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MUNICIPIO DE GUARAPARI ESTADO DO ESPIRITO SANTO GABINETE DO PREFEITO LEI N°. 3804/2014 DISPOE == SOBRE. =O CONTROLE POPULACIONAL E BEM ESTAR ANIMAL, SUA POSSE RESPONSAVEL, —_ VACINAGAO, TRANSITO EM VIAS PUBLICAS, COMERCIO, DOACAO, —_APREENSAO, '_ REMOCAO, DESTINAGAO E DA OUTRAS PROVIDENCIAS. © PREFEITO DO MUNICIPIO DE GUARAPARI, Estado do Espirito Santo, no Uso © gozo de suas atribuigées legais, faz saber que a Camara Municipal APROVOU e ele SANCIONA a seguinte LEI: CAPITULO! DO CONTROLE DE ANIMAIS. SECKO! CONSIDERAGOES GERAIS Art. 1° - & de competéncia do Poder Executivo Municipal, 0 controle da populagao dos animais domésticos, visando a prevengao das principais zoonoses de interesse em sade publica, agressdes e acidentes causados por esses, Art. 2° - E livre a criagdo, a propriedade, a posse, a guarda, 0 comércio € 0 transporte de cdes © gatos no Municipio de Guarapari, desde que obedecida a legisiagao vigente. DO CONTROLE POPULACIONAL Art. 3° - Cabe ao Poder Publico Municipal, através do Centro de Controle de Zoonoses, a implantagao e execucdo de programa permanente de controle populacional de ces e gatos, Paragrafo Unico - © Programa, de controle populacional deve ser oferecido gratuitamente, abrangendo 03 (trés) métodos préticos reconhecidos e preconizados pela Organizagao Mundial de Saude: | — Limitagdo da mobilidade — através do desenvolvimento de campanhas educativas que incentive a posse responsdvel, estimulo adoco de animais recolhidos em vias piiblicas e cisciplinamento da criagao e venda de animais; I= Controle do habitat — especialmente voltado para conscientizar € estimular a adoc&o de medidas, individuais e coletivas, que levem a disposi¢&o adequada do lixo orgénico que funciona como atrativo para os animais; Ill - Controle da reproducdo ~ através de esterilizagdo cirdrgica de machos € fémeas; Art. 4° - A esteriizagdo cinirgica sera garantida a todos os animais sob os ‘quais no se tem controle de sua mobilidade (semi-domiciliados e comunitarios) a partir dos 4 (quatro) meses de idade, § 1° Entende-se por animais semi-domiciliados e comunitarios: MUNICIPIO DE GUARAPARI ESTADO DO ESPIRITO SANTO GABINETE DO PREFEITO | - Animal Semi-domiciliado ¢ aquele que possui proprietério, porém tem livre acesso aos logradouros publicos, n3o possuindo nenhuma restrigao de mobilidade. Il - Animal Comunitario aquele que estabelece com a comunidade em que vive lagos de dependéncia e cuidados em relacdo as suas necessidades basicas, externado pelo bom estado de satide nutrigéo, e também de lagos de afeto, embora ndo possua Tesponsdvel tinico e definido, § 2° 0 acesso ao Programa de Castracao Cirirgica dos animais domiciliados e também com idade inferior a 4 (quatro) meses de idade, podera ocorrer em situagdes especiais, avaliada pelo profissional Médico Veterinario do Centro de Controlre de Zoonoses, € também no periodo de universalizagao do programa Art. 5° - O Controle reprodutivo de cdes @ gatos se dard através da implantagdo de 01 (um) programa de castragdo cirirgica, enquanto principal medida de protegao animal, impedindo a reprodugao indesejada e, por conseqdéncia, prevenindo, reduzindo e/ou eliminando a principal causa de abandono de animais. Paragrafo Unico — Recomenda-se a adogao da técnica cirlrgica de castracao de cadelas e gatas (ovariosapingohisterectomia) por uma abordagem lateral pelo flanco esquerdo, por tratar-se de uma técnica cirurgica minimamente invasiva, considerada segura, rapida, de fécil execugao possibiltando uma excelente produgo de procedimentos por Médico Veterinario © que impacta diretamente na relacao custolbeneficio, além de propiciar uma melhor e mais rapida recuperacao do animal no pés-cirirgico Art, 6° - Com 0 objetivo de tornar © programa de castracdo cirtrgica mais eficiente, sua operacionalizagao deveré levar em conta os seguintes aspectos: § 1°- critérios para efeitos de priorizacdo do publico avo’ | + controle da mobilidade dos animais - atendendo, priortariamente, aqueles animais sob os quais no se tem controle de sua mobilidade e que, por isso mesmo, reproduzem livremente, impactando a populacao de animais que tem livre acesso as ruas logradouros pibiicos: Il = grau de vulnerabilidade social dos proprietériosiresponsaveis — em consonéncia com o principio da equidade consagrado na Lei Organica da Satide, este programa sera direcionado, prioritariamente, para as comunidades e familias de baixa renda § 2°--critérios de estratégia operacional: | = definigao de um cronograma de execucdo que estabeleca uma sequéncia de areas a serem atendidas — como forma de garantir que um minimo de 4/5 (quatro quintos) ou 80% (oitenta por cento) dos procedimentos realizados, no periodo previsto no cronograma de execucdo, sejam em animais provenientes da area da vez, viabllizando, assim, uma cobertura eficaz de animais castrados por regido da cidade e também permitir direcionar as agdes educativas, para a regido assistida, até que se atinja todo o Municipio. Il ~ Identificagao permanente (microchip, tatuagem ou procedimento analogo) de todos os animais submetides castraco cirirgica - possibilitando utilizar este critério na diferenciagao durante a captura seletiva de animais encontrados soltos em vias e logradouros pablicos. Art. 7° - Sera realizado censo animal em cada uma das areas a serem atendidas, com 0 objetivo de fazer um diagnéstico situacional da populag&o canina e felina da Tegido e, a partir disso, promover a selegao dos animais 2 serem priorizados de acordo com os critérios estabelecidos. MUNICIPIO DE GUARAPARI ESTADO DO ESPIRITO SANTO GABINETE DO PREFEITO Paragrafo Unico - Sempre que possivel, deverd se buscar 0 envolvimento dos, Agentes Comunitérios de Salide e/ou Agentes de Controle de Endemias, tanto na fase de realizag&o do censo, quanto no momento da selecdo dos animais, tendo em vista serem conhecedores da realidade local; Art, 8° — Por se tratar de Programa que envolveré um grande nlimero de animais e que, portanto, exige uma dinamica operacional eficiente, sera adotado um Protocolo de conduta e fluxo bem definido, § 1° - Os procedimentos cirtigicos seréo realizados a partir de um agendamento prévio, preenchendo-se formulério préprio que deveré ser entregue com antecedéncia minima de 72 (setenta e duas) horas ao proprietario/responsavel, com 0 objetivo de controlar e facilitar 0 acesso e uma melhor programagao do setor responsavel pela realizagao dos procedimentos. § 2° - Os proprietérios/responsaveis pelos animais deverdo assinar um formulério de ‘autorizagao para anestesia geral e realizagao do ato ciruirgico” § 3° - Para que haja um melhor controle das etapas do procedimento cirirgico (triage, pesagem, tricotomia, antissepsia), reduzindo o risco de sobreposi¢ao de atos, cada animal sera devidamente identificado por 01 (um) cracha que devera acompanhé-lo para as devidas anotagdes de controle até a sua liberacao. § 4° - No ato de liberagao do animal, devera ser entregue ao proprietario/responsdvel 01 (um) flolheto explicative sobre os cuidados com o animal no pés- operatério. Art. 9° — A adesdo ao programa de castracdo cinirgica se dard de maneira voluntaria, a partir da inscrigo do animal por parte do seu proprietério e/ou responsavel & mediante assinatura do formulario de autorizagao. Paragrafo Unico — Findo 0 prazo estabelecido no cronograma de execucao para atendimento da demanda espontanea em uma determinada area, todo e qualquer animal encontrado solto em vias e logradouros publicos desta area e que no estiver devidamente identificado como castrado, sera recolhido as instalagdes do Centro de Controle de Zoonoses procedida @ castracdo cirdrgica de maneira COMPULSORIA, sem a necessidade de autorizagao do proprietario/responsavel Art, 10 = Os animais reconhecidos como “comunitarios” serao recolhidos a0 Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) para fins de cadastramento no Registro Geral de Animais (RGA), e serem submetidos & esterilizacdo cirtirgica e vacinac&o contra a raiva. Pardgrafo Unico - © animal comunitario sera cadastrado como tal € sera devolvido ao ambiente de origem. DO REGISTRO GERAL DE ANIMAIS Art. 11 - Fica instituido o Registro Geral de Animais (RGA) para cadastramento de todos os animais (c&es e gatos) capturados pelo Centro de Controle de Zoonoses em vias € logradoures publicos. Paragrafo Unico - © RGA sera implementado mediante preenchimento de formulério especifico. Este formulério, em 03 (trés) vias, devera constar, no minimo, os seguintes campos: nlimero do RGA, data do registro, dados de identificacao do animal (nome, seX0, raga, cor, idade real ou presumida) e, se existir, identifica do proprietériolresponsavel (nome, Carteira de Identidace ~ RG, Cadastro de Pessoa Fisica - CPF, endereco completo e {elefone), além do histérico de ocorréncias do animal (local e data de captura, data da aplicaca0 da titima vacinagao obrigatéria, data da castragao cirurgica, informagées sanitarias, relevantes), MUNICIPIO DE GUARAPARI ESTADO DO ESPIRITO SANTO GABINETE DO PREFEITO Art. 12 - A Secretaria Municipal de Satide, através do Centro de Controle de Zoonoses, poderé desenvolver, a seu critério, e de acordo com disponibilidade orgamentéria, lum Sistema eletrénico de registro e leitura de dados do Registro Geral de Animais (RGA) mediante implantag&io de microchip eletrénico de leitura por radiofrequéncia, para identficagao dos animais capturados pelo CZ, visando fazer o registro de ocorréncias ¢ rastreabilidade dos mesmos, para fins de monitoramento. Paragrafo Unico - Os proprietarios de animals que optarem voluntariamente pela implantago de microchip eletrénico, como forma de identificagao e rastreabilidade do animal, poderdo fazé-io, com Onus para o proprietério, em clinicas veterinarias particulares devidamente credenciadas para este fim, pelo Centro de Controle de Zoonoses. Art. 13 - A Secretaria Municipal de Satide - SEMSA, através do Centro de Controle de Zoonoses, credenciara estabelecimentos veterinarios, que assim solicitarem, para procederem o Registro Geral de Animais (RGA); § 1° - O credenciamento a que se refere o caput deste artigo ¢ privativo dos Médicos Veterinarios, no podendo ser concedido a estabelecimentos comerciais ou a Médicos Veterinarios que nao estiverem devidamente inscritos no CRMV; § 2° - Os estabelecimentos veterinarios credenciados pelo CCZ para implantagao de microchip deverao afixar em local visivel a0 plblico a tabela de pregos para este tipo de procedimento, § 3° - Os estabelecimentos veterinarios credenciados deverdo enviar ao Centro de Controle de Zoonoses, responsavel pelo controle do RGA, mensalmente até o 10° (décimo) dia Util, as vias dos Formularios do Registro Geral de Animais de todos os animais cadastrados ‘os Uiltimes 30 (trina) dias, sob pena de descredenciamento; 4° - As clinicas veterinarias, através de formulario préorio, deverdo comunicar a0 Centro de Controle de Zoonoses, mensalmente até o 10° (décimo) dia util, todas as ocorrencias veterinarias de importancia epidemiologica para a sade publica (vacinacao, castragdo, dbito, doenca infecto-contagiosa), com os respectivos numeros de RGA, para que o banco de dados do CCZ seja alimentado. DA VACINAGAO Art. 14 - Todo progrietério de animal € obrigado a vacinar 0 seu c&o ou gato contra a raiva, observando pata a revacinag3o 0 periodo recomendado pelo laboratério responsavel pela vacina utiizada. Paragrafo Unico - A vacinacao de que trata o caput deste artigo podera ser feita gratuitamente nas campanhas de vacinago promovidas pelo Centro de Controle de Zoonoses, Art. 15 - Para fins de comprovacao da vacinac&o antirrabica so reconhecidos © documento de vacinagao forecido pelo Centro de Controle de Zoonoses € a carteira emitida por médico veterinario particular devidamente registrado no Conselho Regional de Medicina Veterinaria DO TRANSITO EM VIAS PUBLICAS Art. 16 - & proibida a permanéncia de cées e gatos soltos nas vias logradouros puiblicos, ou locais de livre acesso ao publico, excegées feitas aos casos tratados na presente Lei MUNICIPIO DE GUARAPARI ESTADO DO ESPIRITO SANTO GABINETE DO PREFEITO Art. 17 = Todo animal ao ser conduzido em vias e logradouros puiblicos, deverd usar obrigatoriamente coleira e guia adequadas 2o seu porte e ser conduzido por pessoa com idade e forca suficientes para controlar seus movimentos. § 1° - 0 condutor do animal fica obrigado a recolher e dar destino adequado 208 dejetos por ele eliminados em vias e logradouros publicos. § 2° - E expressamente proibida a presenca de cdes e gatos, a qualquer titulo, nas falxas de praias existentes dentro dos limites territoriais do Municipio, assim como de caixas de areia de acesso a0 publico. § 3° - O descumprimento do disposto nos paragrafos anteriores implica em infragdo de grau | Art. 18 - Os ces considerados de comportamento agressivo devergo ser conduzidos em via publica ou em areas comuns de prédio condominios, por pessoa com idade superior a (16) dezesseis anos e mediante 0 uso de alga de guia curta, ligada por um mosquetdo a uma coleira de seguranga, ou a um enforcador ou carrana, que deverdo ser eficazes no controle dos movimentos do animal, ¢ focinheira capaz de impedir a mordedura Art. 19 « Comete infracao de grau Ill quem conduzir animal em via publica colocando em risco a seguranga publica § 1° - Além da incidéncia de multa ao proprietério do animal que se enquadrar no que prevé o caput deste artigo, haveré apreensao do animal § 2° - proprietério do animal sera responsabilizado de forma civil ¢ criminal por atos danosos cometidos por seu animal a pessoas ou outros animais § 3° - Quando 0 ato danoso for cometido sob a guarda de preposto, estender- se-4 a este a responsabilidade que alude o paragrafo anterior. Art. 20 - Os cdes-guia acompanhados por pessoas com deficiencia visual e os ces das forcas publicas de seguranca acompanhados pelos respectivos agentes puiblicos, tergo livre acesso a qualquer estabelecimento aberto ao publico, inclusive aos veioulos de transporte public coletivo § 1° - © descumprimento do disposto neste artigo ¢ considerado infragao de rau Il § 2° - O deficiente visual devera portar e apresentar documento original ou cépia autenticada expedido por instituigao autorizada no adestramento de cdes condutores, habilitando o animal e seu usuario. § 3°- Os agentes de seouranca deverao portar e apresentar suas respectivas identificages, DAS RESPONSABILIDADES DOS PROPRIETARIOS Art. 21 - Cabe aos proprietarios elou responsaveis pela guarda de ces gatos a responsabilidade pela manutencao destes animais em condicdes adequadas de alojamento, alimentacao, higiene, satide e bem estar e manter em dia a vacinagdo contra as principals, zoonoses § 1° - Condigdes adequadas de alojamento do animal entende-se como local de permanéncia iluminado, ventilado, de facil limpeza e higienizacdo, de dimensdes compativeis com seu porte e que Ihe possibilite caminhar e abrigar-se de intempéries climaticas, MUNICIPIO DE GUARAPARI ESTADO DO ESPIRITO SANTO GABINETE DO PREFEITO § 2° - Entende-se por condi¢ées adequadas de alimentagao o animal estar live de fome, sede e de nutrigdo deficient § 3° - Entende-se por condigdes adequadas de higiene ¢ satide que o animal deve estar livre de dor, lesdes e doencas e o seu ambiente de permanéncia ser mantido em condig6es satisfatérias de limpeza e higiene '§ 4° - Entende-se por condigdes adequadas de bem estar, 0 animal estar livre de desconforto, medo, estresse e expressando seu comportamento natural ou normal § 5° - O descumprimento do que esta previsto no caput deste artigo configura infragdo de grau I Art. 22 - E de responsabilidade dos proprietérios e/ou responsaveis pela ‘guarda de ces e gatos, manté-los alojados em locais onde fiquem impedidos de fugir e agredir Pessoas ou outros animais. § 1°- Os animais deverdo ser mantidos por seus proprietérios ou responsaveis pela guarda, afastados de portdes, campainhas, medidores de agua e luz, caixas de corespondéncias, de forma a garantir que os funcionarios das respectivas empresas prestadoras destes servigos, ou mesmo aos transeuntes, nao sofram ameaca ou agressdo real § 2° - Em qualquer imével onde houver animal bravio deverd ser afixada placa advertindo 0 fato, em tamanho adequado a leitura a distancia e em local visivel ao pubblico. § 3° - Em caso de ocorréncia de qualquer acidente envolvendo pessoas, cabe 20 proprietério e/ou responsavel pela guarda ou posse de animais comunicar imediatamente a0 Servigo Municipal de Satide para que a equipe do CCZ realize a observagae clinica do animal agressor. § 4° - O descumprimento das recomendagdes estabelecidas nos pardgrafos anteriores deste artigo caracteriza infracao de Grau | Art. 23 - Constatado por autoridade sanitaria o descumprimento do que dispoe os Artigos 24 © 25 © seus pardgrafos, o proprietario do(s) animallis) sera intimado, pessoalmente ou por via postal com aviso de recebimento, a regularizar a situaco até no maximo 30 (trinta) dias. Paragrafo Unico - Findo 0 prazo previsto no caput deste artigo, sera aplicada multa € outras medidas cabiveis com base na legislaco vigente, dirigidas ao proprietério/responsavel pelo animal At. 24 - Entende-se por abuso € maus tratos, toda e qualquer aco voltada contra ces e gatos que implique em: |= crueldade, especialmente em auséncia de alimentagdo e agua minima necessaria l= abandono de animais doentes, feridos, mutilados ¢ necessitados de cuidados médico-veterinarios; lil - abandone de ninhadas; IV - ago que promova ansiedade, ferimento, dor, mutilagdo ou coloque em risco a satide e a prépria vida do animal Y= envenenamento Vi- tortura; MUNICIPIO DE GUARAPARI ESTADO DO ESPIRITO SANTO GABINETE DO PREFEITO VI - uso de animais feridos; Vill - submissdo a experiéncias pseudocientificas: IX - uso de animais em cultos e rituais religiosos: X--outras situagdes previstas em legislacao pertinente. § 1° - Quando uma autoridade sanitaria constatar a pratica de maus tratos contra ces e gatos, devera, tomando como base o Artigo 225, §1°, Inciso Vil, da Constituigo Federal, que incumbe ao Poder Publico combater as praticas que submetem os animais @ crueldade, notificar o proprietério e/ou responsavel pela guarda do animal para tomar as providéncias imediatas necessarias para cessar os maus tratos. § 2°- No retorno da visita caso as irregularidades no tenham sido sanadas, ou ainda naquelas situagdes que o ato praticado ja se tornou irreversivel, aplicar multa relativa a infragdo de grau Ill e, seqUenciaimente, elaborar laudo ou relatério, se possivel municiado de documentos e fotos que fundamentem a ocorréncia, e encaminhé-lo a Delegacia de policia, a ‘quem cabe @ apuracao e investigacao sobre a acorréncia de crime tipificado como erime de maus tratos, nos moldes do art. 32 da Lei de Crimes Ambientais (9.605/98). Art, 25 - E proibido abandonar ou soltar czies e gatos em qualquer via logradouro puiblicos ou locais publicos e privacios, § 1°- A destinac&o dos ces e gatos nao mais desejados por seus proprietarios e/ou responsavel pela quarda é de inteira responsabilidade dos mesmos. § 2° - Considera-se abandono o ato intencional de deixar animal desamparado e entregue a propria sorte nas vias e logradouros piiblicos ou locais pliblicos e privados, § 3 - Caracteriza infragéo de grau Ill 0 descumprimento ao disposto neste artigo. Art. 26 - Em caso de morte do cdo ou gato cabe a0 proprietério e/ou responsavel pela posse elou guarda a disposicao correta do cadaver, ficando proibida a disposigao do mesmo em via publica, terreno baldio ou para a coleta do servigo de limpeza poblica Paragrafo Us disposto no caput deste artigo. 0 + Caracteriza infragdo de grau Ill o descumprimento do Art. 27 + Todo proprietario ou responsavel pela guarda de um c&o ou gato devera permitir 0 acesso da autoridade sanitaria, quando no exercicio de suas fungbes, as dependéncias do alojamento do animal, sempre que necessério, bem como acatar as determinagdes emanadas, quando constatada alguma irregularidade. Paragrafo nico - O desrespeito ou desacato a autoridade sanitaria, ou ainda, a obstaculizagao ao exercicio de suas fungdes, caracterizam infragdo de grau Il DO COMERCIO Art. 28 - Toda criagao de ces e gatos com finalidade comercial, para venda ou aluguel, caracteriza a existéncia de um criadouro, independente do total de animals existentes Art. 29 - So obrigados a se registrarem no Centro de Controle de Zoonoses, como pressuposto basico para obtencdo do alvara sanitério, obrigatério e de renovacao anual, 0s seguintes estabelecimentos: MUNICIPIO DE GUARAPARI ESTADO DO ESPIRITO SANTO GABINETE DO PREFEITO canis e gatis com finalidade comercial Il- hospitais e clinicas veterinarias Ill -locais de hospedagem de animais como hotéis e associagdes: IV— estabelecimentos de comercializagao de animais; \V ~ canis e gatis sem fins lucrativos ou de cuidados voluntarios, cujo numero de animais exceda a §0 (cinquenta) § 1° - Os estabelecimentos especificados nos incisos |, Il, Ill, IV e V, além da exigéncia do registro no CC2, so obrigados a possuirem responsavel técnico § 2° = O registro aludide no caput deste artigo sera feito mediante preenchimento de formulario especifico e somente concedido apés vistoria in loco realizada por médico veterinario do Centro de Controle de Zoonoses constatando © cumprimento do disposto nesta lei. § 3°- A existéncia de responsavel técnico deveré ser comprovada mediante apresentagto de contrato especifico, sendo que o médico veterinario deverd estar regularmente inscrito no Conselho de classe. § 4° - A adequacdo ao estabelecido neste artigo © seus paragrafos deverd ccorrer no prazo maximo de 180 (cento e citenta) dias a contar da promulgacao da presente lei § 5° - O descumprimento do disposto neste artigo € considerado infragao de rau Il Art. 30 - Todo e qualquer evento de exposicao de ces € gatos, com finalidade comercial ou nao, s6 poderao ser realizados apés autorizacao prévia do Centro de Controle de Zoonoses. Paragrafo Unico - Incorre em infragdo de grau Il o descumprimento ao disposto neste artigo, DAS DOAGOES Art. 31 - E permitida a realizacao de eventos de doacdo de cdes © gatos em ruas, feiras, pragas ou em estabelecimentos devidamente legalizados desde que tenha autorizagao prévia e especifica para 0 evento emitida pelo Centro de Controle de Zoonoses. § 1° - Os eventos de doagao $6 poderdo ser realizados sob a responsabilidade de pessoa fisica ou juridica, de direito publico ou privado, sem fins lucrativos, mantenedoras ou responsaveis por cdes e gatos. § 2 - Os animais expostos para doagdo devem estar devidamente esterilizados, vacinados contra raiva Art, 32 - Para cada animal doado correspondera um contrato especifico de doaedo, padronizado pelo Centro de Controle de Zoonoses, que deveré conter dados do animal, do adotante e do doador, assim como as responsablidades do adotante, as Penalidades no caso de descumprimento, a petmiss4o de monitoramento pelo doador, por arte do Centro de Controle de Zoonoses, e a descrigdo das condigdes adequadas de alojamento, manutenc&o, higiene e satide e bem estar do animal MUNICIPIO DE GUARAPARI ESTADO DO ESPIRITO SANTO GABINETE DO PREFEITO Paragrafo Unico - © potencial adotante deve ser suficientemente informado e conscientizado sobre a convivéncia da familia com um animal, expectativa de vida, nodes de comportamento socializacdo do animal, provavel porte do animal na fase adulta, necessidades nutricionais e cuidados de satide do animal. Art, 33 - © Centro de Controle de Zoonoses deverd criar um sistema de cadastro de pessoas interessadas na adogdo e doacdio de ces e gatos. DA APREENSAO E DESTINAGAO DOS ANIMAIS APREENDIDOS Art. 34 - Na apreensdo de cdes e gatos s6 poderao ser utlizadas técnicas ou procedimentos protetives de captura, manejo e transporte que atendam preceitos técnicos, racionais e éticos. Art. 35 - Poderdo ser apreendidos, seletivamente, cies e gatos, quando: | ~ Apresentarem sintomatologia compativel com raiva II Estiverem colocando em risco a seguranga piblica; lll = Apresentarem quadro de sofrimento: IV - Em fase de cumprimento do proceso de CASTRAGAO COMPULSORIA. Art. 36 - Os cies e galos apreendidos por forga do disposto no artigo 35 desta Lei poderdo ser resgatados por seus proprietérios elou responsaveis, caso seja constatada pela autoridade sanitaria, nao mais persistirem as causas que ensejaram sua apreensao § 1° - Comete infragdo de grau | 0 proprietario e/ou responsavel pela guarda de co ou gato apreendido nos termos dos incisos Il, lil e IV do Artigo 35, desta Lei § 2° Em se tratando de primeira apreens&o, poder, a critério das autoridades sanitarias do Centro de Controle de Zoonoses, ser concedida dispensa de pagamento de mutta. Art. 37 - © tempo de permanéncia de ces e gatos no Centro de Controle de Zoonoses para efeitos de resgate por parte dos seus proprietarios elou responsaveis pela ‘guarda sera de 5 (cinco) dias, incluindo-se o dia da apreensao, findo © qual, o animal podera ser colocade para adocao. Paragrafo Unico - No momento do resgate os proprietérios e/ou responsaveis, pela posse ou guarda dos animais deverdo assinar um Termo de Compromisso assumindo Tesponsabilidades pela manutengo dos mesmos em condigdes adequadas de alojamento, alimentacao, higiene e sade e bem estar. Art. 38 - O Municipio de Guarapari nao responde por indenizac&o nos casos de: I~ Dano ou ébito do animal apreendido: Il — Eventuais danos materiais ou pessoais causados pelo animal durante 0 ato da apreensdo e processo de esterilizagao cirurgica DAS SANCOES Art, 39 - Verificada a infragao a qualquer dispositive desta lei, a autoridade sanitéria competente, independente de outras sancOes cabiveis na legislacdo estadual € federal, poderd aplicar as seguintes penalidades: MUNICIPIO DE GUARAPARI ESTADO DO ESPIRITO SANTO GABINETE DO PREFEITO |- Adverténcia; Il - Apreensdo do co ou gato: I= Multa IV — Interdig&o parcial ou total, temporaria ou permanente, de locais ou estabelecimentos; V—Cassagao de alvara sanitario; VI - Penalidades alternativas, como limpeza e manutencao das instalaodes do Centro de Controle de Zoonoses, cuidados dos animais, fomecimento de insumos a ser definido pela autoridade sanitaria Art. 40 — A pena de multa serd varidvel de acordo com a gravidade da infragao, conforme segue: _- Grau_| (LEVE) - 02 (Dois) UFMG (Unidade Fiscal do Municipio de ‘Guarapari I~ Grau Il (GRAVE) - 05 (cinco) UFMG (Unidade Fiscal do Municipio de Guarapari) lll - Grau Ill (GRAVISSIMA) — 10 (dez) UFMG (Unidade Fiscal do Municipio de Guarapari) § 1°- Na reincidéncia a multa sera aplicada em dobro, § 2°- A pena de multa nao excluira, conforme a natureza e a gravidade da infracdo, @ aplicagao de qualquer outra penalidade prevista no artigo anterior ou quaisquer outras penalidades cabiveis, § 3° - Apena de multa de grau | podera, a critério da Autoridade Sanitaria, ser convertida em penalidade alternativa. Art. 44 — O auto de infracdo devera ser lavrado por Servidor Publico Municipal competente © encaminhado, juntamente com a notificacdo, ao infrator, para que, querendo, apresente defesa no prazo de 15 (quinze) dias, Art. 42 — A defesa seré apreciada pelo érg%o sanitério responsével pela lavratura do auto de infrac&o, que manifestara decisao devidamente motivada e fundamentada, dando ciéneia ao infrator. Art. 43 - Da deciséo proferida em primeira instancia, cabera recurso 4 instancia imediatamente superior ao 6rg20 sanitario responsavel pela lavratura do auto de infrag4o, no prazo de 15 (quinze) dias, a contar da data da cientificacdo da deciso. Art. 44 - Os recursos arrecadados em fungdo da aplicagdo da presente lei sero destinados ao Fundo Municipal de Saude DAS DISPOSIGOES GERAIS E TRANSITORIAS. Art. 45 - As despesas com a execugdo desta lei correro por conta das dotagdes orgamentarias préprias, suplementadas se necessario, Art, 46 — Esta lei entraré em vigor apes decorridos 180 (cento e citenta) dias de ‘sua publicacdo oficial, ficando revogadas as disposicdes em contrario. Guatapari - ES., 1° de setembro de 2014, MUNICIPIO DE GUARAPARI ESTADO DO ESPIRITO SANTO GABINETE DO PREFEITO ORLY GOMES DA SILVA Prefeito Municipal Projeto de Lei (PL) “Autoria do PL.N®. 229/2014: Poder Executive Municipal Processo Administrative N°, 17.296/2014

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