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(VJ Estratégia CONCURSOS Aula 04 eT Ren A ea Re MC Cd aero Leo) Professores: Igor Maciel, Paulo H M Sousa AULA 04 « TEORIA GERAL DO DiREITO CIVIL: FaTo juripico Sumario Consideragées Iniciais TEORIA GERAL. 3. Fato juridico. 1. Mundo fético e fato juridico .. 2. Estrutura. 3. Classificagao. 4. Invalidades dos atos juridicos 4.1. Nulidades ... 4.2. Anulabilidades. 4.3. Conservagao: convalescimento e conversdo substancial 5. Eficacizaciio: condicfo, termo e encargo ... 4. Ato ilicito ... 1. Classificacao. 2. Excludentes de ilicitude (Pré-excludentes de juridicizagao) Legislaco pertinente ... Jurisprudéncia e Simulas Correlatas .. Questées.. Questdes sem comentérios Gabaritos. Questdes com comentérios ... Resumo Consideragées Finai Prof. Paulo H M Sousa www.estrategiaconcursos.com.br Ade 139, AULA 04 — TEORIA GERAL DO DIREITO CIVIL: FATO JURIDICO Na aula de hoje vamos continuar a tratar dos conceitos ini finalizande mais um tépico das noc@es introdutérias da Parte Geral do Cédigo. Na aula passada tratamos das nocdes que envolvem Pessoas e Bens. Hoje trataremos das questdes que envolvem a Teoria do Fato Juridico. Neste topico, comegamos com a passagem dos fatos para o mundo juridico, a juridicizac&o, os planos da existéncia, validade e eficdcia. Nestes planos, veremos as nulidades, anulabilidades e a eficacizacao dos negécios juridicos. Trataremos, rapidamente, das questées que envolvem o Ato Ilicito, que serd matéria de uma de nossas préximas aulas. Igualmente, de maneira célere, passaremos algumas nogées envolvidas na quest&o das Provas, que dificilmente caem nas provas de Direito Civil, jé que a materia é mais afeita ao Processo Civil, por questées ldgicas. As provas do MPT cobram muito frequentemente a parte da Teoria do Fato Juridico. Veja que tivemos, nas provas de 2015, 2013 e 2012 nada menos do que 4 questées versando apenas sobre os temas da aula de hoje. Ou seja, temos ao menos uma questdo por certame, sendo que no Ultimo, de 2015, foram duas questées inteiras. Assim, é muitissimo provavel que tenhamos uma questao sobre os temas desta aula na sua TEORIA GERAL 3. Fato juridico 1. Mundo fatico e fato juridico Essa parte da disciplina nao costuma cair isoladamente nas provas, 4 excecao dos chamados vicios de vontade e da prescricéo e decadéncia. Ainda assim, a compreensao adequada da teoria do fato juridico faré vocé compreender com muito mais facilidade a sequéncia do Direito Civil. Por isso, é muito importante retomarmos algumas nogées gerais do fato juridico. Dentro do mundo fatico, alguns fatos séo adjetivados pela incidéncia da norma juridica e se tornam fatos especiais: sdo os fatos juridicos. A norma juridica imputa efeitos a determinados fatos, portanto. Por isso, um mesmo fato pode ter diferentes efeitos, a depender de determinados fatores. Prof. Paulo H M Sousa www.estrategiaconcursos.com.br 2de 139 Por exemplo, entregar um presente a alguém tem, em geral, determinados efeitos previstos no contrato de doaco; presentear um juiz, dias antes do meu julgamento, tem outros efeitos; presentear alguém com um bem de uma pessoa juridica que se encontra em proceso falimentar, outros efeitos; presentear um amigo com uma cartela de ecstasy, outros; presentear um consumidor com um. produto defeituoso, outro, completamente diferente; e assim por diante. Segundo a teoria do fato juridico trazida por Marcos Bernardes de Mello, a partir da obra de Pontes de Miranda, a inser¢ao dos fatos no mundo juridico ocorre na seguinte sequéncia: a) definigéo, pela norma, das hipéteses fAticas (definicio normativa hipotética do fato juridico). Ou seja, a lei prevé, hipoteticamente, determinados eventos; b) concrec&o da hipétese no mundo fatico, ou seja, o fato ocorre no mundo real; c) consequente juridicizagao pela incidéncia da norma (imputagao) e entrada do fato no plano da existéncia no mundo juridico. Em outras palavras, a norma juridica incide sobre o fato que ocorreu no mundo real, tornando aquele fato um fato juridico e levando-o ao mundo juridico; d) passagem do fato (juridicamente) existente ao plano da validade (vélido, nulo ou anulavel), ou seja, o fato real (que existe no mundo real apenas), passa a existir e valer dentro do mundo juridico (existe juridicamente falando, nao apenas na realidade); e) chegada do fato juridico existente e valido ao plano da eficacia (verificagao dos efeitos que o fato tera, pela adjetivacdo juridica). O fato, agora juridico, j4 existe e é vdlido, mas eu ainda preciso verificar se ele realmente produz o efeito juridico que eu desejei ou se produz, ao menos, algum efeito juridico outro, ainda que n&o desejado. Cuidado! Nao confunda eficdcia (que é a prescricéio de determinados efeitos pelo Direito) com efetividade (que € 0 fato de os efeitos prescritos serem respeitados pela comunidade). Por exemplo, diz-se que a norma juridica que prescreve dada punig&io ao jogo do bicho tem eficdcia (produz determinados efeitos, como, por exemplo, a possibilidade de o Estado perseguir o contraventor e tomar seus bens), mas nao efetividade (apesar de o Estado poder fazer isso, nao faz). 3 Resumindo Prof. Paulo H M Sousa www.estrategiaconcursos.com.br 3de 139 * definicSo, pela norma, das hipsteses faticas * concrecio da hipétese no mundo fatico * consequente juridicizacio pela incidéncia da norma * passagem do fato (juridicamente) existente ao plano da validade * chegada do fato juridico existente e valido ao plano da eficacia Matematicamente, para Pontes de Miranda: eg enone ent3o Cella fatico) (preceito) Ou seja, se ocorre um determinado fato no mundo real (eu assino um documento), e esse fato é 0 suporte fatico suficiente (esse papel ¢ um contrato de locacéo, na forma da lei), hd a incidéncia da norma e criam-se consequentes efeitos, pelo preceito (eu passo a dever aluguel, conforme o art. 565 do CC/2002: “Na locacéio de coisas, uma das partes se obriga a ceder a outra, por tempo determinado ou n&o, 0 uso e gozo de coisa n&o fungivel, mediante certa retribuigéo”). Em outras palavras, se o fato da vida real é suficiente Brome nota! para preencher um suporte, eu aplico o preceito (a norma juridica): é suficiente que eu assine o tal documento para que 0 art, 565 seja aplicado? Sim. Entéo, aplique! Agora, nem sempre um fato que existe na realidade fatica (eu doei a minha casa para vocé, mediante um aperto de mao), atrairé a aplicagdo de um preceito (art. 538 do CC/2002: “Considera-se doacéo 0 contrato em que uma pessoa, por liberalidade, transfere do seu patriménio bens ou vantagens para o de outra”). Por qué? Pois o fato do mundo real néo chegou a entrar no mundo juridico porque ele ndo foi suficiente para preencher o suporte fatico Prof. Paulo H M Sousa www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 139 exigido no art. 541 do CC/2002 ("A doaciio far-se-é por escritura publica ou instrumento particular”). Mas, 0 que acontece com essa “doacg&o” que eu fiz? E eu te respondo te perguntando: se o fato do mundo real néo conseguiu fazer com que a norma juridica da doac&o fosse aplicada, esse fato existe, no mundo juridico? Claro que no, pois a norma nem chegou a incidir, e se a norma no incidiu, o fato nem existe para o Direito. Ela existe no mundo fatico? Existe; mas n&o no mundo juridico. Porém, curiosamente, esse meu aperto de mao pode significar outra coisa. Como? Apesar de nao ser suporte fatico suficiente para o art. 541, o meu aperto de mao, com a entrega da chave da minha casa a vocé pode ser suporte fatico suficiente para a aplicagao de outro artigo, o art. 462 ("O contrato preliminar, exceto quanto a forma, deve conter todos os requisitos essenciais ao contrato a ser celebrado”). Assim, eu no fiz uma doagio, mas um contrato preliminar de doacdo, ou uma “promessa de doagéo”, que atrai a indecéncia das normas sobre o pré-contrato. Agora, e se eu pensei em doar minha casa a vocé, disse a um vizinho que doaria a casa a vocé, mandei uma mensagem para a minha mulher falando que iria doar a casa a vocé, mas nao falei nada para vocé? Nesse caso, todos esses fatos nao sao suficientes nem para aplicar o art. 541 nem para aplicar o art. 462. Ou seja, n&o existe nem doacdo, nem promessa. Existe alguma || coisa no mundo juridico? Nao, apesar de no mundo fatico existir muita coisa. Vejamos esses elementos detalhadamente. esIAg 2. Estrutura 1. Suporte fatico O fato (evento ou conduta). Em cada ramo do direito nés temos nomes diferentes para essa mesma coisa: fattispecie, fato gerador, fato imponivel, tipo legal, pressuposto de incidéncia. O suporte fatico divide-se em dois elementos: Parte importante € que se 0 sujeito do fato nao for o sujeito da norma nao ha incidéncia. Assim, por exemplo, eu no pago IPVA porque no tenho carro, ou n&o devo IPVA porque o carro no esté no meu nome, pelo que nao ha suporte fatico suficiente para que eu me enquadre no suporte de contribuinte. Igualmente, o Banco do Brasil SA nao pode ser considerado consumidor, porque n&o consegue se incluir no suporte fatico de uma relagdo de consumo; 2. objetivo: podem servir de suporte fatico quaisquer bens da vida, exceto os bens pré-excluidos ou inapropriaveis pelo homem Prof. Paulo H M Sousa www.estrategiaconcursos.com.br Sde 139 Aula 04 - Prof. Pai Se o elemento for parte do niicleo ou um elemento completante, o fato jurfdico sera inexistente sem que estejam esses elementos presentes. Exemplo é 0 art. 481 do CC/2002: se néo existir prego num contrato de compra e venda, nao existe contrato de compra e venda. Posso pensar em algum efeito? N&o, porque no existe coisa alguma. &e Se 0 elemento for complementar, ele se refere ao IND: aperfeicoamento do fato juridico. Assim, se ele nao mais fundo estiver presente, o fato juridico existe, mas sera defeituoso. Os elementos complementares dividem-se em trés: a. sujeito: capacidade, legitimagao e perfeigdo da manifestacdo (sem vicios) Se o elemento foi integrativo, falamos apenas de uma carga eficacial especial geralmente no prevista nas situagées comuns. Esses elementos sS0 exclusivos dos negécios juridicos. Um exemplo é 0 registro do imével. Se a pessoa nao fizer o registro, o contrato de compra e venda existe, vale e é plenamente eficaz entre os contratantes. Mas, em geral os contratantes, nesse caso, querem que o contrato tenha efeito apenas entre eles? Evidente que nao; quer-se que tenha efeitos em relagao a terceiros. Como se faz isso? Com um elemento integrativo do registo da transferéncia junto a matricula do imével, que dé uma eficdcia real sobre a eficacia obrigacional comum. Assim, nessa ordem, podemos pensar no exemplo de um contrato de compra e venda assinado por nascituro (que sera inexistente), por incapaz (sera nulo ou anulavel), a non domino (ineficaz mesmo entre partes) ou por capaz que nao registra 0 imével na matricula (eficaz entre as partes, mas ineficaz perante terceiros). Resumindo Prof. Paulo H M Sousa www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 139 Aula 04 - Prof. P a. auje te: capac dade, objeto: etude, || | «forma: preserea egtmagioe possb dade, "| | | ounte defars em perfe gio da term naps : rman festacio nex stente Ince stente Defe te Defe te Defete corsa ‘Speco 3. Classificagao Um suporte fético pode conter intimeros fatos juridicos diferentes ou um tinico fato juridico ser uma complexidade de fatos que seja unitaria. A classificagdo & feita pelos os elementos nucleares do fato: 1. a conformidade ou contrariedade com o direito 2. a presenca ou ndo de ato humano de vontade Vale lembrar que o cerne tratado aqui o elemento nuclear do suporte fatico hipotético previsto na norma juridica e no o suporte fatico advindo do mundo real. Ou seja, ndéo importa o nome que as pessoas dio a esse fato no mundo real, mas como o Direito o classifica. Assim, a compra e venda de um bem sem a previséio de preco ndo torna aquele contrato um contrato de compra e venda; ele sera um contrato de doagdo. Nao existe contrate de compra e venda sem preco, € ponto. Igualmente, ndo interessam outros fatos, por mais importantes que sejam, mas que nada tém a ver com a incidéncia da norma. Por exemplo, a causa da morte no interessa a transmissao da propriedade aos herdeiros. Morreu, transfere e ponto. Porém, a causa da morte pode ser relevante para outros fatos juridicos, como para a anulag&o de uma doacao do morto pela pessoa que o matou (art. 557, inc. I do CC/2002). Partindo daquela classificac&o, vejamos cada um dos fatos juridicos. Vamos nos ater aos fatos juridicos conforme o Direito, ou seja, as espécies licitas. Prof. Paulo H M Sousa www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 139 Fato juridico em sentido estrito E todo fato que independe da conduta humana na composicao do suporte fatico. Cuidado! A conduta i humana pode estar presente, mas ela nao interessa. "decore! Por exemplo, a frutificacéio de uma arvore ou o nascimento de uma crianga, a maioridade e a morte. Em qualquer caso, o ato humano nao € elemento necessario & composigéo do suporte fatico suficiente, dai nomind-los de eventos, pois ocorrerao independentemente da vontade humana, naturalmente. Cuidado! Geralmente se chamam esses fatos de “naturais”. Néo confunda com atos da natureza, eles séo naturais pode sdo independentes da vontade humana. Atos-fatos juridicos Outros fatos dependem de conduta humana para a concregao do suporte fatico. Nos fatos juridicos em sentido estrito nao existia conduta humana nenhuma; aqui, existe conduta humana, mas a vontade humana Esclarecendo nao é relevante, pelo que sao condutas avolitivas (sem vontade ou com vontade irrelevante). Temos, por exemplo, a caga ou a pesca. Precisa-se de uma conduta humana, ou 0 peixe ou 0 passaro ndo se tornardo propriedade de ninguém, mas a vontade no interessa. Se eu queria apenas retirar o peixe do rio, mas no o tomar como minha propriedade isso nao importa; se eu pesquei, pesquei e ponto. O atos-fatos juridicos podem ser: ——————Z_hlité™—™M *Ato humano com eficdcia juridica, como a ocupacao, a caca, a pesca, que independem da capacidade/legimitidade (0 peixe pescado pelo menor de 16 anos Ihe gera direito de propriedade) PN ae UUM *Ato humano licito que gera prejuizo a terceiro e consequente dever de indenizar, como 0 exercicio regular de direito ou 0 estado de necessidade que gera dano a terceiro Atos-fatos caducificantes/extintivos ‘*Fatos juridicos de eficdcia extintiva, determinados em razéo da passagem do tempo, independentemente da vontade do titular quanto ao fluir temporal, como a prescrigéo e a decadéncia Prof. Paulo H M Sousa www.estrategiaconcursos.com.br Bde 139 Aula 04 - Prof. Pai Atos juridicos em sentido amplo Conforme Marcos Bernardes de Mello, ato juridico é o fato juridico cujo suporte fatico tenha como niicleo uma téhcao eXteriorizacao consciente de vontade, que tenha por objeto obter um resultado juridicamente protegido ou no proibido e possivel. Em outras palavras, o suporte fatico deve ser composto, primeiro, por uma exteriorizagao da vontade. Caso a pessoa nao exteriorize a vontade, inexiste o ato jurfdico. Por exemplo, tenho vontade de comprar um carro, mas no exteriorizo, no contrato; tenho vontade de matar, mas ndo mato. Essa exteriorizagdo se externa de determinada forma, ou através de uma manifestag&o de vontade (passar o cartéo do énibus na Catraca) ou de uma declaragdo de vontade (afirma que vai se divorciar, acena com a mao num leiléo). Segundo, o suporte fatico deve ser composto pela consciéncia na vontade exteriorizada. A pessoa deve fazer a exteriorizacdo com intuito de realizar aquela conduta relevante; se ndo ha vontade de realizar aquele ato, ele é inexistente. Por exemplo, 0 aceno que eu fiz no leiléo foi resultado de um espasmo muscular; nao houve aceno, pelo que nao houve aceitaco da compra. Havendo tais elementos, o suporte fatico se compée, produzindo duas situacdes distintas: Ato juridico em sentido estrito (ato nao negocial) O direito acolhe a manifestacdo de vontade e pré- determina os efeitos que ela tera. Tais efeitos séo FIQUE: inafastéveis e invaridveis, ou seja, sdo efeitos RB zenro necessdrios, constituindo a chamada eficacia ex lege. Por exemplo, 0 art. 304 do CC/2002: Qualquer interessado na extinggo da divida pode pagé-la, usando, se o credor se opuser, dos meios conducentes 4 exoneragao do devedor. O pagamento é um ato juridico em sentido estrito, por qué? Nao ha necessidade de declarar, nem € necessério que queira constituir e nem se pode escolher efeitos outros que nao previstos em lei. Se hd um pagamento, intimeros efeitos juridicos se criam, independentemente da vontade das partes e mesmo contra a vontade das partes. Pagou, nao ocorrem mais os efeitos da mora, e ponto. Nee juridico (ato negocial A manifestagéo de vontade nao é apenas elemento do emia nucleo do suporte fatico, mas se reconhece o poder de iecore! autorregulamento, dentro de certos limites, de modular os efeitos. Sao os chamados efeitos voluntdrios, ou eficacia ex voluntatae. Prof. Paulo H M Sousa www.estrategiaconcursos.com.br 9de 139 Nestes atos, o sistema juridico ndo predetermina os efeitos do fato juridico, ou seja, podem as pessoas escolher livremente a eficdcia juridica de sua atuagdo. Exemplo: no contrato de compra e venda a minha vontade é relevante para saber quais bens acessérios acompanhardo o bem principal, como deixa claro 0 art. 94, como vimos: Os negécios juridicos que dizem respeito ao bem principal néo abrangem as pertencas, salvo se 0 contrério resultar da lei, da manifestacdo de vontade, ou das circunstancias do caso. Se as partes quiserem que as pertencas acompanhem, elas acompanham; se nao, nao acompanham. Podem, portanto, autorregularem-se. O ato negocial pode gerar-se de emanaco de vontade de apenas um agente; sio os chamados atos Cea unilaterais. A vinculagéo dependera da anuéncia da na prova! contraparte, mas isso sao significa que 0 ato nao produza, desde ja, efeitos na esfera juridica alheia, como veremos mais adiante. A exemplo, o art. 854: Aquele que, por anuncios ptiblicos, se comprometer a recompensar, ou gratificar, a quem preencha certa condicéo, ou desempenhe certo servico, contrai obrigacao de cumprir 0 prometido. ©} Resumindo Fato juridico em sentido ‘di ‘Atos juridicos em sentido ace Atos-fatos juridicos sonle — — — ‘Ato juridico em sentido estrito (ato ndo negocial) ——S — Negécio juridico (ato negocial) —S 4. Invalidades dos atos juridicos Os elementos de existéncia esto presentes (uma pessoa assina um contrato ea outra, apés assinar, promete cumprir certa obrigagao), mas é necessério verificar que eles esto perfectibilizados. Se sim, 0 ato é valido, se nao, se ha um déficit, 0 ato é invalido; validade, portanto, é sinénimo de perfeig&o. Assim, a invalidade (nulidade ou anulabilidade) é uma —_ sangao Aquele que infringe as normas juridicas, no ‘Curiosidade plano privado. Infelizmente, no podemos tragar uma Teoria Geral das Invalidades (ou Nulidades) porque ha tantas excegdes que uma Prof. Paulo H M Sousa www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 139)

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