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dépoimentos \SER*TERAPEUTA | | fe Organizacao leda Porchat Paulo Barros bee eee eee ees eon eee Boece ieee ao Sone eer acs Tee ec aero eee eee ee ares es eae cosa Bits cura cantata can lees ores eee: Ate eer tele scape ence ee Ee tray enter Ree iene con) cal Ede Et Wg pete Denise Ramos Paulo: Vow the passer a pesca. Voc j-sabe o qu a gente ets ‘uct, Jd converames um poco. Be potars qe toc comesans [Bente por onde voce ques, A rspeko do se weet goara de fale 0 que € que Yost gosta de fala oto gue € uv vot gosta de ser sobre © que € st tropeuta? Eu estve felando uma Curlsidade dh gente como tepeuta,» rerpito do que os otton terpeutn stem 6 achamn ov tem ser ewe tipo dec Denise: Sendo francs, 0 qe gontarin de saber € como of meus coleges se serem fim do di aps teem raalhade com deat ‘mnie trance negative ¢ somo st sentem depois de trem trabaliodo som diss ou als eserencls posivs, Apo de toda £ neutadadee protgso gue 0 conexo psicuerpico frmes, mas ‘aes fre descargs agesiva sada de una anserncit nage {ive nos ating, anim como cr eoplos o enor tanteencas B claro qu ssaisfagéo de te eto um bom trabalho independ deo sipo de transerénia em que estamcrenvalvidoe, Extctanio, pot tls que eejmoratentor ir nosis crmosGes¢sombra,o senmento ae fen spée Intenso ds de tabatho nem Sempre & © meso Scho gies elacons ene cxtas core co 0 tipo de tranferencla Gut tebalhamos, «ipo psicoliico do paient, a problematics qse cle apreein ¢ «Tae de vida do aoa, Ar vez © pacientes tinge Sertor nloos us o atalists inde nko om bem consents ¢ ito Sal altho Ineviavelnent, aslo: A. minha primsi imprstio & de que vai ser muito went eis enrevist, Voeé pegou of mm pono muito quent De: Agnus en nh el her Onde tein an fecécia'¢ onde. comess.pecrpyso loreal aproprads do iene solve néh A relatdo nonce € nila, c, 8 medida gio ‘es abrefundenos,o pctente também val peretend ono ponon Iain fracas, menor Gevenvlvider © cade somos mals facets angie a ee ee Por outro Talo, nfo se pode interpretar toda agressio come teansferénca gu fesitincie. Em alguns momentoe ela € consoqénca ‘de uma atuagao etrada por parte do analsia que precon, a rover eu trabalho, Para que a aniise posta flue ¢ impresindvel 0 reco Iheclmento do ero. Paulo: Voot sabe dizer o que & que «cattoga mls, por exemple? Porque eu imagino, suponho que algumas transferéaclas nopativas no peguem tnt Denise: 190 varia de asondo com o momento do mew processo pessoal. Perocho que o que me stngla hé quatro, cinco ou de> anos is io me alinge mais. A medida que tomo consiéncn dos meus omplenos ede minha sombre, eonsig separarme mais dos processor es patents co mals obj Ese & um poco conan continuo Quando estou mum conliio pesoal ou quando um pactene se presenta cor uma problemitica ainda no claberada por mim, Suse pode lear mas dic, exgindo uma inteniienao de minha propria andlise pare poder atender ese pacent, Paulo: Veet tem algsm exemplo? Denise Hi alguns anos ati, quando esiave num fase dificil seta de uma patente 27 anos mais velha do que et. Pens, nto, {qe com cin Mo teria qu tabular neniam probleme semelhante So meu, Mas, de repent, cla me conou ume stuerio que havia Yivido hi mls anos c que cra exatanente = stunio. por que eu partava no momento. Enso, seelmente fol_muito fil. rabatar Peta # nobly eon a na © et ex = re gue tabathar com ela comigo a0 mesmo tempo. Al, ‘quando cla fata hsento, co fica aban, Poin gambar ‘Empo pars me reorganiz. As stages diel, portant, para mim, so aqulas onde bs sms ceincldéncla dos conto do ‘plete som se meas sind 90 Elaborades. Quando o pacine ating foi nao earada do ana, ‘ate fom que fazer um grands forgo para se reesntirer © 080 2° Iisturar com 0 pacens. O rsco € des dois learem ae ameniando € se apoiando sem aver quskjuer objevidade ¢ cyotuybe. Pode Scorer am procs sini, Indra, do tip“, en tbs ‘tou pasando por io", gue sobrecategs « andl: e impete seu rowecgsiment. Matas vexeo mas hnerto&cncetinbat & pcinte Bara outro anata, pis hé moments em que ne cmos condgges fends sen derma cs, Recortnar no nih € (demon Paulo: Eu tenho a impress, Denise, de que vocé comeou por tua coisa que € importante nese tipo de trabalho que gene cid 38 fazendo, de colocat 4 realidade de vida dos terapevtas, e€ que é limportante do. que voce estéfalando 6 basicamente isto: existe um ‘terest por parte de qualguar lego, de candidatce a terapeuta © Imeamo de ferapeutas que |dnto sfo ts0 candidatos assim, de que oo® tem gue ter suas cols resolvdas para ser trapeuta, © que hingusm tem, afinal de cons. A gente € gente também, std vivendo nko ext nea com todas as colsas resolvides. Bu acho que 0 seu frimeiro comentirio multe pertinente Denise: Uma coise 6 hii: o terapeuta tem que tr dsponii lidads para ce abrir a novas sltugbes e entrar no mundo intemo emistesioo do paciente ‘Todo terapeutaeficiente tem dentro de si um fride simbstia, 4 quil na mola das vests €-4 propria modvatdo para a escolba desea profisio. Entretanta, se a ferida estivor “sangr f terapeuia tenlar resolve atavés da conscincia trabalho. do pociens eterapis fica elagnadn, O trapeuta sb perde numa andise fmonctona e repetitiva, vendo a mesma dinimica neurtica em todos e pacientes, Nida mais Rorrfvel do que te poyar dando eum pacienie, a tema interpretayda que voeb deu a outo, horas ats ‘Sia percspeso do pacionte esi prejudicada pela propio do anata Ate atina de vero process nico de cada um, Pass a repetir frases NE interseantes mas gue evabelecem uma relaao nivoca entre SHntoms © dinimica Paulo: Ndo € bem o poviente que estéprecisando ouvir. Denise: Nio, nfo exatamente aslo: Denise, voedesté usando cols, uma terminalogia anal ica ou prctnlitce felando em tansferénciaCoale‘um pouco do fea camino, dis stas coisas tues Denise; Voge até perguntando sobre a ininha formasgo tere pea? Thc extadando a puigue nuina sbordagem mais corporal, pes quisando a relagio. de medidas Msoliieas com estados emocionals Gono tempo, comecei observer como as emoeées fixam padsies onporais, tensies muscularese somtizagdes ¢ Tul me aprofundando ho eitado de W. Reich, Persebi que miahe identidade primis stave beteads ne minha imagem corporal e-nos_senimentos em Felagdo ao meu corpo, Senta que toda mudanca veia superficial fo howvesse uma ransformaeao também corporl, Entlo me espe Galizet nes tenis do W. Reich, bioenergllea ¢ de relexamento Foi para os Estados Unido e trabalbel com tcrapia gstlicn ¢ bloenertten, tendo feito ssidos com A. Lowen ¢ ere de masst- gene do Ida Rol, x Entrtaio, pasado oenuriaimo inl embora tendo ober vado marcas prefundas em mim’ nos tes pints, um cero Sentiment de insatisfado false dewnvavendo. 2 sborajem core. faltem per tle um modelo ideal de homer (lvre de feates em anf et) que todos devem aig Embora W. Reich Tose mas pre {ead nase vio csc do omen nes Se torn Cor pt peta mim eram lmiadss, En gral, ado precupem cots Bisa lo significado sinbatico' enstencial, nem Gom 9 gentile do sofrimento neurc. A dimen simbales « spin € posta de Indo, vendo ng em algute ilar cro presse sont ela Fmportnte eee de pique pS lidarem ‘culpa ¢ eatarse,chepando Be emogdee repdiidas, avam por af. Mas, © que faz com o sgnficada do sorimenio? Seni que a6 a pesquisa da causa ¢o suiiente? Qual o camino ps a liberapfo dss tensSes? Procure, entio, uma inka mis riental ¢ Past alguns anos praicando meditagio Zen eparticipando de ecole Aiea para o desenvolvimento do potencial humane, ‘Mat, fo na psicologla snlicn de C. G, Jung, queencontei, dentro da citnia, um caminho para refer sabre’ esate quests. Ela, com uma visio abrangenc, possblion um infio de intemaglo str psigue, corpo ¢ spiro, forecendome uns visio mais com pleta do hoe. Encontet no Jung algo que hi tempo. procurava 1 busca do significado do sotimenta prguico neurético, uma busca ‘que nfo fenmina 9 pelo conbecimento dos complexos e do pssado, ‘mas que contius a sefleo sobre a finlidade de existencia do a0 e'da conscignca,integrando 0 corpo mum todo indivisiel, onde {cio corposoente no tem soquer sentido lige, Paulo: Voct lide stuslmente com o corpo? Denise: Com sls pacientes, sa, Paulo: © gut, relexamenio? Denise: Com tcnicas de relaxamento, exerios repintérios « bioenergéticos, Mas, sito que este um camiafio alnda 9 bem Jntegado, Ua das dicaldades ao se lidar diretamente com o corpo 4 itansferénca, Acho que um dos eros bison mt abordagem ‘corporal, cometido ‘por alguns terpeutes, 6 ode laeditamente ‘propor exerccios © focar 0 pacene, sem fr feito uma ani ade ‘ads do vinculo traneferencial Alguns terapewas partem de idee preconchids sobre “not lidade corporal” c exeveiios para "conipit™ qumsquer desvice. Tato ‘cho um grave ero, pos cade pacients tem uma psique muito eepeial © individualizade, 0 © conosito teérco de extrtura © dintmics da paigue deve ser ‘plico com muito cuidado na area clinic, pols, caro, contri, FRemos impor um male rigid sobre 0 doente, sem nos abritmoe pars possiblidades de estutuas © dindmices diferentes. Agu, a idsin de ‘ormalidade pode see multo prejudicial. Nio hd um caminho melhor ‘superior, pelo menos no que se relere uo julgumento do anaista, F iso vale pura qualquer linha terapéutica, tanto para psicanlse como pare 2 andisejunguiana. Acho que como terapeuta teriamor que ter instrumentos diferentes para alferenes pacentes. O ial Seria sentar “em branco” com o peciene ¢ ragitmos frente A neces: $ldades dee. Tslo um exerieo que exge muta flecblidade Paulo: De uma cera forma a gente nunca atinge ito, nfo 6? A gente ampli os propriosinstrumentais ou ampli at pssibiidsdes ‘de ‘elagdo com o cliche, mas continua sempre vendo cares goo 8 Bente no deve atender © que cutras pessoas eto melhor habiitadas pant tender oot comesou flando de uma das cargas do trabalho da gene Quando a gente recthe, por exemplo, algumas cargas de tanso. renclas negativas. Eu gotara que Yoet false tm powco dav cosas ‘boas que a gente tira da prise, do que ser terapeta pare vot, eu para vos! Denise: Prmeieo, acho que esa profiesio nos dé o grande piv: légio. de poder ‘comparihar ‘com uma pesca de. sts inimdade peiguca. Observamee e testemunhamos processes especiales 80 fntiar no mundo desconhecido ¢ inexploredo de outre pal. [or ‘pada © Tuas hercieas, onde oesabelecimenta de um vinclo Amoroso Efrco pars que 0 proceso posts ocore. ‘A busca da ctaidide, da completude © da compreensio do sofrimento do peciente nos leva's parcipar no grande misro que Es noses vida pique, Paulo: Pois 6, eu estou aqui sorrindo porque, na minha pequena imrodusio, eu uso estas palaras que voo® ets coloeando, 4 expres Dprilggio gus 6 surgie em outs entevits, eo fel de vemos ‘uma testemunka que’ acompanha, Estow entendeado muito em 0 «que voot est falando; compart ist, ¢ queria engatar ou emendar at ein outa coisa que voeé std falando. Com ©. pasar do emp0, © que atinge sio cosas diferentes no cliente, sea 0 posilivo i © negatvar Voet scha que isto ajuda no sou proesso de desenvlvi mento pessoal, de amadurecimentopesial? Denise: Muito, porgue silo que com cada paciente, se no me transformel, ¢ porque nso Tui uma boa terapeute, A terepia no foncionou. A tanstormacso nunca ¢ 36" do pactente, B mwa, Pat haver ferapia © snalista também precisa so Expor ese Iransformat como que ma toca slquimica, onde duas substinclas so unem para produir uma festra, E nfo € 36 paciente que i com © ferceite. Eno, amedurect © aprendi muito com meu trabalho, Paulo: Vacé Iembra de alguma cise que tenha sido importante pra voré nesse sentido, de algum cliente que tenha sido impor ante como pessoa, que jena tazido para yore, por aceropanhar © proceso det, ume congusta, um desenvlvimento, © dssbrochar de Elguma coisa ‘que fo de valor para voce? Denise: Lembro de mos, As vers 0 peciene fala uma frase depois yoo! val para cata relleindo sobre cla Corts neuroses zonas confltuals fo um desafio para o nals, que fem que Pesqusar muito para compreender o paciente, ‘As vezes um sonho também more a realdade que ew nfo conheci,Tevando 2 sintse que procaro no momento, Meus pacientes frozem sonhor mito interesantes que tm me levado & certat ‘escoberta, Paulo: Voce gosta de sonhos? Denise: Bastante, pois acho que o sonbo é uma das fortes da ‘rlativdade, de nbo repetigio, do desconhecdo. Trabalho muito com ‘atrilsimbslico. Quando ums pesos procure terapia& porque, am feral, 4 eqgocau todoe os mis conscentes para resolver seus con fits. A chave para e solusio est, enti, no seu inconsciene © 0 fonlno @ um dor caminhoe, Ele & coma hietglfo eda andre de tama seqiénca de sonon podemos aprender 0 significado espeetico ‘de cada simbolo para o sonhador. Ele tr 2 tora coaheclmentas nllenares'e fares, possibilitando grande ampligao da conseiéaca, Paulo: Voc lembra de algums coisa neste setido? Denise: Tenho como paciente um engenbeiro vil muito eenico © miterilisa, 0 proceso teraptutico era lento © dolorso, prince flmemte devido sun grande resiténcia de entrar no mundo da Fantasie. Até que teve o seguine tonho: "Uma nave espacial pater: a-rlhene, sitio modelo, cat num baie muito pobre da poner la fie frente a um bar sujo,cheio de vagabundes. O pova carente omoga a invade a nave ¢ of seronastas ao dando pes, chegando 4 pane que a nave nao pode mais deco Pars mim este. sonho foi muito interessante poi de acordo com as asociapGes do meu patente, « nave € 2 sinese da evlugs0 humana eo bar »sntese da pobreza « decadénca. Fatdo, do repent, temor ov dos extemos se efconrando. Para este paciene, evolugio igual a tecnologia, © 0 aage do progres. despenca. dat alas sind nm hig finde, num luger Que conémyteda & san sombra, do agile qe rejltow e rpeimis, Fo lado pobre, afetivo e gare, le era uma pestoe muito soltria e pobre efetivamente. Tih poucos ‘amigos © mantinha raros enconros afetives. Eno, no sonko, ha ume froca entre 9 misino de asepsa e cdacia com o maximo de sys {lgnorincla. Os pobres tram dos isos: € 0 comero de uma Ineracdo fate as polaridades cm confit Ese sonho extapola o problems individual ¢ reflewe a stuacéo| ‘de boa pete da. humanidade, que vem construindo ume sociedede ‘wenoligiea e burocrtica, sem levar em considera as necesidades Jnumanas Bisias,e, com iss, era enormes disocagdesculturis © palooKgleas, Paulo: uma lend Paulo: Porque cle traz coisas exatamente de wm. significado muito denso, muito importante, condensada name. paquena histrie fe qe 2 gente nunca sabe o final. O sonho € mult pecullar; vamos fmbalar tum pouguinbo mais em sonhos, Eu gostria de que. voce falasse mus, Neste caso que yoo! touxe, por exemplo, yoo! viv alguma mudanga jé, no conscente dele ow na consciéacia ou na relagio dole som vec, ow nas cosas que ee trouxe para s trspia ‘pote deste sonho? © sono € recente ou no? Denise: © sonho ainda & recente, mas pude notar que mesmo ‘antes del, jhavia 0 infelo-de uma tea ente 0 pensamento formal superdescnvolido e o sentimento carentee subdesenvlvide. Esse pciente no tna quase pereepqao de seus sentimentos ou das ‘eagdes que seu comportamento produria nos outs. Ele falta x. chegava atrasado com ceria freqdénca, Contratransferenilmente eu te sontia agredida e desalorzada em mew trabalho, embora cle hogesse qualquer inencionlidade, sempre coma desculps de inde ‘eros compromissos, Era ums agressio camuflad, sui. Era uma forma de me contolar,fazendoame esperar, sem avisar quando iia Felle. © aumento ds percepsio de sear sentimentos fol eniquscendo Tudo ropeimido e careme e com Iss 0s atasce © falas praia: sete desapareecra, ‘Acredito que vai demorar um crta tempo até que est interagio| cvorra de modo mais infenso © global, pols o sonho multas vezes também & prospective, 1 muito interesante reer sonhos de alguns meses ats. Sonos que nov momento no entendy relendo apis alguns. meses, flea Zito lator © com iso posso melhor pereeber © padezo de mani (estayie simbstca do patient. sonZatis POD que vst stave fod, vost anata snhor de 6 Denise: Anoto todos: & um material riguitimo alo a6 part a praca linen somo também para a pesquist dos dinamismos da sigue Peulo: Voct pede que eles snotem os sonhox? Denise: Pego para meus pacientes terem um caderno de sonhos les devem ser anotados, de pefernca, logo a0 acordr, pois com © passer do tempo, vamos nos esquccendo dos tales s de certas Huances ts yezs importanisines. Ocaderno de sonhot € 0 livro fa vida do inconsiente. Também soho inportante lembrat gue ha ‘outros meios para mobilizar a fantasia eo inconslene, como © dssenho, a pintura ¢-o jogo na aele. O ogo na aren mobiliza 2 tvienga’do tute, sou potenia critivo © renovader, propiiendo condigGes para ereestruturagao da consiéncia Paulo: Existe slgum tipo de lite gue mais « angustia, preo- cupa ou earegs? Denise: Um spo de paciente que me ocupa mals é aguele que tem sm vast extends, concreto, dif de ser reparado, i pests fue vivem deforma tio soltria ¢ arente que o analst passa a set Su Unico vineulo com 0 mundo soe O anafista se transforms principio de vide do pacente, numa transferénia ds relagdo primal Fastante regreida. Esta pode se omar uma situacdo perigoss, poi ‘mesmo um pequeno alrato no hore da sessto pode ser salldo como rojigdo € 0 pilenie ene em pnio. Tira fies & sentido como abundono e uma sire de tenatvas de chantagem se extabelocem Acredio ser este tipo dos mus diffeeis de se tabathar om onsutdro externa. Ea alguns cadoe veia até sconselvel ume Intra pu Some pic, ny vrs no. a familia para a qual yoce poss recore. Esse 6 patente que celefone fora do hori, nor fins de semans, ivadindo » vida pertcular do analista, que tein que ser muito abildeso para impor limites em dar a stnsaggo do que eté abandonando ou reetando Paulo: Voot tabitha normalmente uma ver por semana, ds veues por semana, quantas veues? Denise: No nico, preiro tsbathar dass veres por semana, devido ao acdimulo de material. Comm o tmp psso para ma Ver por Semana, Dentro de um proceso terapéutico etal, 0 praao de uma semana’ di para o pacienle eaborar © material Vivido a Sesto Anterior. Na fate de alta poss até expacar mus, Paulo: Nas rexpostas que voe# en dando, est me chamando 4 atengio, a abertre, 4 franquera, 2 iberdade com que voce est dade que voo! colocs, no se trabalho, na questo da relogdo com o clients: desde a primeira respesta, onde. Yoo! “ ‘coments como a ange uma transferéncia negates, E agora também, ‘quando eu pergunsl o que a angustia mais, voce respondew que era © cliente que vos! dé, dé, dd-e ele acaba se tormando dependent, ‘porque yoot acaba sendo © cordio umbileal dele com 0 mindo, 6 ‘nico vinculo, Entio,esté me chamando a atenséo, Denis, a fan: ‘queza, 4 abertura que voe! fem para colacar iste a importic ‘que voct atribul, no proceso teraplutico, A reap que vost este Ielece som clients. Denise: Terapia pera mim ¢ uma rela dialcs entre erapeuta paca ine teaictte oS tawioeal caso toe! Uma diaéica cuja base tem que ser um reacionamento amorosa_ para que poss ser efeiv Paulo: Pois é, mas & que o¢ terapeutas contnuam « falar disso Imttetuaimente Denise: Bem, nio € fil estar sempre disponvel com s mesma fenerga, Sito que quando ndo estou bem, mew trabalho fica ma pesado eif aumenia & posbilidade de uma contaminagio psiguca. Esta é uma das profsces mais desfiadoas, j& que # nossa cons. ciencia © noso equilbrio emocional 80 testadoe @ cada moment. Paulo: © que voet faz quando no est bem? Porque ovorre. HA dias em que a gente nio esté bem e por essa ot aqela taxi, enfim... Como € que voe orienta as coisas, quando vot et assim? Denise: Exstem alguns recusos. As vens é melhor esncalir ou tocar de hortio. As veues & melhor atende, mesmo 180 estando 100% ‘bem, pois um cancelamento pode ter uin eleito traumatico Sobre um determinado tipo de pacente. Entretanto, € necesiio © ferapeuta estar atento a seus limites, pois com iso também ensin © paciente a se preserve. Como jé dite, ha sempre um rteo de contaminagio pstguica na terapi. Cevtos pacientes nos deixam can dos © deviilizads © se estvermos mais fries, 0 rsco & maior: portato, a neoesidade de se proteger ¢imprescindvel. HA terepeutas que entram em estafa ot ficam esgtsdos no final do da. Para mim iso sinal de que houve algum desequilvio por parte do analisa, neoesdro estamos sempre stents a este for. Paulo: Resquard, no &? Denise: Sim, pois sem ter como prioritria «nos snide © sutoestima, o que podemos transmit so patente? Por outro lado, tenho que Tembrar que, as vere, sao de uma sesso mais vtelizada do. que quando entre, O trabalho. pode ser tio erative, que tem um efeite teraputico © energaante também sobre 0 analsta, “6

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