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Fernando Belo LINGUAGEM E FILOSOFIA Algumas questées para hoje IMPRENSA NACIONAL- CASA DA MOEDA (93t IMPRENSA NACIONAL- CASA DA MOEDA ee eeeere_r— Estudos Gerais / Serie Universitaria -se bem na tenaz resisténcia que o marxismo ofereceu psicandlise ¢ a conceito de inconsciente, percebido como regresso a0 pecado original, Org Freud estava justamente analisando a outra vertente das estruturas socia onde os «sujeitos humanos» se estruturam para poderem vir a Preenchey © papel de actores sociais. Onde Marx comecou a pensar 0 modo de Prody. ¢io, Freud comecou a pensar 0 modo de reprodugdo (cf. adiante § 54), também ele, alids, cego & dimensdo social que Marx analisara, incapaz de situar 0 «principio de realidade» no social-histérico ¢ deixando-o a thy, tuar num «natural» simples ¢ indubitavel (cf. Castoriadis, 1975 a, 420-421), E certo que tanto Marx como Freud encontravam este imaginario, indivi. dual ¢ social, recobertos massivamente pela religio e pela metafsica, a quisermos situar as suas respectivas textualidades na historia, Encoberto embora por uma incompleta teorizacdo da ideologia, comp atrds se referiu, resta, no entanto, que 0 marxismo representa 0 moment filosoficamente decisivo em que os discursos sao reconhecidos como Pro. dutos histéricos, ndo analisdveis sem a sua «articulacdo» (determinagag ¢ indetermina¢o ou autonomia) as praticas sociais e as suas estrutura. ses em aparelhos (econdmicos, politicos, ideol6gicos), onde se jogam con- Mlitos de classe ¢ suas inevitdveis contradigées: a fecundidade (parcial, ‘como tudo na vida) dessa concepeao nos estudos modernos de historia ngo pre- cisa de demonstracdo. 36 — Nietzsche: a afirmacao da alteridade O grande texto filoséfico que nos restituiu um Nietzsche moderno, para além das desfiguragdes macabras que o nazismo Ihe impés, é de Gilles Deleuze, Nietzsche et la philosophie, para o qual remetemos o leitor, limitando-nos aqui a dar uma espécie de digest que fui buscar a um texto meu anterior que nunca completei, pedindo desculpa ao leitor de nao me ter sido possivel adapta-lo suficientemente ao curso deste texto. Nietzsche é ainda hoje considerado frequentemente, nos meios comuns da gente culta, mormente de esquerda, como um irracionalista que mere- ceu bem a loucura (nao o utilizaram os nazis para a sua ideologia ignd- bil?) ou, hipétese mais amigdvel, como o grande poeta do Zaratustra, que em filosofia nao merece consideracao: a sua linguagem nao é acintosa- mente metaforica? Nao o viu assim um Heidegger, que, desdenhoso de um Marx, de um Freud ou das linguisticas suas contemporaneas, consa- grou uma parte importante da sua obra ao filésofo vagabundo da segunda metade do século passado. 208 Trés entradas, relacionadas entre elas e ndo hierarquiz4veis, me pare- cem possiveis para a sua abordagem: a) Nietzsche é um filésofo da afirmagdo da diferenca (da alteridade no sentido de Castoriadis, 1975 a, 262 e segs.) «. Contra as filosofias da substdncia, da esséncia, do mesmo, do cosmos, Nietzsche afirma 0 caos, 0 jogo, como positivos e inocentes. Antes de mais, hd o muiltiplo, a dife- renga entre um ¢ outro, irredutivel a qualquer «unidade» anterior (divina, essencial, ideal). Ha 0 devir (chronos e ciclo), a diferenca consigo, irredu- tivel a qualquer «ser» anterior, a qualquer sujeito ou objecto, homem ou coisa. Hd 0 acaso, a diferenca entre todos, irredutivel a qualquer «neces- sidade» (causalidade, determinagao) anterior (predestinacdo, sentido da his- toria). Tudo sao diferencas, caos e jogo de diferencas: «nada existe fora do todo», do todo da multiplicidade, do devir e do acaso das diferengas, mas «o todo nio existe», que é necessario esmigalhar o universo, perder 0 respeito do todo. O todo é esmigalhado de diferengas. $6 num segundo, Jongo ¢ lento, tempo, se vird a afirmar a unidade do miltiplo, o ser do devir, a necessidade do acaso: a entre todas enigmatica figura do eterno retorno. Esta segunda afirmacao, do revir das diferencas, nfo anula a exi- gencia da afirmacao primeira: o eterno retorno & o ser da diferenca enquanto tal. O niilismo nao sera sendo a organizacio da negacio das diferencas (capital, estado, igrejas, filosofias da razdo, etc.) sob o impé- rio(alismo) do um, do ser, da necessidade. Cada qual, & sua maneira, orga- nizard a ficgéo de um mundo transcendente, supra-sensivel, lugar donde as diferengas seréo medidas pela lei, reguladas, anuladas na identidade na nao contradigao. O niilismo é um mecanismo de negagao da vida, do seu jogo, do seu excesso, da sua intensidade. Tem como emblema 0 uni- forme. b) A filosofia da linguagem de Nietzsche, a que ja aludi no cap. I, insiste na afirmacdo do cardcter metaférico da palavra, do signo enquanto denominac&o. Enquanto discurso, fala, a linguagem ¢ actividade inven- tiva, singular, tinica, irrepetivel, € jogo. Assim a inventividade da poesia, das ciéncias ou filosofias que inauguram, do amor. E um movimento j4 do niilismo aquele que fixa os nomes as coisas, cria os conceitos como negacdo do cardcter metaférico de toda a designacdo. Quando se repete «folhay para uma segunda folha, perdem-se as diferencas entre as duas 4 Para este autor, a diferenga é a determinacdo como exterior, diferenea de lugares no mesmo de uma estrutura; a alteridade € a emergéncia de figuras outras (wse de nenhuma maneira a figura B pode provir de uma disposigdo diferente da figura A» — p. 269), sem lugar determinado a ocupar. «Digo que o circulo é diferente da clipse, mas que a Divina Comédia & outra em relagao & Odisseia ¢ a sociedade capitalista outra em relagao & feudal» (p. 270), Curiosamente, muitas das posigdes de Castoriadis (mas nao todas) esto perto das de Nietzsche, sem que este fildsofo seja chamado uma tinica vez & discusséo, 1 209 folhas, identificando-se 0 que parece comum nelas. Duas acedes ditas igual. : dem as suas diferengas para que haja a chonestidade, pee ee eet, dade, na identificagio do no ide. em si, Onde se gera 0 conceito de verdade, na ic engi do n tico, exemplo da criago de uma instancia terceira bate B z Tengas se medem (onde as alteridades se compreendem), mundo de ficgdo — 4 Tazo —, de oposi¢o verdade/erro. A oposicao «ou» nega ‘: Justaposi. Ao «e» das diferengas, por onde correm os desejos. Impossivel ent&o pen. sar? Sim ¢ ndo, Sim, em termos de uma razdo distinta da vida, dos dese. jos, do imaginario. Nao, se pensar for contra a razdo, discurso que s¢ inova constantemente como acto afirmativo da vontade de poténcia, em, metéforas ¢ metonimias — pensar a partir da vida, das diferencas, ©) Nietzsche é um fildsofo do corpo, desfeita a ficcéo da alma. O corpy nao € ser, substancia, mas efeito de um jogo de forcas que entram em correlacao por acaso, forcas sempre diferentes ¢ miltiplas, em constante devir. Se fosse pensavel um momento de verdadeiro equilibrio dessas for. as, de permanéncia substancial do corpo, toda a mudanca, anterior e pos. terior, seria impensével: se ha mudanga, nao ha sendo mudanea. Mesmo Se os ritmos séio extremamente lentos, como no caso dos minerais. Forcas quimicas, bioldgicas, sociais, politicas: «qualquer correlagdo de forcas cons. titui um corpo», este é sempre um efeito do acaso. As forcas séo sempre diferentes em quantidade, umas dominam, outras sio dominadas, formam uma hierarquia. As forcas dominantes dao sentido ao corpo, ao fenémeno: qualquer mudanga na hierarquia das forgas muda o sentido do corpo, do fenémeno. Interpretar 0 sentido de um fenémeno € determinar a forca nele dominante, que se 0 apropriou: qual a sua qualidade (resultante das diferencas de quantidade). As forcas também so diferentes em qualidade: lumas procuram a conservagdo dos fenémenos, das constelagdes ocorridas, sua repeticao estrutural, a saber: as que t8m como tarefas a adaptagio, a utilidade, a reprodugéo, sao as forcas reactivas. Ai tera lugar o cha. mado trabalho, estruturado para a sua repeticdo estrutural 5, a que Nietzsche opée a obra (de arte), Unica e valendo pela sua qualidade esté- tica, que depende das forcas activas, as que fazem mutagao, que buscam a intensificacdo da vida, 0 seu excesso. Interpretar o sentido de um fend- meno, de uma correlagio de forgas, é determinar o seu cardcter activo Ou Feactivo, segundo as forcas dominantes. A filosofia de Nietzsche é uma Filosofia da interpretacdo. Mas quem interpreta? Nao é nenhum sujeito, € 0 elemento diferencial das forcas, a que Nietzsche chama vontade de poténcia (nao de poder!, nos antipodas niilistas do pensamento de Nietzs- che, quando se pensa poder de aparelho). Num texto recente lindissimo (com Cl. Parnet, 1977, 109), Deleuze diz que Nietzsche chamou vontade de poténcia © que hoje chamamos desejo ®. A vontade de poténcia esta na fora, é um (dificil de pensar) elemento diferencial, insepardvel das for- gas, de que estas se originam. Segundo a sua qualidade (susceptivel de mutacdo, de metamorfose), as vontades de poténcia serdo afirmativas ou negativas. As primeiras, assegurando o dominio das forgas activas a que esto ligadas, afirmam a sua diferenca (a sua alteridade) e dessa afirma- do tiram 0 seu gozo (mesmo quando sofrem: o trdgico é afirmativo). As segundas, ligadas ao triunfo das forgas reactivas, opdem-se as forgas acti- vas: opdem-se, no na afirmagdo do «sim», mas dizendo «ndo», negando- -se a si proprias, negando a vida, a diferenca, a partir de uma instancia que lhes & exterior: do um, do ser, da necessidade, que nao ha triunfo das forgas reactivas sendo pela organizacdo do mundo da ficcdo supra- -sensivel. Ao afirmarem a sua diferenga, as vontades de poténcia afirmativas, os fortes em terminologia de Nietzsche, criam valores inéditos. Ao nega- rem a sua diferenca, as vontades de poténcia negativas, os fracos — «ha que ajudar os fortes contra os fracos», diz Nietzsche, forma incisiva do paradoxo filoséfico que ele constitui — repetem os valores estabelecidos (0 deus, 0 bem e o mal, a verdade e 0 erro, o dinheiro, etc.). O que é proprio das vontades de poténcia é a avaliacdo dos valores: nisso consiste fo pensar para Nietzsche. Eis o que deve fazer a filosofia, as ciéncias (natu- rais ou sociais), se nao forem ctimplices do niilismo, se nao precisarem também de ser avaliadas. O pensamento de Nietzsche opera como um terramoto. A sua ques- téo é uma questo histérica, no sentido corrente da palavra: a da deca- déncia europeia e da sua cultura, sob a maldigdo do cristianismo, e a da transmutacdo de todos os valores que se seguir ao longo periodo de guer- ras que tal decadéncia vai acarretar e que levard o niilismo triunfante até ao fim do que ele pode, negativamente; esta dupla questao constitui a trama do texto nietzschiano. O menos que se pode dizer € que, cem anos apés, a aceleragéo das guerras ¢ a crise dos valores ocidentais mostram Nietzsche melhor profeta do que o progressismo pacifista seu contempo- raneo. A operagao filoséfica de Nietzsche, chama-se genealogia: do cristia- nismo, da moral do bem e do mal, da filosofia metafisica da verdade © Nao na perspectiva negativa que, de Platéo a Freud, o subordina a esséncia e/ou & lei, mas na afirmativa, de Spinoza e Nietzsche, como dador de sentido [ef. D. Grisoni, «Les ‘onomatopées du désin», in Magazine littéraire, n.* 127-128, Setembro, 1977, «dossier» Vingt ans de philosophie en France, pp. 46-50 (hd trad. port. em livro)]. 2u1 do erro. As ficedes supra-sensiveis, criando uma cena transcendente que Se justapde ao sensivel e Ihe nega as diferencas, tm como eficécia a de separarem as forcas activas daquilo que elas podem. Hé combate perma. nente entre as forgas reactivas e as forcas activas: numa cultura activa, as foreas activas mantém as forgas reactivas, de conservaco, ao seu sei vigo; 0 niilismo é 0 triunfo oposto. Como conseguiu este vencer as forcas activas? Quer a consciéncia quer o inconsciente (voltaremos ao confronto de Nietzsche com Freud) sao constituidos por forcas reactivas de adapta- ¢40 ao exterior. Nos tipos humanos activos, estas forcas sao reagidas Por uma faculdade de esquecimento eminentemente activa que utiliza as ener. gias das forcas reactivas inconscientes, as forcas dos desejos, impedindo @ sua fixagdo nos tracos mnésicos da memoria inconsciente. A ficgdo obtura essa faculdade de esquecimento e, assim, separa as forcas activas do que elas podem (0 que define as forcas activas é justamente a poténcia de irem até ao fim do que elas podem), torna-as reactivas. Como o sacerdote judeu introduz o ressentimento nos fracos, o sacerdote cristéo a md consciéncia (interiorizando a dor como pecado) e ambos supdem 0 ideal ascético — Segundo as trés dissertagdes de A Genealogia da Moral — é coisa fami- liar ao leitor de Nietzsche. Deleuze reconstitui os momentos da operacao da ficgdo: o da causalidade (a forca desdobrada em causa e efeito separa- dos, instituigdio de uma relacdo ficticia de causalidade), o da substanciali- za¢do (a forca desdobrada ¢ projectada num substrato: o sujeito como ficcao gramatical, a «coisa em si» de Kant .. +), © da determinacao reci- Proca (moralizacao da forca desdobrada: 0 sujeito «dotado» de livre arbi- trio é culpado ou meritério, conforme manifesta ou nao a forca que «tem» € pode ou néo agir mal). O desejo torna-se assim outro em relago ao livre arbitrio, a quem cabe a tarefa «responsdvel» de o moralizar, face a0 bem e ao mal. Mas para Nietzsche, a vontade de poténcia nao € sepa- ravel das forcas, antes plasticamente as acompanha no seu devir: ao triun- farem as forgas reactivas, a respectiva vontade de poténcia torna-se nega- tiva e como tal permanecerd até que haja, se houver, transmutagio. Genealogia da filosofia, pois, consideragdo da historicidade decisiva desta, sua desconstrugo, num trabalho que Heidegger e Derrida, cada um a sua maneira, prosseguiréo. A recusa da cena supra-sensivel, transcen- dente, é necessdria para que haja afirmagao da alteridade, da vontade de Poténcia, o novo incompreensivel para a histéria constituida como grelha que classifica segundo as categorias do mesmo, da razHo sempre j4 14 como juiz da vida. O que de novo se afirma, e de si apenas tem significacao para se afirmar, faz-se sob forma estética, e nao em termos de verdade. Que para o fildlogo Nietzsche, a tragédia, a poesia, precedeu a filosofia: Séfocles negado por Sécrates. 212 Elogio da palavra.... Entrada . veces a _ DA LINGUAGEM. ... FT 1 — Signo e valor diferencial em Saussure a4 2—A linguagem em Nietzsche tue 3 —A gramatologia de Derrida... Sul 3s 4—0 inconsciente estruturado como uma linguagem (Lacan) ...... 47 Conclusio .... * . ee 11 — DA FILOSOFIA. = en 49 5 —A justeza dos nomes no Cratilo 49 6—A metaférica da metafisc oo 35 7—A tereeira pessoa do indicativo presente do verbo wserm -...... 59 8 — Presenga ¢ tempo... 9 — Presenga ¢ eset Concluso ...... III — ECONOMIAS DA LINGUAGEM ..... 0 10 — Algumas definigdes .... o 11 —Comunicagao e ndo comunicagao . 70 12 —A dupla articulagao. 1 13 — Gramética da enunciagao.. "4 | — Narrative, dscursivo e gnosiolgico 6 15 — Metonimia, metéfora ¢ conceito ” 16 — A metéfora na histéria ..... 3 IV—HISTORIA DA FILOSOFIA, HISTORIA DA LINGUAGEM 89 17 — Introdugio 89 18 — Plato: do fogos a0 signo, da defini & Tei. 91 19 — Aristételes: a emergéncia de 0 ldgico.... 93 as 0s estéicos ¢ Porfirio: deslocamento da légica arisot 99 — Ciéncias da linguagem (1): as graméticas antiga ¢ medieval 102 mosis primeira filosofia da linguagem . : 105 mu 23 — Galileu: a emergéncia de 0 matemético 405 VII —CRISE E METAMORFOSE DA CIVILIZAA( 24 — Descartes: a razio como diferenga poe em questio a filosofia 25 — A «caracteristica» de Leibniz: as linguas vivas diante da razio . 26 — Locke ¢ Hume: a epistemologia das ciéncias experimentais ¢ a 27 ~Coniilla, ftsofo da li 28 — Kent: o silencio sobre a linguagem e a questdo da escrita da filoso. 30 — Cincias da linguagem (2): as graméticas cléssicas .... 31 — Citas da ingsagem ( G): a linguistica, de Bopp (1816) a Saussure (i916). : formal.....-+ 33 — Reletura (1): 0 ldpco e © matemdtico 34 — Releitura (2): a filosofiae a linguistica face & questdo semintca V — O(S) HISTORICO(S): CONVERGENCIAS E IRREDUTIBILIDADES .. ,. 35 — Marx: 0 econémico (¢ 0 social) como histérico 36 — Nietasche: a afirmagdo da alteridade ..... 37 — Freud: 0 discurso sobre o inconsciente 38 — De Saussure a Barthes: o texto plural 39 — Heidegger: a historicidade (da questo) do ser . 40 — Derrida: irredutit histérica da escritura .. 41 — Castoriadis: a instituigdo imagindria da sociedade. .. 42 — Luce Irigaray: este sexo que ndo € um/uno sexo. 43 — Tentativa de caracterizagdo do histérico ... — A DUPLA CENA DA LINGUAGEM: IMAGINARIO, SIMBOLICO E REAL 44 —O legein e 0 teuchein segundo Castoriadis ....... 45 — Evocacdo do jogo 46 — O imagindrio individual 47 — Imaginirio, simbélico e real 48 — Linguas individuais e Mngua social ... 49 —O gnosiolégico ocidental: as ciéncias matematicas 50 —O pensamento e a questo . 51 —O real em metéforas, 52—A palavra dada .... PODER «VERSUS» POTENCIA . 53 — A crise como desafio filosdfico ......... 54 — Modo de produsio e modo de reprodugdo $5 — A separacdo da ciéncia-tecnologia: a figura do Engenheiro 56 — A separagao das ciéncias sociai figura do Economista 57 — A separacdo escolar: a figura do Intelectual . $8 — A separacdo dos mass-media: a figura da Vedete 59 — A poluicdo da linguagem. 406 lig iy 120 129 140 152 164 169 3 184 193 ms 24s 254 255 260 263 269 78 284 287 291 60 — Elogio da televisdo: no fim eram os homens-olhos 325 61 — Metamorfose da civilizagdo 327 62 — Metamorfose da filosofia 337 63 —O imagindrio do socius . 344 ‘ANEXOS 1 — Exercicio de semiética filos6fica: a quarta parte do Discurso do Método, de Descartes . oan 357 1 —O jogo do mundo 377 397 Indice bibliogréfico..... 407

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