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AQUISICAO DA LINGUAGEM: 0 QUE 8 EO QUE IMPLICA Feryal Yavas Professora do Curso de Doutorado em Lingtistica de PUCAS: INTRODUGKO Desde a década de 60, uma das areas mais dicoutidaa om lingtstica aplicada tom sido o estudo da aguiile da lingua- ‘gem pela crianga. € também 2 érea que claramento reflete Tendéreis em linguistics de que o estudo da Iinguagom ¢ me- lhor aleangado por uma abordagem interdisciplirar da psicolo- dia, da soclologla © da neuroiogi, entre outras, cade uma delas Contrbuindo de seu respectivo &ngulo com a lingtistica. Assi, hoje, @ pesquisa em aquisigao da linguagem surge de todas a iregdes, capecitendo-nos a elcancar um enfencimento melhor ‘8 mais global cos problemas envolvdos. ‘Apesar deste estado de coiees, nosso conhecimento sobre ‘© processo de aquisicdo inde esta longe de ser adecuado, ‘quanto male complato. Posquica muito mole rigorose ou exten ‘iva 6 necessiria antes que poseamos der reepostes defintives 4 vérias perguntae que continum a prescupar-nos hojo. Isto posto, 0 titulo deste trebalho pode parecer multo embicioso: fot escoihido meramente por razdes de simplicidade © 0 loitor deve Interpreti-o como “aqulsiofo da linguagem: 0 que sabe- ‘mos hoje e © que podemos infer no assunto.” Dentro doe Fimites do tempo, tentaremos resumir, do mode menos terico possivl, 0 que se sabe sobre @ equisigBo de lnguagem epee ‘mencionaremos brevemente como pode este conhecimento ser Stile outras arees afins, especiaimente distirbios de linguagem @ ensino de segunda lingua e de lingue estrangeira ‘Gofetnca rte om logue ron por oconto do V Sorare de gues S'ce'V Sodan ce Forombocge: rans em Sia Nore” FS ecm crececmerton in rfesnre Hts’ Cust ert Kin expats ‘amenie‘pou tacos © po reveto ot ogo Loten de Hoje 5 (2 190 = 162 11. Hloéeee de Aquseto de Lingugen Qunlguer sacen normal desevaivert um bom dono de now ada treo cle ne Ge ceo bor um domino canplte bose prolongorse ats pusorsace ee foto tam invigado «fogcado 0 or hn for akesea ue nenhura out eapécin poss uno tnguagen cone de Sores humaros @ jf que nentwma oua veptee, base asser tna aguagar Fumsho. opeaor de: igoceneremoens fal © que @ cue eapacta a cranga e conseguir iso de Umea speentorets ito feel ¢ em toroo reaivanente cute? Rage IMot hitacesbostnte Serene forom propotee arrest 8 gna quel. Vamos eonsanrar Uma por vot 8 is da foe, ‘ee coven 1.2 A Hipoteee doo Behoviorietes Esta sbordagem um tato_traconal_rgumenia que ¢ sauiso da Ieguegem'¢-atngda eteyn Qo arpertng A Sars ne ear ea “i ae 6, Sama oh 0, © afin Go ascclagae Ge esta» eapente In Iago efter, deanmwlve o. conimctes estas (Shiner soo ae oa Eehaviorismo pressupte que o daeervolv- ito # Gependente. do. aquisieo ‘da linguagem, Conforms ergurenta Whorf (1958), 0. desenvolvimento: de. ln. uagem da crience impde uma setrutura organizacional em ‘Sou concelte progressive da reslidade, Qusiquor teona que bueque explicar = linguagem o ‘equisi¢8o a linguagem om termos de cadeias de sesceastos ecessariamente geré Inadecueda. Hé ample evidincla de ‘que 20 criangas nBo imitam simplosmente a fala doe adultos: mesine ‘quando se pece que elas repitam o que fol dito logs ope 2 dulto tor felede, a cringe. ndo podera reprodusk @ forma do ‘edulto @ menos quo id ccieje habiitece a fazer iso, Entretanto, pesquisa recente sugere que e Imitagso pode faciltar © erocesso do aprencizagem. Du Preez (1972), Kemp © Dale (1973) © Bloom, Hocd © Lightbowin (1974) deaccbriramn {que quando ocorre a imitagBo, ea a & fetta de mancla eelotva, 2 ertanga parec Pletamente vob atvaments processanda a fala do adult na boos de eeu, ‘hesimento atual e presta steno aquelee ‘aepectoe quo fest8 adquirindo no mamerto, Os peszuisadores concluem "i 4 encontrada em todos ‘nfo 6 um processo eufciente nem necossirio ‘da linguagom. 0 A Idéla de que a cianea aliqure a forma cones, ito 6 forme. uiaiga0 da Inovage orion (870), no & frequerte ‘oragdo pramatical mas Sasa nao esld cor Com © eurgiment> de gramaiica gerativa trenaformacions! no fim da década Ge 1950, fol propoeta uma exzlicagae dract Camente diferente por Chomsky © sous soquidores (Chomaky 1859, 1965: MeNell 1868). Argumenta-se que & crionge nasce com ume capecidade especial pars adquirr a linguegem que rRenhama outra espécie poasul. Tal disposicdo pare 8 Ingua- {gem 6 2 unica axpiieagdo poesivel vo canalderarmce a corple- Sidade dosss tara, Como coloca Chomsky’ (1865): exe es ada, Sree rota econ re neparctnes gt ‘eaado evosonst en ena nde gens deers iesam pao ein mde cn Tnusgen pode set tnd. por um erakona hil smenia‘eerforn guano 99 ecu carr gor pode ben se cin a fer gure do cere ds lngegen ‘atten, nee mre ‘pesca ean Hrd. mas. so rd. cade gr! do aun eapetace de segue somecinoni, (559) monet Lenneberg (867, ave 6 um proponent co porto de aie a gucen Geor 0 Ba lara Se wm. prio cries pars 2 inguaget {oe a rice pelos dois ence timinn en redor do puberdeda loan 0 ebrobr wings ® matincade. Lemebey argument Sue, a0 nozomono,o\otrsro do. cneng tem represent Siar! doe ngove da nguagara, mas ne” pubsrdsd, am Forni, geramerte'© exqutdo, av taina mole domrante i fare '@ arog", ‘0 mimo pore a linguagern, la nunce i edgurnla totalmente, mate tad. "O80 Lenneberg apoiou eoue argumentos de vérias fortes. O fato do uEM mais ou mence o mesmo camirho ne aaueigbe ce lin. ‘Buegem, demonstra que. ao 09 fatoree bologicas ‘eno. oe ‘amblontals quo so responsével pela aqusigha, AS orangas {ue sofrem um trauma om seu, hemistéro nBo-dominarte: ti ‘eior sifecldade com a tinguegem do que ce edulios porsue 2 leteralizagdo no esté completa © e inguogem osté pusimonts Fepresentade em cada hemsfério. do cerebro, Além ‘lego, se © hemisféro dominante estd denificado, Ito causa uma grande Gefie¥ncla @ freqdontomonte ums deficiéncia permanente, no aso do aduto, mas néo no cago de crionge. 14 que later. lizagto nfo ecté complete, © Homicfério ndo-deminante. da ‘nga pode prontamante ‘essumir a fungdo da linguagem e dentro do um ano ou dois @ crionge recobra « inguager. Para citar mais uma eviddncia om favor de hipdtese do periods Slime de Lennaberg Gone. Em 1970, foi descoberta em Loe Angeles uma menine ‘com @ Idade de treze ance que titha sido evada om completo {solamento do contato humane. Ne poca em que fol Jease. berts, Genie ndo tinha linguagem © reletrios recentes ‘sobre ‘ia mestram que o seu dominio da Inguagem ainda & incom pleto epesar do intensa trelnamerta que el focebe. ‘A hipétese da idade otima tom recebide alguna ertice Gevido & pesquisa subseqdente obra lterlizagso.” Witcleon © Pals (1973) mostraram que ha uma. diferenea anctomis gnire 0 dois hemisférios co recém-naecido, Molfeae’ (1973) demonstrou que mesmo em criancar de uma semane o Nerve. fbrio esquerdo regietra male stividede cersbral pare ‘sone’ de linguagem do que pera sone Aao-inguietices. come tons muse ale, Entus (1978) chegou a conclusdes eomelhantos. Tosa ate ‘evidéneia indies que leteralizacdo do cerebro eats, preasnie no momento do naseimento e que no é um provesso que desenrola e cue termins na puborcece. A hipétose inatista ¢ hoje. vista com caticiems. Muitoe peequisadores duvidem da ioeia de que a linguagem’e ous tipos de cognipfo sio qualtativamente diferentes © que a Ii. quagem 6 um tipo de habildede intelectual’ especie Aldm ‘de20, © 08 humanos jé nagcem com univerea's ingileioes, va como fol srgumentedo por MeNell (9166), a aquiseto a tn- Guagem se fons um fenémero bern pouco interessante, 1.4. A Hipétese Cognit Seguindo a nhs do pensameno de Pape, pocavisudores como Shea de Ewart (eas, TH. W'S, 619, Sioa COTS Cromer (134, 1678) propeem qui a atuages Ge inguagory 4 om grande pate deerminede elo devervovinente sogeh Yo" A Metre os eoncatoe. goa ext por tre Ca’ Irguspum, Se devolve indepencontomente de préorielnguagen aves Ge imeragio ava da oranga com & tou ember Gere esc ca enon ei xorenato na lnguoger Foran, foncamertal's Gom 6.2 lle Go Guo daa mutes atvidsdes inbbloos Iinguegem @ sparas una e, como fle quia de quater ‘poeta tngoiaves pose ser atroude © alum far cegrtvs, ‘Sto apresentados virios tisoe de evidéncia em apolo a esta hipétese. Por exemplo, Slobin (1875) mostou Que a srlangs se dé conta de um coneoito antos que ola posae Mm ci-lo formalmente na fale. Assim, la marca 0. sonceto com formes entiges que ja tem sob comando, Em outras palevras, quando ums nova forma entra pore a linguegem de erianga, tal forma @ ueade para msreer um concelts que ela Jé tnha ed- fquiido, mas cus. expressaré com uma forme diferente. Siobin (1373) coloce Isso em tormos de um orincpio. "novae formas Ublizam-se iiciamente de funcbes velhas, ©: Brimaira exprecese strove se formas vel A mansira como as, crianges usam 2¢ formas inguistions podem também ser clades como mew evidBncia paras Npo- ‘eee cognitive. E bem sabido que a eplicagzo de uma forma ‘ela crianes pode diferir da do aculto ou por 86 mito ompla ‘ou muito limtada em sou dominio. seméntice. A’ primeira. 6 hamada de superextenslo e's hima de subestereso; uma range cue usa a pala lua pare coolficer qualquer obieto Fedorda, ou tote pore qualquer animal de quatro peles ests ‘uperestendenco estes formas. Per outro ledo, 9 cranes que: Usa palavra animal somento om reforéncia a mamiferse nao. hhumanos € nfo # usa em referéncie s outros animale. como pésseros, pelxes Ou inaeton sth subestendendo 0 terme, Argumenta-se (Clark 1974, Nelson 1974, Angin 1977. para monciona” alguns) que. as superextensdes © aubertenedee de- mmonatram que a cranga apice « forma Ingdisies ‘com base em um conceito que ela deaenvolveu independentemente da lingusgem, porque ee @ crisnga deaanvolve © concato através 16 dda forma lngilatica, nso heverd u ire © uso ea forma pelo adulto ‘docrepéncie slatemética is enanga. © enfogve, cogntvista da aauisigao de linguegem encon- tea hoje considerdvel apolo. Multa peoqulea enitadors eat sande desenvolvide com base neste Andi ‘eu favor sumerte cia\a dia Apeser dis ores que 880 cautolosos em accltar @ Ripdtese como ele 10) oloceds aciew, princinalmente porguc. cleo véem tm papel maior, ou influéneia, da lnguagam na aquleigs da lingegem do que 2 atrbuide els Fipétese. Eu gostara de mereionar ‘brevemente alguns dos argumentos desses peequieadoree, Bowerman (1978) argumenta que a vieso cognitva nto wxolce 1) Como « crianga progride do estigio onde ela desenvel- ‘vou © onceite para o estégio onde ela a caper Je codes lo lingdisticamenta, Nem todos oa mocaciames lingtistiocs 289 se igual complexidado 0 a crianea, Se vezne, pods ter que er rer no acenas para decervoiver © eonedo. mas também Pela habiidede de escobrir como. cla podria. sxpreaber 0 ‘concoit linguaticamente 2) Exton mocarian0s initoes que sio_puramente formais « nap em significado, moar oma change tan aoe comer tank estes. © domino’ do ig, mosetones. Sho odo eer exalicado com tase ro deservshvimanio cope 3) A hipétene nto pode exolcar por que uma crlanga que 46 tenhe sprendido a codificar lingulatcamente “um corceto, Brosseque'e sprende outros modes ‘ce codiicer 0 mess once. 4) Ou como se pode lever em conte 0 fato de que aloumas riangas que mostra um deaonvoWimento cognitive, nore! ‘ainda ess'm, nfo conseguem mostrar agusiebo normel da ine ‘uagem. Assim como Bowerman, Schlesinger (1877) indica algune dos problemas que permanecem inexplicades pele Tipotowe Ele srgumenta que, embore 0 eoscnolmento copia sje i brereausie nara» cangaInerpretar 6 sou eobiete fe fort inion shen, ec, no € sucess emus ‘stegoriae neooeséies 2 Inguagem, porque oe conoeses shatraos Go amblena. ndo-Inguisten nem sempre ter ume ‘elacho umaum com ee cslogonas Ingiatces Correpenser, tea. Por exerplo. carga pote decovolver 0 concelo co us Jonto — entidadae que iniciam suvidades 0 fazom com que, 08 ‘res sojsm fellas < maa on ites desto concoto nio' 6c ‘meemo da catogoria “agorte” na inguagam. Serlceingor (1077, 186) eacrove: O argumesto de Schlesinger scbre cetegorzegzo cepe- ciaimant relovente quando. Sonaideramoe Se dferengas uma lingus pars outa. Por exemele, um crienga trte. deve ‘rettaratongao eobro ee um fia peassdo eats send reltedo fon bese na experiéncte Ge pripera mao eo flor (elo 6, {endo visto pesscalments 0 fatoshuaglo) ou com base. em mera inferbcia ou conhecirerta. Je segunda eo, porgue.® lngue faz este cletngdo semnice em sou sisters modal © @ se2cclhe carta do verbo dependert desta dsingéo. Uma crane 4 bresiere ou emercara, por ouvo lado, io. preciea 6 Dreocupar com esta dilingso especial. Come indica Sehice Ger. consderandose se eroneas ene aa lingua, 6 malo Biaueivele hipsiose de que mutes calegorias semitone blo fdcuridae pelos exigéncas da lrgue eda, do que lneginras Sve 2s eranga deconvoNe todoa a0 concetse gus abo encon- trados em todas 2e linguas. © depcle eprende .cosear in- Glsicemorte apence aquelee que e80 engien pola eve lngus, hfe ecu rca tras eaisas Ae Contr aon ge morta gon aio 0 et Se matrcace spe seay 3 Iau 3 Toque sto inporatan's tineson’s eek 3 tun intrato'no procs te eulegto. (er note Bs {ira ar) pas 8 pel ee ioguapennssaussto) 2. DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM Em prosseguimento, examinare! 0 desenvolvimento. da lin- (guogem € resumirel @ que se sabe sobre» nquieiggo de fono- us logie, sintaxe, semantica @ pragmatica pela erionge. Devido as limitagdes de’ tompo 6 & ratureza eapecialzida ds Slguns te. loos, minha discusaéo seré, sem divide, Il oF vezes., ‘pondece, 2.1. Desenvolvimento Fonolégleo Varios eatudce com crianges_recém-nascidae (Condon © ‘Sander 1874, Condon e Ogetan 1967, Hutt et a. 1908) demons ‘tem cue as’ mesmas distnguem entra estinucs lingisticoe Aforngilstices. "Além disso, como Elmaa-e geus colegas ddemonetraram (Eines et sl. 1971, Emas 1076), a erianga, come © edult, percebe a fele cstegoricamente Parace cue © sito ‘ma aude humana, meame no nascimento, & mais sensivel © certos pontos er uma cade ge gona e pode ser um fstor n= Portante mais arde, pera a aqullgdo de foncmes, {Em termas de produeSo, os primelros sone que a crengs rode que se aesemalnsm & fale eurgom We 3 a 4 meses apse ‘9 naseimento, © qua dotarmina o Inicio do balbucio no eat bom claro, mes o simoles fsto de qua as. criengoe de pale ‘urdos inclarem 0 balbucio eo redor da mesme isda sugers ue ito 6 devide & meluraeio biolégla. A freqUéncia do bi ‘bucio etinge eeu ponte mimo pelos 10 meses e depots de- ante quando @ eriance incia e dizer sues pre pelo primeira ano do vida. Parece que oem Bente linguistico' de crianga & importante para a continuldeds 0 balbucio, 4 que es criancas surdes param ag vocalzagées pds aloune mocos, ‘A orcas paves da erlang tom slgumos curate tions bem marcedes. Els aSo pinceimente do'tpo VG ou go airtira VOVG. reduplicade, kx consonntes anteceree <- e- eels povaizem 88 bostorores, am’ termon Go trode e sricueto, ae colaven oc © ness bisdosinem De vogis Jal, A ¢ {ul ato: se mess reqUorts. Jekeboon (1989) fol um dos primsiros a propor uma teor de deservolvinanto foncisgies. Ele ergumentou que © clercs omina © sistems adquiringe primero aquelas feigSes dstini- ‘ves que se relacionam com se oposicoce méximes ends, Drogressivemente, adcuirem equelas que fazem opostgoos mt {9 msie préxmes. Portanio. « oposicso de vagal coregente a primeira 8 ser acquiide, aeguide de consoante oral em (posicdo @ consoarte zeal © qua, por aua vez, @ segue pela ‘posigdo. de corsoantes lablals em opocigao ae aiveolares Dols outros pontes que Iskobson reforgou eto: 1) coord tnivereal do. desenvolvimento. fonolégie; Isto &, todas 6 ne, Independente da lingua que estlo soredendo, sequen | reams ordem de daservolvimonto fonelogico « 2) a erence Constal 0 seu proprio sitams, pole nso necesseriamoste ues © sistema de coracteriscas dos’ adultos, ‘Algune estudce recenteo desafiorem so ldsiae de Jakob son, especielmenrs com criangas falantes de inglés. Além dlaso, for obeervado por Fergueon, (1977) que as_primeiias "pelavras da crianga S80 uso esisvels om termes de eve felgso fonolégia: a eranca ods enuncier a mesma palavra ce vérice modos aferentes ce luna vez. Assim, Ferguson eugere que as feledes dstintvee ou fonemas no pedem ser unidaces Se desenvolvimento Toro ‘ico no primeiro estigio © mutos pesquisadores hole perecem Sencordar com oate porto de vist (Ger exanele, ver Irgrom ‘Aa chaervecdes de Iakobson parecem valida, entromontoe endo primeira aqusigao prendendo Japonse 9 descobr gue. & ordom da equisigio for a mesma em ambos og cxbos, Outros Desquisadores também descobrizam que quando ume fexao istintva adquinds — digamos sonarizacho — ova eplicagso § todos og foromae rolovartes leva consideravelmente povco tempo. Poriano, Jakobeon deve Tecober o orsdto. merevsdo ‘como sendo um dos primeiros a enfalzer que & erlnge aaqulre © sistema fonoligico de maneira ordensda © eonstruindo "8 répne sisters. pessendo Dor estigios que _nBo podem Snaliesdos om termes dos flgses dos adultos, © pericdo mais tivo em termos de desenvolvimento fono- lbgico esta entre 1 melo e 4 anos. Pelos 4 anos, quase todos ‘08 fenemas da lingue esido adquirdos com a excecdo de. al ‘gumes Freatvae, algumas afreadss e ligudse, Quando as formes fonolégicas das palevree deste pertodo ‘20 comporades com as Tormms adultes correspondentes, pa- racem extr diforences sistométcas. Sith (1975) ¢ Ingram (1878), entre ouros, expiearam esas diferoncss em termos de lguns processos fonoldgicos ques riangaaplice. Aigune esses processos peracem ter o sfeio de eimplficar so formes adultas.” Por exemplo, ancontros consonantals, especialmente no ineie do palava, oho recuerdos consoontes simples, cn. oantee no fin ce palayrae ego omiticea, 6 também ato omit ddes a8 slabas néosiOnicas, Outros proceseos somune incluen we 4 assimilago 20 mesmo ponto de eicleeto — a tendénca Ge ter o mesmo luger de arliculagso vas vogals © consosntes palavra — gonorza¢do de coneosntes iniis @ perda de sonordade em finals, enterionzeedo de posterires © substitu (fo do ocluswvas. por featvas. ‘Argumenta-se (Smith 1973) que estes processoe fonolégh 09 nlo ato dovidos 2 sudiggo Imperfots’ pela. cranca das formes do adulo, reprocuzindo, aeain, o que ola owe. A iercepeHo da crlenga esta demonetrsdaments em um nivel mals tlevado do que sua procugéo. portato cranga owe es for mse certas co edulto, mas einde nBo pode prosuz/lee correta mente. A aquisiggo do sisters fonolégico continue sé mais ou menos 6 10:12 anos. Pela Idace ce 7 a & anos 0 inventirio fongmico do elateme eatS geraimente completo mas a cranca ‘ainda precisa dominar a6 regrae morfofonémicas a lingua, 0 ‘qu2 pode levar slgune anos mals pare obocrer. ‘Artes de deixarmas 0 sssunto do desenvolvimento fono- \Wolco, devose dizer alguma colea eobre a aqulatso de eupra- segmentos. Provavelmente, com exceeso da entonagto, esta fren nio tem sido estudnda de modo eraustiv. Vérloe eetudoe sobre entanegdo sugeriram que a cranes acquire a entonaglo ‘reecente © dacrescente urante © periodo do belbucl, lata fentretarto, fo| contestaco polae cescobertes de Bioom (1973) ‘que mostrar que. um dominio total Gabees padrBee do & nom mmeemo encortredo rae primeiras pelaures da craves, Alam isso, 8 acuisiggo do acento. ascerddente © descenderte nfo implica, 6 clro, qua @ crianea tonha adquirido todee op po: fr0es comploxos de entonagto da lingua, eto, sem_ divide, Feuer mals aros © muito msior axposigao & lingua dace 2.2, Deconvelvimentos Sintiticos 2.2.1. Os desenvolimentos iniieis ‘ues primeras pelavras. Qual @ 0 "statue" Geasas pelevras? ‘Sao esata os primolras orapbee? Tale perguntas ttm sido oble- ‘to de ciscusate por vérios ance e ainda eho contovertdas. Uma visto predominante atribul e S068 enunciedos de una a8 palavra, © "status" ce. oragto; ato 8, ergumenta, que testes ofo, de fat, oragtes intekae ou proposighes complensa (© ergumento bavel-se primariamonte roe seguintes pontos: 1) us 8 cringe pode compreondor muito msia do quo pode produ, 2) 2 mesma pelavra tom antonagao diferente, dependends ‘que slantiea é ume pergunta, uma afrmagéo. ou. ume. orden (Monyak © Bemholtz 1869), 0 3) eo final do oatigic da. uma pelavra a criangs predu2 véree onunciados do uma palavra do fina vez e cada um destes refersse eo aspecto particular ds mesma situagéo (ver Greenfield e Sith 1876, para este porto de wate). Este enfoque fol crticado por Bloom (1973) por abibur & tanga demasiado conhecimento linglistoo. Ito se. deve & feonfuede ontre fatca linguistices @ nzo-Ingulstiece, Bloom {uments que o antendimento do eranca parece euperior @ aue porque ela Inerprota oe dados nio-lnguieteoe pre- Sentes no contexts do enunciado. Quando eases dation 80 emavdos como em. um experiment altemernte controlado, Yertiea-o0 quo ova comsroansso 6 8. mesma que sue prod 8. Blcom também quectiona a evidéneia retrada do entone: ‘Gio de enunciados de uma ‘96 palevay ela neo encontrou Consistércia po uso que a crlangs fez de Un tipo de eniora: 980 para indicar 0 mesmo tipo Ge enunciedo. E concidi que ‘Snuneladee' de ume palavre nd demonctram nenhum conheo: ‘mento a male pela crienga do que 0 quo ¢ axpreces por uma 186 palavra. € aviderle que se necostita do mals pesquiaa antes ‘de encerrarae @ questio (ver Dore 1974, para p avellagdo de ‘ead onto de vista © ergumentos pré e contra cada um) Com o tempo, ce enunciedce de uma 26 pelavre das ctianges aumentam’ gradativemente. do tamanho. Uma caracto- Fintiea des oragdes des eriancas durante ce primeiros devan- Volvimentos sintiticos 6 a sua quelidede telegrficn. Tato &, 25 Palavras que aparecem am cragdes 9€0 ovsenclalmente pale: ras de conteddo come subetantvos © verbose née. pslovraa Gramaticels como praposigtes, amigos « auelares, Sendo cue fe palavras de contatda lever maior Informed semintion ‘Que polowrse grematicis, « crnca que é caper de produ ‘rages de somente duae ou trbe pclavrae eote demonotrand tm grande sontide de scoroma: azar tarte quanto posse] ‘com tho pouco quanto possivel.# dovie que © canea no eatd fomengo uma decieso conacienta come fee 0 aduke quando ‘Quor mandar um telogrema; & possi que, devido 20 seu con tide semintico © proprededes fonclegicas (0. fete de cue lag lever acentc), a8 polavras de eontoio e80 mais calentes para a criengs do que is palawras gramaticots, « portento 680 ‘Sprondidae mais codo. Ha concordancia geral holo de que os enunciedce do dus Dalavres das criangas so melhor ehallendoe om. tormoe dae Felagdes seménticas que exbem Andises anteriores estes we Sruncledos ou eram om termoa de una anise dtettbucionel oro of da gramation Prot (ver Brain TOBY) ou em torres once sltarente abetratos «© conceltoe einidicos, force, ruture profurda 9 regres Wansfor Bloom 1870) © cada uma tinhe suas, prop grematica Prot nfo podia exolcer o curse de dever Nolvimento, @ uniformidede goral doe primotos estégios con {das as criencas, indapendentemente da ingus ue sete sence Spranaide, © nBo pois evar em conte os signiicates eee ‘ilange atrbul a seus enunciodoe, Por ours lado, nto" aehe furdemento der ae ume endise aberaa e erunciadcs Ge di ou tds palavras, pow 00 etengas nBo posauem nogées grocs cela abstetag A realidede psicclégica do unideces a Sone G80 sintétices sbatrstaa demonstrouse Inevstanto core Prosesaamento da inguapom do aduito © sus poss'blicece © ‘também ouve provavel na evanga, Sor, Bet, nn» Het om von cosa Savon ott om, we ie ral Ses Sateen Seties Stee come gen Toman Sarees Boom ¢ sus cclegse descobviram as aopunes relagSee f,ctdom on 4 cranes por les exluedae: 9) Senna Masses com erie oto te {um euro caso dem cbt ou events) enogegse Sy eee locas (ox, nemde i ou ‘canis rac} aepehie ee ee 4 criangas.t A exslicagio seméntca dos primsicos enunciodse dos Glangaa a0die-96 em ergumentae Go desenvolviments cogine NG. 0 andlogo conceptual des relagd0e eeminticas que veo contra nas prmeirag oragées acrecece aue a6 teste deoer, Yolvido pels dade de 2 anos (sto & durante © povod de de senvolvimento sensdro-motor de Piaget) portamte © Gosensar, ‘erento lngifoico de erienga val, parpessu, com seu desor, \olvmente eognitiva, 2.2.2. Aquiskto de morfemes grameticalo Como mencioncu-se acima, os marcadores gramaicals e3- {Ye tiptoamente eusentes nas rime crepben A aqclagso 150 ¢ morfames gramsticals, especialmerto flexdes, tem sido ‘objeto de Inveatgagso muito tempo. A fim de uear xen corretamenta, a crienge tom que prmeiro. ser stingutias das palevras 85 qual Sian eatdo presas. reqhen. temente a8 crianges mostram orroe de secmentscdo, evirlane to, um po malo comum de erro, » supergeneralaacea ocorre ‘Quando # eranga pica a fexdo'e casos em que née se uae ‘a linguagem aculta. “Uma eranga que enuncia formas como ‘eu donno’ e ‘eu cabo! ou ‘pace, slemaoe’ esté supergeners. ligand morfemes de fornes verbeie e plurae reguleres" © primeira actus sbrangente dos morfemes gramstcaie fenconira-se om Brown (1873). Brow © tous coleges segulram. 2 deservolvimento de 14 morfomse grematicas em tes crlen- 26 omercaras. Sues descobertas wostram que todee 0 tréo 1urram 8 morlemae em ume ordem eurpreender rthente: a forma progressive -ndo, 0 plural 2 6

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