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culo XIX, ahs eemancpa da lwo Niece Se SESE mands tam ofoco das preecupaftes do ntorador Be abandon ovat da histotae pases indapar a peépraspousiades do conheconem Riise. A Aimtris podria enfim produit um conhecimento ape ra mod on rere bina da ta cetiin no sul pasado" a orentagio ra nay a onentapio dthetans @onentylo mart Embor dition todos exes projeos tha em oma recs da Row da sna ea tentatva de dar’ discipina um estaturo cieniico, Jno sé ip XX, os Amal formulario uma nowt abordagem db tempo hstres, permtindo. outa. concepeio sobre o evento ates propia a0 dos homes na Jose Carlos Reis procura anal eas desde, observando o que as separa das filosofias da historia © 0 que as mantém sob seu dominio. A separagao de finitiva vird com os Annales, quando aproximam a hist6ria das ciéncias sociais, tornando-se uma delas. Areas de interesse do volume * bistoria # Filosofia First} José Carlos Reis A HISTORIA ENTRE A FILOSOFIA E A CIENCIA FS) 1s JOse CaRLos Reis ea Cavers erga Mane A HISTORIA, ENTRE A FILOSOFIA E A CIENCIA calgos 3 formar sun ato omnia € 2 3€ legtimar co: ao ascii Amaliaa at idtias de sass elteder alin ssistente semi e knide ‘Rerenc Post evisto| de cali de Sona kao de ate (tote) capa enced Ganka Sa Se a ore cenit = Lap SRR ogsez6 SBN 85.08 05867 5 1996 Toso os diitos sera ‘anors Aika SA ua Baro de gure, 110 — CEP 01507900 Tels PAB a. Teles 27895322 — Cai Postal 9656 ‘Bova — Fa 081) 27-446 ‘Sho Paulo (SP) SUMARIO Introdugio. 5 1. A-escola medica, dita “postivista™ 4 2. 0 historiismo: Aron versus Dilthey 26 3. 0 manssmo. 0 4. 0 programa (paradigms?) dos Annales “face aos eventos" da historia 4 {A interdisciplinaridade: histrla€ ciéncias soci, historiaciéncia social “ Novos objetos: economias, sociedades, civlizagoes. o -Aestrutura da explicagao-compreensio em historia historia problema e/ou historia global? 76 A legitimidade intelectual e social da historia... 7 Bibliogratia 3 h ane rmeard INTRODUGAO Nb sécuio xx, a consciénca histrica emancipou se do Idealism e substtuiu-o pela “coca” e pea “isons” A ‘inca da hist", incipiente,tornou-se 0 cen da oposigio 0 Kelis e uma fora cultural onentadora (cl, Schaaceloach, 1980, Do século XVIN 20 XIX, houvers uma radical modanga de Dersnectiva em relacdo a histor: enqqanta para Kant ale ‘que era cultvado historicamente peraneca na periferia da ver Aadeiraculra, no séeulo XIX. apd a erga de “hist Gent fie", passavarse exatamente 0 contro: 9 culwado historic mente & que era considerado “culo” Péekntiano comtano, 0 séeulo XIX possui um a priort 2 metafisca € una impossblida: de, fora dos fats aprcendides pels sensasio, naa se pode co nieces As flosfias da histéria racionlsis e mecafisicas per dem suas sustenapdes metulsicas e, sem elas, nao significa mais nada. A parte de entlo, so se quis conhecer as lags de ‘cust €efeto, expressas de fonna matematica. Ea isto que cha mavam “conhecimento positvo": “observa os fatos,constata suas relagdes,servirse delas para a eitnca aplicads” (Lefebvre, 1971, p. 3D. Este “espisto postive" antimeafsco, passa predominas ‘entre os histottadores,e inicia-se uma Iuka contra avn filowofa da histria sobre a ciéaca da hitria™ O mead hist rico tomou-se guia € modelo das outs encas humanas. Os hisoradoresadquizem presigio intelectual e social, pos tinham finalmente esruturado Seu conhecimento sobre bases erpiticas Positivas. Aqui se deu o nascimento de ums nowt conscigncia histres: a que enfatiza as eters humans no temp. Em principio, 0 historador mio quer Fundir passadey presence for {uro: histria “clenuica” buscara dferenciar as duas dimen sbes “objtivas do tempo, passado e presemee tenderd 1 io profedzar sobre o futuro. Como conhecimento das "derenean humana ahistraciemtfiea dard Gnfase ao evento inept, ‘singular, individual, com seu valor intrinseeo, Gnico, Em relaclo as histrias mica, teol6gica e Flossfica, que Fugiam do evento, considerado sem sentido se nizo refers 40 arquenipo, a Devs ou 4 Utopia a histcria“ciensiice: pareve sssumiro evento, alo temédo e até cului-lo, Aimeversibiidade Parece no ser ais um problewa, mas uma solugao. O histor 0,0 substancial, otmutvel das filowofes da hse verted vele, porsato, no “centifico’. O objeto da historador 0 boca. lzado € datado, 0 relativo a uma stuagto espago-tenpora, ‘mepetivel, singular: o evento, Esta epoca da cultura histrien ds conseinci da cliferenciagzo das dimensoes temporals — & ‘onsderad a epoca do istoricismo, © histericima, em seu sentido gre, pode ser caracerizado ox ‘mo uma posigio que eorna a Nesta un principio.) exate ‘oTo oposito ao pentaerto a hstrico procs iodine thordagem histériea em todos of ampos de cultura (ger, 1868»: 19, ‘Aépocahistorcsta €, paranto, de opasigto as flosofasra- onalistzs, que consideram a realidad humana determinads or prinepios essenciais,invarantes, Para os hisorcita, no hi um modelo imutvel supremo de ruzio humana, Assim co. so as filosolas da histriatnhamn sido sevolucionériae pots ins slinadas 20 foruro, 0 historicismo @ poerevotuceniti, funda rmentalmente conservador, tradiionalista. A historicieaqio. da historia afirma Sehaddelbach,significow a sua lberacto Se mo. los de desenvolvimento, do progresso © da revel, due ‘ram prescrios pelo desenvolvimento da Razio wchiatrcn ia de que a histnia era mera exerplificacio de formes eras do ser ou de les de eterno retomno fo abanvdonada pelo pre! ee | io da inlvidualidade his, ieuvel a qualquer principio sbsoluo.histrando seri uma cifncia de lelse eastneas poe ‘lo hi modetos suprarhistricos dados a pron que garentam a racionaicice eiteligslidade do processo hisorco eletvo.& Razao se reve 8 histria. A consciéneia historic € fra, lar <4 relativas um momento hisrico — o que teva an eet «Ianto & possblidade de um conhecimento hitonco cbt, vilido par todos. Nio € win principio supra-histico que org ize 0 processo eftivo, mas sim a rips histria que ongantra D pensamento ea ago, os quasexistem em uma “ata ula Iegar © uma data — un evento, © historicismo € reeigio radical ds flosofas ds historia ‘tuminista © hegeiana ejeigdo do sistema, da historia universal, sla Raxio.que governu 0 mundo, do progiesso. As tlagdes ene histone flosofiaseinverem:€a flosfla que se revels histor, {ea que se mos influenciadae subordinada sss cond Ges historcas. A histéria nan x= shmetoria nonPion piers, ‘es a prior € que possuem sua origem na histoncklade «60 Podem ser pensados e explicados historcamente. A rejeicto da subordinagio da historia flosofia se assenta em uma nova att ‘de do historiador — a “positva” — e em uit outa forma de trata 0 seu material — através do método cain de pura das fontes, conhecimento hiscrco no se assenatl mals 20 bre elementos a prior, sers um conheciniemto a posteron. © principio da observacio constil a disincao esscncial ‘entre a abordtigem cienifca da hia ea abordagem floscien, ‘Ao abandonar a ifluéncia da Mlosofia¢ pretender assis uma forma cientifica, 0 conbecimento historico aspire bcbjevida de" A questio que se pe, ento, no ¢4 da universalidade on tologica da historia, amass da possbilidade de se cheyar a luma Universalidade epistemologics, A aiudana € substanal. uestio da universal nso perence mais a0 objeto, mat 80 conhecimento. A historia cietifica quct ser “objetva", it &, {que formular enunciados adequados 20 seu objeto © ue acl vilidos para todo tempo e agar, como ela estimava que faim as cactas naturais ‘Objeidade nko signa imperiled, as unverakeae uma llfisea mpbe-e a todox Pode-reoerecera mesma vals: {de -] aoa reconskuite hiv (Aron, 1938p. 9) Fis a questo histricita Fundamental em todas a8 verses do historicsmo. Amtes, @hista eva tinha um cums racial € a narragio historica pretendia ter aracioalidade do process mesmo. humanidade, sueto universal, tomava consclanca de slaravés da narragio histérica. Nesta epoca histriciss, reali se un esforgo de separacio entre faire Ibisioir e faire de ‘histoire Procura se separar 0 sueto do conhecimento— his terador — do seu obj, visande a “objetvidade’. 0 sujeto se fasta do objeto para vé16 melhor, tal como ele €°. hiss se forna mais empirca e distante de quaisquer a prior especilat vos. Nao se quer fazer como Hegel, igualar 0 presente eterno a

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