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DIVULGAGAO revista de ensino de fisica vol. 9 n21 out/1987 PHILOSOPHIAE NATURALIS PRINCIPIA MATHEMATICA: UMA PROPOSTA DIDATICA ROBERTO THUT NEDEIROS* Na comemoracao dos trezentos anos da publicagao dos "Princ! plos Matematicos da Filosofia Natural", o "Principia", causa-nos es tranheza que esse livro fundamental e riquissimo continue, geral, ausente das salas de aula dos cursos de Fisica e Mate Salvo raras excecées, o livro de Sir Isaac Newton tornou-se uma relfquia, objeto de interesse apenas dos historiadores da cién- cla. Muitos professores tém receio de inclufrem obras originals em sua bibliografia, argumentando complexidade de conceitos e demons = tragdes e obscuridade na linguagem. Como veremos, pelo menos no que se refere ao "Principia", qualquer aluno que tenha cursado o primel ro semestre dos cursos de Calculo e Geometria Analftica esta apto a entender a maior parte dos lemas e proposicgées que Newton criou em seu livro, Quanto a obscuridade na linguagem, parece-nos um exerch clo extremamente fértil quando se propde ao aluno que tente moderni zi-la, isto 6, traduzir a notacdo das demonstragées para uma nota- so atual, uma vez que isso s6 poderd ser realizado se ele dominar © corpo de conceitos envolvido, Além disso, ele poder observar co mo amecdnica foi criada: os raciocinios, os procedimentos, os limi tes que existiam na época. Assim sendo, nosso objetivo com esse artigo & menos apresen tar um trabalho completo e rigoroso do que indicar exemplos que jus tifiquem o que expusemos acima. Na primeira parte fizemos um esbo- so historico do desenvolvimento do calculo até o século XVII, Pas- Samos entao a discutir uma das proposicées do "Principia" procuran do trazé-la para uma linguagem atual. T, INTRODUGAO HISTORICA A preocupagao como infinitesimal @ bastante antiga. Pode- mos citar nomes como Eudoxo de Cnido e Arquimedes que tentaram re- *O presente trabatho originou-se de um seminario dado pelo auton em 1986, no curso de Métodos da Fisica Tednéca, ministnado pelo profes sor A,L, da Rocha Baaros, que propos o estudo do desenho geometri— co que figura no verso da nota inglesa de “one pound" (uma Libra) em homenagem a Sir Isaac Newton. Este desenho fod usado pon Newton na demonstracdo da led do inverso do guadrado da distancia e esta no Livro I, secao IIT, Paoposicao XI, Problema VI dos "Phitosophiae Naturalis Principia Mathematica”. 45 solver © problema dos nimeros irracionais ou “incomensuravels", a= Presentado pelos pitagéricos e¢ cuja orlgem esta na seguinte ques guile isdsceles? como expressar a hipotenusa de um triangulo ret Eudox propde um método que encerra o conceito atual de limite e que permite resolver o problema, Ja Arquimedes havia criado um método de Integracdo para o calculo da area de regides limitadas por cur- vas © volume de regides limitadas por superficies que encerrava o conceito de infinitesimal, No entanto, essas idéias se relaciona- com entes geométricos e nao algébricos como o conceito de fun= $80, importiant{ssimo no célculo diferencial e integral moderno. Ao passarmos para o perfodo moderno (século XVI e XVII) a si. tuacdo comeca a se modificar. 0 interesse de Galileu e Kepler pelo movimento provocou um grande desenvolvimento no estudo de curvas ge radas pelo movimento dos corpos, No entanto, o fato de nao existir qualquer notagao algébrica para variaveis ou para Indices forcava os Matematicos a utilizarem-se do modelo grego para as demonstragées das propriedades e para o estudo em geral de tais curvas. Foi somente apés o intercdmbio com os arabes e sua dlgebra Ja bastante desenvolvida que o “imperialismo da geometria, apesar de todos os seus dxitos"''), deixou a matematica. As possibilidades de generalizacao da algebra, nas mios de René Descartes, tornam-na um método poderoso para se aplicar aos problemas geométricos e mecani- cos. Nasce assim, a geometria analftica. Os Infinitésimos e os indivisiveis comecam entao a serem ma nejados despreocupadamente: expressdes como “infinitamente pequeros'', “incrementos evanescentes", "sucessdes infinitas" sao utilizadas sem gue se tenha uma idéia clara de tais conceitos. Como exemplo dessa situacdo podemos citar o teorema de Cavalieri: para ele um plano é constitufdo de um numero infinito de retas paralelas. Assim, pode- riamos comparar dreas de figuras planas e volumes de sdlidos compa- rando os indivisiveis (retas ou planos) de uma figura com os de ou- tra. Entretanto, surge uma pergunta: como pode a soma de algo que no possui espessura (os indivisfveis) adquirir uma altura? Neste ponto, & interessante citar uma observacio de J. Babi "Oe homens do Renascimento sGo pessoas urgidas pelos proble- mas que as novas condicdes econdmicas e 08 progressos tecnoldgicos impéem. Ao contrario da concepcao antiga na qual o caminho & mais Amportante que o resultado, agora & o resultado que interessa”. Nao obstante a caréncia de fundamentos, @ nos séculos XVII ni 1), © XVIII que o calculo Infinitesim 1 toma corpo e alcanca seus maio- res Exitos em sistematizacao e aplicacao, principalmente devido aos trabalhos de Newton e Leibniz. Seu grande mérito deve-se a0 fato de terem eles unificado ume série de processos até ent desconexos: tra 46 imos e mfnimos, ar. ¢ado de tangentes, de figuras planas, voly mes de sdlidos, etc £m sua obra, Newton varia todas as quantidades em relaci ao tempo; asvelocidades de variacao sao as "Fluxdes" -equivalente por tanto a derivada da fungao em relacar a0 tempo - © as quantidades mesmas s30 0s “fluentes". Ele utiliza a notacéo do ponto pare indi. car a flu de uma varidvel,.isto é, se y & a quantidade variavel, fluxdo. Seu método ficou conhecido como "Método das Flunies y ser Note-se a vinculagao direta que Newton faz entre seu método e 0 con ceito de movimento. Como ele préprio diz, na introdu tado sobre a Quadratura das Curvas": "Neste trabalho, considero as magnitudes matematicas constituidas, nao por partes anbitnariamente 20 seu "Tra Pequenas, mas sim engendradas por um movimento continuo. As Linhas ndo se engendram mediante a soma de partes, mas pelo movimento con- tinuo de pontos...". Com isso, Newton evita os paradoxos consequen tes do teorema de Cavalieri. Em seu" todo das Primeiras © Ultimas RazGes", Newton apre. Senta o equivalente ao nosso conceito de limite, que ainda carecia de uma definic¢ao segura. Por "quadratura de uma curva", ele enten- de a integral da funcdo em um determinado intervalo, ou seja, a a- rea abaixo do grafico da funcao. Por sua vez, Leibniz havia elaborado seu método utilizando um simbolismo que, por sua funcionalidade acabou se tornando a nota $80 que ainda hoje utilizamos. Além disso, Leibniz variava as quan tidades matem cas com respeito a outras quantidades © n3o somente em relacao ao tempo. € interessante atribuirmos as diferencas de mentalidades, os aspectos diferentes dos trabalhos dele © de Newto: este Gltimo, sendo um “fildsofo natural" (dir mos hoje em dia un fi sico) que procurava vincular suas idé€ias ao mundo dos fendmenos, e © primeiro, um matematico, um filésofo cujas idéias possuem aquele carater mais abstrato e simbélico. Ja dissemos que o grande mérito desses dois grandes clentis tas foi unificar uma série de métodos desconexos. Para Newton,o pon to essencial encontra-se na inversao do processo de determinacao da rea contida sob uma curva partindo da ordenada a0 qual, na expres- $80 da drea, ele aplica o método das tangentes e obtém a ordenada demonstrando que s80 problemas inversos. Podemos indetificar af o Teorema Fundamental do Calculo. Em Leibniz o problema das areas é encarado como uma soma de ordenadas © 0 das tangentes como uma dife renga de ordenadas uma vez que soma e diferenca sao operacées inver sas 0 calculo das areas e a determinacdo das tangentes também o se- 4 II, OS "PHILOSOPHIAE NATURALIS PRINCIPIA MATHEMATICA” Se Newton nao houvesse escrito o Principia, poderfamos ain- da assim considerd-lo como um dos maiores cientistas que ja viveram. No entanto, com a publicagao desse livro, ponto alto de seu pensa- mento, ele se tornou - sem divida alguma - o mais brilhante pensa- dor da naturez + 0 "Fildésofo natural" mais completo que se tem nott cla, Amedida em que folheamos o Principia e tomams contato com seus axiomas, lemas e proposicgdes, uma sensacao de profundo respeito vai se desenvolvendo em nosso espfrito. Sua coeréncia interna e quase infinita riqueza de idéias tornam-no um livro digno de ser lido por qualquer pessoa que ainda possua sensibilidade a intuicdes fisicas & demonstragées matematicas. Newton utiliza-se largamente dos conceitos de limite, conti nuidade e derivada ao longo de todo o livro. Na primeira secao do livro | = sob a denominagao de "0 Método das Primeiras e Ultimas Ra z0es" - essas idéias sao apresentadas. Ao contrario do proced imen- to moderno, Newton relaciona esses conceitos e suas demonstracoes as quantidades geométricas tais como comprimento de semi-retas, de ar- cos, etc.., Com isso, 0 método das "fluxdes", junto com sua notacao 0 aparece em nenhum momento de modo explicito. TIT, UM EXEMPLO: LIVRO I. SECAO ITI. PROPOSTCAO XI. PROBLEMA VI "Se um corpo possui uma orbita eliptica, é necessario encon- trar a expresso da forca centripeta que tende ao foco da elipse.” Na secdo 11, Newton procura estabelecer uma relacao entre a forca centripeta e grandezas geométricas (distancias) para um cor- po se movendo sobre uma trajetoria qualquer. 0 resultado obtido é: sieve + a force centripeca & Inversamente proporcional a S281" (secio corol 11, proposicao vi jos |e v). It que ele passa a analisar diversos tipos de Srbitas particulares, No nosso caso, a drbita elfptica com a forc¢a centrfpeta dirigida para um dos focos da eclipse. 0 trabalho resume “Se, portanto, em encontrar uma razao igual a expressao acima. Is- to @ feito multiplicando-se trés proporcdes determinadas exclusiva- mente por métodos geométricos (semelhanca de triangulos, proprieda- des da elipse, etc.) © como auxflio do conceito de limite, sendo este Ultimo estabelecido na secao | (Método das primeiras e Gltimas razdes). 4B TEXTO EXTRA{DO DO ORIGINAL DE NEWTON® PROPOSICAO XI, PROBLEMA VI "If a body revolves in an ellipse; it ts required to find the law of the cantripetal force tending to the focus of the ellipee.” "Seja So foco da elipse. Tracemos SP cortando o didmetro DK da elipse em E, € a ordenada Qu em x; completemos o paralelogra- mo QzPr. & evidente que EP ¢ igual ao semieizo AC: pois se tragar- mos HI a partir do foco H da elipse e paralelo a EC, como CS e CH edo iguatsa, ES e EI também ro iguaie; entdo EP é a meta -soma de PS e PI, iato é (por causa das paralelas #I e PR e dos dngulos iguate IPR e@ HPZ), de PS ¢ PH, 08 quate tomadoe juntos edo iguats ao etzo in- teiro 2AC. Tracemos Qf perpen dicular a SP, e deeignando por Lo latue rectum principal da . etipse (ow 280), toremoa: L.QR:L.Pv = QR:Pu = PE:PC também, L.Pu:Gu.Pu = L:Gv, e, Pelo Coroldrio II, Lema VII, quando 08 pontos P e @ coinct- dem, Qu? = Qzt, @ Qz* ou Qu?:Qr? = EP?;PP! = CAt:PFt, @ (pelo Le- ma XIE) = CD#:CBP. Multiplicando oa termos correspondentes dae quatro propor- eee ¢ simplificando, teremos: L.QR:QT? = AC.L.PC?.CD*:PC.Gv.CD*.CB* = 2PC:Gv, desde que AC.L = 2BC?. Mae cotnetdindo os pontos Qe P, 2PC e Gv ado iguais. E portanto aa quantidades L.QR e QT?, proporetonais a estas, também serdo iguate, HMultiplicando essca iguats por a L. SP? ee torna- rd igual a SP8T" portanto (pelos Coroldrios Ie V, Propoaigdo YI) a forca centripeta ¢ inversamente proporctonal a L.SP*, tato é, inversamente proporctional ao quadrado da distancia SP." Qe! “"Mathematical Principles of Natural Phitosophy and his System of the Wortd", Sin Isaac Newton, taaduzido ao inglés por Andrew Motte em 1729 @ revista por Florian Cajori. University of Caligornia Press, edicdo de 1946, pags. 56/7. PRIMETRA PROPORCKO CS =CH > SP+PI = (ES+El+PI) + PI = 2(E1+PI) = 2.€P 2 ep = SPSPl | mas os angulos formados pelas distancias focais e a segeh tangente (IPR,HPZ) s%0 iguaisye como HI// RZ, os gulos PIH © PHI também slo iguais=Pi = PH 2 EP ae } mas PS#PH=2.AC (propriedade da elipse) obtemos portanto: EP = AC. SEGUNDA PROPORCKO &. oe se ; pelo lema Vil, corolario 11, quando Q +P ext vrw 3 Qx+Qv + Qwo {2 ofy . EF T "PFC 2 50 aqui ja aparece uma das idéias fundamentals do cdleulo: 0 con ceito de limite. O lema VII diz que “... a razao dltima entre o arco, a corda e a tangente, qualquer um para qualquer outro, @ ara #a0 da Igqualdade". Tentemos entio, utilizando-nos de uma notasio mo derna, provar este lema: Seja Cy © comprimento do arco determinado pelos pontos Py € Pe seja C_ 0 comprimento do segmento de reta determinado por Py € P. Desejamos determinar o limite de C,/C, quando x tende a xy. Sabemos que: Cylx) = [« SPTURY dx 5 (x) = Wome)? o TPF IP Xo Quando x+xo, f'(c) +f'(x) e@ no limite (uma vez que f(x) & contf- nua) f'(c) = f' (x); mas pelo Teore- ma do Valor Médio para derivadas: Gey wo Fin) = tle) “ty « LO = Cay) f(a} teeta Fi (x) Came) a a) 5 A cyl) [oo de» | Com ax x- xo) he 4, ¢ 0 f (Ue) hd Fle? dx c (emity) tin of = Ae ay) none or VTROD-F lad? © Ux-xe)? Aplicando a regra de L'Hospital: | AGF o en au) 2a" 1 serug iGcamDn I ainy dc, ; a =e Ze DE (x)= (xo) + 2 (xe) + utlTeanda 2 WTF (x)= xed) + (xex9)? oa LF (x)= (x1? + (x-x9)? (iv) ee (x-xo) MT E(K)=Flxo dT? + (x-x0) 51 Substituindo (111) e (IV) em (11): MUG Fe ee) (x x) a Th(e)-Flxed]? + (xoxo)? = (x-x0) STROD= Fed]? + (exe) c (f(x)-f (xo) 1? + (xox9)? 1 2 Lim . . : xen Or TE (x)- Oxo TF + (x=x0) Isso demonstra uma parte do lema: a "razjo iltima (dirfa- mos hoje, o limite da razdo) entre o comprimento da corda e © compri mento do arco € igual a um, As outras razdes podem ser demonstradas de maneira semelhante. Prosseguindo o raciocinio, Newton escreve: #- mas fra ac > See BE » ACE!) Co? av? co? pelo tema xii: AL. Gg [Que col @) No lema X11, Newton diz: “Todo paralelogramo circunscrito so bre quaisquer diadmetros conjugados de uma dada eclipse ou hipérbole 330 iguais entre s 3. € importante ou seja, possuem areas igu frisar que a palavra “paralelogramo" inclui o retangulo, uma ver que este € um caso particular do primeiro. Vejamos como esse teorema conduz & proporgao uti lizada: B Ay Area (POGK) = Area (ABHN) Area (POGK) = 8.A; A Area (ABMN) = 4. A Pz. Cz AL PZ = PC. cos (8/2) C2 = PC.sen(8/2) G ay = Bet sen (8/2). cos (0/2) N 2 Ar» PEssene nas PC = CO oe © PC.sen@ = PF = > > fy = SDLPE 4 og SBPE Og . 3 af 52 TERCEIRA PROPORCKO Quando Q+P, os triangulos T e T! tenderdo e se tornar semelhantes, Podemos, portanto, montar a seguinte proporcio: Q Py | av Gv.Py D P RRs Sees pce mas foe GQ) Hultiplicando os membros correspondentes de (1), (2) e (3), obteremos: QR Gv.Py Qv? | AC pc? co? | QR.Gv | AC.PC Py Ov? QT * PE OT BCT QT act 2 mas l= 2.82 onde t= lacus rectum, ou seja, 0 comprimento do Segmento de reta, perpendicular ao diametro maior da elipse,que pas sa pelo foco (para maiores informagdes, ver (2)): £ R.Gv L AC.PC Rot pc Ge) “Gi * Gy) rer az * 2 Gv novamente, quando Q+P, 2.PC+Gv, tal que +t QR.L = QT? 5 multiplicando por sp? sp? sp? (Gar) ORL = GE) aT? => tese? » SEAT Entretanto, para uma dada elipse, L é€ constante, o que im- plica que a forca centripeta @ inversamente proporcional ao quadra- do da distancia do foco. Iv, CONCLUSKO Nossa proposta nao pretende que se transforme obras origi- nais em livros para cursos de graduacao em Fisica ou Matematica, re 53 sonhecemos a inviabilidade dessa idéia. Queremos apenas chamar a a tengo para esse recurso que sabemos, por experiéncia propria,ser a melhor motivagao para o estudo de qualquer ramo da Fisica. No caso particular dos Principia, gostarfamos de fazer uma Ultima observacao: o livro forma um todo organico onde cada propos i ga alguns deles necessita da demonstracao dos que vieram antes e assim » cada lema, depende dos anteriores; a demonstracgao minuciosa de por diante, de tal modo que se nao houver um certo bom senso, o alu no e 0 proprio professor acabarao por se dispersar. Exatamente pe- lo seu carater de motivacao importa mais que o aluno perceba o que vem a ser uma criagao cientifica do que saber reproduzir com rigor as demonstragées. Poderfamos ainda sugerir que a proposta nao fos- se encalxada em um esquema expositivo de aula: o professor poderia pedir a um aluno ou grupo de alunos que realizesse um seminario so- bre determinado lema ou parte dos Principia. BIBLIOGRAFIA (1) J. Babini, "El Cdlculo Infinitesimal", Editorial Universitaria de Buenos Aires, Buenos Aires, 1977. (2) F.S. Percey, "Geometria Analitica", Ao Livro Téc neiro, 1960, p. 11. (3) M.E. Baron, “Curso de Historia da Matematica", Ed. Universidade de Brasflia, Brasflia, 1985, Unidades 1, 2, 3. (4) 1. Newton, "Mathematical Principles of Natural Philosophy", University of California Press, California, 1946. ico, Rio de Ja 54

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