You are on page 1of 10

Topologia wireless

Introdução

O grande problema em utilizar cabos é que o custo do cabeamento cresce exponencialmente junto
com o número de clientes e a distância a cobrir. Montar uma rede entre 3 ou 4 micros em um
escritório acaba saindo barato, pois você precisa apenas de um switch e alguns metros de cabos,
mas cabear uma rede com 500 estações, incluindo diversos andares de um prédio (por exemplo)
acaba sendo muito caro. Além disso, uma rede cabeada oferece pouca flexibilidade; se você
precisar mudar alguns micros de lugar ou adicionar novas estações à rede, vai precisar alterar o
cabeamento.

Existem ainda muitas situações onde simplesmente não é viável utilizar cabos, como no caso de
prédios antigos, onde não existem canaletas disponíveis e em situações onde é necessário
interligar pontos distantes, como dois escritórios situados em dois prédios diferentes por exemplo,
onde você precisaria adquirir uma linha dedicada entre os dois pontos, com a empresa de telefonia
local (o que é caro) ou criar uma VPN, via internet (o que resultaria em uma conexão lenta e com
muita latência).

Nos últimos anos as redes wireless caíram de preço e se tornaram extremamente populares.
Configurar uma rede wireless envolve mais passos do que uma rede cabeada e um número muito
maior de escolhas, incluindo o tipo de antenas e o sistema de encriptação a utilizar, sem falar no
grande volume de opções para otimizar a conexão presentes na interface de administração do
ponto de acesso.

. Wi-Fi (Wireless Fidelity): Um novo conceito para comunicação em rede e sem fio
(referente à norma IEE802.11b). É semelhante ao BlueTooth usado para interligar periféricos
de um computador. Assim como o Wi-Fi o Bluetooth trabalha com a banda de radiofreqüência
denominada de ISM (Industrial, Scientific and Medical), situada na faixa entre 2,4GHz e
2,48GHz.

Padronização: As primeiras especificações para o Wi-Fi ficaram prontas em 1997 e definiam


uma freqüência de operação de 2,4 Ghz com uma taxa de transferência de dados de 1 e 2
Mbps. Só em 1999 foram estabelecidos os padrões "11a" e "11b" . Pelas especificações IEEE
802.11b, a transferência máxima é de 11 Mbps operando em 2,4 Ghz. No padrão IEEE 802.11a,
a transferência máxima é de 54Mbps e novas especificações devem elevar este valor até
100Mbps (operando a 5,7Ghz).

Cobertura: O raio de cobertura do padrão Wi-Fi varia de 60 a 120 metros.

Equipamentos: São utilizados dois equipamentos numa rede local sem fio:

3.1: Estação sem fio - geralmente um computador equipado com cartão NIC (Network
Interface Card)
3.2: Ponto de acesso uma ponte ( bridge) entre a rede com fio e a rede local sem fio.

Equipamentos utilizados nas redes:

1. GateWay: É uma passagem constituída de hardware e software, um "portão" ( gate) que


uma rede utiliza para se comunicar com outra rede que tem arquitetura diferente.O Gateway
realiza as conversões de protocolos para que as redes possam se entender. Em uma rede local
(LAN) ele pode ser usado, por exemplo, para conectar os computadores da rede a um
mainframe ou à Internet.

2. Roteador: É um dispositivo utilizado para gerenciar a transferência de dados entre duas


redes de computadores. É o roteador que escolhe o melhor caminho para que a informação
chegue ao destino. Geralmente são usados para ligar uma LAN (Local Area Network - rede
local) a uma WAN (Wide Area Network - rede de longa distância) .

3. Firewall: O Firewall é um complexo de hardware e software necessários para filtrar o


tráfego, ou seja, barrar dados inconvenientes entre duas redes. Ele monitora as milhares de
portas usadas na comunicação dos aplicativos e funciona como uma parede (wall). Alguns
firewalls simples são o Norton Personal Firewall da Symantec e o ZoneAlarm Pro da Zone Labs.

4. Hub x Switch: o Hub é recomendado para redes cliente-servidor e em uma configuração


estrela, como concentrador, ele funciona desta maneira:

* O Hub transmite as informações que chegam para todas as estações conectadas a ele
* As estações podem transmitir informações para o Hub, mas só deve acontecer uma
transmissão de cada vez

O Switch tem melhor performance que o Hub, porém é mais caro. É recomendado para redes
com grande tráfego ponto-a-ponto (peer-to-peer) pois o Switch transmite cada pacote de dados
diretamente para o destinatário, uma estação específica;

A topologia básica

Em uma rede wireless, o hub é substituído pelo ponto de acesso (access-point em inglês,
comumente abreviado como "AP" ou "WAP", de wireless access point), que tem a mesma função
central que o hub desempenha nas redes com fios: retransmitir os pacotes de dados, de forma
que todos os micros da rede os recebam. A topologia é semelhante à das redes de par trançado,
com o hub central substituído pelo ponto de acesso. A diferença no caso é que são usados
transmissores e antenas em vez de cabos.
Os pontos de acesso possuem uma saída para serem conectados em um hub/switch tradicional,
permitindo que você "junte" os micros da rede com fios com os que estão acessando através da
rede wireless, formando uma única rede, o que é justamente a configuração mais comum.

Existem poucas vantagens em utilizar uma rede wireless para interligar micros desktops, que
afinal não precisam sair do lugar. O mais comum é utilizar uma rede cabeada normal para os
desktops e utilizar uma rede wireless complementar para os notebooks, palmtops e outros
dispositivos móveis.

Você utiliza um hub/switch tradicional para a parte cabeada, usando cabo também para interligar
o ponto de acesso à rede. O ponto de acesso serve apenas como a "última milha", levando o sinal
da rede até os micros com placas wireless. Eles podem acessar os recursos da rede normalmente,
acessar arquivos compartilhados, imprimir, acessar a internet, etc. A única limitação fica sendo a
velocidade mais baixa e o tempo de acesso mais alto das redes wireless.

Isso é muito parecido com juntar uma rede de 10 megabits, que utiliza um hub "burro" a uma
rede de 100 megabits (um uma rede de 100 megabits com uma rede gigabit), que utiliza um
switch. Os micros da rede de 10 megabits continuam se comunicando entre si a 10 megabits, e os
de 100 continuam trabalhando a 100 megabits, sem serem incomodados pelos vizinhos. Quando
um dos micros da rede de 10 precisa transmitir para um da rede de 100, a transmissão é feita a
10 megabits, respeitando a velocidade do mais lento.

Nesse caso, o ponto de acesso atua como um bridge, transformando os dois segmentos em uma
única rede e permitindo que eles se comuniquem de forma transparente. Toda a comunicação flui
sem problemas, incluindo pacotes de broadcast.
Para redes mais simples, onde você precise apenas compartilhar o acesso à internet entre poucos
micros, todos com placas wireless, você pode ligar o modem ADSL (ou cabo) direto ao ponto de
acesso. Alguns pontos de acesso trazem um switch de 4 ou 5 portas embutido, permitindo que
você crie uma pequena rede cabeada sem precisar comprar um hub/switch adicional.

Com a miniaturização dos componentes e o lançamento de controladores que incorporam cada vez
mais funções, tornou-se comum o desenvolvimento de pontos de acesso que incorporam funções
adicionais. Tudo começou com modelos que incorporavam um switch de 4 ou 8 portas que foram
logo seguidos por modelos que incorporam modelos com funções de roteador, combinando o
switch embutido com uma porta WAN, usada para conectar o modem ADSL ou cabo, de onde vem
a conexão. Estes modelos são chamados de wireless routers (roteadores wireless).

O ponto de acesso pode ser então configurado para compartilhar a conexão entre os micros da
rede (tanto os ligados nas portas do switch quanto os clientes wireless), com direito a DHCP e
outros serviços. Na maioria dos casos, estão disponíveis apenas as funções mais básicas, mas
muitos roteadores incorporam recursos de firewall, VPN e controle de acesso.

Por estranho que possa parecer, as funções adicionais aumentam pouco o preço final, pois devido
à necessidade de oferecer uma interface de configuração e oferecer suporte aos algoritmos de
encriptação (RC4, AES, etc.), os pontos de acesso precisam utilizar controladores relativamente
poderosos. Com isso, os fabricantes podem implementar a maior parte das funções extras via
software, ou utilizando controladores baratos. Isso faz com que comprar um roteador wireless saia
bem mais barato do que comprar os dispositivos equivalentes separadamente. A única questão é
mesmo se você vai utilizar ou não as funções extras.

Existem ainda roteadores wireless que incluem um modem ADSL, chamados de "ADSL Wireless
Routers". Basicamente, eles incluem os circuitos do modem ADSL e do roteador wireless na
mesma placa, e rodam um firmware que permite configurar ambos os dispositivos. O link ADSL
passa então a ser a interface WAN, que é compartilhada com os clientes wireless e com os PCs
ligados nas portas do switch. O quinto conector de rede no switch é então substituído pelo
conector para a linha de telefone (line), como neste Linksys WAG54G:

Embora mais raros, você vai encontrar também roteadores com modems 3G integrados
(chamados de Cellular Routers ou 3G Routers), que permitem conectar via EVDO (Vivo) ou
UMTS/EDGE/GPRS (Claro, Tim e outras), usando um plano de dados. O modem pode ser tanto
integrado diretamente à placa principal quanto (mais comum) instalado em um slot PC-Card. A
segunda opção é mais interessante, pois permite que você use qualquer placa.

Dois exemplos de roteadores 3G são o Kyocera KR1 e o ZYXEL ZYWALL 2WG. Em ambos os casos
os roteadores usam placas externas, que são adquiridas separadamente. O Kyocera suporta tanto
modems PC-Card quanto USB, enquanto o ZYXEL suporta apenas modems PC-Card:
Alguns modelos combinam o modem 3G e um modem ADSL, oferendo a opção de usar a conexão
3G como um fallback para o ADSL, usando-a apenas quando o ADSL perder a conexão. Esta
combinação é interessante para empresas e para quem depende da conexão para trabalhar, mas
resulta em produtos mais caros, que nem sempre são interessantes.
Continuando, além dos pontos de acesso "simples" e dos roteadores wireless, existe ainda uma
terceira categoria de dispositivos, os wireless bridges (bridges wireless), que são versões
simplificadas dos pontos de acesso, que permitem conectar uma rede cabeada com vários micros
a uma rede wireless já existente. A diferença básica entre um bridge e um ponto de acesso é que
o ponto de acesso permite que clientes wireless se conectem e ganhem acesso à rede cabeada
ligada a ele, enquanto o bridge faz o oposto, se conectando a um ponto de acesso já existente,
como cliente.

O bridge é ligado ao switch da rede e é em seguida configurado como cliente do ponto de acesso
remoto através de uma interface web. Uma vez conectado às duas redes, o bridge se encarrega
de transmitir o tráfego de uma rede à outra, permitindo que os PCs conectados às duas redes se
comuniquem.

Usar um ponto de acesso de um lado e um bridge do outro permite conectar diretamente duas
redes distantes, sobretudo em prédios diferentes ou em áreas ruais, onde embora a distância seja
relativamente grande, existe linha visada entre os dois pontos. Como o trabalho de um bridge é
mais simples que o de um ponto de acesso, muitos fabricantes aproveitam para incluir funções de
bridge em seus pontos de acesso, de forma a agregar valor.

Fisicamente, os bridges são muito parecidos com um ponto de acesso, já que os componentes
básicos são os mesmos. Em geral eles são um pouco mais baratos, mas isso varia muito de acordo
com o mercado a que são destinados. A seguir temos o D-Link DWL-3150 e o Linksys WET54G,
dois exemplos de bridges de baixo custo:
Continuando, existe também a possibilidade de criar redes ad-hoc, onde dois ou mais micros com
placas wireless se comunicam diretamente, sem utilizar um ponto de acesso, similar ao que temos
ao conectar dois micros usando um cabo cross-over.

No modo ad-hoc a área de cobertura da rede é bem menor, já que a potência de transmissão das
placas e a sensibilidade das antenas são quase sempre menores que as do ponto de acesso e
existem outras limitações, mas apesar disso as redes ad-hoc são um opção interessante para criar
redes temporárias, sobretudo quando você tem vários notebooks em uma mesma sala. Na época
do 802.11b, as redes ad-hoc ofereciam a desvantagem de não suportarem encriptação via WPA, o
que tornava a rede bastante insegura. Mas, o suporte ao WPA está disponível ao utilizar clientes
com placas 802.11g ou 802.11n e pode ser ativado na configuração da rede.

BSS (Basic Service Set) corresponde a uma célula de comunicação da rede sem fio. STA
(Wireless LAN Stations) são os diversos clientes da rede.

AP (Access Point) é o nó que coordena a comunicação entre os STAs dentro da BSS, o AP


funciona como uma ponte de comunicação entre a rede sem fio e a rede convencional.

DS (Distribution System) corresponde ao backbone da WLAN, realizando a comunicação


entre os APs.

ESS (Extended Service Set) é o conjunto de células BSS cujos APs estão conectados a uma
mesma rede convencional.

Nestas condições um STA pode se movimentar de uma célula BSS para outra permanecendo
conectada à rede, este processo é denominado de Roaming.
As Redes WLAN Podem ser configuradas como:

Ad-hoc mode – Independent Basic Service Set (IBSS) Na configuração Ad-hoc mode a
comunicação entre as estações de trabalho é estabelecida diretamente, sem a necessidade
de um AP e de uma rede física para conectar as estações.

Infrastructure mode – Infrastructure Basic Service Set

Na configuração Infrastructure mode a rede possui pontos de acessos (AP) fixos que
conectam a rede sem fio à rede convencional e estabelecem a comunicação entre os diversos
clientes.

Qualquer tipo de placa WLAN (placa de rede sem fios) é projetada para ser compatível com
qualquer outro produto de redes (LANs) sem fio que seja baseado na tecnologia de
transmissão DSSS (direct sequence spread spectrum) e em OFDM (orthogonal frequency
division multiplexing) e estar em conformidade com as seguintes normas:

• IEEE 802.11a sobre LANs sem fio de 5 GHz

• IEEE 802.11b-1999 sobre LANs sem fio de 2,4 GHz

• IEEE 802.11g sobre LANs sem fio de 2,4 GHz

• Certificação Wi-Fi (Wireless Fidelity, Fidelidade da comunicação sem fio), conforme definida
pela WECA (Wireless Ethernet Compatibility Alliance).

Todo tipo de dispositivo de transmissão emite energia eletromagnética de freqüência de


rádio, a potência, ou a quantidade de energia emitida por placas wlan é bem menor que a
energia eletromagnética emitida por outros dispositivos sem fio, como exemplo podem ser
citados os telefones celulares, existem aparelhos que podem transmitir até com 1/2 watt de
potência, com potência de 1 watt utilizando HT (Halkie Talkie) operam os rádio amadores da
faixa de 2 metros (144 MHz), de 3 a 5 waats operam os operadores da faixa do cidadão (11
metros), como fica fácil perceber que para cada faixa de frequência existe uma quantidade
de potência média para alcançar um determinado objetivo em se tratando de alcance entre
as estações transmissoras e as estações receptoras.

No caso de placas de rede sem fio (redes wireless), a frequência utilizada é ao redor de 2.4
GHz, e atualmente no Brasil para 2.4 GHz, o máximo de potência permitido é de 400 mW,
além disso, as placas devem funcionar de acordo com as diretrizes fornecidas nas normas e
recomendações de segurança sobre freqüência de rádio, essas normas e recomendações
refletem o consenso da comunidade científica e resultam de deliberações de encontros e
comitês de cientistas que estão sempre pesquisando, analisando e interpretando a grande
quantidade de literatura de pesquisa.

Existem situações ou ambientes em que o uso de placas WLAN pode ser restrito pelo
proprietário do edifício ou por representantes de organizações aplicáveis, exemplos de
situações podem ser:

• Uso da placa WLAN a bordo de aeronaves.

• Uso da placa WLAN em qualquer outro ambiente no qual o risco de interferência com
outros dispositivos ou serviços seja considerado perigoso ou possa causar danos.

Quem não tem conhecimento da política que se aplica ao uso de dispositivos sem fio em uma
empresa ou em um ambiente específico, deve pesquisar sobre o assunto, ao contrário de
outras faixas de frequências, nas frequências acima de 1.5 GHZ normalmente é só instalar o
equipamento e utilizar, mas existem casos em que é necessário pedir autorização para usar
as placas WLAN antes mesmo de ligar o equipamento.

Talvez você nem se deu conta, mas existem advertências sobre a proximidade de
dispositivos sem fios proximo a materias explosivos, ou você nunca leu placas com os
seguintes avisos?

Não opere transmissores nas proximidades de explosivos nem em ambientes que


contenham materiais explosivos, a menos que estes transmissores tenham sido
modificados para se qualificarem para serem usados em ambiente que contenha
materiais explosivos.

Em aviões e aeroportos existem advertências sobre o uso de dispositivos sem fio em


aeronaves, o você nunca viu uma advertência assim?

O regulamento da FCC e da FAA proíbe a operação de dispositivos sem fio de rádio


freqüência pois o sinal proveniente de tais dispositivos pode causar interferência
em instrumentos críticos da aeronave.

Além de seguir as normas e a legislação aplicável para redes sem fio para evitar problemas
com a perda de sinal e com isso o mau rendimento, evitar também problemas de
interferência (muito comum em telefones de 2.4 GHz), toda e qualquer placa de rede sem fio
precisa ser instalada e utilizada de acordo com as instruções do fabricante e conforme
descrito na documentação do usuário que é fornecida com qualquer produto que tenha boa
procedência.

É interesasante citar que nenhum fabricante se responsabiliza por qualquer tipo de


interferência em rádio, em televisão ou em qualquer tipo de equipamente que tenha
interferência causada por modificações não autorizadas nas placas de rede sem fio.

Por isso fica bem claro que a correção da interferência causada por modificação não
autorizada é de inteira responsabilidade do "mexilhão", é claro que revendedores ou
distribuidores autorizados não são responsáveis por nenhum dano ou violação das
regulamentações governamentais.

É importante garantir que o dispositivo de transmissão de rádio só seja usado em países nos
quais o uso desse tipo de dispositivo é aprovado, no cado do Brasil, deve ter um selo
informando que tal dispositivo foi aprovado pela ANATEL, agora vai saber se o selo não é
falso.

You might also like