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SSERVICO PUBLICO FEDERAL CONSULTA N2 08700.002393/2014-14 CONSELHO ADMINISTRATIVO DE DEFESA ECONOMICA - CADE CONSULTA PUBLICA N° 03/2014 J MEMO 2@/2014/PRES os ‘ MOVIMENTAGOES: ig Fe, SIGLA cODIGo pata |e SIGLA copIGo DATA 3 0 Ute |a18 aot i] [oe roi fre aa t) [a ile Ta : 04 ee eee a [05 i 1 [+ rate } 06 I i 20) i t 7 o7 i Lt a I t 08 i t 22] t t 09 I t 23 t t 10 ear eaa fuel W I ! 25 t t 2 t ! 26 t t 3 11 [a rot 4 t ft 28] I t AS MOVIMENTAGOES DEVERAO SER COMUNICADAS AO PROTOCOLO, ANEXOS: ‘SEDAPIPR INPRESSO NA? Bd. Carlos Taurisana ep: 70.770-504 ~ Brasila/DF Comer Agra oe Deena Eoonomch CADEIMJ Protocol. Ge GE 08700.002393/2014-14 Memorando n° 27/2014/Pres/CADE Brasilia, 19 de margo de 2014. Ao Senhor Paulo Eduardo Silva Oliveira Chefe da COGEAP Assunto: Autuagio e Abertura de volume Solicito a autuagio dos documentos anexos e a abertura de volume referente tipo de processo “Consulta Publica n° 03/2014”. coca - SOOM Atenciosamente, Ate ANA CAROLINA LOPES DE CARVALHO ya roe e5ajay 9p on EAsTUTEPY OSI) 5 -sueat0 sittin Assessora istério da Justiga Conselho Administrativo de Defesa Econémica — Cade DESPACHO VMC 76/2014 O Presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econémica — Cade torna publica, para fins de abertura de consulta publica, nos termos do art. 31 da Lei n° 9.784 de 1999 e do art. 230, caput e §1°, do Regimento Intemo do Cade, a seguinte proposta de regulamentagio do art. 90, inciso IV da Lei n° 12.529 de 2011: RESOLUCAO N° 8 Disciptina as hipéteses de notificagdo da celebragiio de contrato associativo, de que trata 0 inciso IV do artigo 90 da Lei 12.529, de 2011. O PLENARIO DO CONSELHO ADMINISTRATIVO DE DEFESA ECONOMICA, no uso de suas at Lei n? 12,529 de 2011, nos termos do art. 53, caput, e do art. 54, inciso 1 da mesma lei, RESOLVI igdes que lhe confere 0 art. 9°, XV da Art. 1° Esta resolugio disciplina as hipéteses de notificagio da celebragdo de contrato associativo, de que trata o inciso 1V do artigo 90 da Lei 12.529 de 2011, Art, 2° Respeitados os critérios objetivos estabelecidos no art, 88 da Lei n® 12,529 de 2011, considera-se associativo qualquer contrato celebrado: 1- entre concorrentes; ou II — entre agentes econémicos que atuem em mercado verticalmente relacionado, sempre que pelo menos um deles detenha vinte por cento (20%) ou mais do respectivo mercado relevante, desde que preenchida pelo menos uma das seguintes condigdes: a) 0 contrato estabelega 0 compartilhamento de receitas ¢ prejuizos entre as partes; b) do contrato decorra relacdo de exclusividade, seja ela juridica ou fatica. Pardgrafo nico. Para aferir as relagées horizontais e verticais qué determinam 0 enquadramento das operagées nos incisos desse artigo, devem ser consideradas as atividades das partes contratantes ¢ das demais empresas integrantes dos respectivos grupos econdmicos, conforme definigdo do artigo 4° da Resolugao n? 2. Art. 3° Essa Resolugdo entra em vigor na data de sua publicagiio. periodo de consulta publica sera de 30 (trinta) dias, com inicio no dia 19 de fevereiro de 2014, quando a minuta proposta de alteragdo sera publicada no sitio eletrnico do Cade, € término no dia 21 de margo de 2014. As contribuigdes devem ser enviadas, por escrito, a0 Conselho Administrativo de Defesa Econémiea, no enderego SEPN, 515, Conjunto D, Lote a, Ed. Carlos Taurisano, Cep: 70770-504 — Brasilia/DF, contendo referéncia expressa no envelope ‘Consulta Péblica n? 03/2014", ou ainda pelo enderego eletrnico *consulta032014@cade.gov. br’. Brasilia, 19 de fevereiro de 2014. Cee QUES DE CARVALHO Presidente do Cade MINISTERIO DA JUSTICA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE DEFESA ECONOMICA DESPACHO DA PRESIDENCIA Em 18 de margo de 2014 Ref: Prorrogagdo do prazo para envio de contribuigdes as Consultas Pablicas n° 01/2014, n? 02/2014 e n° 03/2014. DESPACHO n° 097/2014/PRES/CADE Tendo em vista as diversas solicitagdes de promrogagio de prazo para a apresentagio de contribuigdes as Consultas Pablicas n° 01/2014, n° 02/2014 e n* 03/2014, bem como que a dilagio do prazo permitiri que mais entidades e interessados possam apresentar suas sugestées, prorrogo por 30 (trinta) dias 0 prazo para a apresentapdo de sugestdes as referidas Consultas. Diante do exposto, o periodo de consulta piiblica se encerra no dia 22 de abril de 2014. Ao Plenario para homologacdo. Publique-se. Eo despacho. VINICIUS#{ARQUES DE CARVALHO Presidente SEPN 515 Conjunto D, Lote 4 Ed. Carlos Taurisano Cep: 7070-804 - Brasilia/DF Sao Paulo, 17 de margo de 2014 Pres. F000148 Imo. Sr. Vinicius Marques de Carvalho DD. Presidente do Conselho Administrative de Defesa Econémica ~— CADE. Prezado Presidente, A FIESP — Federagaio das Indistrias do Estado de Sao Paulo solicita a V. Sa. a prorrogagiio do prazo para entrega de contribuigdes as Consultas Pablicas n° 1, 2 ¢ 3/2014, que estéio em andamento, cujo encerramento esta previsto para o préximo dia 21 de margo de 2014. Tal pleito se justifica em razaio da necessidade de termos tempo habil para recebimento das sugestdes que serio encaminhadas a esta Federagao pelos integrantes do Grupo de Estudos de Direito Concorrencial da FIESP/CIESP em relagio a: (i) Consulta Publica n° 1, no que tange as propostas de alterago do texto da Resolugdo n° 2, de 29/05/2012, e seus respectivos Anexos; (ii) Consulta Publica n° 2, relativa 4 proposta de Resolugo que altera dispositivos do Regimento Interno do CADE; (iii) Consulta Publica n° 3 referente & proposta de Resolugio que regulamenta o art. 90, inciso IV da Lei n® 12.529/2011. Diante do exposto, a FIESP requer a V. Sa. a prorrogagiio do prazo, por mais 15 (quinze) dias, das Consultas Publicas 1, 2 e 3/2014. Certo de poder contar com o acolhimento desta solicitagdo, antecipo agradecimentos e renovo a V. Sa. protestos de estima e consideragio. ESP ‘SES! ‘SENAT Rs ‘Avenida Pouita 1979, aderagso Sonico ‘Servigo Nacional Instruto nat (aa5 Incision Soci + Go Aprendizagem Reber Simonsen Tol (1 a> Exies0 de indict Ingusiras Fax. (11) 3284 120 S30 Peulo Luiza Kharmandayan De: koli,cousins@freshfields.com em nome de andrea gomesdasilva@treshiilas:tom— Enviado em: segunda-feira, 24 de margo de 2014 07:30 Para: Consulta 012614; Consulta 022014; Consulta 032014 Assunto: Consultas Publicas n® 01/2014, 02/2014, 03/2014 Anexos: FBD Commentarios Consultas Publicas N 01 02 03 2014.pdf Ao Sr, Presidente do Consetho Administrative de Defesa Econémica ~ CADE Ref: Consulta Poblica n® 01/2014: alteragao do texto da Resolugo n? 2/2012 e anexos. Consulta Pablica n° 02/2014: alteragao de dispositivos do Regimento Interno do CADE. Consulta Pablica n° 03/2014: proposta de Resolugo regulamentando 0 artigo 90, IV, da Lei n® 12.529/2014, Prezado Senhor, \Vimos pela presente apresentar o anexo documento contendo os nossos comentirios e contribuigBes em relago as propostas submetidas pelo CADE por meio das Consultas Publicas em referéncia. Agradecemos pela oportunidade de contribuir de alguma forma e colocamo-nos a disposigao para prestar quaisquer esclarecimentos que as autoridades brasileiras entendam necessérios. renciosamente, Andrea Gomes da Silva Andrea Gomes da Silva Parner Freshfields Bruckhaus Deringer LLP 05 Fleet Sireet London ECaY tS. Tr48 20 7427 3105, Mr44.7976 366 267 ‘endies,oomesdaslvadbiceshfeds com swew froshfields.com ‘This emails conidenta! and may be legaly privieged. you have recelved iin err, pleats noliy us immadiataly and than delete it, Plase do nat copy «tsclse its contents or use i fo" any purpose. Freshfelds Bruckhaus Deringer LLP i limited lablty parneishiprenstered in England and Wales wih registered number OC324760, We are authorised 1 regulated by the Soscaors Regulation Auhorly anda st of out members (and of the hor-members who ao Geslnated ss parters) and felt Jaifcalons is evalable for nspectcn at ow regstorod office, 65 Feet Street, Landon EGAY IHS, Any reterenes loa partner means @ member, of 8 san of employee wi eauivalent stan ad qusicalns, of Fess Buckhaus Dernget (LP oan aad is rete Plas afar ‘e Tor regulatory information (including in relaion to the proviion of nurance mediation serves) Email secured by Check Point prea OF COMENTARIOS AS CONSULTAS POBLICAS N* 01/2014, 02/2014 03/2014 DO CADE 4 1. Inrropugio 1.1 Freshfields Bruckhaus Deringer LLP (Freshfields) agradece pela oportunidede para apresentar seus comentirios em relagdo as Consultas Pablicas n° 01/2014, 02/2014 03/2014 (Consultas Piiblicas), langadas pelo Conselho Administrative de Defesa Econémica (CADE) em 19 de fevereiro de 2014. 1.2 Acteditamos que as presentes Consultas Publicas representam uma boa oportunidade para dividirmos nossas impressdes a respeito das modificagdes normativas propostas pelo CADE, pela perspectiva de um escritério estrangeito que representa clientes de diversos paises. Os comentérios submetidos a seguir sio baseados em nossa significativa experiéncia com o Direito da Concorréncia, mais especificamente com relagdo ao Controle de estruturas, acumulada em diversas Jurisdig6es em que atuamos tanto independentemente quanto em préxima colaboragao com escritérios locais, como fazemos no Brasil, na representagdo de clientes dos mais diferentes setores econémicos.' 13 Ao longo dos ultimos anos, estivemos indiretamente envolvidos em iniimeros assuntos de nossos clientes perante o CADE, principalmente em casos de controle de concentragées. Isso nos possibilitou acompanhar 0 desenvolvimento da defesa da concorréncia no pais ¢ o fortalecimento de suas autoridades e instituigdes, de um lado, € angariar conhecimento suficiente para ter uma visio compreensiva a respeito dos mnecanismos e procedimentos previstos nas normas brasileiras, de outro. 1.4 Os comentarios contidos no presente documento sio do priprio Freshfields. Eles ndo necessariamente representam as visdes individuais de quaisquer de nossos clientes ou advogados. 2. COMENTARIOS GeralS 2.1 & muito bem-vinda a do CADE de aprimorar as normas aplicaveis 20 controle de estruturas por meio de modificagSes que buscam esclarecer determinados pontos controvertidos, aperfeigoar os procedimentos de anilise & eliminar a necessidade de notificagdes de operages que reconhecidamente nfo criam preocupagdes concorrenciais. Modificagdes com esse objetivo so louvaveis ¢ bem recebidas na medida em que proporcionam maior segurangs juridica © maior eficiéncia na utilizagio de recursos piblicos e privados. 2.2 Entendemos que as modificagdes propostas buscam esses objetivos, ie. prover maior clareza a determinadas préticas que vinham sendo adotadas pelo CADE, disciplinar questdes trazidas pela Lei n° 12.529/I1, esclarecer sobre necessidade ¢ momento de submissio de determinadas operagdes, aprimorar as hipéteses de enquadramento no procedimento sumério e aperfeigoar aspectos de cunho processual. Vide: hups/www freshfields.comeniglobalwhat_ we dolour servicesiCom; Page? RLSAISO7 FENDING.S13063 ® Freshfields Bruckhaus Deringer COMENTARIOS AS CONSULTAS PUBLICAS N° 01/2014, 02/2014 £ 03/2014 CONTRIBUIGAO DE FRESHFIELDS BRUCKIAUS DERINGER LLP 20 DE MARCO DE 2014 2.3. Tendo em vista esses objetivos, acreditamos que alguns cuidados e ajustes pontuais seriam tteis para assegurar que as modificages que efetivamente venham a ser implementadas nao venham a se tornar novas fontes de incertezas, Isso dito, os comentarios ora apresentados visam abordar os pontos que consideramos merecer especial atengo do CADE para garantir que os objetivos propostos sejam alcangados. 3. CONSULTA PUBLICA N* 01/2014: PROPOSTA DE ALTERAGOES A RESOLUGAO CADE N* 2/2012: DEFINIGAO DE GRUPO ECONOMICO, CONSOLIDAGAO DE CONTROLE, PROCEDIMENTO SUMARIO E DEBENTURES 3.1 A primeira modificagdo colocada na Consulta Piblica em referéncia diz respeito & definigio de grupo econémico para célculo de faturamento para os fins do artigo 88 da Lei n® 12.529/11, especialmente em relago aos fundos de investimento. Essa questio € reconhecidamente complexa e sujeita a muito debate em nivel internacional, principalmente diante das intimeras formas que os fundos de investimento podem apresentar de acordo com as leis dos paises em que estes sto constituidos. 3.2 Nessa linha, muito embora existam formas mais simples de enfrentar a matéria sem prejudicar ou dificultar a fungio de controle concorrencial, entendemos. que 0 CADE fez bem (i) em diferenciar a definigao de grupo econémico para fins de caleulo do faturamento ¢ (ii) ao colocar de forma expressa aquilo que vinha aplicando na pritica, Nesse tocante, vale ressaltar a importincia que se deve atribuir 4 clareza e preciso da norma para que se evite situagSes de incetteza ¢ que gerem dividas € complicagdes desnecessirias para a prépria autoridade concorrencial e aos investidores nacionais e internacionais. 3.3. Com relagdo as hipéteses de enquadramento no procedimento sumério, é muito bem-vinda a iniciativa de aproximar o critério de participagio de mercado nos casos de integragiio vertical a padries internacionalmente aceitos. 3.4 Também & muito bem recebida a proposta de incluso da possibilidade de aplicago do procedimento sumério para casos de auséneia de nexo de causalidade, tendo em vista a baixa, ou até mesmo insignificante, probabilidade de efeitos concorrenciais sensiveis na estrutura dos mercados afetados. Contudo, deve-se ponderar se nfo seria o caso de aprimorar os critérios ora propostos de forma a eliminar a necessidade de notificagio de operagdes em que o incremento de participago de mercado for reconhecidamente pequeno. 3.5 A alteragdio submetida para consulta piiblica permite interpretagdes no sentido de que nfo seria possivel aplicar 0 procedimento sumério para toda e qualquer operago que resulte em acréscima de participago de mercado quando esta envolver uma parte cuja participagio seja igual ou superior a 50%. Tal como proposto, as partes envolvidas terdo o elevadissimo Snus de apresentar um série de informagSes de mercado exigidas no formulirio do rito ordindrio ainda que o acréscimo de participago de mercado seja inferior a 1%, BRUSAIOTIG FENDING.S13053 3.6 _Nesse sentido, uma alternativa plausivel seria posta por um. critério cumulativo que envolva determinada participagio de mercado por outro baseado somente no Indice Herfindahl-Hirschman (EHD). Uma modificagao como esta (i) estaria completamente alinhada com praticas internacionais, (ji) continuaria a atender os objetivos perseguidos pelo CADE e (iii) permitiria o rito sumério para ‘operages que resultem em aumentos insignificantes de participagdo de mercado. 3.7 Também é louvével a iniciativa de eliminagdo da necessidade de notificagao da hipétese prevista no artigo 11 da Resolugio CADE n° 2/2012, i.e., consolidagao de controle que resulte na condigfo de maior acionista individual. Por outro lado, destaca-se 0 fato de que a nova redacdo proposta para o artigo 9° da referida resolugo pode vir a gerar dividas, pois demanda a notificagdo para todo e qualquer tipo de alterago de controle. Nessa linha, de forma a afastar possiveis incertezas juridicas, 0 CADE andaria bem se qualificasse as hipéteses compreendidas como sendo alteragdes de controle de notificaciio obrigatéria ou propusesse uma definig¢ao de controle para tais fins 3.8 No que toca o iiltimo ponto desta Consulta Piblica, entendemos como bem- vinda a regulamentagdo das hipsteses de notificagao de operagdes de notificagzo de debéntures. Muito embora existam discusses sobre a necessidade de notificagdo de operagdes como essas, 0 CADE acerta ao regular aquilo que de certa forma vem aplicando em suas decisdes. 4. CONSULTA PUBLICA N* 02/2014: PROPOSTA DE REGULAMENTAGAO DE OPERACOES REALIZADAS EM BOLSA DE VALORES E PROCEDIMENTO DE AVOCACAO PELO TRIBUNAL DO CADE 4.1. Em relago a Consulta Pablica em referéncia, limitamo-nos a comentar que, indiscutivelmente, 0 CADE contribui muito para a seguranca juridica ao regular a forma como devem ser notificadas as operages realizadas em bolsa de valores. Sem divida essa iniciativa elimina dividas de muitos investidores, principalmente se considerada a dinamicidade dos mercados de valores mobiligrios. 42 — Como meio de tornar a questo ainda mais segura, seria proveitoso esclarecer que operagdes em bolsa de valores realizadas para investimento de curto prazo sem exercicio de direitos politicos nfo demandariam notificagao ao CADE. Ainda que isso possa ser inferido da mudanga proposta, a adogo desse cuidado adicional afastaria por completo qualquer diivida sobre investimentos de curtissimo prazo, num ambiente ‘em que bancos ¢ investidores realizam inineras operagdes no mesmo dia. 5. CONSULTA PUBLICA N* 03/2014: ADOCAO DE RESOLUGAO DISPONDO SOBRE A CELEBRACAO DE CONTRATO ASSOCIATIVO, DE QUE TRATA O INCISO IV DO ARTIGO 90 DA LEE N* 12.529/11 5.1 De todas as questées colocadas sob Consulta Piblica, a regulamentagdo das, notificagSes envolvendo contratos associativos provavelmente é a mais aguardada nacional e internacionalmente. Também & aquela que pode gerar o maior impacto sobre 0 numero de notificages atualmente submetidas a0 CADE. Considerando a data de entrada em vigor da Lei n® 12.529/11, parece ter corrido tempo suficiente para maturagdo da ideia daquilo que se deve considerar como contrato associative de Page 4 [BRUSSETG FENDING-S12063 notificago obrigatéria. Portanto, a proposta de regulamentagao chega em bom ‘momento. 5.2 Ainda que a regulamentacZo da matéria seja extremamente necesséria esperada, o texto normativo contido na proposta aparenta conter uma linguagem que pode levar a0 incremento substancial de notificagdes a0 CADE de operagdes incapazes de gerar quaisquer problemas concorrencias 5.3 A adogio de critérios objetivos ¢ precisos em relagio & obrigatoriedade de notificagao de operagdes ¢ sempre recebida com louvor. Eniretanto, é fundamental ‘que esses critérios encontrem respaldo nos objetivos perseguidos pela Lei por meio do controle de estruturas. Logo, a0 menos em tese, a autoridade concorrencial deve analisar aqueles atos ¢ contratos capazes de alguma forma alterar a estrutura de mereado. Contratos nitidamente incapazes de gerar problemas dessa ordem nao deveriam estar, ao menos a priori, sujeitos & notificago obrigatéria, 5.4 Isso dito, parece prudente associar a necessidade de submissio A verificagio de efeitos concorrenciais das relagdes verticais e horizontais no contexto do contrato em questo. Do contririo, seré potencialmente de notificagdo obrigatéria qualquer relagdo contratual que envolva partes cujos grupos econémicos mantenham entre si alguma forma de relagdo vertical ou horizontal, mesmo que estanque do préprio contrato em questo. 5.5 Essa delimitagdo mostra-se especialmente importante no caso do artigo 2°, 1, da proposta de Resolugdo n° 8/2014, pois tal como colocado todo e qualquer contrato entre empresas de grupos que eventualmente concorram em algum mercado estari sujeito & notificag#o CADE; até mesmo simples contratos de fornecimento, prestagio de servigo e de compra e venda poderiam ensejar uma submissto, 5.6 _Acreditamos que seja saudével buscar que a Resolugdo a ser implementada contenha um conceito apropriado de contrato associativo e que adote critérios que vinculem a necessidade de submissio (i) aos mercados relevantes associados ais relagies verticais € horizontais decorrentes dos proprios contratos (ii) consequentemente, a modificagdes estruturais. Isso certamente impedira um aumento substancial do namero de notificagBes a0 CADE de operagdes absolutamente inrelevantes concorrencialmente, permitindo que a autoridade e as partes fagam um uso mais effcientes de seus recursos. 5.7 Nessa linha, acreditamos que a experiéncia de outras jurisdigdes ¢ suas respectivas normas vigentes a respeito de operagdes sujeitas ao controle de estruturas, eventuais excegdes aplicdveis e guias de andlise podem apresentar sugestoes interessantes para servir de inspiragdo para a adogdo de um conceito de contrato associative que atenda tanto a Lei n® 12.29/11 como as preocupagées do CADE? Vide, por exemplo: Orientagbes para a apreciag%o das concentrages nfo horizontais nos termos do Regulamento do Conselho relativo ao controle das concentragSes de empresas; Orientagdes relativas & aplicagdo do artigo 81 do Tratado CE aos acordos de transferdncia de tecnologia; Regulamento (CE) n° 772/204, de 27 de Abril de 2004 relativo a aplicago do n 3 do artigo 81 do Tratado a categorias de acordos de transferéncia de tecnologia; Pages RUST PENDING S129 5.8 O emprego de critérios mais restritivos n&o representam um aumento de eventuais riscos, tendo em vista que a propria Lei n® 12.529/11 dispde de outros mecanismos para reprimir abusos concorrenciais. Nessa linha, o controle de condutas possui instrumental juridico suficiente para coibir préticas que atentem contra a ordem econémica, sejam aquelas decorrentes do abuso de poder dominante como aquelas relacionadas 4 coordenagdo entre agentes econémicos. 5.9 Esses stlo 0s nossos comentérios e contribuigdes em relagio as propostas submetidas pelo CADE por meio das Consultas Publicas. Agradecemos pela oportunidade de contribuir de alguma forma e colocamo-nos a disposigo para prestar quaisquer esclarecimentos que as autoridades brasileiras entendam necessirios. Pages BRUSLIOT FENDING-S13063 BARROS PIMENTEL * ADVOGADOS Luiza Kharmandayan De: Maria Alice [maria alice@barrospimentel.adv.br] Enviado em: quarta-feira, 16 de abril de 2014 18:29 Para: Consulta 032014 Assunto: Contribuigao - Consulta publica 03/14 Anexos: Contribuigao Consulta Publica Cade 3_2014.pdf Prezado Sr., Com nossos cumprimentos, vimos apresentar contribui¢o & minuta de Resolugao n® 8 do Cade, disponibilizada na Consulta Publica n° 03/2014. Grata, Maria Alice Rodrigues maria,ali In v.be imentel, Alcantara Gil, Rodriguez e Vargas Advogados smeda Ministro Roche Azevedo, 456, 8° ander 10-000 S80 Pavio = SP Bras +55.11.3896-1607 Esta mensagem destina-se apenas & pessoa a quem fol enderegada @ pode conter Informacge contidencial, pare conhecimento exeluslvo do destinatéric. Caso a mensagem tenn sido recebida por engano, favor comunicar ao remetente e apaga-ia. A leltura, revelacso, divulgacBo ou qualquer outro uso desra mensagem por pessoas distintas de seu destinatario € estrtamente prolbide, ‘This message is intended only for the person to which it was addressed and may contain confidential anc/or proprietary Information. If ‘you recelveo tnis message in error, please contact the sender and delete t. Any review, disclosure, dissemination or any other use of this message by persons or entities other than the intended recipient is stretly prohibited. Email secured by Check Point BarrosPimenta AlcantaraGi' Rodriguez @ : Vargas Advogados| S80 Paulo, 16 de abril de 2014. ‘Ao Conselho Administrativo de Defesa Econdmica~ CADE Por e-mail Ref.: Consulta Publican? 03/2014 Prezado Sr., Com nossos cumprimentos, vimos apresentar contribuigdo & minuta de Resolusdo n? § do Cade, que disciplina as hipéteses de notificagio da celebracdo de contrato associative de que trata 0 inciso IV do artigo 90 da Lei 12.529/2011, disponibilizada na Consulta Publica n@ 03/2014. A Lei 12.529/2011 tratou da definigéo de “atos de concentragdo” de forma mais detalhada do que a legislagao anterior, esclarecendo que sera assim qualificada a hipétese de 2 (duas) ou mais empresas celebrarem “contrato assaciativo, consércio ou joint venture” (inciso IV do art. 90 da nova Lei). A minuta da Res. 8 especifica que seré “associativo” qualquer contrato, observados os critérios abjetivos legais, realizado entre agentes econdmicos que tenham relago de mercado horizontal ou vertical nas formas ali descritas (incluindo, portanto, os préprios consércios e joint ventures). © objetivo da obrigatoriedade da notifica¢o, estabelecida na forma da Lei 12.525/11 e da Res. 8, & observéncia, pelos éredos de defesa da concorréncia, dos efeitos do ato sobre as atividades desses agentes econdmicos do ponto de vista concorrencial, para determinar as providéncias cabiveis. Por essa razdo, atos de concentracao que, de nenhuma forma, possam Produzir impactos sobre a estrutura de mercado relevante no sdo de notifica¢o obrigatéria ~ sob esse fundamento, a prépria lei apresenta exceco na hipétese de os contratos associativos, consércios ou joint ventures serem “destinados as licitacées promovidas pela administraco publica direta e indireta e aos contratos delas decorrentes” (paragrafo Unico do art. 30), A excegio fundamenta-se no fato de que as associagées (contratos associativos, consércios ou Joint ventures) destinadas a licitades com vistas & realizagio pontual de um projeto especifico (por exemplo, uma obra, um servico, etc.) nao constituem unidades econémicas auténomas, como as empresas. N3o hd formagio de um agente que atue no mercado relevante, explorando de forma duradoura uma determinada atividade econdmica, 20 lado de e em ‘competiggo com outros agentes, mas apenas a combinacSo proviséria e restrita de alguns ativos e capacidades com um objetivo bastante definido. Essas caracteristicas no ecessariamente se aplicam a concessionérias prestadoras de servico publico - daf a jurisprudéncia do Cade, construida sob a vigancia da legisla¢o anterior e consolidada na Sdmula 03, de 19/09/2007, estabelecer a obrigatoriedade de submissio de atos de concentracdo “apés a assinatura do contrato de concessio”. esse sentido, a ressaiva do pardgrafo tinico do art. 90 da Lei 12.529/2011 justifica-se nfo em rato do caréter piiblico da licitag3o, mas sim em razio do objeto restrito da associagdo ~ a ‘red Mise Roche Azer, 456 0 30-000» Sto ao, SP ~erasl- Ta: S-13-586.1600 Fn: SSR BEN AEOE Sindh tarapretta guaran ek or tan tomverwapineed none BarrosPimentel| AlcantaraGil| Rodriguez @ Vargas Advogados execugdo de uma obra ou servico espectfico (que no caracterize prestago continuada de servigos pablicos) que no implica desenvolvimento de atividade econémica de forma auténoma e no tenha impactos sobre a estrutura do mercado. Por isso, entendemos que 0 espirito da ressalva no se limitaria a contratos associativos, consércios ou joint ventures “destinados as licitagdes promovidas pela administrac8o publica direta e indireta e aos contratos delas decorrentes", mas também a contratos associativos, consércios ou joint ventures de cardter transitério, com prazo de durago determinado ou determindvel,firmados para a execugio de obras ou servicos especificos, quer decorrentes de licitagées ou contratagdes privadas ou licitagdes promovidas pela administragao piblica direta e indireta @ aos contratos delas decorrentes. No mercado de infraestrutura & muito comum a constitui¢go de consércios entre empresas de engenharia e construtoras e/ou montadoras industriais para a execucdo de empreendimentos espectficos de grande porte, seja para clientes puiblicos ou privados. ‘A mesma ldgica que move empresas a constituir consércios para a participagao em licitacbes publicas (complementariedade de competancias, divisdo de riscos, soma de capacidades financeiras, etc) leva empresas a constituir cons6rcios para a prestagdo de servicos e a execugdo de empreendimentos a clientes privados, n&o se justificando a excecSo em funcao da natureza publica ou privada do cliente. H4 que se considerar, ainda, que, no mercado privado, os prazos para a apresentacdo de proposta costumam ser mais exiguos do que aqueles concedidos em licitagdes publicas, de sorte que no haveria tempo habil para a negociaggo entre as consorciadas de um Compromisso de Constituigo de Consércio para a participagio em determinada oportunidade, sua submisso a0 CADE, respectiva andlise por este érgio, elaboracdo da orgamentagio do empreendimento e elaborag3o da proposta para, s6 ent¥o, apresentar a proposta ao cliente privado para a execugio do empreendimento em consércio. Diante do exposto, sugerimos seja incluido um novo dispositive na Res. 8 para escarecer que no serdo consideradas atos de concentracio os contratos associativos, consércios ou joint ventures cujo objeto seja executado em prazo determinado ou determinavel, destinados & realizago pontual de obra, servigo ou empreendimento especifico, decorrente do icitagées ou contratagées privadas ou promovidas pela administragao piiblica direta © Indireta, desde que no implique (i) a constituigdo de uma unidade econémica auténoma que atue em determinado mercado relevante, explorando de forma duradoura uma determinada atividade econémica, ao lado de e em competicao com outros agentes, ou (ii) a combinacao de ativos e capacidade com carater nao transitério e nao restrita apenas a tal projeto. Atenciosamente, ‘Maria Alice Rodrigues (©AB/SP n? 300.684 Barros Pimentel, Alcantara Gil, Rodriguez e Vargas Advogados arma Meee Rech Beare, ASE © anda 1430-000 Sh Po, 5 Bra - Yl: 88-12 28063400 on; 9:12 38¥4 1808 nah Srtasinanca@bercrmonnd ek ot aia nonsaercatnaresear IBP Luiza Kharmandayan De: Luiza Kharmandayan Enviado om: quarta-feira, 16 de abril de 2014 19:57 Para: Consulta032014@cade.gov.br Assunto: ENC: IBP - Contribuigdes & Consulta Publica CADE n? 03/2014 Anexos: Proposta IBP - Consulta 3 - 2014.pdf; JUR_BR_1147166_1.doc De: Luiza Kharmandayan Em nome de Consulta 012014 Enviada em: quarta-feira, 16 de abril de 2014 19:52 Para: Ana Carolina Lopes de Carvalho Assunto: ENC: IB? - ContribuigSes 3 Consulta Publica CADE n° 03/2014 De: Matias Lopes [mailto:matias.lones@ibp.ora,br} Enviada em: quarta-feire, 16 de abril de 2014 15:50 e: Consulta 012014 ssunto: IP - Contribuicbes & Consulta Piblica CADE n° 03/2014 Prezados Senhores, 0 IBP, entidade voltada para a promoBif do desenvolvimento do setor nacional de petr@, gle biocombustiis, visando uma indstria competitiva, sustent'l, 48ca e socialmente respons, a0 longo de seus 50 anos, construiu reconhecida credibilidade junto @ociedade e ao Estado nfifapenas por seu singular conhecimento tfkico, mas tamb$Enor fomentar as discussie grandes temas para a constante estruturaiit do perfil do setor afim. Por isso 0 IBP sada a iniciativa do CADE de compartilnar previamente com os diversos segmentos da sociedade, as minutas de normatizafits que acabam por afetar a todos os agentes econtlitios. OIBP, atravif¥dos arquivos anexos (mesmo contedo em PDF e Word), encaminha seus comentios € sugest@lfelaborados para a Consulta Pblica CADE n 03/2014. Vale observar que os coments ora encaminhados representam, em termos gerais, a posilft dos associados do IBP sua integralidade, sem preju do envio individual de pontos especiicos pertinentes a cada empresa. Atenciosamente, Matias de Oliveira Lopes IGP ~ Gerente Jurco e Tributo Av Almirante Barroso, 52 ~ 26 andar Rio de Janeiro, RI Tel: +5521 21129013 Cel: #5521 974275886 Email secured by Check Point 99T0SE-Z56S - TANBTLATT - NaTwAE -sowoureapou Jop opdeouqey eu wenye anb sesazdwe} 339

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