800 kg/m’. 3.1.9 concreto de alta resisténci acordo com a ABNT NBR 8953. Concreto com classe de resisténcia & compresséo maior do que C50, de 3.1.10 concreto dosado em central: Concreto dosado, misturado em equipamento estacionério ou em iinhdo-betoneira, transportado por caminhdo-betoneira ou outro tipo de equipamento, dotado ou néo de dispositive de agitagéo, para entrega antes do inicio de pega do concreto, em local e tempo determinados, para que se processem as operacSes subseqientes a entrega, necessérias 4 obtengao de um concreto endurecido com as propriedades especiicadas. 3.1.11 conereto prescrito: Concreto cuja composigao e materiais constituintes sao definidos pelo usuério. 3.1.12. familia de concreto: Grupo de tragos de conoreto para o qual uma relagao confiavel entre propriedades relevantes é estabelecida e documentada. Normalmente uma familia de concreto deve compreender concretos preparados em uma mesma central, que apresentem consisténcia dentro de um mesmo intervalo, elaborados com Cimento de mesmo tipo e classe de resisténcia e proveniente de um nico fabricante e de uma tnica fabrica, contendo agregados de uma mesma origem geolégica, tipo e dimensées. Se aditivos quimicos, metacaulim ou ativa forem usados, as novas composigdes do concreto podem formar familias separadas. 3.1.13 metro cbico de concreto: Quantidade de concreto fresco que, quando adensado de acordo com com a energia indicada na ABNT NBR 9833, ocupa o volume de 1 m*. 3.1.14 caminhdo-betoneira: Veiculo dotado de dispositive que efetua a mistura do concreto e mantém sua homogeneidade por simples agitagao. 3.1.15 equipamento dotado de agitagdo: Veiculo autopropelide que permite manter a homogeneidade do Cconcreto durante o transporte e a descarga, dotado de dispositivo de agitacao para isto. 3.4.16 equipamento nao dotado de agitagio: Veiculo ndo dotado de dispositivo de agitago, que pode ser utilizado somente para o transporte de concretos néo segregaveis. 3.1.17 betonada: Menor quantidade de concreto dosado e misturado, que pode ser considerada como unidade de elaboragao. 3.1.18 aditivo: Material adicionado durante 0 processo de mistura do concreto em pequenas quantidades (geralmente inferior a 5%), proporcionais & massa de cimento, para modificar as propriedades do concreto fresco ‘ou endurecido. 3.1.19 agregado: Material sem forma ou volume definido, geraimente inerte, de dimensées e propriedades adequadas para o preparo de argamassa e concreto. (@ABNT 2006 - Todos 08 dirltos reservados 3 ABNT NBR 12655:2006 3.1.20 agregado leve: Agregado de baixa massa especifica (< 1 800 kg/m*), como, por exemplo, os agregados expandidos de argila, escéria siderdrgica, vermiculita, ardésia, residuos de esgoto sinterizado e outros. 3.1.21 agregado denso ou pesado: Agregado de elevada massa especifica (2 3 000 kg/m’), como, por exemplo, barita, magnetita, limonita e hematita. 3.1.22 cimento Portland: Agiomerante hidréulico obtido pela moagem de clinquer Portland, ao qual se adiciona, durante essa operagdo, a quantidade necesséria de uma ou mais formas de sulfato de célcio. Durante a moagem 6 permitido adicionar a essa mistura materials pozolénicos, escérias granuladas de alto-forno e/ou materiais carbonatices, nos teores indicados nas normas especificas. 3.1.23 conteuido efetivo de agua: Diferenca entre a 4gua total presente no concreto fresco e a Agua absorvida pelos agregados. 3.1.24 relagdo égua/cimento: Relagdo em massa entre 0 conteddo efetivo de Agua e 0 conteddo de cimento Portland. 3.1.25 resisténcia caracteristica a compresséo do concreto (fx): Valor de resisténcia & compresséo acima do qual se espera ter 95% de todos os resultados possiveis de ensaio da amostragem feita conforme 6.2.2. 3.1.26 resistencia média 4 compresséo do concreto (fim): Corresponde ao valor da resisténcia média & compressao do concreto, a /dias. Quando nao for indicada a idade, refere-se a j= 28 dias. 3.1.27 ar incorporado: Bolhas de ar microscépicas incorporadas intencionalmente no concreto durante a mistura, geralmente pelo uso de aditivos. 3.1.28 ar aprisionado: Vazios de ar nao intencionalmente introduzidos no concreto. 3.1.29 trago ou composicao: Expresso das quantidades, em massa ou volume, dos varios componentes do concreto (geralmente referido ao cimento). O traco também pode ser expresso em quantidades de materiais por metro cibico de conereto. 3.1.30 estudo de dosagem: Conjunto de procedimentos necessérios & obtengao do trago do concreto para atendimento dos requisitos especificados pelo projeto estrutural e pelas condigdes da obra. 3.1.31 dosagem; proporcionamento: Medida dos materials componentes do concreto para produgao do volume desejado. 3.1.32. etapas de preparo do concreto: As etapas de preparo do concreto sao as seguintes: a) caracterizacdo dos materials componentes do concreto; b) estudo de dosagem do conereto; ©) _ajuste e comprovagdo do trago de concreto; 4d) elaboragao do concreto. 3.1.33. elaborago do concreto: Operagées iniciadas com o recebimento e o armazenamento dos materiais, sua medida e mistura, bem como verificagso das quantidades utilzadas destes materials. Esta verificago tem por finalidade comprovar que © proporcionamento dos materiais atende ao trago especificado e deve ser felta no minimo uma vez ao dia, ou quando houver alterago do trago. 3.1.34 empresa de servicos de concretagem: Empresa responsavel pelo preparo do concreto e seu transporte, dda central até o local de entrega, de acordo com 0 estabelecido em contrato. 4 {@ABNT 2008 - Todos os direitos reservados: ABNT NBR 12655:2006 3.1.35 central de concreto: Instalagdes onde se efetuam as dosagens e, conforme o caso, a mistura do conereto, de acordo com esta Norma. 3.1.36 lote de concreto: Volume definido de concreto (ver tabela 7), elaborado e aplicado sob condicées tuniformes (mesma classe, mesma familia, mesmos procedimentos ¢ mesmo equipamento). 3.1.37 amostra de concreto: Volume de concreto retirado do lote com o objetivo de fomecer informagées, mediante realizacao de ensaios, sobre a conformidade deste lote, para fins de aceitacao. 3.1.38 exemplar: Elemento da amostra constituido por dois corpos-de-prova da mesma betonada, moldados no mesmo ato, para cada idade de rompimento. 3.2. Definigées das responsabilidades 3.2.1 _aceltagao do concreto: Exame sistemético do concreto, de acordo com esta Norma, de modo a verificar ‘se atende as especificagbes. 3.2.2 aceitagao do concreto fresco: Verificagdo da conformidade das propriedades especificadas para 0 estado fresco, efetuada durante a descarga da betoneira. 3.2.3 _aceitagdo definitiva do concreto: Verificagso do atendimento a todos os requisitos espectficados para conereto, 3.2.4 recebimento do concreto: Verificagao do cumprimento desta Norma, através da andlise @ aprovagio da documentagao correspondente, no que diz respeito as etapas de preparo do concreto e sua aceitagéo. 4 Atribuigdes de responsabilidades © conereto para fins estruturais deve ter definidas todas as caracteristicas e propriedades de maneira explicita, antes do inicio das operagdes de concretagem. O proprietario da obra e 0 responsavel técnico por ele designado devem garantir o cumprimento desta Norma e manter documentago que comprove a qualidade do concreto conforme descrito em 4.4. 41 Modalidade de preparo do concreto Para 0 concreto destinado as estruturas, s&o previstas as modalidades de preparo descritas em 4.1.1 a 4.1.3. 4.1.1 Concreto preparado pelo executante da obra As etapas de preparo citadas em 3.1.32 sdo realizadas pelo executante da obra, cujas responsabilidades esto definidas em 4.3. 4.1.2 Conereto preparado por empresa de servigos de concretagem A central deve assumir a responsabilidade pelo servigo © cumprir as prescrigies relalivas as etapas de preparo do concreto (ver 3.1.32), bem como as disposi¢des desta Norma e da ABNT NBR 7212. A documentacdo relativa a0 ‘cumprimento destas prescrigbes e disposigdes deve ser disponibilizada para o responsével pela obra e arquivada na empresa de servigos de concretagem, sendo preservada durante o prazo previsto na legistagao vigente. (@ABNT 2008 - Todos os direitos reservados 5 ABNT NBR 12655:2006 4.1.3. Qutras modalidades de preparo do concreto Quando as etapas de preparo do concreto (ver 3.1.32) forem realizadas de maneira diferente das definidas em 4.1.1 e 4.1.2, as responsabilidades devem ser claramente estabelecidas em contrato entre as partes. NOTA Um exemplo deste caso ocorre quando a mistura e o transporte do conereto sto realizados por empresa de ‘servigos de concretagem, sendo 0 estudo de dosagem ou a escolha dos materials indicada por pessoa legalmente qualificada. 4.2. Profissional responsdvel pelo projeto estrutural Cabem a este profissional as seguintes responsabllidades, a serem explictadas nos contratos e em todos os desenhos e memérias que descrevem 0 projeto tecnicamente, com remisséio explicita para determinado desenho ou folha da meméria: a) registro da resisténcia caracteristica & compresséo do concreto, fx, obrigatéria em todos os desenhos e memérias que desorevem o projeto tecnicamente; b) especificagao de fy para as etapas construtivas, como retirada de cimbramento, aplicagao de protenséo ou manuseio de pré-moldados; ©) especificagso dos requisitos correspondentes a durabilidade da estrutura e elementos pré-moldados, durante sua vida uti, inclusive da classe de agressividade adotada em projeto (tabelas 1 e 2); d) especificagao dos requisitos correspondentes as propriedades especiais do concreto, durante a fase construtiva e vida util da estrutura, tals como: — médulo de deformagao minimo na idade de desforma, movimentagéo de elementos pré-moldados ou aplicagao da protenséo; — outras propriedades necessérias & estabilidade e a durabilidade da estrutura. 4.3 Profissional responsavel pela cugao da obra Ao profissional responsavel pela execucao da obra de concreto cabem as seguintes responsabllidades: a) escolha da modalidade de preparo do concreto (ver 4.1); b) _escolha do tipo de concreto a ser empregado e sua consisténcia, dimenséo maxima do agregado e demais propriedades, de acordo com o projeto e com as condigbes de aplicagao; ©) _atendimento a todos os requisitos de projeto, inclusive quanto & escolha dos materiais a serem empregados; d) aveitagao do concreto, definida em 3.2.1, 3.2.2 0 3.2.3; ©) culdados requeridos pelo proceso construtivo @ pela retirada do escoramento, levando em consideragéo as peculiaridades dos materiais (em particular do cimento) ¢ as condigdes de temperatura ambiente; f) _ verificagéo do atendimento a todos os requisites desta Norma. 44 Responsavel pelo recebimento do concreto Os responséveis pelo recebimento do concreto (3.2.4) so o proprietario da obra e o responsével técnico pela obra, designado pelo proprietério. A documentagao comprobatéria do cumprimento desta Norma (relatorio de ensaios, laudos outros) deve estar disponivel no canteiro de obra, durante toda a construgdo, e deve ser arquivada preservada pelo prazo previsto na legistagdo vigente, salvo 0 disposto em 4.1.2. 6 (@ABNT 2006 - Todos 08 direitos reservados ABNT NBR 12655:2006 5 Requisitos para o concreto e métodos de verificagao 5.1 Requisitos basicos 5.1.1 Requisitos para os materiais componentes do concreto 5.1.4.1 Generalidades ‘Os materiais componentes do concreto (ver 3.1.1) no devem conter substéncias prejudiciais em quantidades que Possam comprometer a durabilidade do concreto ou causar corrosdo da armadura e devem ser adequados para o Uso pretendido do concreto. 5.1.1.2 Especificagdes e métodos de verificagao, controle tecnolégico dos materiais componentes do concreto deve ser realizado de acordo com 0 que define a ABNT NBR 12654. 5.1.2 Requisitos bésicos para o concreto 5.4.24 Generalidades ‘A composigao do concreto e a escolha dos materiais componentes devem satisfazer as exigéncias estabelecidas nesta Norma, para concreto fresco e endurecido, observando: consisténcia, massa especifica, resisténcia, durabilidade, protegao das barras de ago quanto a corrosao e o sistema construtivo escolhido para a obra. O concrato de operagdes de NOTA _As propriedades exigidas para o concreto, em uma estrutura, s80 geralmente alcangadas se certos procedimentos de execugéo do concreto fresco no local de uso forem seguidos. Assim, além dos requisitos definidos nesta Norma, outros requisitos com relago a mistura, transporte, langamento, adensamento, cura e tralamentos especiais podem ser necessarics. antes da especificago do concreto. Muitos desses requisitos sio freqlientemente independentes. Se todos esses requisitos forem satisfeitos, algumas diferencas na qualidades do concreto entre o que realmente existe na estrutura @ os resultados, obtides pelos métodos de ensaio normalizados séo adequadamente cobertas pelos coeficientes de segurana. ‘ser dosado a fim de minimizar sua segregacao no estado fresco, levando-se em consideragao as tura, transporte, langamento e adensamento. 5.1.22 Cimento Portland © cimento Porttand deve cumprir, conforme seu tipo e classe, com os requisitos constantes nas ABNT NBR 5732, ABNT NBR 5733, ABNT NBR 5735, ABNT NBR 5736, ABNT NBR 5737, ABNT NBR 11578, ABNT NBR 12989 ou ABNT NBR 13116, © tipo de cimento deve ser especificado levando-se em consideragéo detalhes arquiteténicos e executives, a aplicagao do conereto, 0 calor de hidratagao do cimento, as condigSes de cura, as dimensées da estrutura € as, condig6es de exposicgo naturais ou peculiares de trabalho da estrutura. 51.23 Agregados 5.1.2.3.1 Especificagio Todos os agregados usados em concreto de cimento Portland devem cumprir com os requisitos estabelecidos na ABNT NBR 7211. ‘@ABNT 2006 - Todos os direitos reservados 7 ABNT NBR 12655:2006 5.1.2.3.2 Agregados recuperados ‘Agregados de concreto fresco recuperados por lavagem podem ser usados como agregado para concreto se forem do mesmo tipo que o agregado primario desse mesmo concreto. ‘Agregados recuperados no subdivididos quanto & sua granulometria nao devem ser adicionados em quantidades maiores do que 5% do total de agregados no concreto. Quantidades superiores a 5% podem ser adicionadas somente se o agregado recuperado for classificado e separado nas diferentes fragdes e se atender aos requisitos da ABNT NBR 7211. 5.1.2.3.3 Reatividade com alcalis ‘Quando os agregados contiverem variedades de silica suscetiveis ao ataque de dlcalis (NaOH e KOH) originarlos. do cimento ou de outras fontes, e se 0 concreto estiver exposto a condigdes de umidade, precaugées especiais na escolha dos componentes devem ser tomadas. PrecaugSes adicionais empregadas no local de uso do concreto, devem ser seguidas, considerando 0 que estabelece a ABNT NBR 7211 @ a experiéncia anterior com a ‘combinagao especifica de cimento e agregados. 5.1.24 Aditivos Qs aditivos utilizados em concreto de cimento Portland devem cumprir com os requisites estabelecidos na ABNT NBR 11768. ‘A quantidade total de aditives, quando utiizados, no deve exceder a dosagem maxima recomendada pelo fabricante. A influéncia da elevada dosagem de aditivos no desempenho e na durabilidade do concreto deve ser considerada. Para 0 uso de aditivos em quantidades menores do que 2 g/kg de cimento, exige-se que este seja disperso em parte da Agua de amassamento. ‘Se 0 total liquido contido no aditivo exceder 3 dm’/m* de concreto, seu contetido de agua deve ser considerado no Célculo da relagdo 4gua/cimento. Quando se usarem simultaneamente dois ou mais aditivos, a compatibilidade entre eles deve ser verificada em ‘ensaios prévios em laboratério. 5.2 Requisitos e condigées de durabilidade da construgao 1s do durabilidade 5.2.4 Exigén ‘As estruturas de concreto devem ser projetadas e construidas de modo que, sob as condigSes ambientais previstas na época do projeto e quando utiizadas conforme preconizado em projeto, apresentem seguranga, estabilidade e aptidéo em servigo durante o periodo corespondente a sua vida util, de acordo com 0 que estabelece a ABNT NBR 6118. 5.2.2 Condigées de exposigio da estrutura De acordo com a ABNT NBR 6118, a agressividade ambiental é classificada de acordo com o apresentado na tabela 1 nos projetos das estruturas correntes. 8 @ABNT 2006 - Todos os deitos reservados, Tabela 1 — Classes de agressividade ambiental ABNT NBR 12655:2006 Classe de Risco de s ivi Classificago geral do tipo de agressividade | Agressividade deterioragsio da enbicntal ambiente para efeito de projeto oomaae Rural 1 Fraca Insignificante ‘Submersa a Moderada Urbana Pequeno Marinha ” am Forte Grande Industrial Industrial Vv Muito forte = Elevado Respingos de maré Pode-se admitir um microciima com uma classe de agressividade mais branda (um nivel acima) para ambientes Internos secos (salas, dormitérios, banheiros, cozinhas e reas de servio de apartamentos residenciais © Cconjuntos comerciais ou ambientes com concreto revestido com argamassa ¢ pintura). Pode-se admitir uma classe de agressividade mais branda (um nivel acima) em obras em regides de cima seco, ‘com umidade relativa do ar menor ou igual a 65%, partes da estrutura protegidas de chuva em ambientes predominantemente secos, ou regi6es onde chove raramente, ® Ambientes quimicamente agressivos, tanques industrials, galvanoplastia, branqueamento em indiistrias de celulose papel, armazéns de fertlizantes e industrias qulmicas. 5.2.2.1 Correspondéncia entre classe de agressividade e qualidade do concreto Atendidos os critérios de projeto estabelecidos na ABNT NBR 6118, a durabilidade das estruturas € altamente dependente das caracteristicas do concreto. Ensaios comprobatérios do desempenho da durabilidade da estrutura frente a0 tipo ¢ ao nivel de agressividade previsto em projeto devem estabelecer os parametros minimos a serem atendidos. Na falta desses e devido & ‘existéncia de uma forte correspondéncia entre a relagdo agualcimento, a resisténcia & compressao do concreto & sua durabilidade, permite-se adotar os requisitos minimos expressos na tabela 2. Os requisitos da tabela 2 sio validos para concretos executados com cimento Portland que atenda, conforme seu tipo e classe, as especificagdes das ABNT NBR 5732, ABNT NBR 5733, ABNT NBR 5735, ABNT NBR 5736, ABNT NBR 5737, ABNT NBR 11578, ABNT NBR 12989 e ABNT NBR 13116, com consumos minimos de cimento or metro cibico de concreto de acordo com a tabela 2. ‘@ABNT 2006 - Todos oe cireitos reservados ABNT NBR 12655:2006 Tabela 2 — Correspondéncia entre classe de agressividade e qualidade do concreto Conareto Teo Classe de agressividade (Tabeta 1 7 w Vv Relago agualcimento em cA 50,65 $0.60 50,55 0,45 massa cp 0,60 50,55 0,50 $0.45 Classe de conereto cA > C20 2025 2030 2 C40 (ABNT NBR 8953) oP. 2025 2030 2036 2C40 ‘Consumo de cimento por metro cibico de concreto | CA@ CP 2260 > 280 2320 2360 kgim® NOTA CA Componentes e elementos estruturais de concreto armado; CP Componentes e elementos estruturals de conereto protendido, 5.222 Condig6es especiais de exposicso Para condigSes especials de exposi¢go, devem ser atendidos os requisitos minimos de durabil tabela 3 para a maxima relagdo agua/cimento e a minima resisténcia caracteristica. fade expressos na Tabela 3 — Requlsitos para o concreto, em condigdes especiais de exposi¢ao Minimo valor de fax ue ma lace (para concreto com igualcimento, em massa, Jado normal ou Condigées de exposigao pam conareto com agregado | “mragado not normal MPa Condigées em que & necessério um concreto de 0,50 s baixa permeabilidade a agua Exposigao a processos de congelamento e descongelamento em condigées de umidade ou 0,45 40 agentes quimicos de degelo Exposigdo a cloretos provenientes de agentes quimicos de degelo, sais, agua 040 45 salgada, agua do mar, ou respingos ou : bortifagao desses agentes 5.223 Sulfatos Concretos expostos a solos ou soluSes contendo sulfatos devem ser preparados com cimento resistente a sulfatos de acordo com a ABNT NBR 5737 e atender ao que estabelece a tabela 4, no que se refere a relagao gualcimento e @ resisténcia caracteristica @ compressao do concreto (fa). 10 {@ABNT 2006 - Todos 0s direitos reservados ABNT NBR 12655:2006 Tabela 4 — Requisitos para concreto exposto a soluges contendo sulfatos. - Condigoes de | Sulfato soldvelem | Sulfato solve! | Maxima relagdio Minimo fox exposigéio em | 4gua (S0,) presente| (S0,) presente na | 4gualcimento, em | (Para concreto com fungdo da no solo ‘agua massa, para | Soregaco Dormal ou agressividade a %em massa ppm agregado normal? Mpa Fraca 0,00 a 0,10 0a 150 = = Moderada™ 0,10 a 020 150.2 1 500 0,50 36 Severa™ ‘Acima de 0,20 | Acima de 1 600 0.45 40 “Balxa relago égua/cimento ou elevada resistencia podem ser necessérias para a oblengio de baixa permeablidade 60 concreto ou protegSo conira a cortoséo da armedura ou protego a processos de congelamento e degelo, **Agua do mar. ‘***Para condiybes severas de agressividade, devem ser obrigatoriamente usados cimentos resistentes a sulfatos, 5224 Cloretos De forma a proteger as armaduras do concreto, 0 valor maximo da concentragéo de fons cloreto no concreto endurecido, considerando a contribuigao de todos os componentes do concreto no aporte de cloretos, ndo deve exceder 0s limites estabelecidos na tabela 5. Quando forem realizados ensaios para determinagao do teor de ions cloreto soliveis em agua, deve ser seguido 0 procedimento da ASTM C 1218. Tabela 5 — Teor maximo de ions cloreto para protecso das armaduras do concreto ‘Teor maximo de fons cloreto (CT) no conereto po de estrutura % sobre a massa de cimento Conereto protendido 0,05 Concreto armado exposto a cloretos nas condigées de 0.18 servigo da estrutura : Concreto armado em condig6es de exposigao ndo severas, (Seco ou protegido da umidade nas condigies de servico 0,40 da estrutura) Outros tipos de construgo com concreto armado 0,30 ‘Se um concreto com armadura for exposto a cloretos provenientes de agentes quimicos de degelo, sal, ‘gua salgada, agua do mar ou respingos ou bortifagdo desses trés agentes, os requisitos da tabela 3 para a ‘elagdo égua/cimento e a resisténcia caracteristica a compressao do concreto devem ser satisfeitos. Nao permitido 0 uso de aditivos contendo cloretos em sua composigdo em estruturas de concreto armado ou protendido. 5.3 Armazenamento dos materiais componentes do concreto (Os materials componentes do concreto, Identificados em 5.3.1 a 5.3.5, devem permanecer armazenados na obra ou na central de dosagem, separados fisicamente desde o instante do recebimento até a mistura. Cada um dos componentes deve estar completamente identiicado durante o armazenamento, no que diz respeito a classe ou a graduagao de cada procedéncia. Os documentos que comprovam a origem @ as caracteristicas dos materiais ‘deve permanecer arquivados, conforme legisiagao vigente. (@ABNT 2006 - Todos 0s direitos reservadoe "1 ABNT NBR 12655:2006 5.3.1 Cimento ‘Cada cimento deve ser armazenado separadamente, de acordo com a marca, tipo e classe, conforme as recomendagSes a seguir. (© cimento fomecido em sacos deve ser guardado em pilhas, em local fechado, protegido da agao de chuva, névoa ‘ou condensaggo. Cada lote recebido numa mesma data deve ser armazenado em pilhas separadas ¢ individualizadas. As pilhas devem estar separadas por corredores que permitam 0 acesso e os sacos devem ficar apoiados sobre estrado ou paletes de madeira, para evitar o contato direto com o piso. (Os sacos devem ser empilhados em altura de no maximo 15 unidades, quando ficarem retidos por periodo inferior 15 dias, ou em altura de no maximo 10 unidades, quando permanecerem por periodo mais longo. © cimento fornecido a granel deve ser estocado em silo estanque, provido de respiradouro com filtro para reter Poeira, tubulagdo de carga e descarga e janela de inspegso, Cada silo deve estar munido de uma identificacdo com o registro de tipo, classe e marca de cimento contido, e sua configuragao interna deve ser tal que induza o fluxo desimpedido do cimento até a boca de descarga, sem gerar reas mortas. 5.3.2 Agregados (Os agregados devem ser armazenados separadamente em fungao da sua graduagao granulométrica, de acordo ‘com as classificagies indicadas na ABNT NBR 7211. Nao deve haver contato fisico direto entre as diferentes graduagSes. Cada fragdo granulométrica deve ficar sobre uma base que permita escoar a agua livre de modo a elimind-la, © depésito destinado ao armazenamento dos agregados deve ser construido de maneira tal que evite © contato ‘com 0 solo ¢ impega a contaminagao com outros sélides ou liquidos prejudiciais ao concreto. 53.3 Agua ‘A égua destinada a0 amassamento do concreto deve ser armazenada em calxas estanques e tampadas, de modo a evitar a contaminagao por substancias estranhas. 5.3.4 Aditivos Os aditivos devem ser armazenados, até o instante do seu uso, nas embalagens originais ou em local que atenda ‘as especificagdes do fabricante. Os aditivos tiquidos, no instante de seu uso, quando nao forem utiizados em sua embalagem original, devem ser transferidos para um recipiente estanque, no sujeito a corroséo, protegido contra contaminantes ambientals & provido de agitador, de forma a impedir a decantagao dos slides. © aditivo liquide, quando utiizado diretamente de sua embalagem original, deve ser homogeneizado ‘energicamente, de forma a impedir a decantago dos sélides contidos no aditivo, uma vez por dia ¢ imediatamente antes de seu uso, ou deve ser submetido ao procedimento recomendado pelo fabricante. recipiente para o armazenamento de aditivos deve estar munido de uma identificagéo contendo: a) marca; b) tote; ©) tipo do produto; 12 ‘©ABNT 2006 - Todos 0s direitos reservados ABNT NBR 12655:2006 4) data de fabricagso; e) prazo de validade. 5.3.5 Silica ativa e metacaulim Devem ser identificados e armazenados separadamente. 5.4 Medida dos materiais e do concreto ‘Abase de medida do concreto para o estabelecimento da sua composi do seu volume é o metro cbico de concreto no estado fresco adensado. 10, da sua requisigo comercial ou fixago A-modida volumétrica dos agregados somente é pormitida para o¢ concretos preparados no préprio canteira do obras, cumpridas as demais prescriges desta Norma. (Os materiais para concreto de classe C25 e superiores, de acordo com a ABNT NBR 8953, devem ser medidos ‘em massa, ou em massa combinada com volume. Por massa combinada com volume, entende-se que 0 cimento seja sempre medido em massa e que o canteiro deva dispor de meios que permitam a confidvel © pratica converséo de massa para volume de agregados, levando em conta a umidade da areia Silica ativa e metacaulim devem ser sempre medidos em massa. Para concreto proporcionado em massa, deve ser atendido o disposto na ABNT NBR 7212, no que diz respeito aos equipamentos e & medida dos materiais. 5.5 Mistura ‘Os componentes do concreto, medidos de acordo com o indicado em 5.4, devem ser misturados até formar uma massa homogénea. Esta operacao pode ser executada na obra, na central de concreto ou em caminh&o-betoneira. © equipamento de mistura utlizado para este fim, bem como sua operago, devem atender &s especificagbes do fabricante quanto a capacidade de carga, velocidade e tempo de mistura. Quando a mistura for realizada em central de concreto ou em caminhéo-betoneira, deve seguir o disposto na ABNT NBR 7212, no que se refere ao equipamento de mistura. 5.5.1 Em betoneira estacionéria © tempo minimo de mistura em betoneira estacionaria & de 60 s, devendo este tempo ser aumentado em 15 s cada metro cibico de capacidade nominal da betoneira ou conforme especificagdo do fabricante. © tempo ™inimo de mistura somente pode ser diminuido mediante comprovagao da uniformidade. © concreto retido na betoneira nao deve ser maior do que 2% do volume nominal, entendendo-se que este volume independe da consisténcia do concreto. 5.5.2 Em caminhdo-betoneira Quando os materiais forem misturados em caminh’o-betoneira, deve ser obedecido 0 disposto na ABNT NBR 7212, no que se refere ao equipamento de mistura. ‘As betoneiras devem ser submetidas & comprovacdo da uniformidade, sempre que apresentarem, durante a descarga, sinais de heterogeneidade de composiggo ou consisténcia, em amostras de concreto coletadas durante 08 primeiros 20 min de descarg: © concreto retido na betoneira no deve ser maior do que 2% do volume nominal, entendendo-se que este volume independe da consisténcia do concreto. {@ABNT 2006 - Todos 0s direitos reservados 13 ABNT NBR 12655:2006 5.6 Estudo de dosagem do concreto 5.6.1 Dosagem racional e experimental ‘A composigdo de cada concreto de classe C15 ou superior, a ser utilizado na obra, deve ser definida, em dosagem racional e experimental, com a devida antecedéncia em relacdo ao inicio da concretagem da obra. O estudo de dosagem deve ser realizado com os mesmos materials @ condigbes semelhantes Aquelas da obra, tendo em vista as prescrighes do projeto e as condigdes de execucao. 0 célculo da dosagem do concreto deve ser refeito cada vez que for prevista uma mudanga de marca, tipo ou classe do cimento, na procedéncia e qualidade dos agregados e demais materiais, 5.6.2 Dosagem empirica © trago de conereto pode ser estabel de 300 kg de cimento por metro cibico. ido empiricamente para 0 concreto da classe C10, com consumo minimo 5.6.3 Célculo da resistncia de dosagem A resistencia de dosagem deve atender as condigées de variabilidade prevalescentes durante a construgéo. Esta variabilidade medida pelo desvio-padréo, s., é levada em conta no calculo da resisténoia de dosagem, segundo a equacdo: f= fag * 1,85 89 onde: fej 6 a resisténcia média do concreto 4 compresséo, prevista para a idade d fox & 8 resisténcia caracteristica do concreto & compresséo, em megapascals; 54 60 desvio-padréo da dosagem, em megapascals. 5.6.3.1 Condigdes de preparo do concreto céloulo da resisténcia de dosagem do concreto depende, entre outras variaveis, das condigbes de preparo do concreto, definidas a seguir: a) condigao A (aplicavel as classes C10 até C80): 0 cimento e os agregados so medidos em massa, a agua de amassamento medida em massa ou volume com dispositive dosador e corrigida em fungao da umidade dos agregados; b) condigao B: — aplicével as classes C10 até C25: 0 cimento & medido em gua de amassamento é medida em Volume mediante dispositive dosador e os agregados medidos em massa combinada com volume, de acordo com o exposto em 5.4; — aplicével as classes C10 até C20: 0 cimento 6 medido em massa, a 4gua de amassamento medida em volume mediante dispositive dosador e os agregados medidos em volume. A umidade do agregado mitido 6 determinada pelo menos trés vezes durante 0 servigo do mesmo tumo de coneretagem. © volume de agregado midido 6 corrigido através da curva de inchamento estabelecida especificamente ara o material utilizado; 14 ‘@ABNT 2006 - Toto 0s direitos reservados ABNT NBR 12655:2006 ¢) condig&o C (aplicével apenas aos concretos de classe C10 e C15): 0 cimento & medido em massa, os agregados sdo medidos em volume, a dgua de amassamento 6 medida em volume e a sua quantidade € corrigida em fungao da estimativa da umidade dos agregados e da determinagao da consisténcia do concreto, conforme disposto na ABNT NBR NM 67 ou outro método normalizado. 5.6.3.2 Concreto com desvio-padréo conhecido Quando 0 concreto for elaborado com os mesmos materiais, mediante equipamentos similares e sob condigbes equivalentes, 0 valor numérico do desvio-padréo, ss, deve ser fixado com no minimo 20 resultados consecutivos ‘obtidos no intervalo de 30 dias, em periodo imediatamente anterior. Em nenhum caso o valor de sq adotado pode ‘ser menor que 2 MPa. 5.6.3.3 Concreto com desvio-padrao desconhecido No inicio da obra, ou em qualquer outra circunstancia em que no se conhega o valor do desvio-padrao sy, deve- ‘se adotar para o célculo da resisténcia de dosagem o valor apresentado na tabela 6, de acordo com a condicao de reparo (ver 5.6.3.1), que deve ser mantida permanentemente durante a construgo. ‘Tabela 6 — Desvio-padrio a ser adotado em func&o da condic&o de preparo do concreto Desvio-padrao Condigdo de preparo do concreto ‘pad MPa A 40 8 55 c 7.0 ”) Para a condig&o de preparo C, e enquanto ndo se conhece o desvio-padrio, exige-se para os concretos de classe C15 | ‘© consumo minimo de 350 kg de cimento por metro cibico de concreto. 5.7 Ajuste e comprovagao do trago 5.7.4 Procedimento ‘Antes do inicio da concretagem, deve-se preparar uma amassada de concreto na obra, para comprovago & eventual ajuste do trago definido no estudo de dosagem. Este procedimento é desnecessério quando se utilizar concreto dosado em central, ou quando ja tenham sido elaborados conoretos com os mesmos materiais ¢ em condigdes de execugdo semelhantes. Todos os resultados de ensaios e registros efetuados no ajuste © comprovagao do trago devem ser reunidos a documentagao referida em 4.4. Para concretos de classe até C10, definida na ABNT NBR 8953, deve-se comprovar a consisténcia, enquanto que ara concretos de classe superior & classe C10, deve-se verificar também a sua resisténcia & compressao. NOTA Para os fins desta Norma aceita-se que a resisténcia & compressao seja verificada em fungo de resultados de tensaios em idades menores que 28 dias, com base em dados extraldos do estudo de dosagem. 6 Ensaios de controle de aceitago Para cada tipo e classe de concreto a ser colocado numa estrutura, devem ser realizados os ensaios de controle previstos nesta seco, além de ensaios e determinagSes para controle das propriedades especiais, conforme Previsto em 4.2-d) @ 5.2. @ABNT 2006 - Todos os dreltos reservados 15 ABNT NBR 12655:2006 6.1 Ensaio de consisténcia Devem ser realizados ensaios de consisténcia pelo abatimento do tronco de cone, conforme a ABNT NBR NM 67 0u pelo espalhamento na mesa de Graff, conforme a ABNT NBR NM 68, Para 0 concreto preparado pelo executante da obra (ver 4.1.1), deve ser realizados ensaios de consisténcia sempre que ocorrerem alteragdes na umidade dos agregados ¢ nas seguintes situagbes: a) na primeira amassada do dia; b) a0 reiniciar o preparo apés uma interrupgao da jomada de concretagem de pelo menos 2h; ©) na troca dos operadores; d) cada vez que forem moldados corpos-de-prova, Para o concreto preparado por empresa de servigos de concretagem (ver 4.1.2), devem ser realizados ensaios de consisténcia a cada betonada, 6.2 Ensaios de resisténcia compressio Os resultados dos ensaios de resisténcia, conforme A ABNT NBR 5739, realizados em amostras formadas como escrito em 6.2.1 e 6.2.2, devem ser utilizados para aceitaco ou rejeicao dos lotes. 6.2.1 Formagao de lotes ‘A amostragem do concreto para ensaios de resisténcia compressao deve ser feita dividindo-se a estrutura em lotes que atendam a todos os limites da tabela 7. De cada lote deve ser retirada uma amostra, com numero de ‘exemplares de acordo com o tipo de controle (ver 6.2.3). ‘Tabsla 7 — Valores para a formagdo de lotes de concreto Solicitagao principal dos elementos da estrutura Limites superiores Compressdio ou compressao € Flexo simples flexdo Volume de concreto 50 m> 100 m® Namero de andares 1 1 Tempo de coneretagem 3 dias de concretagem”” Este periodo deve estar compreendido no prazo total maximo de 7 dias, que inclul eventuats interrupgoes para {ratamento de juntas. 6.22 Amostragem ‘As amostras devem ser coletadas aleatoriamente durante a operago de concretagem, conforme a ABNT NBR NM 33. Cada exemplar deve ser constituido por dois corpos-de-prova da mesma amassada, conforme a ABNT NBR 5738, para cada idade de rompimento, moldados no mesmo ato. Toma-se como resisténcia do exemplar o maior dos dois valores obtidos no ensaio do exemplar. 6.2.3 Tipos de controle da resisténcia do concreto Consideram-se dois tipos de controle de resisténcia: o controle estatistico do conereto por amostragem parcial 0 controle do concreto por amostragem total. Para cada um destes tipos é prevista uma forma de calculo do valor estimado da resisténcia caracteristica, fekest, dos lotes de concreto. 16 ‘@ABNT 2006 - Todos 0s dirltos reservados. ABNT NBR 12655:2006 62.3.1 Controle estatistico do concreto por amostragem parcial Para este tipo de controle, em que so retirados exemplares de algumas betonadas de concreto, as amostras devem ser de no minimo seis exemplares para os concretos do grupo | (classes até C50, inclusive) @ 12 exemplares para 08 concretos do grupo Il (classes superiores a C50), conforme define a ABNT NBR 8953: a) para lotes com nimeros de exemplares 6 < n < 20, 0 valor estimado da resistén Ccompressio (fekest) Ma idade espectficada, & dado por. caracteristica & ag htt tht m1 fn onde: ‘m= ni2. Despreza-se 0 valor me alto de n, se for impar, fy favs fry Valores das resisténcias dos exemplares, em ordem crescente. Nai se deve tomar para fexeet Valor menor que ‘Ys fy, adotando-se para ‘Vs os valores da tabela 8, em fungéo da condigéo de preparo do concreto e do nimero de exemplares da amostra, admitindo-se interpolagao linear. b) para lotes com nimero de exemplares n> 20 foxes = far ~ 1,65 56 onde: fom & a resistencia média dos exemplares do lote, em megapascals; 55 6 0 desvio padréo da amostra de n elementos, calculado com um grau de liberdade a menos [(7-1) no denominador da férmula], em megapascals. Tabela 8 — Valores de Ye Condigaio Numero de exemplares (n) de preparo | 2 3 4 5 6 7 e | 1 | 12 | 14 | 26 A 0.82 | 0,86 | 0.89 | 0.91 | 0.92 | 0,94 | 0.95 | 0,97 | 0,99 | 1,00 | 1,02 Bouc | 075 | 0,80 | 084 | 087 | og | 091 | 093 | 096 | 0,98 | 1,00 | 1,02 NOTA __ 0s valores de n entre 2 e 5 so empregados para os casos excepcionais (ver 6.2.3.3). (@ABNT 2008 - Todos os rites reservados. 7 ABNT NBR 12655:2006 6.2.32 Controle do concreto por amostragem total (100%) Consiste no ensaio de exemplares de cada amassada de concreto @ aplica-se a casos especiais, a critério do esponsdvel técnico pela obra (ver 4.4). Neste caso ndo ha limitag3o para o ndmero de exemplares do lote € 0 valor estimado da resisténcia caracteristica 6 dado por: a) para n< 20, fest = hi b) para n> 20, fest = fi, onde: 0,08. Quando o valor de /for fraciondrio, adota-se o numero inteiro imediatamente superior. 62.3.3 Casos excepcionais Pode-se dividir a estrutura em lotes correspondentes a no maximo 10 m* e amostré-los com ndmero de exemplares entre 2 e 5. Nestes casos, denominados excepcionals, o valor estimado da resistencia caracteristica 6 dado por: Faas = Fo fy onde: {Ys 6 dado pela tabela 8, para os numeros de exemplares de 2 a 5. 6.2.4 Aceitagao ou rejeigao dos lotes de concreto Os fotes de concreto devem ser aceitos, quando o valor estimado da resisténcia caracteristica, calculado conforme 6.2.3, satisfizer a relagdo: fone 2 fa 7 Recebimento do concreto O conereto deve ser recebido desde que atendidas todas as condigdes estabelecidas nesta Norma. Em caso de eristéncia de ndo-conformidade, devem ser obedecidos os critérios estabelecidos na ABNT NBR 6118. 18 LGABNT 2005 - Todos 08 dieltos reservados

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