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Seguranga Publica e Medidas Socioeducativas Seguranca Publica A seguranca publica@tEEStS5 Ta Til ase Ue ert USURGT: (GrORUzqEVENROS{UE HnSEGUANGRTETENMINAIRAUE) € um processo, ou seja, uma sequéncia continua de fatos ou operagdes que apresentam certa unidade ou que se reproduzem com certa regularidade, qUS(COmpartilialunalvisaoyrocada em componentes preventivos, repressivos,judciis, sade e socials, & um processo sistémico, pela necessidade da integragéo de um conjunto de conhecimentos e ferramentas estatais que devem interagir a mesma visao, compromissos © objetivos. BVEYSERRambemvotimizadeyipoisisependenvige | decisdes répidas, medidas saneadoras e resultados imediatos, Sendo 2 order publica um estado de serenidade, apaziguamento e tranquilidade publica, em consonancia com asleis, os preceitos e os costumes que reguiam a convivéncia em sociedade, a preservacdo deste direito do cidadao sé sera amplo se o conceito de seguranca publica for aplicado. A seguranca piblica @aGllipedellisenlttatadallapenas!licomollimedidas de vigilancia e repressiva, mas como um sistema integrado e otimizado - envolvendo instrumento de prevencao, coagdo, justiga, defesa dos direitos, (C@IGENETSOCIA), © proceso de seguranca publica se (RiGialpElaIBFEVERNCASTE (GRRAMAEPATACASTASNAANO, no tratamento das causas e na reinclusdo na sociedade do autor do ilicito, Brasil Conselhos Comunitarios de Seguranca OsConselhos Comunitarios de Seguranca(CONSEGs) sao grupos de pessoas de uma mesma comunidade que se retinem para discutir problemas de seguranga publica, com 0 objetivo principal de organizar as comunidades e aproxima-las das policias estaduais (Policia Civil, Policia Militar e Policia Cientifica), e se vinculam as diretrizes emanadas da Secretaria da Seguranga Publica por intermédio de érgao especifico Estadual criado para tal finalidade. _ Estados e, como tal, néo possuem personalidade juridica, sendo regulados por legislagao especifica (Decreto estadual ou Lei estadual e regulamentos). (@OSPSEIVIgOS|POliciais) Também nao se trata de um conselho no qual pessoas iro se reunir para identificar traficantes e outros criminosos ou denuncia-los, para a policia. @lpHneipallObjetvelldos CONSEGSSaliprevencaomelpars -prevenir é preciso identificar problemas e controlar fatores de risco de miltiplas (G@AGEAS) Pera isso € necessario integrar e organizar as populagdes das comunidades, desenvolver iniciativas de cultura e formagao para a prevengao de maneira a que, através da unido e interagdo de seus membros (diretoria, membros natos € comunidade), como também com oEstadoe aPrefeitura (seus drgos, departamentos e setores piiblicos competentes envolvidos direta ou indiretamente com a seguranca publica), seja possivel a existéncia (introducao e a manutengao) de sistemas de seguranca comunitarios preventivos que contribuam para a melhoria da qualidade de vida das pessoas. A participagéo em um CONSEG compete a todo cidaddo que assume a sua parcela na responsabilidade de buscar ativamente solugdes para os problemas de seguranga publica e esteja disposto a colaborar com o bem-estar da comunidade da qual faz parte. Os objetivos das reunides mensais do CONSEG sao: Seguranca Publica Brasileira: Responsdveis, Nuimeros e Desafios Aseguranga publica é um tema que, de forma praticamente diaria, esta em pauta na imprensa do Brasil. A sensagao de inseguranga, somada ao medo, esta presente na vida de grande parte da sociedade civil brasileira, principalmente nos grandes centros urbanos. Assim como 0 acesso a salide, Aeducagaoe a moradia, a garantia de ir e vir com seguranga é um direito fundamental previsto pela Constituig&o Federal de 1988, sendodever do Estado asseguré-lo. Neste texto, vocé val conhecer os érgdos responsaveis pela seguranca piiblica no Brasil. Além disso, vocé vai entender quais as problematicas ligadas ao tema, algumas politicas puiblicas que visam diminuir a falta de seguranga e também como essa sensagao é mensurada. Em resumo, 0 texto destaca pontos que influenciam diretamente a seguranga cotidiana dos brasileiros. Quem é Responsavel pela Seguranca Publica no Brasil? O Art. 144 da Constituigdo traz que: _exercida para a preservagao da ordem publica e da incolumidade’ das pessoas e do patriménio, através dos seguintes érgaos: + Policia federal; * Policia rodoviaria federal; + Policia ferroviaria federal; + Policias civis; + Policias militares e corpos de bombeiros militares. No quadro mais adiante foram resumidas as atribuicées de cada drgao policial mencionado. A Policia Federal, Rodoviaria Federal e Ferroviaria Federal so organizadas e mantidas pela Unido. AlPBIGeIMINaneIOIGeIpolle Sa ITED unto & Policia Civil, sao subordinados aos governadores. Em um nivel ministerial, ha @ Secretaria Nacional da Seguranca Publica, 6rgao do (WiRISEEHONNGANNUUSHIEE) que tem como competéncias principais e resumidas implementar, acompanhar e avaliar @S—pOmIeaS e programas RUSE Cae ards 2 esse Secretaria incentivar os drgdos estaduais e municipais a @ABOfareMpIanOS dgtegradosmlerseguranga, além de fortalecer e integrar os érgaos responsaveis pela seguranga dos territérios nacionais. Ainda segundo a Constituigao Federal, © policiamento das ruas e a manutengdo da seguranca sao tradicionalmente conferidos policia militar. Comportamento e Cultura Organizacional O comportamento das pessoas na organizagao, quando pautado por padrées éticos indiscutiveis, s6 tem a gerar vantagens no seu desempenho mercadolégico. Esse comportamento deve guiar-se nao somente por cédigos de ética, mas, principalmente, pela cultura cultivada na empresa. Cultura organizacional é um sistema de valores compartilhados pelos membros de uma organizagao e que ira diferencia-la de outras Essa cultura particular de cada empresa possui algumas caracteristicas basicas, que a diferencia de outras, tais como: 1. Grau de estimulo a inovagao e assimilag&o de riscos pelos colaboradores; 2. Grau de precisdo na anélise e atengo aos detalhes esperados pela empresa; 3. Grau de foco em resultados e, ao mesmo tempo, as técnicas e processos utilizados para alcangé-los; 4. Grau de decisées em relacao aos efeitos dos resultados; 5. Grau de organizagao em equipe; 6. Grau de agressividade e competi¢éo, considerando as acomodagées; 7. Grau de estabilidade (manutengao do status) e crescimento profissional. A.cultura organizacional influi no clima e no comportamento ético dos membros de uma organizacao. ‘quando rejeita a ideia de que “os fins justiicam os meios’, ou seja. quando A seguir veremos algumas dicas para a implantagao de uma cultura que preze por comportamentos eticamente corretos: - CsxemiploseVeWindeTcimallcomleNdiretEN c as chefias demonstrando preocupagao com o sucesso e o bem comum; + A empresa deve definir 0 que entende por ética((OhtandoWmcodigodey I... a pratica da teoria registrada nos papéis; (OGRESSEIEMTMETEMBIESS. de forma a identiicar quais se mostram mais adequados aos padrées estabelecidos; + Criar estratégias e mecanismos concretos para implantagao dos conceitos éticos na empresa _Estudar a cultura ¢ 0 comportamento organizacional éinvestigar 0 impacto que 03 Valores dos individuos e dos grupos tém sobre o comportamento geral das "pessoas que formam a organizacdo, com o propésito de melhorar a etcacia de ‘seus processes. Esse comportamento pode afeter, tanto positiva quanto negativamente, 0 desempenho da organizagao. As empresas buscam entender os motivos das pessoas se comportarem de determinada maneira e, também, prever o que elas fariam em circunstancias, diversas. Mas, os seres humanos sao muito complexos quanto as suas atitudes, Duas pessoas podem reagir diferentemente mesma situagao e uma mesma pessoa muda seu comportamento em situagdes diferentes ou pelo simples fato de estar em grupo. _ Grupo: é a unio de dois ou mais individuos com objetivos comuns. A estrutura, 0s papéis, as normas, o status, o tamanho do grupo e seu grau de coeso podem influenciar no comportamento de seus membros, tornando previsivel o desempenho do mesmo, Essa previsibilidade deve-se ao fato de que as pessoas tendem a agir em conformidade com as aces e decisées do grupo, as vezes, mesmo discordando delas, ja que sempre estdo em busca de aceitacao. (GiifUGES TE IomporIaMentos|individUa!s) porém é preciso muito cuidado para ndo instalar a inibigdo em seus membros, pois, assim, esses se sentiréo inseguros em mostrar seu ponto de vista e suas opinides, limitando assim seu desempenho. Assim, um colaborador precisara aprender a contribuir com os outros, respeitar opiniées, compartlhar informagées, confrontar diferengas e sublimar seus interesses pessoais pelo bem da equipe. Essa relagdo estabelecida profissionalmente entre os membros de uma organizagao deve ser guiada por comportamentos éticos que estabelegam vinculos de confianga e reciprocidade. Sao alguns exemplos de comportamentos sempre considerados adequados + PSGUfapTazeneHicaseORSMUIVES, pois ser leal para com a empresa néo significa aceitar incondicionalmente coisas com as quais vocé néo concorda: ‘As empresas devem atentar-se aos comportamentos de seus colaboradores com extrema atengao, uma vez que um comportamento antiético praticado por um de seus membros pode denegrir sua imagem irreversivelmente. Para ser eficaz nessa ago, o lider precisa compreensao das diferentes personalidades que lidera e, interagao com essas diferencas Como a organizago enfrenta um ambiente dindmico, em constante mudanga, € mais importante o ajuste da personalidade dos colaboradores @ cultura da organizagao do que a determinada funcao/cargo. Mas, como melhorar 0 comportamento num mundo empresarial caracterizado por uma brutal competicaio de mercado? Esse é um questionamento, que nos faz perceber, que ndo é surpreendente 0 fato de varias pessoas sentirem-se pressionadas a darem “um jeitinho” e cederem &s praticas questionavels para alcangarem metas estabelecidas pela empresa. Além da pressdo, a emogao também é um fator critico no comportamento das pessoas e pode causar conflitos interpessoais como, por exemplo: um funcionério sentir-se injusticado ao ver um colega que considera menos competente ser promovido em seu lugar e, por vinganca, sabotar inumeras atividades da empresa. Mas, se bem trabalhadas, essas emogdes podem também ser fontes de motivagdes e esforgos para a realizacao de tarefas bem feitas. Portanto, é tarefa da organizacao a utilizagao a seu favor das diferentes personalidades que compéem sua equipe, fortalecendo sua prépria cultura, de forma que a ética esteja sempre presente em todas as agdes de seus colaboradores. Estado, Seguranca Publica e Mediacaéo Poucos problemas sociais mobllizam tanto a opinido publica como a criminalidade e a violéncia. Pois estes so alguns daqueles problemas que afetam toda a populagdo independentemente de classe, raga, credo religioso, sexo ou estado civil. As consequéncias desses problemas se refletem tanto no imagindrio cotidiano das pessoas, como nas cifras extraordinarias a respeito dos custos diretos da criminalidade violenta. Para tanto, 0 objetivo do presente trabalho é analisar a influéncia da crise do Estado sob 0 aspecto da seguranga publica. Para, ao final, dispor sobre a necessidade de associagao entre a atuaco policial e o respeito aos direitos humanos. Estado e Policia: Status quo e Perspectivas Na sociedade denominada primitiva, segundo historiadores, as relagdes entre 0s setores da vida social se davam diretamente. A cultura, a economia e a politica existiam em razao do territério e sé tinhham emanagées no seu interior. O territério pertencia aos seus moradores e esses pertenciam aquele territério. Criava-se, portanto, uma identidade entre as pessoas e seu espago geogratico. Para manter essa identidade e os seus limites, necessitava-se ter clara a ideia de dominio e poder. Formava-se, assim, um conjunto indissociavel entre a politica, a economia, a cultura, a linguagem, criando-se, paralelamente, a ideia de comunidade, como a de um contexto limitado no espaco. Coma globalizacao, esta limitagao de espaco ficou pormenorizada, consequentemente, a dissociabilidade deste conjunto ficou visivel, haja vista que este novo instrumento de informagao e associagdo nem sempre informa e associa. O que marca a globalizagéo como forma cristalina de ruptura desse proceso de identidade entre territério e comunidade, Nao é a toa que Francois Chesnais traduz a globalizagao como “a capacidade estratégica de todo grande grupo oligopolista, voltado para a produgaio manufatureira ou para as principais atividades de servigos, de adotar, por conta prépria, um enfoque e conduta ‘globais"(CHENAIS, 1996, p. 17). Fala-se, por exemplo, em aldeia global para fazer crer que a difusdo instantanea de noticias realmente informa as pessoas. A partir desse mito e do encurtamento das distancias — para aqueles que realmente podem viajar — também se difunde a nog&o de tempo e espagos contraidos. E como se o mundo se houvesse tomado, para todos, ao alcance da mao. Um mercado avassalador dito global é apresentado como capaz de homogeneizar o planeta quando, na verdade, as diferengas locais séo aprofundadas. Ha uma busca de uniformidade, ao servigo do atores hegeménicos, mas 0 mundo se tora menos unido, tornando mais distante o sonho de uma cidadania verdadeiramente universal. Enquanto isso, 0 culto ao consumo é estimulado. (SANTOS, 2005, p. 18-19). Essa ingeréncia de valores nas sociedades acaba por criar uma ilus4o no inconsciente das pessoas, tendo como conseqliéncia uma sociedade alienada com ares de informatizada. Informagao sim, conscientizago nao. A idéia é passar para a populagdo que todos detém o conhecimento das coisas, que no existe predominio de nenhuma nacao ou ideologia, entretanto, o sistema consagra 0 discurso Unico, qual seja: 0 poderio do dinheiro, isto é, do poder pelo poder. (NUNES, 2008, p. 125). Assim, este modelo de sociedade vigente ndo favorece a solidariedade, mas sim a concorréncia; nao 0 didlogo € © consenso, mas a disputa e a luta de todos contra todos. Por isso, as virtudes humanas da sensibilidade pelo outro e de colaboragio desinteressada s&o secundarizadas para dar lugar aos sentimentos que se nutrem da violéncia, da excluséo e da vantagem pessoal. © aumento da violencia urbana. em grande parte fruto de uma politica -econémica de exclusdo social. tem em muito contribuido para a violagao de (QSAR SEITE Nes Rea Tage Rete Dts Rear alia eRe NCES ASICS Diante de uma populagao que se sente desprotegida, o Estado (Unido, Estados ¢ Municipios) tem que oferecer uma resposta imediata, pois apesar das causas sociais, a criminalidade também tem seu cardter patoldgico, e deve ser combatida em qualquer situagao social, esta é uma responsabilidade obrigatéria do Estado para com a populagaio. (ROCHA, 2005). Dai questiona-se: como fazer para associar a postura do Estado o desenvolvimento econémico e a concretizacao dos direitos sociais; a soberania da nacao nos seus aspectos socials, culturals e econdmicos e a influéncia mercadolégica de outras culturas? Qual o papel do Estado diante da atual violéncia e exclusao social vivenciada pelos individuos das diferentes camadas da sociedade? © monopélio estatal da violéncia1 é um dos maiores desafios da instauragao do Estado de Direito, tanto pelo lado do efetivo controle, por parte da sociedade civil e do govemo, das forcas repressivas de estado, na imposicao responsavel de lei e ordem, quanto pelo do controle da violéncia endémica na sociedade civil, que faz valer a vontade do mais forte pelo uso de armas. Notadamente, vé-se a guerra entre quadrilhas pelo controle do trafico, A relagao de oposigao estabelecida entre poder e violéncia revelase quando a afirmagao absoluta de um significa a auséncia do outro @agjredugaoydoypoder peskapeapiecsrensieseiennat = seeing le re Teter SDS UOTE ere Meet CATED pelalVIOIERGIa ARENDT, 1994, p. 41-44). O mito de que a soberania do Estado é capaz de garantir ordem e controle da criminalidade fol derrubado. A internacionalizagao dos crimes e a extrapolagao da justiga de um territério ¢ outro fator da tendéncia a privatizar a seguranga, transferir a necessidade individual 4 responsabilidade de cada individuo. ‘Ao longo de mais de cem anos de vida republicana, a violéncia em suas multiplas formas de manifestagéo permaneceu enraizada como modo costumeiro, institucionalizado e positivamente valorizado — isto ¢, moralmente imperativo -, de solugdo de conflitos decorrentes das diferencas étnicas, de género, de classe, de propriedade e de riqueza, de poder, de privilégio, de prestigio. Permaneceu atravessando todo o tecido social, penetrando em seus espacos mais recénditos e se instalando resolutamente nas instituicdes sociais e politicas em principio destinadas a ofertar seguranga e protegéo aos cidadaos. (ADORNO, 1996, p. 301). As raizes histéricas da violéncia no Brasil mostraram-se translticidas na forma de hiato entre o mundo das leis e 0 mundo real; no autoritarismo socialmente implantado, enfim, na lacuna entre os direitos civis, sociais e politicos. na nal | Nesse contexto, como cobrar do Estado postura diferenciada das praticas histéricas? Por outro lado, ndo se pode ignorar que © primelro passo ja fol dado, com a consagraco de uma Constituicao cidada, promulgada em 1988. © resguardo dos direitos fundamentais, como a vida e a liberdade, e dos direitos sociais, como a educagao, a saiide e o trabalho, nas clausulas pétreas demonstra a disposicao para fazer valer a normatizacao, Todavia, apesar dos esforgos govemamentais2 , a pratica ainda continua bastante dissociada da teoria disposta constitucionalmente, isto é, nao se desconhece a existéncia de um abismo entre o que é € 0 que deveriam ser praticas de governo no exercicio da governanca. demandam acdes complexas e articuladas entre instituigdes, sociedade e distintas esferas do poder pubblico. (TEIXEIRA, 2005, p. 5). todos, conforme descreve a Constiuigso Federal em seu atigo 1443.0 cue a caracteriza como direito difuso4 e fundamentalS . Dai a seguranga piiblica deve ser compreendida como @iffijSshjuinte de latividades Wesenvalvidas pelOIEStado) @UaldaCETETCUltira,

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