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Dispositivos de manobra, protecao, f comando e seccionamento 6.1 Generalidades' Dispositives de baixa e alta tensées Os dispositivos de manobra (ou de comando) e de protecio podem ser classificados em: = Disposiivas de baba tensfo, quando projtados para emprego em circuitos cua tens de linha € inferior ov igual a 1.000. = Disposiivos de alta tensdo, quando projetados para emprego em circus cuja tens de linha € superior a1.coov. Circuitos internos de um dispositivo No caso mais geral, pade-se distinguir em um dlspo- sitivo de manobra ou de protecio tréstipos de circuitos internos: 1. Ocircuito principal, que 6 0 circuito constituido pelo Conjunto de todos 0s circuitos associados, cujo dis positivo de manobra ou de protecio tem a funcio de fechar ou abri 2. O citcuito de comando, que 6 um circuito diferente do principal e comanda a operacio de fechamento, de aberiura ou ambas 3. © circuito auxilar, que & um circuito diferente do principal e do circuito de comando, usado também para outras finalidades, tais como sinalizacao, inter travamento et. i Detnigoes de aardo com as normas NOR 549, NBR IEC 60030, (46) «NBR IBC 600472 ndo automatico Pélo Polo & uma perte do circuito principal de um disposi- tivo de manobra associada exclusivamenie a uma fase do Circuito, nao incluindo as pecas que asseguram afixacso € 2 operacdo conjunta de todos os pélos. Operacio de um dispositive de manobra ‘A operacao de um dispositivo de manobra é 0 movi- mento dos contatos méveis do circuto principal do dispo- sitvo, de uma pesicio para outta. € importante observar ‘que a operaco de um dispositvo pode ser considerada tanto do ponto de vista elétrico (para estabelecer ou inter- romper uma cortente) coro do ponto de vista mecénico {para abxir ou fechar os contatos principais). Ciclo de operacao de um dispositivo de mancbra é a sucesso de operacées de uma posicio & outra e a vol 2 posicao inicial, passondo por todas as outras posicdes, se existentes, Seqiiéncia de operacées 6 a sucessio de operagies ‘especificaclas em dleterminadbs intervalos de tempo. Classificagéo dos dispositivos de manobra (Os dispositivos de manobra podem sex também classi- ficados: = De acordo com o meio em que seus contatos fecham e abrem; assim, temos, por exemplo, dispositivos a ar (ou secos), a dleo, a vacuo, a SF, etc. |= Quanto ao nimero de pélos, em unipolares, bipola- res, tripolares ete 190 Figura 6.1 Disjunores tipclores isjuntor Disjuntor € um dlspositivo de manobra (mecanico) € de protecao, capaz de estabelecer, condluzir e interrom- per correntes em condicées nomais do circuito, assim como estabelecer, conduzir por tempo especificado € interromper correntes em condigées anormais especi cadas do circuito, tais como as de curto-circuito. Ver 6.4, para mais detalhes. Na Figura 6.1, sio encontrados exem- plos de clsjuntores. Dispositivo fusivel Um dlsposiive fustvel'& um dispositive de protegse que, pele fusdo de ume parte especialmente projetada, abre © circuito no qual se acha inserido e interrompe a Corrente, quando esta excede um valor de referencia durante um tempo espectficado, (Ver Segio 6.) para mals cetahes) A Figura 6.2 apresenta as parte bisicas dos fsiveis NH e Diazed. ’s pares de um clspostvo fstvel so, em geral: Fusivel 1 Fusivel: pega substituivel apés a sua operagio e que contém 0 elomento fusivel,que 0 componente que se unde quando percorrido por uma corrente que excede ‘um valor de releréncia durante um tempo especificado. * Base: parte fixa do dispositivo, com contatos € termi *Indicader: parte do dispositive que dé uma indicago visivel que ele operou. 1 Peicussor: dispositive mecanico integrante que, na ope- ragio do dispositivo, libera a energia necesséria para acionar outros dispositivos ou indicadores, ou para fa- et um intetravamento, © Portafusivel: parte mével de um dispositivo fusivel no qual se insiala um fusivel, mas nao inclui este. A Chave fusivel de rede agrea de distibuigao € 0 dis- ivo fusivel no qual, apes a fusdo do elo, o porta- fusivel € levado, pela acdo da gravidade, a uma posicao tal que assegura a distancia de isolamento especificada @ di uma incdicagao visivel da sua atuagio. orte-fusivel Figura 6.2 Dispostives bavels NH e Diazed o respec partes componentes ‘Copitulo 6 = Dispesitivos de mancbre, protege, comando e seccionamento no auomatico «197 O Elo fusivel de uma chave fusivel de distibuicio & tum fustvel de construcéo flexivel destinado a manter a chave na posicao fechada, quando em funcionamento, ¢ provocara sua abertura automatica apés a fusio do ele- mento fusive. Chave Chave 6 um termo geral que designa um dispositive cde manobyra (mecanico) que, na posicao aberta, assegu- ra.uma distincia de isolamento e, na posicao fechada, mantém a continuidade do circuito elético, nas condi- Ges especiticadas. Uma chave de faca é uma chave na qual, em cada pélo, 0 contato mével & consiituido por uma lamina art- culacla em uma extromidade, enquanto 2 outea extremi- dade se encaixa no contato fixe corresponclente. Em cer- 10s tipos, © contato méve! 6 um tubo. A chave de faca no € adequada para operar 0 circuito sob carga Chave eletromagnética & uma chave na qual a fora necesséria para 0 fechamento € a abertura dos contatos principais ¢ feita por um eletroima. have de partida de um motor elétrico € 0 conjunto de todos os meios necessérios para dar 2 partida e parar © motor, combinaclo com uma protedo adequada con- tra sobrecargas. Seccionador Seecionador 6 um dispositive de manobra (mecainico) que assegura, na posicio aberta, uma distancia de isola- mento que satisfaz os requisitos de seguranca especifica- dos. (Um seccionadlor deve ser capaz de fechar ou abrir um Circuito quando a corrente estabelecida ou interrompida € desprezivel ou, ainda, quando nao se verifica uma variagdo significativa na tensdo entre os terminais de cada um dos seus pélos, Um seccionador também deve ser capaz de conduzir correntes em condigdes normais do circuito, bem como de conduzir, por tempo especifi- cado, cortentes em condicdes anormais do circuito tais como as de curto-circuito. {A Figura 6.3 mostra um dispositive geralmente desig nado por “chave seccionadlora-fusivel”. Interruptor Um interruptor’ & uma chave capaz de estabelecer, de conduzir e de interromper correntes sob condigdes rnoimais do circuito — que podem incluir scbrecargas de funcionamento especificadas —, e também de conduzir comrentes sob condicées anormais especificadas, tais 2A detageo de “merupror” daca ma NBK 3439 coresporde 3. que ‘se apresema au para “iterupor de wo gsr’ Figure 6.4 inerrupor Wifesico como as de curio-ctcuito, por tempo especificado. A Figura 64 mostra um inteuptortrifSsico freqiientomente uusaclo como chave em quacdros de distribuigao. Um interruptor seccionadior (também chamado “see cionador sob carga’) € uma chave que reine as earac~ teristicas de um interruptor e de um seccionador. Un interruptor cle uso gerel é uma chave seca de balxa tensdo, de construgio e caracteristicas eléricas adlequa- das a manobra de circuitos de iuminagio, de aparelhos de iluminacao, ce aparelnos eletrodomésticos e aplica- (GGes equivalentes, Contator Contator 6 um dispositive de manobra (mecanico) de ‘operagio nio manual (geralmente eletromagnética), que ‘tem uma Ginica posigao cle repouso e & capaz dle estabe- lecer, conduzir € interromper correntes en condigdes normais de circuto, inclusive sobrecargas. Relé Relé 6 0 dispositive elétco destinado a produzir modi ficagées stibitas e predeterminadas em um ou mais ci cuitos elétricos de saida, quando certas condicies si0 satisfeitas nos circuitos de entrada que controlam o dis potitivo. importante observar que a deliniglo se aplica 192 Instolagses eltricas 208 relés elétrcos de qualquer tipo e para qualquer fina- lidade, no sentido elementar, isto & com apenas uma funcao ldgica entre os circuitos de entrada e 0s crcuitos de saida, incluind todes os elementos adicionais neces- sirios 20 seu perfeito funcionamento espectfico, (0s relés so associados eletricamente aos dlsjuntores ou contatores, provocando sua abertura quando detecta. da alguma condligio anormal (sobrecorrente, subtonsio, desequilibrios ete.). No Quadro 6.1 20 apresentadlas algumas definigdes relatives aos relés. Nao se deve coniundir relé com disparador. Muito ‘embora ambos possam juncionar sob 0 mesmo princ' e realizar fungoes andlogas, 0 relé € associaclo eletica- ‘mente a0 dispositivo de manobra, 20 passo que o dispa- rador € associado mecanica e diretamente ao dispositvo. Dispositivo DR Um dispositive a corrente diferencial-residual (disposi tivo DR) é um dispositivo de protegio que detecta a exis ‘Boia de correntedilerencial em um circuit. Ele provo- ca a abertura do cireuto quando 0 valor da corrente diferencial ultrapassa um valor preestabelecido. Fungdes basicas dos dispositives de manobra e protecéo fm uma instalacdo eldvica de baba onida, pode-se distinguir quatro fungées basicas, que podem ser exerci dak por ou mal iepon hos da mancbes ols pote (do. Si0 elas: a protecdo contra choques eléicos (conta- tos indiretos, a protecao contra sobrecorrentes, 0 comar do funcional e 0 seccionamento ndo automético, apre- sentadas sucintamenie a seguir: =A protegao contra choques elétuicos (contatos indire- 105) destina-se a proteger a5 pessoas e 05 animais domésticos contra os perigos que possam resultar de ‘um coniato com massas energizadas. Consiste na deteczao de tensbes de coniato perigosas e no sec- ccionamento automético co circuito em que ocorreu © problema. =A protegao contra sobrecorrentes tem como objetivo limitar as conseqi’éncias destrutivas das sobrecorrentes €separarorestante da instalacio da parte em que ocor- rev 0 problema, Comporta a deteccao de correntes de sobrecarga e de flta(principalmente de curto-circuito) €0 seccionamento automatico do crcuito protegido. =O comands funcional permite ao usuitio intervi, vor luntariamente, em qualquer setor da instalacao, sec- nando ou ligando circuites, sob carga, bem como indo ou desligando equipamentos de utilizacao. =O seccionamento nao avtomético (manual) édestinado 2 garantir a separacio de uma parte da insialagao de sua fonte de tensio, a fim ch peemitir a execucio de t>- balhos, conserios, localizagio de defetos, subsituigao de componentes ou medicio do isolamento dha parte da instalagio comespondente. Consiste. no secciona- mento manual, em carga ou em vazio, do cireuito que alimenta o setor consicerado. Quadro 6.1 = Definigées relativas aos relés contidas na norma NBR IEC 60050 (446) * Relé eletromecdnico: € aquele no qual a operasio l6gica € preduzida pelo movimento relativo de elementos mect- nicos, sob a ago de uma conrenteelétrica nos circuitos de entrada. Rei€ estirico ou eletrOnice: €aquele no qual a operagdo I6gica € producida por componentes eletiOnicos, magnet 0s, Opticos ov outros, sem movimento mecanico de componentes. ™ Reié monoestdvel: & aquele que, tendo alterado seu estado sob a ago de uma grandeza de alimentagzo de entrada, ‘ou de sta grandeza caracteristca, retoma a seu esiado anterior ap6s a remogio da grandeza, ™ Reié biestavel: € aquele que, tendo se alterado sob a agio de uma grandeza de alimentaco de entrada, ou de sua ‘grandeza caracteristica, permanece no mesmo estado apés a remogdo da grandeza, sendo necesséria uma agio suplementar para alterar seu estado, ™ Rel de tempo especificado: €aquele no qual um ou mais dos tempos que o caracterizam deve(m) satisfazera requi- sitos especificados, sobretudo quanto & exatidao. ™ Relé de tempo ndo especificado: & aqvele pra cujos tempes cue 0 caracterizam géncias relativas a exatidao, Relé de medicao: & aquele destinado a comutar quando sua grandeza caractefstca aleanga, sob condigBes © com io especificadas, seu valor de operacio. Pode ser de dois tipos: 1. A tempo dependente: elé a tempo especificado para 0 qual os tempos dependem, de mane! valor da grandeza caracteristica. 2. A tempo independenie: ree a tempo especificado para o qual o tempo especificaco pode ser considerado inde- pendente do valor da grandeza earacteristica, dentro de limites especificados desta. ™ Relé térmico: é aquele de medigéo a tempo dependente, que protege um equipamento contra danos térmicos dori gem elétrica, pela medicio da corrente que percorre 0 equipamento protesido e utilizando uma curva caracteristica ‘que simula seu comporiamenio térmico. se especificam quaisquer exi- especificada, do Copivlo 6 = Dispositivos de mancbra, protecdo, comando e ssccionamento naoauiomatico «19. 6.2 Grandezas caracteristicas dos dispositivos de protecdo e de manobra* Correntes Para um dispesitivo de manobra ou de protecao, a comrente nominal (1x) 60 valor eficaz.da corrente de regi- me permanente que o dispositivo pode conduzir indef- nidamente, sem que a elevacao de temperatura de suas diferentes partes exceda os valores especificados, nas con- digoes previstas ma norma pertinente. Para um disparador de sobrecorrente, define-se cor- rente de operacdo como 0 valor acima do qual o dlspa- rador deve operat. Corrente de ajuste (ou de ajustagem) € 0 valor da cor- rente de operacao para 0 qual o dlsparador é ajustado e sdo definidas a suas condigoes de operacao. Faixa de comente de ajuste (ou de ajustager) € a faina comprcendida enice os valores méximo e minimo da cor rente de ajuste. Para um dispositive de protege, definimos corrente convencional de atuagao (de fusio, no caso de disposit- ‘os fusfveis) como 0 valor especificado de corrente que provoca a atuacao do dispositive dentro. de um tempo especificado (o “tempo convencioral’), sendo designada por f,pela NBR 5410. ‘A corrente convencianal de nio atuacao (de nao fusd0, no caso de dispositvos fusive's) & 0 valor especificado de Corrente que pode ser suportado pelo dispositivo durante tum tempo especiticado (0 “tempo convencional”). (0 tempo convencional varia de acordo com 0 tipo & a corrente nominal co dispositivo. Porsua vez, as comren- tes convencionais de atuacao (de fusio) e de nao atua- G20 (de nao fusdo) s40 superiores & corrente nominal ou de ajuste do dispositive. ‘A maioria das definigdes apresentadas a seguir foi ex twaida da NBR IEC 62271-100. conente presumida (ou real) de um circuito, em relagio a um dispositivo de manobra ou de protecio rele inserido, & a corrente que circularia no circuito em que se acha inserido 0 dispositive considerado, se cada tum de seus pals fosse substtuido por um condutor de impedancia desprezivel. ‘\ cortente presumica de interrupcdo 6 aquela avalia- da no instante em que se inicia 0 processo de interrup- ao, definido na norma pertinente. Geralmente, esse ins- tante é definido como o do inicio do arco. ‘A corrente presumida de estabelecimento & aquela este- belecida em condigdes especiicadas, quanto ao método e a0 insiante em que se inicia 0 processo cle exabelecimen- to, definidos na norma pertinente. Para a corrente presumida Sao considerados os seguin- tes valores: = Valor de crista: 6 0 valor da primeira crista durante 0 intervalo de tempo transitério que se segue a0 sex Deacardocom as novmas NBR 5439, RTQ DA Foraria do nme 24572006 ¢ NBR IEC 6004721, esabelecimento por um dispositivo ideal, no pélo Cansiderado; em um circuito polifisico supde-se que a corrente seja estabelecida simultaneamente em todos os pelos, embora se considere apenas a corren- te em um dos pélos (0 valor de crista pode ser dife- rente de um pélo para outro, dependencdo do instan- todo estabolecimento da corrente em relacioa onda dle tensio entre 05 terminais cle cada pélo). = Valor de erista maximo: &0 valer de evista que se veri- fica quando © estabelecimento da corrente ocorte no instante que leva a0 maior valor possivel de crista, no plo considerado; para um dispositive multipolar ‘em um circuito polifésico, esse valor ocorre em um Gnico pélo. = Correme presumida permanente: 6 0 valor eficaz da Ccorrente presumida alterrada, que & estabelecida em Um instante tal que nenhum fendmeno transitério se segue ao seu estabelecimento no polo considerado. A Figura 6.5 ilustia o aspecto da carrente de curto-cir- cuito presumida em um porto de uma instalacio, indi- cando 0 valor de crista (mximo) e a corrente presumida assimétrica, No Capitulo 10, sera feito um estuclo porme- roxizado das correntes de falta, em particular das de curto circuit. Para. um dispositive de manobra ou de protegio, a correate de interrupeao &a conrente em um pélo do di positivo no instante do inicio do arco, no decorrer de um processo de interrupcao. ‘A conente de corte € o valor instantaneo maximo da ccorrente durante um processo de interrupcio, quando 0 dispositivo opera de tal modo que nao seja atingido 0 va- lorde crsta da corrente presumicia do circuito. A Figura 6.6 mostra a agao de um dispositivo limitador de corrente (fusivel ou disjunion, indicando as correntes de interrup- io ede corte. ‘A corrente suportavel de curta duracao € a conrente que um dispositivo de manobra ou de protecao pode conduzir na posigio fechada, durante curto intervalo especificado, @ nas condicées previstas de emprezo € funcionamento. £m particular, 6 muito imporiante 0 valor de crista da corrente suportavel ‘A capacidade de interrupcao de um dispositive de manobra ou protecio é um valor de corrente de interrup- ‘Glo presumidla que o dispositive & capaz de interomper, sob uma tensio dade e em condigdes prescritas de cemprego e funcionamento. Quando as condligoes pres- Citas incluem um curto-circuito nos terminals de sada lo dispositive, denomina-se capacidade de interrupcé0 em curto-crcuito e capacidade de estabelecimento em curto-circuto. Tensdes A tensio nominal de um dispositive de manobra ou de protecio 6 0 valor eficaz da tensio pela qual o dispo- 194 Instalagoes eltricas presumids Instant em que ocorre AAl ‘Corrente presumids permanente Figura 6.5 » Corona prowmida de cute creuio em um panto de una inalogo sitivo 6 designado, ¢ ao qual sio releridos outros valores Em paticulay, a NBR IEC 60947-2 dofine para um dis. positivo de baixa tensio: = Tensdo nominal" (U, € 0 valor de tensao ao qual sao teferidas as capacidades de interrupcio & de estabe- lecimento nominais, bem como as categorias de desempenho em curto-circuito; para circuitos polifé- sicos é a tensdo entre fases. = Tensio de ixlamento nominal (U) 6 0 valor de ten- a0 que designa o dispositivo € ao qual sao referidos 08 ensaios éielétricos eas distancias de isolamenvo € de escoamento; a nao ser quando indicado em con- trério, a tensao de isolamento nominal é 0 valor da maxima tensdo nominal. Tempos Tempo de fusdo de um dlspositivo fusivel € 0 interva- lo de tempo que decorre entre o instante em que a cor- rene atinge valor suficiente para fundir 0 elemento fust- vel eo instante em que se i Tempo de aberura de um dispostvo de manobra ou proiecio 6 0 intervalo de tempo entre instante em que se inicia a operacio de abertura,definido na norma per- tinente, € 0 instante de separagio dos contatos de arco «em todos os pélos. Tanio o tempo de fuséo como o de abertura podem ser chamados tempo de pré-aico. © tempo de arco em um pélo de um dispositive de mancbra, de protecdo ou de ‘um dlspositivo fusivel 0 intervalo de tempo entre o ins- STI de Rated Operational Voge tante em que se inicia 0 arco; em um dlspositivo cle mano- ba multipolar 6 0 intervalo de tempo entre o instante em que sc inicia¢ se extingue o arco no primciro pélo ¢ 0 ins- tante da extingio final do arco em todos os polos. Tempe de interrupcio & 0 intervalo de tempo que decorre entre 0 inicio do tempo de abertura de um dispo- Sitivo de manobra, dle protegio ou 0 inicio do tempo de {usio de um dispesitivo fusivel ¢ 0 fim do tempo de arco. Para_um dispositivo de manobra ou de protecao, 0 tempo de fechamento € intervalo de tempo que decorre enive 0 instante em que se inicia a operagao de fechamer- 10, deiinido na norma pertinente, € 0 instante em que os contatos se tocam em todos 05 polos. © ternpo de estabelecimento €0 intevalo de tempo que decorre entre 0 instante em que se inicia a operacao de fechamerto, definiio na norma pertinente, €o instante em que a corrente comega a percorrer 0 circult principal Tempo morto (durante um religamento auiomatico) € 0 intervalo de tempo que decorre entre o instante dla extin~ {20 final do arco em tocos 0s polos, na operagao de aber- ture, € 0 primeiro restabelecimento de corrente em qual quer polo, na operagio de fechamento subseqiente. tempo de estabelecimento-interrupcao 6 0 intervalo, de tempo que decorre entre o instante em que comeca a circular corrente em um pélo eo insiante da extingio final do arco em todos 0s polos. Integral de Joule A integral de Joule (simbolo 170 é a integral do qua- drado da corrente]em um intervalo de tempo especies do, iso & Pee [i Pda Copivlo 6 * Dispositivos de mancbra, protecdo, comand e seccionamenta nao auiomatico «195. Corrente de cone _— Corrente de imertupgi0 > ‘Tempo de interruppa0 Tempo de pré-arco eT ior sta Corente de curto-citeito \<— presumica “Tempo de arco Figura 6.6 = Agio de um diupotive lmiledor de corcnie ‘A integral de Joule dé o valor da energia térmica por unidade de resisténcia (1 A2s = 1 J/0) liberada em um Circuito, Trata-se de uma grandeza que atualmente assume uma importincia fundamental nos estudos de protecio, assunio tratado no Capttulo 11. Representasées graficas A caracteristica temporcorrente de um cispositivo de manobra ou de protesio & a representacio gréfica do tempo dle fuséo — ou do tempo de operacio —, em fun- io da corrente presumida, em condigées de operacdo especificadas. € muitas vezes designada por “caracteris- tica de atuacao" A caracteristica de corte de um dispositivo dle mano- bya ou de protegio 6 a representacao grifica da comen- te de corte em fungio a corrente presumida, em condi ges de operacio especificadas. 6.3. Dispositives fusiveis de baixa tensao Generalidades Os dispositivos fusiveis constituem a protecao mais tradicional dos circuitos e dos sistemas eléticos. Sua ‘operacao consiste na fusao do elemento fusivel (elo) con- tido no fusivel elemento fusivel, sto 6,0 “ponto fraco” do circuito, 6 um condutor de pequena secdo transversal que, devico a sua alta resistércia, sofre um aquecimento maior que o dos outros condutores a passagem da corrente. Pera uma relagéo adequada entre a seco do elemento fusivel ¢ a do condhtor protegido, ocorrerd a fusio do metal doele- mento, cuando o condutor atingir uma temperatura pré- xima da méxima admisivel, O elemento fusivel € um fio ou uma lamina, geral- mente de cobre, prata,estanho, churrbo au liga, colocae do no interior do corpo co fustvel, em geral de porcela- na, estestite ou papelio, hermeticamente fechado. Alguns fusiveis possuem um indieador, que permite veiificar se 0 dispositive fusfvel operou ou nio, 0 qual € composto por um fio (por exemplo, de ago) ligaco em paralelo com o elemento fusivel e libera uma mola pds a operacao. ssa mola alua sobre uma plaquela ‘ou botao, ov mesmo sobre um parafuso preso na tampa do corpo. ‘A meioria dos fusiveis contém material granulado extintor em seu interior, envolvendo por completo o ele- mento fusfvel; para isso se utiliza, em geral, areia de quartzo de granulometria conveniente. A Figura 6.7 mostra a composicio cle um fusivel (no caso mais geral) © elemento fusivel pode ter diversas formas. Em fungio da corrente nominal do fusivel, ele pode ser composto por um ou mais fios de laminas em parale- lo, com trecho(s) ce segao reduzida. No elemento fust- vel existe, ainda, um material adicional, um ponto de soida cuja temperatura de fusao € bem menor que o co elemento, 196 Instolagoes eltricas Legenda [elemento fusive 2 como 3.indicaor de intereupeee A.meio extintor S.terminal figura 6.7 = Componeries tipicos de um fusivel Operaco Na Figura 6.8, mostrase, de maneira simplificada, ape- 1naso elemento fusivel em série com os condutores do cit cuito operando normalmente em regime permanente. ‘Operando em regime permanente, 0 conciutor € 0 ele mento fusivel sio percorridos por uma corrente f, que os aquece. A temperatura do condutor assume um valor constante (0). Devido a alta resistencia do elemento fusi vel este sofre um aquecimento maicr 0, que é tansfericlo para o meio adjacente, principalmente por meio das conexses com os condutores. A baixa capacidade de transmissio de calor resulta em alta temperatura no ponto médio do elomento fusivel, ‘A tempentura decresce desde 0 ponto médio até as exteemidedes do clemento fusivel, conforme mostra a Figura 6.8. Os pontos de conexaio nio estéo submetidos & mesma tempentura do ponto médio, porém possuem ‘uma temperatura maior que a dos conduiores (0). A tem- peratura @ nao deve ulrapassar determinado valor, para ‘no prejuicar a vida Git da isolagao dos condutores; ese valor €limitado por norma, Temperatura A comrenie que pode percorter o fusfvel permanente mente sem que esse valor limite seja ultrapassado é def- nida como a corrente nominal do fusfvel. A passagem de luma corrente superior & nominal resulta na elevacdo da temperatura ao longo do fusivel. Enquanto o pico de ter peratura, Ay. Com certa margem de seguranca, permane- Ce abzixo de temperatura de fusdo do elemento fusivel 0, fusivel permanece intacto.. aquecimento necessirio a fusdo do elemento elo fusivel compoe-se: # Do aquecimento necessério 8 elevacio da tempera- tua até 0 valor de fusio, se nao ocorrer dissipacdo de calor, # Do aquecimento necessério & compensacio da dis sipacio de calor para 0 meio adjacente ao elemen- to fusivel Se 0 fusivel for percorrido por uma corrente muito superior 4 nominal, por exemplo, dez vozes maior, os trechos de secio reduzida das laminas do elo sofrer30 Isi0 antes co ponto de solda, em virtuce da alta densi- dade de corrente. Se a corrente for ainda mais elevada, por exemplo, 50 vezes a cortente nominal, em um tempo de fusao de = 1 ms, 0s trechos de seco redu- ida do elemento fusivel serao levados & temperatura de fusio antes que a energia calorifica possa fluir para as partes adjacentes. Apés a fusio, 0 elemento fusivel est interrompi mecanicamente, porém a cortente que 0 levou a fusao rao & interrompida, sendo mantida pelo arco elétrico pela fonte e pela indutincia do circuito. Ela circula atra- vés do arco formada no ponto de interrupcdo do ele- mento fusivel. como mostra a Figura 6.9. A fusio € 0 arco elétrico provocam a evaporacio do material metilico do elo. O arco, que € estreitamente envolvido pelo elemenio extintor, vaporiza. O vapor do meial sob alta pressio € empurrado contra a areia, na qual grande parte do arco é extinia. A areia penetra e retira a energia calorfica do arco, provocando entao sua extingio, Apds o processo, resta um material sinterizado, que € misturado com o vapor do elemento fusivel. ‘Temperatura mais eevada Fustvel } conremte de carga () Ponto de Condutor sold Figura 6.8 Temperatura do clemento uivel om regine norma de carga Copilo 6 = Dispositivos de mancbra, protecao, comando e seccionamento ndoauiomatico «197 ‘Arcia granulada seas Elo fusivel Material sierizado Areo elética o Figura 6.9 = Aivagio de um fusva apbs a sto Nos fuses limitadres de corrente, devide 3s eleva das sobrecorrentes que ocorrem em um curto-circuito, a fusio pode ocorrer em um tempo inferior a.5 me, isto & dentro do primeiro quarto de ciclo, como mosta a Figura 6.10. Caracteristicas A NBR IEC 60269-1 ~ Dispositivos fusiveis de baixa tensio, baseadla na série cle publicagdes IEC 60269, con- sidera, para a protegio de circuitos (em CA, com tensdo até 1 kV e em CC, até 1,5 kV), dispositives limitadores de Corrente, com capacidade de interrupcao de corrente a partir de 6 kA. Formato dos fusiveis Um fusvel eartucho & um fusivel de baixa tensio Cujo elemento fisico & encerracdo em um tubo protetor de material isolante, com contatos nas exiremidaces (em forma de virola ou de faco), fechando 0 tubo. Um fasivelrofta & um fusivel de baixa tenséo em que tum dos contatos é uma pega roscacla, a qual se fixa no Contato roscado corresponcdlente dl base. Um fusivef encapsuiado € um fusivel cujo elemento fusivel € completamente encerrado em um invélucro fecnado, capaz de impedir a formacao de arco externo € a emissao de gases, chama ou partculas metalicas para © exterior, durante a fusdo do elemento fusivel, dentro dos limites de sua caracterstica nominal. Faixa de interrupséio e categoria de utilizagéio Os fusiveis 80 clasificados iniciolmente de acordo com a fava de interrupgio e coma categoria de utiliza; 0, serdlo usades, para isso, duas letras — a primeira mindscu- lay "g” ou “a”, incicando a faixa, ¢ a segunda, maiiscula, "Gov “Mt, indicando a categoria Os fusfvels “g" slo aqueles capazes de interromper ‘das as corentes que causam a fusdo do elemento fus- vel, até sua capacidade de interupgao nominal; sao, portanto, fusiveis que atuam em toda a faixa. Os fusiveis "a" sao capazes de interromper todas as correntes com- preendidas entre um valor prefixado (superior a corrente nominal) a capacidade de interupg3o nominal; so, assim, fusiveis que atuam em faixa parcial. Os fusiveis *L” so adlequados para protege de cabos € linhas, 05 “” protegem equipamentos eletromecaini- €os (motores), 08 “RY sio préprios para protegio de dis- positivos semicondutores, © 05 “BY sio recomendados para instalagdes em condigdes pesadas (por exemplo, locais cle mineragao etc.). Nas instalagGes elétricas de baixa tensdo, os tipos mais comuns sa0: gl, gG, gM € aM. Os fusiveis gL/gG sao de aplicagio geval, utlizados na protegao de circuitos contra correntes de sobrecarga e Contra cortenies de curto-circuito. S40 caracterizados [por um tinico valor de corrente nominal (fy) (Os fusiveis aM s30 destinados a protecao de circuitos de motores conira correntes de curto-circuito, sendo também caracterizados por um Gnico valor de corenie nominal (/,) € apresenianclo o limite inferior da faixa de atuagio indicado por K; ly com K> > 1). 3 fusiveis gM, destinados & protecao de circuitos de motores contra correntes de curto-circuito, so caracteri- zzados por dois valores de corrente: 0 primeiro, Fy repre= senta a corrente nominal do fusivel e do respective orta-fusivel (sto 6, das respectivas partes condutoras); 0 segundo, 1, Gerdo I, > I), referese a caracieristica tempo-corrente do fusivel, correspondendo a de um fus- vel G; a indicacao € feta por fy M 1s. Assim, por exer plo, 16M32 A indica um fusivel gM montaco em um dis- positivo cuja corrente pemanente méxima é de 16 Ae cuja caracteristica tempo-corrente & igual & de um fust- vel gG de 32. Tipo de pessoa indicada para utilizagéo ‘As normas ainda classficam os dispositives fusiveis, quanto 40 tipo de pessoa indicada pare sua utilizegio, ‘em “para uso por pessoas autorizadas” e “para uso por pessoas no qualificadas”. Os dispositivos fusiveis para uso por pessoas autoriza- das. (anteriormerte denominacos “dispositivos fusiveis ppara uso industrial") sao destinados a insalacces em que 8 fusiveis sa0, intencionaimente, 56 acessiveis para reposicao por pessoas BA4 (qualificadas) € BAS (hablita- das). Podem ser gL/gG, gM ou aM, com correntes nomi

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