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JOC E MONTA : INTERCOM! WINE To a0 Tana oraL mew 72S sremumoe ae oc coves MMT R30 EL WED \VEJA PRECO NO CATALOGO EMARK- PAGINA 30 oo ie A s = Coumadin te Pcie” nertes Rois ena, mee an SemCA SEE MUTMETD IAL MULTIVETD LNTD mewn ELIE rman tn sae Eko noo HoH i i co Te ‘seer seucone eth cae sehen cut wma isa a cH HT ee ator ‘gc soe Md un Le ‘avons. Fk AMES Mintermecsiractane coon, MOI wens wet. a HMA CONS ELIE WROTE ime Serine cewseeses ssimoase sec; AMAT, MOS ETS CHAAR, Semen Mm ue See rerere ere aesieaes Cnet woe Soret Sea Saieecorts: eesmercaiewar’ at REE ee Seve une ae ca SET, Bee sae Seen Sasa" Sate ‘recon serena ine ee Saeco we aes acannon iran, reac) cr ‘uctayenwtna asin ASSISTENCIA TECNICA ct sinastet™ Ree ee et Comewneat ETO ESPECIALIZADA sn Fecciaer nine, Sect | SR rr een econ setts mine cnc FB ee [STE NGS coun owes ear, neo PrELEX: (011) 22616 Rua General Osério, 155 ¢ 185 - CEP 01213 -Sao Paulo-SP ~ Fones: (011) 223-1153 ¢ 221-4779 EMARK ELETRONICA Diretores Carlos Walter Malagot Jairo P. Marques ‘Wilson Malagol Diretor Técnico Seda Marques Colaboradores. José A.Sousa {Desenho Técnico) Joao Pacheco (quadrinhos) Publicidade KAPROM PROPAGANDA LTDA (011) 223-2037 Composicdo. KAPROM Fotolitos de Capa Pré-Chapas Lida (011) 92.9563 Fotalito de Miolo FOTOTRAGO LTDA, Impressae Editora Parma Lida. Distribuigao Nacional c/ Exclusividade FERNANDO CHINAGLIA DISTA S/A ua Teodoro da Siva, 907 de Janeiro (021) 268-8112 ‘ABC DA ELETRONICA Kaprom Edilora, Distr Propa ganda Lida - Emark Eletronica Comercial Lida) - Redagao.Admi- nistragao o Publicidade F.GalOs6rio, 157 CEP 01213 - Sao Paulo-SP. Fone: (011)223-2037 EDITORIAL CONVERSANDO Nao & qualquer Escola por af que pode “sizer, pelo aber ezenas de miheres de Aluncs... ABC pode S30 se conlarmos tes vandides, consigerando um “Aluno” por exemplar (sabemos que as condi ‘amante pencitanies” Gr que vive . noss0 Povo, fazemi com que muitos acaber “peganco Ccrona” nos exemplares!"aula" de amigos e calagas, ou alé maniem gtupinhes, fazendo ‘vaquihat" para comprar o ABC, destrulanco em sociedade, dos ensinamentos qui con= os. au nso mative para grande orglha? Estamos ainda na nossa quarta Ravsta/“Aux la” © a “escola esté rancbordanca..! Mas nso se preocupom fem liga pra muta mais ‘enle! O nice pré-requila & tr vorkade de aprender, e seguir Felmenta das as “AL las". J estamos providenciando 0 pimeiro aumento (dizemos “prmetro” porque teros coneza de que seremas obigados a pfomover mutos autos, no Kaur... na quantidade de fxemplares!"aula” detibuldes a cada numero, de modo a alonder melhor a ods (incu: ve os que mandaram eartas reclamando do rido "desaparecimento” do ABC nas baneas, ‘dekando-os "na mao") [A partcipagdo dos Letores/Alunos est crescendo, nas maniestagdes, sugestes, consults, ele. Pordm lembramos alodes que Voces podem amibém "eocar”comunicados fenve sie ainda mandar suas colaborag6es (ver Seco TROCA- TOCA, Fora de Projos. f° Chubinhos..). Achamos lundamental que 08 LeloestAlunos tronuem idéias e exporé- ‘as, ndependantem onte da canal Geto de comunicacdo com a evista, quo todos tm via Secio de CARTAS! Numa Escola verdadova, os Alunos conversam ents, ciscum, fa lam mal 6os Professoes,lalam bom dos dis cujos (mals rao..),tazom maga para 0 Mave, colocam chicete mascado na cagara do Mestre (@pal sco n..), te. Obsorvados 0 (inewivels.. Regulamentos, a Seqdo TROCA-TROGA est |4, aberissima, & cispo: Sedo do todos! Dito o que havi ase do, vamos & Aula” (cheinha de assuntos muito moortartes, que servo de base para concoias ainda mas mporantes, 2 serem visos em futuras “Lips”. com @ entusiasma de sempre! A propdst: OIVULGUEM 0 ABC onve seus ‘amigos e colegas,alnda "eigos” ou "pages" em Elevonical Quanto malo: cara "Esco la, menor pra todos, podomos garanti! OEDITOR, JUNTOS, NOS FAZEMOS "ML. E vedada a reproducag total ou parcial de woxlos, ares ou (ot0s que comoontam a presente Ecigdo, sem a aulonzagdo exprossa dos Aulores a Edlores. Os prajteselevonices, expanencias -crutos aqui deserios, destinam-se unicamente ao aprendizado, ou a apcagio como hodby. lazer ou uso pessoal, sendo proibise a sua comercilizagao ou Industalzagao sem a aulorzarzo fexpressa dos Aulores, Ediores e eventual detenores ce Direos @ Patenes. Emora ABC OA ELETRONICA tena lgmado fodo 0 cudado na pre-vefieagao dos assuntostedrcalpraicos qu veiculados, a Revista nao se esponsabiiza por quaisque ainas, deletos, lapsos nos enunciados ‘ahicos ou pratens aqul congas, Ainda que ABC DA ELETRONICA assuma a oma e 0 conteuso {de uma "Revista Curso", fea claro que nem a Revsia, nem a E6lora. nor as Auotes,obrgam '5® a concessdo de quaisquer tpos de “Diplomas”, "Geriicados” ou "Comprovantes” de aprendi- 2zado quo, por Lei, apanas podom sor ornocdas por Cursos Regulars, devidamente reg srados, auigrzagos e homologados pelo Governa, NOB, 05 BONEOUNKOS 008 COMPONENTES] NASCEMOS NA REVISTA APE. (lM MAB EU. STARE! NA PROXIMA ‘AULA NOBBO FLNCIONANIENTO €. FLNGOES SERRO' EXPLIGADOS PASSO A PASEO, A CADA /.: "REVISTA-AULA DO_A.B.C. | Al P| WY pubis Uji AR INDICE - ABC -4 PAGINA 3 -0S EFEITOS MAGNETICOS ARRAN A DA CORRENTE ELETRICA \ ae TEORIA ] 21 -TROCA-TROCA 25 -TRUQUES & DIGAS INFORMAGOES 35 -ARquivo Técnico 43- INTERCOMUNICADOR 49- PASSARINHO ELETRONICO da Corrente Elét Agora que ja vimos as bases te6- ricas ¢ priticas quanto aos dois princi pais componentes eletrénicos “‘passivos (© RESISTOR © 0 CAPACITOR), também jf abordamos a conceituagao de CORRENTE CONTINUA © COR- RENTE ALTERNADA (aprendendo ‘en passant as bases da teoria dos semi ‘condutores, quando vimos © funciona- ‘mento dos importantes DIODOS...) suas Leis, chegou a hora de abordar (e realizar experiéncias altamente elucida- tivas) 0 ELETROMAGNETISMO, ou, em um. termo mais. abrangente, OS EFEITOS MAGNETICOS DA COR- RENTE! CConforme jd vimos, podemos “fa zen" muitas coisas com a CORRENTE. ELETRICA, e suas aplicagdes préticas so quase “infinitas”.. A criatividade do Homem tem, ao longo dos dtimos sécu- Tos, descoberto ¢ inventado “um monte’ de jeitos © mineiras de se usar a COR- RENTE para finalidades as mais varia das: podemos “‘guardar” a CORRENTE. (na forma de CARGA ELETRICA..) com 0 uso, de CAPACITORES, pode- mos obter dela CALOR ou LUZ (a- través de RESISTORES especialmente dimensionados..), ete, E que tal se ppudéssemos, simplesmente, “envid-la” de um lugar a outro, transfexf-la ou “in- duzf-la” em outro local, que ndo aquele ‘ha qual ela foi produzida ou inicialmente introduzida? Isso parece coisa de mégi ca, a principio, porém Leis imutéveis do nosso Universo permitem tais facanhas, justamente gragas aos EFEITOS MAGNETICOS DA CORRENTE, cu- Ja importancia na Eletricidade e Eletr6- nica ¢ tao grande que, obrigatoriamente, deve ser assunto visto logo nessas pri- meiras ““Aulas” do ABC, uma vez que uma série enorme de comportentes abso- lutamente essenciais a0 circuito ¢ apli- ‘cages, t&m seus principios de funcio- namento totalmente bascados _nos EFEITOS MAGNETICOS DA COR- RENTE! Os Efeitos Magnéticos ica (© CAMPO MAGNETICO ELETRICAMENTE GERADO - AS “LINHAS DE FORGA" - AS BOBINAS - 0 ELETROIMA - (EXPERIENCIAS) -O RELE - (EXPERIENCIAS) - O TRANSFORMADOR - (EXPERIENCIAS). Conforme norma aqui em ABC, fa abordagem tedrica sera feila pas a-passo, vinculando-se cada explicagio ‘uma clara ilustragdo e a manifestacdes Draticas faceis de entender e “visuali- za". Aleriamos 20s Leitores/Alunos que 08 assuntos objeto da_presente “'Ligdo” constituem bases muito impor- tantes para a sequéncia do aprendizado, fe que portanto, devern ser lidos, enten ddidos © praticados com 0 miximo de convieca0 e interesse, devendo ser in- tuidos e “‘guardados” para sempre, jd que no futuro, em abordagens mais ‘complexas, tais conceitos bisicos serio cobrigatoriamente usados como “alicer- ces" de outros assuntos... Também é fundamental que 0 Leitor/Aluno tena ‘acompanado atentamente as trés Re- vistas/ Aula anteriores... Quem, por aca- so, apenas agora estéchegando & “Esc9- int, deve obrigatoriamente sliiar suas Revstas/Aula 1, 2€ 3, para comple- tar seu “Curso” e poder seu fudo sem lapsos (as instrugdes para obtencéo dos cexemplaes jf publicados do ABC en- tontram-se em oven parte da presente Revista.) -FIG. I-A - Hi muitos e muitos anos, 0s pioneios dos estdos da elerieida- fe (aénios, @ quem deveros tudo 0 ‘que hoje sabernos e praticamos..) des- obriram que. quando a CORRENTE ELETRICA percorre um condutor QUALQUERY estabelece-se, em tor- no. desse_ condutor um CAMPO MAGNETICO. Convencionot-se re= presentar ou simbolizar tal CAMPO MAGNETICO através de LINHAS DE FORA, cuja “direcdo” depende do sentido da CORRENTE no dito condutor, ¢ cuja intensidede & propor- cional a da CORRENTE. - FIG. 1-B - Toda CORRENTE, per- correndo QUALQUER CONDUTOR (seja este ium fiozinho de cobre da es- ims ce FHA WOT CAMPO MAGNETICO eee ‘ [aged ‘ATENGAO, TURMA, QUE 0 ASSUNTO E IMPORTANTE! essura de um eabelo, ov um bloco de go do tamanbo de uma casa.), ger, em tomo deste, 0 tal CAMPO MAGNETICO, cujo valor ou intensi- dade 6 apenas ¢ to somente determi- nado pela INTENSIDADE da COR- RENTE, conforme dissemos a tr. ‘Assim, independente do tamanho, forma, etc. do condutor, se a COR- RENTE for fraca, teremos um CAM- PO MAGNETICO fraco, se a COR- RENTE for intensa,teremos CAMPO MAGNETICO também forte. Assim, se eslabelecermos 0 mais simples ca- minho prético para a corrente elétrica, ou seja, um elo de fio interligando os dois polos de um conjunto de pilhas (fig. =B), teemos, a0 longo de todo 0 fo, a manifestagao do campo magnéti co, na forma de linhas de forca circu- Inres e eoneéntriea (até em torno das préprias pilhas, também teremos 0 campo, jf que elas fazem parte do cit- eaito ou do ““caminho” petcorrido pela eorrente, ao mesmo tempo em que a esi gerando!. = FIG. 2 - E também importante ficar claro que, uma vez estabelecida a cor- ente no condutor, 0 tal campo ‘magnético no surge instantaneamen- te, mas leva algum tempo (ainda que rulto eurto) para se formar comple- tamente ¢ atingir sua maxima intensi- ade. Desde o momento em que a cor- rente ¢ aplicada ao condutor, até o ins. tante em que © campo magnético se estabiliza na sua méxima intensidade, decorre portanto um tempo finito ¢ ‘mensurével (“niedivel”, como diriam os altos escalées..). No diagrama, aplicada a corrente “I” ao condu- tor/fio, supondo que “T” € uma uni- dade arbitrdria de tempo (peau ‘ma.,), decorrido “T" teremos “uma’ linka de forga, decorrido tempo equi: valente a “2T” teremos “duas” linhas de forca, ¢, decorrido tempo “3” te- Femos o campo em sua arbitréria in- tensidade méxima ¢ estavel de “trés” Tinhas de forga... E I6gico que estamos lidando e explicando as “coisas” com analogias © simbolos extremamente simplistas, mas em esséncia, as coisas acontecem assim, = FIG. 3 - Um “truque” simples para intensificar 0 campo magnético eletri- ‘camente gerado - Nos exemplos vi- suais at agora diagramados, referi- ‘mo-nos a0 condutor (que, percorrido por corrente, gera o campo magnéti 0...) na forma de um fio reto e relat vamente curto. © campo magnético gerado nessas circunstincias & fraco, ja ue suas “linhas de forca” estéo dis- ttibuidas - por assim dizer - a0 longo de todo 0 comprimento do condutor, ‘mesmo s# considerarmos uma corrente intensa no dito condutor... Muito pou- cca “coisa pritica”” podemos obter, ou fazer, com essa intensidade “mixara- cx” de campo magnético. Entretanto ( isso foi descoberto também por aqueles g€nios dos primérdios das pesquisas sobre a Eletricidade..) se enrolarmos um condutor mais longo (um fio metilico isolado, por exemplo) em forma de BOBINA (igual fica a Ii- ‘nba de costura num cattete...) pode- ‘mos obter uma substancial concen traci das linhas'de forca, conseguin- do com isso um campo magnético ‘muito mais intenso! Observe, na fi gura, como as linhas de forga se con- ‘centram no interior da bobinal Vamos ‘a uma analogia simples, para entender por qué isso acorre: se tivermos um fio condutor, com I metro de compri- ‘as uawas De FoRcA sKo: DENTRO 04 BoBINA mento, esticadinho, percorrido por de- terminada corrente (e sabendo que a corrente determina © surgimento do campo magnético em tomo de todo 0 ‘comprimento do fio...) podemos atri- buir um valor arbitrério a0 campo magnético gerado. Vamos dizer que fesse valor Seja “100”. Parece légico admitir que entio, cada centimetro do fio (so 100 centimetros no metro, salvo. disposigées em contririo ou ‘medidas provisdrias”...)gera_ um ;pedago” do campo magnético total, com valor de “I”. Outro eéleulo sim- ples nos diré que ‘'em 10 cm. desse fio, feremos um campo magnético com in- tensidade 10", Se, contudo, enrolar- mos 0 fio todo (I metro, lembram- se..?) em forma de bobina, de modo ue 0 conjunto (ver fig. 3) assuma um comprimento total de apenas 10 cm. campo waenérico S siEORIA 5 OS EFEITOS MAGNETICOS DA CORRENTE ELETRICA, teremos, “mecanicamente”, 1 metro “condensado” om 10 centimetros, no 2.7 Acontece que, nesses 10 cm. te- remos todas 0s 100 em, do metro e, ‘consequentemente, todas as “100 uni ddades" do campo magnético original! Vamos prosseguir nesse raciocinio: agora tems, en 10 cm. (comprimento dda bobina), “100 unidades” de campo ‘magnético, ov seja: a cada centimetro {a dita bobina, teremos “10 unidades” {de campo magnético (e ndo apenas “1 tunidade”, 0 que ocorria quando o fio fstava esticado!). Deu pra entender? Na verdade, em termos totais, NADA GANHAMOS (nem podia ser dife- rente, jf que as Leis da Fisiea determi- rnam que ndo se pode “ganhar™, do na- dda, nenhuma forma de energia..) po- rem a conceatragso promovida pelo ‘enrolamento do fio nos proporcionow tum “ganho localizado”, de modo que ‘mum —determinado ponto, tenhamos ‘muito mais linhas de forca do que ti- ‘nhamos antes... Ainda na fig. 3 em B) temos 0 simbolo (graficamente Sbvio, |j@ que sinaliza claramente um "fio en rolado”..) ulllizado para representar as bobinas (tecnicamente chamadas de INDUTORES - veremos adiante por que...) nos diagramas de circuitos ele- to-eletrénicos. Decorem esse simbo- Jo, que apareceré muitas vezes ao lon- £86 do nosso “Curso ‘SERA QUE NAO DAVA PARA CONCENTRAR AINDA MAIS 0 ‘CAMPO MAGNETICO...? Eo melhor é que a resposta para a pergunta/titulo acima & DA SIM! Sa- hemos agora que enrolando 0 fio condu- tor, podemos “apertar” as linhas de for: «a, obtendo “mais campo por centime: tro”. Esse, entretanto, € um “truque’ aque tem seus préprios limites, quais se- jam: a espessura do fio, © digmetro que determinarmos para a bobina, ct. Felizmente, aqueles mesmos pes- quisadores, pioneiros, malucos/génios (teenicamente falando, a inica diferenga ‘entre um “maluco” ¢ um “genio” & que © primeiro no se deixa fotogeafar com a lingua pra fora... do passado desco- briram uma forma de concentrar ainda mais 0 campo magnético eletricamente gerado, inventando assim 0 ELE- TROIMA! = FIG. 4-A - Sc, no interior da bobina (ig. 3) colocarmos um niicleo de ma- {erial ferroso (normalmente ferro, ou ferro-silicio ou ainda “ferro cera: .co",.), esse material proporciona uma cconcentagio ainda maior das linhas de forga, com 0 que podemos obter um campo “menor em tamanho”, porém ‘muito mais forte, em intensidade loca- lizada! A “quantidade das linhas de forca” continua a mesma, porém clas ficam “téo apertadinhas", que © cam- po magnético medieo num ponto bem préximo a bobina € intensissimo (se comparado com 0 fio “esticado”, ou mesmo com a bobina sem niicleo fer 1080...) FIG, 4-B - O que ocorre € que as li: tnhas de forca, ainda um tanto “disper- sas” numa bobina simples (fig. 3), com nicleo, tendem a formar um campo ‘com as tals linhas sendo por uma das pontas do ni cleo e “recolhidas” pela outra extre- rmidade, fazendo com que, em ponto ‘bem préximo da dita bobina, a quanti- dade de “Linhas por centimetro” seja bastante incrementada! FIG, 4-C Simbolo esquemdtico adota do para as bobinas com niicleo de fer- ro, As duas barras paralelas desenha- das junto a espiral bésica, indicam a presenca do nicleo metilico ferroso, FIG. 4-D - Em tempos relativamente recentes, descobriu-se que poderiam set feitos, industrialmente, nlcleos pa- ra “condensagao" das linhas de forca, tio bons (ou até melhores...) do que os dde material ferrosa “natural”, a partir {de tum composto a base de cerimica © particulas de ferro (material mais leve fe mais barato do que o ferro ¢ simila- res, além de poder facilmente ser m0 dado, usinado ¢ conformado em “i padrées mecinicos © magnéticos, & Vontade...) a0 qual se deu © nome de FERRITE... Dentro do seu rédio, te- levisor, video-cassete, ete., tem “uma pa de bobinas enroladas sobre nii- cleos de ferrite! Para diferenciar a re- presentacéo grifica dessas bobinas, nos diagramas de cireuitos, usa-se 0 simbolo mostrado na figura: as barras paralelas junto a espiral So grafadas ‘em forma tracejada ¢ nao continua, Resumindo: nas figuras 4-A ¢ 4-B_temos as representagdes_ de um ELETROIMA, ou seja, um IMA “gera- do” pelo efeito magnético da corrente (c (que, portanto, apenas “existe” enquanto ‘a corrente “Ié estiver”’..) 'Na natuzeza, contudo, existem os ‘chamados IMAS NATURAIS, minérios ferrosos que jé tem a propricdade do MAGNETISMO (atraem, fisicamente, outros materiais ferrosos..). Existem causas fisicas, geol6gicas ¢ astrondmicas TEORIA 5 - OS EFEITOS MAGNETICOS DA CORRENTE ELETRICA para a ocorréncia de tais materiais (que rio vém a0/'caso, no nosso modesto “Cursinho” te6rico/pritico..). Fot com cesses materiais, encontrados na Nature- za, jf com seu magnetismo natural, que fos. antigos inventaram a BUSSOLA, sem a qual eles “ndo saberiam pra que lado € a Frente”. = FIG. 5 - Um pedaco de material natu- ralmente dotado de magnetismo (imi natural) sempre tende a apontar uma das suas extremidades para determina- da diregio... Iss0 ocorre porque nosso planeta Terra age também como um ‘enorme ima natural (devido a concen tragdo de materiais ferrosos nas cama- das mais interiores e centrais do nosso planetinha... A figura mostra uma epresentagdo da Terra, com seus Po- los Magnéticos NORTE e SUL (eles cestio muito prOximos, porém nio exa- tamente posicionados em coincidéncia com os polos Norte e Sul googrifi- cos... Da mesma forma, um im na~ tural tem seu Polo Magnético NORTE € SUL. Ocorre que, se tivermos dois mas (n0 caso, 0 proprio planeta Terra, mais © pedago de ima natural.) al- guns inleressantesfendmenos” de ATRACAO e REPULSAO se mani- Festam = FIG. 6-A - As extremidades ou polos de “nome diferente” (NORTE com SUL ou vice-versa...) sc ATRAEM (um “quer puxar” 0 outro para perto de st.) - FIG. 6-B - 54 extremidades ou polos de “nome igual” (NORTE com NOR- TE ou SUL com SUL...) se REPE- LEM (um “quer jogar” © outro para Tonge de sf... = FIG. 6-C - Assim, se laminarmos um pedago de imi natural na forma de ‘uma agulha (um losango estrcito © Tongo), ©, pivotarmos tal agulha em tomo de um eixo central bem equili- brado (que permite a agulha um giro livre..), 0 polo sul_ magnético do imi/agulha “procuraré” sempre apon- tar para o polo norte magnético da Terra. E isso (para os poucos que ain- da ndo sabem...) a tal de BUSSOLA. (em a qual os Escoteiros estariam ab- solutamente ferrados.... Recapitulando: se enrolarmos um fio condutor em forma de bobina e apli- carmos corrente elétrica a tal fio, desen- volve-se um campo magnético de certa intensidade (dependente da intensidade da Corrente) em torno da bobina. Pode~ ‘mos concentrar ¢ “polarizar" tal campo pela insercio de um miicleo de ferro no interior do carretel formado pela bobi- na, Esse ntcleo de ferro, enquanto durar 1 passagem da correnie pelo conduior enrolado, torna-se um IMA, de propric- ddades magnéticas_idénticas as apresen- tadas por um IMA NATURAL (encon- trado “pronto”, na Natureza..) A esse ima cletricamente gerado, ‘damos 0 nome (bastante dbvio e I6gico) de ELETROIMA. Para determinar qual € 0 Polo NORTE magnético e 0 SUL magnético desse ELETROIMA, usa-se lum trugue mneménico simples (e anti 0,.) chamado de REGRA DA MAO DIREITA, que permite codificar com facilidade ‘a polardade magnética do ELETROIMA, que depende do sentido no qual a corrente percorre o fio condu- tor enrolado: - FIG. 7 - A “REGRA DA MAO DI- REITA" - Se segurarmos uma bobina com a néssa mo direita (os canhotos podem fazer um esforcinho, mas também di..), de modo que os dedos apontem para o sentido. CONVEN- CIONAL da corrente (do positive pa- 1a 0 negativo, como jé vimos em “Au- las” anteriores... a0 levantarmos 0 polegar, este indicard 0 polo magnéti- 0 NORTE da dita bobina, ow seja: 0 ferro que esta “Ii dentro”, imantado pela corrente, tem seu polo NORTE na posicio indicada pelo polegar do “seguracior”. Observar que, para 0 ‘ruque” dar certo, os dedos devem agarrar a bobina “fazendo 2 mesma curva” que o fio condutor faz, em tor- 1 do nticleo. - FIG. 8- Um ELETROIMA, portanto, comporta-se magneticamente de ma- neira idéntica ade um im natural, com polos de “nome igual” repelin- do-se, € polos de “nome diferente” atraindo-se, Podemos comprovar isso faproximando de uma bissola, tanto tum pedago de ima natural, como um eletroimi: ambos gerargo a mesma de- flexio da agulha (desde que a polari- dade magnética esteja orientada em conformidade). (OS “IMAS ARTIFICIAS” Falamos jé dos IMAS NATU- RAIS (encontrados na Natureza) € dos ELETROIMAS (momentaneamente ‘feitos” a partir das propriedades rmagnéticas da corrente eltrica). Exis- tem, contudo, materais (0 ago € um de- les.) que, embora néo sejam natural- monte magnéticos, podem ser “trans formados”, de forma permanente, em Jima, em tudo semelhantes a0s ims na- tras! Dois métodos bisicos podem ser usados, para transformar wm pedago de ago (Fimow bonito, hem..”) num imi permanente -Friccionando 0 ago (uma agulha de costurar, por exemplo) contra um pe- ddago de’ imi natural, © primeiro “as- sumira” magnetismo induzido pelo se gundo. Mesmo depois de afastados um do outro, o ago continuaré a apresen- tar magnetismo, em tudo semelhante ‘ao mostrado pelo ima natural que Ihe “passou' a propriedade! Se (usando ainda agulha de ago em- pregada no exemplo anterior) enro- Tarmos um fio condutor em torno do ‘ago e fizermos com que, momenta- ‘neamente, tal fio seja submetido a cor- rente létrica de boa intensidade, 0 metal também “assumira"” magnetismo permanente, induzido pelo eletroima! ‘A. explicagdo desses dois “tru ques” & que 0 aco apresenta inimeros “pequenos imis", moleculares, que porém encontram-se “‘desorientados”” fu “bagungados” na sélida estrutura do ‘material, em estado normal... Quando ‘esfregamos o dito cujo a um ima natural forte, ou submetémo-lo a0 campo magnético de um eletroimd, 0s “peque- rhinos ims” existentes na estrutura do ago se orientam ou se ordenam, todos (todos 0s pequenos polos NORTE apontando para uma nica diregio e to- dos os peguenos polos SUL = logica- mente apontando para a outra di- reqio..), com © que 0 material, na sua totalidade, passa a “gir” como um ima natural, embora antes no tivesse tal propriedade. EXPERIENCIAS. FAZENDO UM ELETROIMA Aqui em ABC, um dos lemas € ‘matar a cobra e mostrar 0 pau” ro tem “historia, no: para aprender, também os Leitores/Alunos.tém que “mostrar © paul ou sej: realizar certas coisas e arranjos, para verificar seu fun- cionamento “ao vivo". Vamos, entio, construir um ELETROIMA e realizar algumas elucidativas. experi8ncias com probatérias, para que fique muito. bem fixado 0 que se aprendew até agora, unindo Teoria © Prética na cabeca de cada um.. LISTA DE PEGAS (EXPERIENCIA) © 1 - Parafuso de FERRO (ndo serve aco, lado, bronze, ete), medin- do de 5 a7 em, de comprimen. to, por 0,4 a 0,8 om. de didme- ‘ro (as medidas nfo so muito criticas). Metros de fio de cobre esmal- tado, de n? 28 an? 36, Também gui (devido ao caréter amplo da Experiéncia) nada é muito critico: se o Leitor/ Aluno tiver uum comprimento um pouco menor ou um pouco maior do {que os 8 metros recomendados, tudo bem. Também se 0 nime- ro AWG do fio for 26 ou 38, ainda assim a “coisa” vai fun- ‘© 1 - Suporte p/ 4 pithas pequenas. DIVERSOS/OPCIONAIS © - Cola de epoxy, cianoacrilato ou otras (apenas para fixagdo da bobina do eletroimd). ¢.4-- Pilhas pequenas. “FIG. 9-A ~ Parafuso que sera usado como nicleo do nosso eletroims. Em= bora a figura mostre um de “‘cabeca redonda”, com fenda, ¢ dotado de ros- ca parcial, nada obsta, naturalmente, {que se use um de cabeca sextavada ou ‘quadrada, sem fenda, com rosca total, cle. O que interessa mesmo sao as di- _mensbes gerais ¢ 0 material (ferro) FIG. 9-B - Procurando ocupar cerca de 3 cm. na parte central do parafu- so/nticlea, os 8 metros de fio de cobre esmaltade devem ser enrolados, fir- _memente, com espiras bem juntas, uma sobre a outra (sem muita preocupagso “estética™..) FIG. 9-C - Depois de acomodado to- do 0 comprimento do fio no enrola- mento, convém aplicar alguns filetes de cola ao longo da bobina, de modo a fixar bem as espiras (evitando que 0 fio se desenrole © a bobina se desman- che... Deixar "sobrando”, em cada extremidade do fio, de 10 15 em. pa- ra futuras conexées. Outra providén- cia IMPORTANTE: cerca de 2 cm. da camada de esmalte em cada uma das ppontas do fio devem ser removidos (raspando-se com um estilete, faca ou {qualquer outra ferramenta,afiada), Se fesse esmalte (isolante) nao for retira- do, no sera posstvel fazer as ligacdes ‘létricas & bobina SEQUENCIA FIG. 10-A_- Uma vez concluido 0 nosso ELETROIMA, interligue-o a lum suporte contendo 4 pilhas peque- nas, intercalando, num dos fios (nao importa qual, no caso...) um interrup- tor de pressio (push-button), confor- ‘me mostra a. figura. Pressionando bre- ‘vemente 0 “bolo” do interruptor (es- te € uma chave que apenas fica ‘liga da” ou “fechada” enquanto 0 dedo do operador mantiver a pressio sobre 0 “botio”..), a corrente fornecida pelas pilhas circulard pela bobina, magneti- ‘zando 0 niicleo (parafuso de ferro). E. {cil comprovar a “'recém criada” pro- priedade magnética do nicleo (parafu- 0), bastando aproximar de uma de suas extremidades, pregos ou alfinen- tes de Ferro ou outro material ferroso. Estes serdo fortemente atraidos. pelo ‘nosso eletroima! Liberando-se 0 botio do. interruptor, cessa a corrente através da bobina © deixa de exist a forga magnética que atraia 0s pregos ‘ou alfinetes. Comprave. FIG. 10-B - Disgrama esquemitico do arranjo experimental da figura an- terior (10-A). © simbolo das_pilhas ns j aprendemos em ““Aulas” ante

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