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CONSELHO EDITORIAL: bret caer Augusto Jaeger Junior Antonio Garios Efing Douto en Dito Comuntro pela Univrsidate Federal do Ri Grande do Sut Bouter em Biro Prseasor da PUCPR Mestre em Deo Iniemacronal pela Universidade Federal do Sana Calne; Expedite em Dirt pelo nto de Ensio Superior de Sano Ange Professer da gratuagao Rel Conte eat da pds graduerdo da Faculdade de Oro da UFRGS, Rainer Czajkowski Mestre emi RETO INTERNACIONAL DA CONCORRENGIA Entre Perspectivas Unilaterais, Multilaterais, Bilaterais e Regionais Soe nogracas Custos ISBN: 978-85-362-2149-6 internacional da concorréncia./ Augusto Jaeger a: Jurua, 2008. 1. Concorréneia, 2, Direito internacional. 1. CDD 341.122.ed) OoR¢ CDU 341 Curitiba Visite nossos sites na internet: www jurua.com.br : Jurué Editora wwvw.editorialjurua.com 2008 2 Auguste Jager Juni sglomerados que di para a criagdio dess f norte-americana havia ocasionaco um grande fortalecimento e & os custos da guerra, haviam 2 empresarios a conc fidades'”. (© Sherman Act declarou, em termos amplos ¢ vagos' ages ¢ conluios na forma de trust ou em ja, sem o exame de eventuais be a coluséria como razo para a excess icdo cabivel icou que nas duas primeiras décadas asse de pouca efetividade. Outros motivos relaciondveis a esse dé rrema vagueza e a generalidade dos termos contidos nela e a tenteti- frustrada das cortes federais norte-americanas de interpreti-la de ‘com a conimon law desenvolvida antes de sua criaglo, que era muito mais tolerante as praticas limitadoras da concorréncia, Tais problemas nfo impediram que a legislagao tenha colhido accitagio ¢ servido aos interesses do pais. 3.12 Clayton Act A rigidez da lei, que determinave a ilegalidade de todo e quaiquer contrato, angeriava eriticas no plano politico e juridico. O resultado do de- bate que se formou foi a modificagio da interpretacdo da lei inicialmente ida pelas cortes norte-americanas. A interpretacdo literal dew lugar retagdo baseada em uma regra da razio (rule of reason), enten- ‘mecanismo de relativizacdo da caracterizagao dos atos previstos no Sherman Act, que reduzia a sua rigide: ida pela primeira vez no caso Standard Oil Co. of New Jersey 10u que a lei deveria coibir somente as com- jes que no fossem razodveis & pritica i a flexibilizago da proibiggo geral da lei ¢ a binagdes que representas comercial’. © resultado © SILVA, V.G. de L.€ Op, city p. 8385, Iotemacional da Concorténcia conferéncia aos tribunais da responsabilidade da caracterizagio de um 2 izagtio da aplicagdo do texto legal, uma onda de fusd que ocorria no momento e as lacunas da lei, que ainda nto hi i ‘matadas, alimentavam uma grande preoeupardo com o enfraqu fa legislagao e a conseqtiente perda dos valores const ‘Nesse contexto, foi promulgado o Clayton Act, em repressiio de pregos di ‘edo estabeleceu que as das ilegais se tivessem por efeito a redueao da concorréncia de forma sut tancial ou tendessem a criar um monopélio em qualquer esfera do mercado. No mesmo ano foi promulgado, ainda, o Federal Trade Cor Act, por meio do qual foi criada a Comissao Federal de Coméri ‘administrativo norte-americano investido de poderes para obstar a r de atos anticoncorrenciais mediante 2 expediglo de ordens para a cessag do ilicto, cabendo-Ihe, ademais, reunir informagdes e investigar individuos ‘empresas cujos atos afétem 0 comércio. 3.2 Desenvolvimento pioneiro da teoria dos efeitos i Com esse conjunto »s Estados Unidos da América ni tiveram dificuldades em ampliar os tes de sua jurisdigdo em dit concorréncia, Eles foram, como visto, os primeiros a aplicar extratet nacionais de forma ativa', impondo-as fora da jurisdic ido a sua soberania. A (oo extraterrit da concorréncia foi baseada na denominada teoria dos efeitos’ 20 longo do tempo. és: Ie domaine dap) 8 de ls concurrence, p. 124-163; SHENEFIELD, John; BENINC 6 pais era apegado como conseqiiéncia p to geografico de enttio'*. Nesse ser 9 a Suprema n Banana Co. v. United Fruit Co." que expos @ 1 legislagao nacional a condutas estrangeiras Nele foi rejeitada a aplicagao extraterritorial da legislaggo norte-americana de direito da concorréncia!", com ase na doutrina de ato do Estado (Act of State Doctrine), criada em 1897 pela Suprema Cort Mais tarde, em 1927, a mesma Corte julgou um segundo caso apontado como parati para entender 2 interpretacdo dos tribunais norte-americanos sobre a extraterritorialidade das legislagdes de concorr cia, Trata-se do caso United States v. Sisal Ssles Corporation, que entio preparou 0 caminho para a aceitagdo da extraterritorigidade do direito da concorréncia por parte das cortes norte-americanas’”, Pode-se deduzir, como faz Carvalho, que “os tribunais foram alterando suas interpretacdes diante de posturas ado- lidade encontra, segundo 2 doutrina .¢3o na propria estrutura federativa norte-americana. A ‘autonomia usufruida pelos Estados componentes da Federagio Thes permitin Jrgen. Extrateritoriale Anwendung US-amerikanischen Kartellrechts: Zuglsich eine sprechung von F. Hoffman-La Roche Lt. v, Empagran S. A.,p. 1276-1284; FRIEDEL E . 52-214 e om SCHIRM +p. 85-86; COLIVEIRA, G; RODAS, 1-G. Op. P 2656-27 mn, 274 US. 268 (Supreme Court 1927), Ver 9 e-em CARVALHO, L. A Paula A. Os fundamen- Internacional da Concorréncia 2B desenvolver regeas préprias nas m: direito da concomréncia, “mini Sherman Act idade de bens e pessoas pelas fro idade de leis a que foram subi , execugao das normas de um Estado sobre atos pi houvesse, naquele, a repercussiio de seus efeitos. O dade precisou deixar de ser um argumento para os tribunai ceanos para a nfo-aplicaglo das leis. Dai a transpor essa pritica para a esfera ora conclu 0 raciocinio dizendo, que com ¢ € a repercussio de suas atividades econé- re diversos territérios nacionais, o pais considerou natural aplicar intemacional a mesma teoria que Vina adotando na esfera interna! cia, no caso United States v. Aluminium Corp. of America 45, a Corte do Segundo Circuito, apreciando a divistio vada a efeito por um grupo pre aluminio fora do territério dos Estados Unidos da América, ‘empresa canadense Alcoa Limited, controladora da Alcoa norte-americana, ¢ ‘outras seis empresas estrangeiras, aplicou por primeira vez 0 Sherman Act a contratos concluidos no exterior, desde que intencionassem produzir, ou efe- tivamente produzi 10s no mercado do pais grado pela lugdo jurisprudencial de que, sob dete um Estado poderia impor obrigagSes para pessoas ras por condutas que causassem conseqiiéncias di ‘nadas circunstén- tadas fora de suas iro de suas frontei- dos Estados o pais em nes de empresas en Europa, p. 104; CARVA\ de. Op. cit, p. 103-106 com FARIA, Tose Angelo Estella Apieagao et Sirti concorrEni, 2 x sugurou uma nova fase no processo intema- idades negociais. vento passou a ser ido como teoria dos efeitos, ou pri € usado para at a extens a € 8 conseqiente A imitedoras da con- No caso, ainda hoje o mais notério sobre a questo, a acusago man Act pela Alcos por participar de um cartel que resultou na afetagdo das importagGes de lingotes de alumninio pel dos Unidos da América. O cartel era sediado na Suiga ¢ formado S de diversas nacionalidades que monopolizavam a venda de {i it nhuma delas norte-americana. O acordo objeto da lide, icava o estabelecimento de um sistema de quotas fixas icdo de lingotes de aluminio entre os seus signatérios, Constatada ia da intengao de estabele at sua jurisdigdo sobre a matéria e pr icanas, independentemente do Sede em outro pais, do ato ter sido cometido no e ‘de outros paises que ele receba, ou da nacionalidade es Segundo Silva, a Corte “desconsiderou também as leis sulgas, de acordo com Pacio firmado enire as empresas era legal e plena- insferiu as rés.0 Snus da prova, cuja impossibi iutada, em realida- per se". De fato, reza a que basta que a conduta seja repreensivel de acordo com as leis do is que a aplica. A Corte também nZo teria se preacupado em conferir qual. quer caracterizacao ou delimitarao ao termo efeito, de modo torné-lo me Vago e Conhecida e terminar quais os tipo nacional. Os préprios jente reiterada é a dificuldade de se de- efeitos que devem ser submetidos a uma jurisdigto mnais norte-americanos, 2 partir do caso Alcoa, ‘conferir uma caracterizacao 20 termo efeito, itedo ou esclarecido no julgamento do caso "SS Critcas & formula criada pelo Caso Alcoa, catilogo de elementos de conexdo ace fanaadas de elementos de conexto sto sao extraterritorial do direito da conce! i ermacional de Concorténcia 25 Alcoa. Trés caracteristicas essenciis foram destacadas, embora muitas vezes como fundamento tinico, fosse considerada pelus deci is. Elas s80 a intenclo ¢ previsibilidade, a substancistidade ¢ 0 do efeito © devem, ser avaliadas com base na capacidade de mem médio comum'™. taro modelo da teoria dos efeitos por eles criado'"'. O julgemento do caso Al uaisquer limites por parte dos Cimento de sus jurisdigdo extrat Titorial de suas ieis sobre emp demonstrou que parece no haver los Unidos da América para o estabele- Ie a conseqiiente aplicagto extrater. S estrangeiras. Ao contririo, como afirma # “as teorias desenvolvidas pelo pais sdo interpretadas extensiven rane, de modo a possibliar que sua jurisdigao aleanee empreses ean seins mas mais diversas condigdes, bastando para tanto que os efeitos ue 1uma pritica anticoncorreneial se produzam no Estado do fr A teoria dos efeitos, aplicada na pritica a partir de um teste dos efeitos, passou a ser adotada pelas decisdes que imeviatamente seguiram a do caso Alcoa". O pais havia encontrado uma f atender as suas pretenses de controle e submissao das at nais das empresas as suas fem sendo corroborado pela Corte S\ Peegametieana. A teoria dos efeitos foi confirmada pela Suprema Cone dos Estados Unidos da América no caso Cont n Carbide and Carbon Corp., em 1962'®, ¢ por ocasi do caso Hartford cess caters em eas rm SILVA, V. G del, Op itp 2032 B. 120, 13-1546 1 rover un intepretao ex VAY. Gedele Ope Mae. Op cnnp 108 Co. v. Union Carbide and Cstbon Corp, 370 US. 690 Supreme thes do caso em FRIEDEL-SOUCHU, E. Op. cit, p. 101, - a teoria dos 0,

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