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REVISITANDO OS CAMINHOS HISTORIOGRAFICOS be Luis Patacin Rogério Chaves da Silva* reme26@bol.com.br Resumo: Neste trabalho, busco refletir sobre a trajetéria historiogrdfica de Luis Palacin no Estado de Gos. Especialista em Histéria Moderna, com conhecimentos acumulados em Teoria da Hist6ria, Filosofia e Teologia, Luis Palacin acabou nao se filiando, do ponto de vista tedrico, a qualquer corrente, e sim, apropriando-se de diferentes referenciais tedricos, conforme o momento historico de suas pesquisas: de um inicio de carreira (anos 1970), marcado por trabalhos de cunho sécio- econdmico, sob a influéncia da escola francesa dos Annales, foi um historiador, nos anos 80, interessado pelos fendmenos ocorridos no campo da cultura, com andlises ancoradas em conceitos absorvides da sociologia do conhecimento de Karl Mannheim e do marxismo de Lucien Goldman Pazavras-chav: Teoria da hist6ria, historiografia, Luis Palacin. Com formagao superior em Histéria e jesuita por conviccao, o padre espanhol Luis Palacin Gomez' desembarcou em solo goiano, na década de 1960, para principiar seu apostolado. Nessa mesma época, devido a vinculagdo de sua ordem religiosa, a Companhia de Jesus, com a Universi- dade Catélica de Goids,* Luis Palacin iniciou também sua carreira académi- ca, entregando-se & pratica docente ¢ A pesquisa em historia. Desde entao, esse jesuita espanhol acabou dedicando grande parte de sua vida & pesquisa eescrita da “historia de Goids Dessa forma, especialista em Historia Moderna, mas com conheci- mento nas areas de Teoria da Historia, Filosofia e Teologia, Palacin envere- dou-se pelos rastros do “passado goiano”: adentrou arquivos portugueses ¢ brasileiros, manuseou cartas oficiais e documentos de Estado, examinou a literatura de viajantes estrangeiros, visitou monumentos, constituindo-se, indubitavelmente, num dos maiores pesquisadores sobre a histéria deste *” Mestre em Historia pela Universidade Federal de Goits. Recebide em 9 de junho de 2007 Aprovado em 17 de dezembro de 2007 250 Artigo Estado. © conjunto de suas obras é prova inconteste desse ardor historio- grafico: Goids: 1722-1822/ Estrutura e conjuntura numa capitania de minas, A fundacao de Goidnia ¢ 0 desenvolvimento de Goids, Patriménio histérico de Goids, Subversdo e corrupcéo: um estudo da administracdo pombalina em Goids, Quatro tempos de ideologia em Goids, Coronelismto no extremo Norte de Goids: Padre Jodo e as trés revolucdes de Boa Vista ¢ Histéria politica de Catalao.* Personagem central do cenario de sedimentacio da ciéncia da hist6- ria em Goias, durante a década de 1960, Palacin trilhou varios caminhos historiograficos, nessa sua estada de quase quarenta anos no Estado, os quais podem ser mapeados a partir de olhar mais acurado sobre sua produc. Nesse artigo, entio, proponho analisar, brevemente,‘ a trajetéria historio- grafica percorrida por esse historiador, mas a partir de um enfoque especi- fico: 0 confronto, sob o prisma da teoria, entre suas obras da década de 1970 com as dos anos 80 ¢ 90. Para iniciar essa empreitada, debrugo-me sobre 0 primeiro grande esforco de investigacdo historica feito por Palacin em Goids, que resultou na construgao de sua tese de Livre-Docéncia, uma das obras importantes da historiografia goiana: Goids: 1722/1822 - Estrutura e conjuntura numa capitania de minas, depois reeditada sob o titulo de O século do ouro em Goids. Penetrando nos meandros do “passado goiano”, Luis Palacin desta- cou a efetiva inser¢ao de Goids no mapa politico brasileiro com a descober- ta de ouro na regido por Bartolomeu Bueno da Silva. Destacou ainda que, apés um periodo dureo de exploracao do ouro, a decadéncia desse tipo de atividade culminou na ruina econémica, politica e social da recém-criada capitania de Goids. O nuicleo de minha andlise acerca dessa obra reside no seguinte pos- tulado: embora Palacin nao explicite as referéncias tedricas que embasaram essa pesquisa, a arquitetura desse texto historiografico teve como sustenta- culo teérico a escola francesa dos Annales, principalmente sua matriz eco- nomico-social, marcada pelas contribuigdes de Fernand Braudel, No texto em questo, nao ha, por parte do autor, qualquer mengio, seja no corpo textual ou na bibliografia, sobre os aportes tedricos utiliza- dos, mas uma leitura mais atenta permite extrair das teias narrativas os referenciais tedricos e os recursos categoriais que alicercaram esse texto historiografico. Trabalhando com um recorte temporal de cem anos (1722- 1822), Palacin calgou sua narrativa a partir dos conceitos de “estrutura” ¢ “conjuntura’. Ao afirmar, na introdugio da obra, que seu “interesse centra- se nao nos fatos, senao nos processos, no que tem de duravel ‘a estrutura, ¢ Historia Revista, Goiania, v. 13, n. 1, p. 249-266, jan./jun. 2008 no que tem de transitério ‘a conjuntura, tragando grandes linhas sem entrar em analises pormenorizadas dos processos particulares” (Patacty, 1976, p. 12), 0 autor acabou evidenciando, preliminarmente, o indicio dos Annales em sua pesquisa. A relacdo desses conceitos utilizados por Palacin com a historiografia francesa, pode ser atestada nas colocagdes de Peter Burke: Essa segunda fase do movimento, que mais se aproxima verdadeira- mente de uma “escola’; com conceitos diferentes (particularmente es: trutura ¢ conjuntura) e novos métodos (especialmente a “hist6ria serial’ das mudangas na longa duracao), foi dominada pela presenca de Fernand Braudel. (BuRke, 1997, p. 12) E preciso ressaltar que o uso desses conceitos por parte de Fernand Braudel se deu por meio de uma aproximacio com outras areas do conhe- cimento, principalmente com as ciéncias sociais, a economia e a geografia. Entre as décadas de 1960 ¢ 1970, Braudel recebeu com entusiasmo os méto- dos quantitativos empregados por scus colegas, dentre eles Ernest Labrousse. “As obras desses economistas, saturadas de graficos e tabelas, referem-se a movimentos de longa duragao e a ciclos de curta durasio, ‘crises ciclicas’e ‘interciclos” (Buake, 1997, p. 68). Labrousse, buscando maneiras de mensurar as tendéncias econdmicas, utilizou conceitos, métodos ¢ teorias de economistas preocupados com os ciclos econémicos de curta e longa duragio. Braudel reconheceu a importancia dessa historia econdmica de Labrousse para sua geracao de historiadores, sobretudo, o uso dos conceitos de “estrutura” e “conjuntura’, largamente discutidos pela economia, e que migraram para suas chicubracdes teéricas, Segundo Fernand Braudel, “foi Ernest Labrousse ¢ os seus discipulos que puseram em marcha, com 0 Congresso Histérico de Roma (1955), uma ampla investigacao social sob 0 signo da quantificado” (Braupet, 1972, p. 12). Além da apropriacao desses recursos categoriais oriundos da histo- riografia francesa, o préprio recorte temporal, eleito por Palacin, sinaliza para o rastro dos Annales encontravel nessa obra. O corte no tempo, de um periodo secular (1722 a 1822), e seu interesse centrado “nao nos fatos”, mas nos processos, no que tem de duravel “a estrutura” e no que tem de transito- io “a conjuntura’, demonstra uma abordagem de longa duragio, nao as- sentada no nivel da “superficie dos acontecimentos”. Para essa delimitagio temporal, Palacin elegeu dois marcos significativos em sua andlise: 1722, 0 inicio da expedigdo exploradora da bandeira de Bartolomeu Bueno da Sil- va, que encontrara ouro na regio de Goids; e 1822, ano da independéncia Rogério Chaves da Silva. Revisitando os caminhos historiograficos de Luis Palacin 251 252 Artigo do Brasil, momento em que o governo portugues deixou, oficialmente, a direcao do projeto colonizador do Brasil Dentro desse recorte de cem anos, Palacin apresentou a dinamica conjuntural que caracterizou a atividade mineradora em Goids. A conjun- ura desse perfodo, segundo o autor, foi marcada pelos momentos de “apo- geu” e “decadéncia” dessa atividade. Essa dinamica conjuntural foi apresen- tada por Palacin a partir de suas especificidades no proceso de exploragio aurifera numa regiao de minas: 0 “descobrimento’, marcado pela expansio febril,a pressa e a semi-anar- quia; 0 “apogeu”, marcado por um perfodo breve, mas brilhante de ex- ploragdo do minério e a posterior transicao, de forma subita, para a “decadéncia’, um periodo amargo, lento e agonizante de diminuigio pro- gressiva desta exploragio, caminho para a ruina econdmica. (PALACIN, 1976, p. 15) Nessa andlise, Palacin privilegia a perspectiva econémica, visto que o tema que circunscreve a obra é a atividade mineradora em Goids, Dian- te disso, visando cartografar essa conjuntura de apogeu econémico, Palacin explicitou alguns aspectos da “realidade goiana’, & época da mineracio, bem como da politica administrativa portuguesa, que marcaram esse pe- riodo. No primeiro capitulo, intitulado “O ouro de Goids’, Palacin desta- cou que o descobrimento de Goids se deu com a descoberta de ouro na regiéo. A grande quantidade de arraiais edificados nesse momento inicial da exploracio seria um dos sintomas do fausto do ouro, fase efémera, mas de grande intensidade, seja na dinamica populacional, seja na estrutura- ao de um aparelho administrative que promovesse a maior exploracio das minas. Outro indicador desse periodo prospero seria a chamada “anar- quia dos comecos” (PALACIN, 1976, p. 34), resultado da expansio febril da minerasao e ampliada pela intensa migracdo ocorrida na regio que, por abrigar pessoas de “todos os tipos’, sequiosas pelo enriquecimento rapi- do, eram resistentes a qualquer tipo de ordem que se pudesse estabelecer. A exposicao sobre a conjuntura de “apogeu” da atividade mineira em Goids foi completada com outros sinais dessa prosperidade: a proibigaio do tra- balho em outra atividade que nao a mineradora ¢ a busca incansdvel por novos “descobertos”. Somavam-se a esses fatores o quantitativo popula- cional e a forte tributacao do Estado portugués sobre as regides mineiras. O recolhimento de tributos, segundo Palacin, também apontava para esses periodos de prosperidade e de crise. A retomada na aplicacao do quinto, por exemplo, foi indispensavel para a construgdo de uma casa de fundi¢ao Histéria Revista, Golania, v. 13, n. 1, p. 249-266, jan./jun. 2008 em Goids. Como a lei que restabelecia a tributagao do quinto foi aplicada em Goias somente em 1751, 0 autor elegeu essa data como um dos marcos do apogeu, pois esse dispositivo juridico previa ainda a abertura de sete casas de fundi¢ao no Brasil: quatro em Minas Gerais e uma em Goias, Palacin compartilhou com o parecer do antigo governador da Capitania de Goids, Delgado Freire de Castilho, que sublinhou o ano de 1778 como o fim do Periodo de abundancia e o principio da decadéncia, com base na queda da arrecadacio do quinto. Na seqiiéncia de sua anilise, 0 autor mostrou que a inversio dessa Conjuntura ocorreu entre os anos de 1775 e 1780, A conjuntura de “deca- déncia’ podia ser percebida, segundo Palacin, por meio da queda da popu- lacao, da quebra do rendimento das minas, da diminuicao dos rendimentos advindos dos impostos, do dectéscimo da mao-de-obra por estancamento da importacéo de escravos, do estreitamento do comércio interno com tendéncia a formagao de zonas de economia fechada, de um consumo dirigido a pura subsisténcia, da ruralizagéo, do empobrecimento e do isola- mento cultural. Com a diminuicao da exploracao aurifera, a decadéncia era sentida, igualmente, por meio do “desprezo ao trabalho, pelo gosto 4 ocio- sidade e pelo derrotismo moral, um estado permanente de apatia, de resig- nacao muito préxima da desesperanca, traduzido num sentimento comum: a tristeza” (Patactt, 1976, p. 200) O uso dos conceitos de “estrutura” ¢ “conjuntura’, a andlise de longa duragao eo enfoque de natureza econémica nao constituem os tinicos indi- cios da apropriacdo, por parte de Palacin, da perspectiva tedrica braudeliana, O uso sistematico de dados estatisticos, tabelas e Graficos, nesse texto, também revela a bagagem francesa desse historiador espanhol. Como metodologia tributaria da economia, Palacin utilizou-a como forma de demonstrar as particularidades da conjuntura que caracterizou a atividade mineradora em Goids. © proprio Fernand Braudel acentuava a importin- cia desses instrumentos quantitativos como meios metodologicos de expli- cacao de uma dada estrutura ou conjuntura: “acredito na utilidade das lon- gas estatisticas, na necessidade de remontar até um passado cada vez mais longinquo estes calculos e investigagdes. (...] Sem duivida, a estatistica sim- plifica para melhor conhecer” (Brauprt, 1972, p. 38). Essa predilecao de Palacin pela mensurago, como instrumento metodoligico de auxilio & Pesquisa hist6rica, foi retificada por um historiador contemporaneo a Palacin, 0 professor Juarez Costa Barbos: Rogério Chaves da Silva. Revisitando os caminhos historiograficos de Luis Palacin 253 254 Artigo Padre Palacin, como um bom europeu, fazia questdo de trabalhar em cima do documenta. [...] Entéo, ele pegava os balangos para calcular ‘quantas pessoas tinham, qual era a renda da regido, para ver mais ou menos qual era o tipo de vida. (Apud Suva, 2002, p. 65) Portanto, mesmo nao tendo Luis Palacin revelado suas referéncias tedricas, sob meu ponto de vista, a historiografia francesa dos Annales, de inspiragao braudeliana, foi fundamental para a edificacao dessa obra. Acre- dito que o siléncio de Palacin quanto a essas referencias pode ser explicada a partir de sua concepgio de ciéncia. Nas obras de sew inicio de carreira, fica evidente que a pesquisa empirica se sobrepde aos aportes tedricos. Para cle, os princfpios norteadores da cientificidade da historia seriam dados, sobretudo, pela regulagao metédica. A explicitagao dos referenciais teéri- cos se constituia em um procedimento secundario. E preciso esclarecer, po- rém, que 0 realce dado por Palacin as fontes ¢ documentos sobre os quais pesquisou, em detrimento das concepg6es tedricas de que se apropriou, nao o classifica como um historiador “empirista’, uma vez que formulou problemas ¢ construiu hipéteses sobre os objetos em estudo. Essa caracte- ristica demonstra as herangas encontraveis em Palacin, da concep¢ao mo- derna de ciéncia da historia, em que os métodos de pesquisa tinham maior visibilidade que outros principios do conhecimento histérico, como, por exemplo, a teoria ea reflexio sobre a narrativa. Por sua importancia na historiografia goiana, essa obra merece uma derradeira consideragao. Varias foram as criticas enderecadas a Palacin no que tange a essa pesquisa: a predominancia das fontes oficiais, que se silen ciavam em relagao a existéncia de outras atividades econdmicas ocorridas no perfodo, visto que eram consideradas ilegais; a amplitude de sua aborda- gem que acabava se aproximando da nogao de ciclo econdmico. Além disso, as nogdes de “apogeu” e “decadéncia” foram alvos de intensos debates. Para alguns criticos, essa interpretacao fora calcada na perspectiva dos viajantes europeus do século XVIII, que observaram a “realidade goiana” com seus olhares “europeizantes’, 0 que nao resguardava a especificidade histérica e cultural de Goids daquele periodo. Embora submetida ao crivo da critica historiogréfica, sob 0 meu ponto de vista, essa obra nao perdeu sua valida- de, pois, a partir dela, inaugurou-se um novo momento na producao histéri- ca em Goias: o da consolidasao da ciéncia da historia. Apos essa tese, os his- toriadores que militavam nas latitudes desse estado buscaram primar pelo rigor tedrico-metadolégico de suas pesquisas. F, finalmente, nao hé como negar que essa obra marcou a “chegada” dos Annales a Goids, visto que nio Histéria Revista, Goldnia, v. 13, n, 1, p. 249-266, jan./jun. 2008 se tem noticia de outra producao historiografica goiana, anterior a essa, que traga em seu bojo os elementos tedricos dessa escola francesa, Outro aspecto que marcou a producao historiografica de Luis Palacin, durante os anos 70, foi sua busca por converter obras técnicas, ligadas a0 conhecimento académico, em obras didaticas, numa tentativa de possibili- tar 0 acesso a histéria de Goids por um piiblico nao especializado. O livro Historia de Goids (1722-1972), que escreveu em companhia de Maria Augusta Santana de Moraes, representou esse anseio de viabilizar um “conhecimen- to basico” sobre a histéria do estado, Nessa obra, que ostenta a feicao de um livro didatico, os autores narraram a histéria de Goiés num enfoque politico, percorrendo desde a expedicdo do bandeirante Bartolomeu Bueno da Silva até 0 governo militar em Goids. O ptiblico-alvo era 0 que chamariamos hoje de ensino fundamental. Certamente, essa foi uma das primeiras obras com pretenses didaticas que buscou reconstruir um quadro geral, mesmo ue sintético, da hist6ria do estado. A prépria historiadora Maria Augusta Santana confirmou essa preocupacio de Palacin em divulgar a historia de Goids: Depois que eu terminei minha tese de doutorado, o Palacin me procu- rou para nés fazermos um trabalho didatico sobre a historia de Gots, Porque Gols era carente de trabalhos diditicos. Nés fizemos esse tra- balho em 75, por af. Foi um trabalho voltado, naquela época, para 0 piblico que nds falévamos de gindsio, (Apud Sitva, 2002, p. 83) A trajet6ria historiogréfica trilhada por esse pesquisador espanhol, apresentou, porém, novos itinerdrios durante os anos 80 e 90, Perscrutando 9 inventario das obras palacinianas desse periodo, percebe-se uma clara mudanga de curso, que se evidenciou sob a forma de alteragoes tedricas € metodolégicas em seus textos. Cotejadas com a producao dos anos 70, as narrativas historiograficas do autor produzidas nos anos 80 e 90 apresenta- ram sensiveis modificagdes tedrico-metodolégicas, que refletiam as novas concepges historiogréficas absorvidas por esse pesquisador. Esse novo ca- minho historiografico pode ser delimitado a partir dos seguintes aspectos: © abandono da analise estrutural, apresentando pesquisas com curtos re- Cortes tematicos e temporais; a predominancia de estudos que tratavam as manifestasdes culturais humanas como objeto de pesquisa, em detrimento das andlises das dinamicas econémicas e politicas anteriormente realiza- das; a importincia dada a discussao tedrica e conceitual, postura relegada a plano secundério em suas obras iniciais; e, finalmente, 0 uso de fontes orais. Rogerio Chaves da Silva. Revisitando os caminhos historiograficos de Luts Palacin 255

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