You are on page 1of 2
22 Partel | Introdugdo 2 Psicologia do Desenvolvimento ~~ 595 reagtes nda ste, Detectando RelagGes: Modelos Correlacionay Experimental e Intercultural , A partir do momento que se tena claro 0 objeto de estudo, devem tragar um plano de pesquisa que Ihes permitaidentfcg ® Peer, eventos e comportamentos e especificar as causas dessa relagag 98 te inas 0s trés modelos de pesquisa que podem ser aplcads:eomaass Len mental e intercultural. Modelo Correlacional No modelo correlacional, 0 pesquisador busca informages que determi dduas ou mais varidves se relacionam de maneira significativa. Se o peaynent estiver testando uma hipotese especifica (em vez de estar conduzindo = quisa descritiva preliminar ou exploratéria), deve confirmar seas varivee correlacionam como a hipétese especifica que deveriam, Nao éfeita nenhuma ton tativa de alterago ou manipulagao do ambiente natural do partiipante. Pelo con tririo, os pesquisadores correlacionais lidam com as pessoas como as encontram — j“manipuladas” pelas experiéncias vividas em seu ambiente natural ~tentam determinar se as variagdes nessas experiéncias estdo associadas a diferengas no comportamento ou padrdes de desenvolvimento. Para ilustrarmos 0 modelo correlacional em testes de hipéteses,considere- ‘mos uma teoria simples, segundo a qual os jovens aprendem muito ao assistrem i televisdo e sio aptos a imitar as agdes dos personagens que observam. Uma hipé- tese que podemos estabelecer com base nessa teoria é que quanto mais observa na televisio personagens que agem de forma violenta ou agressiva, mais inclinadas as criangas estario a se comportar agressivamente com seus pares. ApOs escolher uma amostra de criangas para observar, 0 proximo passo para testar a hipétese é medir as duas varidveis que acreditamos estar relacionadas. Para ter acesso& exposigdo das criangas a temas violentos da televisio, podemos utilizar as te cas de entrevista ou observagio natural, a fim de determinar 0 que cada cranes assist, , entdo, contar o niimero de atos agressivos que ocorrem na programagi. Para medir a frequéneia de comportamentos agressivos da crianga dirigidos @ seus pares, poderiamos observar nossa amostra em um playground e registrar a frequéncia com que cada crianga se torna hostil, ou agressiva, em relagio 20S colegas. Apés haver coletado tais dados, é o momento de avaliar nossa hipétese ohn yo auséncia) de uma relagio entre as variveis pode sr de dad Peo exam dos dados por meio de um procedimento esas ea erineaitnte de correlasdo(simbolizado por. Essa estan formes Guestia renumétic da forge diregdo da relago entre as duas varie 1 Gncepontenetistes pode variar entre 1,00 e+1,0. O valor abe de os coe da ita) RO za frca da relagio enre as varivels AT Tres qua cera 8 070070 tém a mesma fora ambos Se ite de 0.30, Ur de 0,00 indica no haver nena ES i iciente de correlagio aponta para a direst Gest Positivo, significa que conforme uma varidvel aument® 3 Tot exemplo, peso ealtura so corrlaivos posite: nes fader tende a pesar mais (Tanner, 1990), As corteact enka, @ Outra diminui, Pra a 28 Felagdes inversas: quando uma varl deer blemas de atencio em eT axemplo, Friedman e colaboradores examinaram™ tess tipo as eviangas teres ee © €O7eufram que quanto mais probe mss idades de pensamente manage ERS dade, mais deficientes seriam $48 © estivessem no final da adolescéncia (Friedma” 4 medida que cresce, Regativas, por outro Capitulo. | Trelior 7a abldades do pensamento na adolescncia 3 Maa de una corrlagdonegativahipotticaente os Fae deatesio na infin eas habildades do pensamento na ‘ctacia. Cada poto representa uma crianga especifiea que tem serene problemas de atenglo na inflncia (ao eixo vores Fetes cu ores habilidaes do pensamentonaadolescéncia {coterie Embora a correlago seja menos do que petit, fens nar gue ofato deter mais problemas de atengie na Mince relacionado com as hablidades do pensamento da tana alsa Sriceacsona emis eg Stace pop vanes ime cong pe . . ee ° . . e © iia assiste moderdamente . ‘programas violetone¢pouco gessiva com seus pares George asia poucos programas ents endo € muito agresivo Fura La mania visto ‘Esquema de correlagio positiva hipotética entre a de violencia resenciada peas criangas em programas de Onimero de respostas agressivas que exibem. Cada ponto ones ‘rianca especifica que assiste a determinada quantidade eats volts (ixo horizontal) e que realiza dado nimero race Sis ditgias a seus pres (ixo vertical) Apesa de eso St era, podemos nota que, quanto mais ages ap st observa na teeviso, maior és probabiidade de ela a de manera agressiva com seus pares, wat xberimental: iwosr S845 em eo pesado in Mana no amb sto mes octet tessa "smenéosyeto, | como dados. etal, 2007; ve sso visual) ____ Voltemos & nossa hips violencia televisionada e cy em eriangas. Grande ni —— imero a uziu estudos de correagao sine sere con. 26S Tevantada, eos resultados ese « Soratkin, 1988) sugerem ume damente positiva (entre veis em questao: eria t Fig "ura 13 para ter uma demons trae ‘orrelacio modera. 0,30 € 0,50) entre as vari. istiam a muitos Correlacdo determi. S violentos na tele- mportarem agressi- ar se a exposicdo a programa: visio induz as criangas a se cor ‘vamente? Nao! Apesar de havermos deteciado ceria relagdo entre a exposicdo a programas violentos © comportamentos agressivos, a diregao causal dessa relagdo ndo é indicada por esse modelo, Uma alternativa igualmente possivel € a de que criancas relativamente mais agressivas tendem a preferirpro- gramas violentos. Outra possibilidade € que a asso~ Ciagio entre ver programas violentos de televisio e Comportamento agressivo é resultado de uma ter- ceira varidvel nao considerada, Por exemplo, talvez ais que briguem muito em casa (uma variivel ndo ‘mensurada) levem seus filhos a serem mais agres- sivos € a preferirem programas mais violentos. Se isso for verdadeiro, as duas iltimas variveis citadas podem estar correlacionadas ainda que a relago entre ambas niio seja de causa e efeito Em suma, o modelo correlacional é uma abor- dagem versitil que pode detectar relagies sistemit cas entre duas ou mais variéveis nas quais estejamos interessados e que sejamos capazes de medir. Entre tanto, sua principal limitagio € no poder indicar, sem ambivaléncia, que um fator causa outro. Como, entio, pode um pesquisador estabelecer as causas subjacentes de varios comportamentos ou outros aspectos do desenvolvimento humano? Uma solugio possivel ¢ conduzir experimentos. | Modelo Experimental ite 0 Em contraste com os estuddos de correlagdes, 0 modelo experimental permite acesso preciso & relago de causa e efeito que pos Voltemos ao assunto sobre a exposicao a programa ‘criangas a se comportarem de maneira agressiva. laboratério para testaressa (ou qualquer hipstese poder tes ao laboratério, expé-los a diferentes procedimentos ssa existir entre duas variavels. 1s de televisdio violentos — ‘Ao conduzir uma pesauisa em sderiamos levar os participa as respostas ee

You might also like