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FO CX 37 2316/1997 SEPARATA BOS CADERNOS RURAIS OUTUBRO - SAO PAULO - 1974 4 bb bvetin on FUNAKY efitu 6 auton. 2.@- 24/70/30 TERRITORIOS INDIGENAS NO _TOCANTINS (*) CL hawk Caparo Coben Introdugao © povoamento do vale do Rio Tocantins pe la sociedade nacional tem ocorrido sob a influéencia de frentes economicas de naturezas diversas que,con comitante ou alternativamente, atuaram ao longo da formagao historica da sociedade amazonica. O extrativismo vegetal é uma constante,em suas diversificadas formas, desde o periodo em que, na colonia, Portugal se voltou para a floresta ama- zonica, visando utiliza-la como fonte substitutiva de especiarias, ao coletar no seu interior as "dro- gas do sertao", em cuja tarefa utilizou a mao-de-o- bra escrava indigena. A historia do extrativismo vw getal no Tocantins 6 extensa e se sucede atraves de ciclos descontinuos, singulares ou plurais quanto aos produtos coletados, mas sempre e invariavelmen- te atingindo as sociedades dos primeiros habitantes da area, os indigenas. Assim se sucederam os diver sos generos do extrativismo vegetal: madeira, cacay gomas elasticas (seringueira,mangabeira, caucho), castanha-do-Para, sendo a madeira a essencia mais persistentemente explorada. A tentativa agricola colonial, particular mente através da experiencia da cultura da cana-de- - Commicagio apresentada & XXV Reunifio Anual da SBPC, Rio de Janeiro, ju lho de 1973. Faseia-se em pesquisas de campo realizadas pelo autor para SUDAN-SERETE ¢ SUDAN-Hidroservice, em junho/72 2 abril e junho de 1973, ben cono om informagSes bibliogréficas. Publicada com autorizagio da subaK, 100 Centro de Estudos Rurais e Urbanos acucar, se seguiria a frente agricola no frustrado ensaio de colonizacao da passagem do século XIX pa- ra o XX, e nas tentativas presentes de cultivo do arroz, extensao da frente rizicola maranhense e goia na. A frente pastoril, principal responsavel pela conquista economica e demografica do medio To- cantins, penetra na regiao em estudo como ponta a- vancada da pecuaria nordestina, que atinge, nas franjas da floresta, suas linhas mais avangadas em diregdo a oeste. A pecuadria ora se apresenta como atividade intersticial, ora consorciada com a extra ¢ao da castanha. Por ditimo, ha de se referir, na constan- te dos ciclos economicos pioneirosy a frente minera dora, por via do extrativismo do diamante e do cris tal de rocha, encontrando-se a area no limiar da no va exploracao | mineral empresarial do ferro e do man ganes na regiao do Itacaiinas. A Transamazonica e 0 projeto de coloni: ¢ao Marabaé do INCRA marcam a presenga da acao admi- nistrativa do poder publico. A rodovia vem introdu zindo substanciais alteragoes nos sistemas de trans porte e comunicagoes na area. Todas as frentes de expansao da economia nacional acina especificadas congétataram no passado ese defrontam no presente com agrupamentos indige- nas ai localizados e detentores de distintas formas de organizacoes sociais e diferenciados complexos culturais. Tentativas fracassadas foram empreendi- das objetivando a utilizagao da mao-de-obra indige- na. No passado, a forga de trabalho escrava do in- dio houve de ser substituida pela do negro. No pre sente, oS ensaios tendentes a explorar a mao-de-o- bra barata e servil indigena redundaram em insuces- sos, muito embora os indios ainda possam ser vislum brados por alguns, naquela area, como um estoque de mao-de-obra latente. CAVEMNOS N@ 7 - 1974 101 Os confrontos estabelecidos pela socieda- de nacional com as tribos indigenas do Tocantins, sempre se ligaram as agoes de apropriagao e de explo ragao economica das areas recobertas por florestas habitadas por grupos tribais. As tentativas de a- trair os indies para a convivencia pacifica nos em- preendimentos economicos, ou oS atos agressivos con tra os mesmos, objetivando afasta-los dos territorics a serem explorados, foram praticas que repercutiram negativamente nas sociedades indigenas, levando-as a desorganizacdo e a descaracterizacao cultural Compulsoes diversas goes forcgadas, conflitos inter-tribais, cisoes internas, expedigacs punitivas de neo-brasileiros e contaminacao por dife rentes molestias ao contato com os civiltzadus, fo ram fateres que conduziran a maioria dos grupos tri bais do Tocantins ao exterminio quase total e a de- pendencia, a marginalidade, a ambivalencza al)enizn te em que se encontram os sobreviventes. 2. Grupos Indigenas do Vale do Tocantins Subindo o vale do Tocantins, os primeiros agrupamentos indigenas sao encontrados no municipio de Tucuruf, onde se localizam os seguintes grupos tribais: Akuawa-Asurini, Gavido (de Oeste) e Paraka nan. Em area do municipio de Jacunda tambem se encontram indios Parakanan, no interior de sua Ke- servae No municipio de Maraba sao encontradas as aldeias dos {ndios Djore-Xikrin e Surui-Mudjetire Em Sao Jodo do Araguaia localizam-se mais dois grupes Gavioes (de Oeste). Mais ao sul, subindo o Tocantins, estao os Apinayé, no municipio de Tocantinopoli Estado de Goias. 102 Centro de Wstudos Rurais e Urbanos No espacgo inter-rios situado no divisor das aguas do Tocantins e de seu afluente Araguaia, encontram-se os Kraho, na Craolandia, sua reserva,e os Xerente, também no interior de territorio a eles reservado Em Conceigao do Araguaia e em Santana do Araguaia, no Estado do Para, podem ser encontradas algumas familias Karaja, bem como em Xambioa, Goias, em area que lhes foi reservada por ato do Governo do Estado. Os Karaja, no entanto, habitam dominantemen te na Ilha do Bananal e na area vizinha de Mato Gros so, no vale do Araguaia. Em territério matogrossense, também no va le do rio Araguaia, localizam-se grupos Tapirapé e, mais ao sul, um grupo Xavante, no rio das Mortes, a fluentes do Araguaia. No vale do Tocuntins e de seu afluente A- raguaia ainda existem indios isolados, os Ava- Canoei ros, nos contrafortes da Chapada dos Viadeiros,Goias Ja foi estabelecido contato e atraido un pequeno grupo Ava-Canoeiro, estando os demais sob trabalho e atracao. Os §avices de Oeste se constituem de trés grupos classi’ cados como Timbira, de fala Je, que habitam hoje a regiao de florestas tropicais do vale do Tocantins, Provém mais remotamente dos campos ma ranhenses. Os indios Gavides presentemente sao consi- derados pacificados, apos anos de conflitos com cas- tanheiros no vale do Tocantins. Encontram-se em con tato permanente com a sociedade nacional, porem sob 0 controle dos Postos Indigenas da FUNAL. Um dos grupos dos Gavides de Oeste habita junto ao P.I. Gaviao da Montanha, no municipio de Tu curui, a margem direita do Tocantins, quase em fren- te a sede municipal. Suas terras se constituiram em reserva por ato do Governo do Estado do Para, Os 15 indios ai localizados nao se encontram, presentemen~ CADERNOS N@ 7 - 1974 103 te, em conflito ou sob pressao direta de frentes e- conomicas e, a curto prazo, nao sio suscetiveis de contatos intensos com frentes de trabalho empenhadas em projetos governamentais, de vez que, em termos i mediatos, nao se realizardo obras que afetem sua re serva (1). Ha, todavia, projetos rodoviarios obje- tivando a interligacao entre municipios do vale do Tocantins com municipios situados nos rios Moju, Ca pim_e Acara, bem como com a Belém- Brasilia, que po- derao afetar aquele territorio indigena. 0s outros dois grupos, constituidos de cer ca de 78 indiox, estao localizados no_castanhal Mae Maria, drea também reservada aos Gavides pelo Gover no paraense. Esta reserva estA4 demarcada e se loca liza no municipio de Sao Joao do Araguaia, existin- do em seu interior um Posto da FUNAT. Um dos grupos Gavides do Tocantins se man teve arredio até 1968, quando a FUNAI o atraiu para a gleba Mac Maria, Encontrava-se no Maranhao, no interior do municipio de Imperatriz, em area que foi considerada pelo Governo Federal interdita para fins de pacificagao do referido grupo, Estando in- tegrada na frente pecudria, aquela area oferecia cam po livre aos conflitosentre o; indios e o8 regionais. Mesmo apos a interdigao da area, as agressoes reci- procas entre {ndios e civilizados provocavam mortes, ja que a frente pecuaria avangava irrefreadamente pe las terras Gavides. Assim, oS indios foram transfe ridos para o local onde se achava o antigo grupo Ga vidio de Praia Alta, sob as vistas da FUNAI. Sendo, todavia, a area em que se localizaram esses dois gru pos tribais cortada pela rodovia estadual PA-70, a Belém-Maraba, e estando encravada em regiao de fran co desdobramento agropecuario, a despeito da presen ga do Posto da FUNAI, os Gavioes estao em constante tensao, ante as pressoes que sobre eles sao exerci- das pelos representantes das frentes econodmicas na- (1) = No caso da concretizagao do projeto de construgao da hidro-elefrica do Tocantins, esse grupo Gavido serd certamente nolestado. 104 Centro de Estudos Kurais e Urbanos cionais em expansao. Sabe-se da persistcncia de con flitos entre estes indios e criadores de gado, nos dias atuais. (2) 7 Pacificados, em contato permanente, porem nao integrados a sociedade nacional, esses grupos mais ocidentais dos Timbiras nao se converteram em mao-de-obra real na economia regional, podendo quan do muito serem considerados como mao-de-obra laten~ te nos castanhais. Viven hoje em total dependencia em relagao a Postos Indigenas, marginalizados da so ciedade nacional envolvente e em processo de franca depopulacao. Os Akudwa-asurini, grupo indigena de fala Tupi, presentemonte babitam junto ao Posto Indige- na da FUNAI, no igarapée Trocara, afluente da margem esquerda do Tocantins, municipio de Tucurui. A pa- cificacao desse grupo tribal teve inicio em 1953, quando um bando foi atraido pelo SPI para o Trocara. Outros bandos ficaram arredios, no meio das matas. Os Assurin{ praticam alguma coleta de cas tanha e agricultura de subsistencia. Estao experi- mentando um processo de extincdo enquanto grupo tri bal, encontrando-se na condigao de dependentes do Posto da FUNAI. Nao integrados a sociedade nacional inclusiva, que nado conseguiu transforma-los em mao- de-obra barata, estao, no entanto, em contato perma nente ¢ pacifico com ela, enquanto sob a assistencia do orgao tutelar e segregados junto ao Posto Troca- ra, no interior de sua reserva ja demareada. OP.1. dista cerca de 30 km de Tucurui, ao norte desta ci- dade, em local de dificil acesso- Sao cerca de 73 indios que falam também portugues. Os indios Parakanan, que habitam terras si tuadas A esquerda do rio Tocantins, sao uma tribo parcialnente isolada e nao pacificada, ,situando-se no elenco dos grupos tribais menos conhecidos do (2) - © tragado da futura rodovia PA-82, 0 Mae Maria dos Gavider. n-Maraba, cortaré a Reserva CADERNOS NO 7 - 1974 105 pais. A FUNAT tem empreendido esforgos no sentido de atrair os Parakanan, para cujo objetivo tem uti- lizade turmas de atragao, que tem penetrado em seu territoério, ja tendo conseguido atrair um grupo,que habita no interior da Keserva Parakanan. Este gru- po, composto de cerca de 160 indios, em 1973, se i- niciou na coleta de castanha. Existem mais dois grupos Parakanan isola- dos, um na area banhada pelos rios Cajazeiras e Kke- partimento, e © outro no rio Anapu, entre o rio Repartimento e a cidade de Tucurui. Atuam na area dois grupos de atracao da FUNAL, um dos quais a mar gem do igarapé Lontras, perto de Jatobal. A populagao Parakanan é estimada em torno de 400 indios. Para os Parakanan foi criada uma Reserva Indigena em 1971. Naos encontra ainda demarcada e esta localizada parcialmente no municipio de Jacu da, estendendo-se para além do vale do Tocantins. A rodovia Transamazonica @ 0 limite sul da Reserva Pa rakanan, fato esse pouco tranquilizador, tendo em vista_as francas possibilidades de se efetivarem friccoes interetnicas que poderao avolumar-se na Area de influencia da estrada. Os Surui-Mudjetire, indios de Lingua Tupi, sao antigos habitantes da regiao do rio Ltacaifinas, as margens do igarapé Sororozinho, afluente do Rio Sorero, que por sua vez @ tributario do Itacaiinas, no Municipio de Maraba. Presentemente cerca de 130 Surui estao pacificados e em contato intermitente com a sociedade nacional, 4 area indigena habitada pelos Surui foi considerada, por ato federal, inter dita para fins de pacificagao do grupo. Antigos habitantes da regiao do rio Itaca iunas, os Djore-Xikrin se constituem em grupos tri- bais Kayapo, de fala Je. Os Xikrin hoje encontra -se divididos em dois grupos, um localizado no Rio Bacaja, no vale do rio Xingu, e o outro no rio Cae- 106 Centro de Estudos Rurais e Urbanos teté, afluente do Itacaiinas, local no qual se tem noticias de sua presenca ja no inicio do seculo XX. Os Xikrin do Caeteté estado pacificados e em contato intermitente com a sociedade nacional em sua fragao local. © territério do Ttacaiinas ocupa do pelos Djore-Xikrin nao foi institucionalizado co mo reserva indigena, embora tenha seus limites co- nhecidos e definidos. 320 indios Apinaye acham-se distribuidos em duas aldeias, Sado José e Mariazinha, ambas loca- lizadas no municipio de Tocantinopolis, Lstado de Goias. Na aldeia Sao José encontra-se instalado 0 P.1. Apinagés, estando programada a instalacao de outro Posto junto a aldeia Nariazinha. Localizads em drea de extrativismo vegetal (babacu), os Apinayé favem da coleta do babacu sua atividade economica principal. Encontram-se em contato permanente com a sociedade nacional, Grupo de lingua Je, todos seus integrantes sao bilingues, falando a lingua materna, bem como o portugues. 0 territorio Apinayé nao esta demarcado. Os indios karaja, filiados ao tronco lin- guistico Macro-Je, habitam em diferentes sitios ao longo do rio Araguaia. No municipio goiano de Xam- bioa, onde estA instalado o P.I. Xambioa, habitam 54 Karaja ( do Norte). Com este grupo se encontram indios provenientes de outras tribos: uma familia Guarani, uma familia Xerente e um indio Javaé. Al- guns integrantes daquele grupo Karaja habitam no municipio paraense vizinho de Conceigao do Araguaia, na margem esquerda do rio Araguaia. Esse grupo Karaja, que se constitui no a- grupamento mais setentrional desse pove (razao por- que 530 denominados haraja do Norte), muito embora esteja localizado em area dominada pela economia a- gro-pecuaria, dedica-se apenas a uma pequena cultu- CADERNOS N@ 7 - L974 107 ra de arroz e a coleta de frutas silvestres, nas matas que caracterizam a vegetagao da regiao. Apesar de subsistirem aldeados, os karaja do Norte estao em contato permanente com a socieda- de nacional e todos falam quase exclusivamente ° portugues. Mais ag sul, no municipio paraense de Santa, nado Araguaia,sao encontrados 50 karaja,que habitam a margem do araguaia, onde tem na pesca sua atividade economica basica, mesmo estandy envolvidos pelas on das da economia pecuaria da Sociedade nacional. Sao bilingues, Sua aldeia esta instalada junto a sede do municipio. Todavia, @ ma Ilha do Bananal que esta lo calizada a maior parte da populagdo Karaja, no inte rior do Parque Indigena do Araguaia, onde se achaw distribuidos pelas seguintes aldeias: Santa Isabel do Morro (306 Karaja), Fontoura (283) ¢ Canuana (330). Mais ao norte, fora do Parque Indigena, no interior do Parque Nacional do Araguaia, dependen- cia do LBDF, também implantado na Tlha do Bananal, habitam 199 Karaja na aldeia Maeatba, perfazendo,ds sa forma, um total de 1.118 indios dessa tribo na grande ilha fluvial. Em Mato Grosso, & margem esquerda do Ara~ guaia, os Karaja estao em Luciara (40 indios) e em Barra do Tapirape (100). Toda a extensa area habitada por — indios Karaja na ilha do Bananal e em Mato Grosso esta com prometida com a economia pecuaria em expansao. Os Karaja participam como forga de trabalho na_ pesca, na agricultura e na pecuaria, estando em avancado processo de aculturagao face 4 sociedade nacional Os Kraho habitam em sua reserva, a Crao- landia, situada nos municipios goianos de Piaca e Itacaja. Os Krahé estao divididos em diferentes al, deias: Pedra Branca e Pedra Furada, na area de 108 Centro de Estudos Kurais e Urbanos jurisdicgao do P.1. da Craolandia, e Galheiro, Santa Cruz e Cachoeira, sob a jurisdigao do P-I. Xupé, om instalagao- Todos os Krahd falam o portugues, con- servando, todavia, sua Linjua originaria, que inte- gra a familia Je. Mantem constantes contatos com a sociedade nacional, particularmente com os habitan- tes da cidade de liacaja- Sua area, no que tange a economia nacional, @ caracteristicamente agricola(ar roz) e pecuaria, sendo este o sub-setor economico do minante. Os Kraho sao agricultores (arroz, milho e mandioca), praticando ainda a caga e a pesca, sendo a pecuaria uma atividade que nao lhes seduz. Na Craolandia habitam 613 indios krahé, sendo 128 na aldeia Pedra Branca, 31 na aldeia Pedra Furada, 39 na aldeia Santa Cruz, 112 na aldeia Galheiros e 203 na aldeia Cachoeira. De mistura com os kraho exis- te uma familia Xerente de 1 pessoas. Localizada no municipio de Tocantinia, a Reserva Xerente contém uma populagio de 533 indios Nerente distribuidos pelas seguintes aldcias: al- deia da sede (141), Funil (59), Gurgulho (65), Bai- xao (10), Caeteti (10), Santa Cruz (17) ¢ tio do Sono (201). No interior da reserva estao instalads dois Postos Indigenas: Xerente ¢ Rio do Sono. A lin gua Xerente de origem Je é falada ao lado do portu- gues. Sua atividade economica principal é a pesca, dada 4 abundancia de peixes no Tocantins. Cerca de 80 Tapirapé habitam no vale do Araguaia, municipio de Luciara, Mato Grosso, onde atua a Missao das Irmas de Jesus. Estando localiza dos proximo a grupos locais Karaja, os Tapirape te- wem oS Karaj& e vivem sob o dominio magico destes, que possuem prestigiosos feiticeiros, Sao agricul- tores, porem estao envolvidos pela frente pecuaria matogrossense. No interior da keserva Pimentel Barbosa, na area do rio do mesmo nome, habitam 215 Xavante, que ainda se encontram em grande estado de pureza cultural. Raros falam o portugues. Sua reserva,on

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