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HISTÓRICO DA ERGONOMIA
• Oficialmente, a Ergonomia nasceu em 1949, derivada da época da 2ª Guerra Mundial em que aviões, tanques,
submarinos e armas foram rapidamente desenvolvidas. (muitos destes equipamentos não estavam adaptados às
características daqueles que os operavam, provocando erros, acidentes e mortes).
• Problemas para as Forças Armadas, estudos e pesquisas foram iniciados, a fim de que projetos fossem desenvolvidos
para modificar comandos (alavancas, botões, pedais, etc.) e painéis.
Após a guerra, diversos profissionais envolvidos em tais projetos reuniram-se na Europa, para trocar idéias sobre o
assunto. Montando-se laboratórios de pesquisa de Ergonomia.
• Posteriormente, com o Programa de Corrida Espacial e a Guerra Fria, a Ergonomia ganha impressionante avanço junto
à NASA.
• Com o grande desenvolvimento tecnológico divulgado, a Ergonomia rapidamente se disseminou pelas indústrias de
toda a América do Norte e Europa.
Evolução histórica
• O trabalho é a atividade desenvolvida pelo homem como o objetivo de produzir riqueza.
• Escravismo/Feudalismo/Capitalismo
Revolução Industrial
os trabalhadores começaram a adquirir importância sócioeconômica e seu adoecimento começou a ser objeto de
estudo por parte da ciência.
Em 1959 foi fundada a “International Ergonomics Association”.
Em 31 de agosto de 1983 foi criada a “Associação Brasileira de Ergonomia”.
Objetivo da Ergonomia
Adaptar o trabalho ao homem (não o contrário); Estuda o complexo formado pelo operador humano e
seu trabalho
Ergonomia
Buscar a análise dos processos de reestruturação produtiva no que se refere à caracterização da atividade e à
inadequação dos postos de trabalho conhecer e integrar as variáveis do indivíduo às exigências e a organização do
trabalho (Augusto et al., 2008)
Aplicações da Ergonomia
Ergonomia na indústria:
Melhoria das interfaces dos sistemas homens-tarefas
Melhoria das condições ambientais de trabalho
Melhoria das condições organizacionais de trabalho
Fisiológicos
aumento FC
dificuldade respirátória
temperatura corporal
Em nível do trabalho
repetitividade de erros cometidos em uma tarefa
as baixas na produtividade e na qualidade da performance do operador
aumento do índice de retrabalhos
acidentes de trabalho (importância vital)
Subjetivos
queixas eventuais dos trabalhadores (contraste entre a percepção objetiva e a subjetiva)
“a noção de conforto”
Mudanças de comportamento
ansiedade e irritação
Atualidade
• RESOLUÇÃO Nº. 259, DE 18 DE
DEZEMBRO DE 2003, lei Federal nº 6.316, de 17/12/1975, pelo disposto na Resolução CNE/CES nº 4, de 19/02/2002
estabelece as Diretrizes Curriculares para formação profissional do Fisioterapeuta, considera a grande demanda de
Fisioterapeutas atuando em empresas e/ou organizações detentoras de postos de trabalho, intervindo preventivamente
e/ou terapeuticamente de maneira importante para a redução dos índices de doenças ocupacionais...
Resolve:
Art. 1º - São atribuições do Fisioterapeuta que presta assistência à saúde do trabalhador, independentemente do local
em que atue:
I – Promover ações profissionais, de alcance individual e/ou coletivo, preventivas a intercorrência de processos
cinesiopatológicos;
II – Prescrever a prática de procedimentos cinesiológicos compensatórios as atividades laborais e do cotidiano, sempre
que diagnosticar sua necessidade;
III – Identificar, avaliar e observar os fatores ambientais que possam constituir risco à saúde funcional do trabalhador,
em qualquer fase do processo produtivo, alertando a empresa sobre sua existência e possíveis conseqüências;
IV – Realizar a análise biomecânica da atividade produtiva do trabalhador, considerando as diferentes exigências das
tarefas nos seus esforços estáticos e dinâmicos, avaliando os seguintes aspectos:
No Esforço Dinâmico - frequência, duração, amplitude e torque (força) exigido.
No Esforço Estático – postura exigida, estimativa de duração da atividade específica e sua frequência.
V – Realizar, interpretar e elaborar laudos de exames biofotogramétricos, quando indicados para fins diagnósticos;
VII - Analisar e qualificar as demandas observadas através de estudos ergonômicos aplicados, para assegurar a melhor
interação entre o trabalhador e a sua atividade, considerando a capacidade humana e suas limitações,
VII – Elaborar relatório de análise ergonômica, estabelecer nexo causal para os distúrbios cinesiológicos funcionais e
construir parecer técnico especializado em ergonomia.
Art. 2º - O Fisioterapeuta no âmbito da sua atividade profissional está qualificado e habilitado para prestar serviços de
auditoria, consultoria e assessoria especializada.
Art. 3º - O Fisioterapeuta deverá contribuir para a promoção da harmonia e da qualidade assistencial no trabalho em
equipe e a ele integrar-se, sem renunciar a sua independência ético/profissional
Art. 4º - O Fisioterapeuta deverá ser um ente profissional ativo nos processos de planejamento e implantação de
programas destinados a educação do trabalhador nos temas referentes a acidente do trabalho, doença
funcional/ocupacional e educação para a saúde.
Aspectos físicos
• Temperatura
• Umidade
• Ruído
• Iluminamento
• Organização de layoute mobiliário (antropometria e biomecânica)
Aspectos organizacionais
• Tipo de produção
• Riscos inerentes à atividade de
trabalho
• Repetitividade
• Transporte manual de cargas
• Má postura
• Ritmo de trabalho
• Produtividade
Aspectos comportamentais
• Estresse
• Produtividade
• Relacionamento humano
• Empregados
• Chefias
Ferramentas
• Análise Ergonômica do Trabalho
• Laudo Ergonômico –Perícia
• Gerenciamento de queixas
• Programas de Qualidade de Vida
Agentes biológicos
Agentes químicos
Agentes físicos
Agentes psíquicos
Agentes mecânicos
RISCOS
Probabilidade de ocorrer dano sobre condições especiais, ou seja, avaliação do perigo.
ACIDENTES DE TRABALHO
Lesões decorrentes de causa externa, traumas e envenenamentos ocorridos no ambiente de trabalho durante a
execução e/ou durante o trajeto para o trabalho
Indústria química, farmacêutica e no setor de transporte.
DORT
Embora não sejam doenças recentes, as LER/Dort vêm assumindo um caráter epidêmico.
Doenças crônicas e recidivas = incapacidade para a vida que não se resume apenas ao ambiente de trabalho.
Caráter cumulativo e tendência ao agravamento
Norma Técnica para Avaliação de Incapacidade: inflamação de tecidos sinoviais, tendões, músculos, fáscias,
ligamentos e nervos, concomitantes ou isoladamente, cuja etiologia seja a outras patologias.
REPETITIVIDADE
Mais repetitivo: maior probabilidade de aparecimento sintomas.
Tempo: frequência (número de ocorrências por segundo)
POSTURAS INADEQUADAS
Impõem esforços adicionais desequilibrados
Coluna
Membros superiores
RESUMO
Repetitividade: Digitar, martelar, empurrar, puxar, apertar
Postura errada: Agachado, de pé, sentado, deitado
Compressão/vibração: Furadeira, martelar, ajustar...
PRINCIPAIS FATORES
PSICOSSOCIAIS
Histórico de vida
Personalidade
Hierarquias no trabalho
PRINCIPAIS FATORES
PSICODINÂMICOS
Organização das atividades no trabalho
Forma que percebe o trabalho
Significado do trabalho
ESTÁGIOS SEGUNDO PS
I: sensação de peso e desconforto, dor espontânea localizada nos MMSS ou cintura escapular, dor em pontada
que não interfere na produtividade.
Melhora com repouso.
Sinais clínicos ausentes
Bom prognóstico
PROFISSÕES
cabeleleira
costureira
faxineira
Tendinite Bicipital
Normalmente é secundária à bainha dos rotadores.
Sensação de peso, dor.
BURSITE
EPICONDILITE
Preensão prolongada objetos
DORT X CARPO
DEDOS EM GATILHO
Trabalhos repetitivos de compressão Palmar
DOENÇA DE QUERVAIN
Longo abdutor e extensor
curto polegar.
Manobra de Finkeltein
Outras patologias
Síndrome do Pronador redondo: compressão do nervo mediano abaixo da prega do cotovelo.
SÍNDROME CERVICOBRAQUIAL
Acometem raízes dos nervos cervicais que podem ocorrer por degeneração, ou em decorrência dos movimentos
funcionais do indivíduo.
REPERCUSSÕES DORT
incapacidade física
afastamento laboral
aposentadoria
perda do emprego
gastos previdenciários
diminuição da produtividade
AFASTAMENTO LABORAL
Quadro preocupante - Única possibilidade cura
Diagnóstico de LER/DORT
O diagnóstico de LER/DORT é importante pois, por definição, evidencia-se sua etiologia.
O diagnóstico bem firmado é condição para condutas corretas: terapêuticas, preventivas e demais encaminhamentos.
NRS PRIORITÁRIAS
NR04 - SESMT
Promover a saúde e proteger a integridade do trabalhador.
NR05 – CIPA
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes.
Observar e relatar condições de riscos
Solicitar medidas para reduzir/eliminar os riscos
Solicitar medidas de prevenção de acidentes
Colaborar com o Sesmt
Orientar os trabalhadores
A CIPAs tem por objetivo a prevenção dos trabalhadores dentro de uma empresa, acompanhando casos de
acidentes e treinamentos de prevenção dos mesmos, realizados no local.
Devendo entender o trabalhador em seu rendimento diário, prazer em realizar a atividade e satisfação.
NR17 – ERGONOMIA
“Conjunto de ciências que procura a adaptação confortável e produtiva entre o ser humano e seu trabalho ,
basicamente procurando adaptar as condições de trabalho às características do ser humano.”
“Este documento não se propõe a fornecer soluções para todas as diferentes condições de trabalho existentes, mas
caracteriza a legislação em vigor e a Ergonomia como um importante instrumento para garantir a segurança e a saúde
dos trabalhadores, bem como a produtividade das empresas”.
Portaria 3214/78 MTE
• Condições de Trabalho
• Organização do Trabalho
• Condições ambientais de trabalho
Organização do Trabalho
Ritmos / Cadência
Normas
Tarefas
Tempo
Pausas
Condições de Trabalho
carga física, mobiliário,
postura, exigência sensorial e equipamentos
“Adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar
um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente”.
• Postura
• Musculatura corporal
• Um ser que sente, pensa e age
• Capacidades sensitivas e motoras
Condições do trabalho
17.2. Levantamento, transporte e descarga individual de materiais.
17.2.1.1. Transporte manual de cargas designa todo transporte no qual o peso da carga é suportado inteiramente por
um só trabalhador, compreendendo o levantamento e a deposição da carga.
17.2.1.2. Transporte manual regular de cargas designa toda atividade realizada de maneira contínua ou que inclua,
mesmo de forma descontínua, o transporte manual de cargas.
• Não deverá ser exigido nem admitido o transporte manual de cargas, por um trabalhador cujo peso seja
suscetível de comprometer sua saúde ou sua segurança.
17.2.3. Todo trabalhador designado para o transporte manual regular de cargas, que não as leves, deve receber
treinamento ou instruções satisfatórias quanto aos métodos de trabalho que deverá utilizar, com vistas a salvaguardar
sua saúde e prevenir acidentes.
17.2.5. Quando mulheres e trabalhadores jovens forem designados para o transporte manual de cargas, o peso
máximo destas cargas deverá ser nitidamente inferior àquele admitido para os homens, para não comprometer a sua
saúde ou a sua segurança.
QUANDO O TRABALHO FOR EXECUTADO NA POSIÇÃO SENTADA, O POSTO DE TRABALHO DEVE SER PLANEJADO
OU ADAPTADO PARA ESTA POSTURA;
(90 graus flexão quadril e joelhos e coluna bem apoiado com inclinação para trás de 10 graus)
Trabalhos em pé: locais com assentos para descanso pausas.
O TRABALHO MANUAL SENTADO OU EM PÉ, DEVEM PROPORCIONAR CONDIÇÕES DE BOA POSTURA,
VISUALIZAÇÃO E OPERAÇÃO, TENDO QUE:
TER ALTURA E CARACTERÍSTICAS DA SUPERFÍCIE DE TRABALHO COMPATÍVEIS COM O TIPO DE
ATIVIDADE;
TER ÁREA DE TRABALHO DE FÁCIL ALCANCE E VISUALIZAÇÃO;
OS ASSENTOS UTILIZADOS NOS POSTOS DE TRABALHO DEVEM ATENDER AOS SEGUINTES REQUISITOS:
ALTURA AJUSTÁVEL À ESTATURA DO TRABALHADOR;
BORDA FRONTAL ARREDONDADA;
ENCOSTO COM FORMA ADAPTADA AO CORPO PARA PROTEÇÃO DA COLUNA LOMBAR.
SUPORTE PARA OS PÉS
Quais os cuidados a serem tomados com equipamentos utilizados no processamento eletrônico de dados com
terminais de vídeo de forma habitual e permanente?
• Condições de mobilidade suficientes para permitir o ajuste da tela do equipamento à iluminação do ambiente,
protegendo-a contra reflexos, e proporcionar corretos ângulos de visibilidade ao trabalhador;
• O teclado deve ser independente e ter mobilidade, permitindo ao trabalhador ajustá-lo de acordo com as
tarefas a serem executadas;
• A tela, o teclado e o suporte para documentos devem ser colocados de maneira que as distâncias olho-tela,
olho-teclado e olho-documento sejam aproximadamente iguais.
• Quais os cuidados a serem tomados nas atividades e métodos de trabalho que exijam sobrecarga muscular
estática ou dinâmica dos membros?
Segundo o item 17.6.3, nas atividades que exijam sobrecarga muscular estática ou dinâmica do pescoço, ombros, dorso
e membros superiores e inferiores, e a partir da análise ergonômica do trabalho, deve ser observado o seguinte:
• Todo e qualquer sistema de avaliação de desempenho para efeito de remuneração e vantagens de qualquer
espécie deve levar em consideração as repercussões sobre a saúde dos trabalhadores;
• Devem ser incluídas pausas para descanso; 10 minutos/1h (repetitivo) Ou 1 minuto a cada 10 min trabalhados.
• Quando do retorno ao trabalho, após qualquer tipo de afastamento igual ou superior a 15 dias, a exigência de
produção deverá permitir um retorno gradativo aos níveis de produção vigentes na época anterior ao
afastamento.
NR09 - PPRA
NR07 - PCMSO
NR07 – PCMSO
Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional
Rastrear e diagnosticar precocemente agravos à saúde dos servidores relacionados ao trabalho, destacando o caráter
preventivo.
• Exames Médicos Ocupacionais
• Exames Médicos Complementares
• Programas de Prevenção
• Atividades de educação e treinamento
NR09 – PPRA
Programa de Prevenção de Riscos Ambientais
Identificar riscos potenciais à saúde do trabalhador no seu ambiente de trabalho e definir medidas de eliminação e/ou
controle dos mesmos.