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Santa Jeresinha do Menino Sesus Santa Teresinba do Menino Sesus ‘exto Marie Baudouin-Croix Andrée Bienfait Tradugao Pe. Fausto Santa Catarina EDITORA SALESIANA DOM BOSCO Sao Paulo 1998 Titulo original Sainte Thérése de Lisieux © Editions du Signe - 1998 B.P. 94 - 67038 Strasbourg Cedex 2 - Franca ISBN 2-87718-738-1 Todos os direitos reservados Reproducao proibida Texto Marie Baudouin-Croix Tlustragdes Andrée Bienfait Diagramagéo La 7e HEURE Tradugao Pe. Fausto Santa Catarina © 1998 Editora Salesiana Dom Bosco, Brasil Rua Dom Bosco, 441 — CEP 03105-020 - Sao Paulo - SP Fone (01.1) 277-3211 — Fax (011) 279-0329 - Telex (011) 32431 ESPS BR Email: sdbmooca@salesianos.org.br Home page: http:/www.salesianos.org.br Impresso na Espanha por Beta-Editorial $/A~ Barcelona Editora Salesiana DOM BOSCO Santa Teresinha do INenino Sesus O Brasil recebeu com comovida alegria a urna que contém os restos mortais de Santa Teresinha. Com ela, uma linda mensagem, a mensagem do Amor. Na gloria de Deus, Teresinha, que nao quer des- cansar “enquanto houver almas a salvar”, continua a fazer o bem. Interessa-lhe anunciar o Evangelho do amor misericordioso de Deus. Admirava 0 apostolo, o profeta, o doutor, o sacer- dote, o missionario, o martir: No afa de ser todos eles, descobriu no amor a sua vocagao. Viveu-o intensamente, até o Ultimo respiro. Suas der- deiras palavras foram: “Meu Deus, ... eu vos Dl”. mos conhecer, em poucas linhas, a santidade, simples quao extraordinaria, da santa carmeli- . Serao um convite a aprofundaé-la na leitura de is escritos, verdadeira explosao de espirituali- le. Em cada pagina, uma licgao de vida para joS oS tempos: a santidade ao alcance de todos. hando sua pequena via. Criancinhas descansan- confiantes nos bracos amorosos do Pai. P. Fausto Santa Catarina ho certeza de que vocé ja ouviu falar de Santa esa do Menino Jesus. E conhecida também como resa de Lisieux, embora tenha nascido em Alencon, yutra cidade da bela Normandia. Quer conhecé-la? Pois vou contar-lhe a vida dessa 2 srande santa, que foi, como vocé, uma crian¢a alegre » generosa. Foi bem curta sua vida na terra! O nené, lindo “botao de rosa” que desabrocha no inicio de um ano, 2 de janeiro de 1873, vai tornar- se uma flor maravilhosa, que Deus colhera numa tarde de outono — ha pouco mais de cem anos — no dia 30 de setembro de 1897. Contava apenas 24 anos! O pai, Luis Martin, é dono de uma relojoaria-bijuteria, a mae, Zélia Martin, habilidosa rendeira. Pouco depois, o sr. Martin vende a loja para dedicarse ao negocio de sua mulher, que abriu uma fabrica de ren- das. O nascimento de Teresa provoca uma explosao de ! alegria entre as irmas mais velhas: Maria, Paulina, Le6nia e Celina. As quatro se inclinam sobre o bergo da cagulinha, que bem depressa conquista toda a familia com seu sorriso. Dois meses apés seu nascimento, Teresa foi confiada a uma ama, chamada Rosa, que morava nos arre- dores de Alencon, porque a senhora Martin, esgota- _ da, nao podia amamenta-la. Passado um ano, voltou 'definitivamente, para a grande felicidade de toda a familia, com as bochechas coloridas pelo ar tonifi- cante da campanha normanda. 9 | O pai, que chama Teresa de “minha pequena rainha”, instala um balango no jardim, e Teresinha, “a peque- nina flor”, diverte-se a mais nao poder, fazendo todos rirem gostosamente. (Juando a senhora Martin escreve as filhas mais ve- has, alunas de um internato, conta-lhes os minimos estos e palavras de sua “pequena travessa”, que enche casa com explos6es de alegria, mas algumas vezes ibém com choros e zangas. Entao a mae se abor- “ece e repreende-a. Pouco a pouco, Teresinha com- weende que deve agradar a Jesus, como Ihe ensinam. familia. 1. _ Numa tarde de domingo, a familia vai a igreja. Teresa, cansada apos longo passeio, deve ficar em casa. Pde- se a chorar, porque quer “sua missa”, e escapa, sozi- nha, para ir a igreja, apesar da chuva. E preciso vé-la — diz a mae — rezar “como um anjo”. E se mantém surpreendentemente quieta quando acompanha toda a familia 4 missa. 12 Teresa gosta muito de toda a familia. Quando sobe a escada para o andar superior, grita a cada degrau: “Mamae! Mamae!”. Tantos degraus quantos “Mamae!”. Se a senhora Martin nao responde: “Sim, filhinha!”, } Teresa nao se move do lugar, esperando a voz mater- f na. Faz assim também com Jesus, a quem chama em seu coragao. | Um dia, LeOnia, julgando-se grande demais para alguns __ Desse gesto da infancia Teresa se lembrara mais tarde. brinquedos, pde sua boneca numa cesta cheia de As palavras resumem bem sua vida. Gostava de dizer vestidos, cintos e lindos retalhos destinados a fazer a Deus: “Eu escolho tudo o que quiserdes!”. Sim, outros, para que as irmés menores aproveitem. Teresa desde a infancia Teresa nao quer negar nada a Jesus. estende a mao para a cesta e diz: “Eu escolho tudo”. Sabe que Jesus nao negou nada a seu Pai que esta no Céu. Tao grande felicidade nao ia durar muito, porque a mae, debilitada pela doenga, morre em agosto de 1877. As cinco filhas ficam desamparadas. Teresa, de apenas quatro anos, lanca-se nos bracos de Paulina, que se torna para ela sua “segunda mae”. Mas é facil prever que a vida de Teresa iria mudar muito, porque ninguém substitui verdadeiramente uma mae. Teresinha, verdadeiro “raio de sol” da familia Martin, escrevera mais tarde: “Aprouve a Nosso Senhor cercar- me de amor, durante toda a minha vida. Minhas pri- meiras lembrancas est&o impregnadas de sorrisos e das mais ternas caricias... Assim eu amava muito papai e mame, e lhes testemunhava meu carinho de mil maneiras, pois era muito expansiva”. 18 Em novembro de 1877, toda a familia deixa Alencon e muda-se para Lisieux. Moram af 0 tio e a tia Guérin com suas duas filhas, Joana de nove anos e Maria de sete. E ai esta Teresa brincando e correndo com Celina e as primas no espacgoso jardim dos “Buissonnets”, encantadora residéncia construida numa colina de Lisieux. Em janeiro de 1878, Leonia e Celina entram como m dia, o senhor Martin presenteia Teresa com semi-internas no colégio Notre-Dame du Pré, onde ja horrinho. Ela dé-lhe o nome de Tom. O gracio: se acham as duas primas. Teresa fica sozinha em imal torna-se seu companheiro e participa de seus casa com Paulina, que lhe da aula. rinquedos. O pai, quando pode, junta-se a eles. stam de caminhar de maos dadas e de entrar numa E festa quando o senhor Martin leva sua “pequena rainha” & margem dum regato para pescar. Ai, Teresa, sensivel ao siléncio, pensa em Jesus. Medita sobre o amor que a cerca, ante 0 belo céu e todas as coisas bonitas que Deus criou. Apos o jantar, o pai e as cinco filhas continuam na sala de jantar. Que momento feliz! As partidas de dama sao animadas. Cantam, contam historias, reci- tam poemas, riem gostosamente. A reuniao termina com uma oracao diante da estatua da Virgem. Em 1881, Teresa entra pela primeira vez no colégio om Celina. Sofre ai os citimes das outras alunas porque, bem instruida por Paulina, sai-se bem em todas as matérias, embora seja a mais jovem de sua classe. Tanto assim que dira mais tarde: “Os cinco OS que passei no colégio foram os mais tristes de minha vida”. Vocé também saboreia, sem divida, esses momentos de alegria quando se pode falar e rir 4 vontade! 26 27 Um ano mais tarde, Teresa cai doente por causa de i um outro desgosto. Paulina, verdadeira “maezinha” ! para ela, deixa a casa a fim de entrar para o Carmelo de Lisieux. Foi um grande choque para Teresa. Sofre dores de cabega e desmaios. A familia preocupa-se muito. No dia de Pentecostes de 1883 — ela tem 10 anos -, sorri-lhe a estatua da Virgem, que estava ao lado de sua cama, e — milagre! — Teresa é curada. 28 Teresinha lembra: “De repente, a Santissima Virgem areceu-me bela, tao bonita como jamais vira algo emelhante; seu rosto respirava uma bondade e uma jernura inefavel, porém o que me penetrou até o fundo da alma foi 0 sorriso encantador da Santissima irgem. Entéo desvaneceram-se todas as minhas 29

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