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POR QUE TENHO MEDO DOS JUIZES (a interpretacdo/aplicagao do direito e os principios) Eros Roberto Grau 6° edigao refundida do ensaio e discurso sobre a interpretacao/aplicagao do direito Apéndice ALINGUAGEM E OS CONCEITOS JURIDICOS 106. Sobre a linguagem juridica = de penetrarmos o nivel fing do direito. Note-se q “o estuido que No 1977:2] ~ sao ca ara que possamos falar subst ma disse-o ja Th by any other ‘205 imperiais: “Deu edo Mal, e essa era ak 1a; mas depois, dizendo? —, encorajara-o a dar nome: xado livre 0 seu stidito terrestre. De fato, eml 1 Por QUE 10 MEDO Dos ue nomina sunt consequentia rerum, 0 livto do Gi . bastante claro sobi Iquer que Fosse o esse deveria yenas Os cone: palavra mens ad placi e coletiva convengao” (Keo 1983:403} \do Hospers {apud Gor pode usar ruide que qi to que esclarega o que de: 108. (segue) Sendo -ados das palavras ou ex; uma convengao, Aconvengao ~ observa Cat “ad hoc” ou tdcita e geral. Ai ciais; no segundo, as nda, da expo- ce expressdes da 1os de nos miio de palavr 1s dela. Tomamos 0s ten 8:45-46] refere torativa, seu espect que conta. Cu de denot sentidos divers 0¢8). Por iss. distingdes de claro e escut cores primatrias e as secunds atranserig’ Umberto Beco [2001244] “capaz de ex} -onsequencis fe essas duas cores € bem por nossas emogi ting&es fornecidas pela propri 110. (segue) sm juridica. E isso porque, se as Ieis devem ser abstratas e gerais, neces: jem de textura aberta. A propo nocessidade de distingui nas normas legais — nos textos normativos, 1s € expresses jurl porém, dizer que nio tenham el poderd ser desvendado na medida em que passemos a p > jogo. Desta participacdo no jogo decorre a possibilid LIL. Conceito e conceito juridico O conceito na concepgtio ari plo, a simplex apprehensio rei, envol ‘a ou imagem do objeto c: ende a simplex apprehensio nte do objeto si onceito, em opasica -a, € sempre abstrato, -a compreende, em si xém at representago to compre- lilo extraimos TERMO CONCEITO [TERMO} OBIETO igura I RMO i i i 48 POR QUETE 10 MEDO Dos ULzES 113. (segue) O conceito — ess: na de ide Is fermos (expr 108 dos conceitos ~ signos de si icagdes de coisas (coisas, estados + Oconceito essencialista, ex objeto € a coisa; esti no objeto" iro signo do pressado, € 0 segundo signo de um pr significagdo da coisa (coi A LINGUAGEM E 0S CONCEITOS JURI “9 cONcEITO.U ico (SIGNODE TER, ‘CONC IIS. (segue) \duto da reflexdo (suma de idei ida: sta iceito = terceiro signo, a TERMO (2 IGNO) CONCEITO JURII icNopE < SIGNIFICACAO ~ 1°), ~ IMAGEM (3° SI Figura d 150 POR QUE Ho MEDO bas utzEs -mos representago conereta tem significagdo € 0 seu fermo, expresso do nos, ot seja, signos de significagdes atribuiveis — ou ‘ou situagoes. portanto, as expressdes dos fo atribuivel a situagio. A enunciagio (ext juridico produz em nossas mentes uma imagem, que é um signo de terceiro grau, isto é, um signo ia significagtio — pri + IMAGEM [SIGNO, DE TERCEIRO GRAU] DO ‘“TERMO [SIGNO, DE SEGUNDO + SIGNIFICAGAO (CONCEITO) GRAU] ATRIBUIVEL A + COISA, ESTADO OU S AGA Figura 5 m de urna ideia universal, o conceit ALINGUAGEM £ 0S CONCEITOS (o1cos CONCEITO ESSENCIALISTA IMAGEM / ERMO / OBIETO CONCEITO JURIDIC IMAGEM / TERMO (0 / COISA, ESTADO. OU SITUAGAO, no terreno formal, ¢ o estudo de © desenvolvimento de uma nfo possuiem real \S — prossegue As- colvimento reve- posigoes 16 dade histérica prop carelli [1952:XV} As regulae juris c to [1983:269] dessa espécie de propriedade 1 enorme economia de mesmo sentido Ross 1976:165-181 fim, os conceitos ji expresses da hist Je identificagdo das espécies de fato adas por um texto normativo [Meroni 1989:283). Os coneeitos. conceitos, A LINGUAGEM E05 CONCEITOS JURIDICOS 1.) estd empregando a palavra quer defini¢a0 tose obrigagies ne orem eh do por pessoa al de varios na linguagem aco tipol6 ‘constugges jun solutamente incapaz’. Estes referem ni dosse 1m gesto de que The comtespond 1st todo sujeito desse gesto por ou um outro cor Este ponto, pois, necesita ~ no meu modo de ver ~ ser enfatizado: "08 SA0 signos de predicados axioldgicos. Ou, (0 juridico), quanto a ima ~ determinadas 119. (segue) Aalusiio a estes conceitos ji ma breve mengio aos tipos juri Estes, segundo a dout has se descrevem. Sob a descrigtio do se pode observar se determinado f [Larenz 1983:211] coi iio nogdes apre a partir da ant no sii inventados, ise da realidade [Comparato 1983:33) Para que um conceito juridico possa ~ ¢ deva — ser atribuido a uma coisa, estado ou situacio, € necessario que todas as su estado nas desco- na coisa, estado ou situagao para que se dé a integrago desta no tipo a icos, Iss {Larenz 1983:299]. Daf por que o tipo nao substitu 0 co h 1968:430} ~ razzo pela g Cropreser dagueles,c operam a cnun respectivos termos. 0 contempla visando a superar a ambiguidade ou imprecisio do termo de certo conceito A definigdo juridica, pois ~ “Para os efeitos desta Lei entende-se por (...)" = € a explicitagdo do rermo do conceito, e nao deve ser fundida com o conceito juridico. Este é 0 signo de uma 156, POR QUE TENHO MEDO Dos expressado pela mediagao do re a0 termo, € nao diretamente ao conceit explicitacdo do termo do wagem juridica bast sendo prescindiveis as d ntérprete, o problema da an Ges juridicos — sob o mes as coisas, estados ou situagdes a que so aplicados do léxico juridico, moda da hipotese da norma ivo a circunstincia de que a est o legal pode ini Isso ocorre qui lefinico do seu termo, estipt no mbito e para os efeitos de determinado contexto normativo [v. Grau 1988:94-99] ‘coneeitos indeter- 7. Pata exemplos disso, v. Grav [1988:85 ¢ 86. 166-171 ceito, & que seja dk de ideias que, para ser con pre precisos — caso contrario der, embora isso ndo ocorra necessariamente, 8 A lez das palaveas seria expresso da fluidez dos eonceitos. A LINGUAGEM £05 CONCEITOS 3 Icos 159 10 que decorre a possi- vyras © expressies juridicas (= os termos dos conet significagdes sempre determinave! 123. Conceito e nocao 0s que se aponta como 8 (fattispecie), Qu juris ~ 0s primeiros porque abstratos e dissociados da realidade hi 2, as segundas porque sintetizam 0 contetido de um conjunto de nor- mas juridicas ~, nfo padecem de qualquer vel 8 construgao da tese da ai ind fundamentar: ada ci ‘eros atos admini das autoridades adm O direito posto ¢ 0 remeto 0 | doutrina adminis feriores. Tratei desses aspectos em met [Grau 2011:189 e ss.) (fattispecie), em torno del de que equivocad: produ- Creo, tra expli Relem- en- que temos indevidam tas, que nao. quais correspondem as fa to privado, as constragdes que a boa ao ler as segu ito dos standards jurfdicos. sem o saber, Nao & 10 estrutural em que esté situado ser nao vé que hd uma cont romem que descobre e slo tidos como “eonceitos” cujos termos so am- biguos ow imprecisos , raz pela 4) necessitam ser completados ps ue. Neste sentido, so el idos como “ci uma outra posigdo, e é esta posico que permite as mudangas das ive na consideragao das concepgSes px cBes, essas, que variam conforme a atuago das forgas so- thoff 1973:17-18]. Quando se trate de conceito aberto por lade, seu preenchimento € procedido também mediante a con- sideragio do contexto em que inserido ~ 0 que, de qualquer fo deve obscurecer a verificagdo de que, sempre, € da participagio no jogo eae Sonera Desde qu rior do deser De -veras, a questo da indetern como ideia que se des senvolve a le développement dre, et ALINGUAGEM E 05 CONCEIFOS JURIDICOS 124. (segue) Esse entendimento sé {que estou apenas subs do” por “nocio”) \quilidade e a seguranga dos tudo, que disparam em stancia, sem perda de tempo na pritica de exerek podem ser enten porais e ahistérico: sm cujo processo maneja te ando se as conceba ~ as fattispecie ou ndeterminados”, cuja aplicago se dat Amargem A LINGUAGEM E 0S CONCEITOS sURIDICOS 12S. (segue) (fattispecie), que, no obstante, néo so con: novo sig se. Outros os captaram em seu no- podem ser ue desde a tos, O process muito, Uma ger ssivas puderem identi experiéncias no sig lavras. Os termos quando as -oncreta da sociedade deixam de se v Tembrados entéo porgue a wesma palavra ~ Be ntanto, Vg. que ao Maurer, Allgemeines Verwal _sriff — para cor aduzir

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