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Encontrar a solugao geral de uma equagZo diferencial linear de segunda ordem depende da determinagio de um conjunto fun- damental de solugées da equagio homogénea. Até agora, 6 vi- ‘mos um procedimento sistemtico para a construgao de solugbes fundamentais no caso de coeficientes constantes, Para tratar a classe muito maior de equagdes com cocficientes varidveis, é ne ‘cessrio estender nossa procura de soluges além das fungOes ele- rmentares do Caleulo. A ferramenta principal de que precisamos 6 a representagio de uma fungo dada em série de poténcias. A jdéia basica é semelhante a0 método dos coeficientes indetermi- nados: supoms que a solugio de uma equagdo diferencial dada ‘tem expatisdo em série de poténciss , depois, tentamos determi: nar os coeficientes de modo satisfazer a equagio diferencial. 5.1 Revisao de Séries de Poténcias Neste capitulo, vamos discutir autilizagao de séres de pottncias para ‘onstmirconjuntosfundamentais de sclugées para equagies diferen- ciais lineares de segunda ordem eujos coeficientes so fungies da vvaridvel independente. Comegamos resumindo, muitorapidumente, ‘os resultados pertinentes sobre séries de poténcias que precisaremos, (0s litres fariliarzados com séries de poténcias pocem ir direta- ‘mente para a Seglo 5.2. Os que precisrem de mais detalnes do que ‘0s contides aqui devem consulta um livro de Calculo, 1. Uma série de poténeias © a,(x — 19)" converge em um onto x se . Exemplo 1 Para quais valores dex a série de pottncias Levine 2" converge? Solucées em Série para Equacoes Lineares de Segunda Ordem dim Yoe,0 4)" = existe para esse x. A sfrie certamente converge em .x = xy; pode convergir em todo x, ou pode convergir para alguns valores de xe ndo convergir para outros. 2. A série 3a,(4 — 9)" converge absolutamente em um ppomto xe Silage — ag! = So laglle al" = & ‘converge. Pode-se mostrar que, se a série converge absolu- tamente, entio ela converge; no entanto, a reefproca nio é rnecessariamente verdadeira . Um dos testes mais gteis para a convergéncia absoluta de uma série de poténcias é o teste da razio. Se an * 0 e se, para um valor fixe dex, entioa série de poténcias converge absolutamente em x se Pondi< ledivergesels xf L> I.Sele~xfL = 1, S test nio€ conclsive. ‘Vamos usar 0 teste da rao para testar a convergéncia. Temos yin + ae = 2)"*" (Dn = 2)" n+l Jim, =lr-2) Jim "Et =Ir-21 ‘132 _Soluctesem Serie para Equaces Lincares de Segunda Ordem De acordo com item 3a src converge absoutamente para e = 2]<1.oul << 3,¢cdiverge paralr~ 2> I. Os valores de paras quaisy~ 2] =Isdox= lex = 3.A série diverge 4. Seasérie de poténcias ¥, a,(x~ x)" converge em xe ‘entdio converge absolutamente para jt — x) < |x, ~ x; se ela diverge em.x ~ x, enti diverge para x ~ x] > bx, ~ '. Existe um nlimero nio negativo p, chamado de raio de con- veréncia, tal que 3, a,(x ~ %5)*converge absolutamen- te para x ~ xj < pe diverge para |x ~ x] > p. Para uma série que converge apenas em x = x definimos pcomo ero; para uma série que converge em todo x, dizemos que p é infinito, Se p > 0,0 imervalo x ~ 4] ~ p € chamado de intervalo de convergéncia; éindicado pelo trecho hachu- Exemplo 2 Determine 0 raio de convergéncia da série de poténcias Vamos aplicar 0 teste da razor (eI) nh @+pzrFa+y" Moy & 2 nemn+t lim Assim, a sétie converge absolutamente para + 1| <2, ou —3 < 1 Le diverge para + I|> 2. O rao de converpéncie da série de potencias € p = 2. Finalmente, vamos veriicar os extemos do inervalo de convergéncia. Em.x = 1, a série €a série harménica Suponhague E440 — ay € 3 ble gem paras) g(), respetvument, par | — x) 0. 4%)" conver- 6. Asséries podem ser somadas ou subtrafds termo 8 termo.e £0) £862) = DG, +d) = Hy)" = a série resultant converge para x ~ xj < p, pelo menos. 7. As séies podem ser muliplicadasformalmente © i See »'] [= its 2] = Sea conde ¢, = ayh, + ab, + ... + aby. A série resultante ‘converge para x ~ 44 = p, pelo menos ‘Alm disso, Ss.) # 0, a8 séres podem ser formalmente sivididas La (ear Sa) £@) 8) ppara cada um desses valores de.x, ja que 0 n-ésimo termo da sé- Fie nio tende a zeto quando n> =, Asétie Keke —+— converge —+— Gvsiog—> ‘absolutamente me A série verge xP OtP * \ asso poe“ covwergi ou dvergir FIG. 5.1.10 invervalo de convergéacia de uma série de poténcias, Imipna Fig 5.1.1 Asie pode convergrou vers qu- dole = x= p. rh Bin que diverge, Em.x = —3, temos cont Seon yay {que converge, mas nio absolutamente. Dissemos que a série converge condicionalmente em.x = ~3. Para resumir, a série de poténcias dada converge para 3 0 ta das as fungdes familiares do eélculo so analiticas, excetO, tal ver, em alguns pontos facilmente reconheciveis. Por exemplo, Exemplo 3 Escreva_ 34,2" como uma série cujo primeiro termo corres- ponde a a Sejam =n — 2;entdon = m+ 2en = 2corresponde am = 0. Logo, dae = Deter = ‘ Excrevendo alguns fermos iniciais de cada uma dessas séries, pode-sc verificar que elas contém precisamente os mesmos ter- lem ver de a Exemplo 4 Bscreva a série Vert 290 + Da, = 19)" @ = como uma sécie cujo termo geral envolve (x ~ x) em vez de nay Novamente, desiocamos.o indice do somat6rio por 2, de modo » Exemplo 5 Escreva a expressdo 2 etme como uma série cujo termo geral envolve x" co Solus em Seri para Equacies Lineares de Segunda Ondem 133 sen xe ¢" sfo analiticos em toda a parte, [x & analftica exceto em x= Oe tg x6 analftica exceto nos mltiplos impares de 2/2. De acorda com as afirmagves 6 e 7, se fe g so analiticas em xy, eno f* g,f- ge fig desde que g(x) # 0} também sso analti- cas em.x = ¥. Em muitos aspecios o contexto natural pera uso de séries de poténcias € 0 plano complexo. Os métodos e resul- tados-deste capftulo podem ser difetamente estendidos, quase sempre, para equagdes diferenciais nas quais as varidveis inde- pendente e dependente assumem valores complexos, Destocamento do Indice de Somatério, O ince de somatério muna série infiuita ura vavivel muda, da mesma forma que 4 varidvel de inte graso em ums integral definidn¢ uma vase ‘el muda, Logo, nio importa a lea usada para indice de um Somatro, Por exemplor Pre fae! mee Da mesma forma que podemos mudara varie de integra- lo em uma integral definia, é conveniente fazer mudangas no Indice de somatério aos caleularsolugoes em sri para eqa- oes diferencias. Vamos iosrar atraves de diveros exemplos ffomo muda indice de sma. ‘mos. Finalmente, na série & direita do sinal de igualdade na Eq, (1), podemos substituira varivel muda m por n, obtendo yer Sage. Com efeito, destocamos o indice de 2 unidades para cimae com- pensamos isto comegando a contar a partir de 2 unidades ubsixo do indice original @ quem ésubstituido porn + 2 comegamos a contar de 2unida- des abaixo. Obteros DV 4) + 3)a,, a8 — 26)" @ ‘Voce pode verificarfucilmente que os termos nas séries (3) ¢(4) slo exatamente os mesmos, Cologue, primeira, .° dentro do somatério, obtendo Sect age! © “Drok Tylor 1688-173 fla maemo ngs mas imparted ge une de Newton Em 1715, gabe un es get ds tae cays ue vn. {vel amen etd xo ade Fo ute wt oe ena Unc defen ala tases sch egestas de ‘cies Sens 134 Solucoes em Sere para Equacoes Linares de Segunda Ordem A.seguir, mude o indice do somatério por I e comece a contar 1 cima. Assim, Letmaa! = yr tn—Na,., o Exemplo 6 Suponha que Yaa" = a,x" 8 i para todo e determine 0 que isso implica sobre 0s coefcientes Quoremos usar a afirmagao 10 para igualar os coeficientes correspondentes nas duas series. Para fazer isso, precisamos, primeiro, escrever a Eq, (8) de modo que as duas éries tenham ‘Amestna poténcia dex em seus termos gerais. Por exemplo, na série & esquerda do sinal de igualdade na Eg (8), podemos subs- titaien porn + 1 ecomegara contar de 1 amenos. Assim. a Eq. (8) fica Lot dae" = oa," o = cot De acordo com a afirmagio 10, podemos conctuir que + Da, =4,, 04.2.8. Problemas Nos problemas de I a8, determine o raio de convergéncia da série se poténeias dad. 1 Senay 2 Ee . «pacer : Nos problemas de 9a 16, determine a sérede Taylor da fongo dada ‘em tomo do ponto x, Determine, também, 0 raio de convergeacia, da série, 9. senx, Ne a 13. Inx, yal ‘ %=0 ‘Novamente, voeé pode verificar facilmente que as duas séries ma Eq, (7) sto idénticas e que ambas Sio exatamente iguais & ex- pressio em (5). a+ Logo, escolhiendo valores sucessivos de na Eq, (10), femos. ay Portanto a relagio (8) determina todos os coeficientes a seguir «em fungio de a, Finalmente, usando os coeficientes dados pela Eq. (11), obtemos ‘onde seguimos a convengao usual de que 0! = 1. 17, Datoguey= x caeue yey" ecscreva cs quo pi ‘meiros termos de cata uma das sécies, assim conta o coefici- fete de 2° no termo ger 18. Dadoquey = 2, @," calculey’ ey" eesereva os quatro pri- _meiros termos'de cada uma das série, assim como a coef tiente de no temo gersl, Mostee que, sy" = y, ento 0s eo- eficientes ay ¢ sia abitros: determine a, ¢ em fungi dea,ea, Mostre que ay, = agin + 2)(n + 1m Nos Problems 19 &20, verifique a equacuo dada, v9, Faa— w= So 0-0 Nos problemas de 21 227, screva a express dada como uma s6- Fie cujo temo geral envalve 21, Enea" 2, Fas?

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