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Shbado, 20 de Feverelro de 1983 1 SERLE—N. DIARIO DA REPUBLICA GRahO OFICIAL DA REPOBLICA POPULAR DE ANGOLA Prego deste whmera— Kx 56.00 ‘rigida 4 Traprensa fem Luands, Caixa Postal 1506,— End. ‘Telex: «Imprensa>. iacional —U, ,@, SUMARIO Assembleia do Povo tat as mas ‘Aprova o Cédigo de Familia. — Revogs toda a legslusio ‘Qve contrario o-dinpesto ra presente Ii ASSEMBLEIA DO POvO ‘Lat ne 1/88 0 20 de Fevereiro ‘Com a proclamacio da Independéncia Nacional Povo Angolano entrou numa nova era da sua histé- ra, © MPLA-Partido do Trabalho ao optar pela via de desenvolvimento socialista, criou as condipdes para a J] _ O.prego dos andncios ¢ de Kz 72.00 1 Unha, werescido do respectivo impoe wate Sl dependent sua publi to do. depsaito ffectusr rewouraria’ da Hmnprensa Nacional =~ Wee. ‘Aso 135000 700.00 008 650.0 libertagdo das forgas produtivas e para o desenvolvi- mento de novas relagdes de produglio baseadas na jus- tign ¢ na igualdade entre todos os cidadios, que 5 foram progressivamente estabelecendo. E neste contexto que surge a necessidade duma revi- ‘io total do direito da familia vigente e consequente- ment, da elaboragBo de um novo cédigo de familia radicalmente oposto, na sua esséncia, as eis colonislis- tas implantadas em Angola que tinham como base as antigas relagdes sociais baseadas na exploragio do homem pelo homem. Ja durante a 1.* Guerra de Libertagto Nacional, a mulher ¢ o homem constituidos em familia, desempe- nhavam um papel importante na educagao patriética e ‘social dos seus filhos, consentindo, em igualdade de circurs:: ncias, os sacrificios necessarios para a liberta- go nacional, E esta participagAo livre nao negou a familia como nicleo fundamental da estrutura social, que, nfo se encontrandoj& sab o dominio da moral fascista e colo- nialista, se desenvolvia no sentido de uma maior conso- lidagéo'€ solidariedade entre os seus membros, Onovo cédigo insere-se também no combate de toda a fnumanidade progressista contra 0 obscurantismo € 0 misticismo nas relayes entre os homens, caracteristi- cas das sociedades onde existem graves contradigbes centre a superestrutura e as relaydes de produgo, ¢ con- sagra as suas conquistes, A aprovast desta lei poe nas mAos dos trabalhado- res angolanos mais um instrumento de lula pela sua real emancipagto politica, econdmica ¢ social porque vai institucionalizar a protecgdo dos seus filhos, nasci- dos oundodocasamento, e uma divisto justa de tarefas de responsabilidades no seio da familia, 30 Os principios constantes do titulo I da lei, contém regras fundamentais, programaticas, que devem orien- tara constituigio e o desenvolvimento das relagdes no dominio da familia, na qual os interesses pessoais de cada um dos membros se devem coordenar de forma ‘harmoniosa com os interesses gerais da sociedade, com vista a criagio de um nove homem angolano. Em obediéncia a Lei Constitucional e 90s principio Politicos que regem o Pais, consagrou-se a igualdade de direitose de deveres entre ohomeme amulherem todos * (05 dominios da vida familiar, quer no que se refere As relapses pessoais entre ambos, quer no que se refere & educagdo dos filhos, quet ainda no que toca a ques- ‘tes patrimoniais. liu-se a validade juridica dos casamentos cand nicos o que constituia um privilégio injustificado da igreja catblica. Saliente-se onovoconceito de cosamentoquedeixou de ser umicontrato, um negocio, para passar aserenten- dido como aunito voluntaria entre ohomeme amnulher, ‘na quai 08 uspectos pessoais sho mais valorizados do que os patrimoniais, Por outro lado, a possibilidade de legalizapto das uuniges de facto constitui uma das principais conquistas da nova lei, adequando-a mais a realidade social do nosso Pais. Relativamente ao divéreio, as alteragdes introduzi- das pela presente lei sdo significativas. Embora a esta- bilidade da familia seja um abjectivo da lei, teve-se em conta que o casamento s6 deve subsistir quando possa preencher os ins para os quais foi constituido, e, assim, admite-se a concessio de divércio quandoocasamento “tiver perdido o seu sentido para os conjuges, para os filhos e para a sociedade”. No que se refere as relagdes entre pais ¢ filhos Salienta-se © direito & filiag&o, garantido a todos 08 cidadldos, bem como a cansagracio da igualdade de todos os filhos, quer os pais estejam ou wo unidos pelo casamento. ‘Simplificaram-se os mecanismos da tutela com vista ‘a que ela venha a ser constituida em maior nimero de ‘casos em beneficio dos que dela necessitam e, em espe- cial, dos menores abandonados. No que se refere aos alimentos, prestou-se especial tengo a0 caso dos menores, tendo-se estabelecido regras precisas para a medida ea execuglo dos alimen- tos, atribuindo-se ao tribunal apossibilidade de ordenar ‘entidade patronal do obrigado que pague os alimentos directamente ao alimentado. DIARIO_DA REPUBLICA ‘Nestes termos, a0 abrigo da alinea b) do artigo 38.° da Lei Constitucional ¢ no uso da faculdade que me & conferida pela alinea 7) do artigo 53.° da mesma lei, a Assembleia do Povo delibera ¢ eu fago publicar a seguinte: ‘ L€l QUE APROVA 0 CODIGO DA FAMILIA ARTIGO L* (Aprovasiio 0 Codigo da Familia) E aprovado o Codigo da Familia, que faz parte inte- grante da presente lei, entra em vigor a data da ‘sua publicagao. ARTIGQ (Aplicheto da Lei) As relagdes juridicas constituidas ao abrigo da legislacdo anterior mantém a sua validade, mas os seus efeitos passardo a reger-se pelas disposigBes do pre- sente Cédigo. ARTIGO 3° sente lei nko ¢giplicavel as acpdes pendentes ros tribunais & data da sua entrada em vigor. ARTIGO 42 (Panos constitatives de drei) Na contagem dos prazos constitutivos de direitos previstos na presente lei sera tido em conta o tempo ja decorrido & data da sua entrada em vigor. ARTIGO 5° (Prazo especial para impugnagio) ‘As aogdes de impugnago de patemidade do marido da mile que respeitem 205 nascimentos ocorridos antes da promulgacio desta le, poderio ser propostas dentro do prazo de dois anos a partir da sua entrada em ARTIGO 6+ (Processe de juiisdigho voluntiria) 1, Em tudo 0 que no contrarie as normas de pro- ccesso civil previstas na presente lei ¢ enquanto nfo for revista a legislagio em vigor, as acpies previstas nesta Jel seguirdo 0 formalismo dos processos de jurisdico ‘voluntaris, previsto no artigo 1409, do Cédigo do Pro- cesso Civil. 2. Na fase dos articulados, o prazo de contestago € de resposta, quando a ela bouver lugar & de 30 dias, ‘20 qual, quando for caso disso, haverd que acrescer os prazos dilatérios previstos na Lei do Processa Civil. i* 8—20 DE FEVEREIRO DE 1988 3 ARTIGO 7° (Normas de processo) 1. Nas acgdes propbstas ao abrigo desta lei, o juiz deverd, além dos casos j previstos, ordenar a tentativa de conciliagdo das partes ou conferéncia de interessa- dos, ¢ reduzir a auto as declaragdes nelas prestadas € promover oficiosamente as diligéncias que julgue necesstrias & decisdo da causa. 2. As declarages prestadas pelas partes que impor- tem estabelecimento da filiago, feitas em conformi- dade com os pressupostos legais, serio tomadas por meio de termo, ARTIGO 8° (Conversio em divércio da separagto de pestous © + bens) 1. Nas acgées de sgparago de pessoas e bens, pen “easenelals) B.A scito te snulapto do casumento fandada nt Risuncia dos impedimentos a que se referem os arti- gos 24.2, 25.2 ¢ 26.° pode ser instaurada: 2) Nos casos de incapacidade, por falta de idade nibil, por interdigao ou inabilitago por ‘anomalia peiquica ov por deméacia notéria quando proposta pelo préprio incapar, até ‘um ano apés ter atingido a maioridade ou Ihe ter sido levantada a interdieso ov inabili- tagio ou de ademencia ter cessado. Quando Proposta por outra pessoa, dentro dos dois anos seguinites & celebrago do casamento smas'nunca depois dx maioridade, do levan- tamento da interdigao ou inabilitagdo, ou da ccessagtio da deméncia; ) Nos casos da falta ou vicios da vontade, de con- denago por homicidio contra o conjuge de um dos nubentes, ou de falta das formalida- des essenciais, até dois anos depois da cele. Drago do casamento, €) A qualquer tempo nos casos de parentesco, por lags de sangue ou por adoprto em linha recta uno segundo grauda linhacolateral,e LSERIB—N? 8—20 DE FEVEREIRO DE 1988 de bigamia, mas nunca depois de decorridos dois anos da dissolugto do casamento, 2. Sem prejuizo do prazofixado na alineac)done 1, a acgto de anulagdo fundada na existéncia de case ‘mento anterior nd dissofvido nao pode ser instaurada, nem prosseguir, enquanto estiver pendente acgto da anulagao do casamhento anterior. SECCAOIV Consequéncias da anulagko ARTIGO 71 (Efetos dos casamentos anlado) 1. Ocasamento anulado, quando contraido de boa fe Por ambos os conjuges, produz 0s seus efeitos em rela- ‘gh0 2 estes e a terceiros, att a0 transito em julgado da respectiva sentenga, 2, Se apenas um dos conjuges 0 tiver contraidode boa fe, 36 esse cOnjuge pode arrogar-se os beneficios do ‘casamento e opd-log a terceiros. 3. A anuiado do casamento nao prejudica, por qual- quer forma, os direitos dos filhos nascidos e concebidos durante a sua vigéncia. ARTIGO 72 (Boe 8) 1. Considera-se de boa fé 0 cdnjuge que tiver con- traido 0 casamento na ignorincia desculpivel do vicio causador da anulabilidade ou cuja declarag8o de von- tade tenha sido extorquida por coacgio fisica ou moral. 2. Considera-se de ma f¢ 0 cOnjuge que, no momento da celebragdo do casamento, tinha conhecimento da cexistencia de alguma causa de anulabilidade. 3, A boa fé dos cénjuges presume-se, 4, E da competéncia dos Tribunais 0 conhecimento de boa fe. SECCAOY Validagio do casamento ARTIGO 73° (Formas) Considera-se sanada a anulabilidade, ¢ vélido 0 casamento desde 0 momento da celebragdo, 6, antes de transitar em julgado a sentenga de anulago, ocorrer algura dos seguintes factos: 4) Serocasamentode menor nto nébil confirmado por este, perante 0 funciontrio do registo civil e duas testemunhas, depois de atingit 12 maioridade, +b) Ser o casamento do interdito por anomalia pe uica confirmado por ele enos termos dea nea anterior, depois de the sersidolevantada » ainterdipo ou ainabilitagao ou, tratando-se de deméncia, depois de fazer verificar jut cialmente o seu estado de sanidade mental; ©) Ser anulado 0 anterior casamento do bigamo; d) Ser a falta de requisitos formais devida a cir- cunstincias atendiveis, como tais reconhe- cidas pelo Ministro da Justiga, desde que nto haja divida sobre a celebragio do acto. CaPiTULO V Dissolopdo do exsamenso ‘secchor Disposipbes gerais ARTIGO 74° (Cauaas da dissotogso do casemento) © casamento dissolve-se: a) Pela morte de um dos conjuges: 6) Pela declaragao judicial da presungdo de morte de um dos conjuges; ¢) Pelo divércio. SECCAO Dissolugo por morte + ARTIGO 75 (Efetos 6 dtestasto por wort) 1, Dissolvido 0 casamento por morte, 0 cdnjuge sobrevivo mantém os dir ¢ beneficios que haja recebido em razdo do casamento, ¢ opere-se a partilha do pattiménio comum entre 0 chnjuge sobfevivo € os haerdeiros do cénjuge falecido. : 2. Na partlha pode o cbnjuge sobrevivo integrar preferencialmente a sua meagdo com bens comuns que hajam sido usados na vida do lar e como instrumento proprio ov comum de trabalho. 3. As dividas contraidas para com terceiros ou pelos cOnjuges entre si sero liquidadas sucessivamente pela meagiio do devedor no patrimonio comum pelos bens proprios deste. 4. A dissolugdo do casamento por morte implica nos térmos que forem fixados na lei, @ trangmissto do direito ao arrendamento para o cbnjuge sobrevivo. seocAoum Presurigho de morte ARTIGO 762 (Requerimento da dectaragto) Qualquer dos chnjuges poder requerer ao tribunal a declaragio judicial da presungio de morte do outro cconjugs, decorridos trés anos sobre a data das tltimas noticias deste, e desde que existam fortes indicios de que ocorreu a morte. ARTIGO TI (Efeinos de presungo de morte) 1. Adeclaragao judicial de presungdode morte de um dos chnjuges dissolve o casamento a partir do momento em que a declaragio se tome definitiva e produz os efei- tos da dissolugao por morte ou por divorcio se o outro cénjuge voltar a aparecer. 2. Porém, se o cOnjuge ausente aparecer e nenhum deles tiver contraido casamento, podem se ambos 0 desejarem, requerer judicialmente a revalidagto do ceasamento como se nio tivesse sido dissolvido. 3. Se, porém, qualquer dos cénjuges tiver contraido ovo casamento, ser este considerado vilido. SECCAO IV Divércio sunseccho Disposigdes gerais ARTIGO 18 (Fundamentoe) Os conjuges poderio requerer 0 divorcio sempre que se deteriorem, de forma completa e irremediavel, os principios em que se baseava asua unidoe ocasamento tenha perdido o sentido para os cénjuges, para os filhos © para a sociedade. ARTIGO 79 (Modalidades do divorcio) O civerio pode ser pedi: 4) Por ambos os conjuges com base no miituo ‘acordo; +) Por apenas um dos cdnjuges, com base nos fundamentos previstos nesta lei. ‘ARTIGO 80 (Etetoe 60 divérelo) O divércio produz 0s efeitos pessoais ¢ patrimoniais da dissoluglo por morte salvas as excepodes previstas na lei, e designadamente: 4) Poe fim & comunhito de bens, 6) Faz cessar 0 direito & sucessio nos bens do outro bnjuge; ¢) Faz perder os beneficios recebidos em razio do casamento. ARTIGO 81.9 (Data da producto dos efeltos nas relagdes pessoais) 1. Os efeitos do divércio nas relagdes’ pessoais produzem-se a partir do transito em julgado da Sentenga- DIARIO_DA_REPOBLICA 2. Quando a data do fim da coabitagio conste da sen- tenga, podem os ctnjuges requerer que a cessagio dos efeitos pessonis se opere a partir dessa data, ARTIGO #22 (Propo dos efei nas raqtes patrinoniais) 1. Os efeitos do divércio nas relagbes patrimoniais, dos cbnjuges produzem-se a partir do trinsito em jul ado da sentenga ou da cessagto definitiva de coabita- 80 se esta ocorrer antes da extingto do vinculo, quando declarads por sentenga. 2. Tais efeitos 56 se produzem quanto a terceiros pds o registo da sentenga. sunseccAo it Divérelo por métuo ssordo ARTIGO 83. (Pressupostos legais) divércio por muituo acordo podera ser sequerido pelos conjuges casados ha mais de trés anos € que tenhain completado 21 anos de idade. ARTIGO #4 (Fundamentasio) O divércio por mituo acordo fundamenta-se na deli- berago comum e pessoal dos cénjuges de porem termo aa vida conjugal. ARTIGO 85° (Acordos complementares) Os conjuges devem ainda acordar: 4), Quanto 0 examin da autora patra ivamente aos filhos menores, $¢ 0s how- ee € se tal nfo estiver decidido pelo tribunal; +b) Quanto a prestagio‘de alimentos a0 conjuge que deles carega; €) Quanto i atribuicko da residéncia familiar. ARTIGO 66. (Compettacta) O divércio por miituo acordo podera ser decretado por via judicial ou através do érgho do Registo Civill da fread residéacia de qualquer dos conjuges, nos termos constantes dos artigos seguintes, ARTIGO 87 (Condigbes para 0 processo no reisto civil) Odivorcio por mituo acordo s6 podertiser decretado pelos orgios do Registo Civil desde que os cbnjuges nao tenham filhos menores ou, no caso de os haver, quando L SERIE — 8—20 DE FEVEREIRO DE 1988 hiaja decisto com trinsito em julgado sobre a regulagio dda autoridade patemal proferida pelo Tribunal compe- tente. ARTIGO 882 (Requerimento) requerimento para 0 divércio por mituo acordo sera assinado por ambos os conjuges, pessoalmente ou 1 Fogo, ndo sendo obrigatoria & constituigio de mands- trio judicial, mesmo no caso do divorcio por via Judicial. ARTIGO 89. (Documentapto necesstria) s requerentes deverdo juntar ao requerimento ini- cial os seguintes documentos: 4) Certidio de narrativa completa do registo de casamento; +) Certidao de idade dos conjuges; ¢) Relagdo especificada dos bens préprios ‘bens comuns; 4) Certidio do regime de bens adoptado no casamento; 4) Os acordos a que se refere o artigo 85.%, se (9s houver.. ARTIGO 90" (Autuapto do requerimento) Autuado o requerimento e reconhecida a viabilidade do.pedido pela verificagdo das condigées legais, ser designado dia para a conferencia de conjuges. ARTIGO SI (Contertacia de cbjuges) A conferéncia de cénjuges deverto estes compare- cer pessoalmente, no sendo admitida a presenca de terceiros, salvo de mandatirio judicial que haja sido constituide. AnTiGo 928 (Fala de compartacia dos conjoges) 1. A falta de comparéncia de qualquer dos conjuges, {que nto for logo justficada ou nfo o for no prazo de 10 dias, equivale A desistencia da pretensio.¢ consequente arquivamento dos autos. a 2. Mantendo artibos os cénjuges © propésito de se divorciarem, proceder-se-d f leitura dos acordos jun- tos com o requerimento inicial ¢ seré exarado auto em ‘que se homologarko provisoriamente 0 divorcio e os acordos. 3. Aoacondosabre a regulaglo doexercicio dopoder paternal, é aplicavel o disposto no artigo 109.° aot. ¢ 4, Os conjuges serdo desde logo advertidos de que o divorcio serd oficiosamente convertido ¢m definitive se dentro do prazo de 90 dias nfo for manifestado por qualquer deles 0 propésito de desistencia da obtengio do divécio, ARTIGO 94 (Eteitos do divircio previséra) O divorcio provisério suspende 0 dever de coabita- 80 dos conjuges ¢ habilita qualquer deles a requerer 0 arrolamento dos bens comuns ou proprios do reque- rente, ARTIGO 95.0~ (Divorco definltvo) Decorrides 0 prazo de 90 dias sem que haja desistén- ia por parte de qualquer dos cénjes, seré decretado 0 divorcio definitive. ARTIGO 96° (Efeitos do divérclo defiitive) 6 0 divércio definitive produz a dissoluglo do ‘casamento, ¢ a decisio que 0 decrete serd comunicada oficiosamente aos orghos do Registo Civil que tenham ‘celebrado 0 casamento ¢ 0 registo de nascimento dos conjuges. ‘suiitcAo m Divéecio titigloso ARTIGO 97° (Fundamentos gzras) ( divorcio pode ser pedido por apenas um dos conju ges quando, por causa grave ou duradoura, estaja com- prometida a comunhlo de vida dos cbnjuges e impossi- bilitada 2 realizacio dos fins socials do casamento, 2. Ocorrendo causajustificeda, aconferéncia poderd ser adiada uma s6 vez. ARTIGO 932 (Procediments) 1, No caso de comparecerem ambos 08 cnjuges, © Julz ou o funcionario do Registo Civil competente per- guntard a cada um deles se pretende efectivamente divorciar-se, advertindo-os dos efeitos dadissolugtodo ‘casamenta no Ambito pessotl e social, nomeadamente ‘quando haja filhos menores. ARTIGO 98 (Pandamentonexpectoos) O divércio pode ‘ser‘pedido designadamente: @) Pela separasio de facto for tempo superior a trts anos; ) Pelo abandono do pals por parte do outro cbn- {juge com o propéeito de nto regressar, ¢) Pela auséncia sem que do ausente haja noticias, por tempo no inferior a trés anos; DIARIO DA_REPOBLICA d) Pela akteracto das faculdades mentais do outro cbnjuge, clinicamente verificada, quando dure mais de trés anos ¢, pela sua gravidade, ‘comprometa a possibilidade de vida em comum, ARTIGO 99° (Relevtncia dos fundamentos do dicta) Na apreciagho da refevancia dos fundamentos do

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