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CENTRO DE ENSINO ATENAS MARANHENSE - CEAMA

FACULDADE ATENAS MARANHENSE - FAMA


CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

Adles Ferreira da Silva


Jecy Nogueira Junior
Lindalva Correia de Oliveira
Marcele Pinheiro Rocha
Nicaelle Farias Oliveira

A ESCOLA NORTE AMERICANA

São Luís - MA
2011
Adles Ferreira da Silva
Jecy Nogueira Junior
Lindalva Correia de Oliveira
Marcele Pinheiro Rocha
Nicaelle Farias Oliveira

A ESCOLA NORTE AMERICANA

Trabalho apresentado à disciplina de Teoria


da Contabilidade do Curso de Ciências
Contábeis da Faculdade Atenas
Maranhense para obtenção de 1ª nota.

Professora: Andrea Mendonça

São Luís - MA
2011
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.........................................................................................................4

2 A ESCOLA NORTE AMERICANA..........................................................................5

3 PRINCIPAIS AUTORES DA ESCOLA AMERICANA.............................................7

3.1 Charles Sprague.............................................................................................7

3.2 Henry and Hatifield........................................................................................7

3.3 William Andy Paton.......................................................................................7

3.4 Ananias Charles Littleton..............................................................................8

3.5 Carman George Blough.................................................................................8

3.6 Maurice Moonitz.............................................................................................9

3.7 Raymond Chambers......................................................................................9

3.8 Richard Mattessich........................................................................................9

3.9 Lawrence Robert Dicksee...........................................................................10

3.10 Kenneth Most...............................................................................................10

3.11 Kenneth Forsythe MacNeal.........................................................................11

4 PONTOS POSITIVOS E NEGATIVOS EM RELAÇÃO À ESCOLA


CONTROLISTA.....................................................................................................12

CONCLUSÃO............................................................................................................13
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1. INTRODUÇÃO

Desde a antiguidade a prática contábil já se mostrava um importante


instrumento na administração do patrimônio. Com o progresso do comércio e das
operações econômicas, administrar esse patrimônio tornava-se uma atividade cada
vez mais complexa, exigindo novas técnicas para registros da escrituração contábil.
Foi a partir da contribuição de comerciantes italianos do séc. XIII que a técnica
contábil começou a ser introduzida nos negócios privados. A partir daí, essas
técnicas foram sendo aprimoradas, passando pelas teorias científicas de Francesco
Villa e Fabio Bésta – onde a contabilidade ganha de vez o status de instrumento
imprescindível de gestão – até o surgimento da Escola Norte Americana, que veio
dar um salto na qualidade das técnicas contábeis. Por sua importância e
contribuição para as ciências contábeis, a Escola Norte Americana e seus teóricos
tornam-se, portanto, o objeto de estudo do presente trabalho.
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2. A ESCOLA NORTE AMERICANA

O surgimento da Escola Norte Americana se deu em 1887 como a criação


da Associação Americana de Contabilidade Pública - AAPA (em inglês: American
Association of Public Accountants). Esta nova corrente de contabilistas se
preocupava em melhorar a qualidade da informação contábil, de modo a torná-la
mais útil para as empresas. Ganhou sua devida relevância com o declínio da Escola
Européia, que se preocupava excessivamente com a teoria contábil, dando pouca
importância às demonstrações práticas e a novas pesquisas para a área. A Escola
Norte Americana se diferenciava da européia basicamente por preocupar-se mais
com a prática do que com a teoria. Foi esta escola a responsável pela divisão da
contabilidade em Contabilidade Financeira (voltada para informar o público externo à
empresa) e Contabilidade Gerencial (voltada para informar os administradores da
empresa). O início desta escola se deu a partir do surgimento das grandes
corporações no começo do século XX, caracterizado pelo aspecto prático no
tratamento de problemas econômico-administrativos, com limitadas construções
teóricas as quais tiveram origem em entidades ligadas a profissionais da área.
Outra característica desta escola foi à grande importância das associações
profissionais de contadores em seu desenvolvimento. Ao contrário das demais
escolas, a norte-americana se preocupou em ser eminentemente prática, evitando
construções teóricas muito elaboradas. Esta escola foi ainda responsável pela
construção dos princípios de contabilidade geralmente aceitos.
Duas principais associações profissionais norte-americanas:
 American Accounting Association (AAA)
 American Institute of Certified Public Accountants (AICPA)
Entre os principais personagens desta escola, citam-se: Charles Ezra
Sprague, Henry Rand Hatfield, William Andy Paton, Ananias Charles Littleton,
Carman George Blough, Maurice Moonitz, Raymond Chambers, Richard Mattessich,
Lawrence Robert Dicksee, Kenneth Most e Kenneth Forsythe MacNeal.
Enquanto declinava as escolas européias, florescia as escolas norte-
americanas com suas teorias e práticas contábeis, o surgimento do American Institut
of Certield Public Accountants foi de extrema importância no desenvolvimento da
Contabilidade e dos princípios contábeis. Transformou-se numa das mais
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importantes e influentes no mundo, ditando regras para o tratamento de questões


ligadas à contabilidade de custos, controladoria, análise das demonstrações
contábeis, gestão financeira, controle orçamentário, etc. Suas principais
contribuições foram:
 A qualificação nas informações contábeis para a tomada de decisão;
 Padronização nos procedimentos nas demonstrações contábeis;
 Regulamentação dos Princípios Contábeis.
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3. PRINCIPAIS AUTORES DA ESCOLA AMERICANA

3.1 Charles Sprague

Filho de um ministro metodista, Sprague tornou-se fluente em dezesseis


idiomas. Ao longo de sua vida, atuou como contador, bancário, educador, escritor,
representando uma das figuras mais importantes no desenvolvimento inicial da
profissão contábil nos Estados Unidos. Também se dedicou à educação Contábil. A
sua obra foi marcada por sua fundamental participação na criação do primeiro CPA
nos Estados Unidos. Além disso, ele escreveu vários trabalhos ligados à área
contábil, principalmente durante o período em que esteve atuando na New York
University. As grandes contribuições de Sprague estão ligadas à profissão contábil,
embora ele tenha atuado intensamente na área bancária.
O trabalho de Sprague foi, reconhecidamente, fundamental para o
crescimento da profissão contábil nos Estados Unidos e no mundo. O atual estágio
de desenvolvimento profissional da Contabilidade norte-americana foi alcançado
graças ao seu trabalho pioneiro.

3.2 Henry and Hatfield

Hatfield nunca trabalhou em Contabilidade, nem se tornou um contador


público certificado. Mesmo assim, ele criou o curso de Contabilidade na University of
Chicago. Foi o primeiro professor de tempo integral em Contabilidade. Hatfield
recebeu várias condecorações ao longo de sua vida. Outro posicionamento
importante adotado por Hatfield foi quanto aos ativos intangíveis. As maiorias dos
contadores do início do século não reconheciam em seus balanços patrimoniais os
ativos intangíveis. Outra controvérsia foi com relação amortização dos ativos.
Hatfield foi, sem dúvida, um dos maiores colaboradores do desenvolvimento da
pesquisa e da profissão contábil norte-americana e mundial.

3.3 William Andy Paton

Recebeu o titulo de profundo conhecedor contábil, defendeu a mudança do


ponto de vista do proprietário para o da entidade, afirmando que o primeiro caminho
a ser seguido para o desenvolvimento de uma filosofia das contas seria a mudança
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do ponto de vista, ou seja, o reconhecimento do foco central de atenção. Defendeu


que os estudos dos princípios contábeis deveriam ser feitos do ponto de vista da
demonstração das corporações, especialmente as publicadas para os acionistas.
Defendeu que a mais importante proposta para a Contabilidade é a mensuração
periódica do resultado, ou seja, uma maior ênfase na demonstração do resultado e
não no balanço patrimonial. Paton foi indubitavelmente um dos maiores intelectuais
ligados à Contabilidade. Ele contribuiu de forma ímpar com sua energia e
longevidade para o substancial desenvolvimento ocorrido no pensamento contábil
norte-americano e mundial do século XX.

3.4 Ananias Charles Littleton

Tornou-se um dos mais importantes promotores do desenvolvimento da


Contabilidade e da educação contábil nos Estados Unidos e no mundo. O trabalho
de Littleton concentrou-se praticamente na educação contábil. Ele demonstrou um
trabalho pioneiro e criativo nessa área. Littleton foi um dos pensadores do século XX
que mais contribuíram com o desenvolvimento da educação contábil mundial, não
somente pelos seus livros e artigos, mas também por sua ação direta no processo
educativo da contabilidade.

3.5 Carman George Blough

Durante sua vida, Blough atuou em várias organizações profissionais,


participando como membro do comitê de procedimentos contábeis do AICPA
(American Institute of certified public Accouting). Os procedimentos contábeis na sua
concepção deveriam ter a capacidade de medir os resultados em termos de
unidades constantes de valor, desenvolvendo e apresentando demonstrações
contábeis suplementares, baseadas nessas unidades constantes. Blough foi um dos
grandes responsáveis pelo desenvolvimento do pensamento contábil norte-
americano, talvez um dos únicos pesquisadores contábeis que não tiveram um
profundo vínculo com o meio acadêmico.
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3.6 Maurice Moonitz

O sucesso de Moonitz como professor de Contabilidade deve-se, em parte


a sua longa experiência profissional na área contábil. Além de trabalhar em
Contabilidade Bancária, atuou por muitos anos como auditor. Ele desenvolveu
estudos que representam refinamentos e explicações mais aprofundadas sobre
Contabilidade em nível de preços, que solidificaram a aceitabilidade geral dessa
abordagem de tratamento de dados contábeis, ele sempre buscou em suas
publicações, caminhos para o desenvolvimento do conhecimento contábil de toda
classe profissional.

3.7 Raymond Chambers

Seu trabalho concentrou-se na área de custos, controle de custos e


administração financeira, Em todos os trabalhos, Chambers procurou demonstrar
uma visão de como a Contabilidade pode fornecer as informações necessárias para
o processo de tomada de decisão.
Apesar de sua grande contribuição ao pensamento contábil, sua teoria da
CCC, sempre foi muito criticada e poucos a aceitaram como um trabalho de
significância prática. Chambers acredita que o reconhecimento público de seu
trabalho ocorrerá com o tempo, como ocorreu com a maioria das grandes teorias
revolucionárias e com os grandes cientistas.

3.8 Richard Mattessich

Mattessich tem trabalhado, especialmente, no desenvolvimento do aspecto


teórico da Contabilidade, buscando maior fundamentação metodológica à disciplina.
Passou a pesquisar sobre as interconexões da Contabilidade com todas as áreas da
Economia, dentro de um contexto sistêmico. Mattessich defende que sua teoria é
melhor que a teoria contábil positiva e outras teorias empíricas tradicionais, porque
inclui o instrumental das hipóteses. Com isso, a Contabilidade passa a ser
reconhecida como uma disciplina aplicada, enquanto a teoria contábil positiva
descreve a Contabilidade como ciência pura. Mattessich, na realidade, não rejeita
totalmente a teoria contábil positiva, mas considera a sua teoria como uma extensão
da teoria positiva.
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3.9 Lawrence Robert Dicksee

Dicksee deu especial atenção aos problemas enfrentados pelas empresas


municipais de prestação de serviço, especialmente as ligadas ao fornecimento de
água, gás, eletricidade e transporte. Em seu primeiro livro, Auditing: A pratical
manual for auditors, apresentou seu pensamento sobre os métodos de elaboração,
identificação e explanação que deveriam ser adotados pelos auditores em suas
atividades. Esse livro teve um enorme sucesso, com quatorze edições lançadas
durante sua vida e a décima quinta após a sua morte.
Dicksee desenvolveu vários outros trabalhos dentro do campo contábil,
especialmente no período em que esteve atuando junto às universidades inglesas.
Seu trabalho se concentrava mais nos problemas enfrentados pelas empresas
municipais de prestação de serviço. Como essas empresas administravam grandes
somas de recursos, ele procurou apresentar alternativas para que elas adotassem
métodos apropriados para a contabilização dos recursos arrecadados, dos gastos
com a produção dos serviços e, especialmente, com a depreciação dos ativos, que
representavam, na maioria dessas empresas, enormes aplicações de recursos.
Apesar das notáveis contribuições de Dicksee, nas diversas áreas da
Contabilidade, sua passagem pela história do pensamento contábil ficou
singularmente marcada por sua contribuição ao processo de desenvolvimento da
auditoria no mundo.

3.10 Kenneth Most

O trabalho de maior destaque de Most foi o livro Accounting Theory,


publicado pela Grid, Columbus, Ohio, no ano de 1977. Most demonstrou neste livro
sua habilidade linguística, seu treinamento para assuntos internacionais, sua
disposição inovadora, seu interesse histórico e, principalmente, sua opinião sobre a
Contabilidade. Um dos pontos de maior interesse de Most foi o estudo sobre a
história da Contabilidade. Most escreveu o artigo “The accounts of ancient Rome”,
editado pela Academy of Accounting Historians, 1979, onde ele apresenta uma
análise sobre a utilização das contas contábeis na Roma Antiga.
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3.11 Kenneth Forsythe MacNeal

MacNeal apresentou em seu livro as razões mais comuns utilizadas pelos


contadores da primeira metade do século, para a utilização de avaliações de
estoques de forma conservadora, MacNeal desenvolveu um sistema tríplice de
valores, para que a Contabilidade pudesse demonstrar de forma mais clara os
elementos do balanço patrimonial.
Durante esse meio século de existência do trabalho de MacNeal, muita
discussão tem sido realizada em torno das práticas contábeis apresentadas nessa
obra. Esse livro ainda tem sido um dos textos mais procurados pelos estudantes
norte-americanos de Contabilidade, em virtude de seus profundos questionamentos.
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4. PONTOS POSITIVOS E NEGATIVOS EM RELAÇÃO À ESCOLA


CONTROLISTA

Dentre os pontos positivos destacamos:


- Ênfase na gestão das empresas.
Desenvolvida pelo italiano Fábio Besta, a escola controlista defendia que a
gestão das empresas envolve as atividades básicas da entidade, como aquisição de
bens e seu processo produtivo, objetivando o controle da riqueza administrativa.
- O desenvolvimento da controladoria (contribuiu para o surgimento da
moderna Controladoria de Gestão).
Propôs as seguintes funções:
1) Instrumentos de controle antecedente.
São aqueles quem embasam toda documentação, contratos inventários
do patrimônio e também as previsões de entradas e saídas de valores
que se acreditam serem realizados em um determinado período de
tempo (orçamentos).
2) Instrumentos de controle concomitante.
São instrumentos de acompanhamento utilizados pela organização de
modo que se tenham meios automáticos para se medir se o processo
está se desenvolvendo conforme o planejado.
3) Instrumento de controle subsequente.
São registros dos fatos administrativos e as apurações dos resultados,
ou seja, levam a geração de informações destinadas a:
- observar e avaliar o pensamento;
- comparar seus resultados com os de outros períodos ou entidades;
- avaliar seus resultados a frente dos objetivos estabelecidos;
- planejar o futuro das organizações.
Considerando como pontos negativos citamos:
- Dizia que a existência do direito não implica na existência de uma riqueza.
- Limitou a Contabilidade em função do controle das entidades.
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5. CONCLUSÃO

A criação de grandes empresas, como as multinacionais ou transnacionais,


que exigem um grande aporte de capitais e um elevado número de acionistas, foi a
causa primeira do estabelecimento das teorias e práticas contábeis, que permitissem
correta interpretação das informações, por qualquer acionista ou outro interessado,
em qualquer parte do mundo. Foi nesse cenário complexo e imprevisível que a
contabilidade deu sua contribuição através do seu desenvolvimento pela Escola
Norte Americana. O formidável desenvolvimento do mercado de capitais e o
extraordinário ritmo de desenvolvimento que os Estados Unidos da América
experimentaram e ainda experimenta, constitui um campo fértil para o avanço das
teorias e práticas contábeis. Não é por acaso que atualmente o mundo possui
inúmeras obras contábeis de origem norte-americanas que tem reflexos diretos nos
países de economia.
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REFERÊNCIAS

LUIZ JOSÉ. Escola Norte Americana. Disponível em:


<http//www.teoriascontabeis.blogspot.com> Acesso em 16/03/2011

PORTAL DA CONTABILIDADE. Disponível em:


<http//www.portaldacontabilidade.com.br> Acesso em 12/03/2011

JOSIMAR DA MOTA GONÇALVES. Disponível em:


<http:www.pt.scribd.com/escolanorteamericana> Acesso em 14/03/2011

SCHMIDT, SANTOS. Paulo Schmidt. José Luiz dos Santos. História da contabilidade. São
Paulo: Atlas, 2008.

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