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26 Lterstr ¢ Artes Plétcas Notas i Bes 5 ERS SS congepectn Toby (ate Ector ou Sa 1959), 598,138 129 iG: Besar persodor do hicio_ do séculpineld oesculwa, © pinta © igen iiss eopocte comands @ muses, @ fame © 8 our une SémiologlaPictuce™ IN Etudes Sémioiogiquest Pos Leeeoan, Vip. 33 ‘Concept of Baroquein iterary Scholasship" IN The VO e97 ‘Gikomatogiopn: On Jocab's Room" IN Viginio Woolt Thomas 5, Lews (org) @ew York Me Graw- Hil Book serroman ra Ficsao Coutenporinea 27 Ut Pictura Poesis e a Semiética: Um Encontro sno homem, tudo de especificamente humano é logos ‘Gaston Bachekird Saussure concebia a semiologia como a cié ie estuda © signo verbal ado, p a fazer parte Ne, como parecer a Saussure.) E a que Borthes, pouco antes de fundar, com sete Greimas’ o Cireulo, Semitico'de Parts, (na fase ents de Sémiologie, em 1967), atribui imples. Saussure ¢, c pensova que a Lin i dos signos. Ora, is se encontrem sistemas amplos de Tinguagem humana. céaigos: de interesse Do momento que passa defrontimo-nos novamente com a imagens e estrut Ficado, e em larga escala ste, por exemplo, 0 sentido éconfirmado pela duplicagao em uma ‘que acontece no caso do cinema, da fia 28 Literatura e Antes Pistias Nesse texto, Barthes coloca-se resolutamente ao lado da tradigdo platénica que pri © logos, a palavra, "homéloga do poder”, mantendo em plano subordinado sua antiga imagem. Apéia-se, para isso, em estudos de psicélogos, afirmando, para a fotografia, o que parece estender a todas as formas de representagao: "Se, como sugerem certas hipéteses de Bruner e Piaget, no existe percepeio sem categorizagio imediata, entio a fotografia é verbalizada no proprio momento de sua percepgao”.+ i, Barthes nao esta sozinho nessa posigio. Les Mots dans la Peinture - fascinante estudo sobre a presenga da linguagem verbal na pi ~ inicia- se com uma série de consideragées sobre a dependéncia da imagem em relagio a palavra Toda a nossa exper consideravel parte verbs quadros isd igem - sobre tela, prancha, parede ou papel seja ele vazio, a espera, puro enigma, reduzido a um simples ponto de interrogagio. A composigao mais abstrata pode exigir ue Ieiamos seu fitulo para revelar todos os seus sabores, todas 3 suas virtudes..5 Na mesma linha de pensamento, Greimas usa palavras mais enfiticas: para ele a supetioridade da linguagem verbal sobre as demais nao ésequer passivel de discussio. Admnite, entretanto, que a distingdo entre esses diferentes sistemas semicticos crie para o estudioso uma situagao paradoxal: © discurso verbal, cujo ¢: Enele que de fato se traduzem, e ¢ através ‘compariveis todas as outras supacio deve no mesmo tempo reconhecer ‘que separa iscurso espacial dos discursos que 9 parafraseiam, mas também = J que ele tem o seu proprio discurso sobre a: is - procurar suprimir essa di 0 Kinstlerroman na Figso Conterporinea 29 Retomando o prob! nis Matin as tomando como modelo sje nao se consegi sobretudo’ as do espago - ‘a miisica, arte yneamentte nos jos _pelas diversas artes, scultura e arquitetura - mas t eo cinema, que parece dois grupos. A adogio do modelo lingiiistico para 0 estudo das artes é assim justificada por G. , citando Lotman: {Tlodas as artes se servem de signos, isto é,de palavras, de agen especiica que € cal Tinguagem natural (ster Ge aighos lig segundo. Lotrna 5 (isto 6, de acordo com 0 tipo da representa assim um sistema de comunicagiio entre receptor.® Segundo essa concepsio, a especificidade de cada arte se encontra no tipo de signo empregado: forma, desenho, cor, imento, som ou palavra. Estudada de acorde com 0 modelo giiistico, cada arte teria assim, no uma “especificidade auténoma”, mas uma “especificidade diferencia”. Eo pensamento de Marcelin Pleyriet, espectalitiente para 0 caso do pintor que tenha uma visio teéri visio tedtica de sua arte. Volta a idéia da dependéncia das artes plasticas em relagao a linguaget verbal: 30 Litenturn Artes Plsticas ‘como especificidade auténoma, dade cuja, re No entanto, a utilizagio desse modelo apresenta problemas. Louis Marin os resume, prevenindo c “sem discernimento” do modelo lingii ‘A primeira pergunta, pre ico. a Um objeto nio lingiistico com ‘odominio pictorico? lente ao sintagma ling respostas negativas, no raro enfiticas, Ihes foram dudas por Dulfrene, por exemplo, ou por Francastel.10 Apesar dessas reservas, Marin no renuncia a0 modelo i se a usi-lo com cautela. Aplicando, por pintura, chama a atengao para a tura de caracteres grificos e a de elementos pictéricos. Os primeiros, diz Marin, sio atravessados por um mi 0 Kinsleroman va Fsbo Contemporinea 31 icacio indiscriminads do modelo sree da Aqui, @ aproximagio entre linguagem verbal e Ii pictorica parece reportar-se apenas 4 linguagem fa transparente, passando imediatam ”. Em relagio & linguagem bretudo, eas, as , Parecem pouco adequadas. Entretanto, tura” de um guadio, a8 consideragdes de Marin tomam-se validas também jura do texto onde o elemento estético é dominante Ende se elanga o leque de interpretagoes permissiveis: yuadro néo oferece uma leitura, mas um sistema de pa “40, no sintagma, e, conseqiientemente, na determinagio lades sintagmaticas. Dai introdugio da "matriz figurativa”, que permite conceber a figura como elemento ‘como “forma simbélica” da qual resulta cada figura, perpétua recomposi do quadro como simbolo indic [Sle ler um quadro consiste nio somente em percorré-lo com «8, durante 0 proceso, articula- ‘ave jo = ulliza¢io garantida. pelo. ime fnaldgico. da representagio, E neste sentido que a letura do rados da linguistica. Al em, que pode ser iedade e a polissei paralelos entre a © aanilise fonémica, Marin lembra que lade inconsciente com a prépria _nogio de toriea ou fologralica] ¢ relativamente recente Desde a Renascenga o signe érepresentagio ° iio acontecendo em outras a] se define por seu adquire valor e sentido io1aos outros elementos do sistema, e ndo por referencia aum objeto exterior Marin chega a uma conclusio idependentemente de sua época, quadro néo resulta de um dom inerente ao ‘leitor iual; { fequer aprendizado © conhecimento de eddigos pictéricos & {extra pictéricos: trata de um dom inato e misterioso que certos olhares m naturalmente, mas do aprendizado, muilas veres © compl 0s outros, que, na medida do possivel, permitem refazer a construgio eriadora do pintor em seus uspectos consclentes © inconscientes - eddigos onde se traduzer fi complexa as ideologias ¢ as representagies d (© Kinsterroman na iegdo Contemporines 33 em sie por si uma legibilidede ‘alguma forma, vem de suas 1 porque se abre para uma Os conceitos de eixo paradigmatico sintagmitico sio utilizados varius vezes por Louis Marin. Ele menciona também o uso que Barthes faz desses conceitos para o estudo da arquitetura: [ Barthes] opde a uma encadeamento dos detalhes a nivel paradigmitica e um mesmo elemento de um edificio, diferentes formas de telhados, de buledes de entradas, ete! concepgéesde Jakobson, para analisar uma medalha de Matteo de Pasti com a inscrigo Quid Tum junto a figura de uma aguia Iho Segundo essa andlise, 0 eixo -a, com as figuras representadas na medalha. A constituigo sintagmatico, que as articularia_num_senti dependeria, assim, do’ conhecimento do contexto hist Marin propée ainda a aplicagao da nogao de andlise fonémica - nivel mais profundo, que independeria da representagao || mimeética, e confirmaria a palavra de Paul Klee: “A pintura nao | reproduz o visivel. Ela toma visivel’. Sao palavras de Marin: 0} (.) até um segundo profundo, que correponderia aos fonemas, aos trasos di dla Tinguagem que sio (..) os constituintes do sentido da lingungem.21 Ad Litenturn © Artes Phitisae Chegar-se-ia assim a0 _ sentido profundo da pintura, a to, que estaria latente em qualquer quadro, do sta e bartoca - onde se focaliza jenominado “nuvem" quanto o objeto si conforme a obra e a época - Marin expl ‘40 dos conceitos lingi Desenvolvendo-se teoricamente as anilises de Damisch, considerar sistema pictorieo como lagdo hierrquica dos planos de conotagdo, o sistema de a tuperior ( sistema hierarq. ite se torna por sua vez englobado, o signified, por sa Yer significente.3 Quanto 4 pintura _abstrata, Marin a explica como uma . tnaigies Oe a0 ds a representagio dissimula. Po eer terminlogia de'Fregs, qu #wiloga ptes ea cléncia do sent A. variabilidade das _leituras possiveis para a leitura, como para o texto lingiiistico, é explicada pelo conceito de valor que, ao contratio da significasao, varia de acordo com a situagdo ? “compreender-se-4 (.) que o valor de um figurativo ou de uma figura possa se modificar a cada © Riinsertoman na Figo Covterporinea 35 profunda, variar quando varie a situago reciproca dos signos do sistema..."25 ‘Como alguns lingiiistas e criticos literdrios, Marin se propria também dos conceitos de condensagao e deslocamento, | usados por Freud para a interpretagio dos sonhos. Recorre a esses conceitos para alertar o leitor contra o perigo de qualquer interpretagao rigida da pintura: Yevele, a cada leitura, uma nova pontua, ova articulagio de seus signos e de suas palavras? Intervem o processo de condensagao e de sobredeterminas fabre, sobre a extensio cambiante da leitura, um espaco, uma {erceira dimensio, na qual a figura aparece - para retomar a expressip ‘de Freud = como um yerdadeiro né onde se fncontram mumerorn ansocigies de iis. Fread noe lembra, com efeito, que a interpretagio de um sonho é propriamente Ssterminivell"E sempre possvel que Raja umn move sentido". 2 Outro tedrico liza, para a semistica pictorica, nogdes detivadas da lingliistica é Jean-Louis Schefer, cuja obra, Scénographie d’un Tableau, apoia-se especialmente em L. Hielmslev. Dele Schefer toma emprestado 0 conceito de lexia, basico para o sistema. A lexia pode ser definida como ‘um eddigo de probabilidade do significante, levando 20 significante a partir de significndos declarados frutura ‘do sistema é aquilo que the permite deslocar-se, eatinguir-se (lexto-imagem), atravessando os quadros do mundo, of espagos contempordineas (..) A lexia permite definir 36. Literatu Artes Ptins pee a nse eee tipo de leituras que dela poder ser feitas) segundo ® proposigio de L. Hjelmslev em Le Langage..27 Fence Bisica para a posigdo de Schefer é a concepsio de quadro como jexto - no sentido de Barthes - cujo significado é perpetuamente adiado: ignam ao mesmo tempo parigrafos do texto partes 7 0 quadro €recortado como um texto € nna mesma medida nosso texto ele proprio quadro textual - pois, sejam quais forem seus objetos, a anilise ¢ sempre a de um fexlo: que se procura ndo tanto um sentido mas sua ile Pofied caslnnsta van veileecncese sempre deslocado € o outro ( outro personagem, jogo, outro quadro) € sempre garantia de uma A. significagio nao 6, (-) [0] quadro é uma Grosseiramente,¢ este 60 papel fund: que chamamos de figura, 0 significado éfinalmente dribiado em sua devolugdo a0 sistema de significacio, que #b 0 justifica absorvendo-o... (p- 98)? Essa visio do significado, que lembra Derrida, aparece ainda mais claramente quando Schefer declara: arece-nos que o significado nio ¢o reverso do significante, mas 0 diagrama dos significantes. A rede formada por eles ¢, por assim dizer, sua configuragio. Nesse sentido, nenhum futuro, nem mesmo a morte, se morre o Grande Pan, viré jamais preencher 0 significante, o significado 96 existe sendo Infinitemente protelado. Grande parte do livro de Schefer ¢ tomada por sua “tentativa de anilise” do quadro Uma Partida de Xadrez (atualmente no Stiatliche Museum de Berlin) da autoria de Paris Bordone, pintor do século XVI. No primeiro plano, 4 esquerda, vé-se um tabuleiro de xadrez, com jogadores préximos a colunas. A © Kislerroman ma Figio Conterperinea 37 direita, uma paisagem, onde, ao longe, duas personagens jogam baralho. Schafer a um “principio analégico (...) prosseiramente , onde se observa sobretudo uma busca de equivalénci: rrizagio reciproca se estabelece entre 0 piso um chio e uma Como se vé, Schefer procura fugir da “lexicalizagio imediata ” do quadro, que Marin considera 0 maior perigo na andlise semidtica da obra plistiea. Utiliza uma linguagem altamente abstrata, onde o quadro jamais pode ser reduzido a um sentido. Schefer vé no quadro de Bordone um sistema de oposigces bindrias, que, além das jé apontadas na citago acima, incluem: perspectiva em oposigéo 4 natureza, elementos arquitetdnicos versus elementos naturais (representando a ea desordem i claro versus escuro, idade versus lade. Schefer conclui: ‘Ha dois jogadores de xadrez, isto é, dois principios, nio tir da figura do duas” personagens importantes, a que correspondem, na foxtremigade da mesma I “lamas no campo: como ha dois animais no cho duns perspectivas ~ 38 Literatur Aites Pistons quadros precisamenie aquilo qq + aprisionar, é difuso ¢ expulso: € articul Essa conclusio esté bem de acordo com a posigao da critica iteréria que inspira Schefer: y significado é adiado, enfim, até 0 momento em yue ele confessa nao ser’ mais que o significante. ar no quadro uma espera, uma abertura para o significado, do qual ja se viu que constantemente se derbi em aluses, seria um pouco - pela nalureca ‘transi il (Cou que dos dois diseurtos sistematizados no quadro, um é a metalinguagem do outro...)52 Poderiamos concluir que, para Schefer, um quadro nao € obra, mas texto, no sentido de Barthes: fruturado, mas descentrado...39 Outro teérico, Jean-Marie Floch, censura a Barthes nio seguir, em seus estudos sobre material de propaganda, a sua propria orientagdo, que privilegia o significante. Essa orientagao faria da pintura no uma obra, mas um texto, de sentido dinamizado e perpetuamente adiado. A critica de Floch refere- se d anélise que Barthes faz. de um amtincio das massas Panzani: A abordagem da imagem adotada por Roland Barthes em_ fe de um aniineio das massas Panzani nio € diferente da deserigio de obras de arte em Panos rrthes, como Panovsky, pGeo significante entre parént e aborda diretamente a dimensdo figurativa das obras... ‘Como Schefer, Floch visa a uma semistica ao mesmo tempo gradativa e estrutural, fundada numa “dupla _heranga epistemologica, saussureana e hjelmsleviana". Sua semictica € tural no sentido de que, para ela, o sentido nasce da i construir os complexificagio e ou de niveis mais ou menos profundos ou superficiais. 35” Para uma tal semiética, io izagio imediata, mas também o desprezo pelo significante io por Floch. Cores, texturas e proporgdes que dio a obra de arte plistica sua ferencial” (para usar a linguagem de Marin), essencial para a produgao do sentido, nio pode ser jcalizagdo imediata de figurativa. Numa posigio de valores e de ‘um vermelho ou de um amarelo, uma cio relagio de posigéesno interior de um quadro, essas qualidades vi inio Fepresentario nenhum papel na produgio do Pode-se, impunemente, considerar o significante como wente, € 26 comegar a analise no momento em que se mnhece esse ou aquele objeto do mundo natural? A semidtica lea comesa por recusir s confusio do. viel com 0 vel. 7 eee TI 40 Literate Artes Plisticas Entretanto, de alguma forma, as consideragdesde Floch tomando a primeira como a como objeto de estudo um no passa da rea = a substéncia vi auténoma em sua org: Nesse ponto, a semidtica plastica ex 4 literatura. O encontro - ou, pelo menos, o das artes ‘as com o estudo da linguagem verbal -'estd sempre ito nas teorias que examinamos brevemente. Butor, Pleynet, Marin, Schefer_e Floch - diferentes , pattem de teorias lingiiisticas para, segundo o ;, plasmar suas abordagens das artes plisticas. Seus ro encontro’da semidtica contemporatiea com io Ut pictura po aye estuda a Ieratura © as e d , redescoberta na Renascenga, desenvolvida no século XVIII por Diderot na Franca, ¢ Lessing lemanha, a ttadigéo renasce em nossos dias, como lina académica. Denominada, precisamente, A Literatura e as Outras Artes, é ministrada em universidades como a de Indiana, nos EUA, e aparece como tépico especifico em congtessos intemacionais do porte da MLA (Modern Language Association of America) e da ACL (Internacional Association of Comparative Literature). Sob formas diversas, a tradigio Ut Pictura poesis tem contribuido, através dos’ tempos, para enriquecet 0 estudo da literatura por meio de paralelos com as outras artes, enfatizando, nas diferentes obras, ora as fontes, ora estilo, ora 0 efeito sobre 0 ica para o estudo da linguagem 10 para a abordagem da obra jue essa divida seja 5 O trabalho dos estudioson da sernisicn, ¢ s lnhas meats de seus enfoques, podem ser utilizados, ja enriquecidos, pa anilise da obra de arte literdria, Isso séria particularmente 20 estudo do Kiinstlerroman- onde a obra de arte, ou a figura um aftista - pintor, escultor, misico, nfo importa - aparece como elemento estruturador. nan a Figo Contemporines 41 No século passado, o Kiinstlerroman conheceu momentos gloriosos - em Sarrasine e em Le Chef-d’Oevre Inconnu, de Balzac, em L’Ouevre, de Zola, por exemplo. No século, atingiu um de seus cumes com a obra de lado a lado, inspirando um nimero infinds surgem as figuras emblematicas de Elstir, o pintor, Vinteuil, miisico, e Bergotte, o escritor. J4 em Les Faux Monnayew Gide, e Point Counterpoint, de Huxley, 0 protagonista, escritor, inspita-se na forma musical da fuga para estruturar uma obta onde ele préprio aparece en abime, ao mesmo tempo como personagem atuante e ctiador teorizante. Poder-se-ia dizer que, atéa década de quarenta, Thomas Mann (sobretudo em Doktor Faustus) e Virginia Woolf sio os Principais herdeiros do Kinstlerroman na literatura européia- especialmente Virginia, que encontra nas artes um ponto fulcral para a elaboragio de seu romance, quer pelo uso de técnicas Inspiradas em outra arte- o cinema em Jacob's Room - figura central de um personagem cujos problemas es humanos se desenrolam paralelamente com o proprio enredo - a pintora de To the Lighthouse, a dramaturga de Berween the Acts. No romance inglés mais recente atradigao etoma toda a sua ” an arquitetura. ‘No romance brasileiro contemporaneo parece também inegdvel a importincia do Kiznstlerroman, sobretudo para a obra de Ci Lispector, Lya Luft e Antonio Callado. A de A Paixdd segundo G.H. liga-se de modo a conceitos induzidos do estud: escultura e da pintura, esta reaparecendo ‘espetacularmente em Agua Viva. Quanto a O Quarto Fechado, de Lya Luft, nao é possivel exagetar a importincia de um determinado quadro para toda a problemética da obra ¢ de sua elaboragio, o mesmo podendo ser afirmado de Reflexos de Baile, de Antdnio Callado. Em todos esses romances, encontram-se, nio simples descrigdesde objetos de arte, mas um estudo de sua elaboragio, ou de sua re-criagio por um espectador privilegiado; a “leitura”

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