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Pontes rodoviárias são fonte de energia na

Itália
'Energia de ponte, já ouviu falar? Ela será utilizada, em breve, na Itália,
graças ao projeto arquitetônico dos profissionais Francesco Colarossi, Giovanna
Saracino e Luisa Saracino. Eles desenvolveram e apresentaram ao governo
italiano o projeto Solar Wind, que prevê revitalizar uma ponte atualmente
desativada no país e torná-la capaz de produzir eletricidade para cerca de 15
mil casas da região.

Como? A ideia é tão simples que nos faz questionar como ninguém
pensou, antes, em um projeto semelhante. Os designers propõem reformar a
ponte, instalando em toda a sua estrutura de sustentação 26 turbinas eólicas,
capazes de produzir energia. Além disso, os 22 quilômetros de pista serão
revestidos com painéis solares, que também poderão gerar eletricidade. Como
pontes estão constantemente expostas ao sol e ao vento, a previsão é de que
a Solar Wind produza cerca de 40 milhões de kW/h por ano para a região de
Calábria, onde está localizada.

A ponte ainda ganhará quiosques, onde serão vendidos alimentos


orgânicos, com a intenção de tornar o local – que tem uma vista incrível – em
um ponto turístico italiano.

O projeto foi um dos vencedores do concurso New Italian Blood,


promovido pelo governo italiano, que premiou as melhores ideias para o
reaproveitamento das várias pontes que estão velhas e desativadas em todo o
país – já que demolir essas construções custa muito caro.
Empresas alemãs de energia limpa
afirmam poder substituir usinas
nucleares

O setor de energias renováveis da Alemanha tem se mostrado otimista


em relação a uma possível substituição das usinas nucleares por fontes limpas.
Nesta quarta-feira, a Associação de Empresas Alemãs de Energias Renováveis
(BBE em alemão) disse que as energias verdes poderiam abastecer 47% do
suprimento energético do país até 2020.

A associação, composta por 22 empresas do setor de energias


renováveis, discutiu como substituir a capacidade de geração de energia
nuclear, e afirma que as usinas renováveis podem oferecer grande parte do
suprimento dessa energia.

“As renováveis poderiam fornecer 47% do suprimento de energia alemão


até 2020. Deste modo elas não só compensariam a retirada da energia nuclear
(que deve ser usada até 2021 no máximo), mas também ofereceriam energia
acessível e sustentável”, apontou o grupo.

“A Alemanha pode interromper o uso da energia nuclear de forma rápida,


sem se tornar dependente da importação de eletricidade proveniente de países
vizinhos. Pelo contrário: em 2007, por exemplo, seis reatores deixaram de
funcionar. No entanto, a Alemanha teve naquela época um dos maiores
superávits de exportação de eletricidade na história do país”, relembrou
Dietmar Schuetz, presidente da BEE. “Pelo menos sete dos reatores mais
antigos poderiam ser desligados da rede sem provocar uma escassez de
abastecimento”.

De acordo com dados da indústria alemã, no último ano as energias


renováveis foram responsáveis por 17% a eletricidade gerada no país, de uma
produção de 585 bilhões de kilowatts hora. Já a geração de energia nuclear
contribuiu com 23% do suprimento total.

Na terça-feira, o governo alemão declarou que pretende suspender até junho


as atividades de sete usinas de energia nuclear que começaram a operar antes
de 1980, mas ainda não decidiu se as usinas serão reabertas após o término
da crise nuclear que ocorre no Japão.

O governo terá que determinar também se retomará um programa para


fechar seus 17 reatores ou se estenderá a vida útil de algumas das usinas mais
novas. No segundo semestre do ano passado, o país havia decidido expandir a
vida útil dos reatores, mas essa decisão poderá ser revogada. Enquanto a
situação permanece indefinida, a Alemanha deve elaborar novos anos para
assegurar o futuro do abastecimento de energia.

“Se o governo federal está levando a sério o desenvolvimento acelerado


das energias renováveis, deve retirar o prolongamento da vida útil das centrais
nucleares de forma permanente e não apenas por três meses”, disse Schuetz.
“Os reatores não são uma ponte, mas um sério obstáculo para a necessária
reestruturação do nosso sistema energético”.

Recentemente, o Instituto de Economia Mundial de Hamburgo mostrou


que as extensões de vida útil poderiam atrasar a competitividade das energias
renováveis em relação às energias fósseis em cerca de 16 anos. Relatórios do
Ministério Federal da Economia e outros estudos também indicam que além de
abastecer o fornecimento de energia do país, a Alemanha poderia ainda
exportar eletricidade, mesmo sem as usinas nucleares.

“Em vez de usinas nucleares, precisamos de usinas renováveis de ciclo


combinado. Oferecemos esta possibilidade ao chanceler há cinco anos”, disse
Schuetz. No entanto, argumenta-se que as energias renováveis têm níveis de
produção voláteis, ou seja, que estes níveis podem ser muito inconstantes
devido a diversos fatores.

A BEE afirma que uma expansão na quantidade de usinas renováveis


poderia resolver esse problema, mas isso não poderá acontecer enquanto a
Alemanha tiver excesso de usinas termelétricas. A Associação afirma também
que usinas de ciclo combinado poderiam equilibrar a volatilidade entre as
diversas energias renováveis, mas que o esquema vem sendo ignorado. “Até
agora não temos nenhum projeto para expandir tais usinas de ciclo combinado
– embora isso tenha sido anunciado pelo governo federal”, disse o presidente
do grupo.

onte: Planeta Sustentável - 16/03/2011

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