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TEXTOS Uma visao winnicottiana da perversdo: os caminhos da dissociagéo em Massud Khan- Flévio Carvaiho Feroz De Freud a Melanie Klein e a Winnicott, 0 conceito de dissociagdo é aqui examinado para compreender a concepgio de Massud Khan a respeito da perversdo: pois seu trabalho traz incidéncias clinicas bastante sugestivas. assud Khan, um nobre indiano formado psicanalista pela Sociedade Britanica de Psicandlise, foi talvez 0 discipulo ¢ co- laborador mais préximo de Winnicott Deixou uma obra escrita consideravel, na qual buscou utilizar 0 referencial winnicottiano aplicando-o @ situa- es clinicas bastante complexas. Foi assim que ele se dedicou, por muitos anos, ao estudo das perversoes, procurando compreendé-las a partir das formulagoes tericas de seu mestre € inspirador. ‘A extensio de suas investigagdes sobre a perver- io, especificamente, € comparavel a de poucos auto- res da literatura psicanalitica. E, no que toca & sua im- portincia te6rica e clinica, em minha opiniao, seu tra- balho € impar. Se Winnicott legou uma metapsicologia propria e uma clinica absolutamente original, Masud Khan foi o principal autor de sua escola a aplicé-la a0 fenémeno da perversio, fundamentando suas idéias no sistema winnicottiano, mas também buscando 0 apoio te6rico lateral em autores que deixaram importantes contribuigdes ao estudo da perversio, como W. H. Gillespie’, E. Glover’, P. Greenacre? e R. J. Stoller’ ‘Meu objetivo, neste trabalho, € o de tracar u para, 5 FlévioCarvaiho Feraz 6 pscanalsia, ebro do Dopatamento de Picasso fo Ireiuto Sedos Sapte: autor dos Ios Pervarsao (Sao Paul: Casa do Paicslogo, 2000) = Narmapaa:sobreadptaricepseutonormaldad (Sa0 Pau: {asa do Pelcsogo, 2002), ene outos. Este argo 6 parte de un tbao do '-ccutoramento realizado no Nusleo de Psiandlise do Programs de Estudos Pe Graduaaos em Pacologa Gren da PUCISR, com apolo aa Fundarzo do ‘Amparo Pesqulsa do Estado do Sto Pao (Fapesp) cual agra; agrade Ptanbém 2 nate Mezan, poo acohimentn na PUCISR. Pereurso n° 29 - 272002 TEXTOS Ao final, farei alguns comentarios a respeito da incidéncia do trabalho de Masud Khan sobre a clinica da pervers Breve panorama das idéias de Masud Khan sobre a perversio ¥ particularmente no livro Alie- nacdo nas perversbes que Masud Khan apresenta o resultado de mais, de vinte anos de trabalho intenso sobre este tema. Logo no pequeno prefiicio desta obra, encontramos uma interessante aproximagio de Freud com Marx, seguida da afir- macio de que ambos determinaram © destino do século XX ao diagnos- livro: “o perverso coloca um objeto impessoal entre seu desejo € seu ‘cuimplice: este objeto pode ser uma fantasia estereotipada, um artificio ‘ou uma imagem pornogrifica. Os trés 0 alienam de si mesmo, assim ‘como, desafortunadamente, do ob- jeto de seu desejo”. f relacionada a0 Em seu livro, Khan vai montan- do cuidadosamente um panorama © perverso coloca um objeto impessoal entre seu desejo € seu cimplice: este objeto pode ser uma fantasia estereotipada, um artificio ou uma imagem porogrifica. Os trés 0 alienam de si mesmo, assim como, desafortunadamente, do objeto de seu desejo". ticarem a doenga das culturas oci- dentais judaico-crista lando énfase ao fendmeno da alienagao que ele resume € an- tecipa o argumento basico de seu das caracteristicas gerais do perver- so, de sua sexualidade e de sua for- ‘ma peculiar de relacionar-se com os objetos. Vejamos a seguir algumas de suas conclusdes. roveniente da perverso, muito mais, 80 te dita. Neste sentido, a utilizacio. Este objeto nao €, pouco, investido da imagem ideali- zada do proprio self idealizado do reparador em relacio 20 outro, vi- vem de maneira idealizada aquele contato e, depois, separam-se sem maiores conseqtiéncias traumatica sentem-se gratificados por terem compartilhado uma experiencia ex- clusiva, da qual todos os outros es- Wo excluidos técnica de intimicade permi- te 0 estabelecimento de uma ‘montagem tuacio fingida implica este aparen- . parao te paradoxo. A Ss poucas ¢ auténticas capacidades cri- ativas do perverso. A submissio ogica das intimidades corporais exi- ge a suspensio da culpa € da ver- ‘gona, forjando uma situacao ideali- zadla e temporiiria de extrema inten- sidade orgistica e de rentincia as identidades € aos limites de cada tum, A intimidade criada nestas re- aces seria “uma especie dé auito- erotismo a dois, isto é, uma repro- dugio de priticas masturbatérias ‘com vista a compensar a insuf ia dos cuidadlos matemos. © modo de contato perseguido, eminente- mente corporal, @ssemelhaese, por tanto, a uma comunicagao arcaica pré-verbal. O papel extremado da sensorialicade cutanea na trang lizago buscada através das relagbes erversas nao passou despercebido a'um autor como Jorge L. Ahumada, que observou que “os muitas vezes intensos fendmenos prazerosos dos atos perversos se do nesta area simbidtica, onde os fendmenos fusionais de sensorialidade cutanea desempenham um papel proemi- nente” Apesar disto tudo, a montagem esta destinada ao fracasso, ja que 0 perverso nao pode entregar-se, de fato, 2 experiéncia, mantendo-se no controle da situacio através do em- prego macigo do mecanismo da dissociacao e da manipulacio do ego. A situagao intima 56 pode acon tecer porque ele tem a garantia de no estar genuinamente envolvido Mas, por outro taco, seu fracasso inevitavel impulsiona-o infinita Tepetiio da cena, donde, mais uma vez, pode-se depreender 0 seu ca- riter compulsivo. Recorrendo a Winnicott, Khan formula a hipstese de que 0 Objeto do perverso tem 0 valor de objeto inansicional, pois, devido 3 sua posicio a obedecer, ele pode ser criado ou inventado, manipulado, submetido a abusos, destruido, des- cartado, idealizado, tratado com ter- nura etc. Assim procedendo em re- lagao a este objeto, 0 perverso bus ca curar-se de sua falta de in- TEBRIGAG EBOIEA) resultante das fa- Thas nos cuidados maternos que implica, por conseguinte, uma fa- tha na transicionalidade. Estas consideraces nos fazem pensar no status do objeto para 0 perverso. Se ina psicose a realidade objetiva do objeto extemo € nega- da em todas as suas dimensdes, na truturas de personalidade em que 0 agir sobrepuja 0 pensar, como tam- bem fazem, alids, outros autores ‘pos-freudianos, nosso autor enume- ra as fungdes que este modo de fun- cionamento cumpre/ iia perversio, Basicamente, 6 aeting-out permite a0 ego reverter uma dificuldade intra-psiquica, projetando a tens IR a Winnicott, Khan formula a hipdtese de que o objeto do perverso tem 0 valor de objeto transicional, pois, devido & sua disposicao a obedecer, ele pode ser criado ou inventado, manipulado, submetido a abusos, destruido, descartado, idealizado, tratado com ternura etc. perversio o objeto ocupa uma po- sigao intermediaria: no pertence a0 self, mas € subjetivo; é registrado € aceito como separado, mas € trata- do como se tivesse sido criaddo sub- jetivamente. Para melhor explicitar a natu- reza do funcionamento mental do perverso, Khan langa mao do con- ceito freudiano de acting-out, Con- tudo, nao se limita ao emprego que Freud fazia desta nocio, que concemia a resisténcia do paciente contra a rememoragao no processo analitico. Pensando no acting-out como caracteristica do funciona- mento mental peculiar a certas es- 81 provocada pela necessidade sobre luma outra pessoa. Se o ego luta conta a entrega passiva, a projecto permite-Ihe sentit 0 dominio ativo do impulso e do objeto, 0 que the proporciona alivio. © acting-out assume, também, © papel de propiciador da execu- clo de atos reparatérios endereca- dos ao objeto real, jé que, como decorréncia das perturbagdes pato- ogicas nas relagdes mie-bebé pre~ coces, 0 perverso vive um estado de impoténcia diante de suas ten- déncias reparadoras criativas. Os impulsos sadicos e agressivos, que podem ser sentidos como incon- TEXTOS troliveis, so, assim, neutralizados através da libidinizacio que ocorre na montagem da intimidade, O acting-out permite a perverso, enfim, éStabelecer uma comunica- ho, ainda que rudimentar e falsea- da, com um objeto real, 0 que ja € ‘uma experiéncia importante diante do quadro aterrador de seu isola- mento afetivo, sua caréneia de con- tatos significativos, sua solidao e seu enclausuramento narcisico. (© perverso earacteriza'88 por ‘uma @spécie de"arrogincia que de- corre de sua negacio da necessida- de de dependéncia passiva. Assim, ‘ele patieee, 2 seus proprios olhos 0s dos outros, Sef uma pessoa dis> posta a atender as necessidades alheias, Por isso, suas relagdes soci ais podem parecer adequadlas e, por No que toca ao papel das figu- ras fundamentais no desenvolvimen- to do futuro perverso/ 6) pai seria alguém que, embora se ache presen- te na experiéncia familiar da crian- a, nao chega a ser registrado como pessoa ou presenca significativa. A mae, por sua vez, tende a proporcio- nar ao bebé intensos cuidados cor- , mas de forma impessoal por parte dela, uma inca- pacidade de administrar doses de experiéncia vital adequadas a fase em que a crianga se encontra. Ela tenderia a tratar seu filho como se este fosse mais maduro do que na verdade é, 0 que provoca um de- senvolvimento egdico precoce, por ‘um lado, mas, por outro, estimula a ‘manutencao de um vinculo primiti- vo do tipo auto-erdtico com ela A mae tenderia a tratar seu filho como se este fosse mais maduro do que na verdade é, © que provoca um desenvolvimento egoico precoce. vezes, significativas para as pessoas com quem convive. A ilusio de ter estabelecido boas relagdes € 0 s timento de aprovacao dai decorren- te slo fundamentais & manutenglo de sua auto-estinna fomentando a expectativa constan- te de receber dela satisfacio e, atra- vés dela, obter prazer. Esta situagio Precoce ja constitui o protstipo da- quilo que o perverso vai buscar nas suas experiéncias erdticas ulteriores, 82 quando ¢OISCaralem |prAtICAyENtao, a sua “singular habilidade para sus- citar do objeto sexual uma resposta maternal que se ajuste voluntaria- ‘mente a seus impulsos e demandas pré-genitais”. ‘A mie do perverso, tendo um baixo grau de tolerincia ante a frus- tracdo de seu filho, permite-lhe um infantilismo nas experiéncias corpo- rais libidinais incongruente com o desenvolvimento das fungdes eg6i- cas que dele exige, Além cio mais, a instabilidade da mae, que tende a alternar exigéncias traumatizant com atitudes excessivamente indu gentes, favorece a dissociacio egoi- cae dificulta 0 desenvolvimento emocional, 0 que contribui para o engendramento de um adulto com tracos infantis de personalidade: ‘Nao € exagerado inferir que a/¢one duta destas mes é, a um s6 tempo, raumatizante e sedutora. Freud en- fatizou no principio © descartou mais tarde 0 papel que desempe- nharia a seducdo sexual real da cri- anga na etiologia da histeria. Sobre a base do material que obtive du- ante 0 tratamento destes pacientes (perversos), pareceria que a teoria a seducao real, 8 medida que cria uma aguda dissociagao egoica, nao é, no final das contas, tio falsa”: Por fim, cabe lembrar a contr- buigao teérica de Masud Khan a questio do estatuto do fetiche. A partir de um caso clinico minucio- samente relatado, © autor demons- tra como o objeto fetichista inspira, simultaneamente, afeto e hostilida- de ¢, além disso, reveste-se de um valor ilus6rio que alimenta a espe- tanga de que nem tudo esti perdi- do pata Sempre, ou seja, funciona ‘como um meio de defesa contra a psicose, a depressio, a apatia ea dlesesperanga ‘© caso linico por ele relatado € 0 de um paciente homosexual que apresentava uma fixaglo exa- cerbada pelo prepticio dos parcei- ros com quem se relacionava. Bus- ‘cava sempre parceiros jovens e com eles mantinha relagdes que obede- ciam a um rigido e complicado ce- rimonial que envolvia a felago © culminava com a degluticao do sé men. Analisando detidamente os passos do ritual executado pelo paciente, Khan vai elucidando o jogo de identificagdes cruzadas que se desenrola na telaglio e que re- ‘monta, em tltima instncia, 2 ence- nagio dos jogos eréticos precoces entre © bebé e sua mae. Ora 0 jo- vem parceiro excitado representa~ va a mie e 0 proprio self excitado do paciente. Ao final, no momento da degluticao do sémen, era o paci- ente que se transformava no bebé que se alimentava do pénis-seio excitado do jovem parceiro, que assumia claramente o papel da mae. ‘Ao sémen que engolia, o paciente atribuia propriedades magicas € poderes revigorantes, como se aquele liquido ingerido contivesse a propria esséncia do vigor ¢ da beleza do jovem parceiro. Estes dados clinicos nos convi- dam a uma reflexao sobre o estat to do fetiche nos termos com que Freud’ 0 definiu em seu artigo so- bre o fetichismo. Afinal, parece ha- ver, no caso do paciente de Khan, tum nivel de regressa0 maior do que no fetiche heterossexual descrito por Freud. O tamente, A trajet6ria do conceito de dissoctacao Masud Khan desenvolve suas idéias dentro de um paradigma te6- rico winnicottiano que, embora tam- bém seja eminentemente psicanal tico, apartou-se da metapsicologia freudiana; ou, mais propriamente, da metapsicologia Kleiniana, jf esta cologia que, embora propria, 56 pOde vira existir como corolatrio das transformagdes tedricas operadas por Melanie Klein no arcabouco da Psicologia do desenvolvimento de A dissociacio, no estrito senso freudiano, é, grosso modo, resultado do mecanismo da recusa (Verleugnung) relacionada a angtistia de castraczio em um contexto edipico. apartada daquela de Freud em con- cepgdes importantes acerca do de- senvolvimento psico-sexual da cri- anga. Por estas razdes, € certo que, a falar especificamente da sua con- cepgao de perversio, estamos ape- nas cuidando de um detalhe dentro de um todo maior, que vem a ser a propria diferenca entre o paradigma psicanalitico freudiano ¢ 0 para- digma psicanalitico winnicottiano. E, Freud. Podemos, ainda, situar a obra de Karl Abraham como intermedia nia entre Freud e Klein. Z. Loparic & um autor que bus- cou elucidar a mudanga de para- digma psicanalitico operada por Winnicott. Para ele, existe uma psi- ise tradicional, na qual situar- uum leque mais que abrangente de autores ~ Freud, M. Klein, Lacan e Bion -, 2 qual se opde uma psica- nilise winicottiana, visto que, em sua opiniao, apenas Winnicott mo- dificou suficientemente as bases epistemolégicas da psicanilise a ponto de fundar um verdadeito € novo paradigma cientifico, no sen- tido que Khun! empresta a esta TEXTOS expresso. Se 0 oparic levanta ainda outras diferen- cas entre a teoria psicanalitica tra- dicional e a winnicottiana para de- monstrar sua tese de que se justfi- a falar em mudanga de paradigm Ente tais diferenca: Sertamente isto € da acordo com a to, levantando quatro demonstr tivos da centralidade d Senne tapes com o paradigma da psicandlise freudiana, ele o fez através da trilha aberta por Melanie Klein, € nao por outra via qualquer. ‘maior importincia para nossa refle- xio sobre a perversio em Masud Khan, pois ai se encontra o cere de toda a diferenca que verificare- ‘mos existir entre sua abordagem e a abordagem estritamente freudiana. plexo; 3. ele € 0 (elanie Klein, autora funda- ‘mental para Winnicott, em quem ele se baseia até um determinado pon- 84 to de sua obra (como, por exem: plo, na utilizacao da nogao de posi- a0 depressiva), procurou fazer rearticulagdes € revises do para- digma freudiano para encontrar res- postas as suas questoes fundamen tais, que diziam respeito a estru- turaco e ao funcionamento do apa- relho psiquico infantil. Notando sen- timentos de agressividacle nas fast pré-edipicas, Klein busca explica-los sem sair do paradigma freudiano, como argumenta Loparic™. Ela 0 faz sem questionar 0 papel central do conflito edipico, resolvendo 0 pro- blema metapsicolégico através da suposicao da existéncia de um Edipo precoce. OLICO a PoUuco, este autor foi se distanciando das expli- ‘cacdes kleinianas para questoes fun- damentais para a sua pritica de ana- lista de criangas, pois ele nao julga vva que a teoria de um Edipo preco- ce pudesse responder aos proble- ‘mas centrais com que se deparava Um fato, no entanto, é eviclen- te: se Winnicott rompeu com o paradigma da psicandlise freudiana, ele o fez através da witha aberta por Melanie Klein, € no por outra via qualquer. Tomo aqui a radicalidade das proposicdes de Loparic para fa lar das diferencas epistemol6gicas da obra de Winnicott em rela Freud e Klein, lembrando que, no entanto, seu ponto de vista é pole. mico no meio psicanalitico. Hi quem busque aproximagées entre Winnicott € Freud em um ponto fundamental, que € 0 proprio con- ceito de dissociacao, distancian- do-o, assim, de Melanie Klein" & hha quem discorde de Loparic quan- to radicalidade da sua ideia de uma mudanga de paradigma, argumen- tando que as criticas de Winnicott a Klein teriam seu fundamento na pré- pria teoria kleiniana"*, de forma que ele seria uma espécie de kleiniano reformista, mas, ainda assim, kleiniano. Sintetizando a opiniao de Lopa- ric sobre a mudanga de paradigma pespetnla por QEEED pecs nilise, cito-o textualmente: “no de- correr do tempo, Winnicott acabou efetuando uma mucanga radical tan- to na clinica como na teoria psica- naliticas, mudanga esta que pode ser chamada, para usar um termo de eu)” Qual seria, entio, o estatuto do conceito de dissociacéo do ego em meio & problemitica das diferen- ‘gas te6ricas entre o sistema freudia- no e o sistema winnicottiano? Tra- ta-se de questio relevante, visto que € em tomo dela que vao se situar visdes diversas da natureza da per- versio GEIRFEHA) fica suficien- temente claro que (tal como se observa no exem- lo do fetichismo dominio da inovagao winnicottia- na e afirmar que ela € tibutaria das formulagdes kleinianas, mui- to embora tenham delas se afasta- do, constituindo-se, verdadeiramen- te, em uma prop original e, em certos pontos, até mesmo ‘posta & matriz. a partir da qual foi gerada Vejamos argumento desta forma. rung) pés-edipico e remetido a0 desfecho deste complexo, em opo- siglo, portanto, a rentincia e ao re~ calque tipicos das solugdes neurd- ticas para 0 mesmo complexo), & caatalncnte: Manic Tact (CeBIT rim, podem sex exe ‘mamente importantes, em todos os processos esquizofrénicos, a ansic- dade primaria de ser aniquilado por ‘uma forca destrutiva interna e a res- posta especifica do ego: estilhacar- se ou cindirse”” , este fendmeno da -m Ultima instancia, para ela revelado especialmente nos im- 6 Se cee precoce cinde de forma ativa co objeto e a relagao com ele estabelecida, disso podendo resultar divisao ativa do proprio ego. De qualquer forma, resulta da cisto uma dispersio do impulso destrutivo.” (Melanie Klein) felanie Klein, em seu célebre trabalho Notas sobre alguns meca~ nismos esquizoides, descreve fend- menos esquizGides de dissociacao do ego € dos objetos. Vejamos como ‘Segundo supomos, la argumenta: 85. pulsos siclico-orais vergéncia

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