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Aula 3 — Sistemas operacionais Obje Os, Conhecer as fung6es do sistema operacional Abrir e encerrar aplicativos por meio do sistema operacional. Gerenciar arquivos e pastas. Utilzar a tea de transferéncia para compartilhar conteido entre aplicativos. 3.1 Interface com o sistema operacional Em nossa aula anterior, dividimos os tipos de softwares em trés categorias, voce esta lembrado? A primeira delas ¢ a que nos interessa explorar nessa aula, trata-se do sistema operacional, 0 software que fornece uma interface entre o hardware do computador e vocé, 0 usuario do computador. O sistema operacional normalmente ¢ organizado como uma colegéo de programas de computador que: + Inicializam o hardware. + Fornecem rotinas basicas para controle dos dispositives (entrada, salda armazenamento). + Gerenciam 0 escalonamento e a interacio entre outros programas. + Mantém a integridade das i rmagées armazenadas. Existem diferentes tipos de sistemas operacionais, especializados em deter- minadas arquiteturas de hardware ou tipo de utilizacao (coorporativo, pes- soal, industrial, etc.) Os sistemas operacionais que nos interessam estudar sdo aqueles destinados ao usuario doméstico, instalaveis em computadores pessoas, Consideraremos neste estudo o MS Windows (sistema operacional proprietario desenvolvido pela Microsoft) e o Linux (sistema operacional open Aula 3 - Sistemas operacionais 47 source disponibilizado por diferentes distribuicées — Ubuntu, Fedora, Debian, Hed Hat, Suse, Mandriva, etc). Falaremos de modo abrangente das principais fungdes de um sistema operacional, demonstrando como elas se apresentam para nés em MS Windows ¢ Linux. A interface de um sistema operacional pode nos ser apresentada de diferentes formas, uma delas € conhecida como prompt de comando ou interface em mado caractere. Um prompt de comando é na verdade uma janela através da qual o usuario dispara comandos que acionam ag6es do sistema operacional Este tipo de interface é normalmente utilizado por usuarios avancados, uma vez que oferece um nivel mais elevado de complexidade para sua utlizacao. ‘A Figura 3.1 ilustra as interfaces em modo caractere do sistema operacional Windows e Linux (distribuigéo Ubuntu) brunogbrune:Laptop:~$ Este é 0 prompt de conando do Linux. Figura 3.1: Exemplos de interfaces em modo caractere (prompt de comandes) - MS. idows (a) e Linux (b) utra forma que a interface do sistema operacional nos é anresentada & por meio de uma drea de trabalho com Icones e janelas gréficas. Essa certamente 6 a forma em que estamos mais acostumados a ter contato com o sistema operacional, [cones so pequenas imagens utilizadas para simbolizar aces ‘ou programas. Sua aco est normalmente assaciada ao uso do mouse, que 20 dlicar sobre o icone disparatia algume aco. Uma janela é uma rea geralmente retangular composta por uma barra de titulo com alguns botées de controle que atuam sobre a propria janela, Os botées de controle podem minimizar ajanela (ocultando-a temporariamente), maximizé-la (fazendo com que a mesma ocupe todo o tamanho da rea de trabalho) ou restauré-la (de forma que retorne ao seu tamanho original). As janelas so normalmente delimitadas por bordas, que se clicadas e movimen- tadas, permitem que a mesma seja redimensionada. Para mover uma janela utiliza-se clicar sobre sua barra de titulo arrastando-a até sua nova posicao. 48 Introducao a Informatica A Figura 3.2 ilustra as areas de trabalho do Windows (b) ¢ do Linux (a), demonstrando alguns icones, janelas e os menus de programa, programas 2: Exemplos de interfaces griticas dos sistemas operacionais Linux (a) e MS. Windows (b) Forte: CBU, apa de Una a M5 Windows A Figura 3.3ilustra os tipicos componentes de uma janela (alguns componentes so opcionais e somente aparecerao quando houver necessidade). Figura 3.3: Componentes de um: Fart: CB, aap de US rons janela em um sistema operacional {Aula 3 - Sistemas operacionais 49 e-Tec Brasil Para saber qual a fungio de ceterminadoprocesso no sistema operaconal Windows, txitem programas estes na inceret que permite veriicar sto process ealmente & verdadero ou se vata de um proceso medcado por um us aa isso, basta acessat ‘doses que permite sta verticago, come por ‘exemplar hatpstwwiinhadeensiva ‘raprocessos 3.2 Funcées de um sistema operacional Hé basicamente trés fungées que todo o sistema operacional precisa nos oferecer: gerenciamento de processos (ou programas), gerenciamento de arquivos e gerenciamento de meméria. 3.2.1 Gerenciamento de programas A primeira fungao consiste em permitir a execucdo de outros softwares, ) © tipo de um arquivo identifica para o sistema operacional o contetido do mesmo. Normalmente o tipo de um arquivo ¢ identificado por meio de uma extensao (uma pequena sigla disposta apés o nome do arquivo e separada Por um ’."— ponto). Observe na Figura 3.6 a composi¢ao de um nome de arquivo e sua extenséo Figur Fonte ist um arquivo {Aula 3 - Sistemas operacionais 51 e-Tec Brasil Quando descarregamos as fotos de nossa maquina digital para o compu- tador, cada foto 6 um arquivo, Quando escrevemos um trabalho escolar ou um relatério profissional estamos produzindo arquivos. Quando escutamos mésica em formato digital estamos acessando, para cada musica, um arquivo, © Quadro 3.1, detalha um pouco os principais tipos de arquivos, separados por categorias. Um argv exestivelé um progam en sO sstema opecinl di um ‘watanero especial a step de rua aloardo membia pana a0 meswo, Excel xe pot xenpa Un eee ode instar um progam en seu comprar ‘at meso execu as, Tab sho eens exe BT © ow. 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Fe formate sarge un doce eb ato do agora usd ole rq GI sere paternacos encarecedo aula anv format abn permite arenages fend anspre Veo gens ieaou ‘ea 52 Introducao a Informatica Compucdones tL Ea extersodofamoseconpacader Wine. (eonorssode [Ee segundo oma mas uilace de corgacaro io pr mute aries) cna saperor 302. ine Balers as arose text sires. io extenamer es pote er stad por unger ste open 2c 4. dex Danan eens ida pl ete de tos MS Wer alsou.bx _tenso pai ds lath leas protiies peb S Exc oeses des agus geass eb MS Pawo apeav que pemite FALSE PH cach ae apesanagies desde Forma cia oa dsbe «conser um ds paces po protic ® Gems 2c! sri de cocamente. nines softaes com capa par Tears ea decarert. ich et Fomat ou fomats Reo de een oat de au de AV docurena deseraise pel Micoso pr inercinbo de docarents ee Eves pats, ‘pen Dacuent amt fo Ofc ppicatons ODF & un feat de acl ‘ee! sa pra arrannament rca de docurenas de se ar 5, lois tases dads desenose presets Fone: staee Os sistemas operacionais nos oferecem gerenciadores de arquivos, ou seja, aplicagées que permite organizar da maneira mais adequada os arquivos existentes nos dispositivos de armazenamento, Neste sentido, é importante que conhecamos o conceito de diretério ou pasta. Uma pasta (também conhecida por diretério) & uma estrutura utilizada para agrupar e organizar arquivos. Seria o mesmo que fazer a seguinte analogia com um escritério: pastas s80 gavetas ou envelopes ¢ arquivos s8o os documentos contidos nas gavetas ou envelopes, Nunca vamos encontrar um arquivo com uma pasta dentro, ou seja, as pastas guardam arquivos, mas o contrario nao. Arquivos compactados (resultante de uma compressao) podergo armazenar tem si tanto arquivos como pastas, mas seu contetido somente poderd ser manipulado apés a descompressao, que ird transformar seu contetido em arquivos e pastas novamente. Observe nas Figuras 3.7 e 3.8 os gerenciadores de arquivos utilzados pelos sistemas operacionais MS Windows e Linux (respectivamente), Perceba que s8o utilizados icones diferenciados para indicar as pastas e os tipos de arquivos. Em ambas as figuras existem trés pastas (Documentos, Imagens e Miisicas) e0 restante so arquivos. Observe também que a primeira informagao exibida & a localizagao ou caminho do ditetério do qual seu contetido esta sendo exibido, Aula 3 - Sistemas operacionais 53 Assita 305 episios "0 "Mundo Digital” e “Os Arquivos de Comptador documents Minstrio ca Educagio por meio aT) Escola e da Universidade Feceral e Minas Geri (UFRG) pat concer melhor como os rquivs 0 sazenados¢ rranpuleos. Os materia esto ‘spans es hpvescolamec.goxb index php?option=com._ roo8iiew=Rembitemd=5901 hitorevescola mec. goxby inex.php?option=com_ oo8iview=temaitem 5903 e-Tec Brasil aldegenensuth Figura 3.7: Gerenciador de arquivos do MS Windows Forte: CT, aaptado ce MS Windows 3F de arquivos do Linux Fert: CT, aapato ce Lux (sistema de arquivos de um sistema operacional geralmente inicia-se a partir de um “diret6rio” raiz ea partir dele, hierarquicamente, organiza os demais subdiret6rios. No caso do sistema operacional MS Windows, o diretério raiz de um dispositive de armazenamento € conhecido por drive ou unidade © € representado por uma letra seguida pelo sinal de dois pontos *:". Por convengao, um disco rigido (HD) é normalmente a unidade “C:", jé um pen drive, por se tratar de um cispositivo removivel, poderd se utilizar de qualquer letra, Para os antigos drives de disquete o sistema operacional MS Windows reserva as letras “A:" e “B:", Observe a Figura 3.9 que ilustra os {cones € letras associados aos dispositivos fixos e removivels. 54 Introdugao a Informatica Partindo-se da letra da unidade e o conjunto de subdiretérios hierarquicamente inferiores conseguimos chegar até o local onde 0 arquivo esta armazenado. Observe a Figura 3.10, do lado esquerdo € possivel visualizar a arvore de diretérios que nos remete até a localizacio do arquivo. Neste caso a figura representa a o sistema de arquivos do MS Windows. 0 caminho completo do arquivo é dado pela expressao “C:\TEMP\Aulas\InformaticalSO\Desenhos\ monica.bmp". A barra invertida "\" é utilizada para separar os diretérios entre sie 0 arquivo ao final Figura 3.10: Caminho de um arquivo no sistema operacional MS Windows Forte CT apa dei Widows No caso do Linux, o diret6rio raiz & unico, independent de o dispositivo ser removivel ou nao, ¢ utiliza-se da barra “/* para simbolizé-lo. Nesse caso, 05 demais dispositivos sao “"montados” a partir de subdiret6rios, como por exemplo, a pasta "/media”, que é utilizada para dispositivos removiveis como pen drives. Observe na Figura 3.11 um exemplo de localizagao de arquivo no Aula 3 - Sistemas operacionais 55 e-Tec Brasil sistema operacional Linux, neste caso a partir do diret6rio raiz "/" pressupée-se a existéncia de um subdiretério home com outros 3 subdiretérios (bruno, Documentos e arquivos). Jnome/bruno/Documentos/arquivos Figura 3.11: Caminho de um arquivo no sistema operacional Linux Fort: 1, aeaptato de autres De forma a permitir o gerenciamento de arquivos em um sistema operacional, ‘0 mesmo nos oferece algumas operacoes, sendo as principais: + Criar uma cépia— ao criar uma cépia de um arquivo mantemos 0 arquivo original intacto duplicando o contetido do mesmo em uma nova localizagao ‘ou na mesma localizacao com um nome distinto. + Mover —a acio de mover difere da ac3o de copiar em funcio de que o arquivo original tem sua localizagao alterada, ou seja, ele € retirado de seu local original e colocado em outra localizacao, + Excluir (enviar para a lixeira) —a exclusdo de um arquivo nao necessaria- mente elimina o mesmo do dispositivo de armazenamento, especialmente ‘quando o arquivo estiver localizado em um disco fixo (HD, por exemplo). ‘Ao ser “excluido” o arquivo é na verdade movido para uma area especial do sistema operacional, normalmente chamada de lixeira. © tamanho da Ixeira & personalizével, geralmente um percentual do dispositive de armazenamento ao qual esté vinculada. Quando a capacidade da lixeira @ atingida os arquivos cuja data de exclusio mais antiga séo eliminados definitivamente, A qualquer momento o usudrio pode solicitar ao sistema operacional que “limpe" alixeira, neste caso descartando definitivamente seu conteuido. eee Brasil 56 Introdugdo a Informstica + Restaurar um arquivo excluido ~ quando acessamos a area de arqui- vos excluidos (lixeira) temos a opcao de restaurar um ou mais arquivos, excluidos. Ao ser restaurado 0 arquivo retorna ao seu caminho original {antes da exclusio). + Compactar ou comprimir— 2 compactacao ou compressio de arquivos & uma operacao titil quando realizamos c6pia de seguranca de um conjunto de arquivos ou pastas. Neste caso o sistema operacional ou softwares especializados aplicam complexas técnicas para agrupar varios arquivos ‘em Um nico (arquivo compactado) que possui um tamanho geralmente menor do que a soma dos tamanhos dos arquivos originais, + Criar um atalho - um atalho é um arquivo simbélico que representa na verdade outro arquivo. Como o préprio nome ja indica, quando um ata~ Iho € acionado ele remete a acéo ao seu alvo, ou seja, 0 arquivo original + Localizar ~ ¢ muito comum que tenhamos a necessidade de localizar arquivos em um determinado dispositive de armazenamento, Para tanto, 05 sistemas operacionais nos oferecem utlitérios que nos permitem rea- lizar buscas por meio de atributos especificos, como nome, datas, tipo, tamanho, etc. Um detalhe importante que precisamos conhecer na hora de localizar um arquivo sao os caracteres coringas. Sao dois basicamente: “7 (ponto de interrogacao) que substitui um caractere em especifico e "+ (asterisco) que substitui uma sequéncia de caracteres. Se o usué- fio localizar a expresso “ca?a.jpg” poderdo ser encontrados arquivos com nomes “casa jpg”, “caca.jpg”, "cama.jpg”, etc. Se a expresso for “casa.*” entdo poderao ser localizados arquivos como “casa.jpg”, “casa doc’, “casa.mpg”, etc. A expressao “*.*", por exemplo, localizaria todos 05 arquivos de todos 0s tipos, jé a expresso “a*.jpg” localzaria todas as fotos (jpg) cujo nome do arquivo iniciam com a letra “a” + Renomear - um arquivo pode ter seu nome ou extensao renomeados a qualquer momento, no entanto a alteracao da extensao de um arquivo 6 uma atividade delicada, que deve ser feita com consciéncia dos efeitos, colaterais que poderé gerar. Trocar a extenso de um arquivo de musica (.mp3) “transformando-" em imagem (jpg) ira fazer com que o arquivo de miisica nao possa mais ser interpretado pelo seu aplicativo padrao € também néo o tornar uma imagem Aula 3 - Sistemas operacionais 57

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